2. Nóvoa (2002, p. 23) diz que:
“O aprender contínuo é essencial e se concentra
em dois pilares: a própria pessoa, como
agente, e a escola, como lugar de crescimento
profissional permanente.” Para esse estudioso
português, a formação continuada se dá de
maneira coletiva e depende da experiência e
da reflexão como instrumentos contínuos de
análise.
3. QUAL O PAPEL DO PEDAGOGO?
O pedagogo é um profissional
capaz de atuar em diversos
âmbitos educativos e de
responder às diversas
demandas e exigências de
uma sociedade cada vez mais
complexa. Para tanto, precisa
estar preparado para
enfrentar, com criatividade e
competência, os problemas
do cotidiano, ser flexível,
tolerante e atento às
questões decorrentes da
diversidade cultural que
caracteriza nossa sociedade.
4. Ao gestor se atribui o trabalho
pedagógico, na administração
escolar, na coordenação
pedagógica, na orientação
educacional, e na supervisão
escolar da Educação Básica.
O PEDAGOGO COMO GESTOR
5. O bom diretor hoje domina as questões
administrativas, sabe ser um líder, conhece
políticas públicas, estimula a participação dos
pais e da comunidade, ajuda a formar
professores e funcionários...
Tudo com um objetivo maior: garantir que
os alunos aprendam
6. C O M U N I C A Ç Ã O
Primeiramente precisamos entender o
significado das palavras, ou seja, sua
etimologia. Começamos pela palavra
comunicação, que do latim
communicatio de communis = comum
significa a ação de tornar algo comum
a muitos. E, agora, a palavra
interpessoal, inter (Do lat. inter) que
exprime a idéia de –entre, em meio;
e, pessoal (Do lat. personale) relativo
a pessoa.
7. Entendido o significado,
podemos dizer que
comunicação interpessoal é
o estabelecimento de uma
corrente de pensamento ou
mensagem, dirigida de um
indivíduo a outro ou a outros,
com o fim de informar,
persuadir, ou divertir.
Podemos, ainda, acrescentar
que é um processo interativo
e didático em que o emissor
constrói significados e
desenvolve expectativas na
mente do receptor.
COMUNICAÇÃO
8. Entende-se por ruído tudo o que possa interferir na
comunicação, prejudicando-a. Pode ser um som sem
harmonia, um emissor ou receptor fora de sintonia, falta
de empatia, entre outras situações que podem impedir a
realização da comunicação.
Para melhorar a comunicação existem habilidades.
Citaremos a seguir, como exemplo, três sugestões para
a realização de uma comunicação eficaz.
9. Iniciamos com a
habilidade de
transmissão, quero
dizer, usar a linguagem
apropriada e direta,
evitando jargões e
termos eruditos. As
informações precisam
ser claras e completas
para que não haja
dúvidas. Sendo possível,
utilizar vários canais
para estimular os
sentidos de quem recebe
a mensagem, como o
áudio e o visual.
10. É importante criar situações que
ajudem as pessoas a falarem o que
realmente querem dizer, para que a
nossa resposta seja satisfatória.
Outra habilidade sugerida
é a auditiva - Escuta Ativa
11. Finalizando, com a
habilidade de
feedback. Posso dizer
que esta é aquela que
nos asseguramos que
queremos ajudar o
outro dando retornos
ou respostas, e em
caso de feedback
negativo precisamos ir
direto ao assunto sem
criar ansiedade. Esta
habilidade, também,
requer que
descrevamos a
situação de modo
claro, evitando
equívocos.
13. Uso de jornal como
instrumento pedagógico
O estimulo a escrita e a
leitura, a formação crítica e
o acesso aos
acontecimentos da
comunidade são alguns dos
benefícios da utilização de
jornais como instrumento
pedagógico. Por exemplo:
“Cada professor selecionará
uma notícia de acordo com
a disciplina que leciona,
para fazer uma análise em
sala-de-aula”.
14. O uso da linguagem
radiofônica no processo
de ensino escolar,
colabora como
ferramenta de
transmissão de
conhecimentos
interdisciplinares e
transdisciplinares,
permite (aproxima) o
acesso a informação
cotidiana e de utilidade
pública.
RÁDIO NA ESCOLA
15. RÁDIO NA ESCOLA
A Rádio na Escola pode
ser implementada
através de um projeto,
que dentre outras
finalidades propicia aos
alunos aprimorar a
escrita, aprender a
observar a mídia com
outros olhos, tanto no
sentido de ampliar o
senso crítico como de
buscar exemplos de ação
a serem seguidos.
16. Desse modo, permitirá
a realização de
produções que possam
atender as
necessidades internas
e da comunidade ao
redor, além de
estimular a produção
de materiais de apoio
pedagógico, e
exercitar a cidadania.
RÁDIO NA ESCOLA
17. DESAFIOS DA TELEVISÃO E DO VÍDEO À
ESCOLA
A televisão e o vídeo partem do concreto, do
visível, do imediato, próximo, que toca todos os
sentidos. Mexem com o corpo, com a pele, as
sensações e os sentimentos - nos tocam e
"tocamos" os outros, estão ao nosso alcance
através dos recortes visuais, do close, do som
estéreo envolvente.
18. Para que haja interatividade
e se promova a
interdisciplinaridade,
podemos:
- Gravar materiais
educativos (Canal Futura
(TV Cultura, Discovery
Kids, comerciais, etc.) e a
partir daí,planejar
estratégias de inserir esses
materiais e atividades com
dinâmicas, interessantes,
mobilizadoras e
significativas.
ESTRATÉGIAS DE UTILIZAÇÃO
DA TV E DO VÍDEO
19. A televisão e a Internet não são somente tecnologias
de apoio às aulas, são mídias, meios de
comunicação. Podemos analisá-las, dominar suas
linguagens, produzir e divulgar o que fazemos. Com
filmadoras, celulares ou câmeras digitais, também
podemos incentivar que os alunos filmem, e
apresentem suas pesquisas em vídeo, em CD, DVD
ou em páginas WEB - páginas na Internet.
TELEVISÃO & INTERNET
20. I N T E R N E T
Ensinar utilizando a
Internet
(rede mundial de
computadores)pressupõe
uma atitude do
professor diferente da
convencional.
O professor não é o
"informador", o que
centraliza a informação.
21. I N T E R N E T
A informação está em
inúmeros bancos de
dados, em revistas,
livros, textos, endereços
de todo o mundo. O
professor é o
coordenador do
processo, o responsável
na sala de aula. Sua
primeira tarefa é
sensibilizar os alunos,
motivá-los para a
importância da matéria,
mostrando entusiasmo,
ligação da matéria com
os interesses dos alunos,
com a totalidade da
habilitação escolhida.
22. 1 Escolher conteúdos
Eleger e estudar os conteúdos que serão apresentados ou aprofundados na sala de
informática é essencial para que a aula seja objetiva e produtiva. Além disso, faz
com que o professor se sinta mais seguro na hora da aula.
2 Selecionar programas
Com o conteúdo escolhido, é hora de encontrar os programas e sites mais
apropriados para atingir as metas de aprendizagem. Se a aula é de redação, um
editor de textos é uma boa opção.
3 Fazer o roteiro da aula
Todas as atividades precisam ser bem estruturadas e bem planejadas, prevendo
momentos de pesquisa, de visualização do conteúdo estudado e de troca de
informações. Isso evita a dispersão.
4 Incentivar a interação
Os alunos devem interagir para construir conhecimento. Para tanto, que tal
criar blogs, e-mails e fóruns?
5 Usar jogos educativos
Os desafios propostos pelos softwares e jogos virtuais estimulam os jovens e
complementam a aula de forma lúdica.
Computador como aliado - sugestões
23. 6 Explorar o audiovisual
A internet e os programas educativos oferecem vídeos e animações que favorecem
o aprendizado. Use-os!
7 Permitir que o aluno crie
Publicar textos em blogs ou sites e fazer apresentações em slides torna o
estudante produtor de conteúdo e de conhecimento.
8 Evitar a desatenção
Para a turma não perder o foco da aula, vale bloquear o acesso a sites de
relacionamento, salas de bate-papo e programas de mensagens que não sejam
coerentes com o conteúdo ensinado.
9 Criar espaço lúdico
Todos precisam ficar à vontade na sala de informática. Por isso, coloque nas
paredes cartazes, mapas, ilustrações e trabalhos dos alunos, criando um
ambiente acolhedor e rico em informações.
10 Preparar-se bastante
Você se sentirá mais seguro na sala de informática se aprender a usar a máquina, a
internet e os programas básicos. Além disso, terá melhores resultados.
Computador como aliado - sugestões
24. O uso pedagógico do chat,
ou sala de bate-papo on
line é um campo a se
investigar e pode trazer
novas dimensões não só
para o ensino à distância,
mas como instrumento de
construção de
conhecimentos, pesquisa,
troca de informação e
comunicação entre sujeitos
que buscam aprender, seja
com instituições de ensino
ou não.
Uso Pedagógico do
Bate Papo/Chat
25. Pensar no chat como uma
ferramenta pedagógica é algo
desafiador para o professor,
visto que ele assumirá outro
papel, o de não ser mais
meramente um repassador de
informações, mas um
mediador. Ele deixa de ser o
centro do saber e estará
interagindo com os
participantes por meio das
novas tecnologias. Desta
forma, o professor na era da
informação está envolvido
com processos múltiplos do
conhecimento que pressupõe
flexibilidade, interatividade,
adaptação e cooperação.Uso Pedagógico do
Bate Papo/Chat
26. BLOGS EM EDUCAÇÃO
O QUE É UM BLOG?
Um blog (ou weblog) é um
registro publicado na Internet
relativo a algum assunto e
organizado cronologicamente
(como um diário). Pode ainda
permitir comentários dos
leitores aos textos publicados
(denominados posts).
Tem como grande vantagem o
fato de o autor do blog não
necessitar de saber construir
páginas para a Internet, ou
trabalhar com código.
27. Podem ser criados e geridos por professores
(individualmente ou em grupo), por alunos
(individualmente, por grupos de trabalho, ou por
turmas) e até simultaneamente por professores e
os seus alunos. O público-alvo de um blog destes
poderá ser professores, alunos, pais, comunidade
educativa em geral, e pode até não ter um
público-alvo específico.
O uso das novas ferramentas tecnológicas on-line deve
ter sempre em conta as limitações e potencialidades
destas, para que de fato exista mais valia na sua
aplicação. Portanto, o seu uso e escolha depende, em
grande parte, dos objetivos a que nos propomos.
28. •Apresentação das várias etapas
de um projeto educativo de um ou
mais professores;
•Preparação de encontros em
Educação;
•Reflexão em torno de temas
educativos;
•Apresentação de
projeto/trabalhos realizados por
alunos (em grupo ou
individualmente);
•Criação de um jornal escolar
online;
•Divulgação das atividades de um
clube de escola;
•Apoio a um disciplina.
Sugiro aqui uma lista de
aplicações possíveis para uso de
blogs na Educação:
BLOGS EM
EDUCAÇÃO
29. ALVES, Nilda (Coord.) Educação e Supervisão: o trabalho coletivo na
escola. 6ed. São Paulo: Cortez Autores Associados, 1991. 103p.
ANTUNES, Celso. Como transformar informações em conhecimento.
Fascículo 2. Petrópolis: Editora Vozes, 2001.
CASTRO, Amélia Domingues (et all). Ensinar a ensinar. São Paulo, Pioneira
Thomsom Learning, 2002, 195 p.
GARCÍA, C.M. Formação de professores: para uma mudança educativa.
Porto: Porto Editora, 1999.
MORAN, José Manuel. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. 3.ed.
Campinas, SP: Papirus, 2001.
______. Mudanças na Comunicação Pessoal: gerenciamento integrado da
comunicação pessoal, social e tecnológica. 2.ed. São Paulo: Paulinas,
2000.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São
Paulo: Cortez, DF: Unesco, 2000.
NÓVOA, A. “A formação de professores e profissão docente”. In: NÓVOA,
A. (org.). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 2002.
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Trad.
Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. p.11-21.
SNYDERS, Georges. Para onde vão as pedagogias não diretivas. São
Paulo: Centauro, 2002, 372 p.
BIBLIOGRAFIA
30. Sueli Dib
Email: suelidib@gmail.com
Graduada pela Universidade São Marcos (SP) em
Pedagogia – Licenciatura Plena com Formação para
Docência das Séries Iniciais do Ensino Fundamental,
Administração Escolar, Supervisão Escolar e
Orientação Educacional; Especialização em Recursos
Digitais e Cultura de Uso na Educação pela
Universidade de São Paulo, USP-SP. Especialização
em Tecnologias Interativas Aplicadas à Educação pela
Pontifícia Universidade Católica, PUC-SP, e
Especialização em Educação Básica pela Organização
dos Estados Americanos (OEA).
Site: www.origemdosaber.com.br
Blog: http://dibnasletras.blogspot.com.br
Editor's Notes
O que buscamos na formação continuada, é discutir problemas didáticos reais do dia-a-dia, trocar experiências, ensinar e aprender.
É consenso, no dia-a-dia da sala de aula, que nenhum fator tem mais influência no desempenho dos alunos do que o professor.
Aqui abordaremos alguns sucintamente o uso da tecnologia na educação, mas poderá ser observado que as situações propostas de o “o quê” e “como” fazer e ensinar.
TODA FORMAÇÃO CONTINUADA oferecida, enriquece quem a recebe, a educação ganha. E questiono: Se todo esse saber não for utilizado por receio, medo, preguiça ou falta de apoio, quem perde?
Para exercermos um papel na sociedade como bons profissionais, é imprescindível que saibamos nos comunicar.
Mas afinal o que é comunicação?
Muito bem, entendemos o significado da palavra comunicação... e agora???
Muito bem, entendemos o significado da palavra comunicação... e agora???
Podemos dizer que é também um processo interativo e didático em que o emissor constróis significados e desenvolve expectativas na mente do receptor.
E quando falamos, todas as pessoas entendem da mesma forma?
Entre um recado e outro muitos ruídos acontecem.
O que são ruídos de comunicação?
Pode ser muita coisa... Sons que interferem (ao falar e/ou escutar), emissor ou receptor fora de sintonia (aquelas pessoas que estão presentes de corpo, mas a cabeça está muito longe)
Que tal melhorar a forma de nos comunicar?
Então vamos começar com a habilidade de transmissão - ser objetivo e direto
Vamos para mais uma habilidade comunicativa: saber ouvir, ou seja, escuta ativa.
Finalmente, vamos finalizar com a habilidade de saber dar resposta quando nos questionam, que é o retorno, ou feedback (expressão mais utilizada no ambiente corporativo).
Diante de tudo o que vimos, você pedagogo, sabe dizer se é mesmo um líder??
É importante que um líder tenha tais habilidades, indague a si mesmo, e conclua qual habilidade que ainda não é tão latente em você e aprimore-a.
Tecnologia são meios de comunicação, dentre eles o jornal
E sim, podemos utilizar o jornal como instrumento pedagógico
Se usamos os jornais, também podemos utilizar o rádio.
O rádio foi inventado pelo engenheiro italiano Guglielmo Marconi em 1892, que antes já havia inventado o telégrafo sem fio. O uso do rádio na educação a distância teve seu início no Canadá, para discussão de problemas locais e regionais, nas comunidades rurais isoladas.
No Brasil, o Ensino a Distância nasceu já no século XX. Para Saraiva (1996), o EAD tem início no Brasil entre 1922 e 1925, com Roquete Pinto e a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, a partir da inserção de trechos da programação dedicados à radiodifusão da cultura, com a finalidade de ampliar o acesso à Educação. Em seguida, temos algumas experiências feitas pela Marinha e pelo Exército brasileiros, pelo Instituto Rádio Monitor, criado em 1939, assim como pelo Instituto Universal Brasileiro, fundado em 1941.
O rádio foi utilizado no Projeto MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização), criado em 1967 no governo Costa e Silva, tinha como objetivo alfabetizar adultos na faixa de 12 a 35 anos.
É impossível retroceder a demanda tecnológica, e o rádio nas escolas de hoje podem permitir o exercício da cidadania, além obviamente de ser utilizado como estímulo a produção de materiais pedagógicos.
Hoje temos rádio nos celulares, Ipods, mp3, e em outros aparelhos eletrônicos.
A televisão, sob a ótica pedagógica, pode auxiliar a escola. TV e Escola são duas agências sociais que têm no conhecimento a sua matéria-prima. A primeira é nitidamente organizada, segundo um modelo industrial de produção, a partir do qual difunde e produz conhecimentos; a segunda, é concebida como um canal de transmissão e difusão de conhecimentos, em seus procedimentos identificados com uma pedagogia conservadora e tradicional, falida em seus propósitos, na atualidade.
Utilizar o vídeo é vantajoso, principalmente, se considerada a facilidade com que este material didático pode ser transportado de uma classe para outra. Pode-se mudar o estilo de uma aula, transformando a sala em um moderno centro de ensino.
O vídeo também cria um marco de referência para o aluno, já que é uma ferramenta que permite fácil assimilação do conceito apresentado. Por outro lado, este método facilita o processo de aprendizagem, não só para aqueles que aprendem visualmente, já que ao projetar diferentes experiências e conceitos, o estudante adquire uma imagem mais real do assunto e compartilha suas experiências com as pessoas mais próximas. Sendo assim, a imaginação é estimulada, os conceitos se reagrupam e se redefinem, e é assim que a presença do professor se reafirma.
A tecnologia deve ser utilizada para apresentar e aprofundar conteúdos curriculares. Usar o computador somente para ensinar programas de informática é desperdício.
Para isso, a internet nem sempre é imprescindível.
O aluno pode fazer apresentações em slides, usar editores de texto e elaborar planilhas e gráficos. Essas ferramentas de aprendizado não requerem a rede mundial de computadores.
Com ou sem a rede, o fato é que o planejamento é fundamental. "Definir as ações que serão feitas no computador é tão importante quanto ser criativo na hora de elaborar a aula“.
Para ajudar a planejar e acabar com os equívocos sobre o uso do computador na sala de aula, colocamos os quadros elaborados e testados pela Nova Escola.
Estão atitudes e procedimentos para fazer do computador um aliado.
Para ajudar a planejar e acabar com os equívocos sobre o uso do computador na sala de aula, colocamos os quadros elaborados e testados pela Nova Escola.
Estão atitudes e procedimentos para fazer do computador um aliado.
No chat, os alunos interagem com os outros participantes por meio da comunicação escrita, utilizando códigos peculiares do ambiente virtual. Essa ferramenta pode contribuir para o aprimoramento da capacidade de raciocínio e agilidade na escrita. Após o chat, deve ser gerado um relatório de registro que deve ser analisado pelos professores e alunos na busca de identificar o que foi discutido, incluindo os assuntos mais palpitantes ou questões gramaticais, com vistas a levar os participantes a uma reflexão. Além disso, o chat pode ajudar os professores a entender os assuntos que mais interessam seus alunos e, dessa forma, desenvolver uma pedagogia de projetos que tem seu foco nas reais necessidades dos participantes.
Em 2005, a pequena Nova Bassano, cidade com pouco mais de oito mil habitantes no interior do Rio Grande do Sul, ganhou destaque na internet graças à iniciativa da professora Marli Fioretin, de Língua Portuguesa, da Escola Estadual Padre Colbachini. Ela incentivou suas duas turmas de oitava série a registrar em um blog, o Vidas Secas, todo o trabalho desenvolvido em sala de aula com base na obra de Graciliano Ramos. A página acabou em quarto lugar em uma competição internacional de blogs educativos feito por escolas - o Blopes - em países de língua portuguesa e espanhola.
Mais do que uma simples publicação na internet, o site serviu de estímulo para a leitura e a escrita dos alunos. O ponto de partida foi o romance de Graciliano. "Estabelecemos uma relação entre o sofrimento dos personagens do livro com a nossa realidade. Em 2005, parte do Rio Grande do Sul, incluindo a nossa região, foi afetada econômica e emocionalmente por um grande período de estiagem", recorda a professora. Depois, os alunos leram textos de outros autores sobre a questão da seca e publicaram seus comentários. Quem não tinha computador em casa recorreu ao laboratório de informática da escola. Na sala de aula, os alunos leram e discutiram os textos. No blog, Marli postou comentários, tarefas para a turma e a produção dos alunos. Ao ver seus escritos publicados em um endereço na internet, os estudantes se sentiram mais valorizados - e preocupados com a coerência de idéias, com a ortografia, com a gramática. A cada post, todos discutiam o retorno dos leitores - pessoal da escola, alunos e professores de outras instituições e até autores de textos propostos por Marli, como o escritor gaúcho Caio Ritter. A interatividade marcou o projeto do começo ao fim.
Blog-se
Quando percebem que vão publicar uma página na internet, os alunos dão um salto de qualidade nas pesquisas, na produção de texto, no trabalho em equipe... Na aprendizagem