O documento analisa a percepção dos coordenadores do Plano Tecnológico de Educação sobre seu estilo de liderança. Os coordenadores adotam principalmente uma liderança transformacional e transacional, focando no desenvolvimento dos professores, motivação e satisfação. Eles se veem como eficazes na introdução de tecnologias nas escolas, porém questões permanecem sobre como sua percepção se relaciona com a prática e se conseguiram consolidar o uso pedagógico das TIC.
A liderança do Plano Tecnológico da Educação nas escolas: A percepção dos Coordenadores PTE
1. A LIDERANÇA
DO PLANO TECNOLÓGICO DA
EDUCAÇÃO NAS ESCOLAS:
a perceção dos Coordenadores PTE
Susana Gonçalves
AE da Cidadela
smpgd@hotmail.com
Glória Bastos
Universidade Aberta
gloria@uab.pt
Mª do Carmo Botelho
ISCTE - IUL
maria.botelho@iscte.pt
Espaços de investigação, reflexão e ação
interdisciplinar
12 setembro 2014
Vila Real
2. Enquadramento
• Introduzir inovação através das tecnologias
em vários setores, nomeadamente a educação
(Estratégia de Lisboa 2001).
• Exemplo em Portugal - PTE - Objetivos:
– Modernizar tecnologicamente as escolas, pretendendo
colocar Portugal entre os cinco países europeus mais
avançados tecnologicamente, no ensino, em 2010.
– Reforçar a infoinclusão das atuais e futuras
comunidades educativas e responder aos fatores
inibidores da utilização de tecnologia no ensino em
Portugal.
OCDE, 2010
RCM
n.º137/2007
XII Congresso SPCE | Vila Real | 12 setembro 2014 | Susana Duarte | Glória Bastos | Maria Botelho
3. Plano Tecnológico de Educação
Eixos de atuação e projetos associados
RCM
n.º137/2007
Componente
pedagógica de
intervenção da
equipa PTE.
Conteúdos
PTE
Eixos
Tecnologias
Projetos
Transversais
Formação
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4. Enquadramento
• O Coordenador do PTE:
– Liderou o processos de mudança e inovação
nas escolas, relacionados com a introdução
das tecnologias.
– Competências para o cargo: Pedagógicas,
Técnicas e de Gestão.
OCDE 2010
Despacho n.º
700/2009
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5. Metodologia
• Quantitativa com aplicação de questionário
que abarca várias dimensões do trabalho
dos CPTE:
– Perfil dos CPTE: Professores muito
experientes, quadros de escola, + sexo
masculino, + grupo de recrutamento
Informática.
– Perfil de liderança do CPTE: Determinado pelo
Multifactor Leadership Questionnaires
Avolio e
Bass, 1995
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6. Questionário MLQ
• Liderança Transformacional, transacional e
laissez-faire .
• Categorias para cada uma das lideranças.
• Escala de medida de 0- Nunca a 4- Sempre.
• Questionário já testado.
Avolio e
Bass, 1995
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7. Discussão dos resultados
• Identificaram-se 3 clusters distintos de
CPTE:
– O que dominamos de Grupo 2 foi retirado.
– Perfil profissional idêntico nos CPTE que
compõem o Grupo 1 e o Grupo 3.
– O Grupo 1 tem valores mais elevados na
liderança transformacional e transacional do
que o Grupo 3.
Avolio e
Bass, 1995
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8. Discussão dos Resultados
• Características de Liderança:
– Valores superiores nos fatores/ categorias
relacionados com a liderança transformacional,
seguida pela transacional.
9. Discussão dos Resultados
• Características de Liderança:
– A laissez-faires é muito pequena, não tem quase
significado.
10. Discussão dos Resultados
• Características de Liderança
– Os CPTE agem de forma a ganhar o respeito dos seus
colaboradores.
– Estes identificam-se com ele. Vêm-no como um modelo a
seguir.
– É um líder com carisma, com sentido de missão que vai para
além dos seus interesses pessoais, evitando usar o poder
para benefício próprio.
– Induz orgulho e credibilidade nos seus colaboradores.
– Toma decisões corretas demonstrando elevados padrões de
conduta ética e moral.
Tipo liderança Fator / Categoria Média Total
Transformacional
Influência idealizada (atributos) 2,778
Influência idealizada (comportamentos) 2,735
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11. Discussão dos Resultados
• Características de Liderança
– O CPTE cria expectativas comunicadas claramente, que os
colaboradores procuram cumprir.
– Demonstra o seu compromisso com os objetivos e visão
compartilhada.
– Incute nos seus colaboradores um significado e um desafio
nas tarefas a executar, motivando e inspirando-os, incutindo-lhes
espírito de equipa, entusiasmo, otimismo e confiança
para ultrapassarem as dificuldades.
Tipo liderança Fator / Categoria Média Total
Transformacional Motivação Inspiradora 2,978
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12. Discussão dos Resultados
• Características de Liderança
– Os CPTE consideram que refletem sobre as críticas que lhe
são feitas, procurando diferentes perspetivas e soluções
criativas para resolver os problemas e incutindo esta postura
nos seus colaboradores.
– O ambiente de trabalho é muito dinâmico, não havendo
lugar para críticas destrutivas, privilegiando-se o
desenvolvimento da escola.
Tipo liderança Fator / Categoria Média Total
Transformacional Estimulação Intelectual 3,080
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13. Discussão dos Resultados
• Características de Liderança
– Os CPTE consideram os seus colaboradores como tendo
necessidades, capacidades e aspirações próprias,
conseguindo deste modo diferenciar cada um deles.
– Ajudam-nos a desenvolver os seus pontos fortes.
Tipo liderança Fator / Categoria Média Total
Transformacional Consideração Individualizada 3,145
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14. Discussão dos Resultados
• Características de Liderança
– Os CPTE exprimem satisfação quando os seus colaboradores
correspondem às suas expectativas.
– Tornam claro o que cada um pode esperar quando os
objetivos forem alcançados.
– Os CPTE mantem-se a par de todos os erros.
– Focam a sua atenção em irregularidades, exceções e em
desvios às regras.
Tipo liderança Fator / Categoria Média Total
Transacional
Recompensa Contingente 2,610
Gestão por Exceção (ativa) 2,510
XII Congresso SPCE | Vila Real | 12 setembro 2014 | Susana Duarte | Glória Bastos | Maria Botelho
15. Discussão dos Resultados
• Resultados da Liderança
– Os CPTE consideram que levam os seus colaboradores a
fazerem mais do que seria esperado, aumentando-lhes a
vontade de se empenharem e de serem bem-sucedidos.
– Estes CPTE consideram que são eficazes:
• A atender às necessidades dos outros em relação ao trabalho que
executam;
• A ir ao encontro das necessidades da organização;
• A representar os seus colaboradores junto das lideranças de topo.
Fator / Categoria Média Total
Esforço extra 2,760
Eficácia 3,025
Satisfação 3,035
XII Congresso SPCE | Vila Real | 12 setembro 2014 | Susana Duarte | Glória Bastos | Maria Botelho
16. Discussão dos Resultados
• Resultados da Liderança
– Referem ainda que lideram uma equipa PTE que é eficaz de
alguma forma.
– Os CPTE consideram que os seus métodos de liderança lhes
permitem trabalhar com os seus colaboradores de uma
forma satisfatória, criando ambientes de trabalho
adequados e agradáveis.
Fator / Categoria Média Total
Esforço extra 2,760
Eficácia 3,025
Satisfação 3,035
XII Congresso SPCE | Vila Real | 12 setembro 2014 | Susana Duarte | Glória Bastos | Maria Botelho
17. Reflexões finais
Full Range Leadership - cada líder deve desenvolver
um pouco de cada um dos estilos transformacional e
transacional - os dois estilos complementam-se.
Estes CPTE têm uma ideia clara do que deve ser o seu
perfil de liderança enquanto dinamizadores da mudança.
Avolio e
Bass, 1995
18. Reflexões finais
• Questões:
– Como é que o perfil idealizado destes
CPTE se relaciona com as suas práticas
efetivas?
– Como é que o perfil de liderança se
relaciona com o seu perfil pedagógico,
tecnológico e de gestão?
– Terão conseguido consolidar a introdução
pedagógica das TIC?
XII Congresso SPCE | Vila Real | 12 setembro 2014 | Susana Duarte | Glória Bastos | Maria Botelho
19. A LIDERANÇA DO PLANO TECNOLÓGICO DA
EDUCAÇÃO NAS ESCOLAS:
a perceção dos coordenadores PTE
Muito
Obrigada! 12 setembro 2014
Susana Gonçalves | Glória Bastos | Maria do Carmo Botelho
Vila Real
Editor's Notes
Bom dia, chamo-me Susana Gonçalves, sou professora do grupo de recrutamento 550- Informática no Agrupamento de Escolas da Cidadela, e estou a realizar o meu doutoramento na Universidade Aberta.
No âmbito desta investigação doutoral, eu e a minha orientadora Professora Doutora Glória Bastos, vimos apresentar-vos este artigo, que apresenta uma das dimensões desta investigação, sobre a liderança exercida pelo CPTE nas suas escolas.
Denominamos este artigo de A liderança do PTE nas escolas: A perceção dos CPTE.
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Com a Estratégia de Lisboa começou-se a falar da introdução de inovação através das tecnologias nos mais variados setor da sociedade e inclusive na educação.
Em Portugal, a introdução das tecnologias na educação, teve um significativo impulsionamento com o PTE.
Os seus objetivos foram a
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O PTE foi composto por vários projetos que se dividiram em 3 eixos de intervenção: Conteúdos, tecnologias e formação. Mais tarde apareceu ainda projetos transversais como o e.escolinhas que distribuiu o computador Magalhães pelos alunos do 1º ciclo.
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O que vamos analisar nesta apresentação é o papel das lideranças na condução dos processos de mudança e inovação, que a introdução pedagógica das TIC na escolas, obrigou a emergir, nomeadamente as lideranças intermédias do CPTE que tiveram o papel de integrar as TIC dentro das suas escolas.
Estes CPTE deveriam ter competências em três dimensões: As pedagógicas, as técnicas e as de gestão, tendo sido estas as áreas onde o PTE interveio.
Esta invesitigação permitiu determina-las.
Determinamos ainda o perfil destes CPTE: são professores já com bastante experiencia, quadros de escola, maioritáriamente do sexo masculino, em que cerca de metade são do grupo disciplinar de informática.
A metodologia utilizada para recolha destes dados relativos as estas dimensões de investigação foi por inquerito por questionário.
Este inquerito incluia um outro, de 2005, de Avolio e Bass, denominado MLQ, já devidamente testado.
Este questionário permite determinar as caracteristicas relacionadas com a liderança transformacional e transacional de um lider.
É constituido por uma escala de 0-Nunca a 4-Sempre.
Este questionário foi aplicado a 100 CPTE, em AE ENA estalhadas por todo o pais.
Da análise quantitativa feita aos dados recolhidos, fomos ideintificar quantos clusters eram possiveis determinar.
Identificamos 3. O grupo 2 foi constituido por 2 CPTE que respondeu 3 a todas as questões do MLQ, pelo que não foi tido em conta.
Os CPTE que constituiram os dois grupos restantes apresentaram um perfil profissional muito equivalente. A nível da liderança verificamos que o grupo 1 apresenta valores mais elevados na liderança transformacional e transacional que ogrupo 3.
A metodologia utilizada para recolha destes dados relativos as estas dimensões de investigação foi por inquerito por questionário.
Este inquerito incluia um outro, de 2005, de Avolio e Bass, denominado MLQ, já devidamente testado.
Este questionário permite determinar as caracteristicas relacionadas com a liderança transformacional e transacional de um lider.
É constituido por uma escala de 0-Nunca a 4-Sempre.
Este questionário foi aplicado a 100 CPTE, em AE ENA estalhadas por todo o pais.
Da análise quantitativa feita aos dados recolhidos, fomos ideintificar quantos clusters eram possiveis determinar.
Identificamos 3. O grupo 2 foi constituido por 2 CPTE que respondeu 3 a todas as questões do MLQ, pelo que não foi tido em conta.
Os CPTE que constituiram os dois grupos restantes apresentaram um perfil profissional muito equivalente. A nível da liderança verificamos que o grupo 1 apresenta valores mais elevados na liderança transformacional e transacional que ogrupo 3.
A metodologia utilizada para recolha destes dados relativos as estas dimensões de investigação foi por inquerito por questionário.
Este inquerito incluia um outro, de 2005, de Avolio e Bass, denominado MLQ, já devidamente testado.
Este questionário permite determinar as caracteristicas relacionadas com a liderança transformacional e transacional de um lider.
É constituido por uma escala de 0-Nunca a 4-Sempre.
Este questionário foi aplicado a 100 CPTE, em AE ENA estalhadas por todo o pais.
Da análise quantitativa feita aos dados recolhidos, fomos ideintificar quantos clusters eram possiveis determinar.
Identificamos 3. O grupo 2 foi constituido por 2 CPTE que respondeu 3 a todas as questões do MLQ, pelo que não foi tido em conta.
Os CPTE que constituiram os dois grupos restantes apresentaram um perfil profissional muito equivalente. A nível da liderança verificamos que o grupo 1 apresenta valores mais elevados na liderança transformacional e transacional que ogrupo 3.