O documento resume os principais movimentos vanguardistas europeus do século XX, incluindo o Futurismo, Cubismo, Dadaísmo e Surrealismo. Ele descreve as origens, características e principais representantes de cada movimento.
2. Vanguarda Européia
O movimento vanguardista surgiu na século XX, provocando
rupturas com o passado, assim, influenciando nas
manifestações artísticas de todo o mundo.
Sendo respectivamente os principais movimentos:
Futurismo (1909) o movimento artístico que
Expressionismo (1010)
Cubismo (1913) “marcha na
Dadaísmo (1918) frente”, anunciando a
Surrealismo (1924) criação de um novo tipo de
arte
4. Maior representante do Futurismo
Iniciou o movimento futurista:
Filippo Marinetti
publicou o manifesto no Jornal
francês “Le Fígaro” em fevereiro
de 1909
Futurismo
5. Ode triunfal
De Fernando Pessoa
À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.
Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim,
Por todos os meus nervos dissecados fora,
Por todas as papilas fora de tudo com que eu [sinto!
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos [modernos,
De vos ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!
Em febre e olhando os motores como a uma Natureza
tropical -
Grandes trópicos humanos de ferro e fogo e força -
Canto, e canto o presente, e também o passado [e o
futuro,
Porque o presente é todo o passado e todo o futuro
(...)
Futurismo
12. A Ponte Mirabeau Linguagem
Ilogismo caótica
Sob a ponte Mirabeau corre o Sena O amor se vai como água
E nosso amor corrente
É preciso trazê-lo à cena O amor se vai
Vinha sempre a alegria antes da pena Como a vida é lenta
Venha a noite, soe a hora Como a esperança é violenta
Os dias se vão, não vou embora Venha a noite, soe a hora
Os dias se vão, não vou
De mãos dadas ficamos face à face
embora
Enquanto que sob Humor
Passam os dias e as semanas
A ponte dos nossos braços passa
Nem o tempo passado
Eternos olhares a onda tão lassa
Nem o amor acena
Venha a noite, soe a hora
Sob a Ponte Mirabeau flui o
Os dias se vão, não vou embora
Sena.
Tempo Presente
Apollinaire
13. Fim do Cubismo
1918
• Le Corbusier(arquiteto)
• Ozenfant (pintor)
Decretam o fim do movimento com a publicação do
manifesto Depois do Cubismo
14. Dadaismo
“O movimento de negação”
1916
Dadaismo
15. Dadá
Significa “cavalo de pau”
Hugo Ball
Tristan Tzara
Dadaismo
16. Manifesto Dadá
1918
“Que cada homem grite: há um grande trabalho destrutivo,
negativo, a executar. Varrer, limpar. A propriedade do indivíduo
se afirma após o estado de loucura, de loucura agressiva,
completa, de um mundo abandonado entre as mãos dos
bandidos que rasgam e destroem os séculos”.
"Liberdade: DADÁ DADÁ DADÁ, uivos das dores crispadas,
entrelaçamentos dos contrários e de todas as contradições, dos
grotescos, das inconsequências: A VIDA."
Tristan Tzara
Dadaismo
17. Receita de Tzara para criar um poema
Pegue um jornal.
dadaísta
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a
seu poema.
Recorte o artigo.
Recorte em seguida com atenção algumas palavras que
formam esse artigo e meta-as num saco.
Agite suavemente.
Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas
do saco.
O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma
sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.
Dadaismo
18. Marcel Duchamp
Ready-Made
Significa confeccionado,pronto
Designar qualquer objeto
manufaturado de consumo popular,
tratado como objeto de arte por
opção do artista
Dadaismo
19. Características
• Agressividade verbalizada;
• Desordem das palavras;
• Incoerência;
• Banalização da rima, da logica e do raciocínio;
• Non sense;
Dadaismo
20. Principais artistas
• Marcel Duchamp
• Francis Picabia
• Max Ersnt
• Man Ray
Dadaismo
21. Dadaísmo no Brasil
• Manifestação nas obras modernistas brasileiras
• Escrita totalmente brasileira
• Língua nacional livre
• Uso de paródias
“Estes homens de São
“Que soluças Paulo,Todos iguais e
tu,Transido de desiguais,Quando vivem
frio,Sapo-cururu Da dentro dos meus olhos tão
beira do rio...” ricos, Parecem-me
uns macacos, uns
macacos.”
22. Fim do Dadaísmo
1922
Com as profundas desavenças entre Tristan Tzara e André Breton, tiveram
como consequência o desaparecimento do movimento dadaísta com o tal
nascimento do Surrealismo.
O fim do movimento dadaísta, em 1923 deu-se após um escândalo. A partir
desse momento Tzara se dedica a rezar o “Oracion Fúnebre por Dadá” em
diversas reuniões celebradas em distintas cidades da Alemanha.
O dadaísmo foi mais um estado de espírito, oriundo das convulsões geradas
pela I Guerra Mundial, que propriamente um movimento com leis e estruturas
próprias; sob seus escombros ergue-se-ia porém o Surrealismo, e algumas de
suas inteções foram retomadas recentemente pelos adeptos da Pop Art.
Dadaismo
23. SURREALISMO
A persistência da memória, Salvador Dalí.
Surrealismo
25. André Breton Características
Poeta, escritor, e psiquiatra francês A arte surrealista é livre
como um rio: o fluxo dos
versos e das pinceladas
desaguando no papel e na
tela e
automático, inconsciente, es
pontâneo e subjetivo, sem
barreiras entre o real e o
imaginário.
Surrealismo
26. MANIFESTO SURREALISTA
(...)De fato, alucinações, ilusões, etc. são
fonte de gozo nada desprezível.(...)As confidências
dos loucos, passaria minha vida a provocá-las. São
pessoas de escrupulosa honestidade.(...) Foi preciso
Colombo partir com loucos para descobrir a
América. E vejam como essa loucura cresceu, e
durou.
Não é o medo da loucura que nos vai obrigar
a hastear a meio-pau a bandeira da imaginação.
27. Pintura
Salvador Dalí Yves Tanguy René Magritte Joan Miró
Surrealismo
28. Poesia
Aimé Césaire Max Ernst Herberto Helder
Surrealismo
29. Brasileiros
Cícero Dias (pintura) Murilo Monteiro Mendes Tarsila do Amaral
(poesia) (pintura)
Surrealismo
33. Poemacto II
Minha cabeça estremece com todo o esquecimento.
Eu procuro dizer como tudo é outra coisa.
Falo, penso.
Sonho sobre os tremendos ossos dos pés.
É sempre outra coisa, uma
só coisa coberta de nomes.
E a morte passa de boca em boca
com a leve saliva,
com o terror que há sempre
no fundo informulado de uma vida. Sei que os campos imaginam as suas
próprias rosas.
As pessoas imaginam os seus próprios campos
de rosas. E às vezes estou na frente dos campos
como se morresse;
outras, como se agora somente
eu pudesse acordar.
Herbert Helder, poeta português
Surrealismo