O documento discute estratégias para promover a apropriação comunitária dos telecentros, incluindo divulgação nos locais da comunidade, esclarecer que o telecentro pertence à comunidade, e incentivar o compartilhamento de experiências. Também aborda a formação do Conselho Gestor, sugerindo diretrizes flexíveis e processos iniciais de amadurecimento.
Relato do Grupo de trabalho - Apropriação comunitária - 2º Seminário da Rede de Formação - TelecentrosBR
1. GRUPO DE TRABALHO
APROPRIAÇÃO COMUNITÁRIA
Ponto de partida:Nas iniciativas que conheço/ participei, o que é feito que promove apropriação
comunitária? Como trazer essa experiência para o Telecentros BR?
Para promover apropriação comunitária:
–divulgação dos telecentros em escolas, postos de saúde, mídia local, etc.
–Esclarecer que o telecentro é de todos, e não propriedade da entidade.
–Importante fazer o acompanhamento dessa apropriação – como saber, também, que o conselho
gestor funciona?
–Mobilizar entidades de classe organizadas.
–Como incentivar o registro e compartilhamento das experiências, processos, projetos, etc? - dar
visibilidade à comunidade.
–Oferecer ao monitor subsídios para contar aos outros o que é e o que pode um telecentro.
–Promover uma rede entre os telecentros e monitores para fortalecê-los.
–Pensar o telecentro como espaço de política pública, espaço público e político, de busca de
direitos.
–Produzir e publicar coisas da comunidade, produzidas pelas pessoas.
–Propostas de ações pautadas na comunidade: mobilização, sensibilização e temas geradores.
–E diferencial deste projeto a apropriação comunitária dos telecentros (em oposição a lan house)
–O monitor pode participar de encontros de outros movimentos sociais para conhecer e trazer para
perto, promovendo uma articulação.
–Telecentro: espaço de acolher.
–O monitor deve perceber que o telecentro não é um espaço tradicional de escola e que, ali, vai
resolver conflitos cotidianos.
–Como conciliar a vontade do proponente com os interesses da comunidade, as diretrizes do
TelecentrosBR e as vocações do telecentro?
–Orkut e msn – ferramentas de múltiplos usos. Como aprender a usar essa rede? Essas redes
também são formas de apropriação da comunidade.
–Explicar para que serve um CG
–Garantir produção de conteúdo local.
–Dimensionar volume de trabalho e participação – preocupação com excesso de tarefas do monitor.
–Como possibilitar acompanhamento e apoio.
–Como promover vínculos em açôes online? O que pode uma conversação a distância?
–Pensar ferramentas que promovam a articulação da comunidade.
–Integrar ações de mobilização na formação.
Mapeamento do campo de relações do monitor
2. –localizar, para o monitor, os atores envolvidos, papéis e responsabilidades.
Mapeamento do entorno/comuniddade:
–mapear as lideranças – pessoas/entidades com participação política ativa (pastorais, associações,
igrejas, movimentos sociais locais)
–entender o que a comunidade quer e trazer grupos locais para dentro
–experiências com o tema, para ofertar: Maurício, Beá, Paulo, Juliane
–mapear constantemente na comunidade: o motiva a buscar um telecentro? - manter sempre essa
pergunta atrás da orelha.
–A região onde este telecentro está tem uma cara e traz demandas: como perceber isso?
–Estratégias de mapeamento: questionários, pesquisas, questões simples que colham interesses da
comunidade.
–Mapeamentos ao vivo.
–Pesquisa Rits de satisfação (Beá e Maurício podem disponibilizar)
–Estratégia: mobilização de recursos (Beá tem essa referencia)
–Território como espaço geográfico e social (Juliane pode trazer essa referencia).
–Roteiro de diagnóstico – perguntas comuns e atender especificidades locais.
Conselho Gestor (CG):
–Garantir flexibilidade: os regimentos e estatutos podem ser construídos pelos conselhos, a partir de
exemplos oferecidos por nós.
–Garantir representatividade – com fazer com que o conselho não seja formado só por uma
“galerinha?”
–Faz parte das discussões do CG: funcionamento dos telecentros, finanças, usos dos telecentros e
gestão.
–Realizar plenárias com a comunidade para discutir o projeto, o conselho, perceber a importância
política do espaço, construir coletivamente o regimento e estatuto.
–Conselhos consultivos, que se tornam deliberativos – trata-se de um processo de amadurecimento.
–Podem deliberar sobre horários e usos dos telecentros e fiscalizar a ação do monitor. Voluntários
da comunidade que quiserem propor ações no telecentro podem se dirigir ao conselho gestor.
–Exemplos interessantes: São Paulo, Pará.
–Dar formato amplo, geral, para garantir a singularidade.
–Levantar documentos e selecionar personagens da comunidade que narrem experiências de CG,
exitosas ou não – cardápio de experiências a oferecer ao monitor.
–Oferecer recomendações – linhas gerais.
–Mais fácil formar um CG com o telecentro em ação, quem mobiliza é o monitor.
CONSELHO GESTOR
3. Ofertas:
- conjunto de diretrizes base, que norteie a constituição do CG e permita a abertura para a
diversidade
- narrativas, documentos, depoimentos – cardápio de experiências com Conselho Gestor (quem
oferece: pólos sul, sudeste, norte e ceará)
Diretrizes:
. Quem faz a mobilização para o CG é o monitor;
. É importante a realização de uma ou mais assembléias (garantir representatividade) para a
constituição do Conselho Gestor;
. O CG começa consultivo e se torna deliberativo, em um processo de amadurecimento;
. O CG inicial, previsto no Manual, pode ser intitulado “Conselho em Formação”, e seja
constituído como processo de apropriação comunitária nos 3 primeiros meses após a implementação
do telecentro.
Quem valida quem vão ser os
monitores nesse primeiro momento
pode ser a entidade proponente, para
garantir que o CG se forme ao longo
do tempo, como estratégia de
apropriação comunitária.