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ETEC GUARACY SILVEIRA




COMPARATIVO ENTRE O LIMÃO (Citrus
   latifoli), A ÁGUA SANITÁRIA E O
   DETERGENTE PARA O USO NA
       LIMPEZA DOMÉSTICA




                                Camila Silveira n°03
                                Fernanda Lima n° 06
                                 Keila Barbosa n° 14
                                Tatiane Penha n° 28




             SÃO PAULO
                2011
ETEC GUARACY SILVEIRA




COMPARATIVO ENTRE O LIMÃO (Citrus
   latifoli), A ÁGUA SANITÁRIA E O
   DETERGENTE PARA O USO NA
       LIMPEZA DOMÉSTICA



                               Trabalho de conclusão de Curso
                          apresentado a ETEC Guaracy Silveira
                                   para a obtenção do título de
                                   Técnico em Meio Ambiente.
           Profª Orientadora: Fátima Alessandra Deanne Buonno




              SÃO PAULO
                   2011


                                                             2
AGRADECIMENTOS




Agradecemos nesse trabalho a nossa orientadora Profª. Fátima Alessandra pela
convivência diária e também a todos os professores que trilharam conosco esse
                                                                     caminho.


       Agradecemos aos amigos que participaram direta e indiretamente para a
                                                conclusão do nosso trabalho.


  E também a nossos familiares que nos apoiaram e nos mantiveram firmes em
                                                     nossos objetivos iniciais.




                                                                             3
“Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as
   grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível”.


                                                           Charles Chaplin.




                                                                         4
RESUMO
       O presente trabalho compara as ações de limpeza, aplicações, impactos e
biodegradabilidade no meio, dos compostos químicos: detergente , água sanitária e
o biolternativo limão (Citrus latifoli), com o objetivo de apresentar uma alternativa
acessível a maior parte da população e menos impactante ao meio.
       O uso desenfreado dos produtos de limpeza causa impactos ao homem, e muitas
vezes impactos irreversíveis ao meio, a eutrofização dos corpos hídricos é o mais
preocupante dentre os impactos, uma vez que um corpo hídrico contaminado com
detergente, não consegue ser recuperado facilmente dependendo do seu grau de
contaminação. Outro impacto preocupante, em relação ao uso desses produtos, é o alto
grau de toxidade da água sanitária, que pode afetar drasticamente o aparelho reprodutor,
fígados, rins do homem, além de poder levar um ser humano a morte por intoxicação. O
limão viria como uma alternativa, para a substituição no uso desses produtos, visando
a viabilidade no plantio, as condições climáticas favoráveis no Brasil, a acessibilidade de
custo e principalmente sua eficácia na remoção de sujeiras e desinfecção.


ABSTRACT
       This study compares the actions of cleaning applications, impacts and
biodegradability in the middle of the chemicals: detergent, bleach and organic lime (Citrus
latifolia), with the aim to present an affordable alternative to most people and less intrusive
to                                         the                                         middle.
        The rampant use of cleaning products cause impacts to human, and often
irreversible impacts to the environment, eutrophication of water bodies is among the most
worrying impacts, once a water body contaminated with detergent, can not easily be
recovered depending on the their degree of contamination. Another impact of concern in
relation to the use of these products is the high degree of toxicity of bleach, which can
dramatically affect the reproductive system, liver, kidneys of human, and can lead a
human being to death by intoxication. The lemon would come as an alternative to replace
the use of these products and to the viability of planting, favorable weather conditions in
Brazil, affordability an especially its effectiveness in removing dirt and disinfection.




Palavra Chave: Água Sanitária, Bioalternativo, Detergente, Limão.




                                                                                             5
ÍNDICE

RESUMO.................................................................. Erro! Indicador não definido.
ABSTRACT .............................................................. Erro! Indicador não definido.
INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7
MATERIAIS E MÉTODOS....................................................................................... 7
OBJETIVO............................................................................................................... 8
1-DETERGENTE..................................................................................................... 8
   1.1-AÇÃO DO DETERGENTE............................................................................. 9
   1.2 - CLASSIFICAÇÃO DOS TENSOATIVOS ................................................... 11
   1.3 - BIODEGRADABILIDADE DO DETERGENTE ........................................... 13
   1.4 – O IMPACTO AMBIENTAL DO DETERGENTE ......................................... 15
   1.5 – O IMPACTO DO FOSFATO ..................................................................... 16
2 – LIMÃO ............................................................................................................. 18
   2.1 – COMPOSIÇÃO ......................................................................................... 18
   2.2 – ORIGEM ................................................................................................... 20
   2.3 – CULTIVO .................................................................................................. 23
   2.4 BIODEGRADABILIDADE............................................................................. 29
   2.5 APLICAÇÕES NA LIMPEZA ........................................................................ 29
   2.6 - CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO .................................................................... 31
3 – ÁGUA SANITÁRIA .......................................................................................... 32
   3.1 DEFINIÇÃO ................................................................................................. 32
   3.2 ORIGEM ...................................................................................................... 34
   3.3 - IMPACTOS ................................................................................................ 34
   3.4 - AÇÃO NA LIMPEZA .................................................................................. 36
   3.5 – BIODEGRADABILIDADE.......................................................................... 36
4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................... 37
5-CONCLUSÃO .................................................................................................... 38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 40




                                                                                                                        6
INTRODUÇÃO
      O uso desenfreado do detergente gera muitos impactos ao nosso meio, tais
como alterações nas propriedades físicas, químicas e biológicas da água,
tornando-a prejudicial ao homem e às outras formas de vida, ou impróprias para
um determinado uso estabelecido (SANTA ROSA 2009). Essa carga de poluição
decorrente da presença desses detergentes sintéticos na rede de esgotos
domésticos é pequena, se comparada a de outros poluentes (resíduos, dejetos
orgânicos, etc), apesar disso, ela pode contribuir de maneira bastante
desfavorável para a poluição das águas receptoras e pode dificultar os
procedimentos normais de tratamento de esgotos residuais (BORSATO, 2004).
      De acordo com PERUZZO, (2003) dentre os impactos dos detergentes que
vão pra rede de esgoto, podem formar uma camada de espuma na superfície da
água, que impede a entrada de oxigênio, essencial para a vida dos peixes. Esta
obstrução é mais evidente em rios cuja vazão é pequena e as águas, agitadas
(ZAGO et al 2011).
      O uso excessivo dos produtos convencionais de limpeza, podem causar
danos também à saúde, através de micoses, reações alérgicas e ressecamento
cutâneo, esses produtos, "contêm muitas substâncias químicas e acabam
removendo o manto lipídico da pele, uma espécie de cobertura, composta por
ceras e agentes hidratantes, que produzimos diariamente para servir como
barreira. Por isso, o ressecamento é imediato" (AGOSTINI, 2009).
      Buscando uma alternativa aos produtos químicos que degradam o meio
ambiente o limão torna-se eficiente na limpeza e desinfecção por suas
características ácidas e por ser acessível ao consumidor (CINTRA 2011,
BUCHALA 2009 e RINALDI 2011)


MATERIAIS E MÉTODOS
      O presente trabalho foi realizado baseado em leituras reflexivas de artigos
científicos e jornalísticos como também de livros relacionados ao processo de
fabricação dos sabões e detergentes, sua biodegradabilidade e os impactos no



                                                                               7
ambiente decorrente ao seu uso. Foram também, analisados trabalhos
semelhantes focados no limão., sua composição e ação na higienização e limpeza
doméstica.
        Após essas leituras foi feita uma análise acerca do tema que serviram de
base para o desenvolvimento do trabalho.


OBJETIVO
      O objetivo do nosso trabalho visa demonstrar, através de levantamento
bibliográfico que a utilização de produtos bio-alternativos é viável, acessível e
pode reduzir a utilização de detergentes e produtos similares que causam danos
ao ambiente e à saúde humana.


1-DETERGENTE
        O termo detergente origina-se do latim “detergere”, que tem como
significado limpar, fazer desaparecer (BORSATO, 2004), segundo a ANVISA
(2011) através da RESOLUÇÃO NORMATIVA n° 1/78, detergente é um produto
formulado para promover o fenômeno de detergência (aquele que remove sujeira)
formado por um composto chamado tensoativo*
        De acordo com CASTRO (2001) e SIRONI (2009) detergentes por definição
são substâncias inorgânicas ou orgânicas que apresentam propriedade de reduzir
a tensão superficial da água e modificando as proriedades da mesma.
        Definido por NETO et al (2011) a tensão superficial é uma propriedade dos
líquidos que está relacionada as forças de atração e repulsão entre as moléculas,
como se houvesse uma membrana invisível que causa resistência à penetração.
        A tensão superficial da água em condições normais é de 72 dinas*/cm à
20°C, para reduzir essa tensão, é necessário reduzir esses valores entre 30 a 40
dinas/cm (CASTRO, 2011).




                                                                          -5
*Dimas: Unidade de medida padrão para representação de força, equivale a 10 N (Newtons).
*Tensoativo: Substâncias que podem reduzir a tensão superficial dos líquidos.



                                                                                           8
1.1-AÇÃO DO DETERGENTE
       A ação de limpeza dos detergentes ocorre devido a introdução na
composição do mesmo de um agente chamado tensoativo, capaz de promover a
redução de valores na tesão superficial da água e elevada afinidade com
interfaces, ou seja, tende a misturá-las, por exemplo, entre a substância líquido e
entre a oleosa (CASTRO 2011).
       Em outras palavras modificam as propriedades de uma camada superficial
que separa duas fases em contato; esta propriedade está ligada a estrutura dos
tensoativos que possuem na mesma molécula uma parte polar, solúvel em água
(hidrofílica) e uma parte não polar insolúvel em água (hidrofóbica). Na superfície
do líquido a parte hidrofílica da substância tensoativa adere as móleculas de água
quebrando sua atração intramolecular, reduzindo dessa forma a tensão superficial.
(CASTRO 2011 e MIRSILI 2011).




Figura 1: Estrutura de um tensoativo

       Na tabela 1, observar-se a redução da tensão superficial da água, devido a
pequenas adições de um tipo de tensoativo, pode ser observado que mesmo em
concentrações baixíssimas, os tensoativos reduzem de forma apreciável, a tensão
superficial da água (CASTRO 2011):




                                                                                 9
TENSOATIVO ADICIONADO (%) TENSÃO SUPERFICIAL (dinas/cm)

                 Controle (nihil*)                                    72,8
                       0,001                                          31,1
                        0,01                                          28,9
                         0,1                                          28,7
                         1,0                                          28,8

Tabela 1: Relação entre a adição de um tensoativo e a diminuição da tensão superficial

        Os tensoativos são substâncias responsáveis pela remoção da sujeira
fazendo com que ela seja removida devido a formação de micelas (MIRSILI 2011)
que são estruturas formadas quando os tensoativos entram em contato com a
água. Elas são estruturas geralmente esféricas formadas de uma maneira que a
parte apolar do tensoativo fica voltada para dentro da esfera aprisionando o óleo
enquanto a parte polar fica voltada para água. Elas também envolvem e deslocam
as partículas de sujeira de natureza lipofílica* para o interior das micelas,
mantendo as partículas de gordura em suspensão não permitindo que elas voltem
a ter contato com a água (MIRSILI 2011).




Figura 2: Estrutura da molécula de detergente e Micela


*Nihil: sem adição de tensoativo
*Lipofílica: indica que esta parte da estrutura tem afinidade com a gordura.




                                                                                         10
A portaria nº353/1998 da ANVISA define que tensoativo biodegradável é
toda a substancia química com características tensoativas que está susceptível a
degradação e decomposição por microorganismos, essa degradação não pode
gerar substâncias com grau de toxidade maior do que o da substância tensoativa
original (ANVISA 2011).
      Um aspecto positivo do detergente, conforme protocolo sugerido pelo
CRAM (Centro de Recuperação de Animais Marinhos), é no seu uso na
reabilitação de aves afetadas por óleo, feito obrigatoriamente no banho do animal
em detergente neutro líquido com enxágüe feito com água quente e corrente para
livrar-lhe do óleo. (RUOPPOLO, 2004).


1.2 - CLASSIFICAÇÃO DOS TENSOATIVOS


1.2.1 - ANIÔNICOS
      Segundo BORSATO (2004) e CASTRO (2001) tensoativos aniônicos são
aqueles que apresentam carga negativa em sua fase hidrofílica, e seu Carbono
(C), liga-se ao enxofre (S) e ao fósforo (P). Esse é o tensoativo mais usado na
fabricação de detergentes pois possui excelente poder de detergência e poder
espumante, é essa a categoria mais importante levando em consideração seu
volume utilizado mundialmente, dentre os tensoativos aniônicos mais utilizados na
produção de detergentes estão o alquilbenzeno de sódio (C6H4(SO3H)(CS2)10CS3),
dodecilbenzeno     sulfonado    de      sódio   (LAS,   de    fórmula    química
C7H15CH(C6H4SO3Na)C4H9) e o dodecilbenzeno sulfonado de cálcio.
      Como aponta BORSATO (2004) sua desvantagem se dá por problemas de
solubilidade em água o que influencia negativamente o risco de turvação dos
mananciais, além disso, esse tipo de tensoativo tem um impacto direto na saúde
humana causando irritação e perda de umidade na pele do consumidor. A
utilização desse tipo de tensoativo passou a ser regulamentada a partir da década




                                                                               11
de 80 devido a observação de seus negativos impactos ambientais nos cursos de
água    e    estações     de    tratamento      devido    a    sua    taxa    insuficiente    de
biodegradabilidade no ambiente, fazendo-se necessário a imposição da lei e
método que exige uma degradação mais rápida do tensoativo.
1.2.2 – CATIÔNICOS
       BORSATO (2004), diz que tensoativos catiônicos são aqueles que
apresentam carga positiva em sua fase hidrofílica e seus quatro átomos de
carbono (C) ligam-se diretamente aos átomos de nitrogênio (N). Não são
comumente usados na fabricação de detergentes domésticos,pois não possuem
um poder de detergência eficiente, agem normalmente como lubrificantes com
poder de eliminar a eletricidade estática na composição dos amaciantes.




Gráfico 1: Variação da tensão superficial da água com o tipo e a concentração do tensoativo


1.2.3 - NÃO-IÔNICOS
       BORSATO (2004) e CASTRO (2001) descrevem os tensoativos não–
iônicos como aqueles que não apresentam nenhuma carga em suas moléculas,
ligando-se através de pontes de hidrogênio*. Possui ação de limpeza eficiente e
baixa formação de espuma, são usados na produção de detergentes líquidos (em
conjunto com tensoativos aniônicos potencializado suas ações tensoativas
individuais), detergente em pó para lavagem de roupas e em produtos de higiene

*Pontes de Hidrogênio: são interações que ocorrem entre o átomo de hidrogênio e dois ou mais
átomos, de forma que o hidrogênio sirva de "elo" entre os átomos com os quais interagem.



                                                                                              12
pessoal como xampus e pastas de dentes.


1.2.4 – ANFÓTEROS
        São compostos por estruturas moleculares com grupamento ácido e básico,
podendo ter comportamento aniônico ou catiônico, dependendo do meio que estão
presentes. São comumente usado nas formulações de produtos higiênicos pois
são facilmente solúveis em água mas com poder de detergência e formação de
espuma pouco eficiente para a limpeza doméstica. (BORSATO 2004 e CASTRO
2001)


1.3 - BIODEGRADABILIDADE DO DETERGENTE
        Os primeiros detergentes produzidos apresentavam problemas com a
degradação no meio ambiente e tornavam-se altamente poluidores. Eles causam
a formação de espuma cobrindo a superfície dos rios, e estações de tratamento de
rede e esgoto. Nessa época a base para a fabricação do detergente era o
propeno, (C3H6), um gás incolor.
        Este composto usado na fabricação originava tensoativos com cadeias
ramificadas, e de difícil degradação pelas bactérias. Esse tipo de detergente foi
com o passar do tempo sendo substituído por outros que possuíam
degradabilidade (NETO et al 2011).
        Segundo INDI (2011) e ROCHA et al (2004), a biodegradação de um
tensoativo é definida através da destruição dos compostos químicos pela ação
biológica dos organismos vivos (microorganismos aeróbios como Scheria coli),
resultando na formação de água (H20), gás carbônico (CO2), gás carbônico e sais
inorgânicos.
        O processo de deteriorização de um produto depende da capacidade de um
microorganismo e produzir enzimas* degradativas adequadas: esse processo é
chamado de biorremediação, onde organismos vivos, normalmente plantas e
microorganismos são usados para remover ou reduzir o poluente no ambiente
(BELLINASSO et al 2005 e SIRONI 2009).
*Enzimas: As enzimas são proteínas especializadas na catálise de reações biológicas.




                                                                                       13
Um detergente quando não biodegradável é ruim para o meio ambiente
mas valorizado por quem os fabrica pois a estabilidade dos tensoativos e suas
ligações conferem ao produtos final um tempo quase infinito para sua
deterioração, ou seja, pois sua validade é indeterminada (ROCHA et al 2004).
      As diferenças encontradas entre os sabões e detergentes situam-se,
principalmente, em sua forma de atuar em águas duras e águas ácidas. Os
detergentes, nessas águas, não perdem sua ação tensoativa, enquanto que os
sabões, nesses casos, reduzem grandemente e até podem perder seu poder de
limpeza. Os sais formados pelas reações dos detergentes com os íons (Ca 2+) e
magnésio (Mg2+), encontrados em águas duras, não são completamente
insolúveis em água, o que permite ao tensoativo sua permanência na solução e
sua possibilidade de ação. Em presença de águas ácidas, os detergentes são
menos afetados, pois possuem também caráter ácido e, novamente, o produto
formado não é completamente insolúvel em água, permanecendo, devido ao
equilíbrio das reações químicas, em solução e mantendo sua ação de limpeza
(ZAGO et al 2011).
      Segundo CASTRO (2011) há tensoativos biodegradáveis (compostos
químicos que podem ser degradados por ação de microorganismos), como por
exemplo o ABS (Alquilbenzeno Sulfonato de Sódio), produzido a partir da reação
do alquilbenzeno com ácido sulfúrico (H2SO4) e soda cáustica (NaOH) com
estrutura química modificada (cadeia lateral linear), pois sem ser dessa forma sua
taxa de biodegradabilidade é insuficiente, ou seja, os microorganismos degradam
as cadeias ramificadas numa taxa extremamente lenta o que causa a produção de
espumas nos cursos de água e nas estações de tratamento (BORSATO 2004).
O Alquilbenzeno Linear sulfonado (LAS) é o tensoativo aniônico industrial mais
importante no setor de produção de detergentes e produtos de limpeza doméstica,
principalmente por ser biodegradável e não causar impacto ao meio ambiente,
além disso sua fabricação para o produtor é mais econômica e eficaz (ALMEIDA
2011 e BORSATTO 2004).




                                                                               14
Gráfico 2: Curva de biodegradação de um tensoativo de cadeia ramificada ( ) e de cadeia (   )
linear


        No Brasil, no início na década de 80 o Ministério da Saúde proibiu a partir
de janeiro de 1981 (art. 68 do decreto nº 79.094) a fabricação, comercialização ou
importação de saneantes* de qualquer natureza (detergentes) contendo tensoativo
aniônico não biodegradável, seguindo a tendência mundial (BORSATO 2004).


1.4 – O IMPACTO AMBIENTAL DO DETERGENTE
        Os detergentes são nutrientes de algas e, quando vão parar num lago,
favorecem a proliferação delas. Esse crescimento exagerado impede a entrada de
luz solar; assim, as algas do fundo morrem (por falta de luz) e começam a
apodrecer. Esse apodrecimento consome oxigênio da água, o que, por sua vez,
acarreta a morte dos peixes. Esse processo é chamado de eutrofização do lago
(do grego eu, "bem", e trophein, "nutrir") (PERUZZO et al 2003).
        As aves aquáticas também são muito prejudicadas, elas possuem um
revestimento de óleo em suas penas e boiam na água graças à camada de ar que
fica presa debaixo delas, quando esse revestimento é removido, pela presença de
detergente na água , essas aves não conseguem mais boiar e se afogam.
(PERUZZO et al 2003).
*Saneantes: Substâncias ou preparações destinadas à higienização, desinfecção ou desinfestação
domiciliar.


                                                                                                15
O uso excessivo dos produtos convencionais de limpeza, podem causar
danos também à saúde, através de micoses, reações alérgicas e ressecamento
cutâneo, esses produtos, "contêm muitas substâncias químicas e acabam
removendo o manto lipídico da pele, uma espécie de cobertura, composta por
ceras e agentes hidratantes, que produzimos diariamente para servir como
barreira. Por isso, o ressecamento é imediato" (AGOSTINI, 2009).


1.5 – O IMPACTO DO FOSFATO
       Quimicamente, de acordo com CATHARINO (2003) os fosfatos são sais de
fósforo que funcionam como substâncias básicas carregadoras de oxigênio. Eles
se apresentam de acordo com FARIA et al (2011) de forma orgânica (ligada a
compostos orgânicos) ou de forma inorgânica (polifosfatos, ortofosfatos e
tripolifosfato de sódio - STPP), sendo que a última forma é de maior interesse visto
que sua origem se dá nos detergentes.
       A indústria de produtos de limpeza usa os fosfatos como reforçadores do
poder do detergente trabalhando no desempenho dos tensoativos aniônicos,
adicionados à formulação do detergente para agir com excelência sobre as águas
duras (águas com altas concentrações de sais dissolvidos) para anular íons
metálicos (principalmente os de cálcio e magnésio) tornando o ambiente aquático
alcalino* e suscetível à limpeza.
       A dureza das águas brutas do Estado de São Paulo atinge valores entre 12
a 53 microgramas (µg) por litro (L). (ALONSO 2002, BORSATO 2004, CASTRO
2001 e ROCHA et al 2004)
       No ambiente aquático, o fosfato não é considerado tóxico, mas contribui
para a eutrofização* do meio, servindo de nutrientes para as algas e a redução de
oxigênio presente nas águas o que aumenta a Demanda Bioquímica de Oxigêncio
(DBO), responsável pela oxidação do excesso de matéria orgânica, quando a
concentração de O2 é muito baixa no ambiente as bactérias anaeróbias* tornam-
se imprescindíveis no processo de decomposição que nesse caso não é feito a
*Eutrofização: Fenômeno causado pelo excesso de nutrientes nos ambientes aquáticos, o que leva
o aumento de algas no ambiente.
*Bactérias Anaeróbicas: Que não necessitam de Oxigênio.


                                                                                           16
partir da oxidação e sim da redução de matéria orgânica o que resulta em
compostos concentrados, fétidos e tóxicos (ROCHl et al 2004) .
       Eutrofização segundo o CONAMA (2011), na resolução 359 de 29 de abril
de 2005 é a produção orgânica excessiva em determinado corpo hídrico em
função da elevação da concentração de nutrientes na água, principalmente fósforo
(P) e nitrogênio (N).
       A utilização de fósforo (P) nos detergentes e saponáceos, na forma de
tripolifosfato de sódio (STPP), teve início logo após a 2ª Guerra Mundial e, desde
a década de 60, seus impactos sobre a qualidade das águas são discutidos
mundialmente. Atualmente, países como a Suécia, Alemanha e Japão, por
exemplo, baniram o uso de STPP da fórmula desses produtos, já que esta tem
sido considerada a principal fonte de fósforo nas águas (ATHANÁSIO 2010).
       Algumas represas são atingidas, peça presença de fósforo, cerca de 86%
dos Rios dos reservatórios de São Paulo, apresentam situação preocupante
segundo o presidente da CETESB. Na represa Billings e na Guarapiranga a
presença de fósforo é vista acima dos níveis aceitáveis. Na represa Billings os
valores chegam a atingir cerca de 5.000 mg/kg, concentração dez vezes superior
a encontrada em outros ambientes aquáticos não comprometido (ALONSO 2002).
       A constatação dos impactos negativos no ambiente gerados pelo acúmulo
de fosfato levou à sua restrição quantitativa imposta pela Resolução de 359 de 29
de Abril de 2005 do CONAMA, onde se estabelece critérios para a utilização de
fósforo na formulação dos detergentes em pó para o uso do mercado nacional,
visando a redução e eventual eliminação do aporte de fósforo dessa fonte nos
corpos de água (CONAMA 2011).




Tabela 2: Limite de P (Fósforo) por formulação, onde GFI é média ponderada por grupo
fabricante/importador segundo Resolução 359 de 29 de Abril de 2005. (Conama 2011).




                                                                                       17
2 – LIMÃO


2.1 – COMPOSIÇÃO
         Nome científico Citrus, em latim, quer dizer Limão. A única fruta que, por
suas propriedades curativas especiais, conservou sua acidez natural (TRUCON¹
2011).
         O limão pertence a família das Rutáceas* e tem como nome científico
Citrus latifoli, Dicotyledonae. No suco do limão o ácido cítrico está presente numa
concentração que varia de 5 a 7% dependendo da variedade, condições de
cultivo, estação do ano e maturidade do fruto, vem da concentração desse ácido
seu poder bactericida e antibiótico, sua fórmula química é C6H8O7 (Figura 3 e 4)
e seu suco representa 50% do peso do fruto e contém de 20 a 40 mg de ácido
ascórbico (Vitamina C) (MATOS 2007; SEAGRI 2011; ¹TRUCON 2011).
    O limão, dentre todas as frutas cítricas é o que contém a maior concentração
de ácido cítrico em sua composição, as laranjas e tangerinas costumam conter
entre 0,6 a 1,0% de ácido cítrico (C6H8O) na composição do seus sucos puros e
frescos (¹TRUCON 2010).




                Figura 3: Estrutura Molecular do ácido cítrico (AMARAL 2010)


*Rutáceas: Rutáceas é uma família botânica, de plantas angiospérmicas, com cerca de 150
gêneros, e muitas espécies. O gênero mais importante economicamente é o Citrus.



                                                                                          18
Figura 4: Expresso de Ácido Cítrico no Limão (SPI 2011)


        A planta possui porte médio a grande e pode chegar a 4 metros de altura, é
expansiva, curvada, vigorosa e sua folhagem é verde densa com folhas de
tamanho médio; suas folhas novas e brotos tem cor purpúrea. A planta tem
poucas ramificações, seu caule e ramos são de coloração castanho-clara e as
flores, em formato de cachos, são alvas e violetas, seus frutos são ovais,
oblongos, com casca fina, lisa ou ligeiramente rugosa, cor amarelo-pálida na
maturação, conforme ilustrada na figura 5 (MATHIAS 2011; MATOS 2007;
SEAGRI 2011).




Figura 5 : Árvore do Limão Tahiti




                                                                               19
2.2 – ORIGEM
         Existem diferentes versões sobre a forma como o limão tornou-se
conhecido na Europa, alguns dizem que foi levado pelos muçulmanos, entre os
séculos VII e IX durante o período em que ocuparam grande parte do continente
europeu. A partir daí sua difusão foi rápida. No entanto, existem relatos de que os
romanos já conheciam o limão, usando-o como medicamento, mesmo antes de o
fruto ser trazido pelos árabes, outros relatos afirmam que o limão só foi introduzido
na Europa com as primeiras navegações dos romanos em direção às Índias
Orientais. Sua primeira referência bibliográfica encontra-se no livro de Nabathae
sobre agricultura, datando do século III ou IV (MATOS 2007; ²TRUCOM 2011;
RADAR 2011).
         Nas Américas, o limão chegou no século XVI, junto com os primeiros
conquistadores portugueses e espanhóis, no Brasil veio em meados de 1920,
quando em razão da epidemia de gripe espanhola seu cultivo tornou-se importante
e seus frutos eram vendidos à “peso de ouro” devido sua característica medicinal
e escassez de recursos (MATHIAS 2011).
         Atualmente, o Brasil é o segundo maior produtor mundial de limão,
especialmente do Limão Tahiti, que é um fruto híbrido (resultado do cruzamento
de espécies), resultante de um cruzamento entre a Lima da Pérsia e o limão
Cravo, motivo pelo qual não apresenta sementes. Por ser um híbrido, muitos não
consideram o limão-Tahiti um limão, mas uma "lima ácida" pertencente a família
das Rutáceas de nome científico Citrus aurantifolia Swingle, em inglês esta
variedade chama-se "lime", enquanto, o limão Siciliano é chamado "lemon"
(²TRUCOM 2011; EMBRAPA 2011).
         Com plantios acima de 40 mil hectares, o limão Tahiti tem grande
importância comercial nacional. Os maiores produtores são os estados de São
Paulo com 70% e Rio de Janeiro com 8% da produção nacional. A Bahia, situada
entre os cinco maiores produtores nacionais, tem as regiões econômicas do Litoral
Norte e Recôncavo Sul como maiores produtores do limão Tahiti. Sua área
plantada está acima de 1.000 hectares como demonstrado na figura 6, (SEAGRI
2011).



                                                                                  20
O limoeiro-taiti é plantado em praticamente todos os estados brasileiros e
também nos países da América do Sul, Central, México e nos Estados Unidos, no
estado da Flórida. .O Brasil e o México são os maiores produtores desse limão,
suprindo mais de 70% do mercado mundial onde Espanha e Itália são os maiores
consumidores da safra nacional como mostra a figura 6 (IBRAF 2011; IEA 2011;
RADAR 2011).




  Figura 6: Gráfico de porcentagem da produção de limão por região brasileira (IEA 2011)




                                                                                           21
Tabela 3: Volume de exportação de limões no Brasil (IBRAF 2011)




Tabela 4: Volume de importação de limões no Brasil (IBRAF 2011)




                                                                  22
No Brasil, São Paulo lidera a produção e os estados do Rio de Janeiro e
Bahia são destaques (RADAR 2011; EMBRAPA 2011).




           Tabela 5: Consumo de Limão pelos Importadores Brasileiros (IEA, 2011)


       Atualmente, 85% da safra brasileira de limão tahiti é comercializado no
mercado interno sob a forma "in natura"*, outros 10% são processados e 5% se
destinam ao mercado externo, conforme tabelas 3, 4 e 6 (FRANCO 2011;
EMBRAPA 2011).




             Tabela 6: Produção Nacional de Limão em 2009 (EMBRAPA 2011)


2.3 – CULTIVO
       O cultivo é fácil, e a árvore demanda pouco espaço. A árvore tem poucas
ramificações atingindo, assim até seis metros de altura (MATHIAS 2011).


*In Natural: são produtos consumidos sem nenhum processamento. Colhido diretamente do pé.
Sem agrotóxicos.




                                                                                            23
Condições ideais de cultivo:
2.3.1 - CLIMA
        O clima deve ser ameno a quente pois o fruto se desenvolve entre 23° e
32°C*graus, como a maioria da espécie do gênero citrus em períodos de falta de
chuva e sob a temperatura constante de 12 à 13ºC a planta tem seu crescimento
paralisado, já a temperatura elevada ajuda no amadurecimento do fruto
encurtando o período de floração (MATHIAS 2011; MATOS 2007; SEAGRI 2011).
        A umidade relativa do ar é outro fator importante tendo em vista a
susceptibilidade a doença por fungos, devendo estar entre de 70% à 80%.
(SEAGRI 2011)
2.3.2 - SOLO
        O limão Tahiti como as demais plantas cítricas não é muito exigente
adaptando-se bem em tipos que variam de muito arenosos a relativamente
argilosos. Os ideais são solos leves, bem arejados profundos e sem
impedimentos. Evitam-se os muitos argilosos, porque dificultam o crescimento e a
aeração das raízes, prejudicam o desenvolvimento da planta e criam condições
favoráveis ao aparecimento de doenças (EMBRAPA, 1998).
        Solos com pH entre 5,5 e 6,5 são ideais (MATHIAS, 2011 e MATOS, 2007).
        O sucesso da irrigação depende de um projeto bem elaborado sobretudo
de um manejo adequado da água. Os sistemas mais utilizados são os de
aspersão que assemalha-se a chuva, a água aplicada embaixa da copa reduz
percas por evaporação, a irrigação localizada pode ser por gotejamento ou
microaspersão e jato pulsante conforme figura 7 (EMBRAPA, 1998).
        A propagação mais indicada é por enxertia* e as podas devem reduzir-se à
eliminação de galhos secos, doentes ou praguejados e nascidos abaixo do ponto
de enxertia como demonstrado na figura 8 (SEAGRI 2011).


*°C: Graus Celsius (Unidade de Temperatura).
*Enxertia: A enxertia é a união dos tecidos de duas plantas.




                                                                             24
Figura 7: Irrigação do limoeiro por gotejamento.




Figura 8: Processo de Enxertia para propagação do limão.


        A adubação deve ser feita 60 dias após plantio, recomenda-se aplicar 50
gramas de uréia por planta repetindo-se 30-40 dias após. A partir do 2º ano
recomenda-se as doses descritas na Tabela 7, em gramas por planta na Bahia
(SEAGRI 2011):




Tabela 7: Adubação no decorrer dos anos (SEAGRI, 2011)     .


        Para evitar a deficiências de zinco (Zn) e manganês (Mg) recomenda-se
pulverizações foliares com solução composta de 300 gramas de sulfato de zinco


                                                                            25
(ZnSO4), 300 g. de sulfato de manganês (MnSO4), 300 gramas de cal (CaCO3) em
100 litros de água (SEAGRI 2011).


2.3.3 - COLHEITA
         O limoeiro-taiti floresce e frutifica ao longo do ano, mas tem maior produção
de janeiro a junho e menor oferta de julho a dezembro. A diferença no preço é
muito grande entre essas épocas mencionadas e pode chegar de 5 a 10 vezes
mais na entressafra. Para se conseguir melhor preço pelos frutos, o produtor deve
eliminar os frutinhos na época de alta produção e adotar manejo adequado na
irrigação e na adubação, e assim conseguir alta produção na entressafra (RADAR
2011).
         O plantio de 2 a 3 árvores de limoeiro da variedade Tahiti são suficiente
para o uso doméstico elas florescem várias vezes ao ano principalmente quando
se faz periodicamente a retirada de frutos do pé. A produção é de 80 a 100
quilogramas de limão por árvore, a colheita inicia-se após três anos do início de
cultivo, com floração nos meses de setembro e outubro. Em quatro meses, pode
ser feita a colheita, que dura 120 dias. Em São Paulo pomares produzem 8 a 15
quilogramas por planta (3º ano), 64 a 86 quilogramas por planta (5º ano) e 98
a117 quilogramas por planta (7º ano) (MATHIAS 2011; MATOS 2007).


2.3.4 - DOENÇAS
         Algumas doenças podem atacar o limoeiro, as principais estão descritas
abaixo.
         Doenças Causadas por fungo:
        GOMOSE: Agente causal: Phytophthora citrophthora e Phytophthora
         parasítica. Os sintomas são lesões na parte basal do tronco, nos ramos
         mais baixos e nas raízes, com formação de goma exudada através de
         rachaduras na casca (Foto 9). As folhas tornam-se amarelas nas nervuras
         principais e secundárias, devido à menor circulação de seiva. As plantas
         atacadas apresentam queda de folhas, morte dos ramos e, por fim, morte
         da planta. (AGROMUNDO 2011 e FACHINELLI 2011).



                                                                                   26
Foto 9: Rachadura no tronco, formação de goma ( FACHINELLI 2011).
      CANCRO       DO     TRONCO       DO     LIMÃO     TAHITI:    A    doença   afeta,
       principalmente, o limão Taiti, é de ocorrência recente, porem tem caráter
       destrutivo, chegando a matar a planta em poucos meses. Os sintomas se
       caracterizam por um amarelecimento localizado ou generalizado da copa,
       reflexo da destruição dos vasos de condução de seiva causado por uma
       lesão que se inicia próximo ao local da copa/porta-enxerto e que evolui
       apenas para os tecidos do limão Taiti. (AGROMUNDO 2011 e
       FACHINELLI, 2011).
      VERRUGOSE: É causada pelo fungo Elsinoe fawcetti, na laranjeira azeda e
       limoeiro. A verrugose ataca somente tecidos jovens e os maiores prejuízos
       são causados quando ocorre nos frutinhos, nos quais a casca adquire
       manchas corticosas que prejudicam a aparência como mostra a foto 10
       (FACHINELLI 2011):




Foto 10: Limão com Verrugose ( FACHINELLI, 2011).
      FUMAGINA: A doença é causada por fungos de revestimento do gênero
       Capnodium que produzem micélio espesso, fuligíneo que recobre folhas
       ramos e frutos. Esse revestimento envolve uma associação entre o fungo e


                                                                                     27
cochonilhas,   as   quais   produzem     secreções    açucaradas    para   o
    desenvolvimento do fungo. Como o revestimento negro pode cobrir toda a
    planta este fungo pode ser confundido com o principal agente causal do
    distúrbio que são os insetos. O maior dano da fumagina é a redução na
    fotossíntese, com redução no crescimento das plantas e redução do
    tamanho das frutas (FACHINELLI 2011 e AGROMUNDO, 2011).
Doenças causadas por vírus:
   TRISTEZA: Doença causada por vírus, que é transmitida das plantas
    doentes para as plantas sadias através do pulgão preto (Toxoptera
    citricidus), o que faz da tristeza uma doença endêmica no Brasil. Sintomas
    de nanismo, hipertrofia foliar e caneluras nos tecidos do lenho da planta são
    mais fortes ou mais fracos em função dos diferentes tipos do vírus que
    podem estar atacando as plantas.( AGROMUNDO e FACHINELLI, 2011).
    Foi criado um novo inseticida que ajuda no controle dos pulgões , o nome
    do produto é Sumidan 150. Ele age no sistema nervoso dos insetos. Outro
    produto usado para controle também é o Tiger, que auxilia no controle de
    ovos e ninfas dos insetos. (IBRAF 2009).
   EXOCORTE: Doença causada por viróides que circulam na seiva da planta,
    e são disseminados pelas mudas. Os sintomas ocorrem nos porta-enxertos,
    sendo que no caso da Exocorte é um descascamento dos tecidos
    superficiais seguidos de um acentuado nanismo. Os sintomas se
    manifestam a partir dos 4 aos 7 anos de idade em plantas infectadas e são
    caracterizados pelo definhamento das plantas, vegetação esparsa e
    cloroses nas folhas (AGROMUNDO e FACHINELLI 2011).
   PODRIDÃO ESTILAR DO TAHITI: É uma desordem fisiológica que se
    manifesta na pós colheita e ocorre em frutos maduros ou muito próximos da
    maturação. Os sintomas acontecem porque ocorre um rompimento das
    vesículas de suco, que, liberado invade a casca, causando a podridão dos
    tecidos e formando, uma pequena lesão de coloração parda, situada na
    parte de baixo do fruto, que expande–se em seguida, ocupando uma
    grande área (AGROMUNDO 2011).


                                                                               28
2.4 BIODEGRADABILIDADE
         Devido suas características físico-químicas o ácido cítrico é altamente
móvel no ambiente e é facilmente partido para o meio aquático, o ácido cítrico é
rapidamente degradado em obras tanto de esgoto e de superfície, sua baixa
toxicidade se dá para peixes de água doce, dáfnias, algas e também para
espécies marinhas. Da mesma forma, o ácido cítrico não tem potencial tóxico
contra protozoários e muitas espécies ou estirpes de bactérias, assim ele não é
julgado uma substância que apresenta perigo para o ambiente (KARLAGANIS
2010).


2.5 APLICAÇÕES NA LIMPEZA
         O limão é eficiente na limpeza e desinfecção por seu poder ácido (o ácido
cítrico em um fruto de limão pode chegar a 7%), ele remove sujeiras e manchas
de ferrugem e aliado ao sal tem seu poder de limpeza potencializado. De diversas
formas pode ser usado para limpeza doméstica como substituto da àgua sanitária,
removedores de mancha e ferrugem, sua utilização pode se dar (¹TRUCON 2011;
BUCHALLA 2009; RINALDI 2011; CINTRA 2011):
        NO BANHEIRO: Peças de louças encardidas podem ser limpas ao se
         esfregar um pedaço de limão diretamente no local, deixe por 30 minutos e
         lave com água em seguida (SALLES 2006).
        NAS ESPONJAS DE BANHO: Para desinfecção é necessário lavar a
         esponja com água fervendo e caldo de limão (1 limão para 1/2 litro de água)
         (SALLES 2006).
        NO FOGÃO: As bocas do fogão podem ser limpas se ainda quentes
         tiverem a adição de gotas de limão e sal de cozinha esfregadas com
         esponja de aço, assim além de limpas obtém brilho (SALLES 2006;
         RINALDI 2011).
        LOUÇAS DE PORCELANAS: Frequentemente manchadas ao longo do
         tempo podem ficar livres do encardido se esfregadas com a metade de um
         limão molhado em um pouquinho de sal e lavadas com água quente na


                                                                                 29
sequência ou ¼ de xícara de chá de limão diluída em água tem o mesmo
       efeito (SALLES 2006; RINALDI 2011).
      MACHAS EM TECIDO: Esfregar o limão diretamente na mancha ou pôr o
       tecido de molho com pedaços do limão (RINALDI 2011)
      AMARELAMENTO DE TECIDOS: O limão substitui a água sanitária
       branqueando a peça de roupa não deixando a mesma com aparência de
       desbotado, pode-se ferver a peça branca com fatias de limão, após um
       repouso a peça pode ser lavada normalmente (FERREIRA 2010;
       BUCHALLA 2009).
      FERRUGEM: Pode ser combatida ao esfregar-se suco de limão na parte
       manchada e com a aplicação por cima de um pouco de sal. Deixe em
       descanso por 15 minutos e friccione levemente com esponja de aço (em
       superfície) e sabão de coco (para tecidos, devendo o mesmo ser lavado
       após a secagem) (SALLES 2006; CINTRA 2011; RADAR 2011).
      TÁBUA DE CARNES: Suscetível a proliferação de bactérias e odores pode
       ser desinfectada se for esfregada com um pedaço de limão e enxaguada
       com água na sequência (SALLES 2006).
      MADEIRA: Para lustrar móveis, misture duas partes de azeite de oliva para
       uma parte de suco de limão. Esfregue a mistura em um móvel e retire o
       excesso (ECOD 2011).
      BAGAÇO: Pode ser reaproveitado para eliminar o cheiro de peixe de
       talheres e panelas só esfregando (RADAR 2011).
      AGENTE TAMPONANTE: essa ação do limão funciona como agente de
       estabilização do pH em meios aquosos, sendo ele o principal agente de
       alcalinização do metabolismo orgânico de homens e animais (³TRUCON
       2010).
       A limpeza verde tradicional consiste em adotar produtos de limpeza menos
tóxicos e práticas que visam melhorar a qualidade do ar, o que resulta em
melhoria da qualidade de vida. A maior parte dos programas de “limpeza verde” se
concentra na diminuição do uso de substâncias químicas de limpeza tóxicas. No
entanto, um programa completo de ações "verdes" engloba a visão de um sistema


                                                                             30
que inclua todos os aspectos da produção de materiais de limpeza, desde o plano
inicial de utilização dos materiais até o descarte desses materiais e a reutilização
de todo o trabalho de manutenção nas instalações das empresas, incluindo
equipamentos da cadeia de fornecimento (FEBRAC 2011).


2.6 - CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO
       No limão existem substâncias que podem manchar a pele e dependendo da
forma e quantidade de suco no manuseio essas manchas podem evoluir para uma
queimadura de até 3º grau, essa reação é chamada fitofotodermatose uma
inflamação da pela causada pela exposição do ácido cítrico à radiação solar, essa
ação    inflamatória    é   uma     reação   fototóxica   aos   compostos   químicos,
fotossensibilizantes* presentes em frutas cítricas e vegetais tais como: limão,
tangerina, laranja, lima, figo, manga e vegetais como aipo, coentro, cenoura, erva-
doce e salsa (4TRUCOM 2011).
       As manchas também podem aparecer devido uma manifestação alérgica
denominada fitofotomelanose e ocorre principalmente nas mãos, braços e bocas
provocadas por um elemento chamado bergapteno presente nas cascas e frutas
verdes absorvidas pela pele, ao entrar no organismo essa substância absorve
grande quantidade de radiação, que provoca inflamação na pele (CABRAL 2011).
                                                    4
       Dessa forma, é necessário segundo             TRUCOM (2011) tomar alguns
cuidados ao manusear o suco do limão:
              Não fazê-lo exposto ao sol.
              Lavar muito bem as mãos antes de expor-se ao sol e de preferência
               usar filtro solar quando o fizer.
              Usar luvas e se houver possibilidade um espremedor elétrico para
               extrair o suco do limão.




*Fotossensibilizantes: Absorvem Radiação



                                                                                  31
3 – ÁGUA SANITÁRIA


3.1 DEFINIÇÃO
         Segundo a ANVISA, na portaria 89 de 25 de Agosto de 1994, água sanitária
é toda solução aquosa a base de hipoclorito de sódio (NaCl) ou cálcio (NaClO).
Seu teor de cloro (Cl) ativo deve estar entre 2,0% a 2,5%, durante o prazo de
validade. O pH* máximo do produto puro é de 13,5, e do produto diluído a 1%
(p/p*) é de 11,5 ;incluindo que a água , para produção da água sanitária deve ser
potável. Sua ação de limpeza é de alvejante e desinfetante de uso geral. É
altamente corrosivo e solúvel na água decompondo-se à presença de luz solar
(ARAÚJO et al 2010; TEVES 2003).
         Outro composto importante da água sanitária é o cloro, do latim clorum é
um composto de hidrogênio e cloro de elemento químico Cl, ele e seus compostos
são usados para branquear tecidos e papéis, na desinfecção e oxidação. É um
produto muito poluente ao meio, pois o efeito sanitário extermina toda forma de
vida, inclusive nos ambientes aonde é despejado (rios e solos). (IPEMA 2011;
2003).
         Na análise da tabela 8, realizada pelo INMETRO, foi testado o teor de Cloro
na água sanitária, apenas uma das marcas apresentou teor de cloro acima do
permitido pela ANVISA, podendo afetar assim a saúde do consumidor e uma
marca apresentou um teor de cloro abaixo do especificado, lesando assim o
cliente em relação a sua eficácia (INMETRO 2011).
         Em contrapartida, temos uma análise feita em um trabalho cientifico
conforme tabela 9, onde podemos verificar que praticamente todas as águas
sanitárias testadas estão com o teor do cloro acima do que a ANVISA recomenda.
Essa água sanitária muitas vezes é utilizada em consultórios dentários , pois os
cirurgiões dentistas não tem acesso a farmácias de manipulação para obter
soluções irrigantes a base de hipoclorito de sódio. (GUERISOLI et al 2011).


*pH: Potencial Hidrogênico, termo que expressa a intensidade da condição ácida ou básica de um
determinado meio.
*p/p: peso em peso


                                                                                           32
Marca             Teor de Cloro                 RESULTADO
                            (2,0% p/p a 2,5% p/p)
                 A                 2,37% p/p                    Conforme
                 B                 2,33% p/p                    Conforme
                 C                 2,36% p/p                    Conforme
                 D                 2,33% p/p                    Conforme
                 E                 2,80 % p/p                 Não conforme
                 F                 2,29% p/p                    Conforme
                 G                 2,48% p/p                    Conforme
                 H                 2,02% p/p                    Conforme
                  I                2,33% p/p                    Conforme
                 J                 1,35% p/p                  Não conforme
                 L                 2,44% p/p                    Conforme

Tabela 8: Análise de teor de cloro em determinadas marcas de água sanitária (INMETRO 2011)


              Marca           pH     Condutividade          Teor de        Fator de
                                           (mS)            cloro (%)       diluição
               Ajax         13,35         108,63              2,74
            Brilhante       13,44         108,57              2,73
             Cândida        12,61          77,17              2,66
             Candura        12,63          72,30              2,95
             Clorisol       12,89          67,90              2,54
              Daclor        12,92          87,80              2,80             0,68:1
           Dona Clara       12,68          73,80              2,87
              Floky         12,91          96,60              2,53
              Q-Boa         12,65          74,50              2,55
            Roupalin        12,52          74,43              2,75
          Super Globo       12,56          74,60              2,81


Tabela 9: Análise de teor de cloro em determinadas marcas de água sanitária.




                                                                                             33
3.2 ORIGEM
      O uso do hipoclorito de sódio como desinfetante teve origem no fim do
século XVIII, na época era conhecida como água de Javelle. Em 1820, o
hipoclorito de sódio foi utilizado na concentração de cloro ativo (2,5%) para
desinfetar feridas, porém, essa destinação foi pouco usada devido ao potencial de
irritação dos tecidos pela substância (BECKER et al 2007).
      O cloro começou a ser utilizado, na Primeira Guerra Mundial, o mesmo foi
utilizado pelos cirurgiões militares Dakin e Carrel (Prêmio Nobel de 1912), que
inventaram um procedimento de desinfecção de lesões profundas usando a
solução de Dakin, desinfetante a base de cloro, que permitiu evitar a proliferação
dos casos de gangrena e infecções. (CLOROSUR 2011).


3.3 - IMPACTOS
      A água sanitária é muito eficiente na limpeza e desinfeçcão mas contém
substâncias tóxicas como a soda caústica (NaOH), o cloro (Cl) e o hidróxido de
sódio (NaOH), o excesso de cloro nas águas sanitárias, podem ser muito
prejudicial a saúde humana. Os organoclorados, por exemplo, são compostos que
formam a base de muitos compostos químicos a base de cloro,essas são
substâncias voláteis tóxicas. No caso das águas sanitárias, quando as mesmas
entram em contato com produtos a base de amoníaco, liberam o gás tóxico
chamado cloramina. Esse gás tóxico provoca irritação na pele, nos olhos e nos
pulmões. Causam dor de cabeça , náusea          e prejudicam o sistema nervoso
central, é cancerígino seu efeito mutagênico é comprovado em estudos de
observações junto a algumas células de mamíferos. A cloramina pode ser fatal
(ARAÚJO et al 2010; TEVES 2003; PRECIOSO 2008;TAPS 2011).
      O INMETRO solicitou ao Centro de Assistência Toxicológica – CEATOX, do
Hospital das Clínicas do Estado de São Paulo, um levantamento estatístico sobre
o número de atendimentos hospitalares devido à intoxicação com água sanitária,
conforme tabela 10, onde pôde-se constatar que houve, em média, 54 casos de
intoxicação por água sanitária no período de agosto de 2003 à março de 2004, ou




                                                                               34
seja, aproximadamente 11% do total de atendimentos do período eram por esse
    motivo (INMETRO 2004).
      AGO/03 SET/03 OUT/03 NOV/03 DEZ/03 JAN/04 FEV/04 MAR/04 TOTAL
Total 54          67        44         60         74         68         57         59         483

    Tabela 10: Média de intoxicações por água sanitária no período de no Hospital das Clínicas do
    Estado de São Paulo.

             Quando a água sanitária é adquirida em lugares que não possam garantir a
    procedência do produto, o tratamento para desintoxicar a vítima é ainda mais
    difícil porque não há informações sobre os componentes da fórmula. Além disso,
    nos produtos clandestinos podem existir a presença de corantes (nocivos à saúde)
    utilizados para tornar o produto mais atrativo,eles podem ser alvo de consumo por
    crianças que o confundem com uma bebida devido a sua coloração e ao tipo de
    garrafa onde é envasada. De janeiro à maio de 2010 no Rio Grande do Norte
    cerca de 70% dos casos atendidos no Pronto Socorro do Hospital Giselda
    Trigueiro foram causados por intoxicação através da água sanitária, desse total
    50% das vítimas eram crianças (INMETRO 2004; CAMPELLO 2010).
             Quando o cloro se mistura com substâncias orgânicas naturais , formam os
    THMs , são os chamados trialometanos (THMs*). Estudos sobre os THMs,
    mostram que os mesmos podem danificar a glândula tireóide, causar tumores
    canceriginos e,afetar o sistema nervoso, fígados, rins e podem causar distúrbios
    reprodutivos. O risco de câncer entre as pessoas que usam água clorada é de
    93%, comparada aquelas pessoas que não usam água clorada, estudos apontam
    impactos à saúde entre grupos de pessoas expostas a produtos cloratos, e a
    correlações de orgânicos clorados com certas formas de câncer e problemas
    neurológicos e no sistema hormonal de seres vivos (da reprodução de espécies
    selvagens à sexualidade humana) (VENTURA 2010; COSTA 1997).
             O impacto do cloro no meio ambiente é uma preocupação que data a
    década de 60, Rachel Carson praticamente fundou o movimento ambientalista


    *THMs: constituem um grupo de compostos orgânicos que se consideram derivados do metano
    (CH4).



                                                                                              35
com o livro “Primavera Silenciosa”; sua preocupação atingia o uso do cloro pois
isso gera um volume elevado de efluentes tóxicos (principalmente no uso industrial
do cloro para o branqueamento da celulose) (COSTA 1997).
      A água sanitária só pode ser comercializada com registro na Anvisa
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária, órgão regulamentador de saneantes ou
domissanitários) que deve, periodicamente, realizar fiscalizações com o objetivo
de verificar se as empresas estão obedecendo as regras de fabricação e os
rigorosos controles de qualidade dispostos na PORTARIA nº 89, DE 25 DE
AGOSTO DE 1994 da ANVISA que inclusive proíbe o uso de corantes e
aromatizantes nesse tipo de substância (INMETRO 2004; ANVISA 1994).


3.4 - AÇÃO NA LIMPEZA
      O maior composto da água sanitária, o hipoclorito de sódio é altamente
reativo com os aminoácidos das proteínas alterando sua estrutura fazendo com
que elas percam sua forma (ou desapareçam), oxidando assim a matéria orgânica
(SANTOS 2008).


3.5 – BIODEGRADABILIDADE
      O hipoclorito de sódio é um composto inorgânico, portanto, não está sujeito
à degradação por microorganismos, sua instabilidade frente à interação com o
solo, o calor e a luz solar fazem com que seus resíduos decomponham-se
(BRAZMO 2008)




                                                                               36
4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES
       O detergente é formado por um composto ativo chamado tensoativo, este a
gente é responsável pela remoção de gorduras quando elas estão em contato com
água, este tensoativo muitas vezes não é biodegradável e tem efeito acumulativo
no ambiente sendo responsável pela maioria dos impactos negativos nos corpos
hídricos.
       O art. 68 do decreto nº 79.094 de janeiro de 1981 proibi a fabricação ou
comercialização de saneantes contendo tensoativos não biodegradáveis, antes
disso o tensoativo usado era o ABS que possui cadeia ramificada de difícil
degradação, após a imposição da lei foi criado o tensoativo LAS que tem sua
estrutura molecular modificada sendo linear, mesmo assim, há o efeito
bioacumulativo no ambiente.
       Embora o detergente seja encontrado em todas as prateleiras de
supermercados e tenha um preço acessível, tentamos sugerir o limão como
alternativa para sua substituição. Devido as pesquisas realizadas durante o
desenvolvimento do trabalho, descobrimos que o limão possui um diferencial em
sua composição , o ácido cítrico. Este ácido tem o poder de limpeza, porém não
substitui o detergente , por não ter em sua composição o tensoativo. Ele limpa, por
ter seu poder ácido, porém não consegue remover as gorduras com tanta
eficiência. O mesmo é semelhante a água sanitária, que corroi e oxida a matéria
orgânica.
    O limão poderá ser um bioalternativo substituto á água sanitária, pois a mesma
assim como o detergente também gera muitos impactos no ambiente. O seu
componente principal, que é o cloro, tem efeito acumulativo no ambiente, e a
presença desenfreada desse composto na água, forma substâncias chamadas
Trialomeatanos. Esses compostos tem efeito cancerigino, quando         em contato
com a matéria orgânica.



                                                                                37
Comparando os itens estudados no presente trabalho, observamos que os três
compostos tem ação de limpeza, cada qual com sua propriedade física e química,
porém só o detergente apresentou propriedades que removem de fato a gordura.


5-CONCLUSÃO
       Conclui-se com esse levantamento bibliográfico que o limão como
alternativa ao detergente é pouco viável pois ele não tem ação sobre as gorduras.
O detergente mesmo com todo o seu impacto, é único composto que consegue
quebrar tensão superficial dá água, tornado-se necessário em algumas situações
onde não pode ser substituído. Por se tratar de um composto utilizado no dia-a-
dia, deve ser usado de maneira consciente, em associação com o sabão que é
biodegradável, por possuir em sua estrutura os ácidos graxos, que são facilmente
biodegradados pelos microorganismos na água.
       O limão foi apontado como um eficiente alternativo a limpeza por sua ação
ligada à sua característica ácida (que corrói a matéria orgânica). Essa
característica, serve para desinfeta, remover sujeiras e manchas de ferrugem,
além disso, é acessível por seu cultivo ser simples e viável em um país como o
Brasil com condições climáticas que favorecem sua produção ao longo de todo
ano.
       Com todas essas características chegamos a conclusão e algumas
bibliografias nos mostraram que o limão substitui com perfeição a água sanitária
pois possuem características semelhantes como suas ações bactericidas,
desinfetantes e oxidantes.
       Vemos essa substituição como de suma importância devido ao fato da água
sanitária gerar impactos tão agravantes quanto aqueles do detergente. O
detergente gera impactos agravantes ao meio, e impactos significativos ao ser
humano como alergias e dermatites. Porém, a água sanitária além de impactos ao
ambiente, pode levar um ser humano a morte. A Cloramina ( composto gerado
quando o cloro entra em contato com o amoníaco), é altamente tóxica, e se não
leva o ser humano a morte, pode deixar seqüelas no organismo irreversíveis,
como distúrbios reprodutores. Embora os dois compostos: detergente e água



                                                                              38
sanitária, tenham seus impactos expostos, acreditamos que o ser humano não
deixará de usá-los assim de uma hora para outra. A substituição dos mesmos,
pode ocorrer de forma gradativa, até por que, muitas pessoas não tem consciência
do efeito do uso desses compostos na vida delas e no meio. Hoje já temos,
algumas empresas que optam por utilizar produtos que não são muito tóxicos ao
ambiente, o que demonstra que essa preocupação com os impactos causados
pelos produtos de limpeza são legítimos, e que talvez em um futuro próximo, essa
postura seja regra e não opção.


.




                                                                             39
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  • 1. ETEC GUARACY SILVEIRA COMPARATIVO ENTRE O LIMÃO (Citrus latifoli), A ÁGUA SANITÁRIA E O DETERGENTE PARA O USO NA LIMPEZA DOMÉSTICA Camila Silveira n°03 Fernanda Lima n° 06 Keila Barbosa n° 14 Tatiane Penha n° 28 SÃO PAULO 2011
  • 2. ETEC GUARACY SILVEIRA COMPARATIVO ENTRE O LIMÃO (Citrus latifoli), A ÁGUA SANITÁRIA E O DETERGENTE PARA O USO NA LIMPEZA DOMÉSTICA Trabalho de conclusão de Curso apresentado a ETEC Guaracy Silveira para a obtenção do título de Técnico em Meio Ambiente. Profª Orientadora: Fátima Alessandra Deanne Buonno SÃO PAULO 2011 2
  • 3. AGRADECIMENTOS Agradecemos nesse trabalho a nossa orientadora Profª. Fátima Alessandra pela convivência diária e também a todos os professores que trilharam conosco esse caminho. Agradecemos aos amigos que participaram direta e indiretamente para a conclusão do nosso trabalho. E também a nossos familiares que nos apoiaram e nos mantiveram firmes em nossos objetivos iniciais. 3
  • 4. “Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível”. Charles Chaplin. 4
  • 5. RESUMO O presente trabalho compara as ações de limpeza, aplicações, impactos e biodegradabilidade no meio, dos compostos químicos: detergente , água sanitária e o biolternativo limão (Citrus latifoli), com o objetivo de apresentar uma alternativa acessível a maior parte da população e menos impactante ao meio. O uso desenfreado dos produtos de limpeza causa impactos ao homem, e muitas vezes impactos irreversíveis ao meio, a eutrofização dos corpos hídricos é o mais preocupante dentre os impactos, uma vez que um corpo hídrico contaminado com detergente, não consegue ser recuperado facilmente dependendo do seu grau de contaminação. Outro impacto preocupante, em relação ao uso desses produtos, é o alto grau de toxidade da água sanitária, que pode afetar drasticamente o aparelho reprodutor, fígados, rins do homem, além de poder levar um ser humano a morte por intoxicação. O limão viria como uma alternativa, para a substituição no uso desses produtos, visando a viabilidade no plantio, as condições climáticas favoráveis no Brasil, a acessibilidade de custo e principalmente sua eficácia na remoção de sujeiras e desinfecção. ABSTRACT This study compares the actions of cleaning applications, impacts and biodegradability in the middle of the chemicals: detergent, bleach and organic lime (Citrus latifolia), with the aim to present an affordable alternative to most people and less intrusive to the middle. The rampant use of cleaning products cause impacts to human, and often irreversible impacts to the environment, eutrophication of water bodies is among the most worrying impacts, once a water body contaminated with detergent, can not easily be recovered depending on the their degree of contamination. Another impact of concern in relation to the use of these products is the high degree of toxicity of bleach, which can dramatically affect the reproductive system, liver, kidneys of human, and can lead a human being to death by intoxication. The lemon would come as an alternative to replace the use of these products and to the viability of planting, favorable weather conditions in Brazil, affordability an especially its effectiveness in removing dirt and disinfection. Palavra Chave: Água Sanitária, Bioalternativo, Detergente, Limão. 5
  • 6. ÍNDICE RESUMO.................................................................. Erro! Indicador não definido. ABSTRACT .............................................................. Erro! Indicador não definido. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7 MATERIAIS E MÉTODOS....................................................................................... 7 OBJETIVO............................................................................................................... 8 1-DETERGENTE..................................................................................................... 8 1.1-AÇÃO DO DETERGENTE............................................................................. 9 1.2 - CLASSIFICAÇÃO DOS TENSOATIVOS ................................................... 11 1.3 - BIODEGRADABILIDADE DO DETERGENTE ........................................... 13 1.4 – O IMPACTO AMBIENTAL DO DETERGENTE ......................................... 15 1.5 – O IMPACTO DO FOSFATO ..................................................................... 16 2 – LIMÃO ............................................................................................................. 18 2.1 – COMPOSIÇÃO ......................................................................................... 18 2.2 – ORIGEM ................................................................................................... 20 2.3 – CULTIVO .................................................................................................. 23 2.4 BIODEGRADABILIDADE............................................................................. 29 2.5 APLICAÇÕES NA LIMPEZA ........................................................................ 29 2.6 - CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO .................................................................... 31 3 – ÁGUA SANITÁRIA .......................................................................................... 32 3.1 DEFINIÇÃO ................................................................................................. 32 3.2 ORIGEM ...................................................................................................... 34 3.3 - IMPACTOS ................................................................................................ 34 3.4 - AÇÃO NA LIMPEZA .................................................................................. 36 3.5 – BIODEGRADABILIDADE.......................................................................... 36 4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................... 37 5-CONCLUSÃO .................................................................................................... 38 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 40 6
  • 7. INTRODUÇÃO O uso desenfreado do detergente gera muitos impactos ao nosso meio, tais como alterações nas propriedades físicas, químicas e biológicas da água, tornando-a prejudicial ao homem e às outras formas de vida, ou impróprias para um determinado uso estabelecido (SANTA ROSA 2009). Essa carga de poluição decorrente da presença desses detergentes sintéticos na rede de esgotos domésticos é pequena, se comparada a de outros poluentes (resíduos, dejetos orgânicos, etc), apesar disso, ela pode contribuir de maneira bastante desfavorável para a poluição das águas receptoras e pode dificultar os procedimentos normais de tratamento de esgotos residuais (BORSATO, 2004). De acordo com PERUZZO, (2003) dentre os impactos dos detergentes que vão pra rede de esgoto, podem formar uma camada de espuma na superfície da água, que impede a entrada de oxigênio, essencial para a vida dos peixes. Esta obstrução é mais evidente em rios cuja vazão é pequena e as águas, agitadas (ZAGO et al 2011). O uso excessivo dos produtos convencionais de limpeza, podem causar danos também à saúde, através de micoses, reações alérgicas e ressecamento cutâneo, esses produtos, "contêm muitas substâncias químicas e acabam removendo o manto lipídico da pele, uma espécie de cobertura, composta por ceras e agentes hidratantes, que produzimos diariamente para servir como barreira. Por isso, o ressecamento é imediato" (AGOSTINI, 2009). Buscando uma alternativa aos produtos químicos que degradam o meio ambiente o limão torna-se eficiente na limpeza e desinfecção por suas características ácidas e por ser acessível ao consumidor (CINTRA 2011, BUCHALA 2009 e RINALDI 2011) MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho foi realizado baseado em leituras reflexivas de artigos científicos e jornalísticos como também de livros relacionados ao processo de fabricação dos sabões e detergentes, sua biodegradabilidade e os impactos no 7
  • 8. ambiente decorrente ao seu uso. Foram também, analisados trabalhos semelhantes focados no limão., sua composição e ação na higienização e limpeza doméstica. Após essas leituras foi feita uma análise acerca do tema que serviram de base para o desenvolvimento do trabalho. OBJETIVO O objetivo do nosso trabalho visa demonstrar, através de levantamento bibliográfico que a utilização de produtos bio-alternativos é viável, acessível e pode reduzir a utilização de detergentes e produtos similares que causam danos ao ambiente e à saúde humana. 1-DETERGENTE O termo detergente origina-se do latim “detergere”, que tem como significado limpar, fazer desaparecer (BORSATO, 2004), segundo a ANVISA (2011) através da RESOLUÇÃO NORMATIVA n° 1/78, detergente é um produto formulado para promover o fenômeno de detergência (aquele que remove sujeira) formado por um composto chamado tensoativo* De acordo com CASTRO (2001) e SIRONI (2009) detergentes por definição são substâncias inorgânicas ou orgânicas que apresentam propriedade de reduzir a tensão superficial da água e modificando as proriedades da mesma. Definido por NETO et al (2011) a tensão superficial é uma propriedade dos líquidos que está relacionada as forças de atração e repulsão entre as moléculas, como se houvesse uma membrana invisível que causa resistência à penetração. A tensão superficial da água em condições normais é de 72 dinas*/cm à 20°C, para reduzir essa tensão, é necessário reduzir esses valores entre 30 a 40 dinas/cm (CASTRO, 2011). -5 *Dimas: Unidade de medida padrão para representação de força, equivale a 10 N (Newtons). *Tensoativo: Substâncias que podem reduzir a tensão superficial dos líquidos. 8
  • 9. 1.1-AÇÃO DO DETERGENTE A ação de limpeza dos detergentes ocorre devido a introdução na composição do mesmo de um agente chamado tensoativo, capaz de promover a redução de valores na tesão superficial da água e elevada afinidade com interfaces, ou seja, tende a misturá-las, por exemplo, entre a substância líquido e entre a oleosa (CASTRO 2011). Em outras palavras modificam as propriedades de uma camada superficial que separa duas fases em contato; esta propriedade está ligada a estrutura dos tensoativos que possuem na mesma molécula uma parte polar, solúvel em água (hidrofílica) e uma parte não polar insolúvel em água (hidrofóbica). Na superfície do líquido a parte hidrofílica da substância tensoativa adere as móleculas de água quebrando sua atração intramolecular, reduzindo dessa forma a tensão superficial. (CASTRO 2011 e MIRSILI 2011). Figura 1: Estrutura de um tensoativo Na tabela 1, observar-se a redução da tensão superficial da água, devido a pequenas adições de um tipo de tensoativo, pode ser observado que mesmo em concentrações baixíssimas, os tensoativos reduzem de forma apreciável, a tensão superficial da água (CASTRO 2011): 9
  • 10. TENSOATIVO ADICIONADO (%) TENSÃO SUPERFICIAL (dinas/cm) Controle (nihil*) 72,8 0,001 31,1 0,01 28,9 0,1 28,7 1,0 28,8 Tabela 1: Relação entre a adição de um tensoativo e a diminuição da tensão superficial Os tensoativos são substâncias responsáveis pela remoção da sujeira fazendo com que ela seja removida devido a formação de micelas (MIRSILI 2011) que são estruturas formadas quando os tensoativos entram em contato com a água. Elas são estruturas geralmente esféricas formadas de uma maneira que a parte apolar do tensoativo fica voltada para dentro da esfera aprisionando o óleo enquanto a parte polar fica voltada para água. Elas também envolvem e deslocam as partículas de sujeira de natureza lipofílica* para o interior das micelas, mantendo as partículas de gordura em suspensão não permitindo que elas voltem a ter contato com a água (MIRSILI 2011). Figura 2: Estrutura da molécula de detergente e Micela *Nihil: sem adição de tensoativo *Lipofílica: indica que esta parte da estrutura tem afinidade com a gordura. 10
  • 11. A portaria nº353/1998 da ANVISA define que tensoativo biodegradável é toda a substancia química com características tensoativas que está susceptível a degradação e decomposição por microorganismos, essa degradação não pode gerar substâncias com grau de toxidade maior do que o da substância tensoativa original (ANVISA 2011). Um aspecto positivo do detergente, conforme protocolo sugerido pelo CRAM (Centro de Recuperação de Animais Marinhos), é no seu uso na reabilitação de aves afetadas por óleo, feito obrigatoriamente no banho do animal em detergente neutro líquido com enxágüe feito com água quente e corrente para livrar-lhe do óleo. (RUOPPOLO, 2004). 1.2 - CLASSIFICAÇÃO DOS TENSOATIVOS 1.2.1 - ANIÔNICOS Segundo BORSATO (2004) e CASTRO (2001) tensoativos aniônicos são aqueles que apresentam carga negativa em sua fase hidrofílica, e seu Carbono (C), liga-se ao enxofre (S) e ao fósforo (P). Esse é o tensoativo mais usado na fabricação de detergentes pois possui excelente poder de detergência e poder espumante, é essa a categoria mais importante levando em consideração seu volume utilizado mundialmente, dentre os tensoativos aniônicos mais utilizados na produção de detergentes estão o alquilbenzeno de sódio (C6H4(SO3H)(CS2)10CS3), dodecilbenzeno sulfonado de sódio (LAS, de fórmula química C7H15CH(C6H4SO3Na)C4H9) e o dodecilbenzeno sulfonado de cálcio. Como aponta BORSATO (2004) sua desvantagem se dá por problemas de solubilidade em água o que influencia negativamente o risco de turvação dos mananciais, além disso, esse tipo de tensoativo tem um impacto direto na saúde humana causando irritação e perda de umidade na pele do consumidor. A utilização desse tipo de tensoativo passou a ser regulamentada a partir da década 11
  • 12. de 80 devido a observação de seus negativos impactos ambientais nos cursos de água e estações de tratamento devido a sua taxa insuficiente de biodegradabilidade no ambiente, fazendo-se necessário a imposição da lei e método que exige uma degradação mais rápida do tensoativo. 1.2.2 – CATIÔNICOS BORSATO (2004), diz que tensoativos catiônicos são aqueles que apresentam carga positiva em sua fase hidrofílica e seus quatro átomos de carbono (C) ligam-se diretamente aos átomos de nitrogênio (N). Não são comumente usados na fabricação de detergentes domésticos,pois não possuem um poder de detergência eficiente, agem normalmente como lubrificantes com poder de eliminar a eletricidade estática na composição dos amaciantes. Gráfico 1: Variação da tensão superficial da água com o tipo e a concentração do tensoativo 1.2.3 - NÃO-IÔNICOS BORSATO (2004) e CASTRO (2001) descrevem os tensoativos não– iônicos como aqueles que não apresentam nenhuma carga em suas moléculas, ligando-se através de pontes de hidrogênio*. Possui ação de limpeza eficiente e baixa formação de espuma, são usados na produção de detergentes líquidos (em conjunto com tensoativos aniônicos potencializado suas ações tensoativas individuais), detergente em pó para lavagem de roupas e em produtos de higiene *Pontes de Hidrogênio: são interações que ocorrem entre o átomo de hidrogênio e dois ou mais átomos, de forma que o hidrogênio sirva de "elo" entre os átomos com os quais interagem. 12
  • 13. pessoal como xampus e pastas de dentes. 1.2.4 – ANFÓTEROS São compostos por estruturas moleculares com grupamento ácido e básico, podendo ter comportamento aniônico ou catiônico, dependendo do meio que estão presentes. São comumente usado nas formulações de produtos higiênicos pois são facilmente solúveis em água mas com poder de detergência e formação de espuma pouco eficiente para a limpeza doméstica. (BORSATO 2004 e CASTRO 2001) 1.3 - BIODEGRADABILIDADE DO DETERGENTE Os primeiros detergentes produzidos apresentavam problemas com a degradação no meio ambiente e tornavam-se altamente poluidores. Eles causam a formação de espuma cobrindo a superfície dos rios, e estações de tratamento de rede e esgoto. Nessa época a base para a fabricação do detergente era o propeno, (C3H6), um gás incolor. Este composto usado na fabricação originava tensoativos com cadeias ramificadas, e de difícil degradação pelas bactérias. Esse tipo de detergente foi com o passar do tempo sendo substituído por outros que possuíam degradabilidade (NETO et al 2011). Segundo INDI (2011) e ROCHA et al (2004), a biodegradação de um tensoativo é definida através da destruição dos compostos químicos pela ação biológica dos organismos vivos (microorganismos aeróbios como Scheria coli), resultando na formação de água (H20), gás carbônico (CO2), gás carbônico e sais inorgânicos. O processo de deteriorização de um produto depende da capacidade de um microorganismo e produzir enzimas* degradativas adequadas: esse processo é chamado de biorremediação, onde organismos vivos, normalmente plantas e microorganismos são usados para remover ou reduzir o poluente no ambiente (BELLINASSO et al 2005 e SIRONI 2009). *Enzimas: As enzimas são proteínas especializadas na catálise de reações biológicas. 13
  • 14. Um detergente quando não biodegradável é ruim para o meio ambiente mas valorizado por quem os fabrica pois a estabilidade dos tensoativos e suas ligações conferem ao produtos final um tempo quase infinito para sua deterioração, ou seja, pois sua validade é indeterminada (ROCHA et al 2004). As diferenças encontradas entre os sabões e detergentes situam-se, principalmente, em sua forma de atuar em águas duras e águas ácidas. Os detergentes, nessas águas, não perdem sua ação tensoativa, enquanto que os sabões, nesses casos, reduzem grandemente e até podem perder seu poder de limpeza. Os sais formados pelas reações dos detergentes com os íons (Ca 2+) e magnésio (Mg2+), encontrados em águas duras, não são completamente insolúveis em água, o que permite ao tensoativo sua permanência na solução e sua possibilidade de ação. Em presença de águas ácidas, os detergentes são menos afetados, pois possuem também caráter ácido e, novamente, o produto formado não é completamente insolúvel em água, permanecendo, devido ao equilíbrio das reações químicas, em solução e mantendo sua ação de limpeza (ZAGO et al 2011). Segundo CASTRO (2011) há tensoativos biodegradáveis (compostos químicos que podem ser degradados por ação de microorganismos), como por exemplo o ABS (Alquilbenzeno Sulfonato de Sódio), produzido a partir da reação do alquilbenzeno com ácido sulfúrico (H2SO4) e soda cáustica (NaOH) com estrutura química modificada (cadeia lateral linear), pois sem ser dessa forma sua taxa de biodegradabilidade é insuficiente, ou seja, os microorganismos degradam as cadeias ramificadas numa taxa extremamente lenta o que causa a produção de espumas nos cursos de água e nas estações de tratamento (BORSATO 2004). O Alquilbenzeno Linear sulfonado (LAS) é o tensoativo aniônico industrial mais importante no setor de produção de detergentes e produtos de limpeza doméstica, principalmente por ser biodegradável e não causar impacto ao meio ambiente, além disso sua fabricação para o produtor é mais econômica e eficaz (ALMEIDA 2011 e BORSATTO 2004). 14
  • 15. Gráfico 2: Curva de biodegradação de um tensoativo de cadeia ramificada ( ) e de cadeia ( ) linear No Brasil, no início na década de 80 o Ministério da Saúde proibiu a partir de janeiro de 1981 (art. 68 do decreto nº 79.094) a fabricação, comercialização ou importação de saneantes* de qualquer natureza (detergentes) contendo tensoativo aniônico não biodegradável, seguindo a tendência mundial (BORSATO 2004). 1.4 – O IMPACTO AMBIENTAL DO DETERGENTE Os detergentes são nutrientes de algas e, quando vão parar num lago, favorecem a proliferação delas. Esse crescimento exagerado impede a entrada de luz solar; assim, as algas do fundo morrem (por falta de luz) e começam a apodrecer. Esse apodrecimento consome oxigênio da água, o que, por sua vez, acarreta a morte dos peixes. Esse processo é chamado de eutrofização do lago (do grego eu, "bem", e trophein, "nutrir") (PERUZZO et al 2003). As aves aquáticas também são muito prejudicadas, elas possuem um revestimento de óleo em suas penas e boiam na água graças à camada de ar que fica presa debaixo delas, quando esse revestimento é removido, pela presença de detergente na água , essas aves não conseguem mais boiar e se afogam. (PERUZZO et al 2003). *Saneantes: Substâncias ou preparações destinadas à higienização, desinfecção ou desinfestação domiciliar. 15
  • 16. O uso excessivo dos produtos convencionais de limpeza, podem causar danos também à saúde, através de micoses, reações alérgicas e ressecamento cutâneo, esses produtos, "contêm muitas substâncias químicas e acabam removendo o manto lipídico da pele, uma espécie de cobertura, composta por ceras e agentes hidratantes, que produzimos diariamente para servir como barreira. Por isso, o ressecamento é imediato" (AGOSTINI, 2009). 1.5 – O IMPACTO DO FOSFATO Quimicamente, de acordo com CATHARINO (2003) os fosfatos são sais de fósforo que funcionam como substâncias básicas carregadoras de oxigênio. Eles se apresentam de acordo com FARIA et al (2011) de forma orgânica (ligada a compostos orgânicos) ou de forma inorgânica (polifosfatos, ortofosfatos e tripolifosfato de sódio - STPP), sendo que a última forma é de maior interesse visto que sua origem se dá nos detergentes. A indústria de produtos de limpeza usa os fosfatos como reforçadores do poder do detergente trabalhando no desempenho dos tensoativos aniônicos, adicionados à formulação do detergente para agir com excelência sobre as águas duras (águas com altas concentrações de sais dissolvidos) para anular íons metálicos (principalmente os de cálcio e magnésio) tornando o ambiente aquático alcalino* e suscetível à limpeza. A dureza das águas brutas do Estado de São Paulo atinge valores entre 12 a 53 microgramas (µg) por litro (L). (ALONSO 2002, BORSATO 2004, CASTRO 2001 e ROCHA et al 2004) No ambiente aquático, o fosfato não é considerado tóxico, mas contribui para a eutrofização* do meio, servindo de nutrientes para as algas e a redução de oxigênio presente nas águas o que aumenta a Demanda Bioquímica de Oxigêncio (DBO), responsável pela oxidação do excesso de matéria orgânica, quando a concentração de O2 é muito baixa no ambiente as bactérias anaeróbias* tornam- se imprescindíveis no processo de decomposição que nesse caso não é feito a *Eutrofização: Fenômeno causado pelo excesso de nutrientes nos ambientes aquáticos, o que leva o aumento de algas no ambiente. *Bactérias Anaeróbicas: Que não necessitam de Oxigênio. 16
  • 17. partir da oxidação e sim da redução de matéria orgânica o que resulta em compostos concentrados, fétidos e tóxicos (ROCHl et al 2004) . Eutrofização segundo o CONAMA (2011), na resolução 359 de 29 de abril de 2005 é a produção orgânica excessiva em determinado corpo hídrico em função da elevação da concentração de nutrientes na água, principalmente fósforo (P) e nitrogênio (N). A utilização de fósforo (P) nos detergentes e saponáceos, na forma de tripolifosfato de sódio (STPP), teve início logo após a 2ª Guerra Mundial e, desde a década de 60, seus impactos sobre a qualidade das águas são discutidos mundialmente. Atualmente, países como a Suécia, Alemanha e Japão, por exemplo, baniram o uso de STPP da fórmula desses produtos, já que esta tem sido considerada a principal fonte de fósforo nas águas (ATHANÁSIO 2010). Algumas represas são atingidas, peça presença de fósforo, cerca de 86% dos Rios dos reservatórios de São Paulo, apresentam situação preocupante segundo o presidente da CETESB. Na represa Billings e na Guarapiranga a presença de fósforo é vista acima dos níveis aceitáveis. Na represa Billings os valores chegam a atingir cerca de 5.000 mg/kg, concentração dez vezes superior a encontrada em outros ambientes aquáticos não comprometido (ALONSO 2002). A constatação dos impactos negativos no ambiente gerados pelo acúmulo de fosfato levou à sua restrição quantitativa imposta pela Resolução de 359 de 29 de Abril de 2005 do CONAMA, onde se estabelece critérios para a utilização de fósforo na formulação dos detergentes em pó para o uso do mercado nacional, visando a redução e eventual eliminação do aporte de fósforo dessa fonte nos corpos de água (CONAMA 2011). Tabela 2: Limite de P (Fósforo) por formulação, onde GFI é média ponderada por grupo fabricante/importador segundo Resolução 359 de 29 de Abril de 2005. (Conama 2011). 17
  • 18. 2 – LIMÃO 2.1 – COMPOSIÇÃO Nome científico Citrus, em latim, quer dizer Limão. A única fruta que, por suas propriedades curativas especiais, conservou sua acidez natural (TRUCON¹ 2011). O limão pertence a família das Rutáceas* e tem como nome científico Citrus latifoli, Dicotyledonae. No suco do limão o ácido cítrico está presente numa concentração que varia de 5 a 7% dependendo da variedade, condições de cultivo, estação do ano e maturidade do fruto, vem da concentração desse ácido seu poder bactericida e antibiótico, sua fórmula química é C6H8O7 (Figura 3 e 4) e seu suco representa 50% do peso do fruto e contém de 20 a 40 mg de ácido ascórbico (Vitamina C) (MATOS 2007; SEAGRI 2011; ¹TRUCON 2011). O limão, dentre todas as frutas cítricas é o que contém a maior concentração de ácido cítrico em sua composição, as laranjas e tangerinas costumam conter entre 0,6 a 1,0% de ácido cítrico (C6H8O) na composição do seus sucos puros e frescos (¹TRUCON 2010). Figura 3: Estrutura Molecular do ácido cítrico (AMARAL 2010) *Rutáceas: Rutáceas é uma família botânica, de plantas angiospérmicas, com cerca de 150 gêneros, e muitas espécies. O gênero mais importante economicamente é o Citrus. 18
  • 19. Figura 4: Expresso de Ácido Cítrico no Limão (SPI 2011) A planta possui porte médio a grande e pode chegar a 4 metros de altura, é expansiva, curvada, vigorosa e sua folhagem é verde densa com folhas de tamanho médio; suas folhas novas e brotos tem cor purpúrea. A planta tem poucas ramificações, seu caule e ramos são de coloração castanho-clara e as flores, em formato de cachos, são alvas e violetas, seus frutos são ovais, oblongos, com casca fina, lisa ou ligeiramente rugosa, cor amarelo-pálida na maturação, conforme ilustrada na figura 5 (MATHIAS 2011; MATOS 2007; SEAGRI 2011). Figura 5 : Árvore do Limão Tahiti 19
  • 20. 2.2 – ORIGEM Existem diferentes versões sobre a forma como o limão tornou-se conhecido na Europa, alguns dizem que foi levado pelos muçulmanos, entre os séculos VII e IX durante o período em que ocuparam grande parte do continente europeu. A partir daí sua difusão foi rápida. No entanto, existem relatos de que os romanos já conheciam o limão, usando-o como medicamento, mesmo antes de o fruto ser trazido pelos árabes, outros relatos afirmam que o limão só foi introduzido na Europa com as primeiras navegações dos romanos em direção às Índias Orientais. Sua primeira referência bibliográfica encontra-se no livro de Nabathae sobre agricultura, datando do século III ou IV (MATOS 2007; ²TRUCOM 2011; RADAR 2011). Nas Américas, o limão chegou no século XVI, junto com os primeiros conquistadores portugueses e espanhóis, no Brasil veio em meados de 1920, quando em razão da epidemia de gripe espanhola seu cultivo tornou-se importante e seus frutos eram vendidos à “peso de ouro” devido sua característica medicinal e escassez de recursos (MATHIAS 2011). Atualmente, o Brasil é o segundo maior produtor mundial de limão, especialmente do Limão Tahiti, que é um fruto híbrido (resultado do cruzamento de espécies), resultante de um cruzamento entre a Lima da Pérsia e o limão Cravo, motivo pelo qual não apresenta sementes. Por ser um híbrido, muitos não consideram o limão-Tahiti um limão, mas uma "lima ácida" pertencente a família das Rutáceas de nome científico Citrus aurantifolia Swingle, em inglês esta variedade chama-se "lime", enquanto, o limão Siciliano é chamado "lemon" (²TRUCOM 2011; EMBRAPA 2011). Com plantios acima de 40 mil hectares, o limão Tahiti tem grande importância comercial nacional. Os maiores produtores são os estados de São Paulo com 70% e Rio de Janeiro com 8% da produção nacional. A Bahia, situada entre os cinco maiores produtores nacionais, tem as regiões econômicas do Litoral Norte e Recôncavo Sul como maiores produtores do limão Tahiti. Sua área plantada está acima de 1.000 hectares como demonstrado na figura 6, (SEAGRI 2011). 20
  • 21. O limoeiro-taiti é plantado em praticamente todos os estados brasileiros e também nos países da América do Sul, Central, México e nos Estados Unidos, no estado da Flórida. .O Brasil e o México são os maiores produtores desse limão, suprindo mais de 70% do mercado mundial onde Espanha e Itália são os maiores consumidores da safra nacional como mostra a figura 6 (IBRAF 2011; IEA 2011; RADAR 2011). Figura 6: Gráfico de porcentagem da produção de limão por região brasileira (IEA 2011) 21
  • 22. Tabela 3: Volume de exportação de limões no Brasil (IBRAF 2011) Tabela 4: Volume de importação de limões no Brasil (IBRAF 2011) 22
  • 23. No Brasil, São Paulo lidera a produção e os estados do Rio de Janeiro e Bahia são destaques (RADAR 2011; EMBRAPA 2011). Tabela 5: Consumo de Limão pelos Importadores Brasileiros (IEA, 2011) Atualmente, 85% da safra brasileira de limão tahiti é comercializado no mercado interno sob a forma "in natura"*, outros 10% são processados e 5% se destinam ao mercado externo, conforme tabelas 3, 4 e 6 (FRANCO 2011; EMBRAPA 2011). Tabela 6: Produção Nacional de Limão em 2009 (EMBRAPA 2011) 2.3 – CULTIVO O cultivo é fácil, e a árvore demanda pouco espaço. A árvore tem poucas ramificações atingindo, assim até seis metros de altura (MATHIAS 2011). *In Natural: são produtos consumidos sem nenhum processamento. Colhido diretamente do pé. Sem agrotóxicos. 23
  • 24. Condições ideais de cultivo: 2.3.1 - CLIMA O clima deve ser ameno a quente pois o fruto se desenvolve entre 23° e 32°C*graus, como a maioria da espécie do gênero citrus em períodos de falta de chuva e sob a temperatura constante de 12 à 13ºC a planta tem seu crescimento paralisado, já a temperatura elevada ajuda no amadurecimento do fruto encurtando o período de floração (MATHIAS 2011; MATOS 2007; SEAGRI 2011). A umidade relativa do ar é outro fator importante tendo em vista a susceptibilidade a doença por fungos, devendo estar entre de 70% à 80%. (SEAGRI 2011) 2.3.2 - SOLO O limão Tahiti como as demais plantas cítricas não é muito exigente adaptando-se bem em tipos que variam de muito arenosos a relativamente argilosos. Os ideais são solos leves, bem arejados profundos e sem impedimentos. Evitam-se os muitos argilosos, porque dificultam o crescimento e a aeração das raízes, prejudicam o desenvolvimento da planta e criam condições favoráveis ao aparecimento de doenças (EMBRAPA, 1998). Solos com pH entre 5,5 e 6,5 são ideais (MATHIAS, 2011 e MATOS, 2007). O sucesso da irrigação depende de um projeto bem elaborado sobretudo de um manejo adequado da água. Os sistemas mais utilizados são os de aspersão que assemalha-se a chuva, a água aplicada embaixa da copa reduz percas por evaporação, a irrigação localizada pode ser por gotejamento ou microaspersão e jato pulsante conforme figura 7 (EMBRAPA, 1998). A propagação mais indicada é por enxertia* e as podas devem reduzir-se à eliminação de galhos secos, doentes ou praguejados e nascidos abaixo do ponto de enxertia como demonstrado na figura 8 (SEAGRI 2011). *°C: Graus Celsius (Unidade de Temperatura). *Enxertia: A enxertia é a união dos tecidos de duas plantas. 24
  • 25. Figura 7: Irrigação do limoeiro por gotejamento. Figura 8: Processo de Enxertia para propagação do limão. A adubação deve ser feita 60 dias após plantio, recomenda-se aplicar 50 gramas de uréia por planta repetindo-se 30-40 dias após. A partir do 2º ano recomenda-se as doses descritas na Tabela 7, em gramas por planta na Bahia (SEAGRI 2011): Tabela 7: Adubação no decorrer dos anos (SEAGRI, 2011) . Para evitar a deficiências de zinco (Zn) e manganês (Mg) recomenda-se pulverizações foliares com solução composta de 300 gramas de sulfato de zinco 25
  • 26. (ZnSO4), 300 g. de sulfato de manganês (MnSO4), 300 gramas de cal (CaCO3) em 100 litros de água (SEAGRI 2011). 2.3.3 - COLHEITA O limoeiro-taiti floresce e frutifica ao longo do ano, mas tem maior produção de janeiro a junho e menor oferta de julho a dezembro. A diferença no preço é muito grande entre essas épocas mencionadas e pode chegar de 5 a 10 vezes mais na entressafra. Para se conseguir melhor preço pelos frutos, o produtor deve eliminar os frutinhos na época de alta produção e adotar manejo adequado na irrigação e na adubação, e assim conseguir alta produção na entressafra (RADAR 2011). O plantio de 2 a 3 árvores de limoeiro da variedade Tahiti são suficiente para o uso doméstico elas florescem várias vezes ao ano principalmente quando se faz periodicamente a retirada de frutos do pé. A produção é de 80 a 100 quilogramas de limão por árvore, a colheita inicia-se após três anos do início de cultivo, com floração nos meses de setembro e outubro. Em quatro meses, pode ser feita a colheita, que dura 120 dias. Em São Paulo pomares produzem 8 a 15 quilogramas por planta (3º ano), 64 a 86 quilogramas por planta (5º ano) e 98 a117 quilogramas por planta (7º ano) (MATHIAS 2011; MATOS 2007). 2.3.4 - DOENÇAS Algumas doenças podem atacar o limoeiro, as principais estão descritas abaixo. Doenças Causadas por fungo:  GOMOSE: Agente causal: Phytophthora citrophthora e Phytophthora parasítica. Os sintomas são lesões na parte basal do tronco, nos ramos mais baixos e nas raízes, com formação de goma exudada através de rachaduras na casca (Foto 9). As folhas tornam-se amarelas nas nervuras principais e secundárias, devido à menor circulação de seiva. As plantas atacadas apresentam queda de folhas, morte dos ramos e, por fim, morte da planta. (AGROMUNDO 2011 e FACHINELLI 2011). 26
  • 27. Foto 9: Rachadura no tronco, formação de goma ( FACHINELLI 2011).  CANCRO DO TRONCO DO LIMÃO TAHITI: A doença afeta, principalmente, o limão Taiti, é de ocorrência recente, porem tem caráter destrutivo, chegando a matar a planta em poucos meses. Os sintomas se caracterizam por um amarelecimento localizado ou generalizado da copa, reflexo da destruição dos vasos de condução de seiva causado por uma lesão que se inicia próximo ao local da copa/porta-enxerto e que evolui apenas para os tecidos do limão Taiti. (AGROMUNDO 2011 e FACHINELLI, 2011).  VERRUGOSE: É causada pelo fungo Elsinoe fawcetti, na laranjeira azeda e limoeiro. A verrugose ataca somente tecidos jovens e os maiores prejuízos são causados quando ocorre nos frutinhos, nos quais a casca adquire manchas corticosas que prejudicam a aparência como mostra a foto 10 (FACHINELLI 2011): Foto 10: Limão com Verrugose ( FACHINELLI, 2011).  FUMAGINA: A doença é causada por fungos de revestimento do gênero Capnodium que produzem micélio espesso, fuligíneo que recobre folhas ramos e frutos. Esse revestimento envolve uma associação entre o fungo e 27
  • 28. cochonilhas, as quais produzem secreções açucaradas para o desenvolvimento do fungo. Como o revestimento negro pode cobrir toda a planta este fungo pode ser confundido com o principal agente causal do distúrbio que são os insetos. O maior dano da fumagina é a redução na fotossíntese, com redução no crescimento das plantas e redução do tamanho das frutas (FACHINELLI 2011 e AGROMUNDO, 2011). Doenças causadas por vírus:  TRISTEZA: Doença causada por vírus, que é transmitida das plantas doentes para as plantas sadias através do pulgão preto (Toxoptera citricidus), o que faz da tristeza uma doença endêmica no Brasil. Sintomas de nanismo, hipertrofia foliar e caneluras nos tecidos do lenho da planta são mais fortes ou mais fracos em função dos diferentes tipos do vírus que podem estar atacando as plantas.( AGROMUNDO e FACHINELLI, 2011). Foi criado um novo inseticida que ajuda no controle dos pulgões , o nome do produto é Sumidan 150. Ele age no sistema nervoso dos insetos. Outro produto usado para controle também é o Tiger, que auxilia no controle de ovos e ninfas dos insetos. (IBRAF 2009).  EXOCORTE: Doença causada por viróides que circulam na seiva da planta, e são disseminados pelas mudas. Os sintomas ocorrem nos porta-enxertos, sendo que no caso da Exocorte é um descascamento dos tecidos superficiais seguidos de um acentuado nanismo. Os sintomas se manifestam a partir dos 4 aos 7 anos de idade em plantas infectadas e são caracterizados pelo definhamento das plantas, vegetação esparsa e cloroses nas folhas (AGROMUNDO e FACHINELLI 2011).  PODRIDÃO ESTILAR DO TAHITI: É uma desordem fisiológica que se manifesta na pós colheita e ocorre em frutos maduros ou muito próximos da maturação. Os sintomas acontecem porque ocorre um rompimento das vesículas de suco, que, liberado invade a casca, causando a podridão dos tecidos e formando, uma pequena lesão de coloração parda, situada na parte de baixo do fruto, que expande–se em seguida, ocupando uma grande área (AGROMUNDO 2011). 28
  • 29. 2.4 BIODEGRADABILIDADE Devido suas características físico-químicas o ácido cítrico é altamente móvel no ambiente e é facilmente partido para o meio aquático, o ácido cítrico é rapidamente degradado em obras tanto de esgoto e de superfície, sua baixa toxicidade se dá para peixes de água doce, dáfnias, algas e também para espécies marinhas. Da mesma forma, o ácido cítrico não tem potencial tóxico contra protozoários e muitas espécies ou estirpes de bactérias, assim ele não é julgado uma substância que apresenta perigo para o ambiente (KARLAGANIS 2010). 2.5 APLICAÇÕES NA LIMPEZA O limão é eficiente na limpeza e desinfecção por seu poder ácido (o ácido cítrico em um fruto de limão pode chegar a 7%), ele remove sujeiras e manchas de ferrugem e aliado ao sal tem seu poder de limpeza potencializado. De diversas formas pode ser usado para limpeza doméstica como substituto da àgua sanitária, removedores de mancha e ferrugem, sua utilização pode se dar (¹TRUCON 2011; BUCHALLA 2009; RINALDI 2011; CINTRA 2011):  NO BANHEIRO: Peças de louças encardidas podem ser limpas ao se esfregar um pedaço de limão diretamente no local, deixe por 30 minutos e lave com água em seguida (SALLES 2006).  NAS ESPONJAS DE BANHO: Para desinfecção é necessário lavar a esponja com água fervendo e caldo de limão (1 limão para 1/2 litro de água) (SALLES 2006).  NO FOGÃO: As bocas do fogão podem ser limpas se ainda quentes tiverem a adição de gotas de limão e sal de cozinha esfregadas com esponja de aço, assim além de limpas obtém brilho (SALLES 2006; RINALDI 2011).  LOUÇAS DE PORCELANAS: Frequentemente manchadas ao longo do tempo podem ficar livres do encardido se esfregadas com a metade de um limão molhado em um pouquinho de sal e lavadas com água quente na 29
  • 30. sequência ou ¼ de xícara de chá de limão diluída em água tem o mesmo efeito (SALLES 2006; RINALDI 2011).  MACHAS EM TECIDO: Esfregar o limão diretamente na mancha ou pôr o tecido de molho com pedaços do limão (RINALDI 2011)  AMARELAMENTO DE TECIDOS: O limão substitui a água sanitária branqueando a peça de roupa não deixando a mesma com aparência de desbotado, pode-se ferver a peça branca com fatias de limão, após um repouso a peça pode ser lavada normalmente (FERREIRA 2010; BUCHALLA 2009).  FERRUGEM: Pode ser combatida ao esfregar-se suco de limão na parte manchada e com a aplicação por cima de um pouco de sal. Deixe em descanso por 15 minutos e friccione levemente com esponja de aço (em superfície) e sabão de coco (para tecidos, devendo o mesmo ser lavado após a secagem) (SALLES 2006; CINTRA 2011; RADAR 2011).  TÁBUA DE CARNES: Suscetível a proliferação de bactérias e odores pode ser desinfectada se for esfregada com um pedaço de limão e enxaguada com água na sequência (SALLES 2006).  MADEIRA: Para lustrar móveis, misture duas partes de azeite de oliva para uma parte de suco de limão. Esfregue a mistura em um móvel e retire o excesso (ECOD 2011).  BAGAÇO: Pode ser reaproveitado para eliminar o cheiro de peixe de talheres e panelas só esfregando (RADAR 2011).  AGENTE TAMPONANTE: essa ação do limão funciona como agente de estabilização do pH em meios aquosos, sendo ele o principal agente de alcalinização do metabolismo orgânico de homens e animais (³TRUCON 2010). A limpeza verde tradicional consiste em adotar produtos de limpeza menos tóxicos e práticas que visam melhorar a qualidade do ar, o que resulta em melhoria da qualidade de vida. A maior parte dos programas de “limpeza verde” se concentra na diminuição do uso de substâncias químicas de limpeza tóxicas. No entanto, um programa completo de ações "verdes" engloba a visão de um sistema 30
  • 31. que inclua todos os aspectos da produção de materiais de limpeza, desde o plano inicial de utilização dos materiais até o descarte desses materiais e a reutilização de todo o trabalho de manutenção nas instalações das empresas, incluindo equipamentos da cadeia de fornecimento (FEBRAC 2011). 2.6 - CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO No limão existem substâncias que podem manchar a pele e dependendo da forma e quantidade de suco no manuseio essas manchas podem evoluir para uma queimadura de até 3º grau, essa reação é chamada fitofotodermatose uma inflamação da pela causada pela exposição do ácido cítrico à radiação solar, essa ação inflamatória é uma reação fototóxica aos compostos químicos, fotossensibilizantes* presentes em frutas cítricas e vegetais tais como: limão, tangerina, laranja, lima, figo, manga e vegetais como aipo, coentro, cenoura, erva- doce e salsa (4TRUCOM 2011). As manchas também podem aparecer devido uma manifestação alérgica denominada fitofotomelanose e ocorre principalmente nas mãos, braços e bocas provocadas por um elemento chamado bergapteno presente nas cascas e frutas verdes absorvidas pela pele, ao entrar no organismo essa substância absorve grande quantidade de radiação, que provoca inflamação na pele (CABRAL 2011). 4 Dessa forma, é necessário segundo TRUCOM (2011) tomar alguns cuidados ao manusear o suco do limão:  Não fazê-lo exposto ao sol.  Lavar muito bem as mãos antes de expor-se ao sol e de preferência usar filtro solar quando o fizer.  Usar luvas e se houver possibilidade um espremedor elétrico para extrair o suco do limão. *Fotossensibilizantes: Absorvem Radiação 31
  • 32. 3 – ÁGUA SANITÁRIA 3.1 DEFINIÇÃO Segundo a ANVISA, na portaria 89 de 25 de Agosto de 1994, água sanitária é toda solução aquosa a base de hipoclorito de sódio (NaCl) ou cálcio (NaClO). Seu teor de cloro (Cl) ativo deve estar entre 2,0% a 2,5%, durante o prazo de validade. O pH* máximo do produto puro é de 13,5, e do produto diluído a 1% (p/p*) é de 11,5 ;incluindo que a água , para produção da água sanitária deve ser potável. Sua ação de limpeza é de alvejante e desinfetante de uso geral. É altamente corrosivo e solúvel na água decompondo-se à presença de luz solar (ARAÚJO et al 2010; TEVES 2003). Outro composto importante da água sanitária é o cloro, do latim clorum é um composto de hidrogênio e cloro de elemento químico Cl, ele e seus compostos são usados para branquear tecidos e papéis, na desinfecção e oxidação. É um produto muito poluente ao meio, pois o efeito sanitário extermina toda forma de vida, inclusive nos ambientes aonde é despejado (rios e solos). (IPEMA 2011; 2003). Na análise da tabela 8, realizada pelo INMETRO, foi testado o teor de Cloro na água sanitária, apenas uma das marcas apresentou teor de cloro acima do permitido pela ANVISA, podendo afetar assim a saúde do consumidor e uma marca apresentou um teor de cloro abaixo do especificado, lesando assim o cliente em relação a sua eficácia (INMETRO 2011). Em contrapartida, temos uma análise feita em um trabalho cientifico conforme tabela 9, onde podemos verificar que praticamente todas as águas sanitárias testadas estão com o teor do cloro acima do que a ANVISA recomenda. Essa água sanitária muitas vezes é utilizada em consultórios dentários , pois os cirurgiões dentistas não tem acesso a farmácias de manipulação para obter soluções irrigantes a base de hipoclorito de sódio. (GUERISOLI et al 2011). *pH: Potencial Hidrogênico, termo que expressa a intensidade da condição ácida ou básica de um determinado meio. *p/p: peso em peso 32
  • 33. Marca Teor de Cloro RESULTADO (2,0% p/p a 2,5% p/p) A 2,37% p/p Conforme B 2,33% p/p Conforme C 2,36% p/p Conforme D 2,33% p/p Conforme E 2,80 % p/p Não conforme F 2,29% p/p Conforme G 2,48% p/p Conforme H 2,02% p/p Conforme I 2,33% p/p Conforme J 1,35% p/p Não conforme L 2,44% p/p Conforme Tabela 8: Análise de teor de cloro em determinadas marcas de água sanitária (INMETRO 2011) Marca pH Condutividade Teor de Fator de (mS) cloro (%) diluição Ajax 13,35 108,63 2,74 Brilhante 13,44 108,57 2,73 Cândida 12,61 77,17 2,66 Candura 12,63 72,30 2,95 Clorisol 12,89 67,90 2,54 Daclor 12,92 87,80 2,80 0,68:1 Dona Clara 12,68 73,80 2,87 Floky 12,91 96,60 2,53 Q-Boa 12,65 74,50 2,55 Roupalin 12,52 74,43 2,75 Super Globo 12,56 74,60 2,81 Tabela 9: Análise de teor de cloro em determinadas marcas de água sanitária. 33
  • 34. 3.2 ORIGEM O uso do hipoclorito de sódio como desinfetante teve origem no fim do século XVIII, na época era conhecida como água de Javelle. Em 1820, o hipoclorito de sódio foi utilizado na concentração de cloro ativo (2,5%) para desinfetar feridas, porém, essa destinação foi pouco usada devido ao potencial de irritação dos tecidos pela substância (BECKER et al 2007). O cloro começou a ser utilizado, na Primeira Guerra Mundial, o mesmo foi utilizado pelos cirurgiões militares Dakin e Carrel (Prêmio Nobel de 1912), que inventaram um procedimento de desinfecção de lesões profundas usando a solução de Dakin, desinfetante a base de cloro, que permitiu evitar a proliferação dos casos de gangrena e infecções. (CLOROSUR 2011). 3.3 - IMPACTOS A água sanitária é muito eficiente na limpeza e desinfeçcão mas contém substâncias tóxicas como a soda caústica (NaOH), o cloro (Cl) e o hidróxido de sódio (NaOH), o excesso de cloro nas águas sanitárias, podem ser muito prejudicial a saúde humana. Os organoclorados, por exemplo, são compostos que formam a base de muitos compostos químicos a base de cloro,essas são substâncias voláteis tóxicas. No caso das águas sanitárias, quando as mesmas entram em contato com produtos a base de amoníaco, liberam o gás tóxico chamado cloramina. Esse gás tóxico provoca irritação na pele, nos olhos e nos pulmões. Causam dor de cabeça , náusea e prejudicam o sistema nervoso central, é cancerígino seu efeito mutagênico é comprovado em estudos de observações junto a algumas células de mamíferos. A cloramina pode ser fatal (ARAÚJO et al 2010; TEVES 2003; PRECIOSO 2008;TAPS 2011). O INMETRO solicitou ao Centro de Assistência Toxicológica – CEATOX, do Hospital das Clínicas do Estado de São Paulo, um levantamento estatístico sobre o número de atendimentos hospitalares devido à intoxicação com água sanitária, conforme tabela 10, onde pôde-se constatar que houve, em média, 54 casos de intoxicação por água sanitária no período de agosto de 2003 à março de 2004, ou 34
  • 35. seja, aproximadamente 11% do total de atendimentos do período eram por esse motivo (INMETRO 2004). AGO/03 SET/03 OUT/03 NOV/03 DEZ/03 JAN/04 FEV/04 MAR/04 TOTAL Total 54 67 44 60 74 68 57 59 483 Tabela 10: Média de intoxicações por água sanitária no período de no Hospital das Clínicas do Estado de São Paulo. Quando a água sanitária é adquirida em lugares que não possam garantir a procedência do produto, o tratamento para desintoxicar a vítima é ainda mais difícil porque não há informações sobre os componentes da fórmula. Além disso, nos produtos clandestinos podem existir a presença de corantes (nocivos à saúde) utilizados para tornar o produto mais atrativo,eles podem ser alvo de consumo por crianças que o confundem com uma bebida devido a sua coloração e ao tipo de garrafa onde é envasada. De janeiro à maio de 2010 no Rio Grande do Norte cerca de 70% dos casos atendidos no Pronto Socorro do Hospital Giselda Trigueiro foram causados por intoxicação através da água sanitária, desse total 50% das vítimas eram crianças (INMETRO 2004; CAMPELLO 2010). Quando o cloro se mistura com substâncias orgânicas naturais , formam os THMs , são os chamados trialometanos (THMs*). Estudos sobre os THMs, mostram que os mesmos podem danificar a glândula tireóide, causar tumores canceriginos e,afetar o sistema nervoso, fígados, rins e podem causar distúrbios reprodutivos. O risco de câncer entre as pessoas que usam água clorada é de 93%, comparada aquelas pessoas que não usam água clorada, estudos apontam impactos à saúde entre grupos de pessoas expostas a produtos cloratos, e a correlações de orgânicos clorados com certas formas de câncer e problemas neurológicos e no sistema hormonal de seres vivos (da reprodução de espécies selvagens à sexualidade humana) (VENTURA 2010; COSTA 1997). O impacto do cloro no meio ambiente é uma preocupação que data a década de 60, Rachel Carson praticamente fundou o movimento ambientalista *THMs: constituem um grupo de compostos orgânicos que se consideram derivados do metano (CH4). 35
  • 36. com o livro “Primavera Silenciosa”; sua preocupação atingia o uso do cloro pois isso gera um volume elevado de efluentes tóxicos (principalmente no uso industrial do cloro para o branqueamento da celulose) (COSTA 1997). A água sanitária só pode ser comercializada com registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária, órgão regulamentador de saneantes ou domissanitários) que deve, periodicamente, realizar fiscalizações com o objetivo de verificar se as empresas estão obedecendo as regras de fabricação e os rigorosos controles de qualidade dispostos na PORTARIA nº 89, DE 25 DE AGOSTO DE 1994 da ANVISA que inclusive proíbe o uso de corantes e aromatizantes nesse tipo de substância (INMETRO 2004; ANVISA 1994). 3.4 - AÇÃO NA LIMPEZA O maior composto da água sanitária, o hipoclorito de sódio é altamente reativo com os aminoácidos das proteínas alterando sua estrutura fazendo com que elas percam sua forma (ou desapareçam), oxidando assim a matéria orgânica (SANTOS 2008). 3.5 – BIODEGRADABILIDADE O hipoclorito de sódio é um composto inorgânico, portanto, não está sujeito à degradação por microorganismos, sua instabilidade frente à interação com o solo, o calor e a luz solar fazem com que seus resíduos decomponham-se (BRAZMO 2008) 36
  • 37. 4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES O detergente é formado por um composto ativo chamado tensoativo, este a gente é responsável pela remoção de gorduras quando elas estão em contato com água, este tensoativo muitas vezes não é biodegradável e tem efeito acumulativo no ambiente sendo responsável pela maioria dos impactos negativos nos corpos hídricos. O art. 68 do decreto nº 79.094 de janeiro de 1981 proibi a fabricação ou comercialização de saneantes contendo tensoativos não biodegradáveis, antes disso o tensoativo usado era o ABS que possui cadeia ramificada de difícil degradação, após a imposição da lei foi criado o tensoativo LAS que tem sua estrutura molecular modificada sendo linear, mesmo assim, há o efeito bioacumulativo no ambiente. Embora o detergente seja encontrado em todas as prateleiras de supermercados e tenha um preço acessível, tentamos sugerir o limão como alternativa para sua substituição. Devido as pesquisas realizadas durante o desenvolvimento do trabalho, descobrimos que o limão possui um diferencial em sua composição , o ácido cítrico. Este ácido tem o poder de limpeza, porém não substitui o detergente , por não ter em sua composição o tensoativo. Ele limpa, por ter seu poder ácido, porém não consegue remover as gorduras com tanta eficiência. O mesmo é semelhante a água sanitária, que corroi e oxida a matéria orgânica. O limão poderá ser um bioalternativo substituto á água sanitária, pois a mesma assim como o detergente também gera muitos impactos no ambiente. O seu componente principal, que é o cloro, tem efeito acumulativo no ambiente, e a presença desenfreada desse composto na água, forma substâncias chamadas Trialomeatanos. Esses compostos tem efeito cancerigino, quando em contato com a matéria orgânica. 37
  • 38. Comparando os itens estudados no presente trabalho, observamos que os três compostos tem ação de limpeza, cada qual com sua propriedade física e química, porém só o detergente apresentou propriedades que removem de fato a gordura. 5-CONCLUSÃO Conclui-se com esse levantamento bibliográfico que o limão como alternativa ao detergente é pouco viável pois ele não tem ação sobre as gorduras. O detergente mesmo com todo o seu impacto, é único composto que consegue quebrar tensão superficial dá água, tornado-se necessário em algumas situações onde não pode ser substituído. Por se tratar de um composto utilizado no dia-a- dia, deve ser usado de maneira consciente, em associação com o sabão que é biodegradável, por possuir em sua estrutura os ácidos graxos, que são facilmente biodegradados pelos microorganismos na água. O limão foi apontado como um eficiente alternativo a limpeza por sua ação ligada à sua característica ácida (que corrói a matéria orgânica). Essa característica, serve para desinfeta, remover sujeiras e manchas de ferrugem, além disso, é acessível por seu cultivo ser simples e viável em um país como o Brasil com condições climáticas que favorecem sua produção ao longo de todo ano. Com todas essas características chegamos a conclusão e algumas bibliografias nos mostraram que o limão substitui com perfeição a água sanitária pois possuem características semelhantes como suas ações bactericidas, desinfetantes e oxidantes. Vemos essa substituição como de suma importância devido ao fato da água sanitária gerar impactos tão agravantes quanto aqueles do detergente. O detergente gera impactos agravantes ao meio, e impactos significativos ao ser humano como alergias e dermatites. Porém, a água sanitária além de impactos ao ambiente, pode levar um ser humano a morte. A Cloramina ( composto gerado quando o cloro entra em contato com o amoníaco), é altamente tóxica, e se não leva o ser humano a morte, pode deixar seqüelas no organismo irreversíveis, como distúrbios reprodutores. Embora os dois compostos: detergente e água 38
  • 39. sanitária, tenham seus impactos expostos, acreditamos que o ser humano não deixará de usá-los assim de uma hora para outra. A substituição dos mesmos, pode ocorrer de forma gradativa, até por que, muitas pessoas não tem consciência do efeito do uso desses compostos na vida delas e no meio. Hoje já temos, algumas empresas que optam por utilizar produtos que não são muito tóxicos ao ambiente, o que demonstra que essa preocupação com os impactos causados pelos produtos de limpeza são legítimos, e que talvez em um futuro próximo, essa postura seja regra e não opção. . 39
  • 40. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGOSTINI Renata, “Limpo e Natural”; site [http://www.bolsademulher.com/mundomelhor/limpo-e-natural-5699.html] em 21/08/2009, acesso em 16/08/2011. AGROMUNDO. Doenças dos citros. Disponível em [http://www.agromundo.com.br/?p=17725], acessado em 07/11/2011. ALMEIDA, J. Luis de Almeida, Biodegradabilidade do LAB/LAS – Mitos e Realidades, disponível em [http://www.deten.com.br/Pagina/27/Biodegradabilidade-do-LAB-LAS--Mitos-e- Realidades.aspx], acessado em 19/08/2011 ALONSO, Renato. Fósforo utilizado em detergentes em pó prejudica qualidade de mananciais de água. Disponível em http://www.ambiente.sp.gov.br/destaque/workshop_fosforo.htm 10 de outubro de 2011. ALVES Líria, “Detergentes e Poluição”, disponível em [http://www.brasilescola.com/quimica/detergentes-poluicao.htm] acessado em 19/08/2011. AMARAL, A. Marco. Fermento Biológico ou Químico, como agem? . Disponível em http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=20691. Acessado em 12/12/2011. 40
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