SlideShare a Scribd company logo
1 of 11
Evolução histórica do conceito
de trabalho
Área de Integração 11º R Tony Abreu
Origem etimológica
• A origem etimológica de “trabalho” deriva da palavra latina tripalus (três paus).
• No latim popular, era um instrumento feito de três paus aguçados e com pontas de ferro, utilizado
como forma de ferrar os animais de grande porte físico ou para debulhar os cereais e o linho.
• Além disso, era visto também como um instrumento para torturar, e daí ter surgido a palavra
“tripaliare”, torturar, que mais tarde veio a ser associada a algo penoso, a sofrimento, a fadiga e a
trabalho.
• Durante bastante tempo, o trabalho foi mesmo considerado algo penoso ou um castigo. Este era
praticado pelos escravos (esclavagismo) ou pelas classes socias mais baixas como os servos da
gleba (servilismo).
• Os homens livres, que se dedicavam ao lazer, à contemplação, à reflexão e ao ócio, eram
naquele tempo considerados homens pouco dignos de praticar este “castigo”.
• Agora, este “castigo”, passa a ser encarado como uma visão otimista para o trabalhador, onde o
trabalho é fonte de libertação, de progresso e de auto-realização, assim:
D i g n i f i c a o s e r H u m a n o !
Evolução Histórica
• No ínicio, o homem primitivo vivia principalmente da recolha de
alimentos, da caça e da pesca.
• Estas atividades eram feitas coletivamente utilizando instrumentos
muito rudimentares.
• É aqui que o homem era um recoletor, ou seja, dependendo
apenas do que a natureza lhe oferecia, onde o trabalho era
particularmente cooperativo, isto porque o homem tinha de lutar
pela sua sobrevivência, enfrentando as contrariedades da
natureza e os animais.
• As tarefas eram repartidas por sexo ou idade, onde os homens se
limitavam à caça e as mulheres à recolha de vegetais e de frutos.
• Surgia assim, uma primeira divisão do trabalho, uma divisão
natural.
• Porém, com o decorrer do tempo, o homem começa a criar e a
aperfeiçoar os utensílios de trabalho, como as lanças ou os
machados, primeiro em pedra e mais tarde em bronze ou ferro.
• O homem começa a dominar a natureza com a descoberta da
agricultura e da pecuária.
• Com isto, os frutos e os cereais nascem onde o homem quer e os
animais vivem junto às suas habitações, não tendo agora que se
deslocar à procura de alimentos, tornando-se assim, sedentário
e produtor.
• Após novas especializações, ou seja, indivíduos dentro de uma
comunidade ou até mesmo comunidades que se dedicam só à
pecuária ou só à agricultura, iniciando-se assim uma segunda
divisão do trabalho, uma divisão social.
• A terceira divisão do trabalho, uma nova divisão social, viria
a surgir com o aperfeiçoamento do trabalho dos metais que
fizeram emergir ofícios especializados e outros ofícios como o de
tecelão ou o de oleiro, cada vez mais especializados; onde os
ofícios se separaram da agricultura e da pecuária.
A Antiguidade
• Na Antiguidade, isto é, desde a invenção da escrita (séc. II a.c) até ao séc. V, a sociedade dividia-
se em homens livres e escravos, sendo estes que asseguraram a realização de todas as tarefas
necessárias ao funcionamento da sociedade e da economia.
• Os escravos, realizavam os trabalhos manuais, os trabalhos “maus”, aqueles mais pesados e
exaustivos, vivendo assim para servir os homens livres que por outro lado se dedicavam ao ócio,
ao lazer e à contemplação, nada faziam.
• Com isto, o conceito de trabalho passa a ser associado a algo duro, penoso e a atividades
subalternas.
• As más condições de vida, as más condições de trabalho, fizeram com que os escravos
começassem a produzir pouco, começassem a existir revoltas e até mesmo fugas por parte dos
mesmos.
Feudalismo
• Feudalismo (séc. XI ; XII ; XII), época onde os escravos ganham a sua liberdade, a dignidade de se
tornarem cidadãos livres, como servos da gleba.
• Os servos da gleba pagavam pesados tributos para trabalhar nas terras dos grandes proprietários, ficando
com o restante, o que era pouco, pois não chegava para a sua própria sobrevivência, tão-pouco para a
sua família.
• De certa forma, o estatuto de escravo pode ter mudado, mas a sua condição de servir não; Dito isto,
passam da escravidão para o servilismo, algo caraterístico das sociedades feudais.
• Servilismo é de igual forma, sinónimo de escravidão, mas agora, uma escravidão mais branda, onde o
servo da gleba não exercia quaisquer direitos, viviam dependentes do seu “dono”, dos grandes
proprietários, do senhor feudal e das suas terras.
• Trabalhavam longa e arduamente, dois ou três dias, nessas mesmas terras e sem qualquer pagamento
em troca.
• No regime feudal, o trabalho continuou a ser visto como um castigo e algo de degradante, próprio dos
estratos mais baixos, uma vez que os nobres não trabalhavam.
• Contudo, o servilismo começou a desaparecer no final da Idade Média, devido : às epidemias, que
afetaram grande parte da população; tais epidemias, fizeram com que o trabalhador se tivesse
tornado mais raro, mas também, mais valorizado. Devido ao crescimento do comércio, que fez
surgir a burguesia, uma nova classe social; Devido ao crescimento das cidades, que atraiu as
populações dos campos, a população rural; Devido também, ao surgimento de atividades ligadas à
pequena indústria.
• A fuga do campo para as cidades e o aparecimento de novas atividades e ofícios fazem “nascer” as
corporações, uma organização de produtores, reunidos por ofícios e de forma mais ou menos rígida,
com o objetivo de garantir os privilégios dos mestres e de controlar o mercado e a concorrência.
• Estas corporações regulavam toda a atividade produtiva e as técnicas de produção e estabeleciam as
suas próprias leis profissionais. Um trabalhador que não fizesse parte do “grupo” não poderia exercer
a sua atividade livremente.
• Contudo, com a Revolução Francesa, as corporações de ofícios acabam por ser suprimidas,
isto porque eram consideradas incompatíveis com os ideias da liberdade.
• Outro motivo que “ganhou força” para esta supressão, foi o grande impulso sentido pelo comércio,
mais propriamente no intercontinental.
Revolução Industrial
• A Revolução Industrial , iniciou-se em meados do séc. XVIII na Inglaterra e prolongou-se até ao início
do século XIX.
• Com o seu aparecimento, o artesão foi sendo substituído pelo operário e a oficina pela fábrica,
surgindo a manufatura, o trabalho manual feito pelo operário. Surgia assim, a 1ª forma que o
capitalismo assumiu na indústria.
• O capitalismo, sistema econômico caracterizado pela propriedade privada dos meios de produção, e
pela existência de mercados livres em que prevalecem as relações de trabalho assalariado.
• O capitalismo caraterizava-se por:
 Existência da propriedade privada dos meios de produção;
 O lucro ser a grande finalidade;
 Oposição entre assalariado e o capitalista;
 Apropriação privada dos meios de produção;
• A Revolução Industrial, traduziu-se na mecanização dos meios de produção.
• Esta revolução, operou uma verdadeira mudança económica, social, política e cultural,
marcando a passagem de um novo regime, o capitalismo.
• O que era anteriormente produzido em pequenas quantidades, passara a ser produzido em massa,
uma vez que o trabalho artesanal foi substituído pelas máquinas.
• O, até agora, trabalho escravo, servil e corporativo foi substituído pelo trabalho assalariado em
grande escala.
• A manufatura dá lugar à fábrica, onde se
concentravam um grande número de trabalhadores
assalariados, operários, que trabalhavam durante
muitas horas em condições desonrosas e de sobre-
exploração, não podendo usufruir de qualquer direito.
• Este trabalho era duro, sem condições de higiene
e segurança, exigindo um enorme esforço físico e
mental por parte do operário.
• Essas mesmas condições desonrosas/miseráveis, de trabalho e de vida das classes
trabalhadoras fez “despertar” os operários, que fizeram revoltas e greves para lutarem pelos
seus direitos de trabalho.
• Os trabalhadores passaram a ser representados pelos sindicatos, que lutam pelos direitos dos
trabalhadores.
Séc. XX e XXI
• Sucede-se a Segunda Revolução Industrial, com a descoberta da eletricidade, do motor de
explosão (petróleo) e da invenção do telefone.
• O mercado de trabalho era dominado pelo trabalho manual, desenvolvido por operários
especializados e semiespecializados das grandes fábricas de produção em massa.
• A partir dos anos 70, nos países mais desenvolvidos, assistiu-se a uma crescente automação da
produção.
• Em algumas fábricas, os robôs chegaram mesmo a substituir o homem nas tarefas repetitivas,
pesadas ou perigosas, com o objetivo de aumentar a produtividade do trabalho, que viria a dar
resultado, e assim, foi posto em prática noutros sectores.
• Apesar do crescimento económico, o desemprego aumentou, até porque o que 2 ou 3 homens
faziam, apenas 1 robô era capaz de fazer o mesmo, e em menos tempo.
 Estudos publicados pela OCDE, entre 1973 e 1991, provam que o número de desempregados, no
conjunto de países da OCDE, passou de 11,3 milhões para 30 milhões.
• Este estudo ilustra bem o quão devastador foi, em termos de empregabilidade, a
implementação dos robôs ao invés do homem!

More Related Content

What's hot

Sociologia - O que é o trabalho
Sociologia - O que é o trabalho Sociologia - O que é o trabalho
Sociologia - O que é o trabalho Jeane Santos
 
Sociologia - O que é trabalho?
Sociologia - O que é trabalho? Sociologia - O que é trabalho?
Sociologia - O que é trabalho? Leticia Santos
 
Mulher do século xx vs mulher do século xxi
Mulher do século xx vs mulher do século xxiMulher do século xx vs mulher do século xxi
Mulher do século xx vs mulher do século xxiWAGNER OLIVEIRA
 
Taylorismo, fordismo e toyotismo 3 1
Taylorismo, fordismo e toyotismo 3 1Taylorismo, fordismo e toyotismo 3 1
Taylorismo, fordismo e toyotismo 3 1edsonfgodoy
 
Trabalho ao longo da história
Trabalho ao longo da históriaTrabalho ao longo da história
Trabalho ao longo da históriaKamila Peixotto
 
Vantagens e desvantagens da globalização
Vantagens e desvantagens da globalizaçãoVantagens e desvantagens da globalização
Vantagens e desvantagens da globalizaçãoZé Stinson
 
O papel da mulher na sociedade
O papel da mulher na sociedadeO papel da mulher na sociedade
O papel da mulher na sociedadesilvanapappi
 
Introdução à Sociologia
Introdução à SociologiaIntrodução à Sociologia
Introdução à SociologiaAlison Nunes
 
estrutura familiar e dinamica social
estrutura familiar e dinamica socialestrutura familiar e dinamica social
estrutura familiar e dinamica socialJoão Marrocano
 
Trabalho e sociedade
Trabalho e sociedadeTrabalho e sociedade
Trabalho e sociedaderblfilos
 
Sociologia, Cultura e Sociedade
Sociologia, Cultura e SociedadeSociologia, Cultura e Sociedade
Sociologia, Cultura e SociedadeMoacyr Anício
 

What's hot (20)

Trabalho
TrabalhoTrabalho
Trabalho
 
Sociologia - O que é o trabalho
Sociologia - O que é o trabalho Sociologia - O que é o trabalho
Sociologia - O que é o trabalho
 
Sociologia - O que é trabalho?
Sociologia - O que é trabalho? Sociologia - O que é trabalho?
Sociologia - O que é trabalho?
 
Trabalho e sociedade no brasil
Trabalho e sociedade no brasilTrabalho e sociedade no brasil
Trabalho e sociedade no brasil
 
Mulher do século xx vs mulher do século xxi
Mulher do século xx vs mulher do século xxiMulher do século xx vs mulher do século xxi
Mulher do século xx vs mulher do século xxi
 
Taylorismo, fordismo e toyotismo 3 1
Taylorismo, fordismo e toyotismo 3 1Taylorismo, fordismo e toyotismo 3 1
Taylorismo, fordismo e toyotismo 3 1
 
Trabalho ao longo da história
Trabalho ao longo da históriaTrabalho ao longo da história
Trabalho ao longo da história
 
L2 ppt2
L2 ppt2L2 ppt2
L2 ppt2
 
Vantagens e desvantagens da globalização
Vantagens e desvantagens da globalizaçãoVantagens e desvantagens da globalização
Vantagens e desvantagens da globalização
 
O papel da mulher na sociedade
O papel da mulher na sociedadeO papel da mulher na sociedade
O papel da mulher na sociedade
 
Movimentos sociais
Movimentos sociaisMovimentos sociais
Movimentos sociais
 
Introdução à Sociologia
Introdução à SociologiaIntrodução à Sociologia
Introdução à Sociologia
 
estrutura familiar e dinamica social
estrutura familiar e dinamica socialestrutura familiar e dinamica social
estrutura familiar e dinamica social
 
Cidadania
CidadaniaCidadania
Cidadania
 
Desigualdade Social
Desigualdade SocialDesigualdade Social
Desigualdade Social
 
O Racismo
O RacismoO Racismo
O Racismo
 
Trabalho e o emprego
Trabalho e o empregoTrabalho e o emprego
Trabalho e o emprego
 
O MUNDO DO TRABALHO
O MUNDO DO TRABALHO O MUNDO DO TRABALHO
O MUNDO DO TRABALHO
 
Trabalho e sociedade
Trabalho e sociedadeTrabalho e sociedade
Trabalho e sociedade
 
Sociologia, Cultura e Sociedade
Sociologia, Cultura e SociedadeSociologia, Cultura e Sociedade
Sociologia, Cultura e Sociedade
 

Similar to Evolução histórica do conceito de trabalho

PP_O TRAB, EVOLUÇÃO E ESTATUTO OCIDENTE.pptx
PP_O TRAB, EVOLUÇÃO E ESTATUTO OCIDENTE.pptxPP_O TRAB, EVOLUÇÃO E ESTATUTO OCIDENTE.pptx
PP_O TRAB, EVOLUÇÃO E ESTATUTO OCIDENTE.pptx600RuiDrioTeixeiraSo
 
Aula 1 história do direito do trabalho
Aula 1   história do direito do trabalhoAula 1   história do direito do trabalho
Aula 1 história do direito do trabalhoprofessorluizhenrique
 
Revolucao industrial editado 2
Revolucao industrial editado 2Revolucao industrial editado 2
Revolucao industrial editado 2Carla Prestes
 
A história do trabalho é tão antiga quanto à do homem
A história do trabalho é tão antiga quanto à do homemA história do trabalho é tão antiga quanto à do homem
A história do trabalho é tão antiga quanto à do homemBetânia Pereira
 
A origem agrária do capitalismo
A origem agrária do capitalismo A origem agrária do capitalismo
A origem agrária do capitalismo Marta Assenza
 
IECJ - Cap. 04 - Trabalho - 1º ano - EM
IECJ - Cap. 04 - Trabalho - 1º ano - EMIECJ - Cap. 04 - Trabalho - 1º ano - EM
IECJ - Cap. 04 - Trabalho - 1º ano - EMprofrodrigoribeiro
 
Sistemas Economicos E Sociais
Sistemas Economicos E SociaisSistemas Economicos E Sociais
Sistemas Economicos E SociaisLuciano Pessanha
 
Slides a revolução industrial 2º. ano
Slides a revolução industrial   2º. anoSlides a revolução industrial   2º. ano
Slides a revolução industrial 2º. anoFatima Freitas
 
História do pensamento econômico cap 1 - introdução e k hunt
História do pensamento econômico   cap 1 - introdução e k huntHistória do pensamento econômico   cap 1 - introdução e k hunt
História do pensamento econômico cap 1 - introdução e k huntDaniele Rubim
 
O QUE É TRABALHO - DEFINIÇÃO DE TRABALHO.pptx
O QUE É TRABALHO - DEFINIÇÃO DE TRABALHO.pptxO QUE É TRABALHO - DEFINIÇÃO DE TRABALHO.pptx
O QUE É TRABALHO - DEFINIÇÃO DE TRABALHO.pptxMarlenePastor2
 
8º série modo de produção capitalismo
8º série modo de produção capitalismo8º série modo de produção capitalismo
8º série modo de produção capitalismoAlessandroRubens
 

Similar to Evolução histórica do conceito de trabalho (20)

PP_O TRAB, EVOLUÇÃO E ESTATUTO OCIDENTE.pptx
PP_O TRAB, EVOLUÇÃO E ESTATUTO OCIDENTE.pptxPP_O TRAB, EVOLUÇÃO E ESTATUTO OCIDENTE.pptx
PP_O TRAB, EVOLUÇÃO E ESTATUTO OCIDENTE.pptx
 
Aula 1 história do direito do trabalho
Aula 1   história do direito do trabalhoAula 1   história do direito do trabalho
Aula 1 história do direito do trabalho
 
Revolucao industrial editado 2
Revolucao industrial editado 2Revolucao industrial editado 2
Revolucao industrial editado 2
 
Classes sociais 14t 01111
Classes sociais 14t 01111Classes sociais 14t 01111
Classes sociais 14t 01111
 
Revisao historia
Revisao historiaRevisao historia
Revisao historia
 
A história do trabalho é tão antiga quanto à do homem
A história do trabalho é tão antiga quanto à do homemA história do trabalho é tão antiga quanto à do homem
A história do trabalho é tão antiga quanto à do homem
 
A origem agrária do capitalismo
A origem agrária do capitalismo A origem agrária do capitalismo
A origem agrária do capitalismo
 
IECJ - Cap. 04 - Trabalho - 1º ano - EM
IECJ - Cap. 04 - Trabalho - 1º ano - EMIECJ - Cap. 04 - Trabalho - 1º ano - EM
IECJ - Cap. 04 - Trabalho - 1º ano - EM
 
O trabalho
O trabalhoO trabalho
O trabalho
 
Sociedade
SociedadeSociedade
Sociedade
 
Revolução Industrial
Revolução IndustrialRevolução Industrial
Revolução Industrial
 
Sistemas Economicos E Sociais
Sistemas Economicos E SociaisSistemas Economicos E Sociais
Sistemas Economicos E Sociais
 
Slides a revolução industrial 2º. ano
Slides a revolução industrial   2º. anoSlides a revolução industrial   2º. ano
Slides a revolução industrial 2º. ano
 
Doutrinas sociais
Doutrinas sociaisDoutrinas sociais
Doutrinas sociais
 
História do pensamento econômico cap 1 - introdução e k hunt
História do pensamento econômico   cap 1 - introdução e k huntHistória do pensamento econômico   cap 1 - introdução e k hunt
História do pensamento econômico cap 1 - introdução e k hunt
 
O QUE É TRABALHO - DEFINIÇÃO DE TRABALHO.pptx
O QUE É TRABALHO - DEFINIÇÃO DE TRABALHO.pptxO QUE É TRABALHO - DEFINIÇÃO DE TRABALHO.pptx
O QUE É TRABALHO - DEFINIÇÃO DE TRABALHO.pptx
 
Cartismo
CartismoCartismo
Cartismo
 
Resumo de história
Resumo de históriaResumo de história
Resumo de história
 
Tcc
TccTcc
Tcc
 
8º série modo de produção capitalismo
8º série modo de produção capitalismo8º série modo de produção capitalismo
8º série modo de produção capitalismo
 

More from Tony Abreu

Cidadania Europeia
Cidadania EuropeiaCidadania Europeia
Cidadania EuropeiaTony Abreu
 
Vida e obra de eça de queirós
Vida e obra de eça de queirósVida e obra de eça de queirós
Vida e obra de eça de queirósTony Abreu
 
Ginástica de Solo
Ginástica de SoloGinástica de Solo
Ginástica de SoloTony Abreu
 

More from Tony Abreu (7)

Cidadania Europeia
Cidadania EuropeiaCidadania Europeia
Cidadania Europeia
 
Obesity
ObesityObesity
Obesity
 
Pollution
PollutionPollution
Pollution
 
Obesity
ObesityObesity
Obesity
 
Vida e obra de eça de queirós
Vida e obra de eça de queirósVida e obra de eça de queirós
Vida e obra de eça de queirós
 
Os lusíadas
Os lusíadasOs lusíadas
Os lusíadas
 
Ginástica de Solo
Ginástica de SoloGinástica de Solo
Ginástica de Solo
 

Recently uploaded

A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasSocorro Machado
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfLuizaAbaAba
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxTailsonSantos1
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 

Recently uploaded (20)

A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 

Evolução histórica do conceito de trabalho

  • 1. Evolução histórica do conceito de trabalho Área de Integração 11º R Tony Abreu
  • 2. Origem etimológica • A origem etimológica de “trabalho” deriva da palavra latina tripalus (três paus). • No latim popular, era um instrumento feito de três paus aguçados e com pontas de ferro, utilizado como forma de ferrar os animais de grande porte físico ou para debulhar os cereais e o linho. • Além disso, era visto também como um instrumento para torturar, e daí ter surgido a palavra “tripaliare”, torturar, que mais tarde veio a ser associada a algo penoso, a sofrimento, a fadiga e a trabalho. • Durante bastante tempo, o trabalho foi mesmo considerado algo penoso ou um castigo. Este era praticado pelos escravos (esclavagismo) ou pelas classes socias mais baixas como os servos da gleba (servilismo). • Os homens livres, que se dedicavam ao lazer, à contemplação, à reflexão e ao ócio, eram naquele tempo considerados homens pouco dignos de praticar este “castigo”. • Agora, este “castigo”, passa a ser encarado como uma visão otimista para o trabalhador, onde o trabalho é fonte de libertação, de progresso e de auto-realização, assim: D i g n i f i c a o s e r H u m a n o !
  • 3. Evolução Histórica • No ínicio, o homem primitivo vivia principalmente da recolha de alimentos, da caça e da pesca. • Estas atividades eram feitas coletivamente utilizando instrumentos muito rudimentares. • É aqui que o homem era um recoletor, ou seja, dependendo apenas do que a natureza lhe oferecia, onde o trabalho era particularmente cooperativo, isto porque o homem tinha de lutar pela sua sobrevivência, enfrentando as contrariedades da natureza e os animais. • As tarefas eram repartidas por sexo ou idade, onde os homens se limitavam à caça e as mulheres à recolha de vegetais e de frutos. • Surgia assim, uma primeira divisão do trabalho, uma divisão natural.
  • 4. • Porém, com o decorrer do tempo, o homem começa a criar e a aperfeiçoar os utensílios de trabalho, como as lanças ou os machados, primeiro em pedra e mais tarde em bronze ou ferro. • O homem começa a dominar a natureza com a descoberta da agricultura e da pecuária. • Com isto, os frutos e os cereais nascem onde o homem quer e os animais vivem junto às suas habitações, não tendo agora que se deslocar à procura de alimentos, tornando-se assim, sedentário e produtor. • Após novas especializações, ou seja, indivíduos dentro de uma comunidade ou até mesmo comunidades que se dedicam só à pecuária ou só à agricultura, iniciando-se assim uma segunda divisão do trabalho, uma divisão social. • A terceira divisão do trabalho, uma nova divisão social, viria a surgir com o aperfeiçoamento do trabalho dos metais que fizeram emergir ofícios especializados e outros ofícios como o de tecelão ou o de oleiro, cada vez mais especializados; onde os ofícios se separaram da agricultura e da pecuária.
  • 5. A Antiguidade • Na Antiguidade, isto é, desde a invenção da escrita (séc. II a.c) até ao séc. V, a sociedade dividia- se em homens livres e escravos, sendo estes que asseguraram a realização de todas as tarefas necessárias ao funcionamento da sociedade e da economia. • Os escravos, realizavam os trabalhos manuais, os trabalhos “maus”, aqueles mais pesados e exaustivos, vivendo assim para servir os homens livres que por outro lado se dedicavam ao ócio, ao lazer e à contemplação, nada faziam. • Com isto, o conceito de trabalho passa a ser associado a algo duro, penoso e a atividades subalternas. • As más condições de vida, as más condições de trabalho, fizeram com que os escravos começassem a produzir pouco, começassem a existir revoltas e até mesmo fugas por parte dos mesmos.
  • 6. Feudalismo • Feudalismo (séc. XI ; XII ; XII), época onde os escravos ganham a sua liberdade, a dignidade de se tornarem cidadãos livres, como servos da gleba. • Os servos da gleba pagavam pesados tributos para trabalhar nas terras dos grandes proprietários, ficando com o restante, o que era pouco, pois não chegava para a sua própria sobrevivência, tão-pouco para a sua família. • De certa forma, o estatuto de escravo pode ter mudado, mas a sua condição de servir não; Dito isto, passam da escravidão para o servilismo, algo caraterístico das sociedades feudais. • Servilismo é de igual forma, sinónimo de escravidão, mas agora, uma escravidão mais branda, onde o servo da gleba não exercia quaisquer direitos, viviam dependentes do seu “dono”, dos grandes proprietários, do senhor feudal e das suas terras. • Trabalhavam longa e arduamente, dois ou três dias, nessas mesmas terras e sem qualquer pagamento em troca.
  • 7. • No regime feudal, o trabalho continuou a ser visto como um castigo e algo de degradante, próprio dos estratos mais baixos, uma vez que os nobres não trabalhavam. • Contudo, o servilismo começou a desaparecer no final da Idade Média, devido : às epidemias, que afetaram grande parte da população; tais epidemias, fizeram com que o trabalhador se tivesse tornado mais raro, mas também, mais valorizado. Devido ao crescimento do comércio, que fez surgir a burguesia, uma nova classe social; Devido ao crescimento das cidades, que atraiu as populações dos campos, a população rural; Devido também, ao surgimento de atividades ligadas à pequena indústria. • A fuga do campo para as cidades e o aparecimento de novas atividades e ofícios fazem “nascer” as corporações, uma organização de produtores, reunidos por ofícios e de forma mais ou menos rígida, com o objetivo de garantir os privilégios dos mestres e de controlar o mercado e a concorrência. • Estas corporações regulavam toda a atividade produtiva e as técnicas de produção e estabeleciam as suas próprias leis profissionais. Um trabalhador que não fizesse parte do “grupo” não poderia exercer a sua atividade livremente. • Contudo, com a Revolução Francesa, as corporações de ofícios acabam por ser suprimidas, isto porque eram consideradas incompatíveis com os ideias da liberdade. • Outro motivo que “ganhou força” para esta supressão, foi o grande impulso sentido pelo comércio, mais propriamente no intercontinental.
  • 8. Revolução Industrial • A Revolução Industrial , iniciou-se em meados do séc. XVIII na Inglaterra e prolongou-se até ao início do século XIX. • Com o seu aparecimento, o artesão foi sendo substituído pelo operário e a oficina pela fábrica, surgindo a manufatura, o trabalho manual feito pelo operário. Surgia assim, a 1ª forma que o capitalismo assumiu na indústria. • O capitalismo, sistema econômico caracterizado pela propriedade privada dos meios de produção, e pela existência de mercados livres em que prevalecem as relações de trabalho assalariado. • O capitalismo caraterizava-se por:  Existência da propriedade privada dos meios de produção;  O lucro ser a grande finalidade;  Oposição entre assalariado e o capitalista;  Apropriação privada dos meios de produção;
  • 9. • A Revolução Industrial, traduziu-se na mecanização dos meios de produção. • Esta revolução, operou uma verdadeira mudança económica, social, política e cultural, marcando a passagem de um novo regime, o capitalismo. • O que era anteriormente produzido em pequenas quantidades, passara a ser produzido em massa, uma vez que o trabalho artesanal foi substituído pelas máquinas. • O, até agora, trabalho escravo, servil e corporativo foi substituído pelo trabalho assalariado em grande escala. • A manufatura dá lugar à fábrica, onde se concentravam um grande número de trabalhadores assalariados, operários, que trabalhavam durante muitas horas em condições desonrosas e de sobre- exploração, não podendo usufruir de qualquer direito. • Este trabalho era duro, sem condições de higiene e segurança, exigindo um enorme esforço físico e mental por parte do operário.
  • 10. • Essas mesmas condições desonrosas/miseráveis, de trabalho e de vida das classes trabalhadoras fez “despertar” os operários, que fizeram revoltas e greves para lutarem pelos seus direitos de trabalho. • Os trabalhadores passaram a ser representados pelos sindicatos, que lutam pelos direitos dos trabalhadores.
  • 11. Séc. XX e XXI • Sucede-se a Segunda Revolução Industrial, com a descoberta da eletricidade, do motor de explosão (petróleo) e da invenção do telefone. • O mercado de trabalho era dominado pelo trabalho manual, desenvolvido por operários especializados e semiespecializados das grandes fábricas de produção em massa. • A partir dos anos 70, nos países mais desenvolvidos, assistiu-se a uma crescente automação da produção. • Em algumas fábricas, os robôs chegaram mesmo a substituir o homem nas tarefas repetitivas, pesadas ou perigosas, com o objetivo de aumentar a produtividade do trabalho, que viria a dar resultado, e assim, foi posto em prática noutros sectores. • Apesar do crescimento económico, o desemprego aumentou, até porque o que 2 ou 3 homens faziam, apenas 1 robô era capaz de fazer o mesmo, e em menos tempo.  Estudos publicados pela OCDE, entre 1973 e 1991, provam que o número de desempregados, no conjunto de países da OCDE, passou de 11,3 milhões para 30 milhões. • Este estudo ilustra bem o quão devastador foi, em termos de empregabilidade, a implementação dos robôs ao invés do homem!