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COMPLEXIDADES
AU 118
Tifani Kiyomi Kuga 084174	
Marina Zanatto Muccillo 094966
1.Introdução
SUMÁRIO
3.Estudos
2.Levantamento
4.Proposta
5.Aplicativos
7.Processo de 		
projeto
6.Referências
9.Conclusão
8.Anteprojeto
O bairro
Objetivo
Contexto
03
05
07
07
19
20
25
08
09
09
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47
52
Diagnóstico
Potencialidades
Fragilidades
Tipos de quadra
Situação atual
Dados estimativos
Programa de Necessidades
Quadra
Edificações
Grasshopper
Vasari
Implantação
Residências
Brises
Conclusão
Local
Maquete
Evolução
Pódio
Estacionamento
Comércio
Edifício
Tipologia
Implantação
INTRODUÇÃO
03
	 A área na qual serão
desenvolvidos os projetos de
alteração de quadras na ma-
lha urbana está localizada no
bairro da Barra Funda, zona
oeste do município de São
Paulo, em uma área de várzea
do rio Tietê, com 5,6 km² de
superfície e 10.663 habitantes.
No local onde já existe uma
proposta de reurbanização que
faz parte do projeto “Opera-
ção Água Branca” – uma série
de intervenções pontuais que
devem funcionar como planos
urbanísticos em escala local.
SESC POMPÉIA ESTÁDIO PARQUE ANTÁRTICA TERMINAL BARRA FUNDA QUADRA 10 CAMPO DE MARTE
SHOPPING BOURBON PARQUE ÁGUA BRANCA MEMORIAL
DA AMÉRICA
LATINA
REDE RECORD
rio Tietê
ferrovia
av.Pompéia
av.
Antártica
av.Pacaembu
04
O bairro
	 O bairro tem origem na antiga Fazenda Igua-
pe, que acabou sendo loteada diversas vezes, parte
dessa fazenda, ainda deu origem a outros bairros:
Casa Verde e Freguesia do Ó. Após o loteamento,
um grande número de imigrantes italianos se instalou
no bairro. Em 1875, foi inaugurada a Estação Barra
Funda da Estrada de Ferro Sorocabana, o que veio
a incentivar o aumento populacional e a ocupação
da região, que se intensificou com a criação, em
1892, da São Paulo Railway, inaugurada próxima à
Estrada Sorocabana, onde se encontra atualmente o
Viaduto da Avenida Pacaembu. No início do século
XX, a população afrodescendente começou a imigrar
para a região.
	 Em 1902, foi inaugurado o primeiro bonde elé-
trico de São Paulo ligando a Barra Funda ao Largo
São Bento. A prosperidade do bairro atraiu
	 parte da elite paulistana à região, além disso,
a proximidade com o Parque Industrial das “Indús-
trias Reunidas Francisco Matarazzo”, instalado no
bairro vizinho da Água Branca colaborou para o
desenvolvimento da Barra Funda.
	
Imagem 1
Imagem 2
Imagem 1 - Trem na antiga São Paulo Railway
Imagem 2 - Família imigrante afrodescendente no início do século XX
05
No ano de 1929, na crise, a prosperidade do bair-
ro foi muito atingida, o fechamento das indústrias causou
o afastamento da elite da região, restando basicamente a
indústria artesanal com oficinas, marcenarias, serraria ou
indústrias alimentícias e têxteis de pequeno porte. Nessa
época de crise, em contraponto, houve muitas manifestações
culturais, o bairro expôs para o país, grandes paulistanos
como Mário de Andrade, que nasceu e viveu no bairro,
e conserva até hoje sua antiga residência, em 1917, foi
inaugurado o Teatro São Pedro, em 1920, foi comprado
o terreno que daria lugar ao estádio do Palestra Itália. A
Barra Funda também foi palco da criação do antigo Grupo
Carnavalesco Barra Funda, a partir desse grupo foi formada,
mais adiante, a Escola de samba Vai-Vai.
	 A partir de 1970, começou a imigração nordestina
para a região. Em 1980, foi construído o Terminal Intermodal
Barra Funda, um dos maiores do país, abrigando linhas de
metrô, trem e ônibus. Em 1989, foi concluída a construção
do Memorial da América Latina, projeto de Oscar Niemeyer.
Tais obras trouxeram novo desenvolvimento à área, com
a revitalização de imóveis antigos, novos estabelecimentos
comerciais e inclusive a instalação dos estúdios da Rede
Record de televisão. O distrito possui também desde 1973
o Playcenter, maior parque de diversões da cidade. Neste
bairro, também se encontram os Fóruns Trabalhista Rui Bar-
bosa e Criminal Mário Guimarães, a nova sede da Federa-
ção Paulista de Futebol, o Mercado Mundo Mix que reúne
confecções e artigos de decoração de novos designers. Nos
arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o
Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pom-
péia.
Imagem 1 - Terminal Intermodal Barra Funda
Imagem 2 - Vista aérea da região a ser trabalhada com destaque ao Memorial da América Latina e ao edifício da Uninove, o qual está na quadra 10
Imagem 3 - Memorial da América Latina
Imagem 4 - Parque da Água Branca
Imagem 1
Imagem 2
Imagem 3 Imagem 4
06
Objetivo
	 O objetivo do projeto é criar a projeção de
uma quadra planejada arquitetonicamente, paisagisti-
camente e principalmente urbanisticamente. As cida-
des brasileiras raramente incluem em seus projetos
urbanos todos esses elementos que caracterizam o
urbanismo ideal aliado à arquitetura de qualidade. O
aprendizado de uma visão mais ampla de entorno
e contexto juntamente com habilidades de desenvol-
vimento projetual podem resultar em cidades com
maior qualidade urbana.
	 O projeto de complexidades abrange o aspecto
urbano valorizando o processo de arquitetura com
relação ao mesmo. Em uma área central na maior
cidade do país, a intenção das propostas é, em
primeira instância, inserir a habitação de interesse
social nessa região, de modo a compor uma inte-
gração da sociedade e otimizar o uso das quadras
e ruas, sendo complementada por elementos públicos
e culturais dentro do contexto da região.
	 A inserção da habitação social em um con-
texto central e com total infra-estrutura, talvez seja
uma das chaves para a discussão da distribuição
imobiliária no país, uma vez que são projetos que
otimizam localização, patrimônio imobiliário, potencial
construtivo, ambiental e legislação urbana.
Contexto
	 Na megacidade de São Paulo, a urbanização
desenfreada causou a escassez de espaços que
promovem a apreciação da vivência do homem na
cidade em espaços ao ar livre, o que acaba por
nos conduzir a espaços fechados, “seguros”, vigiados,
enclausurados.
	 Faltam espaços abertos que promovam ati-
vidades, atraiam população, tenham uso constante
e recebam manutenção; a própria utilização destes
ambientes, já promove ao usuário uma sensação de
bem-estar e aconchego, sem que sejam necessários
dispositivos para tal.
	 Por causa da urbanização e do adensamento
é necessário que sejam previstos espaços perme-
áveis de respiro, tanto para as edificações quanto
para os pedestres. Por isso, a escolha do tipo de
ocupação da quadra é essencial para definição de
fluxos e espaços de permanência, uma vez que a
partir disso, a intensidade de adensamento da qua-
dra é desenvolvida.
07
LEVANTAMENTO
A quadra na qual iremos trabalhar é
a número 10, com 0,04 km² de área,
entre a rua Tagipuru e a Av. Fran-
cisco Matarazzo, entre o Parque da
Água Branca e o Memorial da América
Latina. É uma quadra sem corredor de
via de automóveis a oeste. Atualmente,
a quadra abriga o prédio principal da
Uninove, algumas residências sobrados,
70% de área é estacionamento des-
tinado essencialmente à universidade,
alguns edifícios comerciais, e dois edi-
fícios secundários pertencentes à Uni-
nove.
08
Imagem 1 - Infográfico de uso do solo
Diagnóstico
	 Inserido no contexto do bairro, o entorno
da quadra abriga majoritariamente comércio, servi-
ços (escolas, hotéis, bancos) e galpões. A quadra,
a oeste, abriga o galpão Espaço das Américas, o
qual é alugado para diversos eventos noturnos que
envolvem música alta. O gabarito dos edifícios do
entorno é baixo, de 2 a 3 pavimentos, salvo alguns
edifícios que extrapolam os 6 pavimentos.
Potencialidades
	 A quadra possui infra-estrutura urbana satis-
fatória, uma vez que é local próximo ao Terminal
Intermodal, então serviços de transporte público es-
tão resolvidos, as calçadas estão bem conservadas
e com largura suficiente, devido à universidade, há
lixeiras e pontos de ônibus (não tão bem conserva-
dos).
	 Além disso, o bairro da Barra Funda está
localizado no anel central de São Paulo, o que o
torna mais acessível ao conhecimento da população.
O local possui movimento tanto no período diurno
quanto noturno, durante o dia o tráfego de pessoas
e veículos é intenso devido à atividade comercial,
aos pontos de atração (parque, Memorial, Terminal,
etc), universidade; e durante a noite, há casas notur-
nas nas proximidades, galpões que abrigam eventos
de grande porte, entre outros.
	 Existe, ainda, o Parque da Água Branca em
frente à Quadra 10, a qual trabalharemos, que é
uma área verde destinada ao lazer, esporte, convi-
vência. Além disso, há outros projetos de parques
no bairro como parte do programa de urbanização
da cidade.
comércio
residencial
institucional
misto
Imagem 1
09
Imagem 1 - Infográfico de trânsito e localização
Imagem 2 - Infográfico de localização e de entorno
Fragilidades
	 É uma área bastante ruidosa devido ao gran-
de fluxo de pessoas e automóveis e também por
conta dos edifícios do entorno, que são locais que
promovem eventos de natureza de alta sonoridade.
É uma quadra cuja topografia é bastante acentuada,
sendo um desnível de 10 metros da Rua Tagipuru
com a Av. Francisco Matarazzo.
	 O edifício da Uninove é uma massa muito
densa e grande, não podendo ser demolido, nem
drasticamente modificado, ele impõe certa força de
atração e divide a quadra.
Imagem 1
moradiaestudantil
TERMINAL BARRA FUNDA MEMORIAL DA AMÉRICA LATINAGALPÕES TOMBADOS
PARQUE ÁGUA
BRANCA
ESPAÇO DAS AMÉRICAS QUADRA 10 UNINOVE
atividades equestres,
aquário, museu, casa
do caboclo e feira
shows, exposições e eventos noturnos
Imagem 2
10
ESTUDOS
O levantamento de
dados do local e a
caracterização da po-
pulação e do entorno
contruibuem significati-
vamente para a de-
finição de partido, de
inserção e integração
do projeto ao local.
11
Imagem 1 - Imagem esquemática de quadra aberta
Imagem 2 - Imagem esquemática de quadra perimetral
Tipos de quadra
	 Por conta do contexto em que se insere a quadra 10, o tipo de ocupação que melhor se adaptaria ao
entorno juntamente com as propostas de edificação seria a ocupação perimetral da quadra mesclada ao uso
da quadra aberta. Sendo que:
	 A quadra aberta é um elemento conciliador, permite a diversidade e a pluralidade da arquitetura con-
temporânea. Ela recupera o valor da rua e da esquina, assim como entende as qualidades da autonomia dos
edifícios modernos. A relação entre os edifícios e a rua se dá por alinhamentos parciais, o que possibilita
aberturas visuais e iluminação natural. Os espaços internos gerados pelas relações entre as distintas tipologias
podem variar do restritamente privado ao generosamente público.
	 E as quadras com ocupação perimetral são resultado do sistema viário, porém contribuem como instrumen-
tos de ordenação dos edifícios perante uma nova hierarquia de vias e espaços urbanos através de construção
diferenciada das esquinas, diferenciação das bordas edificadas conforme as características da rua delimitadoras
e principalmente pela evolução do miolo da quadra. O espaço interno evolui a partir da redução dos jardins
privados e inserção de ruas e pátios internos destinados ao uso público, com ares de uso mais restrito.
Imagem 2
Imagem 1
12
Imagem 1 - Infográfico área construída da quadra
Imagem 2 - Infográfico área livre da quadra
Imagem 3 - Infográfico espaços públicos
Imagem 4 - Infográfico áreas verdes
Imagem 5 - Infográfico edificiações existentes atualmente
Situação Atual
	
Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3 Imagem 4
Imagem 5
13
Dados Estimativos
Quadra
- Densidade ideal - 800/10000 = 0.08 hab/m²
- 41049 m²
- Número de habitantes usuários- 4000
- 34502 m² área livre
- Densidade bruta- 0,09 hab/m²
Moradia estudantil
- 4000 estudantes na Uninove
- 200 professores e funcionários
- Apartamentos diferenciados com capacidades dife-
rentes de ocupação
- Média de 5 pessoas/unidade
Habitação social
- Variação no número de dormitórios
- Otimização de área
- Média de 4 pessoas/unidade
Comércio
- População flutuante 500 pessoas/dia
- Para uso dos residentes e público
Estacionamento:
- Usuários da quadra
Uninove
- Considerar que número pico de alunos é 2500 +
80 professores e funcionários
- Considerar que maior parte utiliza transporte públi-
co, devido à facilidade
- Projetar 15% de usuários de carros = 495 vagas
Habitação
- 1 vaga por apartamento - estimativa de 200 vagas
Moradia Estudantil
- 10% o número de apartamentos
- Estimativa de 50 vagas
Final
- Área de uma vaga: 2,1 x 4,7= 9,87m²
- Área ocupada - 7353 m²
- Total de vagas - 745
14
moradiaestudantil
habitaçãosocial
estacionamento
complexocomercial
espaçopúblico
10% 15% 10% 08% 28%
dormitório
cozinha
WC
sala
área de serviço
portaria
depósito de lixo
dormitório
cozinha
WC
sala
área de serviço
portaria
depósito de lixo
portaria
sala de controle
sanitário
restaurante
lanchonete
sanitário
depósito de lixo
papelaria
gráfica
padaria
morar
conviver
limpar
descansar
receber/visitar
entrar/sair
estacionar
pagar
vender/comprar
abrir/fechar
comer/beber
sanitários
caminhar
sentar
observar
permanecer
conviver
sentar
caminhar
descansar
comer/beber
observar
permanecer
morar
conviver
limpar
descansar
receber/visitar
5/un 4/un
200
flut.
500
flut.
500
flut.3fixo
pessoasambientesatividades
área
ocupada
percursos
praças
área verde
Programa de Necessidades
15
PROPOSTA
A partir dos estudos com os
diversos meios de investiga-
ção, indagando as necessi-
dades e qualidades do local,
foi possível propôr um projeto
de construção de edificações,
e modificação da quadra para
trazer benefícios aos transeun-
tes e à região.
16
Quadra
	 A massa do edifício principal da Uninove na implantação do local implica em condicionantes projetuais
para a quadra, uma vez que a volumetria deste edifício indica uma divisão da quadra em parte nova e parte
antiga, já que em sua planta, os fundos estão orientados para o meio da quadra e não há acesso pelos
fundos. A definição de uma mistura entre quadra aberta e quadra de ocupação perimetral surgiu a partir
desta implantação.
	 Além deste fator, o edifício ocupa uma área grande e é imponente no local, nossa proposta é ameni-
zar um pouco o peso da universidade com uma proposta de “elevação” da quadra. Tal elevação consiste em
criar um edifício seguindo a lógica formal da quadra, elevá-lo até o nível adequado ao entorno e ao conceito
do projeto com a construção de uma espécie de pódio, acima dessa volumetria será proposta uma praça e
acesso aos edifícios residenciais (habitação de interesse social e moradia universitária). A grande edificação-
-praça (pódio) será ocupada pelo complexo comercial e pelos estacionamentos.
Imagem 1 - Corte esquemático da quadra
Imagem 2 - Infográfico de divisão imaginária da quadra
	
	
Imagem 2Imagem 1
Uninove Praça Pódio Nível da
Rua
17
Imagem 1 - Infográfico edificações demolidas
Imagem 2 - Infográfico edificações preservadas
Edificações
	 A partir do levantamento de dados do local,
optamos por algumas propostas de modificações e
de disposição das novas edificações na quadra.
	 Uma vez que a quadra é composta basica-
mente pelas edificações educacionais correspondentes
à Uninove e por áreas de estacionamento, os edifí-
cios que se manterão na quadra serão os da Uni-
nove (3) e um outro edifício comercial alto e densi-
ficado, o qual julgamos não haver necessidade, nem
benefício em sua demolição. O restante compreende,
essencialmente, uma série de sobrados residenciais
abandonados ou mal conservados, os quais, iremos
abster na nova configuração de quadra proposta.
	 A partir da força que as edificações da uni-
versidade proporcionam, sendo na cidade, o campus
da rede com o maior número de universitários, cerca
de 4000, propomos um projeto de moradia estudantil
destinado a 3% da quantidade total de estudantes,
contando com apartamentos para estudantes que te-
nham família e para professores visitantes.
	 Além da moradia estudantil como edifício de
uso residencial, propomos um edifício de habitação
de interesse social, que já fazia parte das diretrizes
iniciais de ocupação do local (Operação Água Bran-
ca).
	 Devido ao novo tipo de ocupação da quadra
e à extinção do atual espaço de estacionamento
da quadra, propomos um edifício com vagas para
automóveis que supram a demanda da universidade
e das residências da quadra.
	 A potencialidade da localização da quadra
também nos impôs a propôr áreas comerciais que
suprissem a universidade, a área residencial, os visi-
tantes do Memorial da América Latina e do Parque
Água Branca.
	 Além disso, na extremidade oeste da quadra,
ao lado do Espaço das Américas, propusemos uma
passarela boulevard para pedestres com comércio
permeando a viela para incentivar o movimento da
rua já existente para pedestres e torná-la segura.
Imagem 1 Imagem 2
18
APLICATIVOS
Utilização de softwares para
as decisões de projeto em
etapas diversas da criação.
Foram testados diferentes as-
pectos das propostas pen-
sadas, assim soube-se de
questões a serem resolvidas
posteriormente, na fase de
desenvolvimento para chegar
ao resultado final sem ter que
retornar a etapas anteriores.
19
Imagem 1 - Infográfico Grasshopper em vista de topo
Imagem 2 - Infográfico Grasshopper em vista perspectiva
Grasshopper
	 O programa Grasshopper é um plug-in in-
tegrado ao programa de modelagem tridimensional
Rhinoceros. Funciona como um editor algoritmo uti-
lizado para programação e criação de formulários e
condicinais aplicados na modelagem.
	 O dispositivo foi utilizado no processo de
projeto para cálculo e especulação de densidade e
ocupação da quadra, além de outros dados relativos
à quantidade de usuários.
	 A partir de testes de área, posicionamento
e número de pavimentos, foi especulada qual seria
aproximadamente a densidade ideal e qual espaço
cada edificação ocuparia ao atingir esse valor.
	 É importante que se tenha noção de quanto
espaço e altura cada edificação necessitará ocupar a
partir do número de usuários, assim é possível criar
variáveis mais realistas a partir da base, já com a
noção de densificação e área ocupada.
	 Nas figuras ao lado, está o resultado final da
utilização do programa. O desenho em vermelho é
a volumetria atingida com as condicionais do Gras-
shopper, o desenho em cinza corresponde à confi-
guração dos edifícios que se mantiveram na quadra.
Imagem 1
Imagem 2
comércio
habitação
estacio-
namento
moradia
20
Imagem 1 - Infográfico Grasshopper Estacionamento
Grasshopper - Processo
Estacionamento
	 Foi otimizada a volumetria do edifício, devido a organicidade do terreno, no entanto, foram utilizados
valores bastante aproximados das medidas desejadas à esse edifício, baseado no programa de necessidades.
O edifício funciona como a base para os outros edifícios subsequentes, em um único bloco.
Imagem 1
21
Imagem 1 - Infográfico Grasshopper Comércio
Grasshopper - Processo
Comércio
	 O comércio foi composto por duas edificações retangulares que representam uma única edificação no
formato “L”. O comércio foi estimado para que contornasse metade do perímetro do estacionamento, ao redor
do mesmo.
Imagem 1
22
Imagem 1 - Infográfico Grasshopper Moradia Estudantil
Processo
Moradia Estudantil
	 A moradia estudantil foi também dividida em duas volumetrias retangulares para indicar a volumetria
de “U”, com alturas diferentes. Além disso, foram especificados três tipos diferentes de ocupação da unidade
habitacional, para 1, 3 e 6 pessoas. Este edifício fica acima do edifício de estacionamento.
Imagem 1
23
Imagem 1 - Infográfico Grasshopper Habitação de Interesse Social
Habitação de Interesse Social
	 A habitação de interesse social foi idealizada com o mesmo princípio da moradia estudantil, compondo
a mesma volumetria de maneira espelhada, dando a impressão de que a moradia e a habitação social são
um único edifício, que é a intenção do projeto final. No entanto, para a habitação foi somente estimada uma
tipologia de apartamento para 4 pessoas. Este edifício fica acima do edifício de estacionameto.
Imagem 1
24
Vasari
	 O Vasari é um programa desenvolvido pela
Autodesk que funciona em conjunto aos softwares de
desenvolvimento de projeto em 3D. É uma ferramen-
ta de design para a criação de conceitos de cons-
trução com análise integrada de gasto e recebimento
de energia, fornecendo uma visão de design onde
as decisões mais importantes são feitas, baseadas
nessas análises.
	 Além disso, o programa fornece dados de in-
solação e ventilação, os quais foram utilizados para
estudo prático deste projeto, são muito úteis para o
processo de projeto, com a precisão da localidade
real do objeto de estudo.
	 Por meio de diagramas de cores é possível
identificar a incidência de luz solar nas fachadas,
assim como a sua intensidade. Há ainda, o túnel
de vento, o qual faz uma simulação em 3D do di-
recionamento do vento no projeto.
TÚNEL DE VENTOS
	 Os Ventos predominantes são os sudestes, po-
rém em alguns meses do ano, como julho o vento
predominante é norte, em março os ventos são os
mais fortes, sendo o predominante sudeste, porém
com ventos em noroeste e norte.	
Imagem 1 - Túnel de ventos no mês de Março
Imagem 2 - Túnel de ventos no mês de Junho
Imagem 3 - Túnel de ventos no mês de Setembro
Imagem 4 - Túnel de ventos no mês de Dezembro
Imagem 2Imagem 1
Imagem 3 Imagem 4
25
Imagem 1 - Túnel de vento no eixo X
Imagem 2 - Túnel de vento no eixo X
Imagem 3 - Túnel de vento no eixo Y
TÚNEL DE VENTOS	
	 Através do túnel de vento é possível observar como o vento passa entre os edifícios, as cores expres-
sam a velocidade do vento, sendo que a cor azul indica o vento mais lento e a cor vermelha o vento mais
rápido. Devido à altura dos prédios a passagem dos ventos é dificultada.
Imagem 2 Imagem 3Imagem 1
26
SOLSTÍCIO DE VERÃO
	 O estudo foi realizado em quatro horários do dia 21 de dezembro de 2012, às 8h, 12h, 15h e 17h.
Por meio desses estudos chegou-se à conclusão de que as fachadas noroeste e sudoeste são as mais
problemáticas devido à alta intensidade de luz solar (cor amarela), portanto para a fachada noroeste serão
propostos brises.
	 Esses brises deverão ser móveis, pois durante o solstício de verão, o sol incide diretamente nessas
fachadas ao longo do dia, porém em outros períodos do ano não.
	 As fachadas que menos recebem luz solar são as fachadas noroeste e sudoeste da parte interna do
edificio, assim será priorizada a circulação nessas áreas.
8hrs 15hrs
17hrs
12hrs
Escala de intensidade
solar
Baixa incidência
Alta incidência
27
EQUINÓCIO DE OUTONO
	 O estudo foi realizado em quatro horários do dia 20 de março de 2012, às 8h, 12h, 15h e 17h, por
meio desses estudos chegou-se à conclusão de que no período da tarde a fachada noroeste é a mais pro-
blemática devido a alta intensidade de luz solar, portanto para a fachada noroeste serão propostos brises, os
mesmos propostos devido ao solstício de verão.
	 As fachadas que menos recebem luz solar são as fachadas da parte inter’na do edificio. 	Na parte su-
perior do edifício, na cobertura serão instaladas células fotovoltáicas, para que haja economia de energia, prin-
cipalmente para o aquecimento de água.
8hrs
12hrs 17hrs
15hrs
28
EQUINÓCIO DE PRIMAVERA
	 O estudo foi realizado em quatro horários do dia 22 de setembro de 2012, às 8h, 12h, 15h e 17h,
por meio desses estudos chegou-se à conclusão de que no período da tarde a fachada noroeste é a mais
problemática devido a alta intensidade de luz solar, portanto para a fachada noroeste serão propostos brises. 	
	 Estes brises deverão ser móveis, pois em alguns períodos do dia e do ano o sol não incide diretamente
nessa fachada
	 As fachadas que menos recebem luz solar são as fachadas da parte interna do edificio com exceção
do final da tarde.
8hrs
17hrs12hrs
15hrs8hrs
29
SOLSTÍCIO DE INVERNO
	 O estudo foi realizado em quatro horários do dia 21 de julho de 2012, às 8h, 12h, 15h e 17h, por
meio desses estudos chegou-se à conclusão de que as fachadas noroeste e a norte são as mais problemáticas
devido a alta intensidade de luz solar, portanto para essas fachadas serão propostos brises para minimizar o
desconforto da luz solar direta. 		 Esses brises deverão ser móveis, pois durante o solstício de in-
verno o sol incide diretamente nessas fachadas ao longo do dia, porém em outros períodos do ano não.
	 As fachadas que menos recebem luz solar são as fachadas noroeste, norte e sudoeste da parte interna
do edificio.
8hrs
12hrs 17hrs
15hrs
30
REFERÊNCIAS
Abordagem de alguns projetos
e arquitetos de reconhecimento
para inspiração projetual, solução
de questionamentos, assim como
orientação sobre o processo de
desenvolvimento.
31
Imagem 1 - Maquete da implantação do projeto do arquiteto Hector Vigliecca
Imagem 2 - Perspectiva de umas das quadras do projeto do arquiteto José Maria de la Puerta
Implantação
	 A principal referência foi o arquiteto Hector
Vigliecca, formado pela FAU/Udelar em 1968, no
Uruguai. A partir de um primeiro projeto vencedor
do concurso para a modernização do ginásio do
Ibirapuera, em São Paulo, começou a investir em
estudos para projetos de complexos esportivos. Um
traço marcante em dois desses projetos, é a praça
elevada.
Projeto vencedor do concurso para Modernização do
Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães (Ibi-
rapuera), São Paulo
	 A idéia do projeto é a execução de uma edi-
ficação no mesmo gabarito do estádio, que, além de
incorporá-lo, agrega o conjunto aquático e o Ginásio
Mauro Pinheiro. O projeto também dotará o conjunto
de uma praça e uma garagem subterrânea, com
capacidade para 733 veículos.
	 Outra referência importante foi o arquiteto José
Maria de la Puerta, da Universidad Politécnica de
Madri, que apresentou em palestra na FEC, seu pro-
jeto para o concurso das Olípiadas de 2016 no Rio
de Janeiro. O projeto conta com quadras elevadas
com as edificações elevadas acima delas com praças
internas.
Projeto Porto Olímpico 2016
Imagem 1 Imagem 2
32
Imagem 1 - Foto interna de um dos apartamentos-estúdio da Universidade de Monash
Imagem 2 - Implantação dos dois edifícios na quadra perimetralmente (Universidade de Monash)
Imagem 3 - Perspectiva da quadra (Universidade de Gandia)
Imagem 4 - Perspecitva da quadra com destaque ao espaço de convívio (Universidade de Gandia)
Imagem 5 - Plantas dos blocos (Universidade de Gandia)
Residências
	 A edificações residenciais foram escolhidas por
conta de sua referência funcional com relação às
suas funções e ao que o usuário espera.
MORADIAS ESTUDANTIS
A moradia estudantil da “Monash University - Aus-
tralia” do grupo BVN Architecture conta com dois
edificios de cinco pavimentos cada e 600 apartamen-
tos estudantis no total, que servem tanto como mo-
radia, como estúdio. Com um pátio interno comum,
esse pátio serve tanto para o convívio como para
entrada e saída, cada apartamento possui uma área
de 20 m², com cozinha, estar/dormir e sanitário, a
circulação vertical foi pensada para que haja um
convívio entre os estudantes.
	 O projeto de moradia da Universidade de Gan-
dia, na Espanha do grupo Guallart Architects não é
voltado somente para o público jovem.
	 O programa proposto inclui 102 apartamentos
para os jovens, 40 apartamentos para idosos, e
para o centro cívico e social para o conselho da
cidade. O interessante do projeto é o fornecimento
de espaços compartilhados nos apartamentos para
os jovens, que está em vigor uma nova versão da
tradicional residência para jovens.
Imagem 1 Imagem 2
Imagem 3 Imagem 4
Imagem 5
33
Imagem 1 - Planta de um dos pavimentos do edifício
Imagem 2 - Elevação voltada para o Rio Ij
Imagem 3 - Perspectiva do edifício
Imagem 4 - Perspectiva do edifício a partir do rio
Silodam
	 O edifício multifuncional Silodam, em Amsterdã,
na 	 Holanda, projetado pelo grupo MVRDV, é um
dos maiores exemplos de diversidade em planta,
corte e fachadas.
	 No ante-projeto foi definido um programa de
ocupação, através do corte da secção, prevendo os
diferentes tipos de ocupação o que se refletiu na
fachada e permitiu diferentes vivências e encontros
entre seus ocupantes.
Imagem 3
Imagem 1
Imagem 4Imagem 2
34
Imagem 1 - Planta dos blocos da habitação
Imagem 2 - Imagem perspectiva de um dos blocos (destaque às sacadas)
Imagem 3 - Imagem da edificação
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
	 A habitação de interesse social varia conforme
as localidades, especialmente em países cuja econo-
mia e divergência social não são uma problemática
como aqui no Brasil. No entanto, possuem instru-
mentos construtivos inovadores e diferenciados, por-
tanto, geram importantes modelos de desenvolvimento
projetual.
	 O projeto do grupo Arkkitehdit Hannunkari &
Mäkipaja Architects em Helsinki, na Finlândia é um
complexo de dois prédios de apartamentos para hab-
itação social utilizando uma abordagem inovadora e
sustentável exigida pelo cliente, a Helsínquia Bureau
de Produção de Habitação (órgão de controle de
habitações de Helsinki) para garantir a qualidade do
projeto no lote cidade.
Imagem 1
Imagem 2
Imagem 3
Imagem 2
35
Imagem 1 - Brise horizontal com movimentação por trilhos
Imagem 2 - Brise horizontal com movimentação da angulação das “pás”
Brises Solares
	 Brises solares são dispositivos de proteção à
iluminação solar direta de variados tipos. Dependem
do ângulo de incidência da luz e o dos horários em
que se pretende bloqueá-la.
	 Nossas fachadas que apresentam alta incidên-
cia solar são a noroeste e norte.
	 Após o estudo realizado no programa Vasari,
confirmamos as fachadas cuja incidência luminosa é
a mais intensa no maior número de períodos estu-
dados.
	 As referências ao lado são possíveis soluções
para minimizar a iluminação direta.
	 Ambos são brises horizontais móveis, sendo
um de movimentação do dispositivo todo por trilhos
na horizontal; e o outro move as “pás” na vertical,
mudando a angulação do bloqueio solar, e ambos
são manuais.
	 Influenciam no layout da fachada das edifica-
ções, mas principalmente servem para controle da
intensidade solar, e se projetados de forma harmo-
nioza com o edifício, são até um diferencial interes-
sante, do ponto de vista formal.
Imagem 1
Imagem 2
36
PROCESSO DE PROJETO
Apresentação do desen-
volvimento do projeto
nas diversas etapas que
contribuíram para a in-
serção final dos edifí-
cios propostos no con-
texto urbano do local,
de modo a interferir, so-
mente, positivamente no
local.
37
Imagem 1 - Foto da Av. Francisco Matarazzo, com o Parque Água Branca à esquerda
Imagem 2 - Foto do edifício principal da Uninove
Imagem 3 - Foto do Terminal Intermodal Barra Funda em horário de pico
Local
	 Foi realizada uma visita coletiva ao local de
trabalho no bairro da Barra Funda, em São Paulo
para percepção da vivência do local, é um bairro
bastante movimentado com diversos tipos de conví-
vio, desde experiências bairristas de reuniões entre
amigos, como fluxo de pessoas somente de passa-
gem.
	 Percebe-se também que a região está ini-
ciando um processo de valorização imobiliária, prin-
cipalmente por sua localização. Há a elevação de
edifícios residenciais novos, quase não há terrenos
vazios ou ociosos.
	 O bairro é uma transição ao centro, sendo
que a Av. Francisco Matarazzo já é uma das mais
movimentadas do local e apinhada de comércio e
pontos de referência (não somente na avenida, mas
no bairro todo).
Imagem 1 Imagem 3
Imagem 2
38
Imagem 1 - Maquete física, escala 1:1000, papelão ondulado, todas as quadras estudadas e suas propostas em vermelho
Imagem 2 - Infográfico de edificações demolidas (vermelho) em 3D
Imagem 3 - Infográfico de edificações mantidas (cinza) em 3D
Maquete
	 Durante o processo de desenvolvimento do projeto foram realizadas maquetes e experimentações volumé-
tricas digitais e físicas para compreensão das mudanças causadas por todos os grupos no bairro como um
todo. 	Percebeu-se a utopia que é, no aspecto urbano, o desenvolvimento de um bairro ideal, os empecilhos
de se criarem novos espaços passando por legislação, combinação de interesses, agregação de valores, entre
outros. No entanto, sempre é possível que sejam feitas mudanças pontuais e propostas de melhorias à curto
e longo prazo executáveis em um meio urbano real. 	A execução de maquetes amplas, permite uma análise
conjunta da área de influência em um raio maior.
Imagem 1
Imagem 2
Imagem 2 Imagem 3
Imagem 2
39
Imagem 1 - Tentativa de implantação 1 - edifícios propostos pintados
Imagem 2 - Tentativa de implantação 2 - edifícios propostos pintados
Imagem 3 - Tentativa de implantação 3 - edifícios propostos pintados
Evolução
	 O desenvolvimento da quadra 10 passou por
um processo de diversas tentativas e propostas até
que ocorresse a completa compreensão da quadra,
suas edificações e características em si e de sua
inserção no meio.
	 O processo passou por três tentativas de dis-
posição até que se chegasse a um partido ideal que
contemplasse os objetivos do projeto.
Tentativa 1
- Distribuição sem co-
nectividade entre os
edifícios
- Fechamento perime-
tral da permeabilidade
da praça
- Pouca área constru-
ída, implicando dema-
siada verticalização
- Área interna sufocan-
te devido aos edifícios
do entorno
Tentativa 3
- Ocupação perimetra
- Idéia de pódio
- Junção de todas as
edificações
- Fechamento de
acesso por uma ave-
nida movimentada
- Elevação demasiada
do pódio
- Não condizente com
a topografia original
- Pouco acesso ao in-
terioor da quadra
Tentativa 2
- Conexão entre os
edifícios habitacionais
- Concentração somen-
te em um lado do
terreno
- Pouca área constru-
ída, implicando dema-
siada verticalização
- Criação de uma área
livre demasiado ampla
- Falta relação com
os edifícios originais
da quadra
Imagem 1 Imagem 3
Imagem 2
40
Imagem 1 - Infográfico de edificações construídas (cinza), 3D
Imagem 2 - Infográfico áreas públicas após proposta
Imagem 3 - Infográfico área nova construída
Imagem 4 - Infográfico áreas construídas total
Imagem 5 - Infográfico áreas verdes após proposta
Evolução
	 A partir do processo de tentativa, experimenta-
ção, análise e erro, foi possível definir os problemas
e necessidades da quadra e, assim, implantar de
maneira harmonioza os edifícios propostos.
	 Sendo os principais objetivos: inserir população
na quadra, causar conforto ao usuário dos edifícios
e aos de passagem, desimpactar o “peso” da edifi-
cação da Uninove, verticalizar de modo coerente ao
entorno, etc.
Imagem 1
Imagem 2
Imagem 4
Imagem 3
Imagem 5
41
ANTEPROJETO
Etapa final de demonstração do
projeto, explicando detalhadamente
cada aspecto pensado em todas
as propostas. Desenhos, perspec-
tivas, infográficos e textos descriti-
vos e técnicos para compreensão
exata do projeto completo, tanto
em implantação quanto em deta-
lhamentos.
42
Imagem 1 - Perfil original do terreno
Imagem 2 - Infográfico da sobreposição das curvas de nível modificadas
Imagem 3 - Perfil modificado do terreno
Pódio
	 A idéia de pódio foi pensada a partir do gran-
de problema que é a grande massa que o edifício
da Uninove ocupa na quadra, assim sendo, a qua-
dra seria “elevada” de modo a reduzir a presença
deste edifício causando a impressão de diminuição
de altura com relação ao entorno.
	 No entanto, o pódio foi adaptado à topografia
do terreno, a qual conta com bastante declividade.
Então, o pódio foi mantido na parte mais baixa da
quadra, sendo elevada 6m do nível da rua para que
não cause impacto construtivo de elevação demasia-
do ao transeunte.
	 A topografia acidentada do terreno nos con-
duziu à decisão de implantar uma praça com três
desníveis de 2,5m, suavizando o processo de des-
cida/subida conectando os dois pontos principais de
atração do entorno por meio da quadra, o Memorial
da América Latina e o Parque Água Branca.
Imagem 1 Imagem 3
Imagem 2
10,00m
7,50m
5,00m
Topografia original
mantida
2,50m
43
Imagem 1 - Recorte no estacionamento para árvores
Estacionamento
	 A elevação do pódio permitiu que se utilizasse
o subsolo de forma a não ser necessária tanta mo-
vimentação de terra e não ser “desperdiçada” área
livre com a elevação de um edifício de estaciona-
mento que abrigasse o número necessário de vagas
a serem supridas pelas edificações da quadra.
	 O complexo do estacionamento possui acesso
público para atender à demanda da Uninove e das
habitações construídas. É possível, diretamente do
estacionamento, acessar o edifício residencial e vice-
-versa, com controle de portaria para diferenciar os
usuários públicos e os residentes.
	 O estacionamento é constituído de dois pavi-
mentos, sendo que o primeiro é o que abriga maior
número de vagas e possui árvores cuja copa atinge
o nível da praça com uma abertura zenital na laje
do estacionamento. O segundo pavimento é menor e
conta com uma abertura lateral que possibilita uma
visão da praça.
Imagem 1
PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT
PRODUCEDBYANAUTODESKEDUCATIONALPRODUCT
PRODUCEDBYANAUTODESKEDUCATIONALPRODUCT
PRODUCEDBYANAUTODESKEDUCATIONALPRODUCT
44
Imagem 1 - Implantação do comércio no terreno
Imagem 2 - Corte esquemático dos dois tipos de comércio
Comércio
	 A proposta de criar espaço para comércio par-
tiu da necessidade do local, principalmente a deman-
da da Uninove, do Memorial da América Latina e
das habitações que serão elevadas, sendo providas
com comércio de pequeno porte.
	 O comércio tem caráter perimetral formando
uma galeria em torno do estacionamento com aces-
so às ruas (comércio 1) ou voltada para a praça
(comércio 2). Ambos os direcionamentos visam a
atração de população, em um momento para a rua
de pedestres criada na extremidade da quadra e em
outro para atrair movimentação à praça.
	 O comércio voltado para a praça possui dois
pavimentos, sendo o acesso pelo pavimento superior
e o pavimento inferior pode ser expansão da loja
ou estoque. Já o comércio voltado para a rua pos-
sui acesso pelo pavimento inferior e conta também
com dois pavimentos, sendo o segundo pavimento
destinado à estoque.
	 Dentre os tipos de comércio voltados para
a praça, foram especificados apenas três tipos, os
quais seriam tipos chave com uma área maior e
diferenciada com o objetivo principal de ser um foco
de atração para “dentro” da quadra: padaria, restau-
rante e galeria de artes.
Imagem 1
Imagem 2
comércio voltado para
praça (comércio 2)
comércio voltado para
rua (comércio 1)
acesso
acesso
estoque
praça
rua
estoque
teto verde
estacionamento subterrâneo
45
Edifício
	 O edifício ocupa a área perimetral da praça,
assim pretende-se atingir a densidade de 800 hab/
hectares com um edifício único e denso. A ocupação
perimetral implica que seja criada uma delimitação
da praça, sem gerar espaços ociosos, tornando a
praça um elemento único e permeável à passagem
ou à permanência.
O edifício é todo residencial a partir do primeiro
pavimento, é composto por cinco tipologias diferentes,
pois pretende-se atingir uma pluralidade que atenda
aos diversos perfis de moradores, assim há desde
quitinetes para estudantes até apartamentos duplex.
Todas as tipologias estão dentro da modulação de
0.6m, assim as moradias são divididas em:
	 O público alvo da edificação está dividido en-
tre estudantes e população de baixa renda, sendo
que a tipologia 1 é dedicada exclusivamente para
estudantes, a tipologia 2 para habitação social e
as demais tipologias podem abrigar tanto estudantes
quanto famílias. O edifício não faz distinção do usuá-
rio, não se divide em área de estudantes e área de
famílias, para que haja integração e convívio entre
todos.
	 Por conta da grande extensão do edifício,
existem três nichos de circulação vertical, com três
escadas e cinco elevadores, os quais conectam o
edifício todo com corredores abertos com sacada
para o exterior que variam de direção, evitando a
possível monotoneidade de fachada que um edifício
tão denso poderia causar.
	 As tipologias foram distribuídas nos andares
conforme áreas molhadas, estrutura e modulação e
esquadrias, de modo a otimizar o desempenho do
edifício em uso, assim sendo, uma mesma tipologia
está acima da mesma tipologia, variando, algumas
vezes, a orientação da fachada.
Tipologias	 Nº habitantes	 Área
1 quitinete	 1 ou 2	 17,3 m²
2 habitação social	 3 ou 4	 43,2 m²
3 duplex	 3 ou 4	 86,4 m²
4 habitação familiar	 4 a 6	 81,0 m²
5 acessíveis	 4	 86,4 m²
46
Tipologia
	 A diversidade na fachada é gerada por di-
ferentes profundidades de circulação nas sacadas
variando também o lado a que elas estão voltadas,
para a rua ou para a praça, criando áreas de fa-
chada sem sacadas também.	
	 Assim nas tipologias 2, 3 e 5, a profundidade
é a mesma, representada no gráfico pela cor esver-
deada, a quitinete é a que possui a menor profun-
didade representada pela cor clara, e a tipologia 4
é a mais profunda, representada pela cor roxa.
	 As tipologias foram organizadas ao longo do
prédio para criar percursos e vivências variadas,
nesse infográfico é possível ver cada tipologia repre-
sentada por uma cor.
MODULAÇÃO
	 As plantas das tipologias são projetadas em
modulação de 0,6m, assim, todas as medidas
internas e externas são múltiplos de 0,6m, essa mo-
dulação foi escolhida para otimização da
quantidade de material e para criação de tipologias
múltiplas.
0.6 m
Modulação das
plantas 0.6 m
0.6 m
Modulação das
plantas 0.6 m
0.6 m
Modulação das
plantas 0.6 m
Imagem 1 - Infográfico de profundidade do pavimento (apartamento + corredor)
Imagem 2 - Infográfico de tipologias
Imagem 3 - Infográfico de modulação
Imagem 3
Imagem 2
Imagem 1
9m6m 3.6m
47
Tipologia Quitinete
Tipologia Duplex
Tipologia Três dormitórios
Tipologia Habitação social
Tipologia Acessível
Imagem 1 - Planta quitinete com indicação de áreas molhadas e de estar
Imagem 2 - Planta quitinete com indicação de ciculação
Imagem 3 - Planta habitação de interesse social com indicação de áreas molhadas, convívio e circulação
Imagem 4 - Planta habitação de interesse social com indicação de circulação
Tipologias
QUITINETES
	 As quitinetes foram propostas devido ao grande número de alunos que usufruem da Uninove, assim seria
uma facilidade para o aluno morar próximo à área de estudo.
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
	 As habitações de interesse social foram propostas para até quatro pessoas, com otimização de área de
circulação para que esta seja aproveitada em outros ambientes respeitando-se a área máxima para esse tipo
de habitação.
Imagem 1 Imagem 2
Imagem 3 Imagem 4
48
Imagem 1 - Plantas duplex com indicação de áreas molhadas, convívio e circulação
Imagem 2 - Planta duplex com indicação de ciculação
Imagem 3 - Planta três dormitórios com indicação de áreas molhadas, convívio e circulação
Imagem 4 - Planta três dormitórios com indicação de circulação
DUPLEX
	 Os apartamentos do tipo duplex são para até quatro pessoas, com circulação reduzida e sacada no
primeiro pavimento.
TRÊS DORMITÓRIOS
	 A tipologia de três dormitórios abriga familias de até seis pessoas, e também moradias estudantis do
tipo “república”.
Tipologia 3 Duplex
Tipologia 4 - Apartamentos populares
Duplex - Para até 4 pes-
soas, com circulação reduz-
inha e sacada no primeiro
pavimento
Tipologia 4
Para familias de até 6 pes-
soas, ou para moradias estu-
dantis, “repúblicas”
Tipologia 3 Duplex
Tipologia 4 - Apartamentos populares
Duplex - Para até 4 pes-
soas, com circulação reduz-
inha e sacada no primeiro
pavimento
Tipologia 4
Para familias de até 6 pes-
soas, ou para moradias estu-
dantis, “repúblicas”
Imagem 3 Imagem 4
Imagem 1 Imagem 2
49
Imagem 1 - Planta apartamento acessível com indicação de áreas molhadas, de convívio e circulação
Imagem 2 - Planta apartamento acessível com indicação de ciculação
APARTAMENTOS ACESSÍVEIS
	 Os apartamentos acessíveis possuem ângulo de rotação e acesso para cadeirantes e portadores de ne-
cessidades especiais em todos os ambientes. São apartamentos de dois dormitórios para até quatro pessoas,
tanto para famílias quanto para estudantes.
CONSIDERAÇÕES
	 A tipologia 1 possui 21 unidades, a tipologia 2 possui 34 unidades, a tipologia 3 possui 167 unidades,
a tipologia 4 possui 4 unidades e a tipologia 5 possui 122 unidades, totalizando 348 apartamentos, com ca-
pacidade para 1032 pessoas.
	 Além disso, as janelas da fachada noroeste externa, voltada para o Espaço das Américas receberão
tratamento acústico devido a ruidosidade que esse edifício emite no período noturno e da madrugada.
Tipologia 5 Apartamentos acessiveis
Área privativa
Área molhada
Área comum
Circulação
Todos os compartimentos são acessíveis a
caderantes
Imagem 1 Imagem 2
50
Imagem 1 - Perspectiva dos brises
Imagem 2 - Infográfico circulação vertical no edifício
BRISES
	 Os brises, são projetados na horizontal, pois
protegem contra sol alto que ocorre nas fachadas
norte e nordeste. Para tanto eles são móveis e
deslizam sobre trilhos pelas janelas, com travamento
antes de portas.
	 Os trilhos permitem a movimentação na hori-
zontal, assim caso não haja sol intenso e o morador
queira a janela livre, basta deslizar o brise para o
lado, além disso os brises são móveis na vertical,
podem ser manipulados manualmente e controlam a
entrada do sol.
CIRCULAÇÃO VERTICAL
	 Foram propostos três acessos verticais ao
edifício, pois devido a grande extensão do mesmo,
esses acessos facilitam locomoção dos moradores e
na rota de fuga em caso de incêndio, o acesso da
torre norte tem início no subsolo de estacionamento
e supre todos os apartamentos dessa torre, o aces-
so da torre noroeste tem início na praça elevada,
e o acesso ao estacionamento está situado ao lado
do acesso ao edifício. O acesso da torre sudoeste
tem início na praça elevada, esse acesso é restrito
a moradores, usuários apenas do estacionamento
utilizam os outros acessos.
Imagem 1
Imagem 2
51
Implantação
	
	 Por fim, a combinação do novo edifício na
praça atingiu um contrapeso à densidade do edifício
da Uninove equilibrando a quadra verticalmente; e,
simultaneamente, a praça acabou por comunicar-se
com a entrada da universidade trazendo mais unida-
de à quadra. Além disso, em conexão ao bairro,
	há a previsão de uma ciclo-
via passando pela Rua Tagipuru,
permeando as quadras seguintes.
Na infra-estrutura urbana foram
implantadas árvores de médio
porte em toda a quadra de 8m
em 8m, e postes de iluminação
com fiação subterrânea a cada
16m seguinfo a legislação vigen-
te no município de São Paulo.
Imagem 1 - Implantação esquemática
Imagem 2 - Perfil da rua, destaque à ciclovia e aos equipamentos urbanos
MAQUETE FÍSICA
comércio edifício praça/
edifício
Imagem 1 Imagem 2
52
CONCLUSÃO
Considerações finais sobre o pro-
jeto e os estudos realizados du-
rante o semestre sobre a paisa-
gem urbana.
53
Conclusão
	
	 O projeto de complexidades nos inspirou a ter
uma visão do ambiente urbano e de seus compo-
nentes de modo mais capcioso e crítico.
	 Foi preciso um estudo amplo da região, tanto
de dados técnicos quanto de dados informais para
compreender a vivência dos habitantes e usuários
locais, que são a quem realmente importam as pro-
postas para o bairro.
	 Além disso, o bairro faz parte de um com-
plexo muito maior, as zonas, as quais fazem parte
do município. E todas essas divisões do município
possuem conectividade e integração, cada elemento
de uma quadra influencia na próxima quadra e as-
sim sucessivamente, portanto, a quadra é o primeiro
elemento projetual a influir na composição urbana,
e como todo início de processo define o fim do
mesmo, a quadra é o elemento chave definidor do
município.
	 Por isso, os componentes da quadra e sua
composição devem composição devem ser entendidos
e valorizados de modo que seja lembrada a grande
importância disso no produto final urbano: o municí-
pio.
54

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Memorial Descritivo AU 118 - Complexidades

  • 1. ` COMPLEXIDADES AU 118 Tifani Kiyomi Kuga 084174 Marina Zanatto Muccillo 094966
  • 2. 1.Introdução SUMÁRIO 3.Estudos 2.Levantamento 4.Proposta 5.Aplicativos 7.Processo de projeto 6.Referências 9.Conclusão 8.Anteprojeto O bairro Objetivo Contexto 03 05 07 07 19 20 25 08 09 09 10 31 32 33 36 53 54 11 12 13 14 15 37 38 39 40 16 17 18 42 43 44 45 46 47 52 Diagnóstico Potencialidades Fragilidades Tipos de quadra Situação atual Dados estimativos Programa de Necessidades Quadra Edificações Grasshopper Vasari Implantação Residências Brises Conclusão Local Maquete Evolução Pódio Estacionamento Comércio Edifício Tipologia Implantação
  • 3. INTRODUÇÃO 03 A área na qual serão desenvolvidos os projetos de alteração de quadras na ma- lha urbana está localizada no bairro da Barra Funda, zona oeste do município de São Paulo, em uma área de várzea do rio Tietê, com 5,6 km² de superfície e 10.663 habitantes. No local onde já existe uma proposta de reurbanização que faz parte do projeto “Opera- ção Água Branca” – uma série de intervenções pontuais que devem funcionar como planos urbanísticos em escala local.
  • 4. SESC POMPÉIA ESTÁDIO PARQUE ANTÁRTICA TERMINAL BARRA FUNDA QUADRA 10 CAMPO DE MARTE SHOPPING BOURBON PARQUE ÁGUA BRANCA MEMORIAL DA AMÉRICA LATINA REDE RECORD rio Tietê ferrovia av.Pompéia av. Antártica av.Pacaembu 04
  • 5. O bairro O bairro tem origem na antiga Fazenda Igua- pe, que acabou sendo loteada diversas vezes, parte dessa fazenda, ainda deu origem a outros bairros: Casa Verde e Freguesia do Ó. Após o loteamento, um grande número de imigrantes italianos se instalou no bairro. Em 1875, foi inaugurada a Estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana, o que veio a incentivar o aumento populacional e a ocupação da região, que se intensificou com a criação, em 1892, da São Paulo Railway, inaugurada próxima à Estrada Sorocabana, onde se encontra atualmente o Viaduto da Avenida Pacaembu. No início do século XX, a população afrodescendente começou a imigrar para a região. Em 1902, foi inaugurado o primeiro bonde elé- trico de São Paulo ligando a Barra Funda ao Largo São Bento. A prosperidade do bairro atraiu parte da elite paulistana à região, além disso, a proximidade com o Parque Industrial das “Indús- trias Reunidas Francisco Matarazzo”, instalado no bairro vizinho da Água Branca colaborou para o desenvolvimento da Barra Funda. Imagem 1 Imagem 2 Imagem 1 - Trem na antiga São Paulo Railway Imagem 2 - Família imigrante afrodescendente no início do século XX 05
  • 6. No ano de 1929, na crise, a prosperidade do bair- ro foi muito atingida, o fechamento das indústrias causou o afastamento da elite da região, restando basicamente a indústria artesanal com oficinas, marcenarias, serraria ou indústrias alimentícias e têxteis de pequeno porte. Nessa época de crise, em contraponto, houve muitas manifestações culturais, o bairro expôs para o país, grandes paulistanos como Mário de Andrade, que nasceu e viveu no bairro, e conserva até hoje sua antiga residência, em 1917, foi inaugurado o Teatro São Pedro, em 1920, foi comprado o terreno que daria lugar ao estádio do Palestra Itália. A Barra Funda também foi palco da criação do antigo Grupo Carnavalesco Barra Funda, a partir desse grupo foi formada, mais adiante, a Escola de samba Vai-Vai. A partir de 1970, começou a imigração nordestina para a região. Em 1980, foi construído o Terminal Intermodal Barra Funda, um dos maiores do país, abrigando linhas de metrô, trem e ônibus. Em 1989, foi concluída a construção do Memorial da América Latina, projeto de Oscar Niemeyer. Tais obras trouxeram novo desenvolvimento à área, com a revitalização de imóveis antigos, novos estabelecimentos comerciais e inclusive a instalação dos estúdios da Rede Record de televisão. O distrito possui também desde 1973 o Playcenter, maior parque de diversões da cidade. Neste bairro, também se encontram os Fóruns Trabalhista Rui Bar- bosa e Criminal Mário Guimarães, a nova sede da Federa- ção Paulista de Futebol, o Mercado Mundo Mix que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pom- péia. Imagem 1 - Terminal Intermodal Barra Funda Imagem 2 - Vista aérea da região a ser trabalhada com destaque ao Memorial da América Latina e ao edifício da Uninove, o qual está na quadra 10 Imagem 3 - Memorial da América Latina Imagem 4 - Parque da Água Branca Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3 Imagem 4 06
  • 7. Objetivo O objetivo do projeto é criar a projeção de uma quadra planejada arquitetonicamente, paisagisti- camente e principalmente urbanisticamente. As cida- des brasileiras raramente incluem em seus projetos urbanos todos esses elementos que caracterizam o urbanismo ideal aliado à arquitetura de qualidade. O aprendizado de uma visão mais ampla de entorno e contexto juntamente com habilidades de desenvol- vimento projetual podem resultar em cidades com maior qualidade urbana. O projeto de complexidades abrange o aspecto urbano valorizando o processo de arquitetura com relação ao mesmo. Em uma área central na maior cidade do país, a intenção das propostas é, em primeira instância, inserir a habitação de interesse social nessa região, de modo a compor uma inte- gração da sociedade e otimizar o uso das quadras e ruas, sendo complementada por elementos públicos e culturais dentro do contexto da região. A inserção da habitação social em um con- texto central e com total infra-estrutura, talvez seja uma das chaves para a discussão da distribuição imobiliária no país, uma vez que são projetos que otimizam localização, patrimônio imobiliário, potencial construtivo, ambiental e legislação urbana. Contexto Na megacidade de São Paulo, a urbanização desenfreada causou a escassez de espaços que promovem a apreciação da vivência do homem na cidade em espaços ao ar livre, o que acaba por nos conduzir a espaços fechados, “seguros”, vigiados, enclausurados. Faltam espaços abertos que promovam ati- vidades, atraiam população, tenham uso constante e recebam manutenção; a própria utilização destes ambientes, já promove ao usuário uma sensação de bem-estar e aconchego, sem que sejam necessários dispositivos para tal. Por causa da urbanização e do adensamento é necessário que sejam previstos espaços perme- áveis de respiro, tanto para as edificações quanto para os pedestres. Por isso, a escolha do tipo de ocupação da quadra é essencial para definição de fluxos e espaços de permanência, uma vez que a partir disso, a intensidade de adensamento da qua- dra é desenvolvida. 07
  • 8. LEVANTAMENTO A quadra na qual iremos trabalhar é a número 10, com 0,04 km² de área, entre a rua Tagipuru e a Av. Fran- cisco Matarazzo, entre o Parque da Água Branca e o Memorial da América Latina. É uma quadra sem corredor de via de automóveis a oeste. Atualmente, a quadra abriga o prédio principal da Uninove, algumas residências sobrados, 70% de área é estacionamento des- tinado essencialmente à universidade, alguns edifícios comerciais, e dois edi- fícios secundários pertencentes à Uni- nove. 08
  • 9. Imagem 1 - Infográfico de uso do solo Diagnóstico Inserido no contexto do bairro, o entorno da quadra abriga majoritariamente comércio, servi- ços (escolas, hotéis, bancos) e galpões. A quadra, a oeste, abriga o galpão Espaço das Américas, o qual é alugado para diversos eventos noturnos que envolvem música alta. O gabarito dos edifícios do entorno é baixo, de 2 a 3 pavimentos, salvo alguns edifícios que extrapolam os 6 pavimentos. Potencialidades A quadra possui infra-estrutura urbana satis- fatória, uma vez que é local próximo ao Terminal Intermodal, então serviços de transporte público es- tão resolvidos, as calçadas estão bem conservadas e com largura suficiente, devido à universidade, há lixeiras e pontos de ônibus (não tão bem conserva- dos). Além disso, o bairro da Barra Funda está localizado no anel central de São Paulo, o que o torna mais acessível ao conhecimento da população. O local possui movimento tanto no período diurno quanto noturno, durante o dia o tráfego de pessoas e veículos é intenso devido à atividade comercial, aos pontos de atração (parque, Memorial, Terminal, etc), universidade; e durante a noite, há casas notur- nas nas proximidades, galpões que abrigam eventos de grande porte, entre outros. Existe, ainda, o Parque da Água Branca em frente à Quadra 10, a qual trabalharemos, que é uma área verde destinada ao lazer, esporte, convi- vência. Além disso, há outros projetos de parques no bairro como parte do programa de urbanização da cidade. comércio residencial institucional misto Imagem 1 09
  • 10. Imagem 1 - Infográfico de trânsito e localização Imagem 2 - Infográfico de localização e de entorno Fragilidades É uma área bastante ruidosa devido ao gran- de fluxo de pessoas e automóveis e também por conta dos edifícios do entorno, que são locais que promovem eventos de natureza de alta sonoridade. É uma quadra cuja topografia é bastante acentuada, sendo um desnível de 10 metros da Rua Tagipuru com a Av. Francisco Matarazzo. O edifício da Uninove é uma massa muito densa e grande, não podendo ser demolido, nem drasticamente modificado, ele impõe certa força de atração e divide a quadra. Imagem 1 moradiaestudantil TERMINAL BARRA FUNDA MEMORIAL DA AMÉRICA LATINAGALPÕES TOMBADOS PARQUE ÁGUA BRANCA ESPAÇO DAS AMÉRICAS QUADRA 10 UNINOVE atividades equestres, aquário, museu, casa do caboclo e feira shows, exposições e eventos noturnos Imagem 2 10
  • 11. ESTUDOS O levantamento de dados do local e a caracterização da po- pulação e do entorno contruibuem significati- vamente para a de- finição de partido, de inserção e integração do projeto ao local. 11
  • 12. Imagem 1 - Imagem esquemática de quadra aberta Imagem 2 - Imagem esquemática de quadra perimetral Tipos de quadra Por conta do contexto em que se insere a quadra 10, o tipo de ocupação que melhor se adaptaria ao entorno juntamente com as propostas de edificação seria a ocupação perimetral da quadra mesclada ao uso da quadra aberta. Sendo que: A quadra aberta é um elemento conciliador, permite a diversidade e a pluralidade da arquitetura con- temporânea. Ela recupera o valor da rua e da esquina, assim como entende as qualidades da autonomia dos edifícios modernos. A relação entre os edifícios e a rua se dá por alinhamentos parciais, o que possibilita aberturas visuais e iluminação natural. Os espaços internos gerados pelas relações entre as distintas tipologias podem variar do restritamente privado ao generosamente público. E as quadras com ocupação perimetral são resultado do sistema viário, porém contribuem como instrumen- tos de ordenação dos edifícios perante uma nova hierarquia de vias e espaços urbanos através de construção diferenciada das esquinas, diferenciação das bordas edificadas conforme as características da rua delimitadoras e principalmente pela evolução do miolo da quadra. O espaço interno evolui a partir da redução dos jardins privados e inserção de ruas e pátios internos destinados ao uso público, com ares de uso mais restrito. Imagem 2 Imagem 1 12
  • 13. Imagem 1 - Infográfico área construída da quadra Imagem 2 - Infográfico área livre da quadra Imagem 3 - Infográfico espaços públicos Imagem 4 - Infográfico áreas verdes Imagem 5 - Infográfico edificiações existentes atualmente Situação Atual Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3 Imagem 4 Imagem 5 13
  • 14. Dados Estimativos Quadra - Densidade ideal - 800/10000 = 0.08 hab/m² - 41049 m² - Número de habitantes usuários- 4000 - 34502 m² área livre - Densidade bruta- 0,09 hab/m² Moradia estudantil - 4000 estudantes na Uninove - 200 professores e funcionários - Apartamentos diferenciados com capacidades dife- rentes de ocupação - Média de 5 pessoas/unidade Habitação social - Variação no número de dormitórios - Otimização de área - Média de 4 pessoas/unidade Comércio - População flutuante 500 pessoas/dia - Para uso dos residentes e público Estacionamento: - Usuários da quadra Uninove - Considerar que número pico de alunos é 2500 + 80 professores e funcionários - Considerar que maior parte utiliza transporte públi- co, devido à facilidade - Projetar 15% de usuários de carros = 495 vagas Habitação - 1 vaga por apartamento - estimativa de 200 vagas Moradia Estudantil - 10% o número de apartamentos - Estimativa de 50 vagas Final - Área de uma vaga: 2,1 x 4,7= 9,87m² - Área ocupada - 7353 m² - Total de vagas - 745 14
  • 15. moradiaestudantil habitaçãosocial estacionamento complexocomercial espaçopúblico 10% 15% 10% 08% 28% dormitório cozinha WC sala área de serviço portaria depósito de lixo dormitório cozinha WC sala área de serviço portaria depósito de lixo portaria sala de controle sanitário restaurante lanchonete sanitário depósito de lixo papelaria gráfica padaria morar conviver limpar descansar receber/visitar entrar/sair estacionar pagar vender/comprar abrir/fechar comer/beber sanitários caminhar sentar observar permanecer conviver sentar caminhar descansar comer/beber observar permanecer morar conviver limpar descansar receber/visitar 5/un 4/un 200 flut. 500 flut. 500 flut.3fixo pessoasambientesatividades área ocupada percursos praças área verde Programa de Necessidades 15
  • 16. PROPOSTA A partir dos estudos com os diversos meios de investiga- ção, indagando as necessi- dades e qualidades do local, foi possível propôr um projeto de construção de edificações, e modificação da quadra para trazer benefícios aos transeun- tes e à região. 16
  • 17. Quadra A massa do edifício principal da Uninove na implantação do local implica em condicionantes projetuais para a quadra, uma vez que a volumetria deste edifício indica uma divisão da quadra em parte nova e parte antiga, já que em sua planta, os fundos estão orientados para o meio da quadra e não há acesso pelos fundos. A definição de uma mistura entre quadra aberta e quadra de ocupação perimetral surgiu a partir desta implantação. Além deste fator, o edifício ocupa uma área grande e é imponente no local, nossa proposta é ameni- zar um pouco o peso da universidade com uma proposta de “elevação” da quadra. Tal elevação consiste em criar um edifício seguindo a lógica formal da quadra, elevá-lo até o nível adequado ao entorno e ao conceito do projeto com a construção de uma espécie de pódio, acima dessa volumetria será proposta uma praça e acesso aos edifícios residenciais (habitação de interesse social e moradia universitária). A grande edificação- -praça (pódio) será ocupada pelo complexo comercial e pelos estacionamentos. Imagem 1 - Corte esquemático da quadra Imagem 2 - Infográfico de divisão imaginária da quadra Imagem 2Imagem 1 Uninove Praça Pódio Nível da Rua 17
  • 18. Imagem 1 - Infográfico edificações demolidas Imagem 2 - Infográfico edificações preservadas Edificações A partir do levantamento de dados do local, optamos por algumas propostas de modificações e de disposição das novas edificações na quadra. Uma vez que a quadra é composta basica- mente pelas edificações educacionais correspondentes à Uninove e por áreas de estacionamento, os edifí- cios que se manterão na quadra serão os da Uni- nove (3) e um outro edifício comercial alto e densi- ficado, o qual julgamos não haver necessidade, nem benefício em sua demolição. O restante compreende, essencialmente, uma série de sobrados residenciais abandonados ou mal conservados, os quais, iremos abster na nova configuração de quadra proposta. A partir da força que as edificações da uni- versidade proporcionam, sendo na cidade, o campus da rede com o maior número de universitários, cerca de 4000, propomos um projeto de moradia estudantil destinado a 3% da quantidade total de estudantes, contando com apartamentos para estudantes que te- nham família e para professores visitantes. Além da moradia estudantil como edifício de uso residencial, propomos um edifício de habitação de interesse social, que já fazia parte das diretrizes iniciais de ocupação do local (Operação Água Bran- ca). Devido ao novo tipo de ocupação da quadra e à extinção do atual espaço de estacionamento da quadra, propomos um edifício com vagas para automóveis que supram a demanda da universidade e das residências da quadra. A potencialidade da localização da quadra também nos impôs a propôr áreas comerciais que suprissem a universidade, a área residencial, os visi- tantes do Memorial da América Latina e do Parque Água Branca. Além disso, na extremidade oeste da quadra, ao lado do Espaço das Américas, propusemos uma passarela boulevard para pedestres com comércio permeando a viela para incentivar o movimento da rua já existente para pedestres e torná-la segura. Imagem 1 Imagem 2 18
  • 19. APLICATIVOS Utilização de softwares para as decisões de projeto em etapas diversas da criação. Foram testados diferentes as- pectos das propostas pen- sadas, assim soube-se de questões a serem resolvidas posteriormente, na fase de desenvolvimento para chegar ao resultado final sem ter que retornar a etapas anteriores. 19
  • 20. Imagem 1 - Infográfico Grasshopper em vista de topo Imagem 2 - Infográfico Grasshopper em vista perspectiva Grasshopper O programa Grasshopper é um plug-in in- tegrado ao programa de modelagem tridimensional Rhinoceros. Funciona como um editor algoritmo uti- lizado para programação e criação de formulários e condicinais aplicados na modelagem. O dispositivo foi utilizado no processo de projeto para cálculo e especulação de densidade e ocupação da quadra, além de outros dados relativos à quantidade de usuários. A partir de testes de área, posicionamento e número de pavimentos, foi especulada qual seria aproximadamente a densidade ideal e qual espaço cada edificação ocuparia ao atingir esse valor. É importante que se tenha noção de quanto espaço e altura cada edificação necessitará ocupar a partir do número de usuários, assim é possível criar variáveis mais realistas a partir da base, já com a noção de densificação e área ocupada. Nas figuras ao lado, está o resultado final da utilização do programa. O desenho em vermelho é a volumetria atingida com as condicionais do Gras- shopper, o desenho em cinza corresponde à confi- guração dos edifícios que se mantiveram na quadra. Imagem 1 Imagem 2 comércio habitação estacio- namento moradia 20
  • 21. Imagem 1 - Infográfico Grasshopper Estacionamento Grasshopper - Processo Estacionamento Foi otimizada a volumetria do edifício, devido a organicidade do terreno, no entanto, foram utilizados valores bastante aproximados das medidas desejadas à esse edifício, baseado no programa de necessidades. O edifício funciona como a base para os outros edifícios subsequentes, em um único bloco. Imagem 1 21
  • 22. Imagem 1 - Infográfico Grasshopper Comércio Grasshopper - Processo Comércio O comércio foi composto por duas edificações retangulares que representam uma única edificação no formato “L”. O comércio foi estimado para que contornasse metade do perímetro do estacionamento, ao redor do mesmo. Imagem 1 22
  • 23. Imagem 1 - Infográfico Grasshopper Moradia Estudantil Processo Moradia Estudantil A moradia estudantil foi também dividida em duas volumetrias retangulares para indicar a volumetria de “U”, com alturas diferentes. Além disso, foram especificados três tipos diferentes de ocupação da unidade habitacional, para 1, 3 e 6 pessoas. Este edifício fica acima do edifício de estacionamento. Imagem 1 23
  • 24. Imagem 1 - Infográfico Grasshopper Habitação de Interesse Social Habitação de Interesse Social A habitação de interesse social foi idealizada com o mesmo princípio da moradia estudantil, compondo a mesma volumetria de maneira espelhada, dando a impressão de que a moradia e a habitação social são um único edifício, que é a intenção do projeto final. No entanto, para a habitação foi somente estimada uma tipologia de apartamento para 4 pessoas. Este edifício fica acima do edifício de estacionameto. Imagem 1 24
  • 25. Vasari O Vasari é um programa desenvolvido pela Autodesk que funciona em conjunto aos softwares de desenvolvimento de projeto em 3D. É uma ferramen- ta de design para a criação de conceitos de cons- trução com análise integrada de gasto e recebimento de energia, fornecendo uma visão de design onde as decisões mais importantes são feitas, baseadas nessas análises. Além disso, o programa fornece dados de in- solação e ventilação, os quais foram utilizados para estudo prático deste projeto, são muito úteis para o processo de projeto, com a precisão da localidade real do objeto de estudo. Por meio de diagramas de cores é possível identificar a incidência de luz solar nas fachadas, assim como a sua intensidade. Há ainda, o túnel de vento, o qual faz uma simulação em 3D do di- recionamento do vento no projeto. TÚNEL DE VENTOS Os Ventos predominantes são os sudestes, po- rém em alguns meses do ano, como julho o vento predominante é norte, em março os ventos são os mais fortes, sendo o predominante sudeste, porém com ventos em noroeste e norte. Imagem 1 - Túnel de ventos no mês de Março Imagem 2 - Túnel de ventos no mês de Junho Imagem 3 - Túnel de ventos no mês de Setembro Imagem 4 - Túnel de ventos no mês de Dezembro Imagem 2Imagem 1 Imagem 3 Imagem 4 25
  • 26. Imagem 1 - Túnel de vento no eixo X Imagem 2 - Túnel de vento no eixo X Imagem 3 - Túnel de vento no eixo Y TÚNEL DE VENTOS Através do túnel de vento é possível observar como o vento passa entre os edifícios, as cores expres- sam a velocidade do vento, sendo que a cor azul indica o vento mais lento e a cor vermelha o vento mais rápido. Devido à altura dos prédios a passagem dos ventos é dificultada. Imagem 2 Imagem 3Imagem 1 26
  • 27. SOLSTÍCIO DE VERÃO O estudo foi realizado em quatro horários do dia 21 de dezembro de 2012, às 8h, 12h, 15h e 17h. Por meio desses estudos chegou-se à conclusão de que as fachadas noroeste e sudoeste são as mais problemáticas devido à alta intensidade de luz solar (cor amarela), portanto para a fachada noroeste serão propostos brises. Esses brises deverão ser móveis, pois durante o solstício de verão, o sol incide diretamente nessas fachadas ao longo do dia, porém em outros períodos do ano não. As fachadas que menos recebem luz solar são as fachadas noroeste e sudoeste da parte interna do edificio, assim será priorizada a circulação nessas áreas. 8hrs 15hrs 17hrs 12hrs Escala de intensidade solar Baixa incidência Alta incidência 27
  • 28. EQUINÓCIO DE OUTONO O estudo foi realizado em quatro horários do dia 20 de março de 2012, às 8h, 12h, 15h e 17h, por meio desses estudos chegou-se à conclusão de que no período da tarde a fachada noroeste é a mais pro- blemática devido a alta intensidade de luz solar, portanto para a fachada noroeste serão propostos brises, os mesmos propostos devido ao solstício de verão. As fachadas que menos recebem luz solar são as fachadas da parte inter’na do edificio. Na parte su- perior do edifício, na cobertura serão instaladas células fotovoltáicas, para que haja economia de energia, prin- cipalmente para o aquecimento de água. 8hrs 12hrs 17hrs 15hrs 28
  • 29. EQUINÓCIO DE PRIMAVERA O estudo foi realizado em quatro horários do dia 22 de setembro de 2012, às 8h, 12h, 15h e 17h, por meio desses estudos chegou-se à conclusão de que no período da tarde a fachada noroeste é a mais problemática devido a alta intensidade de luz solar, portanto para a fachada noroeste serão propostos brises. Estes brises deverão ser móveis, pois em alguns períodos do dia e do ano o sol não incide diretamente nessa fachada As fachadas que menos recebem luz solar são as fachadas da parte interna do edificio com exceção do final da tarde. 8hrs 17hrs12hrs 15hrs8hrs 29
  • 30. SOLSTÍCIO DE INVERNO O estudo foi realizado em quatro horários do dia 21 de julho de 2012, às 8h, 12h, 15h e 17h, por meio desses estudos chegou-se à conclusão de que as fachadas noroeste e a norte são as mais problemáticas devido a alta intensidade de luz solar, portanto para essas fachadas serão propostos brises para minimizar o desconforto da luz solar direta. Esses brises deverão ser móveis, pois durante o solstício de in- verno o sol incide diretamente nessas fachadas ao longo do dia, porém em outros períodos do ano não. As fachadas que menos recebem luz solar são as fachadas noroeste, norte e sudoeste da parte interna do edificio. 8hrs 12hrs 17hrs 15hrs 30
  • 31. REFERÊNCIAS Abordagem de alguns projetos e arquitetos de reconhecimento para inspiração projetual, solução de questionamentos, assim como orientação sobre o processo de desenvolvimento. 31
  • 32. Imagem 1 - Maquete da implantação do projeto do arquiteto Hector Vigliecca Imagem 2 - Perspectiva de umas das quadras do projeto do arquiteto José Maria de la Puerta Implantação A principal referência foi o arquiteto Hector Vigliecca, formado pela FAU/Udelar em 1968, no Uruguai. A partir de um primeiro projeto vencedor do concurso para a modernização do ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, começou a investir em estudos para projetos de complexos esportivos. Um traço marcante em dois desses projetos, é a praça elevada. Projeto vencedor do concurso para Modernização do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães (Ibi- rapuera), São Paulo A idéia do projeto é a execução de uma edi- ficação no mesmo gabarito do estádio, que, além de incorporá-lo, agrega o conjunto aquático e o Ginásio Mauro Pinheiro. O projeto também dotará o conjunto de uma praça e uma garagem subterrânea, com capacidade para 733 veículos. Outra referência importante foi o arquiteto José Maria de la Puerta, da Universidad Politécnica de Madri, que apresentou em palestra na FEC, seu pro- jeto para o concurso das Olípiadas de 2016 no Rio de Janeiro. O projeto conta com quadras elevadas com as edificações elevadas acima delas com praças internas. Projeto Porto Olímpico 2016 Imagem 1 Imagem 2 32
  • 33. Imagem 1 - Foto interna de um dos apartamentos-estúdio da Universidade de Monash Imagem 2 - Implantação dos dois edifícios na quadra perimetralmente (Universidade de Monash) Imagem 3 - Perspectiva da quadra (Universidade de Gandia) Imagem 4 - Perspecitva da quadra com destaque ao espaço de convívio (Universidade de Gandia) Imagem 5 - Plantas dos blocos (Universidade de Gandia) Residências A edificações residenciais foram escolhidas por conta de sua referência funcional com relação às suas funções e ao que o usuário espera. MORADIAS ESTUDANTIS A moradia estudantil da “Monash University - Aus- tralia” do grupo BVN Architecture conta com dois edificios de cinco pavimentos cada e 600 apartamen- tos estudantis no total, que servem tanto como mo- radia, como estúdio. Com um pátio interno comum, esse pátio serve tanto para o convívio como para entrada e saída, cada apartamento possui uma área de 20 m², com cozinha, estar/dormir e sanitário, a circulação vertical foi pensada para que haja um convívio entre os estudantes. O projeto de moradia da Universidade de Gan- dia, na Espanha do grupo Guallart Architects não é voltado somente para o público jovem. O programa proposto inclui 102 apartamentos para os jovens, 40 apartamentos para idosos, e para o centro cívico e social para o conselho da cidade. O interessante do projeto é o fornecimento de espaços compartilhados nos apartamentos para os jovens, que está em vigor uma nova versão da tradicional residência para jovens. Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3 Imagem 4 Imagem 5 33
  • 34. Imagem 1 - Planta de um dos pavimentos do edifício Imagem 2 - Elevação voltada para o Rio Ij Imagem 3 - Perspectiva do edifício Imagem 4 - Perspectiva do edifício a partir do rio Silodam O edifício multifuncional Silodam, em Amsterdã, na Holanda, projetado pelo grupo MVRDV, é um dos maiores exemplos de diversidade em planta, corte e fachadas. No ante-projeto foi definido um programa de ocupação, através do corte da secção, prevendo os diferentes tipos de ocupação o que se refletiu na fachada e permitiu diferentes vivências e encontros entre seus ocupantes. Imagem 3 Imagem 1 Imagem 4Imagem 2 34
  • 35. Imagem 1 - Planta dos blocos da habitação Imagem 2 - Imagem perspectiva de um dos blocos (destaque às sacadas) Imagem 3 - Imagem da edificação HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL A habitação de interesse social varia conforme as localidades, especialmente em países cuja econo- mia e divergência social não são uma problemática como aqui no Brasil. No entanto, possuem instru- mentos construtivos inovadores e diferenciados, por- tanto, geram importantes modelos de desenvolvimento projetual. O projeto do grupo Arkkitehdit Hannunkari & Mäkipaja Architects em Helsinki, na Finlândia é um complexo de dois prédios de apartamentos para hab- itação social utilizando uma abordagem inovadora e sustentável exigida pelo cliente, a Helsínquia Bureau de Produção de Habitação (órgão de controle de habitações de Helsinki) para garantir a qualidade do projeto no lote cidade. Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3 Imagem 2 35
  • 36. Imagem 1 - Brise horizontal com movimentação por trilhos Imagem 2 - Brise horizontal com movimentação da angulação das “pás” Brises Solares Brises solares são dispositivos de proteção à iluminação solar direta de variados tipos. Dependem do ângulo de incidência da luz e o dos horários em que se pretende bloqueá-la. Nossas fachadas que apresentam alta incidên- cia solar são a noroeste e norte. Após o estudo realizado no programa Vasari, confirmamos as fachadas cuja incidência luminosa é a mais intensa no maior número de períodos estu- dados. As referências ao lado são possíveis soluções para minimizar a iluminação direta. Ambos são brises horizontais móveis, sendo um de movimentação do dispositivo todo por trilhos na horizontal; e o outro move as “pás” na vertical, mudando a angulação do bloqueio solar, e ambos são manuais. Influenciam no layout da fachada das edifica- ções, mas principalmente servem para controle da intensidade solar, e se projetados de forma harmo- nioza com o edifício, são até um diferencial interes- sante, do ponto de vista formal. Imagem 1 Imagem 2 36
  • 37. PROCESSO DE PROJETO Apresentação do desen- volvimento do projeto nas diversas etapas que contribuíram para a in- serção final dos edifí- cios propostos no con- texto urbano do local, de modo a interferir, so- mente, positivamente no local. 37
  • 38. Imagem 1 - Foto da Av. Francisco Matarazzo, com o Parque Água Branca à esquerda Imagem 2 - Foto do edifício principal da Uninove Imagem 3 - Foto do Terminal Intermodal Barra Funda em horário de pico Local Foi realizada uma visita coletiva ao local de trabalho no bairro da Barra Funda, em São Paulo para percepção da vivência do local, é um bairro bastante movimentado com diversos tipos de conví- vio, desde experiências bairristas de reuniões entre amigos, como fluxo de pessoas somente de passa- gem. Percebe-se também que a região está ini- ciando um processo de valorização imobiliária, prin- cipalmente por sua localização. Há a elevação de edifícios residenciais novos, quase não há terrenos vazios ou ociosos. O bairro é uma transição ao centro, sendo que a Av. Francisco Matarazzo já é uma das mais movimentadas do local e apinhada de comércio e pontos de referência (não somente na avenida, mas no bairro todo). Imagem 1 Imagem 3 Imagem 2 38
  • 39. Imagem 1 - Maquete física, escala 1:1000, papelão ondulado, todas as quadras estudadas e suas propostas em vermelho Imagem 2 - Infográfico de edificações demolidas (vermelho) em 3D Imagem 3 - Infográfico de edificações mantidas (cinza) em 3D Maquete Durante o processo de desenvolvimento do projeto foram realizadas maquetes e experimentações volumé- tricas digitais e físicas para compreensão das mudanças causadas por todos os grupos no bairro como um todo. Percebeu-se a utopia que é, no aspecto urbano, o desenvolvimento de um bairro ideal, os empecilhos de se criarem novos espaços passando por legislação, combinação de interesses, agregação de valores, entre outros. No entanto, sempre é possível que sejam feitas mudanças pontuais e propostas de melhorias à curto e longo prazo executáveis em um meio urbano real. A execução de maquetes amplas, permite uma análise conjunta da área de influência em um raio maior. Imagem 1 Imagem 2 Imagem 2 Imagem 3 Imagem 2 39
  • 40. Imagem 1 - Tentativa de implantação 1 - edifícios propostos pintados Imagem 2 - Tentativa de implantação 2 - edifícios propostos pintados Imagem 3 - Tentativa de implantação 3 - edifícios propostos pintados Evolução O desenvolvimento da quadra 10 passou por um processo de diversas tentativas e propostas até que ocorresse a completa compreensão da quadra, suas edificações e características em si e de sua inserção no meio. O processo passou por três tentativas de dis- posição até que se chegasse a um partido ideal que contemplasse os objetivos do projeto. Tentativa 1 - Distribuição sem co- nectividade entre os edifícios - Fechamento perime- tral da permeabilidade da praça - Pouca área constru- ída, implicando dema- siada verticalização - Área interna sufocan- te devido aos edifícios do entorno Tentativa 3 - Ocupação perimetra - Idéia de pódio - Junção de todas as edificações - Fechamento de acesso por uma ave- nida movimentada - Elevação demasiada do pódio - Não condizente com a topografia original - Pouco acesso ao in- terioor da quadra Tentativa 2 - Conexão entre os edifícios habitacionais - Concentração somen- te em um lado do terreno - Pouca área constru- ída, implicando dema- siada verticalização - Criação de uma área livre demasiado ampla - Falta relação com os edifícios originais da quadra Imagem 1 Imagem 3 Imagem 2 40
  • 41. Imagem 1 - Infográfico de edificações construídas (cinza), 3D Imagem 2 - Infográfico áreas públicas após proposta Imagem 3 - Infográfico área nova construída Imagem 4 - Infográfico áreas construídas total Imagem 5 - Infográfico áreas verdes após proposta Evolução A partir do processo de tentativa, experimenta- ção, análise e erro, foi possível definir os problemas e necessidades da quadra e, assim, implantar de maneira harmonioza os edifícios propostos. Sendo os principais objetivos: inserir população na quadra, causar conforto ao usuário dos edifícios e aos de passagem, desimpactar o “peso” da edifi- cação da Uninove, verticalizar de modo coerente ao entorno, etc. Imagem 1 Imagem 2 Imagem 4 Imagem 3 Imagem 5 41
  • 42. ANTEPROJETO Etapa final de demonstração do projeto, explicando detalhadamente cada aspecto pensado em todas as propostas. Desenhos, perspec- tivas, infográficos e textos descriti- vos e técnicos para compreensão exata do projeto completo, tanto em implantação quanto em deta- lhamentos. 42
  • 43. Imagem 1 - Perfil original do terreno Imagem 2 - Infográfico da sobreposição das curvas de nível modificadas Imagem 3 - Perfil modificado do terreno Pódio A idéia de pódio foi pensada a partir do gran- de problema que é a grande massa que o edifício da Uninove ocupa na quadra, assim sendo, a qua- dra seria “elevada” de modo a reduzir a presença deste edifício causando a impressão de diminuição de altura com relação ao entorno. No entanto, o pódio foi adaptado à topografia do terreno, a qual conta com bastante declividade. Então, o pódio foi mantido na parte mais baixa da quadra, sendo elevada 6m do nível da rua para que não cause impacto construtivo de elevação demasia- do ao transeunte. A topografia acidentada do terreno nos con- duziu à decisão de implantar uma praça com três desníveis de 2,5m, suavizando o processo de des- cida/subida conectando os dois pontos principais de atração do entorno por meio da quadra, o Memorial da América Latina e o Parque Água Branca. Imagem 1 Imagem 3 Imagem 2 10,00m 7,50m 5,00m Topografia original mantida 2,50m 43
  • 44. Imagem 1 - Recorte no estacionamento para árvores Estacionamento A elevação do pódio permitiu que se utilizasse o subsolo de forma a não ser necessária tanta mo- vimentação de terra e não ser “desperdiçada” área livre com a elevação de um edifício de estaciona- mento que abrigasse o número necessário de vagas a serem supridas pelas edificações da quadra. O complexo do estacionamento possui acesso público para atender à demanda da Uninove e das habitações construídas. É possível, diretamente do estacionamento, acessar o edifício residencial e vice- -versa, com controle de portaria para diferenciar os usuários públicos e os residentes. O estacionamento é constituído de dois pavi- mentos, sendo que o primeiro é o que abriga maior número de vagas e possui árvores cuja copa atinge o nível da praça com uma abertura zenital na laje do estacionamento. O segundo pavimento é menor e conta com uma abertura lateral que possibilita uma visão da praça. Imagem 1 PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT PRODUCEDBYANAUTODESKEDUCATIONALPRODUCT PRODUCEDBYANAUTODESKEDUCATIONALPRODUCT PRODUCEDBYANAUTODESKEDUCATIONALPRODUCT 44
  • 45. Imagem 1 - Implantação do comércio no terreno Imagem 2 - Corte esquemático dos dois tipos de comércio Comércio A proposta de criar espaço para comércio par- tiu da necessidade do local, principalmente a deman- da da Uninove, do Memorial da América Latina e das habitações que serão elevadas, sendo providas com comércio de pequeno porte. O comércio tem caráter perimetral formando uma galeria em torno do estacionamento com aces- so às ruas (comércio 1) ou voltada para a praça (comércio 2). Ambos os direcionamentos visam a atração de população, em um momento para a rua de pedestres criada na extremidade da quadra e em outro para atrair movimentação à praça. O comércio voltado para a praça possui dois pavimentos, sendo o acesso pelo pavimento superior e o pavimento inferior pode ser expansão da loja ou estoque. Já o comércio voltado para a rua pos- sui acesso pelo pavimento inferior e conta também com dois pavimentos, sendo o segundo pavimento destinado à estoque. Dentre os tipos de comércio voltados para a praça, foram especificados apenas três tipos, os quais seriam tipos chave com uma área maior e diferenciada com o objetivo principal de ser um foco de atração para “dentro” da quadra: padaria, restau- rante e galeria de artes. Imagem 1 Imagem 2 comércio voltado para praça (comércio 2) comércio voltado para rua (comércio 1) acesso acesso estoque praça rua estoque teto verde estacionamento subterrâneo 45
  • 46. Edifício O edifício ocupa a área perimetral da praça, assim pretende-se atingir a densidade de 800 hab/ hectares com um edifício único e denso. A ocupação perimetral implica que seja criada uma delimitação da praça, sem gerar espaços ociosos, tornando a praça um elemento único e permeável à passagem ou à permanência. O edifício é todo residencial a partir do primeiro pavimento, é composto por cinco tipologias diferentes, pois pretende-se atingir uma pluralidade que atenda aos diversos perfis de moradores, assim há desde quitinetes para estudantes até apartamentos duplex. Todas as tipologias estão dentro da modulação de 0.6m, assim as moradias são divididas em: O público alvo da edificação está dividido en- tre estudantes e população de baixa renda, sendo que a tipologia 1 é dedicada exclusivamente para estudantes, a tipologia 2 para habitação social e as demais tipologias podem abrigar tanto estudantes quanto famílias. O edifício não faz distinção do usuá- rio, não se divide em área de estudantes e área de famílias, para que haja integração e convívio entre todos. Por conta da grande extensão do edifício, existem três nichos de circulação vertical, com três escadas e cinco elevadores, os quais conectam o edifício todo com corredores abertos com sacada para o exterior que variam de direção, evitando a possível monotoneidade de fachada que um edifício tão denso poderia causar. As tipologias foram distribuídas nos andares conforme áreas molhadas, estrutura e modulação e esquadrias, de modo a otimizar o desempenho do edifício em uso, assim sendo, uma mesma tipologia está acima da mesma tipologia, variando, algumas vezes, a orientação da fachada. Tipologias Nº habitantes Área 1 quitinete 1 ou 2 17,3 m² 2 habitação social 3 ou 4 43,2 m² 3 duplex 3 ou 4 86,4 m² 4 habitação familiar 4 a 6 81,0 m² 5 acessíveis 4 86,4 m² 46
  • 47. Tipologia A diversidade na fachada é gerada por di- ferentes profundidades de circulação nas sacadas variando também o lado a que elas estão voltadas, para a rua ou para a praça, criando áreas de fa- chada sem sacadas também. Assim nas tipologias 2, 3 e 5, a profundidade é a mesma, representada no gráfico pela cor esver- deada, a quitinete é a que possui a menor profun- didade representada pela cor clara, e a tipologia 4 é a mais profunda, representada pela cor roxa. As tipologias foram organizadas ao longo do prédio para criar percursos e vivências variadas, nesse infográfico é possível ver cada tipologia repre- sentada por uma cor. MODULAÇÃO As plantas das tipologias são projetadas em modulação de 0,6m, assim, todas as medidas internas e externas são múltiplos de 0,6m, essa mo- dulação foi escolhida para otimização da quantidade de material e para criação de tipologias múltiplas. 0.6 m Modulação das plantas 0.6 m 0.6 m Modulação das plantas 0.6 m 0.6 m Modulação das plantas 0.6 m Imagem 1 - Infográfico de profundidade do pavimento (apartamento + corredor) Imagem 2 - Infográfico de tipologias Imagem 3 - Infográfico de modulação Imagem 3 Imagem 2 Imagem 1 9m6m 3.6m 47 Tipologia Quitinete Tipologia Duplex Tipologia Três dormitórios Tipologia Habitação social Tipologia Acessível
  • 48. Imagem 1 - Planta quitinete com indicação de áreas molhadas e de estar Imagem 2 - Planta quitinete com indicação de ciculação Imagem 3 - Planta habitação de interesse social com indicação de áreas molhadas, convívio e circulação Imagem 4 - Planta habitação de interesse social com indicação de circulação Tipologias QUITINETES As quitinetes foram propostas devido ao grande número de alunos que usufruem da Uninove, assim seria uma facilidade para o aluno morar próximo à área de estudo. HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL As habitações de interesse social foram propostas para até quatro pessoas, com otimização de área de circulação para que esta seja aproveitada em outros ambientes respeitando-se a área máxima para esse tipo de habitação. Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3 Imagem 4 48
  • 49. Imagem 1 - Plantas duplex com indicação de áreas molhadas, convívio e circulação Imagem 2 - Planta duplex com indicação de ciculação Imagem 3 - Planta três dormitórios com indicação de áreas molhadas, convívio e circulação Imagem 4 - Planta três dormitórios com indicação de circulação DUPLEX Os apartamentos do tipo duplex são para até quatro pessoas, com circulação reduzida e sacada no primeiro pavimento. TRÊS DORMITÓRIOS A tipologia de três dormitórios abriga familias de até seis pessoas, e também moradias estudantis do tipo “república”. Tipologia 3 Duplex Tipologia 4 - Apartamentos populares Duplex - Para até 4 pes- soas, com circulação reduz- inha e sacada no primeiro pavimento Tipologia 4 Para familias de até 6 pes- soas, ou para moradias estu- dantis, “repúblicas” Tipologia 3 Duplex Tipologia 4 - Apartamentos populares Duplex - Para até 4 pes- soas, com circulação reduz- inha e sacada no primeiro pavimento Tipologia 4 Para familias de até 6 pes- soas, ou para moradias estu- dantis, “repúblicas” Imagem 3 Imagem 4 Imagem 1 Imagem 2 49
  • 50. Imagem 1 - Planta apartamento acessível com indicação de áreas molhadas, de convívio e circulação Imagem 2 - Planta apartamento acessível com indicação de ciculação APARTAMENTOS ACESSÍVEIS Os apartamentos acessíveis possuem ângulo de rotação e acesso para cadeirantes e portadores de ne- cessidades especiais em todos os ambientes. São apartamentos de dois dormitórios para até quatro pessoas, tanto para famílias quanto para estudantes. CONSIDERAÇÕES A tipologia 1 possui 21 unidades, a tipologia 2 possui 34 unidades, a tipologia 3 possui 167 unidades, a tipologia 4 possui 4 unidades e a tipologia 5 possui 122 unidades, totalizando 348 apartamentos, com ca- pacidade para 1032 pessoas. Além disso, as janelas da fachada noroeste externa, voltada para o Espaço das Américas receberão tratamento acústico devido a ruidosidade que esse edifício emite no período noturno e da madrugada. Tipologia 5 Apartamentos acessiveis Área privativa Área molhada Área comum Circulação Todos os compartimentos são acessíveis a caderantes Imagem 1 Imagem 2 50
  • 51. Imagem 1 - Perspectiva dos brises Imagem 2 - Infográfico circulação vertical no edifício BRISES Os brises, são projetados na horizontal, pois protegem contra sol alto que ocorre nas fachadas norte e nordeste. Para tanto eles são móveis e deslizam sobre trilhos pelas janelas, com travamento antes de portas. Os trilhos permitem a movimentação na hori- zontal, assim caso não haja sol intenso e o morador queira a janela livre, basta deslizar o brise para o lado, além disso os brises são móveis na vertical, podem ser manipulados manualmente e controlam a entrada do sol. CIRCULAÇÃO VERTICAL Foram propostos três acessos verticais ao edifício, pois devido a grande extensão do mesmo, esses acessos facilitam locomoção dos moradores e na rota de fuga em caso de incêndio, o acesso da torre norte tem início no subsolo de estacionamento e supre todos os apartamentos dessa torre, o aces- so da torre noroeste tem início na praça elevada, e o acesso ao estacionamento está situado ao lado do acesso ao edifício. O acesso da torre sudoeste tem início na praça elevada, esse acesso é restrito a moradores, usuários apenas do estacionamento utilizam os outros acessos. Imagem 1 Imagem 2 51
  • 52. Implantação Por fim, a combinação do novo edifício na praça atingiu um contrapeso à densidade do edifício da Uninove equilibrando a quadra verticalmente; e, simultaneamente, a praça acabou por comunicar-se com a entrada da universidade trazendo mais unida- de à quadra. Além disso, em conexão ao bairro, há a previsão de uma ciclo- via passando pela Rua Tagipuru, permeando as quadras seguintes. Na infra-estrutura urbana foram implantadas árvores de médio porte em toda a quadra de 8m em 8m, e postes de iluminação com fiação subterrânea a cada 16m seguinfo a legislação vigen- te no município de São Paulo. Imagem 1 - Implantação esquemática Imagem 2 - Perfil da rua, destaque à ciclovia e aos equipamentos urbanos MAQUETE FÍSICA comércio edifício praça/ edifício Imagem 1 Imagem 2 52
  • 53. CONCLUSÃO Considerações finais sobre o pro- jeto e os estudos realizados du- rante o semestre sobre a paisa- gem urbana. 53
  • 54. Conclusão O projeto de complexidades nos inspirou a ter uma visão do ambiente urbano e de seus compo- nentes de modo mais capcioso e crítico. Foi preciso um estudo amplo da região, tanto de dados técnicos quanto de dados informais para compreender a vivência dos habitantes e usuários locais, que são a quem realmente importam as pro- postas para o bairro. Além disso, o bairro faz parte de um com- plexo muito maior, as zonas, as quais fazem parte do município. E todas essas divisões do município possuem conectividade e integração, cada elemento de uma quadra influencia na próxima quadra e as- sim sucessivamente, portanto, a quadra é o primeiro elemento projetual a influir na composição urbana, e como todo início de processo define o fim do mesmo, a quadra é o elemento chave definidor do município. Por isso, os componentes da quadra e sua composição devem composição devem ser entendidos e valorizados de modo que seja lembrada a grande importância disso no produto final urbano: o municí- pio. 54