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Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 1
CCuurrssoo ddee LLeettrraass aa DDiissttâânncciiaa
UUnniivveerrssiiddaaddee FFeeddeerraall ddee AAllaaggooaass
ee UUnniivveerrssiiddaaddee AAbbeerrttaa ddoo BBrraassiill
IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO ÀÀ EEDDUUCCAAÇÇÃÃOO AA
DDIISSTTÂÂNNCCIIAA ((PPaarrttee 22))
Professor Gonzalo Abio (Centro de Educação, UFAL)
gonzalo_ufal@yahoo.com.br
Revolução ou evolução? A imprensa de Gutenberg (século XV) e os estudantes
universitários indianos com o laptop Aakash de baixo custo (2011)
• O papel das tecnologias na sociedade
- O que são tecnologias e por que elas são essenciais?
• Uma definição de Educação a Distância?
• Evolução histórica da EaD
- Um pouco de história sobre a modalidade de estudo a distância
• Panorama atual da EaD no Brasil
- E no Brasil... Você conhece a história?
- A EaD nas universidades brasileiras
- A Universidade Aberta do Brasil
- Modelos de EaD que operam no Brasil
- Tecnologia mais utilizada na EaD
• Anexo I. Cronologia da EaD no Brasil
Maceió
2013
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 2
O papel das tecnologias na sociedade
O que chamamos agora de NTICs representa uma evolução e
não uma revolução com respeito às tecnologias mais antigas
da educação a distância (DANIEL, 2003, p. 167).
DANIEL, John. Educação e tecnologia num mundo globalizado.
Brasília: UNESCO, 2003.
A Educação a Distância (EaD) é, atualmente, um campo em
evidente expansão no Brasil, como forma de atender à
crescente e diversificada demanda por educação, sobretudo na
formação continuada de professores. Se, um dia, essa
modalidade educacional foi vista com desconfiança, hoje, o
desenvolvimento das tecnologias de informação e de
comunicação impulsiona seu crescimento. Contudo, a
introdução de sofisticados recursos tecnológicos em
velhas práticas educacionais não representa, por si só,
uma inovação pedagógica. Assim, os critérios para
analisar as propostas de EaD não devem estar voltados
para a mediação tecnológica, mas para a concepção
didático-pedagógica subjacente ao suporte tecnológico e à
sua utilização.
Elsa Guimarães Oliveira. Educação a distância na transição
paradigmática, Papirus Editora, 2003.
Você achou interessante esta citação anterior?
Cada unidade será iniciada assim, com citações que, de alguma
forma, têm que ver com o tema tratado.
Somos alunos de um curso de graduação nesta modalidade de estudos
semipresencial, mas também não podemos esquecer que nos
formaremos como futuros professores (se não é que exercemos essa
profissão já), por isso, o conhecimento sobre tecnologias e EaD deve
estar sempre perpassado pela reflexão sobre o uso pedagógico dessas
tecnologias e sua aplicação em contextos de estudo, seja na escola ou
fora dela.
Por exemplo, após a leitura dessa citação, com especial atenção para os
trechos destacados em negrito, pense no sentido desse texto e depois,
sugiro que apoie as ideias também com os resultados encontrados em um
estudo sobre uso de tecnologias na escola que encontrará aqui
http://bit.ly/1julSQD ou em outros textos semelhantes.
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 3
O que são tecnologias e por que elas são essenciais?
Carruagem de guerra sumério - 2.100 A.C. Algumas tecnologias proporcionavam
vantagens para os povos que as dominavam.
Como disse Kenski (2007), as tecnologias são tão antigas quanto a
espécie humana. Na verdade, foi a engenhosidade humana, em todos os
tempos, que deu origem às mais diferenciadas tecnologias. O uso do
raciocínio tem garantido ao homem um processo crescente de inovações.
Os conhecimentos daí derivados, quando colocados em prática, dão
origem a diferentes equipamentos, instrumentos, recursos, produtos,
processos, ferramentas, enfim, a tecnologias.
Desde o início dos tempos, o domínio de determinados tipos de
tecnologias, assim como o domínio de certas informações, distinguem os
seres humanos. Tecnologia é poder. Na Idade da Pedra, os homens –
que eram frágeis fisicamente diante dos outros animais e das
manifestações da natureza - conseguiram garantir a sobrevivência da
espécie e sua supremacia, pela engenhosidade e astúcia com que
dominavam o uso de elementos da natureza. A água, o fogo, um pedaço
de pau ou o osso de um animal eram utilizados para matar, dominar ou
afugentar os animais e outros homens que não tinham os mesmos
conhecimentos e habilidades.
Desde que surgiu a roda, - a primeira grande invenção tecnológica da
humanidade-, a grande maioria dos avanços tecnológicos são
impulsionados ou estão associados às guerras e poderio militar. Vale
lembrar, como exemplo, o caso dos aviões que foram aperfeiçoados e
utilizados na Primeira Guerra Mundial poucos anos após os primeiros
voos de Santos Dumont. Temos outro exemplo com as bombas
voadoras V1 e V2 alemãs cuja tecnologia serviu de base para o
desenvolvimento dos primeiros aviões a jato e foguetes espaciais.
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 4
Aviões, tanques, metralhadoras, encouraçados e bombas voadoras, a tecnologia a
serviço das guerras.
A Guerra Fria - iniciada logo após a Segunda Guerra Mundial e que
durante quase 50 anos dividiu o mundo em dois grandes blocos de poder
- impulsionou a ciência e a tecnologia de forma jamais vista na
história da humanidade. Muitos equipamentos, serviços e processos
foram descobertos durante a tensão que existiu entre os Estados Unidos
e a União Soviética pela ameaça, de ambos os lados, de ações bélicas,
sobretudo com o uso da bomba atômica. A corrida espacial, resultante do
avanço científico proporcionado por essa tensão, trouxe inúmeras
inovações: o isopor, o forno de micro-ondas, o relógio digital e o
computador.
O jornalista Fábio Reynol (2004) informa que
os aparelhos automáticos para medir pressão arterial encontrados
nas portas das farmácias são a evolução de equipamentos
desenvolvidos para astronautas, que precisavam de sistemas
práticos para avaliar a saúde no espaço. A válvula de um novo tipo
de coração artificial foi inspirada em uma bomba de combustível
de foguetes. Marca-passos são monitorados graças à mesma
tecnologia utilizada em satélites. E até a Fórmula l. famosa por ser
uma grande fonte de tecnologia, copiou dos trajes espaciais os
macacões antichamas de seus pilotos. Detectores de fumaça e de
vazamento de gás, tão comuns em construções hoje em dia,
vieram de pesquisas de similares que equipam veículos espaciais.
Também é graças ao espaço, que os ortodontistas contam hoje
com o Nitinol, uma liga que, por ser maleável e resistente, é muito
empregada na fabricação de satélites e que agora também
compõe os "araminhos" de muitos aparelhos ortodônticos. E até a
asa-delta, quem diria, não foi invenção de esportistas, mas de
Francis Rogallo. projetista da Nasa, que desenvolveu o aparato
para guiar espaçonaves depois da reentrada na atmosfera. O
inventor não imaginava que sua obra iria fazer muito mais sucesso
como esporte, modalidade inaugurada na década de 70.
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 5
Novas tecnologias ao se disseminarem na sociedade levam a novas
experiências e a novas formas de relação com o outro, com o
conhecimento e com o processo de ensino-aprendizagem. Foi assim,
no passado, com a disseminação da escrita, que é também uma
tecnologia. A própria origem da educação e da escola depende
muito desta tecnologia de recuperação de informação.
Para o filósofo francês Lyotard (1988; 1993), o grande desafio da espécie
humana na atualidade é a tecnologia. Segundo ele, a única chance que o
homem tem para conseguir acompanhar o movimento do mundo é
adaptar-se à complexidade que os avanços tecnológicos impõem a todos,
indistintamente. Dessa forma a educação tem um duplo desafio: adaptar-
se aos avanços das tecnologias e orientar o caminho de todos para o
domínio e a apropriação crítica desses novos meios.
A evolução social do homem confunde-se com as tecnologias
desenvolvidas e empregadas em cada época. Diferentes períodos da
história da humanidade são historicamente reconhecidos pelo avanço
tecnológico correspondente. As idades da pedra, do ferro e do ouro,
por exemplo, correspondem ao momento histórico-social em que foram
criadas "novas tecnologias" para o aproveitamento desses recursos
da natureza.
Também devemos considerar que devido aos avanços tecnológicos as
mudanças na sociedade acontecem cada vez mais rapidamente. Vale
pensar que passaram muitos anos desde a revolução agrária em que
os povos nómades começaram a cultivar a terra até a chegada da
revolução industrial, com as primeiras fábricas impulsionadas pela
energia dos rios, mas principalmente com a aparição das máquinas
movidas a vapor e logo, no limiar do século vinte, com os numerosos
inventos e tecnologias que surgiram com o uso da eletricidade.
Da sociedade agrária, passou-se à sociedade industrial e não é
necessário muito esforço para percebermos a rapidez com que as
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 6
mudanças de cunho tecnológico vêm ocorrendo em nossa sociedade
nas últimas décadas valendo-se dos avanços tecnológicos digitais.
Expressões como “sociedade da informação”, “sociedade
tecnológica” e “sociedade do conhecimento” têm sido utilizadas
para caracterizar a sociedade pós-industrial.
Sociedade agrária > sociedade industrial > sociedade da informação
A evolução tecnológica não se restringe apenas aos novos usos de
determinados equipamentos e produtos. Ela também altera
comportamentos. A ampliação do uso de determinada tecnologia
impõe-se à cultura existente e transforma não apenas o
comportamento individual, mas o de todo o grupo social. A já
mencionada descoberta da roda, por exemplo, transformou
radicalmente as formas de deslocamento, redefiniu a produção, a
comercialização e a estocagem de produtos e deu origem a inúmeras
outras descobertas. Outro exemplo é o telefone celular que muitos
portam consigo e que se tornou um aparelho multitarefa com grande
poder de processamento e armazenamento de informações o qual
pode ser considerado uma prótese digital da memória. Quase
ninguém passa mais trabalho lembrando números de telefone e outras
informações que agora ficam gravadas nesse aparelho digital. Seu uso
cada vez mais estendido mudou a sociedade atual e ajuda, por
exemplo, na coordenação, por meio de Twitter, de grandes revoluções
sociais, como aconteceu com os fatos conhecidos como a "Primavera
árabe", e também ajudam na captura e divulgação de fotos e fatos
significativos em qualquer momento e lugar. [veja sobre Twitter no
glossário de termos de EaD de nosso curso].
Devemos pensar que o conceito de novas tecnologias é variável e
contextual. Em muitos casos, confunde-se com o conceito de inovação.
Com a rapidez do desenvolvimento tecnológico atual, ficou difícil
estabelecer o limite de tempo que devemos considerar para designar
como "novos" os conhecimentos, instrumentos e procedimentos que vão
aparecendo. Por exemplo, o radio dos carros ou a radio que escutamos
por Internet é uma tecnologia rejuvenescida, mas não tão nova. Ao se
falar em novas tecnologias, na atualidade, estamos nos referindo,
principalmente, aos processos e produtos relacionados com os
conhecimentos provenientes da eletrônica, da microeletrônica e das
telecomunicações. Essas tecnologias caracterizam-se por serem
evolutivas, ou seja, estão em permanente transformação. Caracterizam-
se também por terem uma base imaterial, ou seja, muitas delas não são
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 7
tecnologias materializadas em máquinas e equipamentos. Seu principal
espaço de ação é virtual e sua principal matéria-prima é a informação.
CURIOSIDADES. Alguns dados para pensar:
Fontes: Infográfico analisa crescimento da internet no Brasil em relação às redes sociais. Web Social Dev, 04-09-2013.
Disponível em: http://websocialdev.wordpress.com/2013/09/04/infografico-analisa-crescimento-de-internet-no-brasil
O Crescimento do Marketing Digital no Brasil. Soub.com.br, 16-07-2013. Disponível em: http://soub.com.br/wp-
content/uploads/2013/07/Infografico-crescimento-da-internet-no-Brasil.png
----------------
A cada dois dias, a Humanidade gera um volume de informação
equivalente à que foi criada desde o início dos tempos até 2003. Essas
foram palavras pronunciadas pelo presidente de Google, Eric Schmidt, em
uma conferência em agosto de 2010. É verdade que esse volume não é
apenas informação estruturada para sua compreensão pelo ser
humano, pois uma parte dela corresponde com os dados trafegados entre
as redes, as chamadas telefônicas, as imagens digitalizadas, etc., mas
ainda assim é um volume de dados muito significativo, você não acha?
Para refletir: Pense como seria sua vida - e a de qualquer pessoa - se
não tivéssemos as tecnologias nos ajudando na realização das
nossas atividades diárias.
Duas perguntas para você:
1- O que significa viver na sociedade da informação?
2- Sem falar dos smartphones (telefones inteligentes), pense em
algumas formas de uso com propósitos pedagógicos dos telefones
celulares comuns que a grande maioria de nossos alunos já tem para
ensino e aprendizagem de línguas e outros conteúdos escolares?
Referências bibliográficas
KENSKI, V. M. Educação e tecnologias. O novo ritmo da informação.
Campinas, SP: Papirus, 2007.
LYOTARD, J.R. O inumano. Considerações sobre o tempo. Lisboa:
Estampa, 1988.
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 8
______ Moralités postmodernes. Paris: Galilée, 1993.
REYNOL, F. Guerra fria promoveu a corrida tecnológica. Guerra e
Ciência, 2004. Disponível em: http://bit.ly/NUSF2l
Uma definição de Educação a Distância?
Como você está participando em um curso realizado na modalidade
conhecida como "educação a distância", será interessante que pense
como podemos definir o que é EaD.
A EaD pode ser considerada uma forma de ensino e aprendizagem
intencionada e estruturada de tal forma que educadores e
aprendizes podem estar fisicamente separados, pois utiliza
principalmente ferramentas relacionadas com as TIC como meio de
comunicação e disponibilização de informações.
A seguir, você verá algumas definições de EaD entre as muitas
disponíveis. Não queremos que aprenda as definições, na
realidade queremos que entenda os elementos principais que não
devem faltar em uma possível definição de EaD que você mesmo
produzirá.
Michael G. Moore (1972):
O Ensino a Distância é o tipo de método de instrução em que as
condutas docentes acontecem a parte das discentes, de tal maneira
que a comunicação entre o professor e o aluno se possa realizar
mediante textos impressos, por meios eletrônicos, mecânicos ou por
outras técnicas.
G. Dohmem (1967):
Educação a Distância é uma forma sistematicamente organizada de
autoestudo, onde o aluno se instrui a partir do material que lhe é
apresentado, onde o acompanhamento e a supervisão do sucesso do
aluno são levados a cabo por um grupo de professores. Isto é possível
de ser feito a distância, através da aplicação de meios de
comunicação capazes de vencer essa distância, mesmo sendo longa.
José Luís García Llamas (1986):
A Educação a Distância é uma estratégia educativa baseada na
aplicação da tecnologia à aprendizagem, sem limitação do lugar,
tempo, ocupação ou idade dos alunos. Implica novos papéis para os
alunos e para os professores, novas atitudes e novos enfoques
metodológicos.
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 9
Miguel A. Ramón Martínez (1985):
A Educação a Distância é uma estratégia para operacionalizar os
princípios e os fins da educação permanente e aberta, de tal maneira
que qualquer pessoa, independentemente do tempo e do espaço,
possa converter-se em sujeito protagonista de sua própria
aprendizagem, graças ao uso sistemático de materiais educativos,
reforçado por diferentes meios e formas de comunicação.
José Manuel Moran (1999):
Educação a Distância é o processo de ensino-aprendizagem mediado
por tecnologias, em que professores e alunos ficam separados
espacial e/ou temporalmente, mas podem estar conectados,
interligados por tecnologias, tais como: telemáticas, a Internet, o
correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e
outras tecnologias.
Lorenzo García Aretio (1994):
O Ensino à Distância é um sistema tecnológico de comunicação
bidirecional, que pode ser massivo e que substitui a interação pessoal,
na sala de aula, de professor e aluno, como meio preferencial de
ensino, pela ação sistemática e conjunta de diversos recursos
didáticos e pelo apoio de uma organização e tutoria que propiciam a
aprendizagem independente e flexível dos alunos.
Moore e Kearsley (1996):
Educação a distância é o aprendizado planejado que normalmente
ocorre em lugar diverso do professor e como consequência requer
técnicas especiais de planejamento de curso, técnicas instrucionais
especiais, métodos especiais de comunicação, eletrônicos ou outros,
bem como estrutura organizacional e administrativa específica.
Para uma definição de EaD, Preti (1996) destaca os seguintes
elementos:
- A distância física professor-estudante: a presença física do
professor ou do tutor, isto é, do interlocutor, da pessoa com quem o
estudante vai dialogar, não é necessária e indispensável para que se
dê a aprendizagem. Ela se dá de outra maneira, “virtualmente”;
- Estudo individualizado e independente: reconhece-se a
capacidade do estudante de construir seu caminho, seu conhecimento,
por ele mesmo, de se tornar autodidata, ator e autor de suas práticas e
reflexões;
- Um processo de ensino-aprendizagem mediatizado: a EaD deve
oferecer suportes e estruturar um sistema que viabilize e incentive a
autonomia dos estudantes nos processos de aprendizagem;
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 10
- O uso de tecnologias: os recursos técnicos de comunicação, que
hoje têm alcançado um avanço espetacular, permitem romper com as
barreiras das distâncias, das dificuldades de acesso à educação e dos
problemas de aprendizagem por parte dos estudantes que estudam
individualmente, mas não isolados e sozinhos. Além disso, oferecem
possibilidades de estimular e motivar o estudante, de armazenamento
e divulgação de dados e de acesso às informações mais distantes,
com rapidez incrível.
- A comunicação bidirecional: o estudante não é mero receptor de
informações, de mensagens; apesar da distância, busca-se
estabelecer relações dialogais, criativas, críticas e participativas.
TAREFA 1 (parte 2)- a) Na leitura dessas definições de EaD você
encontrou alguma regularidade entre elas, não é verdade? Você
poderá ser capaz de elaborar uma definição própria de EaD a
partir das informações apresentadas?
b) Além disso, sugerimos que faça também uma pesquisa para
conhecer as diferenças entre educação ou aprendizagem formal,
informal e não formal.
c) Intercambie suas descobertas e opiniões no fórum “Definições de
EaD e aprendizagem formal, informal e não formal”.
Evolução histórica da EaD
Alguns exemplos de cursos bastante conhecidos no Brasil (Fontes: IUB:
http://bit.ly/1dw0qbC, Telecurso 2000: http://bit.ly/OVgUPh)
Hoje em dia parece que EaD é só através da Internet e computadores,
mas nem sempre foi assim. Algumas das imagens acima,
representativas de diversas instituições ou cursos, são um exemplo
disso.
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 11
No seguinte esquema veremos a representação de três gerações de
EaD, segundo a forma em que é veiculada preferencialmente a
informação.
Poderíamos pensar que uma geração só aparece depois da outra, mas
no esquema você verá que elas não ficam totalmente separadas.
Existem áreas de contato entre as gerações porque, por exemplo, os
tele-cursos só depois de vários anos de percurso é que tiveram a
capacidade de ser interativos (pelo avanço das tecnologias de
comunicação e aumento na velocidade do fluxo de dados).
Por outro lado, veremos que, mesmo já existindo cursos pela
televisão, ainda hoje eles coexistem com cursos por correspondência,
com envio de material impresso, áudio, CD-ROM, vídeo-aulas ou
vários deles juntos. Ao mesmo tempo, podem ser utilizados canais
diferentes para envio de conteúdos e recepção das atividades ou
dúvidas (por exemplo: teleaulas ou vídeoaulas com recepção de
trabalhos via correios e dúvidas pelo telefone 0800 ou outras
combinações).
O trabalho e estudo pode ser eminentemente individual, como
acontecia principalmente nas primeiras versões de EaD, mas nos
últimos tempos a criação de conhecimento por meio de interações e
discussões entre os alunos participantes cobrou uma importância
muito maior. De qualquer forma, essa coparticipação não elimina a
responsabilidade e autoregulação do processo por parte dos próprios
alunos.
Devemos pensar também que a educação pode ser presencial, a
distância ou mista, ou seja, esta última em um modelo híbrido que
agrupa as melhores caraterísticas de cada modalidade, como
acontece nos cursos da UAB (leia o conceito de Blended Learning no
glossário geral de termos de EaD do curso).
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 12
Um pouco de história sobre a modalidade de estudo a
distância
Conhecendo sua história também pode-se perceber melhor a sua
utilidade. Veja abaixo:
No mundo atual, em que muito se fala de globalização,
não só econômica, mas também cultural e educacional,
a educação a distância, apresenta-se como o ensino do
futuro e para um futuro que se perspectiva de grande
investimento na educação ao longo da vida, centrado no
aprendiz, e em que o docente é mais um orientador de
percursos de aprendizagens autogeridas por cada um
dos estudantes do que um professor ex cathedra perante
uma turma de estudantes que o seguem. É por isto que
a educação a distância se distingue do ensino
presencial: pela sua flexibilidade curricular, pela
existência de unidades creditáveis – quer estejam
integradas num curso de graduação ou de pós-
graduação, quer disponibilizadas em disciplinas
regulares (Maria José Ferro Tavares – Universidade
Aberta do Portugal).
A Educação a Distância (EaD) surgiu da necessidade do preparo
profissional e cultural de milhões de pessoas que, por vários motivos, não
podiam frequentar um estabelecimento de ensino presencial, e evoluiu
com as tecnologias disponíveis em cada momento histórico, as quais
influenciam o ambiente educativo e a sociedade.
Segundo Lobo Neto (1995), um primeiro marco da educação a distância
foi o anúncio publicado na Gazeta de Boston, no dia 20 de março de
1728, pelo professor de taquigrafia Cauleb Phillips: "Toda pessoa da
região, desejosa de aprender esta arte, pode receber em sua casa várias
lições semanalmente e ser perfeitamente instruída, como as pessoas que
vivem em Boston".
Em 1833, um anúncio publicado na Suécia já se referia ao ensino por
correspondência, e na Inglaterra, em 1840, Isaac Pitman sintetizou os
princípios da taquigrafia em cartões postais que trocava com seus alunos.
No entanto, o desenvolvimento de uma ação institucionalizada de
educação a distância teve início a partir da metade do século XIX.
Em 1856, em Berlim, Charles Toussaint e Gustav Langenscheidt
fundaram o Institut Toussaint et Langenscheidt que foi a primeira escola
por correspondência destinada ao ensino de línguas.
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 13
Figura. Exemplo de material enviado por correspondência para autoestudo de
espanhol pelo método criado por Charles Toussaint e Gustav Langenscheidt
(Berlim, 1856). (Fontes: GARCIA ARETIO, 1999 e Wikipedia
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Toussaint-Langenscheidt_Spanisch_30.59-60.png
)
Em 1891, a administração da Universidade de Wisconsin aceitou a
proposta de seus professores para organizar cursos por correspondência
nos serviços de extensão universitária.
Um ano depois, em 1892, o reitor da Universidade de Chicago, William R.
Harper, que já havia experimentado a utilização da correspondência na
formação de docentes para as escolas dominicais, criou uma Divisão de
Ensino por Correspondência no Departamento de Extensão daquela
universidade.
Por volta de 1895, em Oxford, Joseph W. Knipe, após experiência bem-
sucedida preparando por correspondência duas turmas de estudantes
para o Certificated Teacher’s Examination iniciou os cursos do Wolsey
Hall utilizando o mesmo método de ensino.
No final da Primeira Guerra Mundial, surgiram novas iniciativas de ensino
a distância, em virtude de um considerável aumento da demanda social
por educação, confirmando, de certo modo, as palavras de William
Harper, escritas em 1886:
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 14
Chegará o dia em que o volume da instrução recebida
por correspondência será maior do que o transmitido nas
aulas de nossas academias e escolas; em que o número
dos estudantes por correspondência ultrapassará o dos
presenciais.
O aperfeiçoamento dos serviços de correio, a agilização dos meios de
transporte e, sobretudo, o desenvolvimento tecnológico aplicado ao
campo da comunicação e da informação influíram decisivamente nos
destinos da educação a distância. Em 1922, a antiga União Soviética
organizou um sistema de ensino por correspondência que em dois anos
passou a atender 350.000 usuários. A França criou em 1939 um serviço
de ensino por via postal para a clientela de estudantes deslocados pelo
êxodo.
A partir daí, começou a utilização de um novo meio de comunicação, o
rádio, que penetrou também no ensino formal. O rádio alcançou muito
sucesso em experiências nacionais e internacionais, tendo sido bastante
explorado na América Latina nos programas de educação a distância do
Brasil, Colômbia, México, Venezuela, entre outros. Lembro que quando
eu era estudante do sexto ano na escola em Cuba, introduziram na grade
curricular o estudo de uma disciplina chamada “Educação musical” e
como não existiam um número suficiente de professores habilitados, a
solução foi oferecer essa disciplina via rádio para todos os escolares
enquanto os professores responsáveis de cada turma auxiliavam na
tarefa com materiais específicos que recebiam em papel.
Após as décadas de 1960 e 1970, a educação a distância, embora
mantendo os materiais escritos como base, passou a incorporar de forma
articulada o áudio e o videocassete, as transmissões de rádio e televisão,
o videotexto, o computador e, mais recentemente, a tecnologia de
multimídia, que combina textos, sons, imagens, em conjunto com diversos
mecanismos de geração de caminhos alternativos de aprendizagem
(hipertextos, diferentes linguagens) e instrumentos para fixação de
aprendizagem com feedback imediato (programas tutoriais
informatizados), etc.
Uma curiosidade: A tecnologia para ouvir e aprender línguas
estrangeiras.
Em 1893 havia já gravações para ensinar inglês e espanhol de forma
comercial para aulas presenciais ou para estudo em casa, mas existem
muitos poucos registros sobre o uso do fonógrafo naquela época. Um
dos primeiros em reconhecer o potencial para ensino de línguas que
podia ter o gramofone inventado por Edison em 1877 e os cilindros de
cera de Alexander Graham Bell, criados em 1886, foi Jacques Roston, um
tradutor polonês e professor de línguas, que emigrou para Inglaterra e
fundou em 1901 o Linguaphone Group. A invenção dos discos planos de
vinilo marcou uma nova etapa e em 1925 Roston divulgou o primeiro
curso que teve grande sucesso. Ver mais na página do grupo
Linguaphone (http://linguaphone.pt/historia).
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 15
1- Gramofone (fonte: http://rue-morgue.com/blog/wp-content/uploads/gramophone.jpg ).
2- Disco de vinilo produzido pelo Grupo Linguaphone com curso de francês para
crianças (foto do autor).
3- Professor Quino Martínez em curso de espanhol de 1956 pela TV (fonte: Arquivo da
Arizona State University http://www.asu.edu/lib/archives/asustory/pages/32casc.htm).
Na atualidade, o ensino não presencial mobiliza os meios pedagógicos de
quase todo o mundo, tanto em nações industrializadas quanto em países
em desenvolvimento. Novos e mais complexos cursos são desenvolvidos,
tanto no âmbito dos sistemas de ensino formal quanto nas áreas de
treinamento profissional. Podem-se ver inúmeros exemplos visitando-se
os sites de universidades e empresas especializadas em e-learning.
Atenção: Em nosso curso faremos diferenciação entre cursos regulares
oferecidos pela EaD ou mais especificamente por EOL (Ensino On-line),
daqueles cursos de e-learning ou ensino corporativo que são
normalmente oferecidos em cursos de curta duração e com propósitos
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 16
muito específicos para os empregados das grandes empresas. Na
apostila terceira falaremos mais um pouco do e-learning.
A educação a distância é uma das soluções para os tempos atuais. As
novas tecnologias de comunicação e informação, como a televisão, o
vídeo, a informática – com a Internet ganhando espaços cada vez
maiores–, sem desprezar os meios tradicionais de correio, telefone e
postos pedagógicos organizacionais, convidam a um aproveitamento
amplo de suas possibilidades em benefício da educação, incluindo às
redes sociais como complemento mais aberto e duradouro dos cursos
regulares.
De fato, em função de fatores como o modelo de EaD seguido, os apoios
políticos e sociais disponíveis, as necessidades educativas da população
e o desenvolvimento das tecnologias de comunicação e informação, há
grande diversidade de formas metodológicas, estruturais e projetos de
aplicação para essa modalidade de educação.
A educação a distância foi utilizada inicialmente como recurso para
superação de deficiências educacionais, para a qualificação profissional e
aperfeiçoamento ou atualização de conhecimentos. Hoje, cada vez mais,
é utilizada também em programas que complementam outras formas
tradicionais, face a face, de interação, e é vista por muitos como uma
modalidade de ensino alternativo que pode complementar parte do
sistema regular de ensino presencial. Na realidade, ficam cada vez mais
difusas as fronteiras entre o ensino presencial e a distância pois as
tecnologias atuais permitem uma comunicação, interação e aprendizagem
em todo momento e lugar (veja o conceito de U-learning ou
aprendizagem ubíquo no glossário do curso).
Hoje, mais de 80 países, nos cinco continentes, adotam a educação a
distância em todos os níveis de ensino, em programas formais e não
formais, atendendo a milhões de estudantes. A educação a distância tem
sido usada para treinamento e aperfeiçoamento de professores em
serviço. Programas não formais de ensino têm sido largamente utilizados
para adultos nas áreas da saúde, agricultura e previdência social, tanto
pela iniciativa privada como pela governamental. No momento, é
crescente o número de instituições e empresas que desenvolvem
programas de treinamento de recursos humanos através da modalidade
da educação a distância.
Não quero deixar de mencionar uma nova alternativa surgida
recentemente e da qual provavelmente ouviremos falar muito nos
próximos anos. São os MOOC (Cursos Online Abertos e Massivos) que
as mais importantes universidades do mundo estão começando a
oferecer, incluindo algumas universidades brasileiras. Esses cursos estão
baseados nas teorias conectivistas de aprendizagem na era digital e
também na filosofia dos conteúdos abertos (ver no glossário a definição
de MOOC). Embora não seja objetivo para ser avaliado em nosso curso
não esqueçam desse nome!
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 17
Veja de novo a figura com as três gerações no desenvolvimento da
EaD que foi apresentada anteriormente para situar os três tipos,
enquanto lê estes dados em formato de lista:
1ª geração - Correspondência
1728 – Curso de taquigrafia, Boston Gazette
1833 – Suécia
1840 – Taquigrafia, Inglaterra
1856 – Primeiro curso de línguas, Langensheidt, Berlin.
1873 – Criou-se uma das primeiras escolas de estudo em casa, a Society
to Encourage Studies at Home, com a finalidade de ajudar às mulheres, a
quem era negado em grande parte o acesso às instituições educacionais
formais.
1892 – O reitor da University of Chicago criou a Divisão de Ensino por
Correspondência no Departamento de Extensão dessa universidade,
constituindo o primeiro programa formal de EaD no mundo.
1930 – 39 universidades norte-americanas oferecem cursos a distância
por correspondência.
1941- É fundado o United States Armed Forces Institute (USAFI) que, em
1966 oferecia mais de 200 cursos por correspondência, abarcando cerca
de 500 mil alunos.
2ª geração - Teleducação / Telecursos
Com o surgimento da rádio, muitos educadores reagiram com otimismo e
entusiasmo.
1921 – Foi dada a primeira autorização para uma emissora educacional
nos Estados Unidos da University of Salt Lake.
1925 – A State University of Iowa oferecia seus primeiros cursos de cinco
créditos via rádio.
1934 – A mesma universidade realizava as primeiras transmissões
educacionais através da televisão.
1956 – As escolas públicas de Washington County foram unidas em um
serviço de televisão em circuito fechado.
1967 – O congresso aprovou a lei para instalação da Televisão Educativa
nos Estados Unidos.
1952 – A primeira televisão a cabo começou a operar.
1964- Surge o projeto AIM (Articulated Instructional Media Project), na
universidade de Wisconsin, para agrupar várias tecnologias com o
propósito de oferecer um ensino de alta qualidade e custo reduzido a
alunos não-universitários. Muitas das ideias e experiências obtidas neste
projeto ajudaram na criação de outras instituições de ensino como a
Universidade Aberta britânica em 1969, que têm, na atualidade,
matrículas anuais superiores a 200 mil alunos adultos e cerca de 2 mil
diplomas a cada ano, admitindo mais de um terço de todos os alunos em
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Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 18
período parcial no Reino Unido. Nos anos 70 e 80 surgiram muitas outras
universidades abertas no mundo, por exemplo: 1978, Sukhotai
Thammatirat em Tailândia (com 216.800 alunos); 1972, Universidad
Nacional de Educación a Distancia em Espanha (110.000 alunos); 1979,
China TV University System, (530.000 alunos); 1982, Turquia, Anadolu
University (577.804); 1984. Indonésia, Universitas Terbuka (353.000);
1985, Índia, Indira Gandhi National Opne University (242.000) e outras.
1972- A Federal Communications Commission (FCC) exigiu que todas as
operadoras a cabo tivessem um canal educativo.
1980 – Em meados da década de 1980, existiam cerca de 200 telecursos
de nível universitário nos Estados Unidos.
3ª geração – Ambientes interativos
Com o desenvolvimento tecnológico acontecido nessas mesmas décadas
dos anos 80 e 90, como a chegada dos primeiros satélites de
comunicação e envio de dados por fibra óptica, os próprios sistemas de
áudio e teleconferência foram ficando mais velozes, eficientes e com
capacidade de transmitir dados de forma bidirecional. Além disso, a
ampliação do uso de microcomputadores e softwares a partir da década
de 1970, assim como a chegada da Internet nos anos 90, facilitou a
disseminação dos sistemas interativos que permitem a troca de
informações, de forma síncrona (teleconferências, chats) ou assíncrona
(fóruns, correio eletrônico, weblogs, etc.).
Atenção: Você deverá saber reconhecer e diferenciar o que é
comunicação síncrona e assíncrona e as ferramentas ou meios de
comunicação que são próprios de uma ou outra categoria. Na terceira
apostila também falaremos um pouco sobre esses conceitos, mas você já
pode ir pesquisando e conhecendo mais de forma individual sobre esse
tema.
E no Brasil.... Você conhece a história?
No Brasil, desde a fundação do Instituto Rádio Técnico Monitor, em
1939 e hoje Instituto Monitor, depois do Instituto Universal Brasileiro
em 1941 e o Instituto Padre Reus em 1974, várias experiências de
educação a distância foram iniciadas e levadas a termo com relativo
sucesso. As experiências brasileiras, governamentais e privadas, foram
muitas e representaram, nas últimas décadas, a mobilização de grandes
contingentes de recursos. Os resultados do passado não foram
suficientes para gerar um processo de aceitação governamental e social
da modalidade de educação a distância no Brasil. Porém, a realidade
brasileira já mudou e hoje existem leis e normas para a modalidade de
educação a distância em nosso país.
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 19
Abaixo, destacamos vários projetos que contribuíram para disseminação
da Educação a Distância no Brasil:
Em 1904: escolas internacionais, que eram instituições
privadas, ofereciam cursos pagos, por correspondência;
Em 1934: Edgard Roquete-Pinto instalou a Rádio-Escola
Municipal no Rio. Estudantes tinham acesso prévio a
folhetos e esquemas de aulas. Utilizava também
correspondência para contato com estudantes;
Em 1939: surgiu o Instituto Monitor, em São Paulo;
Em 1941: primeira Universidade do Ar, que durou dois anos;
Em 1947: Nova Universidade do Ar, patrocinada pelo
SENAC, SESC e emissoras associadas;
Em 1961/65: Movimento de Educação de Base (MEB) –
Igreja Católica e Governo Federal utilizavam um sistema
radio--educativo: educação, conscientização, politização,
educação sindicalista etc.
Em 1970: Projeto Minerva – convênio entre Fundação Padre
Landell de Moura e Fundação Padre Anchieta para
produção de textos e programas;
Em 1972, o Governo Federal enviou à Inglaterra um grupo
de educadores, tendo à frente o conselheiro Newton
Sucupira: o relatório final marcou uma posição reacionária
às mudanças no sistema educacional brasileiro, colocando
um grande obstáculo à implantação da Universidade Aberta
e a Distância no Brasil;
Na década de 70: Fundação Roberto Marinho – programa
de educação supletiva a distância, para 1º e 2º graus;
Em 1992, foi criada a Universidade Aberta de Brasília (Lei
403/92), podendo atingir três campos distintos:
• Ampliação do conhecimento cultural: organização de
cursos específicos de acesso a todos;
• Educação continuada: reciclagem profissional às
diversas categorias de trabalhadores e àqueles que já
passaram pela universidade;
• Ensino superior: englobando tanto a graduação como
a pós-graduação.
Curiosidade:
Instituto Monitor http://www.institutomonitor.com.br
Instituto Padre Reus http://www.institutopadrereus.com
Instituto Universal Brasileiro http://www.institutouniversal.com.br
A EaD nas universidades brasileiras
A história da educação brasileira mostra que, até os anos 90, no final do
século XX, a grande maioria das Instituições de Ensino Superior não tinha
envolvimento com educação a distância. A primeira iniciativa de EaD,
como vimos anteriormente, surgiu no país em 1904, com o ensino por
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Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 20
correspondência. O Instituto Monitor, o Instituto Universal Brasileiro e
outras organizações similares, foram responsáveis pelo atendimento de
mais de três milhões de estudantes em cursos abertos profissionalizantes
ofertados pela modalidade de ensino por correspondência, mas não eram
cursos universitários.
Nas décadas de 1970 e 1980, fundações privadas e organizações não
governamentais iniciaram a oferta de cursos supletivos a distância, no
modelo de teleducação, com aulas via satélite complementadas por kits
de materiais impressos, demarcando a chegada da segunda geração de
EaD no país. A maior parte das Instituições de Ensino Superior brasileiras
mobiliou-se para a EaD com o uso de novas tecnologias da comunicação
e da informação somente na década de 1990. Em 1994, teve início a
expansão da Internet no ambiente universitário. Dois anos depois, surgiu
a primeira legislação específica para educação a distância no ensino
superior.
Do ponto de vista legal, teve-se em 1996, a consolidação da última
reforma educacional brasileira, instaurada pela Lei 9.394/96 (Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional ou LDB) que oficializou na
política nacional a educação a distância no país como modalidade válida
e equivalente para todos os níveis de ensino.
Segue o texto do artigo 80 da lei mencionada:
Artigo 80 da Lei 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional.
O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a
veiculação de programas de ensino a distância, em
todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação
continuada.
§ 1º. A educação a distância, organizada com abertura
e regime especiais, será oferecida por instituições
especificamente credenciadas pela União.
§ 2º. A União regulamentará os requisitos para a
realização de exames e registro de diploma relativos a
cursos de educação a distância.
§ 3º. As normas para produção, controle e avaliação de
programas de educação a distância e a autorização para
sua implementação, caberão aos respectivos sistemas
de ensino, podendo haver cooperação e integração entre
os diferentes sistemas.
§ 4º. A educação a distância gozará de tratamento
diferenciado, que incluirá:
I - custos de transmissão reduzidos em canais
comerciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
II - concessão de canais com finalidades
exclusivamente educativas;
III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder
Público, pelos concessionários de canais comerciais.
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Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 21
Como podemos ver, o primeiro artigo da lei determina a necessidade de
credenciamento das instituições. O segundo define que cabe à União a
regulamentação dos requisitos para registro de diplomas. O terceiro artigo
disciplina a produção, o controle e avaliação de programas de educação a
distância; e o quarto faz referência a uma política de facilitação de
condições operacionais para apoiar a sua implementação, conforme a
transcrição a seguir.
A mesma Lei 9.394/96 estabelece ainda a exigência de que, a partir de
2006, todos os professores que viessem a ser contratados para ministrar
aulas no ensino fundamental e médio deveriam estar habilitados, com o
terceiro grau concluído. Esta exigência criou um movimento em direção à
qualificação dos professores leigos que já estavam no exercício da
profissão, apontando para o uso da educação a distância como
ferramenta para a oferta das licenciaturas então necessárias.
O Ministério da Educação formou em 1997 um grupo de especialistas
para criar a regulamentação do artigo 80 da LDB. Como resultado deste
trabalho, surgem os Decretos 2.494 e 2.561, em fevereiro e abril de 1998,
respectivamente, e a portaria 301, de 7 de abril de 1998, formando o
conjunto de instrumentos que indicaram os procedimentos que deveriam
ser adotados pelas instituições para obter o credenciamento do MEC para
a oferta de cursos de graduação a distância.
O Decreto Federal n. 5.622, em 20 de dezembro de 2005, é o mais
recente que regulamenta dito artigo 80 da LDB.
Em abril de 2001 o Conselho Nacional de Educação edita a Resolução
01, que disciplina a oferta dos cursos de pós-graduação a distância no
país, fixa limites e estabelece exigências para o reconhecimento de
cursos a distância ofertados por instituições estrangeiras.
Muito interessante é a Portaria 2.253 de 2001, que permite às
universidades, centros universitários, faculdades e centros tecnológicos
oferecer até 20% da carga horária de cursos já reconhecidos na
modalidade a distância. Uma nova portaria, a 4.059, em 10 de dezembro
de 2004 mantém essa possibilidade de oferecimento de até 20% da carga
horária total do curso na modalidade semi-presencial. Esta é a famosa
“Lei do 20%”, que facilita a introdução da educação semipresencial ou
modelo híbrido de educação, mas como alguns autores opinam, por que
tem que ser rigidamente estabelecido o limite de até 20% e não deixar de
forma mais liberada a proporção de tempo que seja necessária para as
atividades online e atividades presenciais de cada disciplina? Deveria ser
possível um 30%, 40%, 50%... de atividades online, sempre em
dependência das necessidades do curso e depois da aceitação dos
planos de aula.
A Universidade Aberta do Brasil (UAB)
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 22
A UAB foi criada pelo Ministério da Educação através do decreto nº 5.800,
de 08/06/2006, com foco nas políticas e na gestão da educação superior,
sob cinco eixos:
1- Expansão pública da educação superior, considerando os
processos de democratização e acesso;
2- Aperfeiçoamento dos processos de gestão das instituições
de ensino superior, possibilitando sua expansão em consonância
com as propostas educacionais dos estados e municípios;
3- Avaliação da EaD com base nos processos de flexibilização e
regulação viabilizados pelo MEC;
4- Contribuições para a investigação em EaD no país;
5- Financiamento dos processos de implantação, execução e
formação de recursos humanos em EaD.
Podemos ver que os eixos norteadores da UAB facilitam iniciativas de
acesso ao ensino superior e democratização para toda a população, além
de favorecer o aperfeiçoamento dos processos de gestão das IES.
A UAB tem como base o aprimoramento da EaD e visa expandir e
interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior. Isso
só é possível com acordos e parcerias entre as esferas federal, estaduais
e municipais do governo.
A prioridade da UAB é a formação de professores para educação
básica pela modalidade de EaD mediada por TIC, utilizando a Internet e
suas interfaces. O sistema UAB não tem como finalidade a criação de
uma nova IES, e sim a articulação com instituições já existentes,
levando ensino superior de alta qualidade aos diversos municípios
brasileiros que não possuem cursos superiores
em sua região, o que possibilita o acesso ao
ensino superior para camadas da população
excluídas do processo educacional.
A UAB em parceria com as universidades
públicas e os IFETS (Institutos Federais de
Educação, Ciência e Tecnologia), está presente
em quase todos os estados brasileiros. Em
janeiro de 2009 havia 562 polos da UAB distribuídos pelo país. Em
agosto de 2009 selecionou mais 163 novos polos, no âmbito do Plano de
Ações Articuladas, para equacionar a demanda e a oferta de formação de
professores na rede pública da educação básica, ampliando a rede para
um total de 720 polos.
Até novembro de 2012 integravam o Sistema UAB 103 instituições
públicas de ensino superior (IPES): 56 universidades federais, 30
universidades estaduais e 17 Institutos Federais de Educação, Ciência e
Tecnologia (IFETs).
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 23
Juntando os cursos de formação pedagógica, extensão e sequencial,
totalizam-se 268.028 matrículas ativas em outubro de 2012 e 42.611
concluintes até este período (UAB, 2012).
O que é um polo de apoio presencial? Os polos de apoio presencial
são as unidades operacionais para o desenvolvimento descentralizado de
atividades pedagógicas e administrativas relativas aos cursos e
programas ofertados a distância pelas instituições públicas de ensino
superior no âmbito do Sistema UAB. Mantidos por municípios ou
governos estaduais, os polos oferecem a infraestrutura física, tecnológica
e pedagógica para que os alunos possam acompanhar os cursos a
distância.
O polo de apoio presencial também pode ser entendido como "local de
encontro" onde acontecem os momentos presenciais, o acompanhamento
e a orientação para os estudos, as práticas laboratoriais e as avaliações
presenciais.
A UAB na UFAL
A UAB iniciou suas atividades com um convênio financiado pelo Fundo
das Estatais através do Banco do Brasil, com a oferta do Curso de
Administração a distância em 2006. Essas atividades foram iniciadas
em parceria com 25 IFES com a finalidade de atender à demanda de
servidores públicos que não tinham qualificação em nível superior. A
UFAL foi uma das universidades escolhidas para ofertar este curso devido
à larga experiência na EaD. A Faculdade de Economia, Administração e
Contabilidade (FEAC) da UFAL realizou em 2006 o vestibular para 500
vagas do Curso Piloto de Administração na modalidade a distância para
três cidades do estado: Maceió, Porto Calvo e Santana do Ipanema.
Em 2007, a Secretaria de Educação a Distância/Ministério da Educação
(SEED/MEC) lançou um edital contemplando o sistema UAB e
possibilitando às Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) ampliar
o número de cursos na modalidade a distância, em ação com os
municípios e estados para interiorizar o ensino superior de qualidade
através da EaD. Com isso, foram criados os cursos de licenciatura em
Pedagogia e Física, bacharelado em Sistema da Informação e Tecnólogo
em Hotelaria. Nesse momento, em Alagoas, os municípios de Maceió,
Porto Calvo, Santana do Ipanema, Olho D`Água das Flores, São José da
Laje e Maragogi oferecem cursos na modalidade a distância, de nível
técnico e de bacharelado e licenciaturas, além de cursos de pós-
graduação latu sensu em parceria com a UFAL e o Instituto Federal de
Educação Tecnológica (IFET).
Em janeiro de 2009 foi realizado o concurso vestibular para
preenchimento de mais 750 vagas no sistema UAB em vários municípios
e, ainda a inserção do curso de licenciatura em Matemática e Pedagogia
na cidade de São José da Laje.
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Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 24
De acordo com a COPEVE, ainda em 2009 foi realizado vestibular para
preenchimento de 50 vagas de licenciatura em Matemática para o polo
Maceió e 250 vagas para o curso regular de bacharelado em
Administração Pública para os polos de Maceió, Arapiraca, Penedo e
Piranhas, que fazem parte do Plano Nacional de Formação de
Administradores Públicos (PNAP). E mais três cursos de pós-graduação
latu sensu: Gestão Pública, Gestão Pública Municipal e Gestão em Saúde
Pública.
A UAB conta ainda com o PAR, que tem duração de quatro anos e, nele,
são organizadas as ações a ser efetivadas para atingir as metas definidas
pelo Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). A partir do decreto
no. 6.755, de janeiro de 2009, é instituída a Política Nacional de
Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, com a
finalidade de organizar, em regime de colaboração entre a União , os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, a formação inicial e
continuada dos profissionais do magistério para as redes públicas da
educação básica. O plano oferece cursos de graduação em nível de
licenciatura, gratuitos e com qualidade, por instituições públicas de ensino
superior: 48 federais, 28 estaduais e 14 universidades comunitárias [1] A
previsão de oferta inicial para os 21 estados brasileiros mais o Distrito
Federal supera a marca de 330 mil vagas, com começo em alguns
estados no segundo semestre de 2009 e as demais entradas para os
anos de 2010 e 2011.
Segundo a Secretaria de Educação do Estado de Alagoas (SEE/AL), o
PAR de Alagoas [2] contempla 80 itens ligados a quatro grandes
dimensões: gestão educacional, formação de professores e profissionais
de apoio e serviços educacionais, prática pedagógica e de avaliação,
infraestrutura física e recursos pedagógicos. A proposta é discutir as
articulações necessárias para a realização da formação dos educadores e
trabalhadores da educação. Estão previstas parcerias com instituições de
ensino superior do estado, como UFAL, IFET, UNEAL e UNCISAL. Uma
das propostas é a ampliação dos polos de Maceió e no interior.
Em 2009, o Ministério da Educação, através da Secretaria de Educação
Básica, lança o Programa Emergencial de Segunda Licenciatura para
Professores em exercício na Educação Básica Pública sob coordenação
do MEC em colaboração com as universidades públicas. Os cursos de
formação inicial do PARFOR dividem-se em três categorias: a) 1ª
licenciatura para professores sem formação superior; b) 2ª licenciatura
para professores que atuam fora de sua formação específica; c) formação
pedagógica para bacharéis sem licenciatura.
Ao se planejar este curso de licenciatura em Letras – Língua espanhola
na modalidade a distância na UFAL pelo consórcio da UAB foi levado em
consideração, além da necessidade de capacitar o professor do Ensino
Fundamental e Ensino Médio, a preocupação em atender a uma clientela
formada principalmente por professores em exercício, com dificuldades de
ordem pessoal para frequentar cursos presenciais convencionais.
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 25
Nesse sentido, a oferta indicada pela FALE (Faculdade de Letras) para
este curso contempla 80% das vagas destinadas para professores
atuantes e 20% das vagas destinadas à demanda social, ou seja, para
pessoas que podem não ser professores, mas que desejam fazer o curso
universitário.
Em 2013 foi aberto o Vestibular da Universidade Aberta do Brasil da
UFAL para cursos de graduação à distância. Ao todo são 900 vagas,
divididas para demanda da Plataforma Paulo Freire e Demanda Social,
distribuídas para os cursos de Sistemas de Informação, Física
Licenciaturas Letras Espanhol, Ciências Sociais, Pedagogia e Geografia.
Os municípios contemplados são: Maceió, Arapiraca, Maragogi, Olho
D`Água das Flores, Santana do Ipanema e Palmeira dos Índios. Por sua
vez, o Instituto Federal de Alagoas (IFAL) abriu 525 vagas – distribuídas
nos campus Maceió, Maragogi, Palmeira dos Índios, Arapiraca, Santana
do Ipanema e Mata de São João/BA (Licenciatura em Letras-Português,
Licenciatura em Ciências Biológicas e Tecnológico em Hotelaria).
A coordenação das atividades de EaD na UFAL foi inicialmente uma
responsabilidade de um Comitê Gestor de EaD
(2005), mas atualmente é coordenada pela
Coordenadoria Institucional de Educação à
Distância (CIED). A CIED é um órgão de apoio
acadêmico vinculado à Reitoria, que coordena
os planos de ações de Educação à Distância na
nossa universidade.
Não restam dúvidas de que a EaD como política pública trouxe um
aumento significativo na oferta de vagas no ensino superior brasileiro,
transformou o cenário da educação no país e possibilitou o estudo de
pessoas desprivilegiadas geograficamente – e tudo isso com uma
educação gratuita e de qualidade ofertada por IES.
O impacto da modalidade a distância atinge todos os níveis de educação,
dando às pessoas acesso ao conhecimento e mudando o modelo
pedagógico usado nas IES, com exploração das TIC não só nos cursos
da modalidade a distância, mas também nos de ensino presencial.
[1] Instituições de ensino superior sem fins lucrativos (ABRUC, 2009).
[2] O documento do estado está baseado no Plano Plurianual do Governo (2007-2011) ,
no Plano Estadual de Educação (2006/2005) e no Planejamento Estratégico da SEE
(2007/2011)
Modelos de EaD que operam no Brasil
É importante saber que existem no Brasil dois grandes modelos de EaD,
com muitas variáveis Segundo Moran (2011) são o modelo de
tele/videoaula e o modelo web.
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Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 26
Modelo de tele/videoaula
No modelo de tele/videoaula aparece mais o professor no seu papel
tradicional, sendo visto pelos alunos ao vivo (teleaula) ou em aula
gravada (vídeoaula). Além das aulas, há leituras e atividades presenciais
e virtuais.
Figura: sala com alunos assistindo uma teleaula ou videoaula (fonte:
http://bit.ly/1lmI3bx).
No modelo de teleaula os alunos vão a determinadas salas, nos polos,
em que assistem a aulas transmitidas por satélite, ao vivo, uma ou duas
vezes por semana. Eles enviam perguntas e o professor responde as que
considera mais relevantes. Em geral, depois da teleaula, os alunos se
reúnem em pequenos grupos para realizar atividades de discussão e
aprofundamento de questões relacionadas com a aula dada, sob a
supervisão de um mediador, chamado de professor-tutor local. Além das
aulas, os alunos costumam receber material impresso e orientações de
atividades para fazer durante a semana, individualmente, com o
acompanhamento de um professor-tutor online ou eletrônico.
No formato de videoaula, as aulas são produzidas em estúdio e vistas
pelos alunos, individualmente ou reunidos em salas, com
acompanhamento de um professor-orientador/tutor ou não. Também há
dois modelos predominantes utilizando a videoaula, um semipresencial
(em salas) e outro online.
O modo mais usual é o de salas, em que o aluno vai presencialmente
uma ou várias vezes por semana e um tutor supervisiona a exibição do
vídeo e as atividades relacionadas ao conteúdo da disciplina. Esse
modelo é útil particularmente para cidades pequenas, sem condições de
instalar uma instituição de ensino superior presencial.
No outro modelo de vídeoaula (o modelo online) os alunos acessam as
videoaulas via web ou as recebem por CD ou DVD. Os alunos assistem
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 27
as videoaulas em casa ou no trabalho, leem o material impresso e fazem
as atividades, que são entregues a um tutor online num ambiente de
aprendizagem digital, como o Moodle. Os alunos só vão a um polo para a
avaliação online.
Modelo web
No segundo modelo (o modelo web), o professor não dá aula, ele se
comunica por materiais impressos e digitais, escritos de forma dialogada
e com tutoria presencial em polos e/ou virtual, pela internet. Usa alguns
vídeos de forma eventual, não sistematicamente.
Figura: Encontro presencial de alunos que estudam no curso de pedagogia pela UAB-
UFAL (polo de São José da Laje, AL, 2009) (foto do autor).
No caso do modelo web também foca no conteúdo disponibilizado pela
internet e por CD ou DVD. Além do material encontrado na web, os
alunos costumam ter material impresso por disciplina ou módulo. Os
ambientes principais de aprendizagem são o Moodle, o Blackboard e o
Teleduc. Algumas instituições têm o seu próprio ambiente digital de
aprendizagem. Começa-se a utilizar a web-conferência para alguns
momentos de interação presencial com os alunos, visando orientar,
solucionar dúvidas e manter os vínculos afetivos.
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Figura. Web-conferência para alunos do curso de Letras Espanhol (UAB-UFSM),
possibilidade facilitada pela maior velocidade de Internet disponível na atualidade
(modelo web) (imagem capturada pelo autor).
Até agora temos basicamente dois modelos diferentes de ensino superior
a distância via web: o mais virtual e o semipresencial. No modelo mais
virtual, a orientação dos alunos é feita a distância, pela internet ou
telefone. Os alunos se reportam ao professor e ao tutor durante o
semestre e, em geral, se encontram presencialmente só para fazer as
avaliações. É um modelo predominantemente via internet, e os encontros
presenciais são mais espaçados porque não existem os polos para o
apoio semanal.
No modelo semipresencial, como os do Consórcio Cederj, das
universidades públicas do estado de Rio de Janeiro, os alunos têm os
polos perto de onde moram e, além do tutor online, o tutor presencial no
polo, com quem podem tirar dúvidas e participar das atividades solicitadas
e dos laboratórios de informática e específicos do curso. Esse modelo é
replicado pelas universidades públicas sobre gestão da UAB, que fazem
parcerias com as prefeituras para a instalação dos polos de apoio
presenciais.
Duas perguntas para você:
1- Qual modelo de educação a distância é seguido nos cursos
realizados pela consórcio da UAB?
2- Você conhece outros cursos que utilizem um modelo diferente do
padrão utilizado até agora pela UAB?
Leia de novo a informação apresentada na seção “Modelos de EaD
que operam no Brasil” e verifique se esta tabela está correta.
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Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 29
Tecnologia mais utilizada na EaD
Como já pudemos nas leituras anteriores, dependendo da duração e do
tipo de curso pode haver um mix de tecnologias. Aos poucos, os
ambientes digitais de aprendizagem são utilizados de forma mais
abrangente na maioria dos cursos. O material impresso continua sendo
um aliado importante nos cursos de longa duração, principalmente na
graduação. Aumenta também o uso de recursos de comunicação online e
offline, como MSN, Skype e web-conferencia.
O uso de mídias móveis, como celulares, smartphones e tablets, deve
crescer muito a partir de agora, integrando as tecnologias portáteis e
facilitando que alunos e professores possam ensinar e aprender, agora
em qualquer momento e lugar (ver conceitos de “aprendizagem móvel” e
“aprendizagem ubíqua” no glossário do curso).
Figura. Esta imagem foi tomada do Portal da SATE-UECE em agosto de 2012
A visualização de conteúdos pelo celular já é realidade em algumas universidades.
Há uma progressiva utilização de ambientes virtuais flexíveis,
customizáveis e gratuitos, como o Moodle, pela relação custo-benefício.
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 30
Algumas instituições preferem a segurança dos sistemas proprietários,
como o Blackboard, pela confiabilidade e garantia de atendimento. Todos
os ambientes precisam incorporar mais diretamente os recursos da web
2.0 (ou web social), os recursos colaborativos, as redes sociais aplicadas
à educação e as tecnologias móveis.
Outra evolução seria a criação de ambientes pessoais de
aprendizagem que incorporassem todo o conhecimento registrado do
aluno, suas redes de comunicação e seu percurso de aprendizagem.
Falta também a inclusão de simuladores, jogos, laboratórios digitais de
ponta e ambiente 3-D.
Fonte: Este texto foi elaborado em parte com informações da Revista Nexus Ciência &
Tecnologia – UFSC, Florianópolis, n. 7, ano IV, 2002. (Material cedido pela editora da
UFSC) e com MORAN, José Manuel. Desafios da educação a distância no Brasil. In:
ARANTES, Valéria Amorim (Org.). Educação a distância. Pontos e contrapontos. José
Armando Valente - José Manuel Moran, 2011, p. 45-86.
Outra pergunta para você:
Você acabou de ver diversas tecnologias, meios e dispositivos que
podem ser utilizados para ensino a distância. Pode mencioná-los?
Para saber mais:
ALVES, Lucineia. Educação a Distância: conceitos e história no Brasil e no
mundo. Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta a Distância, v. 10, 2011.
Disponível em: http://bit.ly/12AgHXz.
GARCÍA ARETIO, Lorenzo. Historia de la Educación a Distancia, RIED. Revista
Iberoamericana de Educación a Distancia, v. 2, n. 1, p. 8-27, 1999. Disponível
em: http://ried.utpl.edu.ec/images/pdfs/volumen2-1.pdf
MOTA, Ronaldo. A Universidade Aberta do Brasil. In. LITTO, Fredric; FORMIGA,
Marcos (Org.). Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2009. p. 297-303.
PESCE, Lucila. EAD: Antes e depois da cibercultura. In: Cibercultura: O que
muda na educação. TV escola. Salto para o futuro. Ano XXI, Boletim 03, Abril
2011, p. 10-15. Disponível em: http://bit.ly/qo3fZ5.
UAB. O que é um polo de apoio presencial. Disponível em: http://bit.ly/18Z6AKH.
Infográfico “Distance Learning. A history of flexibility”
http://elearningindustry.com/images/The%20History%20of%20Distance%20Lear
ning%20-%20Infographic.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Educação_a_distância
http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001398/139898por.pdf
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 31
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12502&
Itemid=823
http://www.abed.org.br/congresso2008/tc/510200863228PM.pdf
http://www.uab.capes.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21
6:encontro-reune-coordenadores-do-sistema-uab-para-discussoes-e-
apresentacao-do-balanco-de-2012&catid=1:noticia&Itemid=7
http://www.institutoclaro.org.br/banco_arquivos/infograficos_9/index.html
Atenção! Com as leituras e trabalhos realizados até aqui, já temos
uma ideia das diversas formas que podem ter os cursos da
modalidade a distância e como eles evoluíram. Agora vamos ver
melhor essas características através de exemplos atuais de
cursos a distância no Brasil, que você pesquisará e descreverá.
TAREFA 2 (parte 2) - A partir das informações apresentadas no texto
acima e no anexo 1 selecione três (3) exemplos de experiências de
ensino brasileiras, representativas de cada geração de
EaD (correspondência, telecursos e ambientes interativos) para
reunir um total de nove (9) exemplos.
No processador de textos existente no computador (seja o programa
Word ou Writer) construa uma tabela com quatro (4) linhas e três (3)
colunas, de igual forma que aparece nesta imagem:
Coloque na tabela construída por você os exemplos reunidos do
texto anterior.
Após a tabela, acrescente no final desse texto se você teve alguma
dificuldade para fazer esta tarefa, ou seja, se foi fácil ou difícil para você.
Obrigado!
Salve o arquivo como: "seu nome _ tabela 3 gerações”.
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 32
Envie o arquivo com a tabela produzida para a “Tarefa tabela três
gerações” que está no Moodle.
Segue outra tarefa desta unidade.
TAREFA 3 (parte 2)- Você deverá encontrar e descrever três
(3) cursos de EaD existentes na atualidade no Brasil.
Um bom ponto de partida para encontrar essas instituições é a lista
contida no Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a
Distância (ABRAEAD) http://www.abraead.com.br/ead_form.asp
(opção de “Busca Simples” ou “Busca Detalhada”).
Uma vez identificadas as instituições e cursos de seu
interesse, descreva-os utilizando os seguintes itens:
• Nome da instituição,
• link,
• tipo de cursos oferecidos (graduação ou pós-graduação:
especialização, mestrado ou doutorado, curso abertos à
comunidade),
• duração do curso,
• procedimentos ou ferramentas de comunicação utilizadas,
• Acrescente qualquer outro dado de interesse que tenha
encontrado sobre essa instituição e curso.
Os dados selecionados serão colocados no fórum específico intitulado
"Panorama da EaD no Brasil". Nele você observará as postagens ou
envios dos colegas e também poderá avaliá-los. Por isso, desta vez,
você copiará e colará seu texto diretamente na janela que
aparecerá.
Atenção: Nessa descrição de três cursos existentes no Brasil que ofertam
ensino a distância não inclua a UNOPAR virtual, porque esse é um
curso muito conhecido e quase sempre aparece primeiro nas listas.
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 33
Anexo I
Atenção: Os dados presentes neste anexo I não são para um estudo
detalhado. Na realidade foram colocados aqui para sua utilização na
Tarefa 2 parte 2, ou seja, para elaborar no processador de texto
disponível no computador (o Word ou Writer) a tabela descrita acima.
Provavelmente terá que integrar estes dados com a busca de outras
informações por meio das opções que foram mostradas nas outras
seções deste capítulo.
Cronologia da EAD no Brasil
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1932 - Ginástica via rádio,
Oswaldo Diniz Magalhães
Aulas de ginástica via rádio, com
suporte de mapas impressos para
orientar as posições dos
exercícios. Cidade do Rio de
Janeiro.
1932 - Manifesto “Pioneiros da
Escola Nova”
Lançamento do manifesto “Pioneiros
da Escola Nova”, em que educadores
propõem o uso dos recursos
tecnológicos do rádio, cinema e
impressos para a educação brasileira.
1934 - Rádio Escola Municipal,
Edgard Roquete Pinto.
Criação da Rádio-Escola
Municipal – Rio de Janeiro.
Emissões radiofônicas
consorciadas com folhetos e
esquemas de aula. Interação com
os alunos através de
correspondência. Programas
diários com três seções distintas:
Hora Infantil, com 402 irradiações
em 34, Jornal dos Professores,
com 288 irradiações, e
Suplemento Musical (Discoteca
Municipal).
1936 - Rádio Ministério da
Educação, Edgard Roquete
Pinto/MEC
Doação da Rádio Sociedade ao
Ministério da Educação e Saúde, sob
a condição de ser utilizada somente
com finalidade educativa. Surge assim
a Rádio Ministério da Educação.
1939 - Instituto Monitor, Cursos
Profissionalizantes
Criação do primeiro instituto
brasileiro para a oferta
sistemática de cursos de iniciação
profissionalizante a distância.
Modalidade de ensino por
correspondência. Os primeiros
cursos oferecidos foram no ramo
da eletrônica, formando
radiotécnicos.
1957 - Radioeducação,
SIRENA,Sistema Radioeducativo
Nacional. Produção de programas
veiculados por emissoras espalhadas
em todo o país.
1937 - Radiodifusão Educativa,
Ministério da Educação
Criação do Serviço de Radiodifusão
Educativa do Ministério da Educação.
1941 - Instituto Universal
Brasileiro,Cursos Profissionalizantes
Criação do Instituto que viria a ser o
maior difusor de cursos
profissionalizantes a distância no
Brasil no século XX, pela modalidade
de ensino por correspondência.
1941 - Universidade do Ar – RJ
Emissões radiofônicas para a
formação de professores leigos.
1957 - Escola Líder – SP,
Criação da instituição.
Oferta de cursos
profissionalizantes. Ensino por
correspondência.
1930
1950
1940
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1961 - Alfabetização de
Adultos, Fundação João Batista
do Amaral. Programa de
alfabetização de adultos, com
veiculação pela TV Rio até 1965.
1961 - Movimento de Educação de
Base, MEC/CNBB
Início efetivo do serviço radiofônico
com apoio de material impresso e
grupos de apoio locais, para
programas de alfabetização,
conscientização, politização,
educação sindicalista,
instrumentalização das comunidades
e animação popular, fundado numa
“pedagogia popular”. Até 1965, último
ano de operação do MEB, desativado
oficialmente por conflito com a
orientação política do governo militar
instaurado em 1964, 4.522 grupos de
alunos estavam organizados em
“escolas radiofônicas”.
1962 - Aperfeiçoamento de
Professores Primários,
Fundação João Batista do
Amaral Programa veiculado pela
TV Rio com conteúdos para o
aperfeiçoamento de professores
primários.
1962 - Universidade de Cultura
Popular, Gilson Amado
Um dos grandes incentivadores
e criadores de programação
televisiva para suporte à
educação, Gilson Amado lança a
ideia de se criar uma
Universidade de Cultura Popular.
A ideia ganha corpo em 1966,
através de programa veiculado
pela TV Continental.
1968 - Dom Bosco Escolas
Reunidas – SP
Oferta de cursos
profissionalizantes. Ensino por
correspondência. Matrículas de
6.900 alunos em 1970, e de
5.200 alunos em 1971.
1967 - Instituto Brasileiro de
Administração Municipal, RJ
Criação de programas a distância
para atender demandas de
funcionários de prefeituras municipais.
Ensino por correspondência
(fascículos).
1970 - Projeto MINERVA, MEC /
Fundação Padre Anchieta / Fundação
Padre Landell de Moura
Criado em setembro de 1970, com
base na Lei 5692, com ênfase na
educação de adultos. Projeto
MINERVA – Transmissão em rede
nacional de 1.200 emissoras de rádio
e 63 emissoras de televisão, dos
conteúdos para preparação dos
exames supletivos de Capacitação
Ginasial e Madureza Ginasial,
produzidos pela Fundação Padre
Landell de Moura e pela Fundação
Padre Anchieta. Atendeu 17.246
alunos de outubro de 1970 a
dezembro de 1971.
1969- TVE do Maranhão, Governo do
Estado do MA
Criada a Fundação Maranhense de
TV Educativa – Centro Educativo do
Maranhão, oferecendo teleducação
em circuito fechado para a 5a série, e,
a partir de 1970, em sinal aberto, para
as demais séries do então 1o Grau.
Sistema de recepção organizada em
telesalas de escolas da rede oficial.
Dados de 1995 indicavam 1.104
telesalas em todo o estado, com
41.500 alunos atendidos.
1969 - Projeto SACI,
MEC/CNPq/Instituto de
Pesquisas Espaciais. Satélite
Avançado de Comunicações
Interdisciplinares. Planejamento
do projeto durante os anos de
1967 e 1968, pelo Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE), com know how e
consultoria da Universidade de
Stanford (EUA). Início das
atividades educacionais do
projeto em 72, com o
treinamento de supervisores e
professores. Em 1973 têm início
a oferta de aulas pré-gravadas
transmitidas via satélite e suporte
em material impresso, para
alunos das séries iniciais e
professores leigos do então
ensino primário no estado do Rio
Grande do Norte. Experiência
piloto no estado até 1974.
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1970 - Sistema Nacional de
Ensino por Correspondência,
Ministério da Fazenda
Início da oferta de cursos a
distância pelo setor de formação
de recursos humanos do
Ministério da Fazenda.
Programas administrados pela
Escola de Administração
Fazendária (ESAF), nas áreas
de Português, Redação Oficial,
Introdução à Administração,
Administração por Objetivos,
Computação e Contabilidade
Pública.
1971- Criação da ABT -
Associação Brasileira de
Tecnologia e Educação
Criada inicialmente com o nome
de Associação Brasileira de
Tele-Educação, já produzia
Seminários Brasileiros de Tele-
Educação a partir de 1969. Criou
programas de capacitação de
professores por ensino através
de correspondência.
1978 - Telecurso 2o Grau,
Fundação Roberto Marinho-RJ /
Fundação Padre Anchieta – SP
Lançamento em janeiro/78 do
convênio entre a Fundação
Roberto Marinho e a Fundação
Padre Anchieta, originando o
Telecurso 2o Grau. Programas
televisivos com uso de atores do
elenco comercial da Rede Globo,
produção de fascículos semanais
vendidos em bancas de revista,
e programação de chamadas de
audiência durante programação
regular da Rede Globo e da TV
Cultura, e um pool nacional de
mais 38 emissoras comerciais e
outros oito canais educativos.
Visava dar suporte à preparação
dos alunos para os exames
oficiais de supletivo, ao estilo do
antigo Madureza Colegial.
1971- João da Silva - Telenovela
Educativa, TVE – Rio de Janeiro
Gilson Amado, presidente da FCBTVE
lança a primeira novela educativa da
TV brasileira, João da Silva, dirigida
por Jacy Campos e que receberia
Menção Honrosa do Júri do Prêmio
Japonês de melhor programa didático
de 1973. Programas no ar em 1973 e
74, com a veiculação de 100
capítulos, 25 aulas retrospectivas, 10
programas complementares e 5 livros
de apoio.
1971- Supletivo 1o Grau – Fase I,
Ministério da Educação
Transmissão em âmbito nacional,
durante três anos (72, 73 e 74) com
programas radiofônicos de ensino
supletivo.
1979 - Projeto Conquista, Ministério
da Educação – Criação da FCBTVE –
Fundação Centro Brasileiro de
Televisão Educativa (futura
FUNTEVÊ). Produz o projeto
Conquista, uma telenovela para o
ensino supletivo de 5a a 8a série, e
programas para a alfabetização com o
uso da televisão, dentro do projeto
MOBRAL (Movimento Brasileiro de
Alfabetização). O projeto tinha como
objetivo o ensino supletivo de 5a a 8a
série do 1o grau. Seguindo o formato
telenovela do projeto João da Silva, a
série tinha 200 capítulos distribuídos
da seguinte forma: 4 de apresentação,
148 instrucionais, 37 retrospectivos,
10 complementares e um de
encerramento. Sete livros de apoio
completavam o material.
1974- Telescola, TV Cultura –
Fundação Padre Anchieta
De 1974 a 1976, realização do projeto
Telescola, em parceria com a
Secretaria de Educação do Município
de São Paulo, para apoio às
disciplinas de Ciências e Matemática
do curso ginasial, em 50 escolas. As
aulas pela tevê eram precedidas de
um pré-teste e sucedidas de um pós-
teste o que ensejava a avaliação do
aprendizado. A aula de matemática,
"Introdução aos números inteiros” foi
premiada em 1975 com o Special
Prize, no Japão. Direção e roteiro:
José Castellar / Produção: Nádia
Hatori.
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1981- Telecurso 1o Grau, Fundação
Roberto Marinho
Lançamento do Telecurso 1o Grau,
em parceria com o Ministério da
Educação e a Universidade de
Brasília, voltado para o supletivo de
5a a 8a série.
1979 - Projeto Hapronte, Depto. De
Ensino Fundamental/MEC
Produção de 64 programas de rádio
para o ensino da língua francesa, para
professores não-titulados em exercício
de 1a a 4a série. Abrangência para
os Estados do Paraná, Espírito Santo
e Alagoas.
1985 - Novo Telecurso 2o
Grau, Fundação Roberto
Marinho
A Fundação Roberto Marinho
lança o Novo Telecurso 2o Grau,
em parceria com o Banco
Bradesco S/A. Produção de 900
tele-aulas e de 500 programas
de rádio, com veiculação diária
pelas redes que já vinham
exibindo os telecursos anteriores
elaborados pela Fundação
1980 - Universidade Aberta,
Universidade de Brasília – UnB
Lançamento de convênio da UnB
com a Open University, para a
implementação de programas de
educação a distância no Brasil.
Início dos cursos nas áreas de
ciências políticas, relações
internacionais e pensamento
político brasileiro em 1980.
Cursos de extensão com seis
meses de duração, com o uso de
fascículos e de sessões
presenciais de tutoria em capitais
de estado. Programas
coordenados na época pelo
Decanato de Extensão da UnB.
Total de 4 mil inscritos nos três
primeiros cursos. Em 1981 a
UnB lança parcerias com jornais
de grande circulação para a
publicação de fascículos de auto-
aprendizagem. Os alunos que
encaminhavam trabalhos de
avaliação recebiam certificado de
programa de extensão. Nesta
modalidade, até o ano de 1983,
estes programas tinham
alcançado 30 mil matrículas.
Conclusão do programa
Universidade Aberta em 1984.
1979 - Programa de
Alfabetização Funcional –
PAF/TV, Mobral / FCBTVE /
Prontel
Programa especial visando à
alfabetização de adultos com o
uso de multimeios.. Implantação
em 1979 através de 60 tele-aulas
dramatizadas e fascículos de
apoio para alunos e monitores,
com distribuição por TVs
educativas nos estados da
Bahia, Minas Gerais, São Paulo,
Ceará, Paraná e Rio de Janeiro.
1980 - Série Curumim, TV Cultura –
Fundação Padre Anchieta
De 1980 a 1984 houve a produção e
veiculação da série Curumim, projeto
de educação infantil em parceria com
a prefeitura de São Paulo. Programas
com conteúdo pedagógico e
orientação de utilização pelo professor
em sala de aula. Todas as EMEI -
Escola Municipal de Educação Infantil
estavam sintonizadas na TV Cultura
na hora dos programas, de acordo
com registros da produtora Nadia
Hatori.
1980- Projeto Seringueiro,
SUDHEVEA. Produção de 230
programas educativos para veiculação
pela rádio nacional de Brasília, em
convênio com a rádio Cruzeiro do Sul,
no Acre. Ênfase nas áreas de
comunicação e expressão,
matemática e ciências físicas e
1984- Projeto Ipê, Fundação Padre
Anchieta
De 1984 a 1990. Realização da TV
Cultura em parceria com a Secretaria
da Educação do Estado de São Paulo,
na gestão do prof. Paulo Renato.
Cursos de atualização a
aperfeiçoamento de professores de 1o
e de 2o Graus. Projeto que deu
origem ao canal TV Escola, quando
Paulo Renato de Souza assumiu o
Ministério da Educação. No início o
Ipê utilizava recursos multimeios.
Além do programa de TV, havia o de
rádio, apostilas, textos
complementares, telepostos para
discussões mediadas por monitores e
relatórios de avaliação.
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1988 - Verso e Reverso -
Educando o Educador, Rede
Manchete / MEC
A Rede Manchete de Televisão e
a Fundação Educar apresentam
a série Verso e Reverso –
Educando o Educador. Ao todo,
foram 24 programas de televisão
com 30 minutos cada, veiculados
aos domingos, 12 publicações de
apoio e um manual de
orientação, num mix de
teleducação e ensino por
correspondência. Design
pedagógico da Fundação
Nacional para a Educação de
Jovens e Adultos (Fundação
EDUCAR), para capacitação de
professores de Educação Básica
de Jovens e Adultos. O educador
Paulo Freire participou como
consultor especial da
implantação do programa na
Arquidiocese de Nova Iguaçu
(Baixada Fluminense).
1991 - Jornal da Educação:
Edição do Professor, Ministério
da Educação – MEC
O Ministério da Educação lança
o Projeto Piloto de Utilização do
Satélite na Educação. Programa
estruturado para veicular
programas de televisão com
recepção organizada em
telepostos equipados com
aparelhos de televisão e
videocassete para recepção,
com fax e telefone para interação
dos cursistas com o núcleo de
geração, e distribuição de
material impresso aos cursistas.
A receptividade do programa,
com 600 alunos da 3a série de
cursos de magistério em seis
estados brasileiros, forneceu os
subsídios para o lançamento da
série Um Salto Para o Futuro, no
mesmo ano.
1993- MULTIRIO, Secretaria Municipal
de Educação – cidade do Rio de
Janeiro
Criação de uma central de produção
multimídia para criar produtos
audiovisuais de suporte ao ensino na
rede municipal de educação da cidade
do Rio de Janeiro. Produção de
programas de televisão com
veiculação local, e de cursos a
distância com suporte de material
impresso. Até 1998 produção
acumulada superior a 500 programas.
1988 - Projeto Novo Saber, ASOEC
A Universidade Salgado Oliveira
(ASOEC) cria o programa de Novo
Saber (Parecer CFE 630/89),
oferecendo especialização a distância
num modelo semidireto de EAD, nas
áreas Administração Educacional,
Supervisão Educacional,
Planejamento Educacional e Língua
Portuguesa, para os estados de
Goiás, Maranhão, Espírito Santo e
Ceará. Em 1996, com atuação
também nas áreas de Administração,
Biologia, Educação Física, Letras,
História e Direito, alcançava 8.626
alunos, em 83 municípios de 17
Estados brasileiros.
1989 – CEAD, Universidade de
Brasília
A UnB cria mais um grupo de trabalho
em EaD, o Centro de Educação
Aberta e Continuada (CEAD). Já na
década de 90, o Centro foi
responsável pela produção dos cursos
Política de Ciência e Tecnologia para
a década de 90, Introdução Crítica ao
Direito do Trabalho, e O
Microcomputador Sem Mistérios.
Ensino por correspondência, e início
da utilização de produção multimídia,
com atividades de aprendizagem
encaminhadas aos alunos através de
disquetes.
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Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 38
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1995 - Ensino Interativo a
Distância, Universidade
Anhembi-Morumbi – SP
O Departamento de Ensino
Interativo a Distância lança em
agosto de 1995 atividades de
aprendizagem por Internet no
Brasil, com cursos de extensão
universitária na área de Moda.
Em outubro de 1995 lança um
curso de Empregabilidade, para
alunos do Ensino Médio,
utilizando a Internet para acesso
a conteúdos e atividades de
aprendizagem.
1994 - TV SENAC, SENAC-SP
Início das atividades que
resultaram no projeto TV
SENAC, com a realização de
sessões de teleconferência e
videoconferência. A TV SENAC
surge como canal de TV Cabo
por acesso codificado em banda
digital do satélite Brasilsat. Em
seguida expande-se para formar
parcerias com canais
comunitários e universitários
para ampliar a rede de cobertura
em sistemas de TV por cabo.
Distribuição de programação
cultural, reciclagem profissional e
de interesse de aprendizagem na
área do comércio, com
interatividade mediada por
fax/telefone/e-mail.
1994 - Licenciatura a distância,
Universidade Federal do Mato
Grosso
O Núcleo de Educação a
Distância do Instituto de
Educação da UFMT cria o curso
de Licenciatura em Educação
Básica, em parceria com a
Secretaria de Estado da
Educação, a Universidade do
Estado do Mato Grosso e com
apoio da Tele-Université du
Québèc (Canadá). O curso da
UFMT foi autorizado pela
Resolução 88 do Conselho
Diretor da UFMT em 2 de agosto
de 1994, iniciado em 1995, e
reconhecido pelo Conselho
Nacional de Educação em 1999.
1994 - Telecurso 2000, Fundação
Roberto Marinho
Telecurso 2000 1o e 2o Graus, e
Telecurso Profissionalizante de
Mecânica. Programas em parceria
entre a Fundação Roberto Marinho e a
Federação das Indústrias do Estado
de São Paulo. Programas de televisão
e coleções de fascículos para
preparação de alunos candidatos a
realização de exames supletivos e de
certificação profissionalizante.
Veiculação pela Rede Globo e canais
educativos a partir de 1995.Nesta
série houve uma revisão da
metodologia de tele-aulas até então
utilizada. Um núcleo de personagens
problematizava situações cuja solução
de conflitos dependia da apropriação
de um conteúdo específico. Em
parceria com empresas e instituições
de ensino as fitas e os impressos do
Telecurso 2000 também foram
colocados como material de consulta e
de apoio ao ensino em salas para
atendimento presencial a alunos,
assistidos por monitor especializado.
1995 - TV Escola, MEC/SEED
O Governo Federal lança o Programa
TV Escola em setembro de 1995,
visando equipar escolas públicas de
todo o Brasil com kits tecnológicos
para recepção e gravação de sinal de
TV por antena parabólica, e, em
seguida, veicular programação
educativa. O canal entra em operação
em março de 1996. Até junho de
1999, 56 mil escolas públicas já
tinham instalados os seus kits
tecnológicos.
1995- Biologia Molecular; Introdução
à Genética UNIFESP – Escola
Paulista de Medicina.
Início das atividades de educação a
distância on-line pela Escola Paulista
de Medicina. Publicação na Internet de
material suplementar aos cursos
regulares de graduação. Material de
livre acesso, sem restrição de uso por
senhas, e auto-avaliação on-line.
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 39
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1996- Pós-Graduação a
Distância, UFSC – SIEMENS
Primeira experiência brasileira do
uso de videoconferência na
educação. A UFSC oferece um
programa de pós-graduação em
engenharia de produção para
funcionários da fábrica do grupo
Siemens em Curitiba. Aulas ao
vivo e interativas direto do
Campus da UFSC para a
empresa.
1996 - PROINFO, MEC
Criação do Programa Nacional
de Informática na Educação,
para introduzir a tecnologia de
informática na rede pública de
ensino. Capacitação de
professores e técnicos, e
distribuição de equipamentos de
informática.
1996- UNIVIR, Faculdade Carioca
A Faculdade Carioca institui o núcleo
Universidade Virtual (UNIVIR), para a
promoção de cursos abertos de
educação a distância, com o uso de
ambientes Internet.
1997- TV Futura, FRM
Criação do canal FUTURA pela
Fundação Roberto Marinho em
setembro de 1997. Programação
educativa e profissionalizante. Início
de operações como canal de
assinatura (Net/Multicanal/Sky), e a
partir de 98 também como canal
aberto. Ao contrário das séries
Telecurso produzidas pela Fundação
Roberto Marinho, o canal Futura não
surge como proposta de
escolarização, mas como uma
estratégia de programação de
complementação cultural. O slogan
utilizado para lançar o Futura foi “O
canal do conhecimento”.
1997- Institucionalização do Projeto
VIRTUS, Universidade Federal de
Pernambuco – PE
Em março de 1997 a Universidade
Federal de Pernambuco
institucionaliza o Projeto Virtus.
Criação de ambientes virtuais de
estudo com soluções tecnológicas e
abordagem pedagógica própria da
UFPE. Oferta de sites de apoio às
aulas presenciais. Ao final do ano já
oferecem disciplinas realizadas 100%
pela rede.
1997- Projeto Aulanet, PUC – Rio de
Janeiro
Laboratórios da Pontifícia
Universidade Católica do Rio de
Janeiro desenvolvem o software
AulaNet, ambiente para a realização
de cursos por educação a distância via
Internet.
1996- Projeto Atue Online,
Universidade Anhembi-Morumbi
Criação de ambientes virtuais de
aprendizagem Internet, para qualificar
professores a utilizar redes de
computadores como ferramentas de
ensino. No mesmo ano lança o
programa de extensão online Vivência
Universitária, para alunos do Ensino
Médio.
1997- Especialização em
Saúde Pública, Escola Nacional
de Saúde Pública – Fundação
Osvaldo Cruz – CEAD-UnB
Programa de educação a
distância estruturado a partir de
conteúdos fornecidos pela
Escola Nacional de Saúde
Pública (ENSP) da Fundação
Osvaldo Cruz (FIOCRUZ), e
metodologia do Centro de
Educação Aberta, Continuada e
a Distância (UnB). Modalidade
mista de ensino por
correspondência, com a
estruturação básica em cinco
módulos impressos, e início de
interações por correio eletrônico
(e-mail) no processo de tutoria
feito pela ENSP.
1997 - Open-School – Centro
Virtual de Convivência,
Informática e Gestão LTDA – BA
Em junho de 1997 a empresa
Informática e Gestão, de
Salvador (BA), registra o domínio
www.open-school.com.br e cria
ambiente virtual de
aprendizagem a distância.
Oferece acesso a links de cursos
on-line em toda e rede.
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 40
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1999- Expansão da oferta de
cursos por Internet e
videoconferência
O ano de 1999 tem como
principal característica o
crescimento do número de
instituições de ensino superior e
de institutos em direção ao uso
da Internet como mídia
preferencial de interação para
cursos em todos os níveis. O uso
da videoconferência continua
restrito a programas de pós-
graduação desenvolvidos em
parcerias interuniversitárias ou
entre universidades e empresas.
Os seminários e congressos de
EAD realizados no Brasil têm
como destaque as estratégias de
uso e as ferramentas de
gerenciamento administrativo e
da aprendizagem orientadas
para a Internet.
1999- Credenciamento de IES
para EAD pelo Ministério da
Educação
Tem início o processo de
autorização e credenciamento de
cursos superiores a distância
pelo MEC. O procedimento
segue a regulamentação do
Decreto 2.494, de fevereiro de
1998, e da Portaria MEC 301, de
abril do mesmo ano. As
primeiras instituições
credenciadas foram a
Universidade Federal do Pará e
a Universidade Federal do
1997- Mestrado a distância,
UFSC – PETROBRÁS, Mestrado
em Logística
Primeiro mestrado a distância
por sistema de videoconferência
multiponto do mundo. UFSC
lança o ambiente LED de
aprendizagem por Internet.
Alunos interagem com os
professores no Campus da
UFSC em tempo real e
simultaneamente por
videoconferência nas cidades de
Natal, Salvador, Rio de Janeiro,
Macaé e Belém. Atividades off
line por Internet, e seminários
presenciais para avaliação.
1999- UNIREDE – Universidade
Virtual Pública do Brasil
Em dezembro de 1999, 18
universidades públicas reúnem-se em
Brasília e lançam documento pela
criação da Universidade Virtual
Pública do Brasil. O movimento recebe
adesão de praticamente todas as IES
federais e estaduais, superando 50
instituições signatárias do projeto em
três meses. Em abril de 2000 os
ministérios da Educação e de Ciência
e Tecnologia baixam portaria
nomeando comissões de trabalho para
analisar a viabilidade de criação da
instituição.
1998- Projeto ‘Sala de Aula’,
Extensão por Internet, Faculdade de
Comunicação – UFBA
A Faculdade de Comunicação da
Universidade Federal da Bahia
(FACOM – UFBA) lança um projeto de
utilização do ciberespaço como
instrumento pedagógico, oferecendo
como primeiro curso Introdução à
Cibercultura. Em seguida oferece
cursos de Hipertexto e Ficção
Literária, Marketing, Novas
Tecnologias, Arte e Cultura, e
Jornalismo On-line. Módulos de
atividades de aprendizagem por
Internet, divididos em semanas
temáticas. Conteúdos próprios no site
do curso, e links de interesse para
comentários dos alunos. Tutoria de
orientação das atividades por lista de
discussão via Internet.
1999- Universidade Virtual, UnB –
Universidade de Brasília
A Universidade de Brasília oficializa
com o nome Universidade Virtual suas
atividades por educação a distância.
Oferta em 99 de 07 cursos de
extensão, dois de aperfeiçoamento e
um de especialização. Utilização
crescente da mídia Internet,
sinalizando uma transição do modelo
de ensino por correspondência, até
então característico da UnB, para
estratégias pedagógicas e recursos
tecnológicos de 3a geração em
educação a distância. A
Especialização em Educação
Continuada e a Distância utiliza como
ambiente Internet o software
canadense Virtual U.
Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB.
Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 41
Fonte: Adaptado de VIANNEY, João; TORRES, Patrícia; SILVA, Elizabeth. A
Universidade Virtual no Brasil. Os números do ensino superior a distância no país
em 2002. In: Seminário Internacional sobre Universidades Virtuais na América Latina e
Caribe.Quito – Equador, 13 e 14 de fevereiro de 2003. Disponível em:
<http://www.portaldeensino.com.br/ead_historico.pdf> Acesso em: 17 jul. 2007.
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2000 - PUC-Virtual – PUC Minas
Gerais e PUC Porto Alegre
As universidades católicas em Belo
Horizonte (MG) e em Porto Alegre
(RS) lançam programas próprios de
educação a distância. Ambos os
projetos caracterizam-se pelo uso
consorciado de mídias, utilizando-se
de canais universitários, links de
satélite para videoconferência,
Internet, suporte em materiais
impressos e produção multimídia.
2000 – Online University, Univ.
Estácio de Sá
Em julho, a Universidade Estácio de
Sá coloca na Internet o portal
onlineuniversity.com.br, anunciando
serviços de apoio a estudantes do
ensino médio, a alunos do ensino
superior e oferecendo cursos a
distância.
2000 – Universidade Virtual
Brasileira
Um consórcio de 10 universidades
particulares e comunitárias, cria a
marca Universidade Virtual Brasileira,
para cooperação em desenvolvimento
de plataformas tecnológicas comuns,
produção de conteúdos para EAD,
definição de metodologias de trabalho,
formação de recursos humanos e
oferta de cursos por EAD. O primeiro
curso, Preparação de Professores
Autores e Tutores para Educação a
Distância tem início em agosto, com
157 matrículas.
1999- Estágio de Convergência
de Mídias; Programa
Engenheiro Empreendedor,
Laboratório de Ensino a
Distância, Universidade Federal
de Santa Catarina
Com o aumento do número de
usuários de Internet permitindo
ganhos em capilaridade em
escala nacional, o LED/UFSC
adota o uso da rede também
para os programas de
capacitação a distância para
grandes contingentes, que até
então utilizavam estratégias de
mídias integradas
(teleconferência, material
impresso, vídeo-aulas, sistemas
DDG). O uso da rede ocorre em
paralelo aos recursos anteriores,
estimulando a clientela a migrar
para o uso da Internet.
Realização de 8 programas de
extensão no ano, com quase dez
mil matrículas.
Nos programas de pós-
graduação a distância com o uso
da videoconferência os
professores são orientados a
aumentar a intensidade de
interações e de atividades de
aprendizagem pela Internet.
Assim, a Internet deixa de ser
mídia acessória e passa à
condição de mídia complementar
nestes programas. Em 1999 teve
início treze novos cursos de pós-
graduação.
2000
Apostila Introdução à EaD (parte 2) 2013

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Apostila Introdução à EaD (parte 2) 2013

  • 1. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 1 CCuurrssoo ddee LLeettrraass aa DDiissttâânncciiaa UUnniivveerrssiiddaaddee FFeeddeerraall ddee AAllaaggooaass ee UUnniivveerrssiiddaaddee AAbbeerrttaa ddoo BBrraassiill IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO ÀÀ EEDDUUCCAAÇÇÃÃOO AA DDIISSTTÂÂNNCCIIAA ((PPaarrttee 22)) Professor Gonzalo Abio (Centro de Educação, UFAL) gonzalo_ufal@yahoo.com.br Revolução ou evolução? A imprensa de Gutenberg (século XV) e os estudantes universitários indianos com o laptop Aakash de baixo custo (2011) • O papel das tecnologias na sociedade - O que são tecnologias e por que elas são essenciais? • Uma definição de Educação a Distância? • Evolução histórica da EaD - Um pouco de história sobre a modalidade de estudo a distância • Panorama atual da EaD no Brasil - E no Brasil... Você conhece a história? - A EaD nas universidades brasileiras - A Universidade Aberta do Brasil - Modelos de EaD que operam no Brasil - Tecnologia mais utilizada na EaD • Anexo I. Cronologia da EaD no Brasil Maceió 2013
  • 2. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 2 O papel das tecnologias na sociedade O que chamamos agora de NTICs representa uma evolução e não uma revolução com respeito às tecnologias mais antigas da educação a distância (DANIEL, 2003, p. 167). DANIEL, John. Educação e tecnologia num mundo globalizado. Brasília: UNESCO, 2003. A Educação a Distância (EaD) é, atualmente, um campo em evidente expansão no Brasil, como forma de atender à crescente e diversificada demanda por educação, sobretudo na formação continuada de professores. Se, um dia, essa modalidade educacional foi vista com desconfiança, hoje, o desenvolvimento das tecnologias de informação e de comunicação impulsiona seu crescimento. Contudo, a introdução de sofisticados recursos tecnológicos em velhas práticas educacionais não representa, por si só, uma inovação pedagógica. Assim, os critérios para analisar as propostas de EaD não devem estar voltados para a mediação tecnológica, mas para a concepção didático-pedagógica subjacente ao suporte tecnológico e à sua utilização. Elsa Guimarães Oliveira. Educação a distância na transição paradigmática, Papirus Editora, 2003. Você achou interessante esta citação anterior? Cada unidade será iniciada assim, com citações que, de alguma forma, têm que ver com o tema tratado. Somos alunos de um curso de graduação nesta modalidade de estudos semipresencial, mas também não podemos esquecer que nos formaremos como futuros professores (se não é que exercemos essa profissão já), por isso, o conhecimento sobre tecnologias e EaD deve estar sempre perpassado pela reflexão sobre o uso pedagógico dessas tecnologias e sua aplicação em contextos de estudo, seja na escola ou fora dela. Por exemplo, após a leitura dessa citação, com especial atenção para os trechos destacados em negrito, pense no sentido desse texto e depois, sugiro que apoie as ideias também com os resultados encontrados em um estudo sobre uso de tecnologias na escola que encontrará aqui http://bit.ly/1julSQD ou em outros textos semelhantes.
  • 3. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 3 O que são tecnologias e por que elas são essenciais? Carruagem de guerra sumério - 2.100 A.C. Algumas tecnologias proporcionavam vantagens para os povos que as dominavam. Como disse Kenski (2007), as tecnologias são tão antigas quanto a espécie humana. Na verdade, foi a engenhosidade humana, em todos os tempos, que deu origem às mais diferenciadas tecnologias. O uso do raciocínio tem garantido ao homem um processo crescente de inovações. Os conhecimentos daí derivados, quando colocados em prática, dão origem a diferentes equipamentos, instrumentos, recursos, produtos, processos, ferramentas, enfim, a tecnologias. Desde o início dos tempos, o domínio de determinados tipos de tecnologias, assim como o domínio de certas informações, distinguem os seres humanos. Tecnologia é poder. Na Idade da Pedra, os homens – que eram frágeis fisicamente diante dos outros animais e das manifestações da natureza - conseguiram garantir a sobrevivência da espécie e sua supremacia, pela engenhosidade e astúcia com que dominavam o uso de elementos da natureza. A água, o fogo, um pedaço de pau ou o osso de um animal eram utilizados para matar, dominar ou afugentar os animais e outros homens que não tinham os mesmos conhecimentos e habilidades. Desde que surgiu a roda, - a primeira grande invenção tecnológica da humanidade-, a grande maioria dos avanços tecnológicos são impulsionados ou estão associados às guerras e poderio militar. Vale lembrar, como exemplo, o caso dos aviões que foram aperfeiçoados e utilizados na Primeira Guerra Mundial poucos anos após os primeiros voos de Santos Dumont. Temos outro exemplo com as bombas voadoras V1 e V2 alemãs cuja tecnologia serviu de base para o desenvolvimento dos primeiros aviões a jato e foguetes espaciais.
  • 4. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 4 Aviões, tanques, metralhadoras, encouraçados e bombas voadoras, a tecnologia a serviço das guerras. A Guerra Fria - iniciada logo após a Segunda Guerra Mundial e que durante quase 50 anos dividiu o mundo em dois grandes blocos de poder - impulsionou a ciência e a tecnologia de forma jamais vista na história da humanidade. Muitos equipamentos, serviços e processos foram descobertos durante a tensão que existiu entre os Estados Unidos e a União Soviética pela ameaça, de ambos os lados, de ações bélicas, sobretudo com o uso da bomba atômica. A corrida espacial, resultante do avanço científico proporcionado por essa tensão, trouxe inúmeras inovações: o isopor, o forno de micro-ondas, o relógio digital e o computador. O jornalista Fábio Reynol (2004) informa que os aparelhos automáticos para medir pressão arterial encontrados nas portas das farmácias são a evolução de equipamentos desenvolvidos para astronautas, que precisavam de sistemas práticos para avaliar a saúde no espaço. A válvula de um novo tipo de coração artificial foi inspirada em uma bomba de combustível de foguetes. Marca-passos são monitorados graças à mesma tecnologia utilizada em satélites. E até a Fórmula l. famosa por ser uma grande fonte de tecnologia, copiou dos trajes espaciais os macacões antichamas de seus pilotos. Detectores de fumaça e de vazamento de gás, tão comuns em construções hoje em dia, vieram de pesquisas de similares que equipam veículos espaciais. Também é graças ao espaço, que os ortodontistas contam hoje com o Nitinol, uma liga que, por ser maleável e resistente, é muito empregada na fabricação de satélites e que agora também compõe os "araminhos" de muitos aparelhos ortodônticos. E até a asa-delta, quem diria, não foi invenção de esportistas, mas de Francis Rogallo. projetista da Nasa, que desenvolveu o aparato para guiar espaçonaves depois da reentrada na atmosfera. O inventor não imaginava que sua obra iria fazer muito mais sucesso como esporte, modalidade inaugurada na década de 70.
  • 5. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 5 Novas tecnologias ao se disseminarem na sociedade levam a novas experiências e a novas formas de relação com o outro, com o conhecimento e com o processo de ensino-aprendizagem. Foi assim, no passado, com a disseminação da escrita, que é também uma tecnologia. A própria origem da educação e da escola depende muito desta tecnologia de recuperação de informação. Para o filósofo francês Lyotard (1988; 1993), o grande desafio da espécie humana na atualidade é a tecnologia. Segundo ele, a única chance que o homem tem para conseguir acompanhar o movimento do mundo é adaptar-se à complexidade que os avanços tecnológicos impõem a todos, indistintamente. Dessa forma a educação tem um duplo desafio: adaptar- se aos avanços das tecnologias e orientar o caminho de todos para o domínio e a apropriação crítica desses novos meios. A evolução social do homem confunde-se com as tecnologias desenvolvidas e empregadas em cada época. Diferentes períodos da história da humanidade são historicamente reconhecidos pelo avanço tecnológico correspondente. As idades da pedra, do ferro e do ouro, por exemplo, correspondem ao momento histórico-social em que foram criadas "novas tecnologias" para o aproveitamento desses recursos da natureza. Também devemos considerar que devido aos avanços tecnológicos as mudanças na sociedade acontecem cada vez mais rapidamente. Vale pensar que passaram muitos anos desde a revolução agrária em que os povos nómades começaram a cultivar a terra até a chegada da revolução industrial, com as primeiras fábricas impulsionadas pela energia dos rios, mas principalmente com a aparição das máquinas movidas a vapor e logo, no limiar do século vinte, com os numerosos inventos e tecnologias que surgiram com o uso da eletricidade. Da sociedade agrária, passou-se à sociedade industrial e não é necessário muito esforço para percebermos a rapidez com que as
  • 6. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 6 mudanças de cunho tecnológico vêm ocorrendo em nossa sociedade nas últimas décadas valendo-se dos avanços tecnológicos digitais. Expressões como “sociedade da informação”, “sociedade tecnológica” e “sociedade do conhecimento” têm sido utilizadas para caracterizar a sociedade pós-industrial. Sociedade agrária > sociedade industrial > sociedade da informação A evolução tecnológica não se restringe apenas aos novos usos de determinados equipamentos e produtos. Ela também altera comportamentos. A ampliação do uso de determinada tecnologia impõe-se à cultura existente e transforma não apenas o comportamento individual, mas o de todo o grupo social. A já mencionada descoberta da roda, por exemplo, transformou radicalmente as formas de deslocamento, redefiniu a produção, a comercialização e a estocagem de produtos e deu origem a inúmeras outras descobertas. Outro exemplo é o telefone celular que muitos portam consigo e que se tornou um aparelho multitarefa com grande poder de processamento e armazenamento de informações o qual pode ser considerado uma prótese digital da memória. Quase ninguém passa mais trabalho lembrando números de telefone e outras informações que agora ficam gravadas nesse aparelho digital. Seu uso cada vez mais estendido mudou a sociedade atual e ajuda, por exemplo, na coordenação, por meio de Twitter, de grandes revoluções sociais, como aconteceu com os fatos conhecidos como a "Primavera árabe", e também ajudam na captura e divulgação de fotos e fatos significativos em qualquer momento e lugar. [veja sobre Twitter no glossário de termos de EaD de nosso curso]. Devemos pensar que o conceito de novas tecnologias é variável e contextual. Em muitos casos, confunde-se com o conceito de inovação. Com a rapidez do desenvolvimento tecnológico atual, ficou difícil estabelecer o limite de tempo que devemos considerar para designar como "novos" os conhecimentos, instrumentos e procedimentos que vão aparecendo. Por exemplo, o radio dos carros ou a radio que escutamos por Internet é uma tecnologia rejuvenescida, mas não tão nova. Ao se falar em novas tecnologias, na atualidade, estamos nos referindo, principalmente, aos processos e produtos relacionados com os conhecimentos provenientes da eletrônica, da microeletrônica e das telecomunicações. Essas tecnologias caracterizam-se por serem evolutivas, ou seja, estão em permanente transformação. Caracterizam- se também por terem uma base imaterial, ou seja, muitas delas não são
  • 7. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 7 tecnologias materializadas em máquinas e equipamentos. Seu principal espaço de ação é virtual e sua principal matéria-prima é a informação. CURIOSIDADES. Alguns dados para pensar: Fontes: Infográfico analisa crescimento da internet no Brasil em relação às redes sociais. Web Social Dev, 04-09-2013. Disponível em: http://websocialdev.wordpress.com/2013/09/04/infografico-analisa-crescimento-de-internet-no-brasil O Crescimento do Marketing Digital no Brasil. Soub.com.br, 16-07-2013. Disponível em: http://soub.com.br/wp- content/uploads/2013/07/Infografico-crescimento-da-internet-no-Brasil.png ---------------- A cada dois dias, a Humanidade gera um volume de informação equivalente à que foi criada desde o início dos tempos até 2003. Essas foram palavras pronunciadas pelo presidente de Google, Eric Schmidt, em uma conferência em agosto de 2010. É verdade que esse volume não é apenas informação estruturada para sua compreensão pelo ser humano, pois uma parte dela corresponde com os dados trafegados entre as redes, as chamadas telefônicas, as imagens digitalizadas, etc., mas ainda assim é um volume de dados muito significativo, você não acha? Para refletir: Pense como seria sua vida - e a de qualquer pessoa - se não tivéssemos as tecnologias nos ajudando na realização das nossas atividades diárias. Duas perguntas para você: 1- O que significa viver na sociedade da informação? 2- Sem falar dos smartphones (telefones inteligentes), pense em algumas formas de uso com propósitos pedagógicos dos telefones celulares comuns que a grande maioria de nossos alunos já tem para ensino e aprendizagem de línguas e outros conteúdos escolares? Referências bibliográficas KENSKI, V. M. Educação e tecnologias. O novo ritmo da informação. Campinas, SP: Papirus, 2007. LYOTARD, J.R. O inumano. Considerações sobre o tempo. Lisboa: Estampa, 1988.
  • 8. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 8 ______ Moralités postmodernes. Paris: Galilée, 1993. REYNOL, F. Guerra fria promoveu a corrida tecnológica. Guerra e Ciência, 2004. Disponível em: http://bit.ly/NUSF2l Uma definição de Educação a Distância? Como você está participando em um curso realizado na modalidade conhecida como "educação a distância", será interessante que pense como podemos definir o que é EaD. A EaD pode ser considerada uma forma de ensino e aprendizagem intencionada e estruturada de tal forma que educadores e aprendizes podem estar fisicamente separados, pois utiliza principalmente ferramentas relacionadas com as TIC como meio de comunicação e disponibilização de informações. A seguir, você verá algumas definições de EaD entre as muitas disponíveis. Não queremos que aprenda as definições, na realidade queremos que entenda os elementos principais que não devem faltar em uma possível definição de EaD que você mesmo produzirá. Michael G. Moore (1972): O Ensino a Distância é o tipo de método de instrução em que as condutas docentes acontecem a parte das discentes, de tal maneira que a comunicação entre o professor e o aluno se possa realizar mediante textos impressos, por meios eletrônicos, mecânicos ou por outras técnicas. G. Dohmem (1967): Educação a Distância é uma forma sistematicamente organizada de autoestudo, onde o aluno se instrui a partir do material que lhe é apresentado, onde o acompanhamento e a supervisão do sucesso do aluno são levados a cabo por um grupo de professores. Isto é possível de ser feito a distância, através da aplicação de meios de comunicação capazes de vencer essa distância, mesmo sendo longa. José Luís García Llamas (1986): A Educação a Distância é uma estratégia educativa baseada na aplicação da tecnologia à aprendizagem, sem limitação do lugar, tempo, ocupação ou idade dos alunos. Implica novos papéis para os alunos e para os professores, novas atitudes e novos enfoques metodológicos.
  • 9. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 9 Miguel A. Ramón Martínez (1985): A Educação a Distância é uma estratégia para operacionalizar os princípios e os fins da educação permanente e aberta, de tal maneira que qualquer pessoa, independentemente do tempo e do espaço, possa converter-se em sujeito protagonista de sua própria aprendizagem, graças ao uso sistemático de materiais educativos, reforçado por diferentes meios e formas de comunicação. José Manuel Moran (1999): Educação a Distância é o processo de ensino-aprendizagem mediado por tecnologias, em que professores e alunos ficam separados espacial e/ou temporalmente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, tais como: telemáticas, a Internet, o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e outras tecnologias. Lorenzo García Aretio (1994): O Ensino à Distância é um sistema tecnológico de comunicação bidirecional, que pode ser massivo e que substitui a interação pessoal, na sala de aula, de professor e aluno, como meio preferencial de ensino, pela ação sistemática e conjunta de diversos recursos didáticos e pelo apoio de uma organização e tutoria que propiciam a aprendizagem independente e flexível dos alunos. Moore e Kearsley (1996): Educação a distância é o aprendizado planejado que normalmente ocorre em lugar diverso do professor e como consequência requer técnicas especiais de planejamento de curso, técnicas instrucionais especiais, métodos especiais de comunicação, eletrônicos ou outros, bem como estrutura organizacional e administrativa específica. Para uma definição de EaD, Preti (1996) destaca os seguintes elementos: - A distância física professor-estudante: a presença física do professor ou do tutor, isto é, do interlocutor, da pessoa com quem o estudante vai dialogar, não é necessária e indispensável para que se dê a aprendizagem. Ela se dá de outra maneira, “virtualmente”; - Estudo individualizado e independente: reconhece-se a capacidade do estudante de construir seu caminho, seu conhecimento, por ele mesmo, de se tornar autodidata, ator e autor de suas práticas e reflexões; - Um processo de ensino-aprendizagem mediatizado: a EaD deve oferecer suportes e estruturar um sistema que viabilize e incentive a autonomia dos estudantes nos processos de aprendizagem;
  • 10. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 10 - O uso de tecnologias: os recursos técnicos de comunicação, que hoje têm alcançado um avanço espetacular, permitem romper com as barreiras das distâncias, das dificuldades de acesso à educação e dos problemas de aprendizagem por parte dos estudantes que estudam individualmente, mas não isolados e sozinhos. Além disso, oferecem possibilidades de estimular e motivar o estudante, de armazenamento e divulgação de dados e de acesso às informações mais distantes, com rapidez incrível. - A comunicação bidirecional: o estudante não é mero receptor de informações, de mensagens; apesar da distância, busca-se estabelecer relações dialogais, criativas, críticas e participativas. TAREFA 1 (parte 2)- a) Na leitura dessas definições de EaD você encontrou alguma regularidade entre elas, não é verdade? Você poderá ser capaz de elaborar uma definição própria de EaD a partir das informações apresentadas? b) Além disso, sugerimos que faça também uma pesquisa para conhecer as diferenças entre educação ou aprendizagem formal, informal e não formal. c) Intercambie suas descobertas e opiniões no fórum “Definições de EaD e aprendizagem formal, informal e não formal”. Evolução histórica da EaD Alguns exemplos de cursos bastante conhecidos no Brasil (Fontes: IUB: http://bit.ly/1dw0qbC, Telecurso 2000: http://bit.ly/OVgUPh) Hoje em dia parece que EaD é só através da Internet e computadores, mas nem sempre foi assim. Algumas das imagens acima, representativas de diversas instituições ou cursos, são um exemplo disso.
  • 11. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 11 No seguinte esquema veremos a representação de três gerações de EaD, segundo a forma em que é veiculada preferencialmente a informação. Poderíamos pensar que uma geração só aparece depois da outra, mas no esquema você verá que elas não ficam totalmente separadas. Existem áreas de contato entre as gerações porque, por exemplo, os tele-cursos só depois de vários anos de percurso é que tiveram a capacidade de ser interativos (pelo avanço das tecnologias de comunicação e aumento na velocidade do fluxo de dados). Por outro lado, veremos que, mesmo já existindo cursos pela televisão, ainda hoje eles coexistem com cursos por correspondência, com envio de material impresso, áudio, CD-ROM, vídeo-aulas ou vários deles juntos. Ao mesmo tempo, podem ser utilizados canais diferentes para envio de conteúdos e recepção das atividades ou dúvidas (por exemplo: teleaulas ou vídeoaulas com recepção de trabalhos via correios e dúvidas pelo telefone 0800 ou outras combinações). O trabalho e estudo pode ser eminentemente individual, como acontecia principalmente nas primeiras versões de EaD, mas nos últimos tempos a criação de conhecimento por meio de interações e discussões entre os alunos participantes cobrou uma importância muito maior. De qualquer forma, essa coparticipação não elimina a responsabilidade e autoregulação do processo por parte dos próprios alunos. Devemos pensar também que a educação pode ser presencial, a distância ou mista, ou seja, esta última em um modelo híbrido que agrupa as melhores caraterísticas de cada modalidade, como acontece nos cursos da UAB (leia o conceito de Blended Learning no glossário geral de termos de EaD do curso).
  • 12. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 12 Um pouco de história sobre a modalidade de estudo a distância Conhecendo sua história também pode-se perceber melhor a sua utilidade. Veja abaixo: No mundo atual, em que muito se fala de globalização, não só econômica, mas também cultural e educacional, a educação a distância, apresenta-se como o ensino do futuro e para um futuro que se perspectiva de grande investimento na educação ao longo da vida, centrado no aprendiz, e em que o docente é mais um orientador de percursos de aprendizagens autogeridas por cada um dos estudantes do que um professor ex cathedra perante uma turma de estudantes que o seguem. É por isto que a educação a distância se distingue do ensino presencial: pela sua flexibilidade curricular, pela existência de unidades creditáveis – quer estejam integradas num curso de graduação ou de pós- graduação, quer disponibilizadas em disciplinas regulares (Maria José Ferro Tavares – Universidade Aberta do Portugal). A Educação a Distância (EaD) surgiu da necessidade do preparo profissional e cultural de milhões de pessoas que, por vários motivos, não podiam frequentar um estabelecimento de ensino presencial, e evoluiu com as tecnologias disponíveis em cada momento histórico, as quais influenciam o ambiente educativo e a sociedade. Segundo Lobo Neto (1995), um primeiro marco da educação a distância foi o anúncio publicado na Gazeta de Boston, no dia 20 de março de 1728, pelo professor de taquigrafia Cauleb Phillips: "Toda pessoa da região, desejosa de aprender esta arte, pode receber em sua casa várias lições semanalmente e ser perfeitamente instruída, como as pessoas que vivem em Boston". Em 1833, um anúncio publicado na Suécia já se referia ao ensino por correspondência, e na Inglaterra, em 1840, Isaac Pitman sintetizou os princípios da taquigrafia em cartões postais que trocava com seus alunos. No entanto, o desenvolvimento de uma ação institucionalizada de educação a distância teve início a partir da metade do século XIX. Em 1856, em Berlim, Charles Toussaint e Gustav Langenscheidt fundaram o Institut Toussaint et Langenscheidt que foi a primeira escola por correspondência destinada ao ensino de línguas.
  • 13. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 13 Figura. Exemplo de material enviado por correspondência para autoestudo de espanhol pelo método criado por Charles Toussaint e Gustav Langenscheidt (Berlim, 1856). (Fontes: GARCIA ARETIO, 1999 e Wikipedia http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Toussaint-Langenscheidt_Spanisch_30.59-60.png ) Em 1891, a administração da Universidade de Wisconsin aceitou a proposta de seus professores para organizar cursos por correspondência nos serviços de extensão universitária. Um ano depois, em 1892, o reitor da Universidade de Chicago, William R. Harper, que já havia experimentado a utilização da correspondência na formação de docentes para as escolas dominicais, criou uma Divisão de Ensino por Correspondência no Departamento de Extensão daquela universidade. Por volta de 1895, em Oxford, Joseph W. Knipe, após experiência bem- sucedida preparando por correspondência duas turmas de estudantes para o Certificated Teacher’s Examination iniciou os cursos do Wolsey Hall utilizando o mesmo método de ensino. No final da Primeira Guerra Mundial, surgiram novas iniciativas de ensino a distância, em virtude de um considerável aumento da demanda social por educação, confirmando, de certo modo, as palavras de William Harper, escritas em 1886:
  • 14. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 14 Chegará o dia em que o volume da instrução recebida por correspondência será maior do que o transmitido nas aulas de nossas academias e escolas; em que o número dos estudantes por correspondência ultrapassará o dos presenciais. O aperfeiçoamento dos serviços de correio, a agilização dos meios de transporte e, sobretudo, o desenvolvimento tecnológico aplicado ao campo da comunicação e da informação influíram decisivamente nos destinos da educação a distância. Em 1922, a antiga União Soviética organizou um sistema de ensino por correspondência que em dois anos passou a atender 350.000 usuários. A França criou em 1939 um serviço de ensino por via postal para a clientela de estudantes deslocados pelo êxodo. A partir daí, começou a utilização de um novo meio de comunicação, o rádio, que penetrou também no ensino formal. O rádio alcançou muito sucesso em experiências nacionais e internacionais, tendo sido bastante explorado na América Latina nos programas de educação a distância do Brasil, Colômbia, México, Venezuela, entre outros. Lembro que quando eu era estudante do sexto ano na escola em Cuba, introduziram na grade curricular o estudo de uma disciplina chamada “Educação musical” e como não existiam um número suficiente de professores habilitados, a solução foi oferecer essa disciplina via rádio para todos os escolares enquanto os professores responsáveis de cada turma auxiliavam na tarefa com materiais específicos que recebiam em papel. Após as décadas de 1960 e 1970, a educação a distância, embora mantendo os materiais escritos como base, passou a incorporar de forma articulada o áudio e o videocassete, as transmissões de rádio e televisão, o videotexto, o computador e, mais recentemente, a tecnologia de multimídia, que combina textos, sons, imagens, em conjunto com diversos mecanismos de geração de caminhos alternativos de aprendizagem (hipertextos, diferentes linguagens) e instrumentos para fixação de aprendizagem com feedback imediato (programas tutoriais informatizados), etc. Uma curiosidade: A tecnologia para ouvir e aprender línguas estrangeiras. Em 1893 havia já gravações para ensinar inglês e espanhol de forma comercial para aulas presenciais ou para estudo em casa, mas existem muitos poucos registros sobre o uso do fonógrafo naquela época. Um dos primeiros em reconhecer o potencial para ensino de línguas que podia ter o gramofone inventado por Edison em 1877 e os cilindros de cera de Alexander Graham Bell, criados em 1886, foi Jacques Roston, um tradutor polonês e professor de línguas, que emigrou para Inglaterra e fundou em 1901 o Linguaphone Group. A invenção dos discos planos de vinilo marcou uma nova etapa e em 1925 Roston divulgou o primeiro curso que teve grande sucesso. Ver mais na página do grupo Linguaphone (http://linguaphone.pt/historia).
  • 15. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 15 1- Gramofone (fonte: http://rue-morgue.com/blog/wp-content/uploads/gramophone.jpg ). 2- Disco de vinilo produzido pelo Grupo Linguaphone com curso de francês para crianças (foto do autor). 3- Professor Quino Martínez em curso de espanhol de 1956 pela TV (fonte: Arquivo da Arizona State University http://www.asu.edu/lib/archives/asustory/pages/32casc.htm). Na atualidade, o ensino não presencial mobiliza os meios pedagógicos de quase todo o mundo, tanto em nações industrializadas quanto em países em desenvolvimento. Novos e mais complexos cursos são desenvolvidos, tanto no âmbito dos sistemas de ensino formal quanto nas áreas de treinamento profissional. Podem-se ver inúmeros exemplos visitando-se os sites de universidades e empresas especializadas em e-learning. Atenção: Em nosso curso faremos diferenciação entre cursos regulares oferecidos pela EaD ou mais especificamente por EOL (Ensino On-line), daqueles cursos de e-learning ou ensino corporativo que são normalmente oferecidos em cursos de curta duração e com propósitos
  • 16. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 16 muito específicos para os empregados das grandes empresas. Na apostila terceira falaremos mais um pouco do e-learning. A educação a distância é uma das soluções para os tempos atuais. As novas tecnologias de comunicação e informação, como a televisão, o vídeo, a informática – com a Internet ganhando espaços cada vez maiores–, sem desprezar os meios tradicionais de correio, telefone e postos pedagógicos organizacionais, convidam a um aproveitamento amplo de suas possibilidades em benefício da educação, incluindo às redes sociais como complemento mais aberto e duradouro dos cursos regulares. De fato, em função de fatores como o modelo de EaD seguido, os apoios políticos e sociais disponíveis, as necessidades educativas da população e o desenvolvimento das tecnologias de comunicação e informação, há grande diversidade de formas metodológicas, estruturais e projetos de aplicação para essa modalidade de educação. A educação a distância foi utilizada inicialmente como recurso para superação de deficiências educacionais, para a qualificação profissional e aperfeiçoamento ou atualização de conhecimentos. Hoje, cada vez mais, é utilizada também em programas que complementam outras formas tradicionais, face a face, de interação, e é vista por muitos como uma modalidade de ensino alternativo que pode complementar parte do sistema regular de ensino presencial. Na realidade, ficam cada vez mais difusas as fronteiras entre o ensino presencial e a distância pois as tecnologias atuais permitem uma comunicação, interação e aprendizagem em todo momento e lugar (veja o conceito de U-learning ou aprendizagem ubíquo no glossário do curso). Hoje, mais de 80 países, nos cinco continentes, adotam a educação a distância em todos os níveis de ensino, em programas formais e não formais, atendendo a milhões de estudantes. A educação a distância tem sido usada para treinamento e aperfeiçoamento de professores em serviço. Programas não formais de ensino têm sido largamente utilizados para adultos nas áreas da saúde, agricultura e previdência social, tanto pela iniciativa privada como pela governamental. No momento, é crescente o número de instituições e empresas que desenvolvem programas de treinamento de recursos humanos através da modalidade da educação a distância. Não quero deixar de mencionar uma nova alternativa surgida recentemente e da qual provavelmente ouviremos falar muito nos próximos anos. São os MOOC (Cursos Online Abertos e Massivos) que as mais importantes universidades do mundo estão começando a oferecer, incluindo algumas universidades brasileiras. Esses cursos estão baseados nas teorias conectivistas de aprendizagem na era digital e também na filosofia dos conteúdos abertos (ver no glossário a definição de MOOC). Embora não seja objetivo para ser avaliado em nosso curso não esqueçam desse nome!
  • 17. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 17 Veja de novo a figura com as três gerações no desenvolvimento da EaD que foi apresentada anteriormente para situar os três tipos, enquanto lê estes dados em formato de lista: 1ª geração - Correspondência 1728 – Curso de taquigrafia, Boston Gazette 1833 – Suécia 1840 – Taquigrafia, Inglaterra 1856 – Primeiro curso de línguas, Langensheidt, Berlin. 1873 – Criou-se uma das primeiras escolas de estudo em casa, a Society to Encourage Studies at Home, com a finalidade de ajudar às mulheres, a quem era negado em grande parte o acesso às instituições educacionais formais. 1892 – O reitor da University of Chicago criou a Divisão de Ensino por Correspondência no Departamento de Extensão dessa universidade, constituindo o primeiro programa formal de EaD no mundo. 1930 – 39 universidades norte-americanas oferecem cursos a distância por correspondência. 1941- É fundado o United States Armed Forces Institute (USAFI) que, em 1966 oferecia mais de 200 cursos por correspondência, abarcando cerca de 500 mil alunos. 2ª geração - Teleducação / Telecursos Com o surgimento da rádio, muitos educadores reagiram com otimismo e entusiasmo. 1921 – Foi dada a primeira autorização para uma emissora educacional nos Estados Unidos da University of Salt Lake. 1925 – A State University of Iowa oferecia seus primeiros cursos de cinco créditos via rádio. 1934 – A mesma universidade realizava as primeiras transmissões educacionais através da televisão. 1956 – As escolas públicas de Washington County foram unidas em um serviço de televisão em circuito fechado. 1967 – O congresso aprovou a lei para instalação da Televisão Educativa nos Estados Unidos. 1952 – A primeira televisão a cabo começou a operar. 1964- Surge o projeto AIM (Articulated Instructional Media Project), na universidade de Wisconsin, para agrupar várias tecnologias com o propósito de oferecer um ensino de alta qualidade e custo reduzido a alunos não-universitários. Muitas das ideias e experiências obtidas neste projeto ajudaram na criação de outras instituições de ensino como a Universidade Aberta britânica em 1969, que têm, na atualidade, matrículas anuais superiores a 200 mil alunos adultos e cerca de 2 mil diplomas a cada ano, admitindo mais de um terço de todos os alunos em
  • 18. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 18 período parcial no Reino Unido. Nos anos 70 e 80 surgiram muitas outras universidades abertas no mundo, por exemplo: 1978, Sukhotai Thammatirat em Tailândia (com 216.800 alunos); 1972, Universidad Nacional de Educación a Distancia em Espanha (110.000 alunos); 1979, China TV University System, (530.000 alunos); 1982, Turquia, Anadolu University (577.804); 1984. Indonésia, Universitas Terbuka (353.000); 1985, Índia, Indira Gandhi National Opne University (242.000) e outras. 1972- A Federal Communications Commission (FCC) exigiu que todas as operadoras a cabo tivessem um canal educativo. 1980 – Em meados da década de 1980, existiam cerca de 200 telecursos de nível universitário nos Estados Unidos. 3ª geração – Ambientes interativos Com o desenvolvimento tecnológico acontecido nessas mesmas décadas dos anos 80 e 90, como a chegada dos primeiros satélites de comunicação e envio de dados por fibra óptica, os próprios sistemas de áudio e teleconferência foram ficando mais velozes, eficientes e com capacidade de transmitir dados de forma bidirecional. Além disso, a ampliação do uso de microcomputadores e softwares a partir da década de 1970, assim como a chegada da Internet nos anos 90, facilitou a disseminação dos sistemas interativos que permitem a troca de informações, de forma síncrona (teleconferências, chats) ou assíncrona (fóruns, correio eletrônico, weblogs, etc.). Atenção: Você deverá saber reconhecer e diferenciar o que é comunicação síncrona e assíncrona e as ferramentas ou meios de comunicação que são próprios de uma ou outra categoria. Na terceira apostila também falaremos um pouco sobre esses conceitos, mas você já pode ir pesquisando e conhecendo mais de forma individual sobre esse tema. E no Brasil.... Você conhece a história? No Brasil, desde a fundação do Instituto Rádio Técnico Monitor, em 1939 e hoje Instituto Monitor, depois do Instituto Universal Brasileiro em 1941 e o Instituto Padre Reus em 1974, várias experiências de educação a distância foram iniciadas e levadas a termo com relativo sucesso. As experiências brasileiras, governamentais e privadas, foram muitas e representaram, nas últimas décadas, a mobilização de grandes contingentes de recursos. Os resultados do passado não foram suficientes para gerar um processo de aceitação governamental e social da modalidade de educação a distância no Brasil. Porém, a realidade brasileira já mudou e hoje existem leis e normas para a modalidade de educação a distância em nosso país.
  • 19. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 19 Abaixo, destacamos vários projetos que contribuíram para disseminação da Educação a Distância no Brasil: Em 1904: escolas internacionais, que eram instituições privadas, ofereciam cursos pagos, por correspondência; Em 1934: Edgard Roquete-Pinto instalou a Rádio-Escola Municipal no Rio. Estudantes tinham acesso prévio a folhetos e esquemas de aulas. Utilizava também correspondência para contato com estudantes; Em 1939: surgiu o Instituto Monitor, em São Paulo; Em 1941: primeira Universidade do Ar, que durou dois anos; Em 1947: Nova Universidade do Ar, patrocinada pelo SENAC, SESC e emissoras associadas; Em 1961/65: Movimento de Educação de Base (MEB) – Igreja Católica e Governo Federal utilizavam um sistema radio--educativo: educação, conscientização, politização, educação sindicalista etc. Em 1970: Projeto Minerva – convênio entre Fundação Padre Landell de Moura e Fundação Padre Anchieta para produção de textos e programas; Em 1972, o Governo Federal enviou à Inglaterra um grupo de educadores, tendo à frente o conselheiro Newton Sucupira: o relatório final marcou uma posição reacionária às mudanças no sistema educacional brasileiro, colocando um grande obstáculo à implantação da Universidade Aberta e a Distância no Brasil; Na década de 70: Fundação Roberto Marinho – programa de educação supletiva a distância, para 1º e 2º graus; Em 1992, foi criada a Universidade Aberta de Brasília (Lei 403/92), podendo atingir três campos distintos: • Ampliação do conhecimento cultural: organização de cursos específicos de acesso a todos; • Educação continuada: reciclagem profissional às diversas categorias de trabalhadores e àqueles que já passaram pela universidade; • Ensino superior: englobando tanto a graduação como a pós-graduação. Curiosidade: Instituto Monitor http://www.institutomonitor.com.br Instituto Padre Reus http://www.institutopadrereus.com Instituto Universal Brasileiro http://www.institutouniversal.com.br A EaD nas universidades brasileiras A história da educação brasileira mostra que, até os anos 90, no final do século XX, a grande maioria das Instituições de Ensino Superior não tinha envolvimento com educação a distância. A primeira iniciativa de EaD, como vimos anteriormente, surgiu no país em 1904, com o ensino por
  • 20. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 20 correspondência. O Instituto Monitor, o Instituto Universal Brasileiro e outras organizações similares, foram responsáveis pelo atendimento de mais de três milhões de estudantes em cursos abertos profissionalizantes ofertados pela modalidade de ensino por correspondência, mas não eram cursos universitários. Nas décadas de 1970 e 1980, fundações privadas e organizações não governamentais iniciaram a oferta de cursos supletivos a distância, no modelo de teleducação, com aulas via satélite complementadas por kits de materiais impressos, demarcando a chegada da segunda geração de EaD no país. A maior parte das Instituições de Ensino Superior brasileiras mobiliou-se para a EaD com o uso de novas tecnologias da comunicação e da informação somente na década de 1990. Em 1994, teve início a expansão da Internet no ambiente universitário. Dois anos depois, surgiu a primeira legislação específica para educação a distância no ensino superior. Do ponto de vista legal, teve-se em 1996, a consolidação da última reforma educacional brasileira, instaurada pela Lei 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ou LDB) que oficializou na política nacional a educação a distância no país como modalidade válida e equivalente para todos os níveis de ensino. Segue o texto do artigo 80 da lei mencionada: Artigo 80 da Lei 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. § 1º. A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União. § 2º. A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de diploma relativos a cursos de educação a distância. § 3º. As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a distância e a autorização para sua implementação, caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas. § 4º. A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá: I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens; II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas; III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários de canais comerciais.
  • 21. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 21 Como podemos ver, o primeiro artigo da lei determina a necessidade de credenciamento das instituições. O segundo define que cabe à União a regulamentação dos requisitos para registro de diplomas. O terceiro artigo disciplina a produção, o controle e avaliação de programas de educação a distância; e o quarto faz referência a uma política de facilitação de condições operacionais para apoiar a sua implementação, conforme a transcrição a seguir. A mesma Lei 9.394/96 estabelece ainda a exigência de que, a partir de 2006, todos os professores que viessem a ser contratados para ministrar aulas no ensino fundamental e médio deveriam estar habilitados, com o terceiro grau concluído. Esta exigência criou um movimento em direção à qualificação dos professores leigos que já estavam no exercício da profissão, apontando para o uso da educação a distância como ferramenta para a oferta das licenciaturas então necessárias. O Ministério da Educação formou em 1997 um grupo de especialistas para criar a regulamentação do artigo 80 da LDB. Como resultado deste trabalho, surgem os Decretos 2.494 e 2.561, em fevereiro e abril de 1998, respectivamente, e a portaria 301, de 7 de abril de 1998, formando o conjunto de instrumentos que indicaram os procedimentos que deveriam ser adotados pelas instituições para obter o credenciamento do MEC para a oferta de cursos de graduação a distância. O Decreto Federal n. 5.622, em 20 de dezembro de 2005, é o mais recente que regulamenta dito artigo 80 da LDB. Em abril de 2001 o Conselho Nacional de Educação edita a Resolução 01, que disciplina a oferta dos cursos de pós-graduação a distância no país, fixa limites e estabelece exigências para o reconhecimento de cursos a distância ofertados por instituições estrangeiras. Muito interessante é a Portaria 2.253 de 2001, que permite às universidades, centros universitários, faculdades e centros tecnológicos oferecer até 20% da carga horária de cursos já reconhecidos na modalidade a distância. Uma nova portaria, a 4.059, em 10 de dezembro de 2004 mantém essa possibilidade de oferecimento de até 20% da carga horária total do curso na modalidade semi-presencial. Esta é a famosa “Lei do 20%”, que facilita a introdução da educação semipresencial ou modelo híbrido de educação, mas como alguns autores opinam, por que tem que ser rigidamente estabelecido o limite de até 20% e não deixar de forma mais liberada a proporção de tempo que seja necessária para as atividades online e atividades presenciais de cada disciplina? Deveria ser possível um 30%, 40%, 50%... de atividades online, sempre em dependência das necessidades do curso e depois da aceitação dos planos de aula. A Universidade Aberta do Brasil (UAB)
  • 22. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 22 A UAB foi criada pelo Ministério da Educação através do decreto nº 5.800, de 08/06/2006, com foco nas políticas e na gestão da educação superior, sob cinco eixos: 1- Expansão pública da educação superior, considerando os processos de democratização e acesso; 2- Aperfeiçoamento dos processos de gestão das instituições de ensino superior, possibilitando sua expansão em consonância com as propostas educacionais dos estados e municípios; 3- Avaliação da EaD com base nos processos de flexibilização e regulação viabilizados pelo MEC; 4- Contribuições para a investigação em EaD no país; 5- Financiamento dos processos de implantação, execução e formação de recursos humanos em EaD. Podemos ver que os eixos norteadores da UAB facilitam iniciativas de acesso ao ensino superior e democratização para toda a população, além de favorecer o aperfeiçoamento dos processos de gestão das IES. A UAB tem como base o aprimoramento da EaD e visa expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior. Isso só é possível com acordos e parcerias entre as esferas federal, estaduais e municipais do governo. A prioridade da UAB é a formação de professores para educação básica pela modalidade de EaD mediada por TIC, utilizando a Internet e suas interfaces. O sistema UAB não tem como finalidade a criação de uma nova IES, e sim a articulação com instituições já existentes, levando ensino superior de alta qualidade aos diversos municípios brasileiros que não possuem cursos superiores em sua região, o que possibilita o acesso ao ensino superior para camadas da população excluídas do processo educacional. A UAB em parceria com as universidades públicas e os IFETS (Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia), está presente em quase todos os estados brasileiros. Em janeiro de 2009 havia 562 polos da UAB distribuídos pelo país. Em agosto de 2009 selecionou mais 163 novos polos, no âmbito do Plano de Ações Articuladas, para equacionar a demanda e a oferta de formação de professores na rede pública da educação básica, ampliando a rede para um total de 720 polos. Até novembro de 2012 integravam o Sistema UAB 103 instituições públicas de ensino superior (IPES): 56 universidades federais, 30 universidades estaduais e 17 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFETs).
  • 23. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 23 Juntando os cursos de formação pedagógica, extensão e sequencial, totalizam-se 268.028 matrículas ativas em outubro de 2012 e 42.611 concluintes até este período (UAB, 2012). O que é um polo de apoio presencial? Os polos de apoio presencial são as unidades operacionais para o desenvolvimento descentralizado de atividades pedagógicas e administrativas relativas aos cursos e programas ofertados a distância pelas instituições públicas de ensino superior no âmbito do Sistema UAB. Mantidos por municípios ou governos estaduais, os polos oferecem a infraestrutura física, tecnológica e pedagógica para que os alunos possam acompanhar os cursos a distância. O polo de apoio presencial também pode ser entendido como "local de encontro" onde acontecem os momentos presenciais, o acompanhamento e a orientação para os estudos, as práticas laboratoriais e as avaliações presenciais. A UAB na UFAL A UAB iniciou suas atividades com um convênio financiado pelo Fundo das Estatais através do Banco do Brasil, com a oferta do Curso de Administração a distância em 2006. Essas atividades foram iniciadas em parceria com 25 IFES com a finalidade de atender à demanda de servidores públicos que não tinham qualificação em nível superior. A UFAL foi uma das universidades escolhidas para ofertar este curso devido à larga experiência na EaD. A Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEAC) da UFAL realizou em 2006 o vestibular para 500 vagas do Curso Piloto de Administração na modalidade a distância para três cidades do estado: Maceió, Porto Calvo e Santana do Ipanema. Em 2007, a Secretaria de Educação a Distância/Ministério da Educação (SEED/MEC) lançou um edital contemplando o sistema UAB e possibilitando às Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) ampliar o número de cursos na modalidade a distância, em ação com os municípios e estados para interiorizar o ensino superior de qualidade através da EaD. Com isso, foram criados os cursos de licenciatura em Pedagogia e Física, bacharelado em Sistema da Informação e Tecnólogo em Hotelaria. Nesse momento, em Alagoas, os municípios de Maceió, Porto Calvo, Santana do Ipanema, Olho D`Água das Flores, São José da Laje e Maragogi oferecem cursos na modalidade a distância, de nível técnico e de bacharelado e licenciaturas, além de cursos de pós- graduação latu sensu em parceria com a UFAL e o Instituto Federal de Educação Tecnológica (IFET). Em janeiro de 2009 foi realizado o concurso vestibular para preenchimento de mais 750 vagas no sistema UAB em vários municípios e, ainda a inserção do curso de licenciatura em Matemática e Pedagogia na cidade de São José da Laje.
  • 24. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 24 De acordo com a COPEVE, ainda em 2009 foi realizado vestibular para preenchimento de 50 vagas de licenciatura em Matemática para o polo Maceió e 250 vagas para o curso regular de bacharelado em Administração Pública para os polos de Maceió, Arapiraca, Penedo e Piranhas, que fazem parte do Plano Nacional de Formação de Administradores Públicos (PNAP). E mais três cursos de pós-graduação latu sensu: Gestão Pública, Gestão Pública Municipal e Gestão em Saúde Pública. A UAB conta ainda com o PAR, que tem duração de quatro anos e, nele, são organizadas as ações a ser efetivadas para atingir as metas definidas pelo Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). A partir do decreto no. 6.755, de janeiro de 2009, é instituída a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, com a finalidade de organizar, em regime de colaboração entre a União , os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, a formação inicial e continuada dos profissionais do magistério para as redes públicas da educação básica. O plano oferece cursos de graduação em nível de licenciatura, gratuitos e com qualidade, por instituições públicas de ensino superior: 48 federais, 28 estaduais e 14 universidades comunitárias [1] A previsão de oferta inicial para os 21 estados brasileiros mais o Distrito Federal supera a marca de 330 mil vagas, com começo em alguns estados no segundo semestre de 2009 e as demais entradas para os anos de 2010 e 2011. Segundo a Secretaria de Educação do Estado de Alagoas (SEE/AL), o PAR de Alagoas [2] contempla 80 itens ligados a quatro grandes dimensões: gestão educacional, formação de professores e profissionais de apoio e serviços educacionais, prática pedagógica e de avaliação, infraestrutura física e recursos pedagógicos. A proposta é discutir as articulações necessárias para a realização da formação dos educadores e trabalhadores da educação. Estão previstas parcerias com instituições de ensino superior do estado, como UFAL, IFET, UNEAL e UNCISAL. Uma das propostas é a ampliação dos polos de Maceió e no interior. Em 2009, o Ministério da Educação, através da Secretaria de Educação Básica, lança o Programa Emergencial de Segunda Licenciatura para Professores em exercício na Educação Básica Pública sob coordenação do MEC em colaboração com as universidades públicas. Os cursos de formação inicial do PARFOR dividem-se em três categorias: a) 1ª licenciatura para professores sem formação superior; b) 2ª licenciatura para professores que atuam fora de sua formação específica; c) formação pedagógica para bacharéis sem licenciatura. Ao se planejar este curso de licenciatura em Letras – Língua espanhola na modalidade a distância na UFAL pelo consórcio da UAB foi levado em consideração, além da necessidade de capacitar o professor do Ensino Fundamental e Ensino Médio, a preocupação em atender a uma clientela formada principalmente por professores em exercício, com dificuldades de ordem pessoal para frequentar cursos presenciais convencionais.
  • 25. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 25 Nesse sentido, a oferta indicada pela FALE (Faculdade de Letras) para este curso contempla 80% das vagas destinadas para professores atuantes e 20% das vagas destinadas à demanda social, ou seja, para pessoas que podem não ser professores, mas que desejam fazer o curso universitário. Em 2013 foi aberto o Vestibular da Universidade Aberta do Brasil da UFAL para cursos de graduação à distância. Ao todo são 900 vagas, divididas para demanda da Plataforma Paulo Freire e Demanda Social, distribuídas para os cursos de Sistemas de Informação, Física Licenciaturas Letras Espanhol, Ciências Sociais, Pedagogia e Geografia. Os municípios contemplados são: Maceió, Arapiraca, Maragogi, Olho D`Água das Flores, Santana do Ipanema e Palmeira dos Índios. Por sua vez, o Instituto Federal de Alagoas (IFAL) abriu 525 vagas – distribuídas nos campus Maceió, Maragogi, Palmeira dos Índios, Arapiraca, Santana do Ipanema e Mata de São João/BA (Licenciatura em Letras-Português, Licenciatura em Ciências Biológicas e Tecnológico em Hotelaria). A coordenação das atividades de EaD na UFAL foi inicialmente uma responsabilidade de um Comitê Gestor de EaD (2005), mas atualmente é coordenada pela Coordenadoria Institucional de Educação à Distância (CIED). A CIED é um órgão de apoio acadêmico vinculado à Reitoria, que coordena os planos de ações de Educação à Distância na nossa universidade. Não restam dúvidas de que a EaD como política pública trouxe um aumento significativo na oferta de vagas no ensino superior brasileiro, transformou o cenário da educação no país e possibilitou o estudo de pessoas desprivilegiadas geograficamente – e tudo isso com uma educação gratuita e de qualidade ofertada por IES. O impacto da modalidade a distância atinge todos os níveis de educação, dando às pessoas acesso ao conhecimento e mudando o modelo pedagógico usado nas IES, com exploração das TIC não só nos cursos da modalidade a distância, mas também nos de ensino presencial. [1] Instituições de ensino superior sem fins lucrativos (ABRUC, 2009). [2] O documento do estado está baseado no Plano Plurianual do Governo (2007-2011) , no Plano Estadual de Educação (2006/2005) e no Planejamento Estratégico da SEE (2007/2011) Modelos de EaD que operam no Brasil É importante saber que existem no Brasil dois grandes modelos de EaD, com muitas variáveis Segundo Moran (2011) são o modelo de tele/videoaula e o modelo web.
  • 26. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 26 Modelo de tele/videoaula No modelo de tele/videoaula aparece mais o professor no seu papel tradicional, sendo visto pelos alunos ao vivo (teleaula) ou em aula gravada (vídeoaula). Além das aulas, há leituras e atividades presenciais e virtuais. Figura: sala com alunos assistindo uma teleaula ou videoaula (fonte: http://bit.ly/1lmI3bx). No modelo de teleaula os alunos vão a determinadas salas, nos polos, em que assistem a aulas transmitidas por satélite, ao vivo, uma ou duas vezes por semana. Eles enviam perguntas e o professor responde as que considera mais relevantes. Em geral, depois da teleaula, os alunos se reúnem em pequenos grupos para realizar atividades de discussão e aprofundamento de questões relacionadas com a aula dada, sob a supervisão de um mediador, chamado de professor-tutor local. Além das aulas, os alunos costumam receber material impresso e orientações de atividades para fazer durante a semana, individualmente, com o acompanhamento de um professor-tutor online ou eletrônico. No formato de videoaula, as aulas são produzidas em estúdio e vistas pelos alunos, individualmente ou reunidos em salas, com acompanhamento de um professor-orientador/tutor ou não. Também há dois modelos predominantes utilizando a videoaula, um semipresencial (em salas) e outro online. O modo mais usual é o de salas, em que o aluno vai presencialmente uma ou várias vezes por semana e um tutor supervisiona a exibição do vídeo e as atividades relacionadas ao conteúdo da disciplina. Esse modelo é útil particularmente para cidades pequenas, sem condições de instalar uma instituição de ensino superior presencial. No outro modelo de vídeoaula (o modelo online) os alunos acessam as videoaulas via web ou as recebem por CD ou DVD. Os alunos assistem
  • 27. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 27 as videoaulas em casa ou no trabalho, leem o material impresso e fazem as atividades, que são entregues a um tutor online num ambiente de aprendizagem digital, como o Moodle. Os alunos só vão a um polo para a avaliação online. Modelo web No segundo modelo (o modelo web), o professor não dá aula, ele se comunica por materiais impressos e digitais, escritos de forma dialogada e com tutoria presencial em polos e/ou virtual, pela internet. Usa alguns vídeos de forma eventual, não sistematicamente. Figura: Encontro presencial de alunos que estudam no curso de pedagogia pela UAB- UFAL (polo de São José da Laje, AL, 2009) (foto do autor). No caso do modelo web também foca no conteúdo disponibilizado pela internet e por CD ou DVD. Além do material encontrado na web, os alunos costumam ter material impresso por disciplina ou módulo. Os ambientes principais de aprendizagem são o Moodle, o Blackboard e o Teleduc. Algumas instituições têm o seu próprio ambiente digital de aprendizagem. Começa-se a utilizar a web-conferência para alguns momentos de interação presencial com os alunos, visando orientar, solucionar dúvidas e manter os vínculos afetivos.
  • 28. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 28 Figura. Web-conferência para alunos do curso de Letras Espanhol (UAB-UFSM), possibilidade facilitada pela maior velocidade de Internet disponível na atualidade (modelo web) (imagem capturada pelo autor). Até agora temos basicamente dois modelos diferentes de ensino superior a distância via web: o mais virtual e o semipresencial. No modelo mais virtual, a orientação dos alunos é feita a distância, pela internet ou telefone. Os alunos se reportam ao professor e ao tutor durante o semestre e, em geral, se encontram presencialmente só para fazer as avaliações. É um modelo predominantemente via internet, e os encontros presenciais são mais espaçados porque não existem os polos para o apoio semanal. No modelo semipresencial, como os do Consórcio Cederj, das universidades públicas do estado de Rio de Janeiro, os alunos têm os polos perto de onde moram e, além do tutor online, o tutor presencial no polo, com quem podem tirar dúvidas e participar das atividades solicitadas e dos laboratórios de informática e específicos do curso. Esse modelo é replicado pelas universidades públicas sobre gestão da UAB, que fazem parcerias com as prefeituras para a instalação dos polos de apoio presenciais. Duas perguntas para você: 1- Qual modelo de educação a distância é seguido nos cursos realizados pela consórcio da UAB? 2- Você conhece outros cursos que utilizem um modelo diferente do padrão utilizado até agora pela UAB? Leia de novo a informação apresentada na seção “Modelos de EaD que operam no Brasil” e verifique se esta tabela está correta.
  • 29. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 29 Tecnologia mais utilizada na EaD Como já pudemos nas leituras anteriores, dependendo da duração e do tipo de curso pode haver um mix de tecnologias. Aos poucos, os ambientes digitais de aprendizagem são utilizados de forma mais abrangente na maioria dos cursos. O material impresso continua sendo um aliado importante nos cursos de longa duração, principalmente na graduação. Aumenta também o uso de recursos de comunicação online e offline, como MSN, Skype e web-conferencia. O uso de mídias móveis, como celulares, smartphones e tablets, deve crescer muito a partir de agora, integrando as tecnologias portáteis e facilitando que alunos e professores possam ensinar e aprender, agora em qualquer momento e lugar (ver conceitos de “aprendizagem móvel” e “aprendizagem ubíqua” no glossário do curso). Figura. Esta imagem foi tomada do Portal da SATE-UECE em agosto de 2012 A visualização de conteúdos pelo celular já é realidade em algumas universidades. Há uma progressiva utilização de ambientes virtuais flexíveis, customizáveis e gratuitos, como o Moodle, pela relação custo-benefício.
  • 30. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 30 Algumas instituições preferem a segurança dos sistemas proprietários, como o Blackboard, pela confiabilidade e garantia de atendimento. Todos os ambientes precisam incorporar mais diretamente os recursos da web 2.0 (ou web social), os recursos colaborativos, as redes sociais aplicadas à educação e as tecnologias móveis. Outra evolução seria a criação de ambientes pessoais de aprendizagem que incorporassem todo o conhecimento registrado do aluno, suas redes de comunicação e seu percurso de aprendizagem. Falta também a inclusão de simuladores, jogos, laboratórios digitais de ponta e ambiente 3-D. Fonte: Este texto foi elaborado em parte com informações da Revista Nexus Ciência & Tecnologia – UFSC, Florianópolis, n. 7, ano IV, 2002. (Material cedido pela editora da UFSC) e com MORAN, José Manuel. Desafios da educação a distância no Brasil. In: ARANTES, Valéria Amorim (Org.). Educação a distância. Pontos e contrapontos. José Armando Valente - José Manuel Moran, 2011, p. 45-86. Outra pergunta para você: Você acabou de ver diversas tecnologias, meios e dispositivos que podem ser utilizados para ensino a distância. Pode mencioná-los? Para saber mais: ALVES, Lucineia. Educação a Distância: conceitos e história no Brasil e no mundo. Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta a Distância, v. 10, 2011. Disponível em: http://bit.ly/12AgHXz. GARCÍA ARETIO, Lorenzo. Historia de la Educación a Distancia, RIED. Revista Iberoamericana de Educación a Distancia, v. 2, n. 1, p. 8-27, 1999. Disponível em: http://ried.utpl.edu.ec/images/pdfs/volumen2-1.pdf MOTA, Ronaldo. A Universidade Aberta do Brasil. In. LITTO, Fredric; FORMIGA, Marcos (Org.). Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. p. 297-303. PESCE, Lucila. EAD: Antes e depois da cibercultura. In: Cibercultura: O que muda na educação. TV escola. Salto para o futuro. Ano XXI, Boletim 03, Abril 2011, p. 10-15. Disponível em: http://bit.ly/qo3fZ5. UAB. O que é um polo de apoio presencial. Disponível em: http://bit.ly/18Z6AKH. Infográfico “Distance Learning. A history of flexibility” http://elearningindustry.com/images/The%20History%20of%20Distance%20Lear ning%20-%20Infographic.jpg http://pt.wikipedia.org/wiki/Educação_a_distância http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001398/139898por.pdf
  • 31. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 31 http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12502& Itemid=823 http://www.abed.org.br/congresso2008/tc/510200863228PM.pdf http://www.uab.capes.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21 6:encontro-reune-coordenadores-do-sistema-uab-para-discussoes-e- apresentacao-do-balanco-de-2012&catid=1:noticia&Itemid=7 http://www.institutoclaro.org.br/banco_arquivos/infograficos_9/index.html Atenção! Com as leituras e trabalhos realizados até aqui, já temos uma ideia das diversas formas que podem ter os cursos da modalidade a distância e como eles evoluíram. Agora vamos ver melhor essas características através de exemplos atuais de cursos a distância no Brasil, que você pesquisará e descreverá. TAREFA 2 (parte 2) - A partir das informações apresentadas no texto acima e no anexo 1 selecione três (3) exemplos de experiências de ensino brasileiras, representativas de cada geração de EaD (correspondência, telecursos e ambientes interativos) para reunir um total de nove (9) exemplos. No processador de textos existente no computador (seja o programa Word ou Writer) construa uma tabela com quatro (4) linhas e três (3) colunas, de igual forma que aparece nesta imagem: Coloque na tabela construída por você os exemplos reunidos do texto anterior. Após a tabela, acrescente no final desse texto se você teve alguma dificuldade para fazer esta tarefa, ou seja, se foi fácil ou difícil para você. Obrigado! Salve o arquivo como: "seu nome _ tabela 3 gerações”.
  • 32. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 32 Envie o arquivo com a tabela produzida para a “Tarefa tabela três gerações” que está no Moodle. Segue outra tarefa desta unidade. TAREFA 3 (parte 2)- Você deverá encontrar e descrever três (3) cursos de EaD existentes na atualidade no Brasil. Um bom ponto de partida para encontrar essas instituições é a lista contida no Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância (ABRAEAD) http://www.abraead.com.br/ead_form.asp (opção de “Busca Simples” ou “Busca Detalhada”). Uma vez identificadas as instituições e cursos de seu interesse, descreva-os utilizando os seguintes itens: • Nome da instituição, • link, • tipo de cursos oferecidos (graduação ou pós-graduação: especialização, mestrado ou doutorado, curso abertos à comunidade), • duração do curso, • procedimentos ou ferramentas de comunicação utilizadas, • Acrescente qualquer outro dado de interesse que tenha encontrado sobre essa instituição e curso. Os dados selecionados serão colocados no fórum específico intitulado "Panorama da EaD no Brasil". Nele você observará as postagens ou envios dos colegas e também poderá avaliá-los. Por isso, desta vez, você copiará e colará seu texto diretamente na janela que aparecerá. Atenção: Nessa descrição de três cursos existentes no Brasil que ofertam ensino a distância não inclua a UNOPAR virtual, porque esse é um curso muito conhecido e quase sempre aparece primeiro nas listas.
  • 33. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 33 Anexo I Atenção: Os dados presentes neste anexo I não são para um estudo detalhado. Na realidade foram colocados aqui para sua utilização na Tarefa 2 parte 2, ou seja, para elaborar no processador de texto disponível no computador (o Word ou Writer) a tabela descrita acima. Provavelmente terá que integrar estes dados com a busca de outras informações por meio das opções que foram mostradas nas outras seções deste capítulo. Cronologia da EAD no Brasil I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V 1932 - Ginástica via rádio, Oswaldo Diniz Magalhães Aulas de ginástica via rádio, com suporte de mapas impressos para orientar as posições dos exercícios. Cidade do Rio de Janeiro. 1932 - Manifesto “Pioneiros da Escola Nova” Lançamento do manifesto “Pioneiros da Escola Nova”, em que educadores propõem o uso dos recursos tecnológicos do rádio, cinema e impressos para a educação brasileira. 1934 - Rádio Escola Municipal, Edgard Roquete Pinto. Criação da Rádio-Escola Municipal – Rio de Janeiro. Emissões radiofônicas consorciadas com folhetos e esquemas de aula. Interação com os alunos através de correspondência. Programas diários com três seções distintas: Hora Infantil, com 402 irradiações em 34, Jornal dos Professores, com 288 irradiações, e Suplemento Musical (Discoteca Municipal). 1936 - Rádio Ministério da Educação, Edgard Roquete Pinto/MEC Doação da Rádio Sociedade ao Ministério da Educação e Saúde, sob a condição de ser utilizada somente com finalidade educativa. Surge assim a Rádio Ministério da Educação. 1939 - Instituto Monitor, Cursos Profissionalizantes Criação do primeiro instituto brasileiro para a oferta sistemática de cursos de iniciação profissionalizante a distância. Modalidade de ensino por correspondência. Os primeiros cursos oferecidos foram no ramo da eletrônica, formando radiotécnicos. 1957 - Radioeducação, SIRENA,Sistema Radioeducativo Nacional. Produção de programas veiculados por emissoras espalhadas em todo o país. 1937 - Radiodifusão Educativa, Ministério da Educação Criação do Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação. 1941 - Instituto Universal Brasileiro,Cursos Profissionalizantes Criação do Instituto que viria a ser o maior difusor de cursos profissionalizantes a distância no Brasil no século XX, pela modalidade de ensino por correspondência. 1941 - Universidade do Ar – RJ Emissões radiofônicas para a formação de professores leigos. 1957 - Escola Líder – SP, Criação da instituição. Oferta de cursos profissionalizantes. Ensino por correspondência. 1930 1950 1940
  • 34. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 34 I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I 1961 - Alfabetização de Adultos, Fundação João Batista do Amaral. Programa de alfabetização de adultos, com veiculação pela TV Rio até 1965. 1961 - Movimento de Educação de Base, MEC/CNBB Início efetivo do serviço radiofônico com apoio de material impresso e grupos de apoio locais, para programas de alfabetização, conscientização, politização, educação sindicalista, instrumentalização das comunidades e animação popular, fundado numa “pedagogia popular”. Até 1965, último ano de operação do MEB, desativado oficialmente por conflito com a orientação política do governo militar instaurado em 1964, 4.522 grupos de alunos estavam organizados em “escolas radiofônicas”. 1962 - Aperfeiçoamento de Professores Primários, Fundação João Batista do Amaral Programa veiculado pela TV Rio com conteúdos para o aperfeiçoamento de professores primários. 1962 - Universidade de Cultura Popular, Gilson Amado Um dos grandes incentivadores e criadores de programação televisiva para suporte à educação, Gilson Amado lança a ideia de se criar uma Universidade de Cultura Popular. A ideia ganha corpo em 1966, através de programa veiculado pela TV Continental. 1968 - Dom Bosco Escolas Reunidas – SP Oferta de cursos profissionalizantes. Ensino por correspondência. Matrículas de 6.900 alunos em 1970, e de 5.200 alunos em 1971. 1967 - Instituto Brasileiro de Administração Municipal, RJ Criação de programas a distância para atender demandas de funcionários de prefeituras municipais. Ensino por correspondência (fascículos). 1970 - Projeto MINERVA, MEC / Fundação Padre Anchieta / Fundação Padre Landell de Moura Criado em setembro de 1970, com base na Lei 5692, com ênfase na educação de adultos. Projeto MINERVA – Transmissão em rede nacional de 1.200 emissoras de rádio e 63 emissoras de televisão, dos conteúdos para preparação dos exames supletivos de Capacitação Ginasial e Madureza Ginasial, produzidos pela Fundação Padre Landell de Moura e pela Fundação Padre Anchieta. Atendeu 17.246 alunos de outubro de 1970 a dezembro de 1971. 1969- TVE do Maranhão, Governo do Estado do MA Criada a Fundação Maranhense de TV Educativa – Centro Educativo do Maranhão, oferecendo teleducação em circuito fechado para a 5a série, e, a partir de 1970, em sinal aberto, para as demais séries do então 1o Grau. Sistema de recepção organizada em telesalas de escolas da rede oficial. Dados de 1995 indicavam 1.104 telesalas em todo o estado, com 41.500 alunos atendidos. 1969 - Projeto SACI, MEC/CNPq/Instituto de Pesquisas Espaciais. Satélite Avançado de Comunicações Interdisciplinares. Planejamento do projeto durante os anos de 1967 e 1968, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), com know how e consultoria da Universidade de Stanford (EUA). Início das atividades educacionais do projeto em 72, com o treinamento de supervisores e professores. Em 1973 têm início a oferta de aulas pré-gravadas transmitidas via satélite e suporte em material impresso, para alunos das séries iniciais e professores leigos do então ensino primário no estado do Rio Grande do Norte. Experiência piloto no estado até 1974. 1960 1970
  • 35. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 35 V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I 1970 - Sistema Nacional de Ensino por Correspondência, Ministério da Fazenda Início da oferta de cursos a distância pelo setor de formação de recursos humanos do Ministério da Fazenda. Programas administrados pela Escola de Administração Fazendária (ESAF), nas áreas de Português, Redação Oficial, Introdução à Administração, Administração por Objetivos, Computação e Contabilidade Pública. 1971- Criação da ABT - Associação Brasileira de Tecnologia e Educação Criada inicialmente com o nome de Associação Brasileira de Tele-Educação, já produzia Seminários Brasileiros de Tele- Educação a partir de 1969. Criou programas de capacitação de professores por ensino através de correspondência. 1978 - Telecurso 2o Grau, Fundação Roberto Marinho-RJ / Fundação Padre Anchieta – SP Lançamento em janeiro/78 do convênio entre a Fundação Roberto Marinho e a Fundação Padre Anchieta, originando o Telecurso 2o Grau. Programas televisivos com uso de atores do elenco comercial da Rede Globo, produção de fascículos semanais vendidos em bancas de revista, e programação de chamadas de audiência durante programação regular da Rede Globo e da TV Cultura, e um pool nacional de mais 38 emissoras comerciais e outros oito canais educativos. Visava dar suporte à preparação dos alunos para os exames oficiais de supletivo, ao estilo do antigo Madureza Colegial. 1971- João da Silva - Telenovela Educativa, TVE – Rio de Janeiro Gilson Amado, presidente da FCBTVE lança a primeira novela educativa da TV brasileira, João da Silva, dirigida por Jacy Campos e que receberia Menção Honrosa do Júri do Prêmio Japonês de melhor programa didático de 1973. Programas no ar em 1973 e 74, com a veiculação de 100 capítulos, 25 aulas retrospectivas, 10 programas complementares e 5 livros de apoio. 1971- Supletivo 1o Grau – Fase I, Ministério da Educação Transmissão em âmbito nacional, durante três anos (72, 73 e 74) com programas radiofônicos de ensino supletivo. 1979 - Projeto Conquista, Ministério da Educação – Criação da FCBTVE – Fundação Centro Brasileiro de Televisão Educativa (futura FUNTEVÊ). Produz o projeto Conquista, uma telenovela para o ensino supletivo de 5a a 8a série, e programas para a alfabetização com o uso da televisão, dentro do projeto MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização). O projeto tinha como objetivo o ensino supletivo de 5a a 8a série do 1o grau. Seguindo o formato telenovela do projeto João da Silva, a série tinha 200 capítulos distribuídos da seguinte forma: 4 de apresentação, 148 instrucionais, 37 retrospectivos, 10 complementares e um de encerramento. Sete livros de apoio completavam o material. 1974- Telescola, TV Cultura – Fundação Padre Anchieta De 1974 a 1976, realização do projeto Telescola, em parceria com a Secretaria de Educação do Município de São Paulo, para apoio às disciplinas de Ciências e Matemática do curso ginasial, em 50 escolas. As aulas pela tevê eram precedidas de um pré-teste e sucedidas de um pós- teste o que ensejava a avaliação do aprendizado. A aula de matemática, "Introdução aos números inteiros” foi premiada em 1975 com o Special Prize, no Japão. Direção e roteiro: José Castellar / Produção: Nádia Hatori.
  • 36. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 36 I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I 1981- Telecurso 1o Grau, Fundação Roberto Marinho Lançamento do Telecurso 1o Grau, em parceria com o Ministério da Educação e a Universidade de Brasília, voltado para o supletivo de 5a a 8a série. 1979 - Projeto Hapronte, Depto. De Ensino Fundamental/MEC Produção de 64 programas de rádio para o ensino da língua francesa, para professores não-titulados em exercício de 1a a 4a série. Abrangência para os Estados do Paraná, Espírito Santo e Alagoas. 1985 - Novo Telecurso 2o Grau, Fundação Roberto Marinho A Fundação Roberto Marinho lança o Novo Telecurso 2o Grau, em parceria com o Banco Bradesco S/A. Produção de 900 tele-aulas e de 500 programas de rádio, com veiculação diária pelas redes que já vinham exibindo os telecursos anteriores elaborados pela Fundação 1980 - Universidade Aberta, Universidade de Brasília – UnB Lançamento de convênio da UnB com a Open University, para a implementação de programas de educação a distância no Brasil. Início dos cursos nas áreas de ciências políticas, relações internacionais e pensamento político brasileiro em 1980. Cursos de extensão com seis meses de duração, com o uso de fascículos e de sessões presenciais de tutoria em capitais de estado. Programas coordenados na época pelo Decanato de Extensão da UnB. Total de 4 mil inscritos nos três primeiros cursos. Em 1981 a UnB lança parcerias com jornais de grande circulação para a publicação de fascículos de auto- aprendizagem. Os alunos que encaminhavam trabalhos de avaliação recebiam certificado de programa de extensão. Nesta modalidade, até o ano de 1983, estes programas tinham alcançado 30 mil matrículas. Conclusão do programa Universidade Aberta em 1984. 1979 - Programa de Alfabetização Funcional – PAF/TV, Mobral / FCBTVE / Prontel Programa especial visando à alfabetização de adultos com o uso de multimeios.. Implantação em 1979 através de 60 tele-aulas dramatizadas e fascículos de apoio para alunos e monitores, com distribuição por TVs educativas nos estados da Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Ceará, Paraná e Rio de Janeiro. 1980 - Série Curumim, TV Cultura – Fundação Padre Anchieta De 1980 a 1984 houve a produção e veiculação da série Curumim, projeto de educação infantil em parceria com a prefeitura de São Paulo. Programas com conteúdo pedagógico e orientação de utilização pelo professor em sala de aula. Todas as EMEI - Escola Municipal de Educação Infantil estavam sintonizadas na TV Cultura na hora dos programas, de acordo com registros da produtora Nadia Hatori. 1980- Projeto Seringueiro, SUDHEVEA. Produção de 230 programas educativos para veiculação pela rádio nacional de Brasília, em convênio com a rádio Cruzeiro do Sul, no Acre. Ênfase nas áreas de comunicação e expressão, matemática e ciências físicas e 1984- Projeto Ipê, Fundação Padre Anchieta De 1984 a 1990. Realização da TV Cultura em parceria com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, na gestão do prof. Paulo Renato. Cursos de atualização a aperfeiçoamento de professores de 1o e de 2o Graus. Projeto que deu origem ao canal TV Escola, quando Paulo Renato de Souza assumiu o Ministério da Educação. No início o Ipê utilizava recursos multimeios. Além do programa de TV, havia o de rádio, apostilas, textos complementares, telepostos para discussões mediadas por monitores e relatórios de avaliação. 1980
  • 37. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 37 I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V 1988 - Verso e Reverso - Educando o Educador, Rede Manchete / MEC A Rede Manchete de Televisão e a Fundação Educar apresentam a série Verso e Reverso – Educando o Educador. Ao todo, foram 24 programas de televisão com 30 minutos cada, veiculados aos domingos, 12 publicações de apoio e um manual de orientação, num mix de teleducação e ensino por correspondência. Design pedagógico da Fundação Nacional para a Educação de Jovens e Adultos (Fundação EDUCAR), para capacitação de professores de Educação Básica de Jovens e Adultos. O educador Paulo Freire participou como consultor especial da implantação do programa na Arquidiocese de Nova Iguaçu (Baixada Fluminense). 1991 - Jornal da Educação: Edição do Professor, Ministério da Educação – MEC O Ministério da Educação lança o Projeto Piloto de Utilização do Satélite na Educação. Programa estruturado para veicular programas de televisão com recepção organizada em telepostos equipados com aparelhos de televisão e videocassete para recepção, com fax e telefone para interação dos cursistas com o núcleo de geração, e distribuição de material impresso aos cursistas. A receptividade do programa, com 600 alunos da 3a série de cursos de magistério em seis estados brasileiros, forneceu os subsídios para o lançamento da série Um Salto Para o Futuro, no mesmo ano. 1993- MULTIRIO, Secretaria Municipal de Educação – cidade do Rio de Janeiro Criação de uma central de produção multimídia para criar produtos audiovisuais de suporte ao ensino na rede municipal de educação da cidade do Rio de Janeiro. Produção de programas de televisão com veiculação local, e de cursos a distância com suporte de material impresso. Até 1998 produção acumulada superior a 500 programas. 1988 - Projeto Novo Saber, ASOEC A Universidade Salgado Oliveira (ASOEC) cria o programa de Novo Saber (Parecer CFE 630/89), oferecendo especialização a distância num modelo semidireto de EAD, nas áreas Administração Educacional, Supervisão Educacional, Planejamento Educacional e Língua Portuguesa, para os estados de Goiás, Maranhão, Espírito Santo e Ceará. Em 1996, com atuação também nas áreas de Administração, Biologia, Educação Física, Letras, História e Direito, alcançava 8.626 alunos, em 83 municípios de 17 Estados brasileiros. 1989 – CEAD, Universidade de Brasília A UnB cria mais um grupo de trabalho em EaD, o Centro de Educação Aberta e Continuada (CEAD). Já na década de 90, o Centro foi responsável pela produção dos cursos Política de Ciência e Tecnologia para a década de 90, Introdução Crítica ao Direito do Trabalho, e O Microcomputador Sem Mistérios. Ensino por correspondência, e início da utilização de produção multimídia, com atividades de aprendizagem encaminhadas aos alunos através de disquetes. 1990
  • 38. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 38 I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I 1995 - Ensino Interativo a Distância, Universidade Anhembi-Morumbi – SP O Departamento de Ensino Interativo a Distância lança em agosto de 1995 atividades de aprendizagem por Internet no Brasil, com cursos de extensão universitária na área de Moda. Em outubro de 1995 lança um curso de Empregabilidade, para alunos do Ensino Médio, utilizando a Internet para acesso a conteúdos e atividades de aprendizagem. 1994 - TV SENAC, SENAC-SP Início das atividades que resultaram no projeto TV SENAC, com a realização de sessões de teleconferência e videoconferência. A TV SENAC surge como canal de TV Cabo por acesso codificado em banda digital do satélite Brasilsat. Em seguida expande-se para formar parcerias com canais comunitários e universitários para ampliar a rede de cobertura em sistemas de TV por cabo. Distribuição de programação cultural, reciclagem profissional e de interesse de aprendizagem na área do comércio, com interatividade mediada por fax/telefone/e-mail. 1994 - Licenciatura a distância, Universidade Federal do Mato Grosso O Núcleo de Educação a Distância do Instituto de Educação da UFMT cria o curso de Licenciatura em Educação Básica, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, a Universidade do Estado do Mato Grosso e com apoio da Tele-Université du Québèc (Canadá). O curso da UFMT foi autorizado pela Resolução 88 do Conselho Diretor da UFMT em 2 de agosto de 1994, iniciado em 1995, e reconhecido pelo Conselho Nacional de Educação em 1999. 1994 - Telecurso 2000, Fundação Roberto Marinho Telecurso 2000 1o e 2o Graus, e Telecurso Profissionalizante de Mecânica. Programas em parceria entre a Fundação Roberto Marinho e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Programas de televisão e coleções de fascículos para preparação de alunos candidatos a realização de exames supletivos e de certificação profissionalizante. Veiculação pela Rede Globo e canais educativos a partir de 1995.Nesta série houve uma revisão da metodologia de tele-aulas até então utilizada. Um núcleo de personagens problematizava situações cuja solução de conflitos dependia da apropriação de um conteúdo específico. Em parceria com empresas e instituições de ensino as fitas e os impressos do Telecurso 2000 também foram colocados como material de consulta e de apoio ao ensino em salas para atendimento presencial a alunos, assistidos por monitor especializado. 1995 - TV Escola, MEC/SEED O Governo Federal lança o Programa TV Escola em setembro de 1995, visando equipar escolas públicas de todo o Brasil com kits tecnológicos para recepção e gravação de sinal de TV por antena parabólica, e, em seguida, veicular programação educativa. O canal entra em operação em março de 1996. Até junho de 1999, 56 mil escolas públicas já tinham instalados os seus kits tecnológicos. 1995- Biologia Molecular; Introdução à Genética UNIFESP – Escola Paulista de Medicina. Início das atividades de educação a distância on-line pela Escola Paulista de Medicina. Publicação na Internet de material suplementar aos cursos regulares de graduação. Material de livre acesso, sem restrição de uso por senhas, e auto-avaliação on-line.
  • 39. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 39 V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I 1996- Pós-Graduação a Distância, UFSC – SIEMENS Primeira experiência brasileira do uso de videoconferência na educação. A UFSC oferece um programa de pós-graduação em engenharia de produção para funcionários da fábrica do grupo Siemens em Curitiba. Aulas ao vivo e interativas direto do Campus da UFSC para a empresa. 1996 - PROINFO, MEC Criação do Programa Nacional de Informática na Educação, para introduzir a tecnologia de informática na rede pública de ensino. Capacitação de professores e técnicos, e distribuição de equipamentos de informática. 1996- UNIVIR, Faculdade Carioca A Faculdade Carioca institui o núcleo Universidade Virtual (UNIVIR), para a promoção de cursos abertos de educação a distância, com o uso de ambientes Internet. 1997- TV Futura, FRM Criação do canal FUTURA pela Fundação Roberto Marinho em setembro de 1997. Programação educativa e profissionalizante. Início de operações como canal de assinatura (Net/Multicanal/Sky), e a partir de 98 também como canal aberto. Ao contrário das séries Telecurso produzidas pela Fundação Roberto Marinho, o canal Futura não surge como proposta de escolarização, mas como uma estratégia de programação de complementação cultural. O slogan utilizado para lançar o Futura foi “O canal do conhecimento”. 1997- Institucionalização do Projeto VIRTUS, Universidade Federal de Pernambuco – PE Em março de 1997 a Universidade Federal de Pernambuco institucionaliza o Projeto Virtus. Criação de ambientes virtuais de estudo com soluções tecnológicas e abordagem pedagógica própria da UFPE. Oferta de sites de apoio às aulas presenciais. Ao final do ano já oferecem disciplinas realizadas 100% pela rede. 1997- Projeto Aulanet, PUC – Rio de Janeiro Laboratórios da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro desenvolvem o software AulaNet, ambiente para a realização de cursos por educação a distância via Internet. 1996- Projeto Atue Online, Universidade Anhembi-Morumbi Criação de ambientes virtuais de aprendizagem Internet, para qualificar professores a utilizar redes de computadores como ferramentas de ensino. No mesmo ano lança o programa de extensão online Vivência Universitária, para alunos do Ensino Médio. 1997- Especialização em Saúde Pública, Escola Nacional de Saúde Pública – Fundação Osvaldo Cruz – CEAD-UnB Programa de educação a distância estruturado a partir de conteúdos fornecidos pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fundação Osvaldo Cruz (FIOCRUZ), e metodologia do Centro de Educação Aberta, Continuada e a Distância (UnB). Modalidade mista de ensino por correspondência, com a estruturação básica em cinco módulos impressos, e início de interações por correio eletrônico (e-mail) no processo de tutoria feito pela ENSP. 1997 - Open-School – Centro Virtual de Convivência, Informática e Gestão LTDA – BA Em junho de 1997 a empresa Informática e Gestão, de Salvador (BA), registra o domínio www.open-school.com.br e cria ambiente virtual de aprendizagem a distância. Oferece acesso a links de cursos on-line em toda e rede.
  • 40. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 40 I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I 1999- Expansão da oferta de cursos por Internet e videoconferência O ano de 1999 tem como principal característica o crescimento do número de instituições de ensino superior e de institutos em direção ao uso da Internet como mídia preferencial de interação para cursos em todos os níveis. O uso da videoconferência continua restrito a programas de pós- graduação desenvolvidos em parcerias interuniversitárias ou entre universidades e empresas. Os seminários e congressos de EAD realizados no Brasil têm como destaque as estratégias de uso e as ferramentas de gerenciamento administrativo e da aprendizagem orientadas para a Internet. 1999- Credenciamento de IES para EAD pelo Ministério da Educação Tem início o processo de autorização e credenciamento de cursos superiores a distância pelo MEC. O procedimento segue a regulamentação do Decreto 2.494, de fevereiro de 1998, e da Portaria MEC 301, de abril do mesmo ano. As primeiras instituições credenciadas foram a Universidade Federal do Pará e a Universidade Federal do 1997- Mestrado a distância, UFSC – PETROBRÁS, Mestrado em Logística Primeiro mestrado a distância por sistema de videoconferência multiponto do mundo. UFSC lança o ambiente LED de aprendizagem por Internet. Alunos interagem com os professores no Campus da UFSC em tempo real e simultaneamente por videoconferência nas cidades de Natal, Salvador, Rio de Janeiro, Macaé e Belém. Atividades off line por Internet, e seminários presenciais para avaliação. 1999- UNIREDE – Universidade Virtual Pública do Brasil Em dezembro de 1999, 18 universidades públicas reúnem-se em Brasília e lançam documento pela criação da Universidade Virtual Pública do Brasil. O movimento recebe adesão de praticamente todas as IES federais e estaduais, superando 50 instituições signatárias do projeto em três meses. Em abril de 2000 os ministérios da Educação e de Ciência e Tecnologia baixam portaria nomeando comissões de trabalho para analisar a viabilidade de criação da instituição. 1998- Projeto ‘Sala de Aula’, Extensão por Internet, Faculdade de Comunicação – UFBA A Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (FACOM – UFBA) lança um projeto de utilização do ciberespaço como instrumento pedagógico, oferecendo como primeiro curso Introdução à Cibercultura. Em seguida oferece cursos de Hipertexto e Ficção Literária, Marketing, Novas Tecnologias, Arte e Cultura, e Jornalismo On-line. Módulos de atividades de aprendizagem por Internet, divididos em semanas temáticas. Conteúdos próprios no site do curso, e links de interesse para comentários dos alunos. Tutoria de orientação das atividades por lista de discussão via Internet. 1999- Universidade Virtual, UnB – Universidade de Brasília A Universidade de Brasília oficializa com o nome Universidade Virtual suas atividades por educação a distância. Oferta em 99 de 07 cursos de extensão, dois de aperfeiçoamento e um de especialização. Utilização crescente da mídia Internet, sinalizando uma transição do modelo de ensino por correspondência, até então característico da UnB, para estratégias pedagógicas e recursos tecnológicos de 3a geração em educação a distância. A Especialização em Educação Continuada e a Distância utiliza como ambiente Internet o software canadense Virtual U.
  • 41. Licenciatura em Letras. Curso a distância da UFAL-UAB. Introdução à Educação a Distância. Parte 2. Prof. Gonzalo Abio 41 Fonte: Adaptado de VIANNEY, João; TORRES, Patrícia; SILVA, Elizabeth. A Universidade Virtual no Brasil. Os números do ensino superior a distância no país em 2002. In: Seminário Internacional sobre Universidades Virtuais na América Latina e Caribe.Quito – Equador, 13 e 14 de fevereiro de 2003. Disponível em: <http://www.portaldeensino.com.br/ead_historico.pdf> Acesso em: 17 jul. 2007. I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V I I I V 2000 - PUC-Virtual – PUC Minas Gerais e PUC Porto Alegre As universidades católicas em Belo Horizonte (MG) e em Porto Alegre (RS) lançam programas próprios de educação a distância. Ambos os projetos caracterizam-se pelo uso consorciado de mídias, utilizando-se de canais universitários, links de satélite para videoconferência, Internet, suporte em materiais impressos e produção multimídia. 2000 – Online University, Univ. Estácio de Sá Em julho, a Universidade Estácio de Sá coloca na Internet o portal onlineuniversity.com.br, anunciando serviços de apoio a estudantes do ensino médio, a alunos do ensino superior e oferecendo cursos a distância. 2000 – Universidade Virtual Brasileira Um consórcio de 10 universidades particulares e comunitárias, cria a marca Universidade Virtual Brasileira, para cooperação em desenvolvimento de plataformas tecnológicas comuns, produção de conteúdos para EAD, definição de metodologias de trabalho, formação de recursos humanos e oferta de cursos por EAD. O primeiro curso, Preparação de Professores Autores e Tutores para Educação a Distância tem início em agosto, com 157 matrículas. 1999- Estágio de Convergência de Mídias; Programa Engenheiro Empreendedor, Laboratório de Ensino a Distância, Universidade Federal de Santa Catarina Com o aumento do número de usuários de Internet permitindo ganhos em capilaridade em escala nacional, o LED/UFSC adota o uso da rede também para os programas de capacitação a distância para grandes contingentes, que até então utilizavam estratégias de mídias integradas (teleconferência, material impresso, vídeo-aulas, sistemas DDG). O uso da rede ocorre em paralelo aos recursos anteriores, estimulando a clientela a migrar para o uso da Internet. Realização de 8 programas de extensão no ano, com quase dez mil matrículas. Nos programas de pós- graduação a distância com o uso da videoconferência os professores são orientados a aumentar a intensidade de interações e de atividades de aprendizagem pela Internet. Assim, a Internet deixa de ser mídia acessória e passa à condição de mídia complementar nestes programas. Em 1999 teve início treze novos cursos de pós- graduação. 2000