SlideShare a Scribd company logo
1 of 19
Reforma Protestante
Desunião no seio da Igreja Católica
Grande Cisma do
Ocidente
Aparecimento de movimentos
religiosos que procuram uma
religiosidade mais intima e
individualizada com Deus
Criticas à conduta
do clero e à Igreja
Católica
1. Contexto
Conflitos entre a Santa Sé e o
poder régio: rei de França quer
manter os rendimentos dos
dízimos em França (entre 1378
e 1417 a Igreja tem 2 Papas). O
cisma termina em 1417 com a
eleição de Martinho V, que
volta a Roma.
Grande Cisma do Ocidente
Palácio Papal de Avinhão
O Grande Cisma do Ocidente
(1378-1417)
- Movimento da Devotio Moderna (os fiéis
tentavam conseguir uma vivência o mais
próxima possível dos princípios cristãos);
- Seguidores da obra “Imitação de Cristo”
de Thomas Kempis (1379-1471) ou “guia do
paraíso”, que guiava quem quisesse seguir
Cristo através da oração individual e do
conhecimento religioso.
Iluminura do “Livro de horas de Maria de Borgonha”, 1467-80
John Wicliffe – 1324-1384 (professor da
Universidade de Oxford) – traduziu a Bíblia
para inglês, censurou o culto dos santos e
relíquias e contestou a autoridade do Papa.
Jan Huss – 1374-1415 (reitor da
universidade de Praga) – opôs-se
abertamente à autoridade papal e defendeu
o regresso às verdades das Sagradas
Escrituras.
Exumação e cremação dos ossos de Wycliffe
Condenação à fogueira de Huss
Frei Jerónimo de Savonarola (1451-1498)
O clero com o seu mau exemplo, traz a morte espiritual aos crentes. Os padres afastaram-se
de Deus e a sua vida decorre no meio do vício. (…) Arrepende-te e volta atrás, Igreja
pecadora! Muitos de vós dizeis que o Papa [Alexandre VI] me excomungará. Ó Senhor, eu te
peço que a excomunhão venha depressa.
Sermões, 1495
A execução de Savonarola, 1498
Humanistas – criticavam a corrupção da Igreja, defendiam o regresso à pureza original do
Cristianismo e apelavam à moralização dos costumes.
Preparam o caminho para a Reforma Protestante
Martinho Lutero (1483-1546),
pintura de Lucas Cranach, o Velho, de 1529.
2. A Reforma Protestante
Luteranismo
Rutura teológica com a Igreja Católica: redige e afixa as 95 Teses contra as Indulgências na
Catedral de Wittenberg (critica o Papa e os dogmas da Igreja, rejeita as indulgências e as
penitências e defende a salvação pela fé e não pelas obras).
Doc. C; pág- 97
Lutero e a venda das indulgências
Movido pelo amor e pelo empenho em prol do esclarecimento da verdade discutir-se-á em Wittemberg,
sob a presidência do Padre Martinho Lutero, o que segue. Aqueles que não puderem estar presentes
para tratarem do assunto verbalmente connosco, poderão fazê-lo por escrito. Em nome de nosso
Senhor Jesus Cristo. (…)
5. O Papa não tenciona dispensar, e não pode dispensar quaisquer penas, senão aquelas que derivam
da sua autoridade ou dos cânones.
6. O Papa não pode perdoar quaisquer culpas, apenas declarar e confirmar aquilo que já foi perdoado
por Deus; apenas o pode fazer nos casos que lhe foram reservados. (…)
24. Daqui decorre que a maioria do povo é ludibriada com a pomposa e indiscriminada (discricionária)
promessa de dispensa da pena.
36. Todo e qualquer cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados tem o direito a ser
inteiramente absolvido de culpa e pena, mesmo sem cartas de perdão.
43. Deve-se ensinar aos cristãos que procede melhor quem dá aos pobres ou empresta aos necessitados
do que os que compram indulgências.
83. Outrossim: Por que continuam [a praticar] as exéquias e missas em sufrágio das almas dos defuntos;
por que não se devolvem os pagamentos recebidos para esses fins, visto ser errado
continuar a rezar pelas almas dos redimidos?
86. Ainda: Por que é que o papa, cuja fortuna hoje é maior que as dos mais ricos, não edifica a catedral
de São Pedro com o seu dinheiro em vez de o fazer com o dinheiro de pobres crentes?
Martinho Lutero, As 95 teses contra as indulgências,
in http://www.iclnet.org/pub/resources/text/wittenberg/luther/web/ninetyfive.html (acedido em 10/12/12)
Lutero entra em confronto com a Igreja Católica;
• Em 1520, é excomungado pelo Papa;
• Em 1521, critica os dogmas da Igreja Católica, o luxo e opulência do clero e
propõe novos princípios doutrinários;
Defende a salvação pela fé e não pelas obras;
• Em 1521, é declarado herege na dieta de Worms, ou seja, é expulso do império e as suas obras são
queimadas.
• Sobrevive graças à proteção do príncipe Frederico III da Saxónia (vive refugiado no Castelo de
Wartburg).
• Lutero consegue o apoio da burguesia, dos
camponeses, da pequena nobreza e de vários príncipes,
não só pela religião que prega, mas também por
motivos económicos (possibilidade de confiscar os bens
da Igreja) e políticos (luta contra o imperador Carlos V).
• Traduz a Bíblia para alemão (promove a relação direta do crente com
Deus sem necessidade da intermediação da Igreja Católica).
Bíblia – a Sagrada Escritura completa
em alemão
• Em 1555, Carlos V declara a liberdade de credo – Paz
de Augsburgo.
O luteranismo expandiu-se não só na Alemanha como também na Europa. Até ao final do séc. XVI a
Suécia, a Finlândia, a Dinamarca e a Noruega convertem-se à nova religião.
http://4.bp.blogspot.com/-A9aquirnaQA/UFdglH028eI/AAAAAAAAAYU/pBXUOHfe0bI/s1600/Reforma.jpg
Nós denominamos de predestinação* o
conselho eterno de Deus pelo qual Ele
determinou o que queria fazer de cada
homem, ordenando uns à vida eterna e outros
ao castigo (…)
João Calvino, Instituições da religião cristã, 1536
Calvinismo
João Calvino (1509-1564) foi o
fundador de uma das Igrejas
Protestantes que nasceram no
século XVI – o calvinismo. A sua
doutrina tinha como base as ideias
de Lutero, mas com maior rigor e
austeridade.
* Conceito na pág. 99
•Salvação pela fé
•Teoria da predestinação absoluta
•Primazia das Sagradas Escrituras, aceitando apenas a sua interpretação
•Sacerdócio universal
•Autoridade da Igreja em deterimento do poder do Estado
•Dois sacramentos *: batismo e eucaristia
•Abolição do culto dos santos, imagens e relíquias
* Conceito na pág. 99
O Calvinismo defende:
Catarina de Aragão
(1509-1533)
Anne Boleyn
(1533 -1536)
Jane Seymour
(1536-1537)
Anne de Cléves
(1540)
Catherine Howard
(1540-1542)
Catherine Parr
(1543-1547)
Henrique VIII (1491-1547)
assumiu a Coroa inglesa
com 18 anos. Perante a
recusa do Papa ao seu
pedido de divórcio da sua
primeira esposa, Catarina
de Aragão, proclamou o Ato
de Supremacia, assumindo
a chefia da Igreja em
Inglaterra.
Anglicanismo
Não obstante, Sua Majestade justa e legalmente é e deve ser o líder supremo da Igreja de
Inglaterra, e como tal é reconhecido pelo clero deste reino nas suas Convocações [sínodos];
ainda assim para corroboração e confirmação daqui em diante, e para um incremento da
virtude na religião de Cristo neste reino de Inglaterra, e para reprimir e extirpar todos os erros,
heresias e outras enormidades e abusos até agora presentes no mesmo [reino], seja decretado
pela autoridade deste presente Parlamento que o Rei nosso senhor, seus herdeiros e
sucessores, reis deste reino, devem ser aceites como os únicos líderes na terra da Igreja de
Inglaterra que se designa Anglicana Ecclesia, e terá [o rei] anexados e unidos à coroa imperial
deste reino, além do título [de chefe supremo da Igreja de Inglaterra] (…) todas as honras,
dignidades, preeminências, jurisdições, privilégios, autoridades, imunidades, lucros e
comodidades, decorrentes da dita dignidade de liderança da Igreja que lhe pertencem e que
lhe estão associadas. E que o soberano nosso senhor, os seus herdeiros e sucessores, reis deste
reino, terão autoridade e poder absoluto para (…) visitar, reprimir, reparar, reformar, ordenar,
corrigir, limitar e emendar todos os erros, heresias, abusos, ofensas, desobediências e
enormidades, quaisquer que sejam, (…) a autoridade espiritual ou a jurisdição [espiritual]
deveria ou deve ser legalmente reformada, reprimida, ordenada, reparada, corrigida, coibida
ou emendada, para satisfação do Todo-Poderoso, incremento da virtude na religião de Cristo, e
pela conservação da paz, unidade e tranquilidade deste reino: [e também] qualquer uso,
costume, leis estrangeiras, autoridade estrangeira, prescrição, qualquer outra coisa ou coisas
contradizendo o que aqui foi dito não serão toleradas.
O Ato de Supremacia (1534)
•Salvação pela fé
•Primazia das Sagradas Escrituras
•Sacerdócio universal e abolição do
celibato
•Autoridade régia sobre a Igreja
•Dois sacramentos: batismo e
eucaristia
•Abolição do culto dos santos,
imagens e relíquias
O Anglicanismo defende:
Art.º 11º - Somos considerados justos diante de Deus, somente
pelos méritos de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo pela Fé, e
não por causa das nossas próprias obras e méritos. (...).
Art.º 22º - (...) o Purgatório, as indulgências, o culto e a adoração
tanto de imagens, como das relíquias, assim como a invocação dos
Santos, é uma invenção frívola que não é apoiada em nenhum
texto das Escrituras (...).
Art.º 24º - É preciso falar na Igreja uma língua compreensível pelo
povo. (…)
Art.º 25º - Há dois sacramentos instituídos por Cristo, Nosso
Senhor, no Evangelho: o Baptismo e a Ceia do Senhor.
Profissão de fé da Igreja Anglicana – Isabel I, 1563
Isabel I fez da Reforma um instrumento de reforço da autoridade real.
A Igreja Católica vai reagir a esta Reforma Protestante com:
A Reforma Católica e a Contrarreforma.

More Related Content

What's hot

A renovação da espiritualidade e religiosidade
A renovação da espiritualidade e religiosidadeA renovação da espiritualidade e religiosidade
A renovação da espiritualidade e religiosidade
cattonia
 
A arquitetura gótica
A arquitetura góticaA arquitetura gótica
A arquitetura gótica
Ana Barreiros
 
O gótico em portugal
O gótico em portugalO gótico em portugal
O gótico em portugal
Ana Barreiros
 

What's hot (20)

Portugal na Europa do Antigo Regime
Portugal na Europa do Antigo RegimePortugal na Europa do Antigo Regime
Portugal na Europa do Antigo Regime
 
A renovação da espiritualidade e religiosidade
A renovação da espiritualidade e religiosidadeA renovação da espiritualidade e religiosidade
A renovação da espiritualidade e religiosidade
 
A Reforma Protestante e a Contra Reforma Católica
A Reforma Protestante e a Contra Reforma CatólicaA Reforma Protestante e a Contra Reforma Católica
A Reforma Protestante e a Contra Reforma Católica
 
Reforma protestante
Reforma protestanteReforma protestante
Reforma protestante
 
F3 a cultura e o iluminismo em portugal
F3 a cultura e o iluminismo em portugalF3 a cultura e o iluminismo em portugal
F3 a cultura e o iluminismo em portugal
 
Idade Ma
Idade MaIdade Ma
Idade Ma
 
02 história a_revisões_módulo_2
02 história a_revisões_módulo_202 história a_revisões_módulo_2
02 história a_revisões_módulo_2
 
Resumo reforma protestante
Resumo   reforma protestanteResumo   reforma protestante
Resumo reforma protestante
 
A arquitetura gótica
A arquitetura góticaA arquitetura gótica
A arquitetura gótica
 
Luteranismo, calvinismo, anglicanismo e a contrarreforma
Luteranismo, calvinismo, anglicanismo e a contrarreformaLuteranismo, calvinismo, anglicanismo e a contrarreforma
Luteranismo, calvinismo, anglicanismo e a contrarreforma
 
Cultura do mosteiro
Cultura do mosteiroCultura do mosteiro
Cultura do mosteiro
 
04 a renovacao da espiritualidade e da religiosidade
04 a renovacao da espiritualidade e da religiosidade04 a renovacao da espiritualidade e da religiosidade
04 a renovacao da espiritualidade e da religiosidade
 
03_01 a geografia cultural europeia.pdf
03_01 a geografia cultural europeia.pdf03_01 a geografia cultural europeia.pdf
03_01 a geografia cultural europeia.pdf
 
A escultura gótica
A escultura góticaA escultura gótica
A escultura gótica
 
Cristianismo
CristianismoCristianismo
Cristianismo
 
Manuelino
ManuelinoManuelino
Manuelino
 
O gótico em portugal
O gótico em portugalO gótico em portugal
O gótico em portugal
 
O tempo das Reformas Religiosas - 8ºano
O tempo das Reformas Religiosas - 8ºanoO tempo das Reformas Religiosas - 8ºano
O tempo das Reformas Religiosas - 8ºano
 
Reforma Católica e Contra Reforma
Reforma Católica e Contra ReformaReforma Católica e Contra Reforma
Reforma Católica e Contra Reforma
 
A contrarreforma
A contrarreformaA contrarreforma
A contrarreforma
 

Viewers also liked

A reestruturação das instituições no período imperial
A reestruturação das instituições no período imperialA reestruturação das instituições no período imperial
A reestruturação das instituições no período imperial
Susana Simões
 
A romanização da hispânia
A romanização da hispâniaA romanização da hispânia
A romanização da hispânia
Susana Simões
 
A identidade civilizacional da Europa Ocidental
A identidade civilizacional da Europa OcidentalA identidade civilizacional da Europa Ocidental
A identidade civilizacional da Europa Ocidental
Susana Simões
 
País urbano e concelhio
País urbano e concelhioPaís urbano e concelhio
País urbano e concelhio
Susana Simões
 
Arte grega pintura, escultura e arquitetura
Arte grega pintura, escultura e arquiteturaArte grega pintura, escultura e arquitetura
Arte grega pintura, escultura e arquitetura
Susana Simões
 
002 história rafael - reforma protestante e contrarreforma 7º ano 2015
002  história   rafael - reforma protestante e contrarreforma 7º ano 2015002  história   rafael - reforma protestante e contrarreforma 7º ano 2015
002 história rafael - reforma protestante e contrarreforma 7º ano 2015
Rafael Noronha
 
O renascimento cultural imagens 2014
O renascimento cultural   imagens 2014O renascimento cultural   imagens 2014
O renascimento cultural imagens 2014
Nelia Salles Nantes
 

Viewers also liked (20)

Jogos Olímpicos
Jogos OlímpicosJogos Olímpicos
Jogos Olímpicos
 
A reestruturação das instituições no período imperial
A reestruturação das instituições no período imperialA reestruturação das instituições no período imperial
A reestruturação das instituições no período imperial
 
A cultura romana 1
A cultura romana 1A cultura romana 1
A cultura romana 1
 
O urbanismo e o pragmatismo de Roma Imperial
O urbanismo e o pragmatismo de Roma ImperialO urbanismo e o pragmatismo de Roma Imperial
O urbanismo e o pragmatismo de Roma Imperial
 
A romanização da hispânia
A romanização da hispâniaA romanização da hispânia
A romanização da hispânia
 
A abertura ao mundo
A abertura ao mundoA abertura ao mundo
A abertura ao mundo
 
Da formação à fixação do território
Da formação à fixação do territórioDa formação à fixação do território
Da formação à fixação do território
 
O país rural e senhorial
O país rural e senhorialO país rural e senhorial
O país rural e senhorial
 
Jogos olímpicos
Jogos olímpicosJogos olímpicos
Jogos olímpicos
 
A sociedade medieval
A sociedade medievalA sociedade medieval
A sociedade medieval
 
A identidade civilizacional da Europa Ocidental
A identidade civilizacional da Europa OcidentalA identidade civilizacional da Europa Ocidental
A identidade civilizacional da Europa Ocidental
 
País urbano e concelhio
País urbano e concelhioPaís urbano e concelhio
País urbano e concelhio
 
Arte grega pintura, escultura e arquitetura
Arte grega pintura, escultura e arquiteturaArte grega pintura, escultura e arquitetura
Arte grega pintura, escultura e arquitetura
 
A Contra-Reforma Católica
A Contra-Reforma CatólicaA Contra-Reforma Católica
A Contra-Reforma Católica
 
002 história rafael - reforma protestante e contrarreforma 7º ano 2015
002  história   rafael - reforma protestante e contrarreforma 7º ano 2015002  história   rafael - reforma protestante e contrarreforma 7º ano 2015
002 história rafael - reforma protestante e contrarreforma 7º ano 2015
 
Renascimento Cultural
Renascimento CulturalRenascimento Cultural
Renascimento Cultural
 
Juntos em uma só nação
Juntos em uma só naçãoJuntos em uma só nação
Juntos em uma só nação
 
O renascimento cultural imagens 2014
O renascimento cultural   imagens 2014O renascimento cultural   imagens 2014
O renascimento cultural imagens 2014
 
Reforma Protestante
Reforma ProtestanteReforma Protestante
Reforma Protestante
 
A Reforma protestante
A Reforma protestanteA Reforma protestante
A Reforma protestante
 

Similar to Reforma Protestante

Reforma protestante slide
Reforma protestante slideReforma protestante slide
Reforma protestante slide
Eduardo Gomes
 
Reformas religiosas 2010
Reformas religiosas 2010Reformas religiosas 2010
Reformas religiosas 2010
BriefCase
 
As reformas-religiosas-ildete-3
As reformas-religiosas-ildete-3As reformas-religiosas-ildete-3
As reformas-religiosas-ildete-3
adalbertovha
 
Reforma e contra reforma
Reforma e contra reformaReforma e contra reforma
Reforma e contra reforma
Maida Marciano
 
Reforma e contra reforma
Reforma e contra reformaReforma e contra reforma
Reforma e contra reforma
vr1a2011
 

Similar to Reforma Protestante (20)

Reforma protestante slide
Reforma protestante slideReforma protestante slide
Reforma protestante slide
 
A reforma aula
A reforma aulaA reforma aula
A reforma aula
 
Reformas religiosas 2010
Reformas religiosas 2010Reformas religiosas 2010
Reformas religiosas 2010
 
1º ano - Reforma Religiosa
1º ano - Reforma Religiosa1º ano - Reforma Religiosa
1º ano - Reforma Religiosa
 
As reformas-religiosas-ildete-3
As reformas-religiosas-ildete-3As reformas-religiosas-ildete-3
As reformas-religiosas-ildete-3
 
Cpm his 2 ano - reforma e contra reforma
Cpm   his 2 ano - reforma e contra reformaCpm   his 2 ano - reforma e contra reforma
Cpm his 2 ano - reforma e contra reforma
 
Reformas religiosas
Reformas religiosasReformas religiosas
Reformas religiosas
 
Reformas religiosas
Reformas religiosasReformas religiosas
Reformas religiosas
 
Resumo sobre a a matéria (A reforma protestante e a contrarreforma) de 8ºano.
Resumo sobre a a matéria (A reforma protestante e a contrarreforma) de 8ºano. Resumo sobre a a matéria (A reforma protestante e a contrarreforma) de 8ºano.
Resumo sobre a a matéria (A reforma protestante e a contrarreforma) de 8ºano.
 
Reforma e contra reforma
Reforma e contra reformaReforma e contra reforma
Reforma e contra reforma
 
Refoma Religiosa ou Reforma Protestante
Refoma Religiosa ou Reforma ProtestanteRefoma Religiosa ou Reforma Protestante
Refoma Religiosa ou Reforma Protestante
 
Panorama da História do Cristianismo
Panorama da História do CristianismoPanorama da História do Cristianismo
Panorama da História do Cristianismo
 
Reformas religiosas
Reformas religiosasReformas religiosas
Reformas religiosas
 
Reforma e contrarreforma1
Reforma e contrarreforma1Reforma e contrarreforma1
Reforma e contrarreforma1
 
reforma religiosa.pdf
reforma religiosa.pdfreforma religiosa.pdf
reforma religiosa.pdf
 
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média Cristã
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média CristãAula 4 - Quarto Período - A Idade Média Cristã
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média Cristã
 
Reforma e contra reforma
Reforma e contra reformaReforma e contra reforma
Reforma e contra reforma
 
Reforma e contrarreforma
Reforma e contrarreformaReforma e contrarreforma
Reforma e contrarreforma
 
Reforma e contrarreforma
Reforma e contrarreforma   Reforma e contrarreforma
Reforma e contrarreforma
 
Polo centro reforma religiosa - ppt
Polo centro   reforma religiosa - pptPolo centro   reforma religiosa - ppt
Polo centro reforma religiosa - ppt
 

More from Susana Simões

More from Susana Simões (20)

O império português do Oriente
O império português do OrienteO império português do Oriente
O império português do Oriente
 
Reestruturação das instituições romanas
Reestruturação das instituições romanasReestruturação das instituições romanas
Reestruturação das instituições romanas
 
Antigo Regime-Contextualização do Módulo 6
Antigo Regime-Contextualização do Módulo 6Antigo Regime-Contextualização do Módulo 6
Antigo Regime-Contextualização do Módulo 6
 
Revolução Liberal em Portugal
Revolução Liberal em PortugalRevolução Liberal em Portugal
Revolução Liberal em Portugal
 
Revolução Francesa
Revolução FrancesaRevolução Francesa
Revolução Francesa
 
Momentos de tensão durante a guerra fria
Momentos de tensão durante a guerra friaMomentos de tensão durante a guerra fria
Momentos de tensão durante a guerra fria
 
Nascimento dos EUA
Nascimento dos EUANascimento dos EUA
Nascimento dos EUA
 
A Escultura Renascentista
A Escultura RenascentistaA Escultura Renascentista
A Escultura Renascentista
 
A Arquitetura Renascentista
A Arquitetura RenascentistaA Arquitetura Renascentista
A Arquitetura Renascentista
 
A Pintura Renascentista
A Pintura RenascentistaA Pintura Renascentista
A Pintura Renascentista
 
Consequências da segunda guerra
Consequências da segunda guerraConsequências da segunda guerra
Consequências da segunda guerra
 
A Segunda Guerra Mundial
A Segunda Guerra MundialA Segunda Guerra Mundial
A Segunda Guerra Mundial
 
Arte grega: arquitetura, escultura e cerâmica
Arte grega: arquitetura, escultura e cerâmicaArte grega: arquitetura, escultura e cerâmica
Arte grega: arquitetura, escultura e cerâmica
 
A administração dos Impérios Peninulares
A administração dos Impérios PeninularesA administração dos Impérios Peninulares
A administração dos Impérios Peninulares
 
Descoberta colonização Arquipélagos Atlânticos
Descoberta colonização Arquipélagos AtlânticosDescoberta colonização Arquipélagos Atlânticos
Descoberta colonização Arquipélagos Atlânticos
 
A cultura da Ágora - Contextualização
A cultura da Ágora - ContextualizaçãoA cultura da Ágora - Contextualização
A cultura da Ágora - Contextualização
 
Portugal: o projeto pombalino de inspiração iluminista.
Portugal: o projeto pombalino de inspiração iluminista.Portugal: o projeto pombalino de inspiração iluminista.
Portugal: o projeto pombalino de inspiração iluminista.
 
Portugal e as dificuldades económicas
Portugal e as dificuldades económicasPortugal e as dificuldades económicas
Portugal e as dificuldades económicas
 
Dinâmicas económicas entre os sécs. XVI-XVIII
Dinâmicas económicas entre os sécs. XVI-XVIIIDinâmicas económicas entre os sécs. XVI-XVIII
Dinâmicas económicas entre os sécs. XVI-XVIII
 
A Europa dos Parlamentos: sociedade e poder político
A Europa dos Parlamentos: sociedade e poder políticoA Europa dos Parlamentos: sociedade e poder político
A Europa dos Parlamentos: sociedade e poder político
 

Recently uploaded

ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
Autonoma
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 

Recently uploaded (20)

ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João EudesNovena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
 
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
 
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubelaprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
 
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 

Reforma Protestante

  • 2. Desunião no seio da Igreja Católica Grande Cisma do Ocidente Aparecimento de movimentos religiosos que procuram uma religiosidade mais intima e individualizada com Deus Criticas à conduta do clero e à Igreja Católica 1. Contexto
  • 3. Conflitos entre a Santa Sé e o poder régio: rei de França quer manter os rendimentos dos dízimos em França (entre 1378 e 1417 a Igreja tem 2 Papas). O cisma termina em 1417 com a eleição de Martinho V, que volta a Roma. Grande Cisma do Ocidente Palácio Papal de Avinhão O Grande Cisma do Ocidente (1378-1417)
  • 4. - Movimento da Devotio Moderna (os fiéis tentavam conseguir uma vivência o mais próxima possível dos princípios cristãos); - Seguidores da obra “Imitação de Cristo” de Thomas Kempis (1379-1471) ou “guia do paraíso”, que guiava quem quisesse seguir Cristo através da oração individual e do conhecimento religioso. Iluminura do “Livro de horas de Maria de Borgonha”, 1467-80
  • 5. John Wicliffe – 1324-1384 (professor da Universidade de Oxford) – traduziu a Bíblia para inglês, censurou o culto dos santos e relíquias e contestou a autoridade do Papa. Jan Huss – 1374-1415 (reitor da universidade de Praga) – opôs-se abertamente à autoridade papal e defendeu o regresso às verdades das Sagradas Escrituras. Exumação e cremação dos ossos de Wycliffe Condenação à fogueira de Huss
  • 6. Frei Jerónimo de Savonarola (1451-1498) O clero com o seu mau exemplo, traz a morte espiritual aos crentes. Os padres afastaram-se de Deus e a sua vida decorre no meio do vício. (…) Arrepende-te e volta atrás, Igreja pecadora! Muitos de vós dizeis que o Papa [Alexandre VI] me excomungará. Ó Senhor, eu te peço que a excomunhão venha depressa. Sermões, 1495 A execução de Savonarola, 1498
  • 7. Humanistas – criticavam a corrupção da Igreja, defendiam o regresso à pureza original do Cristianismo e apelavam à moralização dos costumes. Preparam o caminho para a Reforma Protestante Martinho Lutero (1483-1546), pintura de Lucas Cranach, o Velho, de 1529.
  • 8. 2. A Reforma Protestante Luteranismo Rutura teológica com a Igreja Católica: redige e afixa as 95 Teses contra as Indulgências na Catedral de Wittenberg (critica o Papa e os dogmas da Igreja, rejeita as indulgências e as penitências e defende a salvação pela fé e não pelas obras). Doc. C; pág- 97
  • 9. Lutero e a venda das indulgências Movido pelo amor e pelo empenho em prol do esclarecimento da verdade discutir-se-á em Wittemberg, sob a presidência do Padre Martinho Lutero, o que segue. Aqueles que não puderem estar presentes para tratarem do assunto verbalmente connosco, poderão fazê-lo por escrito. Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. (…) 5. O Papa não tenciona dispensar, e não pode dispensar quaisquer penas, senão aquelas que derivam da sua autoridade ou dos cânones. 6. O Papa não pode perdoar quaisquer culpas, apenas declarar e confirmar aquilo que já foi perdoado por Deus; apenas o pode fazer nos casos que lhe foram reservados. (…) 24. Daqui decorre que a maioria do povo é ludibriada com a pomposa e indiscriminada (discricionária) promessa de dispensa da pena. 36. Todo e qualquer cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados tem o direito a ser inteiramente absolvido de culpa e pena, mesmo sem cartas de perdão. 43. Deve-se ensinar aos cristãos que procede melhor quem dá aos pobres ou empresta aos necessitados do que os que compram indulgências. 83. Outrossim: Por que continuam [a praticar] as exéquias e missas em sufrágio das almas dos defuntos; por que não se devolvem os pagamentos recebidos para esses fins, visto ser errado continuar a rezar pelas almas dos redimidos? 86. Ainda: Por que é que o papa, cuja fortuna hoje é maior que as dos mais ricos, não edifica a catedral de São Pedro com o seu dinheiro em vez de o fazer com o dinheiro de pobres crentes? Martinho Lutero, As 95 teses contra as indulgências, in http://www.iclnet.org/pub/resources/text/wittenberg/luther/web/ninetyfive.html (acedido em 10/12/12)
  • 10. Lutero entra em confronto com a Igreja Católica; • Em 1520, é excomungado pelo Papa; • Em 1521, critica os dogmas da Igreja Católica, o luxo e opulência do clero e propõe novos princípios doutrinários; Defende a salvação pela fé e não pelas obras; • Em 1521, é declarado herege na dieta de Worms, ou seja, é expulso do império e as suas obras são queimadas. • Sobrevive graças à proteção do príncipe Frederico III da Saxónia (vive refugiado no Castelo de Wartburg).
  • 11. • Lutero consegue o apoio da burguesia, dos camponeses, da pequena nobreza e de vários príncipes, não só pela religião que prega, mas também por motivos económicos (possibilidade de confiscar os bens da Igreja) e políticos (luta contra o imperador Carlos V). • Traduz a Bíblia para alemão (promove a relação direta do crente com Deus sem necessidade da intermediação da Igreja Católica). Bíblia – a Sagrada Escritura completa em alemão • Em 1555, Carlos V declara a liberdade de credo – Paz de Augsburgo.
  • 12. O luteranismo expandiu-se não só na Alemanha como também na Europa. Até ao final do séc. XVI a Suécia, a Finlândia, a Dinamarca e a Noruega convertem-se à nova religião. http://4.bp.blogspot.com/-A9aquirnaQA/UFdglH028eI/AAAAAAAAAYU/pBXUOHfe0bI/s1600/Reforma.jpg
  • 13. Nós denominamos de predestinação* o conselho eterno de Deus pelo qual Ele determinou o que queria fazer de cada homem, ordenando uns à vida eterna e outros ao castigo (…) João Calvino, Instituições da religião cristã, 1536 Calvinismo João Calvino (1509-1564) foi o fundador de uma das Igrejas Protestantes que nasceram no século XVI – o calvinismo. A sua doutrina tinha como base as ideias de Lutero, mas com maior rigor e austeridade. * Conceito na pág. 99
  • 14. •Salvação pela fé •Teoria da predestinação absoluta •Primazia das Sagradas Escrituras, aceitando apenas a sua interpretação •Sacerdócio universal •Autoridade da Igreja em deterimento do poder do Estado •Dois sacramentos *: batismo e eucaristia •Abolição do culto dos santos, imagens e relíquias * Conceito na pág. 99 O Calvinismo defende:
  • 15. Catarina de Aragão (1509-1533) Anne Boleyn (1533 -1536) Jane Seymour (1536-1537) Anne de Cléves (1540) Catherine Howard (1540-1542) Catherine Parr (1543-1547) Henrique VIII (1491-1547) assumiu a Coroa inglesa com 18 anos. Perante a recusa do Papa ao seu pedido de divórcio da sua primeira esposa, Catarina de Aragão, proclamou o Ato de Supremacia, assumindo a chefia da Igreja em Inglaterra. Anglicanismo
  • 16. Não obstante, Sua Majestade justa e legalmente é e deve ser o líder supremo da Igreja de Inglaterra, e como tal é reconhecido pelo clero deste reino nas suas Convocações [sínodos]; ainda assim para corroboração e confirmação daqui em diante, e para um incremento da virtude na religião de Cristo neste reino de Inglaterra, e para reprimir e extirpar todos os erros, heresias e outras enormidades e abusos até agora presentes no mesmo [reino], seja decretado pela autoridade deste presente Parlamento que o Rei nosso senhor, seus herdeiros e sucessores, reis deste reino, devem ser aceites como os únicos líderes na terra da Igreja de Inglaterra que se designa Anglicana Ecclesia, e terá [o rei] anexados e unidos à coroa imperial deste reino, além do título [de chefe supremo da Igreja de Inglaterra] (…) todas as honras, dignidades, preeminências, jurisdições, privilégios, autoridades, imunidades, lucros e comodidades, decorrentes da dita dignidade de liderança da Igreja que lhe pertencem e que lhe estão associadas. E que o soberano nosso senhor, os seus herdeiros e sucessores, reis deste reino, terão autoridade e poder absoluto para (…) visitar, reprimir, reparar, reformar, ordenar, corrigir, limitar e emendar todos os erros, heresias, abusos, ofensas, desobediências e enormidades, quaisquer que sejam, (…) a autoridade espiritual ou a jurisdição [espiritual] deveria ou deve ser legalmente reformada, reprimida, ordenada, reparada, corrigida, coibida ou emendada, para satisfação do Todo-Poderoso, incremento da virtude na religião de Cristo, e pela conservação da paz, unidade e tranquilidade deste reino: [e também] qualquer uso, costume, leis estrangeiras, autoridade estrangeira, prescrição, qualquer outra coisa ou coisas contradizendo o que aqui foi dito não serão toleradas. O Ato de Supremacia (1534)
  • 17. •Salvação pela fé •Primazia das Sagradas Escrituras •Sacerdócio universal e abolição do celibato •Autoridade régia sobre a Igreja •Dois sacramentos: batismo e eucaristia •Abolição do culto dos santos, imagens e relíquias O Anglicanismo defende:
  • 18. Art.º 11º - Somos considerados justos diante de Deus, somente pelos méritos de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo pela Fé, e não por causa das nossas próprias obras e méritos. (...). Art.º 22º - (...) o Purgatório, as indulgências, o culto e a adoração tanto de imagens, como das relíquias, assim como a invocação dos Santos, é uma invenção frívola que não é apoiada em nenhum texto das Escrituras (...). Art.º 24º - É preciso falar na Igreja uma língua compreensível pelo povo. (…) Art.º 25º - Há dois sacramentos instituídos por Cristo, Nosso Senhor, no Evangelho: o Baptismo e a Ceia do Senhor. Profissão de fé da Igreja Anglicana – Isabel I, 1563 Isabel I fez da Reforma um instrumento de reforço da autoridade real.
  • 19. A Igreja Católica vai reagir a esta Reforma Protestante com: A Reforma Católica e a Contrarreforma.