Este documento apresenta um fluxograma completo para o gerenciamento de resíduos sólidos, desde a prevenção até a disposição final, visando minimizar impactos ambientais e melhorar a utilização de recursos naturais. Ele descreve os principais tipos de resíduos, requisitos legais, conceitos, etapas do gerenciamento que incluem geração, armazenamento, transporte, tratamento e destinação final.
Gerenciamento completo de resíduos sólidos da prevenção à disposição final
1.
2. Objetivo
• Elaborar o fluxo completo do gerenciamento
de resíduos sólidos, da prevenção a disposição
final, buscando minimizar os impactos
ambientais e aperfeiçoar a utilização de
recursos naturais, de modo a atender aos
requisitos aplicáveis.
4. 1. CENÁRIO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS
“ Todas as atividades geram
resíduos.”
5. Principais causas da geração de
resíduos sólidos
• Crescimento demográfico
• Mudança ou criação de novos hábitos
• Melhoria do nível de vida
• Desenvolvimento industrial
14. Definição
Resíduos Sólidos: material, substância, objeto ou bem
descartado resultados de atividades humanas em sociedade, a
cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está
obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem
como gases contidos em recipientes e líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede
pública de esgotos ou em corpos d´água, ou exijam para isso
soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da
melhor tecnologia
15. Definição
Rejeitos: resíduos sólidos que depois de esgotados todas as
possibilidades de tratamento e recuperação por processos
tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis não
apresentam outra possibilidade que não a disposição final
ambientalmente adequada
17. Logística Reversa
O ponto principal da logística reversa é cuidar do produto após a
sua utilização, fazendo com que ele seja reutilizado, diminuindo
custos e impactos ambientais, como contaminação do solo. O
resíduo industrial é um dos mais graves problemas ambientais
20. Responsabilidades
• Os geradores de resíduos sólidos
serão responsáveis pelo transporte,
armazenamento, reciclagem,
tratamento e disposição final dos
seus resíduos;
• O gerador poderá encaminhar seu
resíduo às unidades receptoras,
desde que devidamente licenciadas
pelo órgão ambiental competente
para manipular, reciclar, tratar e
dispor resíduos especificados no
processo licenciatório e mediante
autorização específica para o
transporte de resíduos perigosos.
Gerador
Licença Ambiental!
21. 4. RESPONSABILIDADES
• Fornecer equipamentos para
situação de emergência e EPI
• Dar manutenção e uso adequado ao
veículo e equipamentos
• Instruir pessoal quanto a correta
utilização dos equipamentos de
emergência em acidentes ou avarias
• Realizar as operações de transbordo
observando as recomendações e
procedimentos do expedidor
Transportador
Licença Ambiental!
22. Responsabilidades
• Por qualquer acidente que cause
danos ao meio ambiente ou a
terceiros , verificado nos locais de
estocagem, tratamento e
disposição dos resíduos
• Responsabilidade pela correta e
ambientalmente segura gestão do
resíduo recebido do gerador.
Receptor
Licença Ambiental!
23. CIVIL
Reparação do dano
Indenização a coletividade e ao indivíduo
ADMINISTRATIVA
Advertência
Multa simples de R$ 50,00 a 50 milhões
Multa diária
Apreensão de animais/produtos
Destruição ou inutilização do produto
Suspensão da venda e fabricação do
produto
Embargo de obra ou atividade
Demolição da obra
Suspensão parcial ou total das atividades
Restritiva de direitos
PENAL
Privativas de liberdade
Restritiva de direitos
Multa
Responsabilidades
24. 5. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO
DE RESÍDUOS SÓLIDOS
A. Geração
B. Caracterização/Classificação
C. Acondicionamento
D. Identificação
E. Coleta Interna
F. Armazenamento
G. Transporte externo
H. Reuso/Reciclagem
I. Tratamento
J. Destinação final
K. Plano de gerenciamento
27. Levantamento das fontes de
geração de resíduos
• Entender o propósito da avaliação
• Determinar a abordagem
• Examinar registros da empresa
• Realizar uma inspeção visual
• Conduzir uma seleção dos resíduos armazenados
• Documentar os resultados da avaliação
28. B. Caracterização/Classificação
ABNT NBR 10.004 de 30/11/2004 – Resíduos
sólidos Classificação
• Classe I : Perigosos
• Classe II: Não perigosos
– II A: Não inertes
– II B: Inertes
29. • Classe I: Aqueles que apresentam periculosidade, ou seja,
resíduos que em função da sua características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e
patogenicidade, podem apresentar risco á saúde pública ou
efeitos adversos no meio ambiente ou constem nos anexos A
ou B da norma NBR 10.004.
• Exemplos: borra de tinta, lodo de ETE, lâmpada fluorescente,
mercúrio, óleo hidráulico e lubrificante, borra de retifica,
solvente, embalagens e resíduos contaminados com produtos
químicos (tinta, óleo, cola)
30. • Classe II A – Não inertes
Aqueles que não se enquadram na Classe I – Perigosos ou
classe II B- Inertes. Podem ter propriedades com
combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em
água.
• Exemplo: restos de alimentos, não recicláveis, adesivos,
recicláveis (papel, plástico e metal), areia de fundição,
madeira, materiais texteis, bagaço de cana, tetra-pack etc.
31. • Classe II B – Inertes
Quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma
representativa, segunda a NBR 10.007, e submetidos a um
contato dinâmico e estático com água destilada ou
desionizada, á temperatura ambiente, conforme NBR 10.006,
não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a
concentrações superiores aos padrões de potabilidade da
água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.
Exemplo: vidro, borracha de difícil decomposição, certos
plásticos, resíduos da construção civil.
32. C. Acondicionamento
As forma de acondicionamento dos resíduos envolvem aspectos
como modelo, dimensões, quantidade, localização e formas de
identificação dos coletores por exemplo:
• Contentores
• Big-bags
• Caixas
• Contêineres (lixeiras/carrinhos)
• Tambores e bombonas
• Caçambas
• Baias
33. Acondicionamento
Os recipiente para resíduos perigosos não podem ser
reutilizáveis e devem ser encaminhados a destinação final, além
disso devem:
• Ter dimensão apropriada
• Ser compatível com quantidade gerada
• Ser robusto (estrutura, compatibilidade, resistência para
vazamento)
• Ser impermeável
• Ser ergonômico
• Considerar o posicionamento no sentido de facilitar o descate
e a coleta e higienização periódica.
35. Acondicionamento
A resolução ANTT 420/04 estabelece que as
embalagens utilizadas no transporte de
produtos perigosos deverão ser certificadas por
Organismos de Certificação de Produtos (OCP)
acreditados pelo INMETRO
36.
37.
38. D. Indentificação
A resolução ANTT 420/04 e NBR 7.500 estabelecem que as
embalagens utilizadas no transporte terrestre de produtos
perigosos deverão ser devidamente identificadas
41. E. Coleta Interna
A coleta interna é um fator de risco e para o correto manuseio
deve ser levado em consideração
• Equipamentos compatíveis
• Peso e forma do resíduos a ser manuseado
• Familiaridade dos funcionários com os equipamentos
Podem ser utilizados para coleta interna:
• Carrinho de mão
• Empilhadeira
• Caminhão de carroceria
• Caminhão tipo roll on roll off
• Caminhão tipo poliguindaste
42. F. Armazenamento
A NBR 11.174 e 12.235 definem respectivamente os requisitos mínimos
necessários para o armazenamento de resíduos não perigosos e perigosos.
Para tanto, deve-se considerar:
• Geografia e hidrologia do local
• Distanciamento de núcleos populacionais
• Layout isolamento sinalização e controle
• Cobertura, ventilação
• Impermeabilização, bacia de contenção
• Sistema e válvula de drenagem
• Identificação das embalagens
• Inspeções periódicas
43. Armazenamento Internos
• Programa de controle de
armazenamento/estocagem
• Procedimento de segurança
• Segregação e compatibilidade
• Caixa de contenção
• Treinamento da operação
• Licenciamento ambiental
46. G. Transporte Externo
Remoção dos resíduos até a unidade de tratamento ou
disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a
preservação das condições de acondicionamento, integridade
dos trabalhadores, da população, meio ambiente, e de acordo
com a legislação ambiental.
• Principais legislações ANTT
www.antt.gov.br
• E manual da ABIQUIM
50. Transporte Externo
• No painel de segurança o número da ONU é composto por quatro
algarismo, que deve ser fixado na parte inferior do painel de segurança,
servindo para a identificação de uma determinada substância ou artigo
classificado como perigoso. Por exemplo:
52. Transporte externo
A documentação que devem ser utilizadas par o transporte
externo são:
• Nota Fiscal
• MTR (Manifesto de Transporte de Resíduos)
• Ficha de emergência
• Envelope de Emergência
• CADRI
53. H. Reuso/Reciclagem
A reciclagem, através do reuso ou recuperação de resíduos é
uma das formas mais atraentes dos problemas de
gerenciamento de resíduos, tanto do ponto de vista empresarial
como dos órgãos de proteção de meio ambiente.
Isso porque diminui a quantidade de resíduos lançados no meio
ambiente, além de contribuir para a conservação dos recursos
naturais.
No Brasil, até o momento, esta obrigatoriedade existe apenas
para os resíduos de óleos lubrificantes.
54. Materiais recicláveis
• borra de Tinta;
• borra de Retífica;
• solventes;
• abrasivos;
• resíduos de Construção Civil (CONAMA 307/02);
• óleo lubrificante e solúvel;
• lâmpadas fluorescentes; e
• resíduos recicláveis: Papel, Papelão, Plástico, Metal,
Tetrapak.
55. Bolsa de Resíduos
Reciclar Para incentivar as atividades de reciclagem, tem sido criados em
muitos países, inclusive no Brasil, sistema de troca de informações através da
“Bolsa de Resíduos”. Os interessados podem consultar diretamente o
vendedor ou doador ou comprar um determinado resíduo.
59. J. Disposição final
Lixão: é uma forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos, que se
caracteriza pela simples descarga do lixo no solo sem medidas de proteção ao
meio ambiente ou á saúde pública. O mês
mo que descarga de resíduos a céu aberto.
60. Disposição final
Aterro sanitário: é um processo utilizado para a disposição de
resíduos sólidos no solo, fundamentado em critérios de
engenharia e normas operacionais específicas, permite um
confinamento seguro em termos de controle de poluição á saúde
pública
61.
62. L. Plano de Gerenciamento de
Resíduos
Planilha onde são inseridas todas as
informações relativa aos resíduos.
64. Índices de sustentabilidade PBQP-H
• São considerados indicadores da qualidade obrigatórios os
voltados à sustentabilidade dos canteiros de obras da
empresa, devendo minimamente ser os seguintes:
• Indicador de geração de resíduos ao longo da obra: volume
total de resíduos descartados (excluído solo) por trabalhador
por mês – medido mensalmente e de modo acumulado ao
longo da obra em m³ de resíduos descartados / trabalhador.
• Indicador de geração de resíduos ao final da obra: volume
total de resíduos descartados (excluído solo) por m² de área
construída – medido de modo acumulado ao final da obra em
m³de resíduos descartados / m³ de área construída.
65. Índices de sustentabilidade PBQP-H
Classes:
• Classe A: Os resíduos denominados de Classe A são aqueles
que podem ser reutilizados ou reciclados na própria obra
como agregados.
Exemplos de materiais: materiais cerâmicos, tijolos, azulejos,
blocos, telhas, placas de revestimento, argamassa, concreto e
solos resultantes de obras de terraplanagem.
Destino: se não forem aproveitados na própria obra, esses
resíduos devem ser encaminhados para usinas de reciclagem ou
aterros de resíduos da construção civil e armazenados de modo
a permitir sua reutilização ou reciclagem futura.
.
66. Índices de sustentabilidade PBQP-H
• Classes:
• Classe A: Os resíduos denominados de Classe A são aqueles
que podem ser reutilizados ou reciclados na própria obra
como agregados.
Exemplos de materiais: Materiais cerâmicos, tijolos, azulejos,
blocos, telhas, placas de revestimento, argamassa, concreto e
solos resultantes de obras de terraplanagem.
Destino: Se não forem aproveitados na própria obra, esses
resíduos devem ser encaminhados para usinas de reciclagem ou
aterros de resíduos da construção civil e armazenados de modo
a permitir sua reutilização ou reciclagem futura.
.
67. Índices de sustentabilidade PBQP-H
• Classes:
• Classe B: Os resíduos denominados de Classe B são aqueles
que podem ser reciclados para outras utilizações.
Exemplos de materiais: Papel e papelão, plásticos, metais,
vidros, madeiras e gesso(separado).
Destino: Recomenda-se a separação destes materiais no canteiro
de obras em recipientes devidamente sinalizados. A madeira
pode ser armazenada em baias ou caçambas identificadas. Eles
devem ser reutilizados na própria obra quando possível, ou
encaminhados a empresas ou cooperativas licenciadas que
façam sua reciclagem. Também podem ser enviados às áreas de
transbordo e triagem (ATTs), que lhes darão destinação
adequada.
.
68. Índices de sustentabilidade PBQP-H
• Classes:
• CLASSE C: Os resíduos denominados de Classe C são aqueles
que não podem ser reciclados ou recuperados. Ao lidar com
esses materiais é importante evitar ao máximo o desperdício.
Exemplo: Manta asfáltica, lã de vidro, fórmica, peças de fibra de
nylon, Gesso (caso sua cidade não tenha centro de coleta) etc.
Destino: Recomenda-se a separação destes materiais no canteiro
de obras em recipientes devidamente sinalizados. Verificar com
o fabricante a logística reversa.
69. Índices de sustentabilidade PBQP-H
• Classes:
• CLASSE D:Os resíduos denominados de Classe D são aqueles
considerados perigosos e capazes de causar riscos à saúde
humana ou ao meio ambiente, se gerenciados de forma
inadequada. Podem ser tóxicos, inflamáveis, reativos (capazes
de causar explosões) ou patogênicos (capazes de transmitir
doenças).
Exemplos de materiais: tintas, solventes (e materiais que
contenham solventes, como o primer utilizado em
impermeabilizações), ferramentas ou materiais de Classe A, B ou
C contaminados, etc.