SlideShare a Scribd company logo
1 of 11
Aprender Química para o exercício da cidadania
Para a população em geral, uma expressão do tipo “pão sem química” transmite a ideia de um pão
isento de substâncias prejudiciais à saúde. Tentando transmitir a ideia desejada, essa expressão é,
além de infeliz, totalmente incorreta, porque a produção do pão utiliza a farinha de trigo como
matéria-prima e parte dela sofre uma reação química (denominadafermentaçao). Mesmo sem
saber Química, o padeiro executa, todos os dias, essa reação.

Ao utilizar a expressão “pão sem química’ uma pessoa revela desconhecer várias coisas:
● a Química não é um objeto para que possa ser colocada em um pão. A Química é uma ciência,

  ou seja, um ramo do conhecimento humano que visa compreender melhor alguns fenômenos
  que ocorrem na natureza e/ou em laboiatório, estudando-os com uma linha organizada de
  trabalho, denominada método científico;
● ao fazer o pão, o padeiro utiliza processos químicos (reações químicas);

● todos os objetos e materiais existentes na Terra (incluindo os pães) são constituídos por

  substâncias químicas.

Assim, o “pão sem química” é, na verdade, um pão obtido a partir de substâncias e reações
químicas, mas sem a adição de substâncias que possam ser nocivas à saúde.
Analogamente, frases como “não tomo remédios, pois contêm muita química’“alimentos enlatados
fazem mal porque os fabricantes adicionam muita química” ou “instalei em minha piscina um novo
sistema de tratamento totalmente isento de química” também estão incorretamente elaboradas,
pois confundem uma importante ciência com substâncias tóxicas ou com produtos e processos
maléficos ao ser humano.

Em nosso dia a dia é muito frequente encontrarmos indicações de substâncias químicas nas
embalagens de alimentos, nos frascos de cosméticos, nos rótulos de produtos de limpeza, nas
etiquetas de roupas, nas caixas e bulas de remédios e em tantos outros objetos.
Da imensa variedade de produtos colocados à venda, a maioria deles, se não
todos, provém de indústrias químicas ou, então, entrou em contato durante sua
manufatura com produtos delas provenientes (por exemplo, sabões,
detergentes, remédios, cremes dentais, cosméticos, plásticos, borracha, metais,
papel, colas, tintas, álcool, sal, açúcar, vinagre, aditivos alimentares,
refrigerantes, CDs e DVDs etc.). Virtualmente, tudo o que encontramos à venda
se relaciona de alguma forma com a indústria química. O produto usado nas
embalagens — papel, plástico, vidro ou metal — e a tinta nelas utilizada são
obtidos por meio de processos químicos.
Os materiais empregados na construção de casas, prédios, automóveis, aviões,
embarcações, computadores e eletrodomésticos constituem outros exemplos
que se relacionam com as indústrias de processos químicos, nas suas mais
diferentes modalidades e especialidades.
Os medicamentos são substâncias químicas devidamente extraídas
da natureza ou fabricadas artificialmente, purificadas, dosadas e
comercializadas.
Do mesmo modo que substâncias químicas podem contribuir para o
bem-estar da humanidade, elas também podem — se usadas
incorretamente (por ignorância, incompetência, ganância ou ideologias
duvidosas) — acarretar doenças, poluição do ar e das águas,
desequilíbrios ecológicos e mortalidade de plantas e animais.
Assim, apesar de toda a importância desta ciência e de suas
aplicações, há muita confusão no que diz respeito à palavra química.
É comum ouvirmos seu nome sendo usado impropriamente como
sinônimo de “substâncias tóxicas”. “veneno” ou “poluição”.
Aprender Química é se envolver num apaixonante estudo das
 substâncias ao nosso redor, de onde vêm, quais suas propriedades,
 que utilidades possuem e quais as vantagens ou os problemas
 que.eventualmente podem trazer à humanidade. A principal meta
 deste livro é ajudá-lo a compreender melhor alguns conceitos
 fundamentais da Química e sua relação com o cotidiano.
 Um cidadão participativo e capaz de tomar as melhores decisões
 para si e para sua comunidade precisa, entre outras coisas, ter
 noções claras sobre Ciência e Tecnologia. Assim, dominar os
 conceitos científicos e compreender os fenômenos que nos rodeiam
 são importantes condições para o exercício da cidadania.


Os vários aspectos da Química

A Química envolve uma linguagem própria

Diversos ramos do conhecimento humano, por vezes, se utilizam de
códigos para expressar as ideias de maneira concisa.
A Química, assim como a Música, a Computação e a Eletrônica (apenas
para citar alguns poucos exemplos), utiliza-se de representações que
podem ser entendidas por qualquer pessoa familiarizada com elas. Ao
longo deste curso de Química você vai adquirir informações que lhe
permitirão entender essa linguagem. Assim, por exemplo, você em breve
fará leituras do tipo:
Uma sonata para piano escrita por Mozart (músico austríaco) pode ser entendida e
interpretada tanto por um pianista chinês quanto por um brasileiro porque a
linguagem das partituras musicais é universal. O mesmo acontece com a linguagem
química. Isso é importantíssimo no que diz respeito à comunicação científica ao
redor do mundo.

                  A Química utiliza ferramentas de outras áreas

No decorrer deste curso, você perceberá que, muitas vezes, a Química utiliza
conceitos de outras áreas, principalmente da Matemática e da Física. Quando
necessário, faremos um comentário preliminar sobre eles, para que você possa
dominar todos os pré-requisitos necessários e entender a Química do ensino médio.

                       O caráter experimental da Química

Assim como acontece com as outras Ciências Naturais (Física, Biologia etc.), a
Química baseia-se na observação de acontecimentos (fenômenos) da natureza. Mais
do que isso, a pesquisa química envolve a execução de experiências em laboratório
e a cuidadosa observação e interpretação dos resultados.
Quando um cientista idealiza algumas experiências e obtém resultados importantes,
geralmente ele os publica em revistas especializadas de circulação mundial. Sua
descrição deve ser precisa o suficiente para que outros cientistas possam reproduzi-
las e chegar aos mesmos resultados. Caso contrário, suas conclusões não serão
aceitas pela comunidade científica mundial. Assim, uma preocupação importante
relacionada com as experiências é a sua reprodutibilidade.
O caráter puro e aplicado da Química
Uma pesquisa química pode estar voltada apenas para o melhor entendimento de
algum fato da natureza; nesse caso temos uma pesquisa pura. Por sua vez, ela
pode estar focada em resolver um problema prático, tratando-se, então, de uma
pesquisa aplicada.
O caráter interdisciplinar da Química

Como já dissemos, essa ciência possui caráter aplicado. Muitas vezes,
para a resolução de um problema prático, é necessário que ela atue em
conjunto com outras ciências.
Ao se aliar à Engenharia, a Química tem propiciado a elaboração de novos
materiais, como, por exemplo, as cerâmicas que suportam altas
temperaturas, os plásticos altamente resistentes e os materiais
supercondutores.
A Medicina, talvez a mais antiga das ciências associadas à Química, é uma
das maiores beneficiadas com os modernos avanços dessa área.
Anualmente, são descobertas centenas de novas substâncias que podem
atuar como medicamentos.
Todas essas fascinantes aplicações que descrevemos representam apenas
parte do que existe em termos de avanço científico e tecnológico ligado à
Química.
É importantíssimo salientar que nenhum progresso nesse campo será
possível se os conceitos básicos da Química não forem bem
compreendidos. São esses conceitos, discutidos ao longo deste livro, que
formam o alicerce de todo o conhecimento químico atual. Embora se trate
de conhecimentos básicos, você poderá perceber a grande diversidade de
aplicações práticas que eles possuem.
3. Breve panorama histórico
Entre as Ciências Naturais, pode-se dizer que a Química é uma das mais recentes. Astronomia,
Física e Matemática têm uma história que remonta a muitos séculos antes de Cristo.
Não há uma data específica que possamos estabelecer como “início” da Química. Podemos dizer,
entretanto, que ela só se firmou como ciência no transcorrer dos séculos XVII e XVIII.
Vamos, a seguir, dar uma ideia sobre isso.

                                        3.1 A Antiguidade

Há mais de 3.500 anos, os egípcios já utilizavam técnicas em que estavam envolvidas
transformações químicas. Dentre elas, podemos citar a fabricação de objetos cerâmicos por meio
do cozimento da argila, a extração de corantes de certos animais e vegetais, a obtenção de
vinagre e bebidas alcoólicas não destiladas (vinho, cerveja) e a produção de vidro e de alguns
metais. Destaca-se também a arte da conservação das múmias, na qual os egípcios atingiram alto
grau de perfeição.
Por volta de 478 a.C., o filósofo grego Leucipo, que vivia na costa norte do Mar Egeu, apresentou a
primeira teoria atômica de que se tem notícia, e seu discípulo Demócrito a aperfeiçoou e propagou.
A ideia envolvida era a seguinte: considere, por exemplo, a areia de uma praia. Vista de longe ela
parece contínua, porém, observada de perto, notamos que é formada por pequenos grãos. Na
realidade, todas as coisas no universo são formadas por “grãozinhos” tão pequenos que não
podemos enxergar e, dessa forma, temos a impressão de que elas são contínuas. A esses
“grãozinhos” foi dado o nome de átomos (do grego a, que significa “não’ e tornos, que quer dizer
“divisível”).
Contudo, entre os gregos, acabaram predominando as ideias de outro filósofo, Aristóteles (384-322
a.C.). Segundo ele, tudo é constituído de quatro “elementos” básicos:fogo, terra, ar e água. Essa
maneira de pensar influenciou muito a evolução da Ciência ocidental, que conseguiu desvencilhar-
se totalmente dessas ideias somente no século XVI, a partir do qual a Química teve considerável
impulso.
3.2 Alquimia, a precursora da Química

Após Aristóteles, a Grécia passou por um agitado período
político e, gradualmente, a cidade egípcia de Alexandria
assumiu a liderança científica da época. Lá, encontraram-se
frente a frente a f ilosofia grega, a tecnologia egípcia e as
místicas religiões orientais.

Disso tudo nasceu a Alquimia, uma mistura de ciência, arte e
magia, que floresceu durante a Idade Média, tendo uma dupla
preocupação: a busca do “elixir da longa vida”, que garantiria a
imortalidade e a cura das doenças do corpo, e a descoberta de
um método para a transformação de metais comuns em ouro
(transmutação), que ocorreria na presença de um agente
conhecido como “pedra filosofal”.


A procura pelo ouro não era motivada por razões econômicas, mas porque ele,
devido à resistência à corrosão, represeiitava a perfeição divina. Contudo, muitos
charlatães se aproveitaram de encenações simulando a transmutação para
enriquecer à custa da boa-fé de alguns adeptos da Alquimia.
Na China, as especulações dos alquimistas conduziram ao domínio de muitas
técnicas de metalurgia e à descoberta da pólvora. Os chineses foram os inventores
dos fogos de artifício e os primeiros a usar a pólvora em combates no século X.
Nenhum dos dois objetivos da Alquimia foi atingido, contudo, muitos
progressos no conhecimento das substâncias provenientes de minerais e
vegetais foram obtidos no Ocidente e no Oriente. Prepararam-se substâncias
como, por exemplo, ácido nítrico (chamado na época de aquafortis) e ácido
sulfúrico (oleum vitriolum). Materiais de laboratório foram sendo
gradualmente aperfeiçoados.
No século XVI, o suíço Theophrastus Bombastus Paracelsus propôs que a
Alquimia deveria preocupar-se principalmente com o aspecto médico em
suas investigações. (Isso ficou conhecido como latro química.) Segundo ele,
os processos vitais podiam ser interpretados e modificados com o uso de
substâncias químicas. Sua contribuição no diagnóstico e no tratamento de
alguuas doenças foi digna de nota.

3.3 Da Alquimia surge a Química
Em 1597, o alemão Andreas Libavius publicou o livro Alchemia, no qual
afirmava que a Alquimia tem por objetivo a separação de misturas em seus
componentes e o estudo das propriedades desses componentes.
Em 1661, o irlandês Robert Boyle publicou The sceptical chemist (O químico
cético — cético significa desconfiado, que só acredita mediante provas), no
qual atacava violentamente a concepção aristotélica de quatro “elementos”.
Para Boyle, elemento é tudo aquilo que não pode ser decomposto por
nenhum método conhecido. Esses dois livros são considerados, por alguns
estudiosos, o marco inicial da Química.
Há outros estudiosos que creditam a Antoine Laurent Lavoisier o mérito de ser o
“pai” da Química. Os trabalhos desse cientista francês, realizados no século XVIII,
deram à Química bases mais sólidas. Ele realizou experimentos controlados
envolvendo medidas da massa de frascos (incluindo a dos materiais neles contidos)
antes e depois de acontecerem reações químicas dentro deles. Uma de suas
conclusões, a de que a massa se conserva durante as reações químicas, é
considerada por alguns o marco inicial da Química.

No século XIX, os trabalhos de Gay-Lussac, Dalton, Wõhler, Avogadro, Kekulé e
outros, cujas conclusões também estudaremos neste livro, deram origem à
chamada Química clássica.
No século XX, com o grande avanço tecnológico, presenciou-se uma vertiginosa
evolução do conhecimento químico. O átomo teve sua estrutura interna pesquisada,
elementos artificiais foram sintetizados e modernas técnicas de investigação foram
desenvolvidas, utilizando conceitos de Química, Física, Matemática, Computação e
Eletrônica.

More Related Content

What's hot

Embalagens de plastico verde com adição de resina biodegradável
Embalagens de plastico verde com adição de resina biodegradável Embalagens de plastico verde com adição de resina biodegradável
Embalagens de plastico verde com adição de resina biodegradável Natalia Perez
 
Quimica ambiental
Quimica ambientalQuimica ambiental
Quimica ambientalPaulo Vaz
 
Aula 1 a história da química orgânica
Aula 1   a história da química orgânicaAula 1   a história da química orgânica
Aula 1 a história da química orgânicaLarissa Cadorin
 
Experimento Indicador Repolho Roxo
Experimento Indicador Repolho RoxoExperimento Indicador Repolho Roxo
Experimento Indicador Repolho RoxoSam Adam
 
Biogênese e abiogênese
Biogênese e abiogêneseBiogênese e abiogênese
Biogênese e abiogêneseAndreza Viegas
 
SLIDE Sistema digestório e suas respectivas funções.ppt
SLIDE Sistema digestório e suas respectivas funções.pptSLIDE Sistema digestório e suas respectivas funções.ppt
SLIDE Sistema digestório e suas respectivas funções.pptssuser60b183
 
Ciclos biogeoqumico
Ciclos biogeoqumico Ciclos biogeoqumico
Ciclos biogeoqumico Rafael Lima
 
Slides da aula de Biologia (Renato) sobre Método Científico
Slides da aula de Biologia (Renato) sobre Método CientíficoSlides da aula de Biologia (Renato) sobre Método Científico
Slides da aula de Biologia (Renato) sobre Método CientíficoTurma Olímpica
 
Aula Biologia: Origem da Vida [1° Ano Ensino Médio]
Aula Biologia: Origem da Vida [1° Ano Ensino Médio]Aula Biologia: Origem da Vida [1° Ano Ensino Médio]
Aula Biologia: Origem da Vida [1° Ano Ensino Médio]Ronaldo Santana
 
TRABALHO COMPLETO SOBRE O LIXO
TRABALHO COMPLETO SOBRE O LIXO TRABALHO COMPLETO SOBRE O LIXO
TRABALHO COMPLETO SOBRE O LIXO Ricardo Arend
 
Aula sobre lixo 6 ano
Aula sobre lixo 6 anoAula sobre lixo 6 ano
Aula sobre lixo 6 anoMathias Emke
 
CICLO DO NITROGENIO
CICLO DO NITROGENIOCICLO DO NITROGENIO
CICLO DO NITROGENIOClara Souza
 
Experimento 4 20091 determinação da massa molecular de um gás
Experimento 4 20091 determinação da massa molecular de um gásExperimento 4 20091 determinação da massa molecular de um gás
Experimento 4 20091 determinação da massa molecular de um gássergioviroli
 
Plano de aula 1º bimestre biologia - 2º ano matutino - 2022
Plano de aula 1º bimestre   biologia - 2º ano matutino - 2022Plano de aula 1º bimestre   biologia - 2º ano matutino - 2022
Plano de aula 1º bimestre biologia - 2º ano matutino - 2022dibugiu
 

What's hot (20)

Embalagens de plastico verde com adição de resina biodegradável
Embalagens de plastico verde com adição de resina biodegradável Embalagens de plastico verde com adição de resina biodegradável
Embalagens de plastico verde com adição de resina biodegradável
 
Alquimia
Alquimia Alquimia
Alquimia
 
Quimica ambiental
Quimica ambientalQuimica ambiental
Quimica ambiental
 
Aula 1 a história da química orgânica
Aula 1   a história da química orgânicaAula 1   a história da química orgânica
Aula 1 a história da química orgânica
 
Ecologia 3º ano
Ecologia 3º anoEcologia 3º ano
Ecologia 3º ano
 
Ciclo Do NitrogêNio
Ciclo Do NitrogêNioCiclo Do NitrogêNio
Ciclo Do NitrogêNio
 
Experimento Indicador Repolho Roxo
Experimento Indicador Repolho RoxoExperimento Indicador Repolho Roxo
Experimento Indicador Repolho Roxo
 
Biogênese e abiogênese
Biogênese e abiogêneseBiogênese e abiogênese
Biogênese e abiogênese
 
SLIDE Sistema digestório e suas respectivas funções.ppt
SLIDE Sistema digestório e suas respectivas funções.pptSLIDE Sistema digestório e suas respectivas funções.ppt
SLIDE Sistema digestório e suas respectivas funções.ppt
 
Ciclos biogeoqumico
Ciclos biogeoqumico Ciclos biogeoqumico
Ciclos biogeoqumico
 
Biologia ciencia e vida
Biologia ciencia e vidaBiologia ciencia e vida
Biologia ciencia e vida
 
Ecologia
EcologiaEcologia
Ecologia
 
Slides da aula de Biologia (Renato) sobre Método Científico
Slides da aula de Biologia (Renato) sobre Método CientíficoSlides da aula de Biologia (Renato) sobre Método Científico
Slides da aula de Biologia (Renato) sobre Método Científico
 
Aula Biologia: Origem da Vida [1° Ano Ensino Médio]
Aula Biologia: Origem da Vida [1° Ano Ensino Médio]Aula Biologia: Origem da Vida [1° Ano Ensino Médio]
Aula Biologia: Origem da Vida [1° Ano Ensino Médio]
 
TRABALHO COMPLETO SOBRE O LIXO
TRABALHO COMPLETO SOBRE O LIXO TRABALHO COMPLETO SOBRE O LIXO
TRABALHO COMPLETO SOBRE O LIXO
 
Aula sobre lixo 6 ano
Aula sobre lixo 6 anoAula sobre lixo 6 ano
Aula sobre lixo 6 ano
 
CICLO DO NITROGENIO
CICLO DO NITROGENIOCICLO DO NITROGENIO
CICLO DO NITROGENIO
 
Aula sobre origem da vida
Aula sobre origem da vidaAula sobre origem da vida
Aula sobre origem da vida
 
Experimento 4 20091 determinação da massa molecular de um gás
Experimento 4 20091 determinação da massa molecular de um gásExperimento 4 20091 determinação da massa molecular de um gás
Experimento 4 20091 determinação da massa molecular de um gás
 
Plano de aula 1º bimestre biologia - 2º ano matutino - 2022
Plano de aula 1º bimestre   biologia - 2º ano matutino - 2022Plano de aula 1º bimestre   biologia - 2º ano matutino - 2022
Plano de aula 1º bimestre biologia - 2º ano matutino - 2022
 

Viewers also liked

Viewers also liked (19)

Cap1 lição2 - Os vários aspectos da química
Cap1 lição2 - Os vários aspectos da químicaCap1 lição2 - Os vários aspectos da química
Cap1 lição2 - Os vários aspectos da química
 
Cromatografia - 1a serie 1
Cromatografia - 1a serie 1Cromatografia - 1a serie 1
Cromatografia - 1a serie 1
 
Cap01 licao7a8
Cap01 licao7a8Cap01 licao7a8
Cap01 licao7a8
 
GOD SPEAKS TO ME
GOD SPEAKS TO MEGOD SPEAKS TO ME
GOD SPEAKS TO ME
 
Cap1 licao3 - Breve panorama histórico da química
Cap1 licao3 - Breve panorama histórico da químicaCap1 licao3 - Breve panorama histórico da química
Cap1 licao3 - Breve panorama histórico da química
 
Exercício de Química (22.05.2013)
Exercício de Química (22.05.2013)Exercício de Química (22.05.2013)
Exercício de Química (22.05.2013)
 
V1c2 l1a10 - Substâncias Químicas
V1c2 l1a10 - Substâncias QuímicasV1c2 l1a10 - Substâncias Químicas
V1c2 l1a10 - Substâncias Químicas
 
Levante se!
Levante se!Levante se!
Levante se!
 
Lista de exercício- QA
Lista de exercício- QALista de exercício- QA
Lista de exercício- QA
 
Assim diz o senhor
Assim diz o senhorAssim diz o senhor
Assim diz o senhor
 
Cetrifugação
CetrifugaçãoCetrifugação
Cetrifugação
 
Deus Fala Comigo
Deus Fala ComigoDeus Fala Comigo
Deus Fala Comigo
 
Fundamentos de Qúimica Geral
Fundamentos de Qúimica GeralFundamentos de Qúimica Geral
Fundamentos de Qúimica Geral
 
carater cristão
carater cristãocarater cristão
carater cristão
 
Cap01 licao1a5
Cap01 licao1a5Cap01 licao1a5
Cap01 licao1a5
 
Avaliação bimestral dos 1º anos A e B
Avaliação bimestral dos 1º anos A e BAvaliação bimestral dos 1º anos A e B
Avaliação bimestral dos 1º anos A e B
 
Química: 1º Bimestre - 1º ano
Química: 1º Bimestre - 1º anoQuímica: 1º Bimestre - 1º ano
Química: 1º Bimestre - 1º ano
 
Introduçao ao estudo da química
Introduçao ao estudo da químicaIntroduçao ao estudo da química
Introduçao ao estudo da química
 
SOLUÇÕES - EXERCÍCIOS
SOLUÇÕES - EXERCÍCIOSSOLUÇÕES - EXERCÍCIOS
SOLUÇÕES - EXERCÍCIOS
 

Similar to Aprender Química para entender o cotidiano

Quimica 1EM 1BIM
Quimica 1EM 1BIM Quimica 1EM 1BIM
Quimica 1EM 1BIM Alice MLK
 
Telecurso 2000 quimica - volume 1
Telecurso 2000   quimica - volume 1Telecurso 2000   quimica - volume 1
Telecurso 2000 quimica - volume 1nei90
 
Química e o mercado de trabalho
Química e o mercado de trabalhoQuímica e o mercado de trabalho
Química e o mercado de trabalhoSylvia Christiane
 
Material 00_1 ano_1 trimestre (revisão).pptx
Material 00_1 ano_1 trimestre (revisão).pptxMaterial 00_1 ano_1 trimestre (revisão).pptx
Material 00_1 ano_1 trimestre (revisão).pptxGrazielaGiordaniSalv
 
MARTHA_REIS_quimica_vol_3.pdf
MARTHA_REIS_quimica_vol_3.pdfMARTHA_REIS_quimica_vol_3.pdf
MARTHA_REIS_quimica_vol_3.pdfRaiana Lima
 
Apostila análise de processos físico químicos 2014
Apostila análise de processos físico químicos 2014Apostila análise de processos físico químicos 2014
Apostila análise de processos físico químicos 2014Leandro Santana Oliveira
 
Edição Química Mortimer _ Machado - volume 2 - manual professor 291.pdf
Edição Química Mortimer _ Machado - volume 2 - manual professor 291.pdfEdição Química Mortimer _ Machado - volume 2 - manual professor 291.pdf
Edição Química Mortimer _ Machado - volume 2 - manual professor 291.pdfRaiana Lima
 
Plásticos - uma praga real que ameaça os ecossistemas e a saúde humana.pptx
Plásticos - uma praga real que ameaça os ecossistemas e a saúde humana.pptxPlásticos - uma praga real que ameaça os ecossistemas e a saúde humana.pptx
Plásticos - uma praga real que ameaça os ecossistemas e a saúde humana.pptxRenato Azevedo
 
Experimentos aiq jan2011[1]
Experimentos aiq jan2011[1]Experimentos aiq jan2011[1]
Experimentos aiq jan2011[1]Fatima Comiotto
 
Experimentos aiq jan2011_2
Experimentos aiq jan2011_2Experimentos aiq jan2011_2
Experimentos aiq jan2011_2aslanurick
 
Experimentos aiq jan2011[1]
Experimentos aiq jan2011[1]Experimentos aiq jan2011[1]
Experimentos aiq jan2011[1]Fatima Comiotto
 

Similar to Aprender Química para entender o cotidiano (20)

Cap1 licao1 - O que é química?
Cap1 licao1 - O que é química?Cap1 licao1 - O que é química?
Cap1 licao1 - O que é química?
 
Quimica 1EM 1BIM
Quimica 1EM 1BIM Quimica 1EM 1BIM
Quimica 1EM 1BIM
 
Telecurso 2000 quimica - volume 1
Telecurso 2000   quimica - volume 1Telecurso 2000   quimica - volume 1
Telecurso 2000 quimica - volume 1
 
1 aula 1 ano
1 aula 1 ano 1 aula 1 ano
1 aula 1 ano
 
Química e o mercado de trabalho
Química e o mercado de trabalhoQuímica e o mercado de trabalho
Química e o mercado de trabalho
 
Material 00_1 ano_1 trimestre (revisão).pptx
Material 00_1 ano_1 trimestre (revisão).pptxMaterial 00_1 ano_1 trimestre (revisão).pptx
Material 00_1 ano_1 trimestre (revisão).pptx
 
18 de junho de 2011
18 de junho de 201118 de junho de 2011
18 de junho de 2011
 
Fisico quimica
Fisico quimicaFisico quimica
Fisico quimica
 
Trabalho!
Trabalho!Trabalho!
Trabalho!
 
Trabalho!
Trabalho!Trabalho!
Trabalho!
 
MARTHA_REIS_quimica_vol_3.pdf
MARTHA_REIS_quimica_vol_3.pdfMARTHA_REIS_quimica_vol_3.pdf
MARTHA_REIS_quimica_vol_3.pdf
 
Apostila análise de processos físico químicos 2014
Apostila análise de processos físico químicos 2014Apostila análise de processos físico químicos 2014
Apostila análise de processos físico químicos 2014
 
1ª série introdução à química
1ª série introdução à química1ª série introdução à química
1ª série introdução à química
 
Edição Química Mortimer _ Machado - volume 2 - manual professor 291.pdf
Edição Química Mortimer _ Machado - volume 2 - manual professor 291.pdfEdição Química Mortimer _ Machado - volume 2 - manual professor 291.pdf
Edição Química Mortimer _ Machado - volume 2 - manual professor 291.pdf
 
Plásticos - uma praga real que ameaça os ecossistemas e a saúde humana.pptx
Plásticos - uma praga real que ameaça os ecossistemas e a saúde humana.pptxPlásticos - uma praga real que ameaça os ecossistemas e a saúde humana.pptx
Plásticos - uma praga real que ameaça os ecossistemas e a saúde humana.pptx
 
Experimentos aiq jan2011[1]
Experimentos aiq jan2011[1]Experimentos aiq jan2011[1]
Experimentos aiq jan2011[1]
 
50experimentos
50experimentos50experimentos
50experimentos
 
50experimentos
50experimentos50experimentos
50experimentos
 
Experimentos aiq jan2011_2
Experimentos aiq jan2011_2Experimentos aiq jan2011_2
Experimentos aiq jan2011_2
 
Experimentos aiq jan2011[1]
Experimentos aiq jan2011[1]Experimentos aiq jan2011[1]
Experimentos aiq jan2011[1]
 

More from EEB Francisco Mazzola (20)

Cap01 licao06
Cap01 licao06Cap01 licao06
Cap01 licao06
 
Separação de Materias
Separação de Materias Separação de Materias
Separação de Materias
 
Separação de Materias
Separação de Materias Separação de Materias
Separação de Materias
 
Traalho de quimica
Traalho de quimicaTraalho de quimica
Traalho de quimica
 
Separação de materiais
Separação de materiaisSeparação de materiais
Separação de materiais
 
Separação..
Separação..Separação..
Separação..
 
SEPARAÇÃO DE MATERIAS
SEPARAÇÃO DE MATERIAS SEPARAÇÃO DE MATERIAS
SEPARAÇÃO DE MATERIAS
 
Separação de materiais
Separação de materiaisSeparação de materiais
Separação de materiais
 
Separação de materiais
Separação de materiaisSeparação de materiais
Separação de materiais
 
Novo trabalho de quimica
Novo trabalho de quimicaNovo trabalho de quimica
Novo trabalho de quimica
 
Separação de materias
Separação de materiasSeparação de materias
Separação de materias
 
Separaçao de materias
Separaçao de materiasSeparaçao de materias
Separaçao de materias
 
Separação de matérias
Separação de matériasSeparação de matérias
Separação de matérias
 
Trabalho sobre cromatografia 2ª turismo
Trabalho sobre cromatografia   2ª turismoTrabalho sobre cromatografia   2ª turismo
Trabalho sobre cromatografia 2ª turismo
 
Quimica separação de materais
Quimica separação de materaisQuimica separação de materais
Quimica separação de materais
 
Traalho de quimica
Traalho de quimicaTraalho de quimica
Traalho de quimica
 
Trabalho sobre cromatografia 2ª turismo
Trabalho sobre cromatografia   2ª turismoTrabalho sobre cromatografia   2ª turismo
Trabalho sobre cromatografia 2ª turismo
 
Filtração
FiltraçãoFiltração
Filtração
 
Separação de materiais!
Separação de materiais!Separação de materiais!
Separação de materiais!
 
Quimica(1)
Quimica(1)Quimica(1)
Quimica(1)
 

Recently uploaded

A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfArthurRomanof1
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaaulasgege
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 

Recently uploaded (20)

A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 

Aprender Química para entender o cotidiano

  • 1. Aprender Química para o exercício da cidadania Para a população em geral, uma expressão do tipo “pão sem química” transmite a ideia de um pão isento de substâncias prejudiciais à saúde. Tentando transmitir a ideia desejada, essa expressão é, além de infeliz, totalmente incorreta, porque a produção do pão utiliza a farinha de trigo como matéria-prima e parte dela sofre uma reação química (denominadafermentaçao). Mesmo sem saber Química, o padeiro executa, todos os dias, essa reação. Ao utilizar a expressão “pão sem química’ uma pessoa revela desconhecer várias coisas: ● a Química não é um objeto para que possa ser colocada em um pão. A Química é uma ciência, ou seja, um ramo do conhecimento humano que visa compreender melhor alguns fenômenos que ocorrem na natureza e/ou em laboiatório, estudando-os com uma linha organizada de trabalho, denominada método científico; ● ao fazer o pão, o padeiro utiliza processos químicos (reações químicas); ● todos os objetos e materiais existentes na Terra (incluindo os pães) são constituídos por substâncias químicas. Assim, o “pão sem química” é, na verdade, um pão obtido a partir de substâncias e reações químicas, mas sem a adição de substâncias que possam ser nocivas à saúde. Analogamente, frases como “não tomo remédios, pois contêm muita química’“alimentos enlatados fazem mal porque os fabricantes adicionam muita química” ou “instalei em minha piscina um novo sistema de tratamento totalmente isento de química” também estão incorretamente elaboradas, pois confundem uma importante ciência com substâncias tóxicas ou com produtos e processos maléficos ao ser humano. Em nosso dia a dia é muito frequente encontrarmos indicações de substâncias químicas nas embalagens de alimentos, nos frascos de cosméticos, nos rótulos de produtos de limpeza, nas etiquetas de roupas, nas caixas e bulas de remédios e em tantos outros objetos.
  • 2. Da imensa variedade de produtos colocados à venda, a maioria deles, se não todos, provém de indústrias químicas ou, então, entrou em contato durante sua manufatura com produtos delas provenientes (por exemplo, sabões, detergentes, remédios, cremes dentais, cosméticos, plásticos, borracha, metais, papel, colas, tintas, álcool, sal, açúcar, vinagre, aditivos alimentares, refrigerantes, CDs e DVDs etc.). Virtualmente, tudo o que encontramos à venda se relaciona de alguma forma com a indústria química. O produto usado nas embalagens — papel, plástico, vidro ou metal — e a tinta nelas utilizada são obtidos por meio de processos químicos. Os materiais empregados na construção de casas, prédios, automóveis, aviões, embarcações, computadores e eletrodomésticos constituem outros exemplos que se relacionam com as indústrias de processos químicos, nas suas mais diferentes modalidades e especialidades.
  • 3. Os medicamentos são substâncias químicas devidamente extraídas da natureza ou fabricadas artificialmente, purificadas, dosadas e comercializadas. Do mesmo modo que substâncias químicas podem contribuir para o bem-estar da humanidade, elas também podem — se usadas incorretamente (por ignorância, incompetência, ganância ou ideologias duvidosas) — acarretar doenças, poluição do ar e das águas, desequilíbrios ecológicos e mortalidade de plantas e animais. Assim, apesar de toda a importância desta ciência e de suas aplicações, há muita confusão no que diz respeito à palavra química. É comum ouvirmos seu nome sendo usado impropriamente como sinônimo de “substâncias tóxicas”. “veneno” ou “poluição”.
  • 4. Aprender Química é se envolver num apaixonante estudo das substâncias ao nosso redor, de onde vêm, quais suas propriedades, que utilidades possuem e quais as vantagens ou os problemas que.eventualmente podem trazer à humanidade. A principal meta deste livro é ajudá-lo a compreender melhor alguns conceitos fundamentais da Química e sua relação com o cotidiano. Um cidadão participativo e capaz de tomar as melhores decisões para si e para sua comunidade precisa, entre outras coisas, ter noções claras sobre Ciência e Tecnologia. Assim, dominar os conceitos científicos e compreender os fenômenos que nos rodeiam são importantes condições para o exercício da cidadania. Os vários aspectos da Química A Química envolve uma linguagem própria Diversos ramos do conhecimento humano, por vezes, se utilizam de códigos para expressar as ideias de maneira concisa. A Química, assim como a Música, a Computação e a Eletrônica (apenas para citar alguns poucos exemplos), utiliza-se de representações que podem ser entendidas por qualquer pessoa familiarizada com elas. Ao longo deste curso de Química você vai adquirir informações que lhe permitirão entender essa linguagem. Assim, por exemplo, você em breve fará leituras do tipo:
  • 5. Uma sonata para piano escrita por Mozart (músico austríaco) pode ser entendida e interpretada tanto por um pianista chinês quanto por um brasileiro porque a linguagem das partituras musicais é universal. O mesmo acontece com a linguagem química. Isso é importantíssimo no que diz respeito à comunicação científica ao redor do mundo. A Química utiliza ferramentas de outras áreas No decorrer deste curso, você perceberá que, muitas vezes, a Química utiliza conceitos de outras áreas, principalmente da Matemática e da Física. Quando necessário, faremos um comentário preliminar sobre eles, para que você possa dominar todos os pré-requisitos necessários e entender a Química do ensino médio. O caráter experimental da Química Assim como acontece com as outras Ciências Naturais (Física, Biologia etc.), a Química baseia-se na observação de acontecimentos (fenômenos) da natureza. Mais do que isso, a pesquisa química envolve a execução de experiências em laboratório e a cuidadosa observação e interpretação dos resultados. Quando um cientista idealiza algumas experiências e obtém resultados importantes, geralmente ele os publica em revistas especializadas de circulação mundial. Sua descrição deve ser precisa o suficiente para que outros cientistas possam reproduzi- las e chegar aos mesmos resultados. Caso contrário, suas conclusões não serão aceitas pela comunidade científica mundial. Assim, uma preocupação importante relacionada com as experiências é a sua reprodutibilidade.
  • 6. O caráter puro e aplicado da Química Uma pesquisa química pode estar voltada apenas para o melhor entendimento de algum fato da natureza; nesse caso temos uma pesquisa pura. Por sua vez, ela pode estar focada em resolver um problema prático, tratando-se, então, de uma pesquisa aplicada.
  • 7. O caráter interdisciplinar da Química Como já dissemos, essa ciência possui caráter aplicado. Muitas vezes, para a resolução de um problema prático, é necessário que ela atue em conjunto com outras ciências. Ao se aliar à Engenharia, a Química tem propiciado a elaboração de novos materiais, como, por exemplo, as cerâmicas que suportam altas temperaturas, os plásticos altamente resistentes e os materiais supercondutores. A Medicina, talvez a mais antiga das ciências associadas à Química, é uma das maiores beneficiadas com os modernos avanços dessa área. Anualmente, são descobertas centenas de novas substâncias que podem atuar como medicamentos. Todas essas fascinantes aplicações que descrevemos representam apenas parte do que existe em termos de avanço científico e tecnológico ligado à Química. É importantíssimo salientar que nenhum progresso nesse campo será possível se os conceitos básicos da Química não forem bem compreendidos. São esses conceitos, discutidos ao longo deste livro, que formam o alicerce de todo o conhecimento químico atual. Embora se trate de conhecimentos básicos, você poderá perceber a grande diversidade de aplicações práticas que eles possuem.
  • 8. 3. Breve panorama histórico Entre as Ciências Naturais, pode-se dizer que a Química é uma das mais recentes. Astronomia, Física e Matemática têm uma história que remonta a muitos séculos antes de Cristo. Não há uma data específica que possamos estabelecer como “início” da Química. Podemos dizer, entretanto, que ela só se firmou como ciência no transcorrer dos séculos XVII e XVIII. Vamos, a seguir, dar uma ideia sobre isso. 3.1 A Antiguidade Há mais de 3.500 anos, os egípcios já utilizavam técnicas em que estavam envolvidas transformações químicas. Dentre elas, podemos citar a fabricação de objetos cerâmicos por meio do cozimento da argila, a extração de corantes de certos animais e vegetais, a obtenção de vinagre e bebidas alcoólicas não destiladas (vinho, cerveja) e a produção de vidro e de alguns metais. Destaca-se também a arte da conservação das múmias, na qual os egípcios atingiram alto grau de perfeição. Por volta de 478 a.C., o filósofo grego Leucipo, que vivia na costa norte do Mar Egeu, apresentou a primeira teoria atômica de que se tem notícia, e seu discípulo Demócrito a aperfeiçoou e propagou. A ideia envolvida era a seguinte: considere, por exemplo, a areia de uma praia. Vista de longe ela parece contínua, porém, observada de perto, notamos que é formada por pequenos grãos. Na realidade, todas as coisas no universo são formadas por “grãozinhos” tão pequenos que não podemos enxergar e, dessa forma, temos a impressão de que elas são contínuas. A esses “grãozinhos” foi dado o nome de átomos (do grego a, que significa “não’ e tornos, que quer dizer “divisível”). Contudo, entre os gregos, acabaram predominando as ideias de outro filósofo, Aristóteles (384-322 a.C.). Segundo ele, tudo é constituído de quatro “elementos” básicos:fogo, terra, ar e água. Essa maneira de pensar influenciou muito a evolução da Ciência ocidental, que conseguiu desvencilhar- se totalmente dessas ideias somente no século XVI, a partir do qual a Química teve considerável impulso.
  • 9. 3.2 Alquimia, a precursora da Química Após Aristóteles, a Grécia passou por um agitado período político e, gradualmente, a cidade egípcia de Alexandria assumiu a liderança científica da época. Lá, encontraram-se frente a frente a f ilosofia grega, a tecnologia egípcia e as místicas religiões orientais. Disso tudo nasceu a Alquimia, uma mistura de ciência, arte e magia, que floresceu durante a Idade Média, tendo uma dupla preocupação: a busca do “elixir da longa vida”, que garantiria a imortalidade e a cura das doenças do corpo, e a descoberta de um método para a transformação de metais comuns em ouro (transmutação), que ocorreria na presença de um agente conhecido como “pedra filosofal”. A procura pelo ouro não era motivada por razões econômicas, mas porque ele, devido à resistência à corrosão, represeiitava a perfeição divina. Contudo, muitos charlatães se aproveitaram de encenações simulando a transmutação para enriquecer à custa da boa-fé de alguns adeptos da Alquimia. Na China, as especulações dos alquimistas conduziram ao domínio de muitas técnicas de metalurgia e à descoberta da pólvora. Os chineses foram os inventores dos fogos de artifício e os primeiros a usar a pólvora em combates no século X.
  • 10. Nenhum dos dois objetivos da Alquimia foi atingido, contudo, muitos progressos no conhecimento das substâncias provenientes de minerais e vegetais foram obtidos no Ocidente e no Oriente. Prepararam-se substâncias como, por exemplo, ácido nítrico (chamado na época de aquafortis) e ácido sulfúrico (oleum vitriolum). Materiais de laboratório foram sendo gradualmente aperfeiçoados. No século XVI, o suíço Theophrastus Bombastus Paracelsus propôs que a Alquimia deveria preocupar-se principalmente com o aspecto médico em suas investigações. (Isso ficou conhecido como latro química.) Segundo ele, os processos vitais podiam ser interpretados e modificados com o uso de substâncias químicas. Sua contribuição no diagnóstico e no tratamento de alguuas doenças foi digna de nota. 3.3 Da Alquimia surge a Química Em 1597, o alemão Andreas Libavius publicou o livro Alchemia, no qual afirmava que a Alquimia tem por objetivo a separação de misturas em seus componentes e o estudo das propriedades desses componentes. Em 1661, o irlandês Robert Boyle publicou The sceptical chemist (O químico cético — cético significa desconfiado, que só acredita mediante provas), no qual atacava violentamente a concepção aristotélica de quatro “elementos”. Para Boyle, elemento é tudo aquilo que não pode ser decomposto por nenhum método conhecido. Esses dois livros são considerados, por alguns estudiosos, o marco inicial da Química.
  • 11. Há outros estudiosos que creditam a Antoine Laurent Lavoisier o mérito de ser o “pai” da Química. Os trabalhos desse cientista francês, realizados no século XVIII, deram à Química bases mais sólidas. Ele realizou experimentos controlados envolvendo medidas da massa de frascos (incluindo a dos materiais neles contidos) antes e depois de acontecerem reações químicas dentro deles. Uma de suas conclusões, a de que a massa se conserva durante as reações químicas, é considerada por alguns o marco inicial da Química. No século XIX, os trabalhos de Gay-Lussac, Dalton, Wõhler, Avogadro, Kekulé e outros, cujas conclusões também estudaremos neste livro, deram origem à chamada Química clássica. No século XX, com o grande avanço tecnológico, presenciou-se uma vertiginosa evolução do conhecimento químico. O átomo teve sua estrutura interna pesquisada, elementos artificiais foram sintetizados e modernas técnicas de investigação foram desenvolvidas, utilizando conceitos de Química, Física, Matemática, Computação e Eletrônica.