O documento discute a importância da alfabetização na escola e define alfabetização como a aprendizagem da técnica da leitura e escrita, envolvendo relacionar sons com letras e aprender a codificar e decodificar. Argumenta que abandonar as especificidades do processo de alfabetização leva à precariedade na leitura e escrita e defende uma abordagem que una teoria e método de alfabetização.
2. Defesa da especificidade da alfabetização
Importância na escola
Instâncias complementares e interligadas:
alfabetização e letramento
Perspectiva teórica: escrita como “técnica”
3. •
1ª Via
Técnica
Aprendizagem da leitura e da escrita:
– Relacionar sons com letras
– Relacionar fonemas com grafemas
– Codificar
– Decodificar
– Segurar o lápis
– Seguir direções: de cima para baixo/ da esquerda para a
direita
4. 2ª Via
Desenvolvimento das práticas de uso da técnica
Aprendizagem para usar a técnica nas variadas
práticas sociais
5.
Processos diversos, simultâneos,
interdependentes e indissociáveis
Diferenças: aspectos cognitivos e de produtos
◦ Alfabetização: aprendizagem da técnica, domínio do
código e das relações fonema/grafema, uso dos
instrumentos para a escrita (pré-requisito para o
letramento)
6.
Abandono ou desprestígio das especificidades do
processo de alfabetização: precariedade do
domínio da leitura e da escrita
◦ Ensino assistemático
◦ Diluição no processo de letramento
◦ Desmerecimento dos processos de codificação e
decodificação
7.
Entrada de uma concepção de alfabetização:
associação ao construtivismo – forma de difusão
Chegada ao país do conceito de letramento
8. Processo de construção da escrita: interação com
o objeto de conhecimento – construção de
hipóteses – descoberta progressiva
Mudança de concepção atrela-se a ausência de
método de alfabetização
Justeza da proposta construtivista
Postura de desmerecimento dos métodos: fônico,
silábico, global
9. Defesa da autora: linguisticamente, ler e escrever
implica codificar e decodificar
É possível que as formas de ensino estejam
equivocadas, mas não a necessidade de se
ensinar
Antigamente: havia método, mas não teoria
Hoje: inverso – há teoria, mas não método
Necessidade de ambos: teoria e método
10.
Percepção: a interação da criança com a escrita –
descoberta que o registro é dos sons e não das
coisas
Entendimento da escrita como representação:
nível de abstração
11. Processo de apropriação dos sistema alfabético e
do sistema ortográfico
Apropriação de sistemas convencionais:
baseados em regras
Processo sistemático e progressivo de
aprendizagem do sistema
12. Movimento de recuperação da especificidade do
processo de alfabetização
Cuidados:
◦ Retorno ao antigo sem questionamento
◦ Retomada de velhos métodos de alfabetização (que
também representavam “fracassos” escolares)
◦ Movimento em direção ao método fônico – preso ao
modelo das antigas cartilhas
13. Avançar significa aprender com o passado e unir
a ele as novidades do presente.
Orientação para a construção de relações
fonema/grafema – sentido apontado pelos
especialistas
Estabelecimento de princípios e não de métodos