SlideShare a Scribd company logo
1 of 64
Download to read offline
Transformação e utilização de energia pelos seres vivos
De onde provém a energia para a realização de
actividades vitais?

• ATP – Adenosina
  TriFosfato – é a
  fonte imediata de
  energia para as
  actividades
  celulares.
• É produzido durante
  a fotossíntese.
• Mas só a oxidação de compostos orgânicos
  garante a renovação constante de ATP.
Metabolismo Celular
Anabolismo

• Conjunto de reacções químicas que
  conduzem à biossíntese de moléculas
  complexas a partir de moléculas mais
  simples.
  simples. As moléculas sintetizadas são mais
  ricas sob o ponto de vista energético do que
  as moléculas que lhes deram origem.
  Globalmente as reacções de anabolismo são
  endoenergéticas,
  endoenergéticas, já que há consumo de
  energia.
Catabolismo

• Conjunto de reacções de degradação
  de moléculas complexas em moléculas
  mais simples. Os produtos são mais
        simples.
  pobres em energia do que os
  reagentes. Globalmente as reacções de
  catabolismo são exoenergéticas, já que
                   exoenergéticas,
  há libertação de energia.
                   energia.
Adenosina Trifosfato: ATP
          Trifosfato:
Como é utilizado o ATP na célula?




• A hidrólise do ATP (reacção de catabolismo)
                                 catabolismo)
  liberta energia – Reacção exoenergética.
                            exoenergética.
• A síntese de ATP (reacção de anabolismo)
  consome energia – reacção endoenergética.
                              endoenergética.
Estrutura do ADP e do ATP
NAD+ e NADH




• Existem diversas vias metabólicas capazes
  de transferir a energia contida nos
  compostos orgânicos para moléculas de
  ATP. Nestas vias intervêm compostos como
  o NAD, que transportam protões (H+) e
  electrões (e-) do hidrogénio até um aceptor
            (e
  final.
Aceptor final de electrões
• Se o aceptor final for uma molécula inorgânica: Respiração.
• Se o aceptor for o O2: Respiração aeróbia. (maioria dos animais
                                      aeróbia.
  e plantas)
• Se o aceptor final for o NO3- ou o SO42-, sem intervenção do O2:
  Respiração anaeróbia (bactérias sulfurosas e nitrificantes)
                                                 nitrificantes)
• Se não há aceptor final: Fermentação (os electrões são
  captados por uma molécula orgânica que deriva do substrato
  inicial).
Anaeróbios Facultativos
Primeiras formas de vida…

• Os primeiros seres vivos
  unicelulares, existentes na
  Terra, apareceram muito
  antes do O2 na atmosfera
  terrestre. Estes seres
  metabolizavam os produtos
  orgânicos na ausência
  deste gás, por fermentação.
Anaeróbios obrigatórios

• Anaeróbios
  obrigatórios: seres
  vivos para o quais a
  presença de O2 é
  tóxica.
Células fotossintéticas

• Posteriormente apareceram
  seres vivos com capacidade
  fotossintética. Estes
  possuem capacidade de
  produzir O2 e de o libertar
  para a atmosfera. Alguns
  seres adquiriram a
  capacidade de utilizar o O2
  como aceptor final de
  electrões, rentabilizando a
  degradação da glicose.
Experiência de Pasteur – pág.170

• Leveduras + glicose foram colocadas
  em presença e ausência de O2
• A multiplicação das leveduras necessita
  de energia que provém da degradação
  da glicose.
• Parte da energia dissipa-se sob a forma
                    dissipa-
  de calor. Por isso a temperatura sobe.
• Na presença de O2, o aumento da
  temperatura é ainda maior.
Experiência de Pasteur – pág.170

• Resultados:
  – Cheiro a álcool, na ausência de O2
    (anaerobiose)
  – Subida da temperatura (mais acentuada
    na presença de O2 - aerobiose)
                         aerobiose)
  – Água de cal fica turva na presença de CO2
    (turvação mais acentuada na em
    condições de aerobiose)
                  aerobiose)
Experiência de Pasteur – pág.170
Experiência de Pasteur – pág.170

• Estudos realizados por Pasteur permitiram
  verificar que a fermentação alcoólica estava
  sempre associada ao crescimento de
  leveduras, mas que se estas fossem
  expostas a quantidades importantes de
  oxigénio produziriam (em vez de álcool e
  dióxido de carbono) água e dióxido de
  carbono. Destas observações, Pasteur
  concluiu que a fermentação é o mecanismo
  utilizado pelos seres vivos para produzir
  energia na ausência de oxigénio.
Rendimento energético


 Condições do meio      Quantidade de       Quantidade de
                     glicose consumida   indivíduos formados
                             (g)                  (g)
   Com oxigénio             1                   0,60
    (aerobiose)
   Sem oxigénio             1                   0,02
   (anaerobiose)
Leveduras…

• As leveduras são seres aeróbios facultativos.
• São capazes de mobilizar energia da glicose
  em meio aeróbio ou anaeróbio.
• Em anaerobiose (sem O2) produzem, além
  do CO2, álcool etílico (etanol). – fermentação
  alcoólica.
• O etanol é um composto orgânico ainda
  muito rico em energia potencial, que não é
  metabolizada.
Leveduras…

• Em aerobiose os produtos finais são
  moléculas simples: H2O e CO2.
• As leveduras aproveitam mais energia
  proveniente da degradação da glicose,
  o que conduz a um aumento muito
  mais significativo da quantidade de
  leveduras.
Fermentação e Respiração aeróbia

Fermentação alcoólica        Respiração aeróbia


                                    +O2



          Etanol                    H2O

           Calor                   Calor

      Energia utilizável      Energia utilizável


           CO2                     CO2
Fermentação alcoólica
• C6H12O6 -> 2 CH3CH2OH                       + 2CO2 + energia
    (glicose)                (etanol)        (dióxido de
                                              carbono)

Respiração aeróbia
• C6H12O6       +     6O2        ->     6CO2        +   6H2O     + energia
  (glicose)         (oxigénio)         (dióxido         (água)
                                      de carbono)
Fermentação
Glicólise – etapa comum à fermentação e
à respiração aeróbia – Ficha de trabalho
Ficha de Trabalho
1. A glicose é uma molécula inerte que
   necessita de 2 moléculas de ATP para ser
   activada – fase de activação. A fase de
                       activação.
   rendimento ocorre quando há fosforilação
   de 4 moléculas de ATP através do aldeído
   fosfoglicérico.
   fosfoglicérico.
2. São necessárias 2 moléculas de ATP para
   activar a glicose.
3. O NAD+ vai ser reduzido pelo aldeído
   fosfoglicérico que, por sua vez, fica oxidado.
4. O saldo energético é de 2ATP.
Glicólise – ocorre no hialoplasma
Distribuição energética

                                               Energia libertada sob a
                                                  forma de calor
                                          2ATP
                                                         3%
                                           2%


                                                        2NADH
                                                         16%




                 2Ácido Pirúvico
                      79%




   Distribuição da energia da glicose pelas moléculas constituídas durante a
                                    glicólise
Redução do piruvato/ ácido pirúvico
           piruvato/
Fermentação



                          Realizada por
              alcoólica    leveduras

Fermentação
                           Realizada por
               láctica    bacilos lácticos
Ficha de
trabalho




           2. Que fenómeno permite a reciclagem de NAD+?
Ficha de Trabalho

1. Aspectos comuns: 2 moléculas de NADH
   são oxidadas; são produzidas 2 moléculas
   de ATP.
   Diferenças: Na fermentação alcoólica
   produzem-
   produzem-se 2 moléculas de etanol (2C) e 2
   de CO2.Há formação de acetaldeído
   (produto intermédio). Na fermentação
   láctica apenas se produz 2 moléculas de
   ácido láctico (3C).
2. A glicólise permite reciclar as moléculas de
   NAD+, reduzindo-as a NADH.
           reduzindo-
Fermentação alcoólica
• Glicose -> 2Etanol + 2CO2 + 2ATP
• Após a glicólise, o ácido pirúvico sofre
          glicólise,
  uma descarboxilação, libertando-se o
       descarboxilação, libertando-
  CO2. Forma-se um composto com 2C –
        Forma-
  aldeído acético que, por redução, forma
  o etanol. Esta redução é providenciada
  pelo NADH formado durante a glicólise.
                                   glicólise.
• Etanol: ainda é um composto altamente
  energético
• Rendimento: 2ATP
Fermentação láctica

• Glicose -> 2Ácido láctico + 2ATP
• Após a glicólise, o ácido pirúvico sofre
           glicólise,
  uma redução pelo NADH (formado
  durante a glicólise) originando o ácido
              glicólise)
  láctico.
• Rendimento: 2ATP
Fermentação utilizada pelo Homem…
Fermentação utilizada pelo Homem…

• As leveduras que
  transformam as
  uvas em vinho
  encontram-
  encontram-se nas
  cascas das uvas.
Fermentação utilizada pelo Homem…
Células musculares
Respiração aeróbia
Na respiração ocorrem reações redox




                                 •   1 – mexilhão vivo + azul de
                                     metileno
                                 •   2 – mexilhão previamente
                                     cozido + azul de metileno
                                 •   3 – azul de metileno


      O Azul de metileno funciona como oxidante, ficando
      reduzido – torna-se por isso incolor.
Os tecidos vivos libertam CO2?

• Como procederia,
  experimentalmente,
  para resolver este
  problema?
Exercício




1.   Qual a origem das moléculas de ácido pirúvico que entram nas mitocôndrias?
                                                                  mitocôndrias?
2.   Quantas moléculas de CO2 se formam por cada molécula de glicose?
3.   Na matriz mitocondrial ocorrem oxirreduções. Fundamente a afirmação.
                                    oxirreduções.
4.   Onde ocorre a oxidação das moléculas transportadoras de hidrogénios?
5.   Se se marcasse radioactivamente o oxigénio utilizado, em que composto final iria
     aparecer?
Ficha de trabalho
Ficha de Trabalho
1. Glicólise.
   Glicólise.
2. No hialoplasma.
       hialoplasma.
3. 3 fases: formação de AcetilCoA, Ciclo de Krebs e
                        AcetilCoA,
   Cadeia transportadora de electrões.
4. Ciclo de Krebs e Cadeia transportadora de electrões.
5. Na Cadeia transportadora de Electrões e fosforilação.
                                            fosforilação.
6. O O2 recebe electrões e hidrogeniões, ficando
                           hidrogeniões,
   reduzido. É transformado em água.
7. Na respiração aeróbia produzem-se 38ATP,
                         produzem-
   enquanto que na fermentação apenas se produzem
   2ATP.
Respiraçao Aeróbia
Respiração Aeróbia
Ciclo de Krebs
Ciclo de Krebs
Respiração Aeróbia
Ficha de Trabalho
Ficha de Trabalho

1. Cada molécula transportadora de
   electrões tem maior afinidade para os
   electrões do que o transportador
   anterior, de modo que o fluxo de
   electrões é unidireccional.
2. O aceptor final dos electrões é o O2.
3. A água provém do O2, que recebe
   hidrogeniões e electrões.
Cadeia transportadora de electrões e
fosforilação oxidativa
Balanço energético – Ficha de Trabalho



                                 4       4
                                  2
                                 34
                                 40      4
                                  2      2
                                 38      2
FermentaçãO E RespiraçãO
FermentaçãO E RespiraçãO
FermentaçãO E RespiraçãO
FermentaçãO E RespiraçãO
FermentaçãO E RespiraçãO

More Related Content

What's hot

8 fotossíntese e quimiossíntese
8   fotossíntese e quimiossíntese8   fotossíntese e quimiossíntese
8 fotossíntese e quimiossíntesemargaridabt
 
Aula RESPIRAÇÃO CELULAR
Aula RESPIRAÇÃO CELULARAula RESPIRAÇÃO CELULAR
Aula RESPIRAÇÃO CELULARMARCIAMP
 
Biologia 10º Ano - Obtenção de Matéria (Unidade 1)
Biologia 10º Ano - Obtenção de Matéria (Unidade 1)Biologia 10º Ano - Obtenção de Matéria (Unidade 1)
Biologia 10º Ano - Obtenção de Matéria (Unidade 1)InesTeixeiraDuarte
 
BioGeo10-respiração aeróbia
BioGeo10-respiração aeróbiaBioGeo10-respiração aeróbia
BioGeo10-respiração aeróbiaRita Rainho
 
Aula de Fotossíntese (Power Point)
Aula de Fotossíntese (Power Point)Aula de Fotossíntese (Power Point)
Aula de Fotossíntese (Power Point)Bio
 
Fotossíntese e quimiossíntese
Fotossíntese e quimiossínteseFotossíntese e quimiossíntese
Fotossíntese e quimiossínteseProfessora Raquel
 
Respiração celular e fermentação
Respiração celular e fermentaçãoRespiração celular e fermentação
Respiração celular e fermentaçãoProfessora Raquel
 
Balanceamento de equações químicas
Balanceamento de equações químicasBalanceamento de equações químicas
Balanceamento de equações químicasRafael Nishikawa
 
Aula 9 - Metabolismo energético - Respiração celular e Fermentação
Aula 9 - Metabolismo energético - Respiração celular e FermentaçãoAula 9 - Metabolismo energético - Respiração celular e Fermentação
Aula 9 - Metabolismo energético - Respiração celular e FermentaçãoFernando Mori Miyazawa
 
Metabolismo energético fotossíntese e quimiossíntese
Metabolismo energético fotossíntese e quimiossínteseMetabolismo energético fotossíntese e quimiossíntese
Metabolismo energético fotossíntese e quimiossínteseMatheus Oliveira Santana
 
Bioacumulação (1) (1).pdf
Bioacumulação (1) (1).pdfBioacumulação (1) (1).pdf
Bioacumulação (1) (1).pdfssuser806fbc1
 
Cinetica quimica
Cinetica quimicaCinetica quimica
Cinetica quimicaLiana Maia
 
Transporte nos animais
Transporte nos animaisTransporte nos animais
Transporte nos animaisIsabel Lopes
 
Funções Inorgânicas
Funções InorgânicasFunções Inorgânicas
Funções Inorgânicasloirissimavivi
 

What's hot (20)

8 fotossíntese e quimiossíntese
8   fotossíntese e quimiossíntese8   fotossíntese e quimiossíntese
8 fotossíntese e quimiossíntese
 
Quimiossintese
QuimiossinteseQuimiossintese
Quimiossintese
 
Aula RESPIRAÇÃO CELULAR
Aula RESPIRAÇÃO CELULARAula RESPIRAÇÃO CELULAR
Aula RESPIRAÇÃO CELULAR
 
Aula respiração celular
Aula respiração celularAula respiração celular
Aula respiração celular
 
Metabolismo energético
Metabolismo energéticoMetabolismo energético
Metabolismo energético
 
Biologia 10º Ano - Obtenção de Matéria (Unidade 1)
Biologia 10º Ano - Obtenção de Matéria (Unidade 1)Biologia 10º Ano - Obtenção de Matéria (Unidade 1)
Biologia 10º Ano - Obtenção de Matéria (Unidade 1)
 
BioGeo10-respiração aeróbia
BioGeo10-respiração aeróbiaBioGeo10-respiração aeróbia
BioGeo10-respiração aeróbia
 
Aula de Fotossíntese (Power Point)
Aula de Fotossíntese (Power Point)Aula de Fotossíntese (Power Point)
Aula de Fotossíntese (Power Point)
 
Fotossíntese e quimiossíntese
Fotossíntese e quimiossínteseFotossíntese e quimiossíntese
Fotossíntese e quimiossíntese
 
Reações químicas
Reações químicasReações químicas
Reações químicas
 
Respiração celular e fermentação
Respiração celular e fermentaçãoRespiração celular e fermentação
Respiração celular e fermentação
 
Balanceamento de equações químicas
Balanceamento de equações químicasBalanceamento de equações químicas
Balanceamento de equações químicas
 
Aula 9 - Metabolismo energético - Respiração celular e Fermentação
Aula 9 - Metabolismo energético - Respiração celular e FermentaçãoAula 9 - Metabolismo energético - Respiração celular e Fermentação
Aula 9 - Metabolismo energético - Respiração celular e Fermentação
 
Metabolismo energético fotossíntese e quimiossíntese
Metabolismo energético fotossíntese e quimiossínteseMetabolismo energético fotossíntese e quimiossíntese
Metabolismo energético fotossíntese e quimiossíntese
 
Bioacumulação (1) (1).pdf
Bioacumulação (1) (1).pdfBioacumulação (1) (1).pdf
Bioacumulação (1) (1).pdf
 
Termoquímica
TermoquímicaTermoquímica
Termoquímica
 
Cinetica quimica
Cinetica quimicaCinetica quimica
Cinetica quimica
 
Transporte nos animais
Transporte nos animaisTransporte nos animais
Transporte nos animais
 
Introdução a química
Introdução a químicaIntrodução a química
Introdução a química
 
Funções Inorgânicas
Funções InorgânicasFunções Inorgânicas
Funções Inorgânicas
 

Similar to FermentaçãO E RespiraçãO

Fermentação e respiração
Fermentação e respiraçãoFermentação e respiração
Fermentação e respiraçãomargaridabt
 
Processos de obtenção de energia
Processos de obtenção de energiaProcessos de obtenção de energia
Processos de obtenção de energiaLarissa Yamazaki
 
B 3.ObtençãO De Energia Unidade 3
B 3.ObtençãO De Energia Unidade 3B 3.ObtençãO De Energia Unidade 3
B 3.ObtençãO De Energia Unidade 3Cidalia Aguiar
 
Processos de obtenção de energia - Parte II
Processos de obtenção de energia - Parte IIProcessos de obtenção de energia - Parte II
Processos de obtenção de energia - Parte IILarissa Yamazaki
 
Respiracao celular
Respiracao celularRespiracao celular
Respiracao celularLaguat
 
(8) biologia e geologia 10º ano - obtenção de energia
(8) biologia e geologia   10º ano - obtenção de energia(8) biologia e geologia   10º ano - obtenção de energia
(8) biologia e geologia 10º ano - obtenção de energiaHugo Martins
 
Metab energético unidade 1 módulo 2
Metab energético unidade 1 módulo 2Metab energético unidade 1 módulo 2
Metab energético unidade 1 módulo 2César Milani
 
11 fermentação e respiração
11   fermentação e respiração11   fermentação e respiração
11 fermentação e respiraçãomargaridabt
 
1°PD Respiração celular aula da Juliana
1°PD  Respiração celular aula da Juliana1°PD  Respiração celular aula da Juliana
1°PD Respiração celular aula da JulianaIonara Urrutia Moura
 
bioenergética no metabolismo das plantas
bioenergética no metabolismo das plantasbioenergética no metabolismo das plantas
bioenergética no metabolismo das plantasJeanMarcelo21
 
Fermentação e Respiração
Fermentação e RespiraçãoFermentação e Respiração
Fermentação e Respiraçãoemanuel
 
Tema 3 biologia pdf
Tema 3   biologia pdfTema 3   biologia pdf
Tema 3 biologia pdfSilvia Couto
 
Metabolismo energético das células
Metabolismo energético das célulasMetabolismo energético das células
Metabolismo energético das célulaspereira159
 

Similar to FermentaçãO E RespiraçãO (20)

Fermentação e respiração
Fermentação e respiraçãoFermentação e respiração
Fermentação e respiração
 
Processos de obtenção de energia
Processos de obtenção de energiaProcessos de obtenção de energia
Processos de obtenção de energia
 
1°Série Respiracao
1°Série Respiracao 1°Série Respiracao
1°Série Respiracao
 
B 3.ObtençãO De Energia Unidade 3
B 3.ObtençãO De Energia Unidade 3B 3.ObtençãO De Energia Unidade 3
B 3.ObtençãO De Energia Unidade 3
 
Fermentação
FermentaçãoFermentação
Fermentação
 
Processos de obtenção de energia - Parte II
Processos de obtenção de energia - Parte IIProcessos de obtenção de energia - Parte II
Processos de obtenção de energia - Parte II
 
Respiracao celular
Respiracao celularRespiracao celular
Respiracao celular
 
(8) biologia e geologia 10º ano - obtenção de energia
(8) biologia e geologia   10º ano - obtenção de energia(8) biologia e geologia   10º ano - obtenção de energia
(8) biologia e geologia 10º ano - obtenção de energia
 
Metab energético unidade 1 módulo 2
Metab energético unidade 1 módulo 2Metab energético unidade 1 módulo 2
Metab energético unidade 1 módulo 2
 
Obtencao energia
Obtencao energiaObtencao energia
Obtencao energia
 
11 fermentação e respiração
11   fermentação e respiração11   fermentação e respiração
11 fermentação e respiração
 
Bioenergetica
BioenergeticaBioenergetica
Bioenergetica
 
1°PD Respiração celular aula da Juliana
1°PD  Respiração celular aula da Juliana1°PD  Respiração celular aula da Juliana
1°PD Respiração celular aula da Juliana
 
Respiracao 240809
Respiracao 240809Respiracao 240809
Respiracao 240809
 
bioenergética no metabolismo das plantas
bioenergética no metabolismo das plantasbioenergética no metabolismo das plantas
bioenergética no metabolismo das plantas
 
Fermentação e Respiração
Fermentação e RespiraçãoFermentação e Respiração
Fermentação e Respiração
 
Metabolismo energético das células
Metabolismo energético das célulasMetabolismo energético das células
Metabolismo energético das células
 
Tema 3 biologia pdf
Tema 3   biologia pdfTema 3   biologia pdf
Tema 3 biologia pdf
 
Metabolismo energético das células
Metabolismo energético das célulasMetabolismo energético das células
Metabolismo energético das células
 
Metabolismo energético das células
Metabolismo energético das célulasMetabolismo energético das células
Metabolismo energético das células
 

More from Tânia Reis

Condições da Terra que permitem a existência de vida
Condições da Terra que permitem a existência de vidaCondições da Terra que permitem a existência de vida
Condições da Terra que permitem a existência de vidaTânia Reis
 
Deriva dos continentesp
Deriva dos continentespDeriva dos continentesp
Deriva dos continentespTânia Reis
 
Condiçoes da terra p
Condiçoes da terra pCondiçoes da terra p
Condiçoes da terra pTânia Reis
 
A terra no espaço p
A terra no espaço pA terra no espaço p
A terra no espaço pTânia Reis
 
A terra no espaço
A terra no espaçoA terra no espaço
A terra no espaçoTânia Reis
 
Métodos contracetivos
Métodos contracetivosMétodos contracetivos
Métodos contracetivosTânia Reis
 
Transmissão da vida
Transmissão da vida Transmissão da vida
Transmissão da vida Tânia Reis
 
Saúde individual e comunitária
Saúde individual e comunitáriaSaúde individual e comunitária
Saúde individual e comunitáriaTânia Reis
 
Instrumentos de exploração espacial
Instrumentos de exploração espacialInstrumentos de exploração espacial
Instrumentos de exploração espacialTânia Reis
 
A terra no espaço p
A terra no espaço pA terra no espaço p
A terra no espaço pTânia Reis
 
Sistema respiratório
Sistema respiratórioSistema respiratório
Sistema respiratórioTânia Reis
 
Sistema circulatório
Sistema circulatórioSistema circulatório
Sistema circulatórioTânia Reis
 
Sistema hormonal
Sistema hormonalSistema hormonal
Sistema hormonalTânia Reis
 
4hereditariedade
4hereditariedade4hereditariedade
4hereditariedadeTânia Reis
 

More from Tânia Reis (20)

ficha 1 moc.pdf
ficha 1 moc.pdfficha 1 moc.pdf
ficha 1 moc.pdf
 
Condições da Terra que permitem a existência de vida
Condições da Terra que permitem a existência de vidaCondições da Terra que permitem a existência de vida
Condições da Terra que permitem a existência de vida
 
Princ geologia
Princ geologiaPrinc geologia
Princ geologia
 
Etapasp
EtapaspEtapasp
Etapasp
 
Deriva dos continentesp
Deriva dos continentespDeriva dos continentesp
Deriva dos continentesp
 
Datacaop
DatacaopDatacaop
Datacaop
 
Condiçoes da terra p
Condiçoes da terra pCondiçoes da terra p
Condiçoes da terra p
 
A terra no espaço p
A terra no espaço pA terra no espaço p
A terra no espaço p
 
A terra no espaço
A terra no espaçoA terra no espaço
A terra no espaço
 
Rochas solo tr
Rochas solo trRochas solo tr
Rochas solo tr
 
Métodos contracetivos
Métodos contracetivosMétodos contracetivos
Métodos contracetivos
 
Transmissão da vida
Transmissão da vida Transmissão da vida
Transmissão da vida
 
Saúde individual e comunitária
Saúde individual e comunitáriaSaúde individual e comunitária
Saúde individual e comunitária
 
Instrumentos de exploração espacial
Instrumentos de exploração espacialInstrumentos de exploração espacial
Instrumentos de exploração espacial
 
A terra no espaço p
A terra no espaço pA terra no espaço p
A terra no espaço p
 
Sistema respiratório
Sistema respiratórioSistema respiratório
Sistema respiratório
 
Sistema circulatório
Sistema circulatórioSistema circulatório
Sistema circulatório
 
Sistema hormonal
Sistema hormonalSistema hormonal
Sistema hormonal
 
Sistema nervoso
Sistema nervosoSistema nervoso
Sistema nervoso
 
4hereditariedade
4hereditariedade4hereditariedade
4hereditariedade
 

FermentaçãO E RespiraçãO

  • 1. Transformação e utilização de energia pelos seres vivos
  • 2. De onde provém a energia para a realização de actividades vitais? • ATP – Adenosina TriFosfato – é a fonte imediata de energia para as actividades celulares. • É produzido durante a fotossíntese.
  • 3. • Mas só a oxidação de compostos orgânicos garante a renovação constante de ATP.
  • 5. Anabolismo • Conjunto de reacções químicas que conduzem à biossíntese de moléculas complexas a partir de moléculas mais simples. simples. As moléculas sintetizadas são mais ricas sob o ponto de vista energético do que as moléculas que lhes deram origem. Globalmente as reacções de anabolismo são endoenergéticas, endoenergéticas, já que há consumo de energia.
  • 6. Catabolismo • Conjunto de reacções de degradação de moléculas complexas em moléculas mais simples. Os produtos são mais simples. pobres em energia do que os reagentes. Globalmente as reacções de catabolismo são exoenergéticas, já que exoenergéticas, há libertação de energia. energia.
  • 8. Como é utilizado o ATP na célula? • A hidrólise do ATP (reacção de catabolismo) catabolismo) liberta energia – Reacção exoenergética. exoenergética. • A síntese de ATP (reacção de anabolismo) consome energia – reacção endoenergética. endoenergética.
  • 9.
  • 10. Estrutura do ADP e do ATP
  • 11. NAD+ e NADH • Existem diversas vias metabólicas capazes de transferir a energia contida nos compostos orgânicos para moléculas de ATP. Nestas vias intervêm compostos como o NAD, que transportam protões (H+) e electrões (e-) do hidrogénio até um aceptor (e final.
  • 12. Aceptor final de electrões • Se o aceptor final for uma molécula inorgânica: Respiração. • Se o aceptor for o O2: Respiração aeróbia. (maioria dos animais aeróbia. e plantas) • Se o aceptor final for o NO3- ou o SO42-, sem intervenção do O2: Respiração anaeróbia (bactérias sulfurosas e nitrificantes) nitrificantes) • Se não há aceptor final: Fermentação (os electrões são captados por uma molécula orgânica que deriva do substrato inicial).
  • 14. Primeiras formas de vida… • Os primeiros seres vivos unicelulares, existentes na Terra, apareceram muito antes do O2 na atmosfera terrestre. Estes seres metabolizavam os produtos orgânicos na ausência deste gás, por fermentação.
  • 15. Anaeróbios obrigatórios • Anaeróbios obrigatórios: seres vivos para o quais a presença de O2 é tóxica.
  • 16. Células fotossintéticas • Posteriormente apareceram seres vivos com capacidade fotossintética. Estes possuem capacidade de produzir O2 e de o libertar para a atmosfera. Alguns seres adquiriram a capacidade de utilizar o O2 como aceptor final de electrões, rentabilizando a degradação da glicose.
  • 17. Experiência de Pasteur – pág.170 • Leveduras + glicose foram colocadas em presença e ausência de O2 • A multiplicação das leveduras necessita de energia que provém da degradação da glicose. • Parte da energia dissipa-se sob a forma dissipa- de calor. Por isso a temperatura sobe. • Na presença de O2, o aumento da temperatura é ainda maior.
  • 18. Experiência de Pasteur – pág.170 • Resultados: – Cheiro a álcool, na ausência de O2 (anaerobiose) – Subida da temperatura (mais acentuada na presença de O2 - aerobiose) aerobiose) – Água de cal fica turva na presença de CO2 (turvação mais acentuada na em condições de aerobiose) aerobiose)
  • 19. Experiência de Pasteur – pág.170
  • 20. Experiência de Pasteur – pág.170 • Estudos realizados por Pasteur permitiram verificar que a fermentação alcoólica estava sempre associada ao crescimento de leveduras, mas que se estas fossem expostas a quantidades importantes de oxigénio produziriam (em vez de álcool e dióxido de carbono) água e dióxido de carbono. Destas observações, Pasteur concluiu que a fermentação é o mecanismo utilizado pelos seres vivos para produzir energia na ausência de oxigénio.
  • 21. Rendimento energético Condições do meio Quantidade de Quantidade de glicose consumida indivíduos formados (g) (g) Com oxigénio 1 0,60 (aerobiose) Sem oxigénio 1 0,02 (anaerobiose)
  • 22. Leveduras… • As leveduras são seres aeróbios facultativos. • São capazes de mobilizar energia da glicose em meio aeróbio ou anaeróbio. • Em anaerobiose (sem O2) produzem, além do CO2, álcool etílico (etanol). – fermentação alcoólica. • O etanol é um composto orgânico ainda muito rico em energia potencial, que não é metabolizada.
  • 23. Leveduras… • Em aerobiose os produtos finais são moléculas simples: H2O e CO2. • As leveduras aproveitam mais energia proveniente da degradação da glicose, o que conduz a um aumento muito mais significativo da quantidade de leveduras.
  • 24. Fermentação e Respiração aeróbia Fermentação alcoólica Respiração aeróbia +O2 Etanol H2O Calor Calor Energia utilizável Energia utilizável CO2 CO2
  • 25. Fermentação alcoólica • C6H12O6 -> 2 CH3CH2OH + 2CO2 + energia (glicose) (etanol) (dióxido de carbono) Respiração aeróbia • C6H12O6 + 6O2 -> 6CO2 + 6H2O + energia (glicose) (oxigénio) (dióxido (água) de carbono)
  • 27. Glicólise – etapa comum à fermentação e à respiração aeróbia – Ficha de trabalho
  • 28. Ficha de Trabalho 1. A glicose é uma molécula inerte que necessita de 2 moléculas de ATP para ser activada – fase de activação. A fase de activação. rendimento ocorre quando há fosforilação de 4 moléculas de ATP através do aldeído fosfoglicérico. fosfoglicérico. 2. São necessárias 2 moléculas de ATP para activar a glicose. 3. O NAD+ vai ser reduzido pelo aldeído fosfoglicérico que, por sua vez, fica oxidado. 4. O saldo energético é de 2ATP.
  • 29. Glicólise – ocorre no hialoplasma
  • 30. Distribuição energética Energia libertada sob a forma de calor 2ATP 3% 2% 2NADH 16% 2Ácido Pirúvico 79% Distribuição da energia da glicose pelas moléculas constituídas durante a glicólise
  • 31. Redução do piruvato/ ácido pirúvico piruvato/
  • 32.
  • 33. Fermentação Realizada por alcoólica leveduras Fermentação Realizada por láctica bacilos lácticos
  • 34. Ficha de trabalho 2. Que fenómeno permite a reciclagem de NAD+?
  • 35. Ficha de Trabalho 1. Aspectos comuns: 2 moléculas de NADH são oxidadas; são produzidas 2 moléculas de ATP. Diferenças: Na fermentação alcoólica produzem- produzem-se 2 moléculas de etanol (2C) e 2 de CO2.Há formação de acetaldeído (produto intermédio). Na fermentação láctica apenas se produz 2 moléculas de ácido láctico (3C). 2. A glicólise permite reciclar as moléculas de NAD+, reduzindo-as a NADH. reduzindo-
  • 36. Fermentação alcoólica • Glicose -> 2Etanol + 2CO2 + 2ATP • Após a glicólise, o ácido pirúvico sofre glicólise, uma descarboxilação, libertando-se o descarboxilação, libertando- CO2. Forma-se um composto com 2C – Forma- aldeído acético que, por redução, forma o etanol. Esta redução é providenciada pelo NADH formado durante a glicólise. glicólise. • Etanol: ainda é um composto altamente energético • Rendimento: 2ATP
  • 37.
  • 38. Fermentação láctica • Glicose -> 2Ácido láctico + 2ATP • Após a glicólise, o ácido pirúvico sofre glicólise, uma redução pelo NADH (formado durante a glicólise) originando o ácido glicólise) láctico. • Rendimento: 2ATP
  • 40. Fermentação utilizada pelo Homem… • As leveduras que transformam as uvas em vinho encontram- encontram-se nas cascas das uvas.
  • 44. Na respiração ocorrem reações redox • 1 – mexilhão vivo + azul de metileno • 2 – mexilhão previamente cozido + azul de metileno • 3 – azul de metileno O Azul de metileno funciona como oxidante, ficando reduzido – torna-se por isso incolor.
  • 45. Os tecidos vivos libertam CO2? • Como procederia, experimentalmente, para resolver este problema?
  • 46. Exercício 1. Qual a origem das moléculas de ácido pirúvico que entram nas mitocôndrias? mitocôndrias? 2. Quantas moléculas de CO2 se formam por cada molécula de glicose? 3. Na matriz mitocondrial ocorrem oxirreduções. Fundamente a afirmação. oxirreduções. 4. Onde ocorre a oxidação das moléculas transportadoras de hidrogénios? 5. Se se marcasse radioactivamente o oxigénio utilizado, em que composto final iria aparecer?
  • 48. Ficha de Trabalho 1. Glicólise. Glicólise. 2. No hialoplasma. hialoplasma. 3. 3 fases: formação de AcetilCoA, Ciclo de Krebs e AcetilCoA, Cadeia transportadora de electrões. 4. Ciclo de Krebs e Cadeia transportadora de electrões. 5. Na Cadeia transportadora de Electrões e fosforilação. fosforilação. 6. O O2 recebe electrões e hidrogeniões, ficando hidrogeniões, reduzido. É transformado em água. 7. Na respiração aeróbia produzem-se 38ATP, produzem- enquanto que na fermentação apenas se produzem 2ATP.
  • 52.
  • 56. Ficha de Trabalho 1. Cada molécula transportadora de electrões tem maior afinidade para os electrões do que o transportador anterior, de modo que o fluxo de electrões é unidireccional. 2. O aceptor final dos electrões é o O2. 3. A água provém do O2, que recebe hidrogeniões e electrões.
  • 57.
  • 58. Cadeia transportadora de electrões e fosforilação oxidativa
  • 59. Balanço energético – Ficha de Trabalho 4 4 2 34 40 4 2 2 38 2