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O Proceso de Transição
da escolinha para equipe principiante
Elaborado por

Professora Suzanne Bunn
Diretora Técnica de Nado Sincronizado
- TIJUCA TÊNIS CLUBE -
Saquarema 2015
O Nado Sincronizado no Tijuca Tênis Clube
• Regras da FINA, CBDA, FARJ e outros torneios e/ou
campeonatos
• Estudo comparativos com outras equipes
• Levantamento de dados numéricos
Quais os conteúdos que devemos ensinar na
escolinha?
• Técnicos: palmateios, posições básicas, movimentos
básicos, figuras com grau de dificuldade até 2.0, elementos e
transições de coreografia, marcação fora da água, maneira
de apresentar, mergulhos e regras;
• Capacidades Físicas: condicionais (força, velocidade,
resistência e flexibilidade) e coordenativas (equilíbrio,
coordenação, agilidade, ritmo e descontração);
• Estéticos: maquiagem, maio, cabelo e postura.
Em que momento a aluna está apta a competir?
Problemas:
-A regra não permitia testes;
-O esporte necessita desenvolver muitas habilidades;
-O tempo da aula de escolinha não viabilizava a demanda;
O que fazer?
1ª atitude: tentar mudar as regras
Em 2012 a comissão técnica da FARJ permite que a
mudança da categoria principiante para Nível A fique
a critério dos técnicos;
Premissa hipotética: permitir que a aluna/atleta sedimente os
fundamentos do esporte, independente da idade, e do tempo que
disponibilize para sua prática, garantindo um aprendizado mais
eficaz e uma transição para o nível A tecnicamente mais
consistente.
O que continuar fazendo?
Em 2013 a comissão técnica da FARJ cria o Torneio
de Rotinas Técnicas, onde todas as categorias tem a
oportunidade de vivenciar a experiência da rotina
técnica.
Premissa hipotética: permitir aos técnicos e aos atletas, trabalhar
de forma mais objetiva e homogênia, uma vez que as rotinas
devem conter os mesmos elementos. Facilitar e criar uma
diretriz para árbitros e técnicos iniciantes.
Ainda em 2013
A comissão técnica da FARJ adota o modelo FINA
de 12 e menores em substituição ao de Infantil A
(10 e menores) e B (11 e 12) adotada pela CBDA.
Premissa hipotética: levando em consideração a escassez de
atletas nessa faixa etária e a coincidência à fase do operacional
concreto, segundo a teoria do Desenvolvimento Cognitivo de
Piaget (1896 – 1980), deve-se priorizar o treino de rotinas de
equipe ao de solos e duetos.
E agora?
2ª atitude: adequar tudo à nossa realidade
- Horário e tempo das aulas
- Objetivos e metas
- Avaliações sistemáticas
- Participação nos festivais e torneios da FARJ
Metodologia
Natação Balé Específicos Complementar Figuras Coreografias
Volume de 300m a
1000m por aula
50 minutos 1 vez na
semana
30 a 40 minutos 3
vezes por semana
20 a 30 minutos
dependendo da
necessidade
30 minutos 3
vezes na semana
3 a 4 horas
semanais
Objetivos Objetivos Objetivos Objetivos Objetivos Objetivos
Desenvolvimento de
força, resistência e
velocidade.
Aprimoramento da
técnica dos estilos
pois estão diretamente
corelacionados com as
técnicas propulsivas
nas coreografias.
Desenvolvimento de
força, flexibilidade,
resistência,
velocidade,
equilíbrio,
coordenação,
agilidade, ritmo e
descontração.
Fundamental para o
desenvolvimento
global da aluna, da
propiocepção e
diretamente
corelacionado com
todas as capacidades
que uma atleta de
alto rendimento deve
ter.
Desenvolvimento
das técnicas
básicas.
Aprimoramento
das posições e
movimentos
básicos do esporte,
que vão dar
suporte para o
desenvolvimento
das figuras e das
coreografias.
Desenvolver
alguma
dificuldade
particular de uma
ou mais alunas.
Pode ser utilizado
para alguma
prática técnica,
motivacional,
recreativa ou
social, e varia
conforme o
diagnóstico.
Desenvolvimento
das figuras
exigidas na regra
para cada
categoria de
idades.
Criação e
desenvolvimento
das rotinas que
participarão dos
festivais e
torneios.
Metas escolinha/principiantes
Meta Quantitativa Meta Qualitativa Meta Competitiva
Captar anualmente pelo menos 8 alunas para
iniciação.
Integrar anualmente pelo menos 4 alunas à
equipe principiante.
Em 10 meses, as alunas iniciantes atinjam nota
3,0 nas avaliações de figuras e coreografias.
Participar dos torneios e competições
pertinentes, com o maior número de inscritas
possível.
Ter 1 professora de comprovada experiência no
esporte e 1 estagiária.
Em 10 meses as atletas principiantes atinjam
nota 5,0 nas avaliações de figuras e
coreografias.
Justificativa Justificativa Justificativa
Repor a evasão, seja ela por desistências ou por
aproveitamento pela equipe.
Momento onde se aprende os primeiros
fundamentos técnicos do esporte, criam se os
vínculos e motivações que vão acompalha-las
ao alto nível .
Aprender técnicas corretas desde o
aprendizado.
Criar um valor de evolução do
aprendizado, aproximando da realidade
competitiva.
Vivenciar a competição aproximando-se da
realidade do alto nível.
Como saber se estamos o caminho certo?
- Comparação de resultados
- Ingresso nas seleções estaduais e nacionais
- Vínculo e identificação com a agremiação esportiva
- Contínua avaliação e reavaliação de todo o trabalho
Conclusões
- O melhor processo é o que atenda às suas necessidades
- Estabelecer objetivos e metas
- Fundamentar a metodologia
- Manter abertura para novas idéias e fundamentações
teóricas
- Habituar-se a criticar positivamente o trabalho
Sugestões
• Saber onde está e para onde quer ir – objetivos e metas
• Inovar ao invés de repetir modelos
• Estudar e entender toda a dinâmica do Esporte – regras,
treinamento, políticas esportivas, psicologia, fisiologia, etc
• Gerenciar os conhecimentos
Obrigada!
su_bunn@yahoo.com.br

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  • 1. O Proceso de Transição da escolinha para equipe principiante Elaborado por  Professora Suzanne Bunn Diretora Técnica de Nado Sincronizado - TIJUCA TÊNIS CLUBE - Saquarema 2015
  • 2. O Nado Sincronizado no Tijuca Tênis Clube • Regras da FINA, CBDA, FARJ e outros torneios e/ou campeonatos • Estudo comparativos com outras equipes • Levantamento de dados numéricos
  • 3. Quais os conteúdos que devemos ensinar na escolinha? • Técnicos: palmateios, posições básicas, movimentos básicos, figuras com grau de dificuldade até 2.0, elementos e transições de coreografia, marcação fora da água, maneira de apresentar, mergulhos e regras; • Capacidades Físicas: condicionais (força, velocidade, resistência e flexibilidade) e coordenativas (equilíbrio, coordenação, agilidade, ritmo e descontração); • Estéticos: maquiagem, maio, cabelo e postura.
  • 4. Em que momento a aluna está apta a competir? Problemas: -A regra não permitia testes; -O esporte necessita desenvolver muitas habilidades; -O tempo da aula de escolinha não viabilizava a demanda;
  • 5. O que fazer? 1ª atitude: tentar mudar as regras Em 2012 a comissão técnica da FARJ permite que a mudança da categoria principiante para Nível A fique a critério dos técnicos; Premissa hipotética: permitir que a aluna/atleta sedimente os fundamentos do esporte, independente da idade, e do tempo que disponibilize para sua prática, garantindo um aprendizado mais eficaz e uma transição para o nível A tecnicamente mais consistente.
  • 6. O que continuar fazendo? Em 2013 a comissão técnica da FARJ cria o Torneio de Rotinas Técnicas, onde todas as categorias tem a oportunidade de vivenciar a experiência da rotina técnica. Premissa hipotética: permitir aos técnicos e aos atletas, trabalhar de forma mais objetiva e homogênia, uma vez que as rotinas devem conter os mesmos elementos. Facilitar e criar uma diretriz para árbitros e técnicos iniciantes.
  • 7. Ainda em 2013 A comissão técnica da FARJ adota o modelo FINA de 12 e menores em substituição ao de Infantil A (10 e menores) e B (11 e 12) adotada pela CBDA. Premissa hipotética: levando em consideração a escassez de atletas nessa faixa etária e a coincidência à fase do operacional concreto, segundo a teoria do Desenvolvimento Cognitivo de Piaget (1896 – 1980), deve-se priorizar o treino de rotinas de equipe ao de solos e duetos.
  • 8. E agora? 2ª atitude: adequar tudo à nossa realidade - Horário e tempo das aulas - Objetivos e metas - Avaliações sistemáticas - Participação nos festivais e torneios da FARJ
  • 9. Metodologia Natação Balé Específicos Complementar Figuras Coreografias Volume de 300m a 1000m por aula 50 minutos 1 vez na semana 30 a 40 minutos 3 vezes por semana 20 a 30 minutos dependendo da necessidade 30 minutos 3 vezes na semana 3 a 4 horas semanais Objetivos Objetivos Objetivos Objetivos Objetivos Objetivos Desenvolvimento de força, resistência e velocidade. Aprimoramento da técnica dos estilos pois estão diretamente corelacionados com as técnicas propulsivas nas coreografias. Desenvolvimento de força, flexibilidade, resistência, velocidade, equilíbrio, coordenação, agilidade, ritmo e descontração. Fundamental para o desenvolvimento global da aluna, da propiocepção e diretamente corelacionado com todas as capacidades que uma atleta de alto rendimento deve ter. Desenvolvimento das técnicas básicas. Aprimoramento das posições e movimentos básicos do esporte, que vão dar suporte para o desenvolvimento das figuras e das coreografias. Desenvolver alguma dificuldade particular de uma ou mais alunas. Pode ser utilizado para alguma prática técnica, motivacional, recreativa ou social, e varia conforme o diagnóstico. Desenvolvimento das figuras exigidas na regra para cada categoria de idades. Criação e desenvolvimento das rotinas que participarão dos festivais e torneios.
  • 10. Metas escolinha/principiantes Meta Quantitativa Meta Qualitativa Meta Competitiva Captar anualmente pelo menos 8 alunas para iniciação. Integrar anualmente pelo menos 4 alunas à equipe principiante. Em 10 meses, as alunas iniciantes atinjam nota 3,0 nas avaliações de figuras e coreografias. Participar dos torneios e competições pertinentes, com o maior número de inscritas possível. Ter 1 professora de comprovada experiência no esporte e 1 estagiária. Em 10 meses as atletas principiantes atinjam nota 5,0 nas avaliações de figuras e coreografias. Justificativa Justificativa Justificativa Repor a evasão, seja ela por desistências ou por aproveitamento pela equipe. Momento onde se aprende os primeiros fundamentos técnicos do esporte, criam se os vínculos e motivações que vão acompalha-las ao alto nível . Aprender técnicas corretas desde o aprendizado. Criar um valor de evolução do aprendizado, aproximando da realidade competitiva. Vivenciar a competição aproximando-se da realidade do alto nível.
  • 11. Como saber se estamos o caminho certo? - Comparação de resultados - Ingresso nas seleções estaduais e nacionais - Vínculo e identificação com a agremiação esportiva - Contínua avaliação e reavaliação de todo o trabalho
  • 12. Conclusões - O melhor processo é o que atenda às suas necessidades - Estabelecer objetivos e metas - Fundamentar a metodologia - Manter abertura para novas idéias e fundamentações teóricas - Habituar-se a criticar positivamente o trabalho
  • 13. Sugestões • Saber onde está e para onde quer ir – objetivos e metas • Inovar ao invés de repetir modelos • Estudar e entender toda a dinâmica do Esporte – regras, treinamento, políticas esportivas, psicologia, fisiologia, etc • Gerenciar os conhecimentos