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Novas tecnologias da comunicação


   www, redes sociais, mobilidade,
                       futurologia?

                    Suzana Cohen
Sobre mim:   Suzana Cohen
             • Publicitária

             • Mestre em Lingüística (Discurso
             Publicitário Digital / UFMG)

             • Professora Universitária:
             Graduação (Novas Mídias/Publicidade Interativa)
             FCA/ UNA
             Pós-graduação Produção em Mídias Digitais (IEC/
             PUC-MG); Mídias Móveis / Pós em Prod. Editorial
             (UNA); Marketing Jurídico / MBA Gestão de
             Negócios Jurídicos (Faculdades Milton Campos)

             • Experiência profissional em
             comunicação digital e corporativa
             (Agência Tree).

             • Jurada do Prêmio ABERJE 2009 nas
             categorias Mídias Digitais e Audiovisual
BIBLIOGRAFIA
1. ANDERSON, Chris. A cauda longa: do mercado de massa para o mercado de
    nicho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
2. BRIGGS, Asa; BURKE, Peter. A história social da mídia: de Gutenberg à internet.
    Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004.
3. COHEN, Suzana. O discurso publicitário virtual x impresso: enunciação e
    contrato – uma análise comparativa. 257f. Dissertação (mestrado em
    lingüística). Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2007.
4. CASTELLS, Manuel. Sociedade em rede. 4.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
5. SALZMAN, Marian; MATATHIA, Ira; O’REILLY, Ann. Buzz: a era do marketing
    viral – como aumentar o poder de influência e criar demanda. Tradução de
    Gilson César Cardoso de Sousa. São Paulo: Pensamento-Cultrix, 2003.
6. SPYER, Juliano. Conectado – o que a internet fez com você e o que você pode
    fazer com ela. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2007.
7. SPYER, Juliano; FERLA, Luiz Alberto; PAIVA, Moriael; AMORIM, Fabiola. Tudo o
    que você queria saber sobre Twitter (e aprendeu em uma mesa de bar). São
    Paulo: Talk, 2009. Disponível em <http://www.scribd.com/doc/18384369/Manual-
    Twitter-Melhor-resolucao-10-MB>
8. TAPSCOTT, Don; WILLIAMS, Anthony D. Wikinomics: como a colaboração em
    massa pode mudar o seu negócio. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.
Apesar das pessoas de um modo geral fazerem uso
das novas tecnologias, elas normalmente não param
para refletir a respeito do assunto, do contexto, das
implicações sociais.

Falta visão crítica, falta compreender o contexto em
que se está inserido.
Em uma sociedade cada vez mais imediatista e tecnológica, em que a
quantidade de informações cresce em velocidade exponencial, a
relação e o comportamento humanos sofrem grandes transformações
e, conseqüentemente, acontece uma reviravolta na comunicação
social, nas relações de consumo e na publicidade.

Neste cenário de transformações, em que o leitor passa a escritor e o
consumidor quer compartilhar experiências e histórias com o mundo,
faz-se necessário parar, desacelerar e analisar o contexto e a
realidade atuais.

Como os meios de comunicação evoluem? Qual o contexto da web
atual? O que falar sobre o marketing viral? O que é web 2.0, 3.0, ou
o nome que se quiser dar? E o tão falado poder das redes sociais e
dos micro-blogs? O que falar sobre mobilidade e o nomadismo
moderno? Qual caminho segue a humanidade digitalizada? E quais as
implicações sociológicas / antropológicas diante de tantas mudanças
high tech?
“
    Nossa percepção da realidade é
    profundamente falha. Não é possível separar
    causa e efeito, porque a percepção muda a
    realidade e esta por sua vez muda a
    percepção. (George Soros)
* Video Shift Happens
Shift happens
(mudanças acontecem)

  Agora você sabe
Repensando a história da Mídia

•  Apesar da mídia evoluir ao longo dos tempos, é recorrente a
   coexistência e interação de mídias antigas com as recém criadas.

•  As mídias coexistem, mas se mantêm atualizadas de acordo com o
   contexto e as inovações tecnológicas.

•  Ao longo da história da mídia pode-se traçar um paralelo entre
   conceitos comunicacionais que encontram-se em voga hoje, mas
   cuja essência é bem mais antiga do que se pode imaginar.

•  Telégrafo: paralelo com a internet / e-mails  Possibilitou a
   comunicação entre pessoas que encontravam-se fisicamente
   distantes.

•  Os meios não surgem sem se inspirarem nos outros. É difícil “re-
   inventar a roda”.
“
    (...) em 1998 Tom Standage, com a internet
    já no centro das atenções, escreveu um livro
    intitulado The Victorian Internet [A Internet
    Vitoriana], sobre o telégrafo e seus
    ‘pioneiros on-line’. Os usuários modernos da
    Internet [dizia ele] são de várias maneiras,
    os herdeiros da tradição da telegrafia, o que
    significa que hoje estamos em posição
    especial para entender o telégrafo. E o
    telégrafo, por sua vez, nos pode dar uma
    perspectiva fascinante dos desafios,
    oportunidades e perigos da Internet’.

    (BRIGGS; BURKE, 2004, p. 269)
•  Muitos dos “inventores” não tinham em mente o
   potencial desses novos produtos/mídias de
   revolucionarem a sociedade.

•  As conseqüências das novas tecnologias são difíceis de
   prever.

•  Um olhar para o passado, neste sentido, pode nos
   ajudar a compreender melhor o contexto atual.

•  A tendência é de que os movimentos sejam cíclicos. As
   tecnologias se atualizam, mas também se apropriam de
   conceitos antigos e os reinventam.
“
                          A revista Scientific American já havia sugerido em
                          1880, com muita acuidade, que o telefone levaria
                          ‘a uma organização da sociedade – um estado de
                          coisas em que qualquer indivíduo, mesmo
                          completamente isolado, poderá ligar para qualquer
                          outro indivíduo da comunidade, poupando
                          infindáveis complicações sociais e comerciais, sem
                          necessidade de idas e vindas’.

                          (BRIGGS; BURKE, 2004, p. 150).




Assim como o surgimento do telefone, o computador e depois – principalmente
- a internet também pouparam “infindáveis complicações sociais e comerciais,
sem necessidade de idas e vindas”. Este meio também levou a uma re-
organização da sociedade, já que indivíduos poderiam se colocar em contato
através do computador, mesmo estando completamente isolados no espaço
ou diferidos no tempo.
Tim Berners-Lee e a www
•  Tim Berners-Lee pensou no fato de que eram pessoas que iriam usar a
   www?

•  Hoje ele assiste ao desenvolvimento de sua “criação”: o que está
   acontecendo e como o mundo está mudando quando MUITAS pessoas
   estão evolvidas na produção de um fenômeno emergente.

•  Ciência da web: a web é grande e emaranhada de uma forma muito
   complexa. Temos a missão de estudá-la.

•  Quem bolou a web pensou numa plataforma aberta e colaborativa, mas
   àquela época não conseguiam antever o que estaria por vir.

•  O coletivo, baseado na colaboração, tem o poder de transformar a web

                  MUNDO ABERTO E COLABORATIVO
             (mas seria apenas uma onda com fim próximo?)
Web 2.0 e o novo consumidor
Colaboração, participação,
advogados de marca, mercado
de nicho, recomendação, boca-
a-boca. Confiança com base no
que o outro diz. Produção de
conteúdo próprio. Deixa de ser
um simples receptor e atua
como produtor de conteúdo.

Sites que seguem o modelo de
web 2.0 favorecem o buzz.
Yo u T u b e s e r i a u m b o m
exemplo.
Quando começou?

O conceito de web 2.0 começou na chamada bolha da internet, como uma tendência do
mercado que buscava evolução e inovação diante de uma crise que se mostrava latente.

O que foi a bolha?

Por volta do ano 2000, vimos o auge das empresas “pontocom”, supervalorizadas, que
apostavam na internet como nova ferramenta.

Elas existiam apenas no mundo digital e para o sucesso imediato bastava uma idéia
supostamente original e a sua execução no mundo on-line.

Surgiram pelos quatro cantos do mundo inúmeras agências especializadas em internet e
as ações das empresas virtuais encontravam-se assombrosamente elevadas.

No ano 2000 as conseqüências da saturação do mercado começaram a se mostrar, como
a queda das ações de empresas “pontocom” que chegaram à perda de até 90% de seu
valor, fenômeno conhecido como “a bolha”.
Desta forma a inovação fazia-se necessária, com o objetivo de dar ‘nova vida’ à internet.




                “
                           O fato é que a evolução da tecnologia, aliada à
                           criatividade humana, tende a produzir
                           possibilidades cada vez mais amplas na web e a
                           isso se pode muito bem dar o nome de Web
                           2.0.” (CONEXÃO MSN/MEIO&MENSAGEM, 2006)
Características

A Web 2.0 caracteriza-se essencialmente por uma nova forma de navegar e interagir na
internet, diferente do que se via anteriormente, que era basicamente a imitação ou a
transposição do meio impresso para o meio digital.

O acesso à internet através da banda larga foi um dos fatores que proporcionaram a
mudança de paradigmas.

Dentre as principais características da Web 2.0, podemos citar a maior atuação do usuário
na publicação de conteúdo, podendo este participar ativamente de discussões on-line, por
exemplo.

         CONTEÚDO GERADO PELO USUÁRIO (User Generated Content ou UGC)

         WEB COLABORATIVA

São exemplos: blogs, redes sociais, Wikipedia, de.li.ci.ous, digg, YouTube,
Amazon
A grande mudança na Web 2.0 é a maneira de encarar a internet e suas aplicações.

Se antes imperavam sites de publicação de conteúdo, que serviam como veículos de
informação, onde a maior preocupação era a prospecção de clientes, agora o mercado
percebe que a internet pode ir além, trazendo o usuário para perto e permitindo sua
interação de forma real.
“
    A Internet, em sua primeira onda, foi desbravada
    primeiramente pelos militares; na segunda onda, foi
    escravizada pelos investidores de Wall Street e as
    grandes marcas globais, os usuários eram
    simplesmente leitores e consumidores; na terceira
    onda - chamada de Web 2.0 - o poder está em
    nossas mãos, produzimos conteúdo e
    disponibilizamos na rede. Três verbos regem
    nossas mentes: Produzir, Receber e Propagar.
    (Gil Giardelli, 2006)
Do ponto de vista da publicidade, vemos atualmente o uso cada vez maior das
ferramentas e recursos próprios da internet / web 2.0.

O mesmo vale para a produção de vídeos e para a divulgação de filmes / indústria do
entretenimento.

Se anteriormente ocorria a simples transposição de conteúdo impresso para o meio
digital, agora as publicidades virtuais são cada vez mais elaboradas e permitem uma
grande participação do usuário nas campanhas e também no chamado “marketing viral”.

No que diz respeito aos vídeos, esses adquirem características próprias não só no que
diz respeito ao conteúdo, mas também à distribuição. No ambiente colaborativo 2.0 o
usuário, além de produtor, diretor e ator, pode ser também distribuidor.
“
    Sempre fizeram as pessoas lerem e agora elas
    querem escrever, seja em Blogs, enquetes, em
    listas de discussões. Todo mundo quer alguns
    minutos de fama. A Internet ofereceu este grande
    palco para que o arquiteto vire um escritor, o
    advogado se torne um jornalista. O cliente quer
    contar histórias e experiências através do palco,
    carinhosamente chamado de Web 2.0.
    (Gil Giardelli, 2006)
Justiça
 igualdade
  liberdade
colaboração
  inovação

(EM MASSA)
Polêmica

•    O termo web 2.0 é de certa forma polêmico

•    Como tudo que envolve novas tecnologias e internet tende a mudar numa velocidade
     assombrosa, especula-se que o termo seja apenas uma buzz word

•    Está na moda falar em web 2.0: “quero um site 2.0, uma ação de mkt 2.0” etc etc

•    Hoje se fala em web 2.0, mas amanhã será 3.0, depois de amanhã 4.0...

•    Portanto, deve-se ter cautela ao empregar o termo Web 2.0
O novo mercado consumidor
• Confiança no próximo
• Recomendação
• Gosto próprio
• Consumo de produtos de nicho (tendência à
“Cauda Longa”)
• Busca informações na internet
• Espalha o que gosta e espalha 10x mais o que
não gosta
• O ambiente virtual é um agente facilitador dessa
divulgação
• Sistemas de busca são fundamentais
• O meio digital proporciona uma comunicação
rápida que permite o contato com muitas pessoas
ao mesmo tempo
• Consumidores atuam como advogados de marca
quando gostam de determinada coisa
• Cansados de anúncios impostos pelos meios de
comunicação de massa. Resistência.
• O novo consumidor jovem assiste cada vez menos
televisão e usa cada vez mais a internet
• LIBERDADE

                 O público consumidor e o espectro do buzz...
Marketing viral?
Conceito antigo: boca a boca
Espectro do buzz
alfas
abelhas
detalhe para o pólen que a abelha carrega
grande público
retardatários
Fímbria de lunáticos
Outras nomenclaturas para o público consumidor


                                                                         Conectores e Mavens
                                                                            (Malcolm Gladwell)

                 Mavens: coletores de informação, como se fossem um “banco de dados”,
                    processam as informações, discutem para dissipar as dúvidas.( *Alfa)

             Conectores: conhecem muitas pessoas em diversos ambientes, adoram criar
                           relacionamentos. São os que divulgam a informação.(*Abelha)




                                      4Cs: “Cross Cultural Consumer Chacacterization”
                                       ou Caracterização Trans-Cultural do Consumidor
                                                                     (Young & Rubicam)

      Transformadores (*Abelha), Exploradores (*Alfa), Vencedores (*Abelha), Emuladores
      (*Grande Público), Integrados (*Alfa), Batalhadores (*Retardatários) e Inconformados
                                                                           (*Retardatários).
                    Aspirers, Explorers, Succeeders, Mainstreamers, Reformers, Strugglers, Resigned
Redes sociais: que fenômeno é esse?


•    O que atrai as pessoas?
•    Voyerismo Digital
•    Auto-regulação
•    Estreitamento de amizades
“
    Em sua essência, os usuários do Facebook não
    achavam que queriam atualizações constantes
    sobre o que os outros estavam fazendo. No
    entanto, quando presenciaram esse conhecimento
    onipresente, acharam viciante e intrigante.
Ambient Awareness
           (consciência do ambiente)


Estar fisicamente próximo de uma pessoa a ponto de captar suas ações

               Seria um reflexo do isolamento social?
Para muitos, sobretudo os acima de 30, a idéia de ser descrever cada
passo que se dá na vida soa absurda.

Por que você submeteria seus amigos ao seu relatório diário de atos?

E como é que se absorve tanta informação?

O crescimento da intimidade digital pode parecer como um narcisismo
moderno, levado a um extremo super-metabólico: seria a última
expressão de uma geração de pseudo-celebridades que acreditam que
qualquer declaração é fascinante e deve ser compartilhada com o
mundo.
Cada pequena atualização (cada pedaço de informação social) é insignificante
sozinha, um ato extremamente mundano. Mas em conjunto, e com o passar
do tempo, esses pequenos comentários formam um retrato sofisticado de seus
amigos, como pontinhos que se juntam.

No mundo real, ninguém perderia seu tempo ligando para um amigo para
detalhar o sanduíche que vai comer. A informação do ambiente acaba sendo
como uma espécie de dimensão paralela que flutua sobre o dia-a-dia.

As pessoas passam a ter mais assunto quando encontram fisicamente os
amigos.



                         É como se eu pudesse ao longe ler a
                         mente das pessoas.
Fofoca?
Resgate de um contato interiorano
Casas entre bananeiras,
Mulheres entre laranjeiras,
Pomar, amor, cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar as janelas olham...
Êta vida besta, meu Deus!


(Carlos Drummond de Andrade)
“
    A geração atual nunca está desconectada. Eles
    nunca perdem contato com os amigos. Então
    estamos historicamente voltando a um lugar mais
    normal. Se olharmos para a história humana, a
    idéia de pular de galho em galho em
    relacionamentos é muito nova. Faz parte da
    sociedade do século XX.
Cíclico
•  Ao contrário do que era de se imaginar, as novas tecnologias
   proporcionam um resgate dos contatos
•  Hoje sabemos mais dos amigos do que há alguns anos
•  Aumento no número Dunbar (max. 150 contatos)?
•  Temos mais laços fracos
•  O que isso significa?
•  E relacionamentos “parasociais” ?
•  Resgate de vivência como nas pequenas cidades: nunca perde o
   contato, sabemos tudo de todos (lá se foi o “anonimato” na web)
•  Auto-reflexão (vc tem que parar para pensar o que quer dizer ao
   mundo)
•  E qual será a sensação de NUNCA perder
   contato com as pessoas?
E a nova geração???
Redes sociais e mobilidade
Conseqüências
• Perigos de expor a vida a estranhos. Ferramentas para privacidade do usuário.

• Acabou a “pulação de cerca”

• Ou irão surgir mecanismos para “burlar” o sistema de vigília 24/7

• Agente facilitador de aproximação, contato pessoal, principalmente em culturas mais
reservadas

• A idéia de uma rede social tecnológica que tem como objetivo promover a comunicação
face-a-face é curiosa. Reflete o conceito de que as coisas são cíclicas.

• E a geração que nascer com o aka-aki (e afins)? Seriam eles os “aka-aki boomers”???

          Questionarão como a vida era SEM esse sistema, quantos amores
perdidos?          Desencontros?negócios perdidos? Etc
Ronda
                  (Paulo Vanzolini)

                 De noite eu rondo a cidade
                A te procurar sem encontrar
No meio de olhares espio em todos os bares
                              Você não está
                      Volto pra casa abatida
                      Desencantada da vida
                     O sonho alegria me dá
                         Nele você não está

  Ah, se eu tivesse quem bem me quisesse
                       Esse alguém me diria
                 Desiste, esta busca é inútil
                             Eu não desistia
              Porém, com perfeita paciência
                            Volto a te buscar
                            Hei de encontrar
             Bebendo com outras mulheres
                        Rolando um dadinho
                              Jogando bilhar
                           E neste dia então
                  Vai dar na primeira edição
                   Cena de sangue num bar
                        Da avenida são joão
Mobilidade
Quase 161 milhões de linhas ativas no Brasil

                               +

                  3G / banda larga no celular

                               =

muita gente tendo a primeira vivência de suas vidas na internet,
                       através do celular

                               =

                        Inclusão digital
Nomadismo moderno
•  Mobilidade
Trabalho x Diversão
•  YouTube: o que está por trás desse movimento de
   publicar vídeos online? O que significa olhar para a
   webcam? Para quem se fala?



       Uma visão antropológica
YouTube
•  urgiu em 2005
 S
•  e formos comparar à TV:
 S
          60 anos de existência
          3 principais canais americanos
          3 (canais) x 60 (anos) x 365 (dias) x 24 (horas) = 1.5 milhões
de horas de programação

Mas o YouTube produziu MAIS nos últimos 6 MESES
SEM produtores, apenas com pessoas “normais”

São publicadas aprox. 10.000 horas de vídeos no YouTube por dia

= 385 canais de TV 24/7 = 200.000 vídeos de 3 minutos
(destinados em sua maioria a menos de 100 espectadores)
Vivemos em uma sociedade que sofre uma inversão cultural: cada vez
mais imediatista, individualista, independente e comercial, mas que
tem desejos e valores cada vez mais comunitários, que buscam
relacionamentos e autenticidade.




              “
                       As mídias não apenas nos distanciam. Elas nos
                       conectam de diferentes formas, que por vezes
                       podem parecer distantes. Mas as vezes essa
                       distância nos permite uma conexão mais profunda
                       do que nunca. E novas formas de comunidade
                       criam novas formas de auto-entendimento.
E o futuro???

     Web semântica, uma só máquina,
  cloud computing, todos os dispositivos
       olhando para o mesmo lugar,
           tudo interconectado,
     computação quântica, The Grid?

E que caminho seguirá a humanidade conectada?
Vasto espectro de mídias,
juntos em uma única plataforma,
  regidos pelas mesmas regras




                   Kevin Kelly
Qual seu nível de consciência
      nesse processo?
E qual o lugar da
comunicação organizacional
    nesse processo?
“É impensável uma época de
   florescimento cultural sem um
correspondente progresso de suas
 condições técnicas de expressão,
 como também é impensável uma
época de avanços tecnológicos sem
 conseqüências no plano cultural.”

        (Machado, 2001, p.11)
Suzana Cohen


         @sucohen (twitter)




Meu Blog: Bricolagem High Tech
  http://suzanacohen.wordpress.com

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Novas Tecnologias da Comunicação

  • 1. Novas tecnologias da comunicação www, redes sociais, mobilidade, futurologia? Suzana Cohen
  • 2. Sobre mim: Suzana Cohen • Publicitária • Mestre em Lingüística (Discurso Publicitário Digital / UFMG) • Professora Universitária: Graduação (Novas Mídias/Publicidade Interativa) FCA/ UNA Pós-graduação Produção em Mídias Digitais (IEC/ PUC-MG); Mídias Móveis / Pós em Prod. Editorial (UNA); Marketing Jurídico / MBA Gestão de Negócios Jurídicos (Faculdades Milton Campos) • Experiência profissional em comunicação digital e corporativa (Agência Tree). • Jurada do Prêmio ABERJE 2009 nas categorias Mídias Digitais e Audiovisual
  • 3. BIBLIOGRAFIA 1. ANDERSON, Chris. A cauda longa: do mercado de massa para o mercado de nicho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. 2. BRIGGS, Asa; BURKE, Peter. A história social da mídia: de Gutenberg à internet. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004. 3. COHEN, Suzana. O discurso publicitário virtual x impresso: enunciação e contrato – uma análise comparativa. 257f. Dissertação (mestrado em lingüística). Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2007. 4. CASTELLS, Manuel. Sociedade em rede. 4.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000. 5. SALZMAN, Marian; MATATHIA, Ira; O’REILLY, Ann. Buzz: a era do marketing viral – como aumentar o poder de influência e criar demanda. Tradução de Gilson César Cardoso de Sousa. São Paulo: Pensamento-Cultrix, 2003. 6. SPYER, Juliano. Conectado – o que a internet fez com você e o que você pode fazer com ela. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2007. 7. SPYER, Juliano; FERLA, Luiz Alberto; PAIVA, Moriael; AMORIM, Fabiola. Tudo o que você queria saber sobre Twitter (e aprendeu em uma mesa de bar). São Paulo: Talk, 2009. Disponível em <http://www.scribd.com/doc/18384369/Manual- Twitter-Melhor-resolucao-10-MB> 8. TAPSCOTT, Don; WILLIAMS, Anthony D. Wikinomics: como a colaboração em massa pode mudar o seu negócio. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.
  • 4. Apesar das pessoas de um modo geral fazerem uso das novas tecnologias, elas normalmente não param para refletir a respeito do assunto, do contexto, das implicações sociais. Falta visão crítica, falta compreender o contexto em que se está inserido.
  • 5. Em uma sociedade cada vez mais imediatista e tecnológica, em que a quantidade de informações cresce em velocidade exponencial, a relação e o comportamento humanos sofrem grandes transformações e, conseqüentemente, acontece uma reviravolta na comunicação social, nas relações de consumo e na publicidade. Neste cenário de transformações, em que o leitor passa a escritor e o consumidor quer compartilhar experiências e histórias com o mundo, faz-se necessário parar, desacelerar e analisar o contexto e a realidade atuais. Como os meios de comunicação evoluem? Qual o contexto da web atual? O que falar sobre o marketing viral? O que é web 2.0, 3.0, ou o nome que se quiser dar? E o tão falado poder das redes sociais e dos micro-blogs? O que falar sobre mobilidade e o nomadismo moderno? Qual caminho segue a humanidade digitalizada? E quais as implicações sociológicas / antropológicas diante de tantas mudanças high tech?
  • 6. Nossa percepção da realidade é profundamente falha. Não é possível separar causa e efeito, porque a percepção muda a realidade e esta por sua vez muda a percepção. (George Soros)
  • 7. * Video Shift Happens
  • 8.
  • 10. Repensando a história da Mídia •  Apesar da mídia evoluir ao longo dos tempos, é recorrente a coexistência e interação de mídias antigas com as recém criadas. •  As mídias coexistem, mas se mantêm atualizadas de acordo com o contexto e as inovações tecnológicas. •  Ao longo da história da mídia pode-se traçar um paralelo entre conceitos comunicacionais que encontram-se em voga hoje, mas cuja essência é bem mais antiga do que se pode imaginar. •  Telégrafo: paralelo com a internet / e-mails  Possibilitou a comunicação entre pessoas que encontravam-se fisicamente distantes. •  Os meios não surgem sem se inspirarem nos outros. É difícil “re- inventar a roda”.
  • 11. (...) em 1998 Tom Standage, com a internet já no centro das atenções, escreveu um livro intitulado The Victorian Internet [A Internet Vitoriana], sobre o telégrafo e seus ‘pioneiros on-line’. Os usuários modernos da Internet [dizia ele] são de várias maneiras, os herdeiros da tradição da telegrafia, o que significa que hoje estamos em posição especial para entender o telégrafo. E o telégrafo, por sua vez, nos pode dar uma perspectiva fascinante dos desafios, oportunidades e perigos da Internet’. (BRIGGS; BURKE, 2004, p. 269)
  • 12. •  Muitos dos “inventores” não tinham em mente o potencial desses novos produtos/mídias de revolucionarem a sociedade. •  As conseqüências das novas tecnologias são difíceis de prever. •  Um olhar para o passado, neste sentido, pode nos ajudar a compreender melhor o contexto atual. •  A tendência é de que os movimentos sejam cíclicos. As tecnologias se atualizam, mas também se apropriam de conceitos antigos e os reinventam.
  • 13. A revista Scientific American já havia sugerido em 1880, com muita acuidade, que o telefone levaria ‘a uma organização da sociedade – um estado de coisas em que qualquer indivíduo, mesmo completamente isolado, poderá ligar para qualquer outro indivíduo da comunidade, poupando infindáveis complicações sociais e comerciais, sem necessidade de idas e vindas’. (BRIGGS; BURKE, 2004, p. 150). Assim como o surgimento do telefone, o computador e depois – principalmente - a internet também pouparam “infindáveis complicações sociais e comerciais, sem necessidade de idas e vindas”. Este meio também levou a uma re- organização da sociedade, já que indivíduos poderiam se colocar em contato através do computador, mesmo estando completamente isolados no espaço ou diferidos no tempo.
  • 15. •  Tim Berners-Lee pensou no fato de que eram pessoas que iriam usar a www? •  Hoje ele assiste ao desenvolvimento de sua “criação”: o que está acontecendo e como o mundo está mudando quando MUITAS pessoas estão evolvidas na produção de um fenômeno emergente. •  Ciência da web: a web é grande e emaranhada de uma forma muito complexa. Temos a missão de estudá-la. •  Quem bolou a web pensou numa plataforma aberta e colaborativa, mas àquela época não conseguiam antever o que estaria por vir. •  O coletivo, baseado na colaboração, tem o poder de transformar a web MUNDO ABERTO E COLABORATIVO (mas seria apenas uma onda com fim próximo?)
  • 16. Web 2.0 e o novo consumidor
  • 17. Colaboração, participação, advogados de marca, mercado de nicho, recomendação, boca- a-boca. Confiança com base no que o outro diz. Produção de conteúdo próprio. Deixa de ser um simples receptor e atua como produtor de conteúdo. Sites que seguem o modelo de web 2.0 favorecem o buzz. Yo u T u b e s e r i a u m b o m exemplo.
  • 18. Quando começou? O conceito de web 2.0 começou na chamada bolha da internet, como uma tendência do mercado que buscava evolução e inovação diante de uma crise que se mostrava latente. O que foi a bolha? Por volta do ano 2000, vimos o auge das empresas “pontocom”, supervalorizadas, que apostavam na internet como nova ferramenta. Elas existiam apenas no mundo digital e para o sucesso imediato bastava uma idéia supostamente original e a sua execução no mundo on-line. Surgiram pelos quatro cantos do mundo inúmeras agências especializadas em internet e as ações das empresas virtuais encontravam-se assombrosamente elevadas. No ano 2000 as conseqüências da saturação do mercado começaram a se mostrar, como a queda das ações de empresas “pontocom” que chegaram à perda de até 90% de seu valor, fenômeno conhecido como “a bolha”.
  • 19. Desta forma a inovação fazia-se necessária, com o objetivo de dar ‘nova vida’ à internet. “ O fato é que a evolução da tecnologia, aliada à criatividade humana, tende a produzir possibilidades cada vez mais amplas na web e a isso se pode muito bem dar o nome de Web 2.0.” (CONEXÃO MSN/MEIO&MENSAGEM, 2006)
  • 20. Características A Web 2.0 caracteriza-se essencialmente por uma nova forma de navegar e interagir na internet, diferente do que se via anteriormente, que era basicamente a imitação ou a transposição do meio impresso para o meio digital. O acesso à internet através da banda larga foi um dos fatores que proporcionaram a mudança de paradigmas. Dentre as principais características da Web 2.0, podemos citar a maior atuação do usuário na publicação de conteúdo, podendo este participar ativamente de discussões on-line, por exemplo. CONTEÚDO GERADO PELO USUÁRIO (User Generated Content ou UGC) WEB COLABORATIVA São exemplos: blogs, redes sociais, Wikipedia, de.li.ci.ous, digg, YouTube, Amazon
  • 21. A grande mudança na Web 2.0 é a maneira de encarar a internet e suas aplicações. Se antes imperavam sites de publicação de conteúdo, que serviam como veículos de informação, onde a maior preocupação era a prospecção de clientes, agora o mercado percebe que a internet pode ir além, trazendo o usuário para perto e permitindo sua interação de forma real.
  • 22. A Internet, em sua primeira onda, foi desbravada primeiramente pelos militares; na segunda onda, foi escravizada pelos investidores de Wall Street e as grandes marcas globais, os usuários eram simplesmente leitores e consumidores; na terceira onda - chamada de Web 2.0 - o poder está em nossas mãos, produzimos conteúdo e disponibilizamos na rede. Três verbos regem nossas mentes: Produzir, Receber e Propagar. (Gil Giardelli, 2006)
  • 23. Do ponto de vista da publicidade, vemos atualmente o uso cada vez maior das ferramentas e recursos próprios da internet / web 2.0. O mesmo vale para a produção de vídeos e para a divulgação de filmes / indústria do entretenimento. Se anteriormente ocorria a simples transposição de conteúdo impresso para o meio digital, agora as publicidades virtuais são cada vez mais elaboradas e permitem uma grande participação do usuário nas campanhas e também no chamado “marketing viral”. No que diz respeito aos vídeos, esses adquirem características próprias não só no que diz respeito ao conteúdo, mas também à distribuição. No ambiente colaborativo 2.0 o usuário, além de produtor, diretor e ator, pode ser também distribuidor.
  • 24. Sempre fizeram as pessoas lerem e agora elas querem escrever, seja em Blogs, enquetes, em listas de discussões. Todo mundo quer alguns minutos de fama. A Internet ofereceu este grande palco para que o arquiteto vire um escritor, o advogado se torne um jornalista. O cliente quer contar histórias e experiências através do palco, carinhosamente chamado de Web 2.0. (Gil Giardelli, 2006)
  • 25. Justiça igualdade liberdade colaboração inovação (EM MASSA)
  • 26. Polêmica •  O termo web 2.0 é de certa forma polêmico •  Como tudo que envolve novas tecnologias e internet tende a mudar numa velocidade assombrosa, especula-se que o termo seja apenas uma buzz word •  Está na moda falar em web 2.0: “quero um site 2.0, uma ação de mkt 2.0” etc etc •  Hoje se fala em web 2.0, mas amanhã será 3.0, depois de amanhã 4.0... •  Portanto, deve-se ter cautela ao empregar o termo Web 2.0
  • 27. O novo mercado consumidor • Confiança no próximo • Recomendação • Gosto próprio • Consumo de produtos de nicho (tendência à “Cauda Longa”) • Busca informações na internet • Espalha o que gosta e espalha 10x mais o que não gosta • O ambiente virtual é um agente facilitador dessa divulgação • Sistemas de busca são fundamentais • O meio digital proporciona uma comunicação rápida que permite o contato com muitas pessoas ao mesmo tempo • Consumidores atuam como advogados de marca quando gostam de determinada coisa • Cansados de anúncios impostos pelos meios de comunicação de massa. Resistência. • O novo consumidor jovem assiste cada vez menos televisão e usa cada vez mais a internet • LIBERDADE O público consumidor e o espectro do buzz...
  • 30.
  • 32. alfas
  • 34. detalhe para o pólen que a abelha carrega
  • 38. Outras nomenclaturas para o público consumidor Conectores e Mavens (Malcolm Gladwell) Mavens: coletores de informação, como se fossem um “banco de dados”, processam as informações, discutem para dissipar as dúvidas.( *Alfa) Conectores: conhecem muitas pessoas em diversos ambientes, adoram criar relacionamentos. São os que divulgam a informação.(*Abelha) 4Cs: “Cross Cultural Consumer Chacacterization” ou Caracterização Trans-Cultural do Consumidor (Young & Rubicam) Transformadores (*Abelha), Exploradores (*Alfa), Vencedores (*Abelha), Emuladores (*Grande Público), Integrados (*Alfa), Batalhadores (*Retardatários) e Inconformados (*Retardatários). Aspirers, Explorers, Succeeders, Mainstreamers, Reformers, Strugglers, Resigned
  • 39.
  • 40. Redes sociais: que fenômeno é esse? •  O que atrai as pessoas? •  Voyerismo Digital •  Auto-regulação •  Estreitamento de amizades
  • 41.
  • 42.
  • 43. Em sua essência, os usuários do Facebook não achavam que queriam atualizações constantes sobre o que os outros estavam fazendo. No entanto, quando presenciaram esse conhecimento onipresente, acharam viciante e intrigante.
  • 44. Ambient Awareness (consciência do ambiente) Estar fisicamente próximo de uma pessoa a ponto de captar suas ações Seria um reflexo do isolamento social?
  • 45.
  • 46. Para muitos, sobretudo os acima de 30, a idéia de ser descrever cada passo que se dá na vida soa absurda. Por que você submeteria seus amigos ao seu relatório diário de atos? E como é que se absorve tanta informação? O crescimento da intimidade digital pode parecer como um narcisismo moderno, levado a um extremo super-metabólico: seria a última expressão de uma geração de pseudo-celebridades que acreditam que qualquer declaração é fascinante e deve ser compartilhada com o mundo.
  • 47. Cada pequena atualização (cada pedaço de informação social) é insignificante sozinha, um ato extremamente mundano. Mas em conjunto, e com o passar do tempo, esses pequenos comentários formam um retrato sofisticado de seus amigos, como pontinhos que se juntam. No mundo real, ninguém perderia seu tempo ligando para um amigo para detalhar o sanduíche que vai comer. A informação do ambiente acaba sendo como uma espécie de dimensão paralela que flutua sobre o dia-a-dia. As pessoas passam a ter mais assunto quando encontram fisicamente os amigos. É como se eu pudesse ao longe ler a mente das pessoas.
  • 49. Resgate de um contato interiorano
  • 50. Casas entre bananeiras, Mulheres entre laranjeiras, Pomar, amor, cantar. Um homem vai devagar. Um cachorro vai devagar. Um burro vai devagar. Devagar as janelas olham... Êta vida besta, meu Deus! (Carlos Drummond de Andrade)
  • 51. A geração atual nunca está desconectada. Eles nunca perdem contato com os amigos. Então estamos historicamente voltando a um lugar mais normal. Se olharmos para a história humana, a idéia de pular de galho em galho em relacionamentos é muito nova. Faz parte da sociedade do século XX.
  • 52. Cíclico •  Ao contrário do que era de se imaginar, as novas tecnologias proporcionam um resgate dos contatos •  Hoje sabemos mais dos amigos do que há alguns anos •  Aumento no número Dunbar (max. 150 contatos)? •  Temos mais laços fracos •  O que isso significa? •  E relacionamentos “parasociais” ? •  Resgate de vivência como nas pequenas cidades: nunca perde o contato, sabemos tudo de todos (lá se foi o “anonimato” na web) •  Auto-reflexão (vc tem que parar para pensar o que quer dizer ao mundo) •  E qual será a sensação de NUNCA perder contato com as pessoas?
  • 53. E a nova geração???
  • 54.
  • 55.
  • 56. Redes sociais e mobilidade
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  • 58. Conseqüências • Perigos de expor a vida a estranhos. Ferramentas para privacidade do usuário. • Acabou a “pulação de cerca” • Ou irão surgir mecanismos para “burlar” o sistema de vigília 24/7 • Agente facilitador de aproximação, contato pessoal, principalmente em culturas mais reservadas • A idéia de uma rede social tecnológica que tem como objetivo promover a comunicação face-a-face é curiosa. Reflete o conceito de que as coisas são cíclicas. • E a geração que nascer com o aka-aki (e afins)? Seriam eles os “aka-aki boomers”??? Questionarão como a vida era SEM esse sistema, quantos amores perdidos? Desencontros?negócios perdidos? Etc
  • 59. Ronda (Paulo Vanzolini) De noite eu rondo a cidade A te procurar sem encontrar No meio de olhares espio em todos os bares Você não está Volto pra casa abatida Desencantada da vida O sonho alegria me dá Nele você não está Ah, se eu tivesse quem bem me quisesse Esse alguém me diria Desiste, esta busca é inútil Eu não desistia Porém, com perfeita paciência Volto a te buscar Hei de encontrar Bebendo com outras mulheres Rolando um dadinho Jogando bilhar E neste dia então Vai dar na primeira edição Cena de sangue num bar Da avenida são joão
  • 60.
  • 61.
  • 62.
  • 63.
  • 65. Quase 161 milhões de linhas ativas no Brasil + 3G / banda larga no celular = muita gente tendo a primeira vivência de suas vidas na internet, através do celular = Inclusão digital
  • 68. •  YouTube: o que está por trás desse movimento de publicar vídeos online? O que significa olhar para a webcam? Para quem se fala? Uma visão antropológica
  • 69. YouTube •  urgiu em 2005 S •  e formos comparar à TV: S 60 anos de existência 3 principais canais americanos 3 (canais) x 60 (anos) x 365 (dias) x 24 (horas) = 1.5 milhões de horas de programação Mas o YouTube produziu MAIS nos últimos 6 MESES SEM produtores, apenas com pessoas “normais” São publicadas aprox. 10.000 horas de vídeos no YouTube por dia = 385 canais de TV 24/7 = 200.000 vídeos de 3 minutos (destinados em sua maioria a menos de 100 espectadores)
  • 70. Vivemos em uma sociedade que sofre uma inversão cultural: cada vez mais imediatista, individualista, independente e comercial, mas que tem desejos e valores cada vez mais comunitários, que buscam relacionamentos e autenticidade. “ As mídias não apenas nos distanciam. Elas nos conectam de diferentes formas, que por vezes podem parecer distantes. Mas as vezes essa distância nos permite uma conexão mais profunda do que nunca. E novas formas de comunidade criam novas formas de auto-entendimento.
  • 71. E o futuro??? Web semântica, uma só máquina, cloud computing, todos os dispositivos olhando para o mesmo lugar, tudo interconectado, computação quântica, The Grid? E que caminho seguirá a humanidade conectada?
  • 72. Vasto espectro de mídias, juntos em uma única plataforma, regidos pelas mesmas regras Kevin Kelly
  • 73.
  • 74. Qual seu nível de consciência nesse processo?
  • 75. E qual o lugar da comunicação organizacional nesse processo?
  • 76. “É impensável uma época de florescimento cultural sem um correspondente progresso de suas condições técnicas de expressão, como também é impensável uma época de avanços tecnológicos sem conseqüências no plano cultural.” (Machado, 2001, p.11)
  • 77. Suzana Cohen @sucohen (twitter) Meu Blog: Bricolagem High Tech http://suzanacohen.wordpress.com