O documento descreve a evolução do hipertexto desde a Enciclopédia de Diderot e D'Alembert até a World Wide Web, passando pelo Memex de Vannevar Bush e o Projeto Xanadu de Ted Nelson. Apresenta também definições e características-chave do hipertexto, como a não-linearidade, a presença de links e nós, e a possibilidade de múltiplos caminhos de leitura.
3. Enciclopédia
• Publicada por Diderot e D’Alembert em
1772, França.
• A enciclopédia abandona a narrativa linear
e adota um sistema de associações. Também
referencia os verbetes entre si.
• Anteriormente, notas de rodapé já eram
usadas em obras literárias.
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5. Memex
• Em 1945, o engenheiro Vannevar Bush
publica o artigo As we may think, no qual
descreve uma máquina capaz de criar
vínculos mecânicos entre documentos.
• Através do Memex (Memory Extension),
pesquisadores seriam capazes de
armazenar trilhas associativas e
compartilhá-las com seus colegas.
7. Projeto Xanadu
• Concebido nos anos 1960 por Ted Nelson,
o Xanadu começou como um processador
de textos capaz de lidar com múltiplas
versões e acabou se tornando um
precursor da idéia de World Wide Web.
• O Xanadu seria um sistema de distribuição
online de documentos, semelhante às redes
P2P.
9. CD-ROM
• A noção de hipertexto teve uma de suas
primeiras materializações nos menus e
conteúdos clicáveis dos CD-ROMs.
• A tecnologia logo foi adotada por
escritores, para criar narrativas
multilineares ou não-lineares.
12. World Wide Web
• Criada por Tim Berners-Lee em 1989, a
rede mundial de computadores acrescenta
uma interface gráfica à Internet.
• Essa interface baseia-se principalmente no
uso de hyperlinks, ou links, como forma de
vincular documentos.
15. Definição
• O prefixo grego hiper significa “além de”,
“acima de”.
• O termo hipertexto significa então um
texto acima das, além das, livre das
restrições da escrita linear.
• Hipermídia: hipertexto acrescido de
elementos gráficos e/ou áudio.
16. Definição
Permitam-se introduzir a palavra “hipertexto” para
designar um corpo de materiais escritos ou pictóricos
interconectados de maneira tão complexa que não
poderia ser convenientemente apresentada ou
representada em papel. Poderia conter índices, ou mapas
de seu conteúdo e suas interrelações; poderia conter
anotações, observações e notas de rodapé de outros
pesquisadores que o tenham examinado. (...) Tal sistema
poderia crescer indefinidamente, gradualmente
acumulando mais e mais do conhecimento escrito da
humanidade.
NELSON, 1965, p. 144
17. Definição
Um hipertexto é uma matriz de textos potenciais,
sendo que alguns deles vão se realizar sob o efeito
da interação com um usuário.
LÉVY, 1996, p. 40
A abordagem mais simples do hipertexto que,
insisto, não exclui nem os sons nem as imagens, é a
de descrevê-lo, por oposição a um texto linear,
como um texto estruturado em rede. O hipertexto
seria constituído de nós (...) e de ligações entre
esses nós (...).
Idem, p. 44
18. Definição
Texto composto de blocos de palavras (ou imagens)
vinculados eletronicamente por múltiplas trilhas,
elos ou sendas, em uma textualidade aberta,
perpetuamente inacabada, descrita pelos termos
elo, nó, rede, teia e trilha.
LANDOW, 2002, p. 3
19. Definição
Em vez de um fluxo linear de texto como é
próprio da linguagem impressa (...), o hipertexto
quebra essa linearidade em unidades ou módulos
de informação, consistindo de partes ou
fragmentos de textos. Nós e nexos associativos
são os tijolos básicos de sua construção.
SANTAELLA, 2004, p.49
20. Características
• O hipertexto exige que • Permite enriquecer o
o leitor tome decisões texto com imagens em
sobre os caminhos a movimento e áudio.
trilhar a cada momento.
• Atualização e
• Pode oferecer múltiplos crescimento constante.
caminhos para a leitura.
• O centro da narrativa
• Permite referenciar (nó) é transitório.
material de apoio
diretamente.
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35. Referências
• LANDOW, George. Hypertext 2.0. Baltimore: The John
Hopkins University Press, 1997.
• LÉVY, Pierre. O que é o virtual?. São Paulo: Ed. 34, 1996.
• NELSON, Ted. A file structure for the complex, the
changing and the indeterminate. Conferência Nacional da
Association for Computing Machinery, 20, 1965. Anais...
Nova York: ACM, 1965. Disponível em: http://
www.scribd.com/doc/454074/A-File-Structure-for-the-
Complex-The-Changing-And-the-Indeterminate.
• SANTAELLA, Lucia. Navegar no ciberespaço. São
Paulo: Paulus, 2004.