O documento discute as principais conferências internacionais sobre meio ambiente desde a década de 1970, incluindo a Conferência de Estocolmo, Rio-92, Copenhague e Rio+20. Também aborda os impactos da industrialização e do crescimento econômico na biodiversidade e vegetação do Brasil e em outros biomas como Mata Atlântica e Cerrado.
2. Após a II Guerra Mundial ocorreu um considerável
crescimento econômico em quase todo o planeta.
Um dos motores desse crescimento foi a atividade industrial,
que crescendo de forma desenfreada trouxe uma série de
problemas ambientais para regiões tradicionalmente mais
produtivas como Europa, Estados Unidos e Japão.
3. A consciência ecológica e o reconhecimento da esgotabilidade
dos recursos naturais começaram a despertar mais atenção
na década de 1960
O surgimento das primeiras organizações não
governamentais (ONGs), que tinham como objetivo a luta pela
preservação ambiental
4. Conferência de Estocolmo (1972)
113 países e 250 ONGs
Resultou a Declaração sobre o Ambiente Humano, alerta
sobre a preservação do meio ambiente e a responsabilidade
dos países em preservá-lo
Criado o programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(PNUMA)
5. Clube de Roma alertou o mundo para os problemas
ambientais
Divulgando um relatório que ficou conhecido como “Os limites do
crescimento”, elaborado pelo MIT
Foi proposto o congelamento do crescimento econômico como
única saída para evitar o aumento da degradação ambiental
6. 1982, Conferência de Nairóbi
Avaliar o desenvolvimento de programas ambientais e
estabelecer prioridades para a preservação ambiental, tais
como a criação de unidades de conservação e a recuperação
das áreas degradadas
7. ECO -92
170 países, 108 governantes, 10 mil jornalistas, 16 mil ONGs
Realizada pela ONU, II Conferência Mundial para o Meio Ambiente e
Desenvolvimento
Formulação de documentos importantes
8. Agenda 21
Assinado por 170 países
Considerada a proposta mais consistente quanto ao
desenvolvimento sustentável
Apresenta um planejamento para o futuro com ações de curto,
médio e longo prazos
9. Documento final é dividido em 4 partes
I. Dimensões sociais e econômicas
combate à miséria, mudanças dos padrões
de consumo, melhoria da qualidade de vida
II. Conservação e gestão dos
recursos para o desenvolvimento
uso da água, do solo, da energia e do
controle de resíduos e das substâncias
tóxicas
III. O papel da sociedade educação e
participação de todos os setores da
sociedade
IV. Meios de implementação dos
programas de desenvolvimento
sustentável instrumentos financeiros e
legais para a implementação de projetos e
de programas ambientais
10. A Cúpula do Clima e Aquecimento Global (1997), em Kyoto,
foi o encontro mais importante para o debate do tema após a
ECO-92
Protocolo de Kyoto, que estabelece prazos para a redução dos
patamares de emissão de gases poluentes
11. O documento prevê que, entre 2008 e 2012, os países
desenvolvidos reduzam suas emissões em 5,2% em
relação aos níveis medidos em 1990. O tratado foi
estabelecido em 1997 em Kyoto, Japão, e assinado por 84
países. Destes, cerca de 30 já o transformaram em lei. O
pacto entrará em vigor depois que isso acontecer em pelo
menos 55 países
12. Rio +10
Johanesburgo
Discutir e avaliar os acertos e as falhas nas ações relativas ao
meio ambiente em escala mundial
Temas debatidos:
Acesso a energia limpa e renovável, efeito estufa,
conservação da biodiversidade, proteção e o uso das
fontes de água, acesso à água potável, saneamento e o
controle de substâncias químicas nocivas
Estabelecidas metas para os próximos 10 anos
13. Algumas discussões:
Clima e Energia – foi estabelecido o uso de energias limpas
Subsídio Agrícola – a superficialidade do texto fortalece a OMC
controlada pelos países ricos, e esvazia o papel da ONU
Kyoto – nada mudou, pois os países que não haviam assinado até
então apenas prometeram que estudariam o caso
Biodiversidade – decidiu-se reduzir o ritmo de desaparecimento das
espécie em extinção e repassar os recursos obtidos a seus locais de
origem
14. Água e Saneamento – foi decidido que deve aumentar o número de
pessoas com acesso a água potável
Transgênicos – foram objeto de grande polêmica, pois as
organizações supranacionais recomendam que regiões com fome crônica
adotem esses alimentos
Pesca e Oceano – prevê a criação de áreas de proteção marinha e a
abolição imediata de qualquer subsídio à atividade pesqueira irregular
15. Copenhague (COP – 15)
2009
7 e 18 de Dezembro
Negociar, redigir e aprovar os termos da segunda parte do protocolo de
Kyoto
Focado na diminuição das emissões de gases causadores do efeito
estufa, sobretudo o dióxido de carbono, preveem redução de 25 a 40%
até 2020
16.
17. 13 e 22 de junho de 2012
A declaração final da Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável), é um texto de 53 páginas, com boas
intenções e o lançamento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
18. Os 25 temas particularmente abordados incluem erradicação
da pobreza, segurança alimentar, água, energia, saúde,
emprego, oceanos, mudanças climáticas, consumo e
produção sustentáveis.
19. Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
(ODS): Substituirão os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM), em 2015.
Grupo de Trabalho com 30 pessoas que se reunirá
em setembro próximo para trabalhar na construção
das novas metas
20. Fórum Político de Alto-Nível para o Desenvolvimento
Sustentável: Criado na Rio+20, substituirá a ineficaz Comissão para o
Desenvolvimento Sustentável criada após a Rio92. O prazo para sua
instalação é setembro de 2013, na 68ª Assembleia Geral da ONU
21. Adoção de programa de dez anos para produção e
consumo sustentável
Políticas de economia verde, uma das ferramentas importantes
para avançar rumo ao desenvolvimento sustentável.
22. Fortalecimento do Pnuma (Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento) : Será definido por uma resolução da
Assembleia Geral da ONU a partir deste ano. Há claras mudanças em
seu papel
23.
24. Os países megadiversos
Países mais ricos em biodiversidade do mundo. O número de plantas
endêmicas, é o critério principal para que um país seja considerado
megadiverso. Outros critérios são o número de espécies endêmicas em
geral e o número total de mamíferos, pássaros, répteis e anfíbios
25. Brasil
12% de toda a vida do planeta
Concentra 55 mil espécies de plantas
superiores (22% de todas as que
existem no mundo), muitas endêmicas,
524 espécies de mamíferos, mais de 3
mil espécies de peixes de água doce,
entre 10 e 15 milhões de insetos, e mais
de 70 espécies de psitacídeos: araras,
papagaios e periquitos
26. A exploração da biodiversidade responda por cerca de 5% do PIB do
país, com 4% vindos da exploração florestal e 1% do
setor pesqueiro
27.
28.
29. Cerrado
Até meados do século XX, o Cerrado
foi considerado uma área improdutiva
A partir da década de 1970
desenvolveu-se o processo de
calagem
Atividades agrícolas, garimpo,
construção de rodovias e de cidades,
intensificadas com a transferência da
capital federal para o Distrito federal
30.
31. Reduzido a 2 milhões de
Km² para menos de 800 mil
km²
32. Pantanal
Agropecuária, garimpo e a construção de rodovias e de
hidrovias são responsáveis pela enorme degradação
Caatinga
Possui hoje metade da cobertura vegetal original, atingidos
pela agricultura irrigada e pelo pastoreio, que contribuem para
a desertificação
33. Mata Atlântica
Área de maior adensamento populacional, mais
degradado
Industrialização, urbanização, agricultura comercial, criação
de gado e a exploração da madeira
5% de sua cobertura original
34. Mata das araucárias
Retirada da madeira para a indústria moveleira, celulose e a expansão da
agricultura
Menos de 5% de sua cobertura original
Formações litorâneas
Urbanização, turismo desordenado
Campos
Criação de gado, pisoteio, queimadas para limpeza do terreno
Matas ciliares
Uso do solo para agricultura, pecuária, loteamentos e
construção de hidrelétricas
35. América do norte de Central – 74,6% de suas florestas originais
Oceania – 64,3%
Europa – 58,5%
África – 33,8%
Ásia – 28,5%
64 milhões de km² só sobrevivem
atualmente 33,4 milhões