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Informativo dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do ES - 10 de maio de 2013 - Distribuição: Garoto
Mesmo com a volta do Surreal, o
nosso Sindicato não parou com as inves-
tigações sobre terceirização da nossa
produção. Há fortes indícios (ainda não
confirmados) de que a empresa estaria
produzindo e/ou embalando produtos
da Garoto em outras fábricas subcontra-
tadas. O Sindialimentação está aprofun-
dando o levantamento de dados para
discutir com a empresa. Em reunião preli-
minar, a empresa negou a terceirização
da produção. Ela assumiu apenas a pro-
dução especial de Serenata em forma-
to de coração, que teria sido fabricado
em pequena quantidade e fora daqui
por razões operacionais. A diretoria do
Sindicato segue com as investi-
gações e irá debater o tema
na próxima reunião. Veja no
quadro ao lado os prová-
veis locais que estariam
fabricando produtos
Garoto.
Temos motivos para comemorar. Há
uma semana foi retomada a produção
do Surreal na fábrica, lugar de onde ja-
mais deveria ter saído. O retorno da pro-
dução foi cobrado pelo Sindicato na
mesa de negociações com a empresa.
O Sindialimentação deixou claro para a
Garoto que não irá tolerar terceirização
de nossa produção dentro ou fora da fá-
brica. Com isso, a empresa anunciou o
retorno DEFINITIVO da produção do Sur-
real na Garoto.
Essa é uma importante vitória para
nossa categoria, pois o desvio da nossa
produção para outras unidades coloca
em risco os nossos postos de trabalho.
Sindicato investiga novas
denúncias de terceirizações
• OLGBER – Caçapava (São Paulo)
• J. Marino Ind. E Comércio S/A – Catanduva (São Paulo)
• Manibom Produtos Alimentícios – Marília (São Paulo)
• Chocolates Araucária – Campos do Jordão (São Paulo)
Teria feito o ovo Talento da caixa quadrada
• CEPAM – (São Paulo)						
Fez o Serenata em formato de coração
• Nestlé Bahia – Feira de Santana (Bahia)			
Estaria embalando caixa sortidos 200g
• Nestlé Caçapava							
Estaria embalando caixa sortidos 400g
Compromisso assinado deve ser cumprido
O Sindialimentação cobrou da empresa que honrasse
os compromissos assinados com o Sindicato e com o CADE
(Conselho de Administração Econômica) logo que a Nestlé
assumiu a Garoto. O primeiro acordo foi um termo de com-
promisso no qual a empresa garantia a manutenção dos
empregos e postos de trabalho. O acordo foi assinado pela
Nestlé diante da presidente do Sindialimentação, Linda Mo-
rais e do então presidente da CUT Nacional, Luís Marinho. O
segundo acordo assinado chama-se Acordo de Reversibili-
dade, que a Nestlé assinou com o CADE. Nesse acordo, a
empresa se compromete com os atuais níveis de emprego e
também com a permanência da Garoto no Estado.
Nosso Acordo é Lei!
Mesmo que não houvesse os acordos assinados e cita-
dos acima, ainda assim, há o Acordo Coletivo de nossa ca-
tegoria que proíbe expressamente a terceirização da nos-
sa produção. Foi com base nele que conseguimos fazer a
empresa recuar de sua intenção de terceirizar a fabricação
de ovos, que estavam sendo feitos na Indústria Tangará, na
Darly Santos, assim que a Nestlé comprou a Garoto.
Empresas investigadas por
fabricarem produtos Garoto:
Sindialimentação cobrou e a
fabricação do bombom retornou
para a Garoto. O objetivo é
defender a manutenção dos
empregos locais
É real!
volta para casa
Luz, câmera... ação!neg Empresa divulga
vídeo de segurança
que responsabiliza
trabalhador por
acidentes
Nesta semana, os trabalhadores
foram surpreendidos com a apresen-
tação de um vídeo dentro da em-
presa. A gravação faz parte de uma
proposta de treinamento da empresa
sobre saúde e segurança. Ao invés de
anunciar as novas medidas que a Ga-
roto vai tomar para evitar novos ado-
ecimentos e acidentes, ela apresenta
um filme emocionalmente apelativo
que atribui sutilmente ao trabalhador
a culpa pelo “momento de distra-
ção”. O vídeo alerta os trabalhado-
res sobre a necessidade de cuidar da
própria segurança.
Nada contra produzir material
educativo sobre saúde e segurança,
mas não concordamos quando a em-
presa transfere para os trabalhadores
toda responsabilidade pela preven-
ção de acidentes e não admite sua
própria responsabilidade pelas condi-
ções inseguras que existem nos locais
de trabalho. Nossa direção repudia
esse vídeo e solicitou que a veicula-
ção dele seja suspensa.
A diretoria do Sindialimentação solicitou que o vídeo
que culpa o trabalhador pelos acidentes seja suspenso.
Os motivos são fáceis de enumerar:
Falhar é humano
Todo mundo conhece o ditado popular milenar que diz
que “errar é humano”. Se formos submetidos a uma jornada
de trabalho extensa somada à constate pressão por metas
e cobranças por qualquer parada no maquinário, as chan-
ces de falharmos aumentam consideravelmente, por mais
que sejamos experientes e treinados. Ninguém consegue
manter-se concentrado nas 8 horas de trabalho do dia. Em
algum instante, qualquer um se distrai. Você já deve ter se
distraído ao ler este texto. ISSO É NORMAL. Por isso, as empre-
sas devem proteger o maquinário para que ele seja à prova
de distrações. Todo equipamento que ofereça riscos deve
receber proteção coletiva. Assim, no momento que ocorrer
a falha humana, não haverá acidente.
Responsabilizar é desumano
Culpar ou atribuir responsabilidade pela ocorrência de
acidentes ou adoecimentos é que é uma atitude desu-
mana. Se um trabalhador chega a sofrer um acidente ou
adoece no local de trabalho é porque o local não oferece
condições suficientes para preservar a saúde e a vida dos
trabalhadores. Uma atitude correta seria admitir que há con-
dições inseguras que precisam ser corrigidas.
Prevenção depende de medidas gerenciais
Estudos apontam que 99% das medidas para se evitar
um acidente de trabalho são gerenciais. Pouco depende
do trabalhador, pois ele não tem poder para, por exemplo,
comprar e instalar sensores de proteção coletiva numa má-
quina, enclausurar uma máquina com grande nível de ruído
ou simplesmente colocar alertas no local de trabalho.
Proteção coletiva evita acidentes
Equipamentos de Proteção Co-
letiva (EPC) são equipamentos utili-
zados para proteção de segurança
enquanto um grupo de pessoas rea-
liza determinada tarefa. O EPC deve
ser usado prioritariamente ao uso do
Equipamento de Proteção Individual
(EPI). Por exemplo: um equipamen-
to de enclausuramento
acústico deve ser a pri-
meira alternativa em um
local onde há risco de
ruído, por proteger o co-
letivo. Somente quando
a instalação desse equi-
pamento não é possível,
deve ser utilizado o pro-
tetor auditivo como EPI,
pois são de uso apenas
individual.
O Departamento
Intersindical de Estudos
e Pesquisas de Saúde e
dos Ambientes de Tra-
balho (Diesat), dá outros
exemplos de EPC: siste-
mas de exaustão que
eliminam gases, vapores ou poeiras
contaminantes e comando bimanual,
que mantém as mãos ocupadas, fora
da zona de perigo, durante o ciclo de
uma máquina.
O vídeo não aborda em nenhum momento as falhas e
responsabilidades da empresa na ocorrência de aciden-
tes. O enfoque é todo e somente no trabalhador.
O acidente da trabalhadora se deve à pressão para atin-
gir as metas de produção.
Falhar é humano. Responsabilizar é desumano.
Os trabalhadores não têm poder para garantir sua segu-
rança no local de trabalho. Esse poder é da empresa,
que deve implementar medidas gerenciais concretas
para este fim.
1
2
3
4
Nosso sindicato não faz apenas
críticas. Já levamos à Garoto propos-
tas de ações concretas para mapear
preventivamente os problemas que
podem afetar e estão afetando a
saúde dos trabalhadores e são poten-
ciais geradores de acidentes. Porém,
a Garoto não aceitou a proposta do
Sindicato alegando que o TPM já su-
pre as necessidades.
Infelizmente, os novos casos de
adoecimento e de acidentes indicam
que somente essa política não tem
sido suficiente para proteger a saúde
e a vida dos trabalhadores.
Pressão por produção é o que
provoca mais estresse
As atuais ferramentas que estão
sendo implementadas pela empre-
sa geram mais demandas de traba-
lho (controles, dossiês etc) e pressão
por resultados. A ordem principal é
garantir zero perdas e 100% de com-
prometimento. Para demonstrar esse
comprometimento e alcançar as me-
tas traçadas, muitos abrem mão da
própria segurança. Sob a estressante
cobrança por resultados, o acidente
é inevitável.
Uma verdadeira política de pre-
venção deve estar focada nas cau-
sas geradoras de acidentes, ou seja,
no que está presente no local de tra-
balho e que precisa ser modificado
para reduzir a chance de novas ocor-
rências. A ação da Garoto na maioria
dos casos tem sido tardia. As melho-
rias só acontecem após a ocorrência
dos acidentes.
Não somos somente crítica
Essa novela de jogar o lixo para debaixo do
tapete não é nova. A empresa culpa o tra-
balhador e não assume as próprias respon-
sabilidades sobre os acidentes.
O Sindicato recebeu a denúncia de vários trabalhadores
da Serdel que se queixam do autoritarismo de supervisora. Se-
gundo as denúncias, frequentemente a supervisão se dirige aos
trabalhadores de forma agressiva e desrespeitosa. Além disso,
recebemos queixas de que os trabalhadores somente recebem
seus contracheques no dia 10 de cada mês sem explicação ra-
zoável por parte da empresa.
Apesar de não representarmos legalmente os trabalhadores
da Serdel, o Sindicato abre espaço neste jornal para denunciar
tais situações porque práticas de assédio moral são intoleráveis.
Em toda a cadeia de produção da Garoto, queremos que as
relações de trabalho sejam pautadas pelo respeito à dignidade
do trabalhador.
Trabalhadores da Serdel denunciam assédio moral
Supervisor oprime trabalhadores da Utilidades
Mais uma vez o Sindialimentação recebe denúncias sobre a
postura autoritária de um dos supervisores do setor de Utilidades.
Os trabalhadores relatam que o supervisor convoca reuniões e,
de forma soberba, declara que só ele deverá falar e os demais
deverão ouvir. Ao cobrar rendimento dos trabalhadores, cada
frase vem acompanhada de uma ameaça de demissão. O su-
pervisor, segundo os relatos, age com constante desrespeito e
chega a se expressar de forma debochada com a categoria.
A exemplo do que já tem encaminhando em relação a ou-
tras denúncias, o Sindicato continuará acompanhando e co-
brando da empresa ações imediatas que inibam esse tipo de
prática absurda. Defendemos que é possível conseguir resulta-
dos com motivação e não com ameaças.
Da mesma maneira que denunciamos atitudes abusivas
de alguns supervisores, queremos neste espaço elogiar aqueles
que compreendem que a sua função é liderar respeitando as
potencialidades de cada trabalhador.
Sem dúvida, há dentro da empresa verdadeiros profissio-
nais que sabem cumprir suas funções com respeito à dignidade
dos trabalhadores. A esses supervisores, que para o Sindicato
são também trabalhadores, os nossos parabéns!
Parabéns a quem sabe ser líder
O Sin-
d i a l i m e n -
tação está
proceden-
do ao pa-
g a m e n t o
decorrente
de vitória ju-
dicial con-
tra a Chocolates Garoto. Toda
vez que não é possível chegar
a um acordo, o Sindicato pro-
move ações judiciais contra a
empresa, existindo centenas de
processos acompanhados pelo
departamento jurídico. Esse pro-
cesso, que está sendo pago, se
destaca pela grande quantida-
de de pessoas que foram favo-
recidas: 1461 pessoas.
Embora os valores decor-
rentes deste processo não se-
jam grandes comparados com
outras dívidas que as empresas
possuem, demonstra que o Sin-
dicato está atento para a defesa
dos direitos da categoria, favore-
çam um grande número de pesso-
as ou poucas pessoas. Os valores
foram liberados pela Justiça em
abril deste ano, e o Sindicato ime-
diatamente agilizou os pagamen-
tos, que devem ser concluídos ain-
da em maio.
No caso particular, a Cho-
colates Garoto, no ano de 1998,
enquanto não fechava o acordo
coletivo, modificou de forma uni-
lateral e autoritária o horário dos
trabalhadores. O Sindialimenta-
ção decidiu cobrar os prejuízos
causados, o que foi assegurado
pela Justiça.
Nós parabenizamos aos tra-
balhadores pela vitória, e reafirma
que todas as medidas que forem
cabíveis em defesa do trabalha-
dor sempre serão promovidas pelo
Departamento Jurídico.
Dr. Luis Fernando
Nogueira Moreira
Advogado do
Sindialimentação
Intervalo de almoço: Sindicato agiliza
pagamento de processo
Editorial
Neste mês comemoramos o Dia
do Trabalhador. Um momento
importante para refletirmos sobre
nossas lutas, nossas conquistas e
nossas necessidades para avan-
çarmos. De olho nelas, traçamos
nossos novos objetivos. Nossa di-
reção tem estado sempre atenta
aos anseios e demandas da cate-
goria. Durante o nosso Congres-
so, em dezembro de 2012, os tra-
balhadores definiram o plano de
ações que está orientando nossas
ações. De olho nas mudanças
do mundo do trabalho e demais
necessidades de trabalhadores e
suas famílias, a categoria levantou
importantes temas: integração
entre trabalhadores, geração de
emprego e renda, qualificação
profissional e saúde da família. A
partir daí, temos trabalhado e per-
seguido esses objetivos.
Para dar seguimento ao plano
decidido em Congresso, criamos
o Espaço Atitude. Tivemos a hon-
ra de fazer o seu lançamento na
comemoração pelo Dia dos Tra-
balhadores. O novo espaço irá
acolher os trabalhadores e suas
famílias. Iremos investir na realiza-
ção de cursos de qualificação e
geração de emprego e renda.
O turno da noite também levan-
tou a justa reivindicação de um
local mais próximo para facilitar
a participação nas assembleias e
eventos promovidos pelo Sindica-
to. O Espaço Atitude vai facilitar a
vida de quem tem pouco tempo
para participar, pois dependem
dos ônibus da empresa. Resolve-
mos ainda o problema da lei do
silêncio, que não permite uso de
som nos horários de entrada e saí-
da desse turno.
É com orgulho que entregamos
mais essa justa reivindicação de
nossa categoria, definida demo-
craticamente durante o Congres-
so. Parabéns a você trabalhador
e trabalhadora que participou ati-
vamente de mais essa conquista!
É tempo de avançarmos, é tem-
po de atitude!
INFORMATIVO DOS TRABALHADORES NAS
INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO DO ES
Estrada Jerônimo Monteiro, 1732 - Vila Velha - ES
Telefone: 3339-5027
E-mail: comunica.sindi@terra.com.br
COORDENADORA GERAL DO SINDICATO
Linda Morais
COORDENADOR DA SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO
Elifas Medeiros
EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO
Sylvia Ruth
ESTAGIÁRIA
Marina Denadai
Linda Morais
Coordenadora Geral
do Sindialimentação
É tempo de Atitude
“Eu estava até comentando: só o nosso Sindicato mesmo para
fazer uma coisa tão maravilhosa dessas”, comemora a trabalha-
dora Maria Lucia Costa, do Bola. Ela e outras 90 mães participaram
do curso de automaquiagem oferecido pelo Sindialimentação em
parceria com a CrediGaroto, Luzia Cabeleireiros e Mary Kay Cos-
méticos. O evento foi realizado no dia 9 de maio, no Espaço Atitu-
de.
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revelou os segredos da maquiagem para as mais diversas ocasiões.
“A iniciativa é maravilhosa, o Sindicato está cumprindo muito bem
o seu papel, trazendo o melhor para os trabalhadores da Garoto”.
Nos dias 1 e 2 de junho,
o Sindialimentação promo-
ve o Seminário do Acordo
Coletivo 2013/2015. O en-
contro será realizado em
Santa Izabel e tem o objeti-
vo de levantar as principais
reivindicações da catego-
ria que serão levada para a
mesa de negociação. Entre
elas, a discussão sobre a jor-
nada de trabalho.
As inscrições devem ser
realizadas na sede do Sindi-
cato, de 13 a 24 de maio.
Os trabalhadores sindica-
lizados não pagam. Fami-
liares e trabalhadores não
sindicalizados pagam R$
75. Crianças até cinco anos
não pagam e familiares en-
tre seis e 12 anos pagam
meia entrada.
Seminário discute pautas
para acordo coletivo
2013/2015
Curso de automaquiagem valoriza
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Denilda Soledad - Bola

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Ducoco 19 11 13
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Garoto produção terceirizada

  • 1. Informativo dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do ES - 10 de maio de 2013 - Distribuição: Garoto Mesmo com a volta do Surreal, o nosso Sindicato não parou com as inves- tigações sobre terceirização da nossa produção. Há fortes indícios (ainda não confirmados) de que a empresa estaria produzindo e/ou embalando produtos da Garoto em outras fábricas subcontra- tadas. O Sindialimentação está aprofun- dando o levantamento de dados para discutir com a empresa. Em reunião preli- minar, a empresa negou a terceirização da produção. Ela assumiu apenas a pro- dução especial de Serenata em forma- to de coração, que teria sido fabricado em pequena quantidade e fora daqui por razões operacionais. A diretoria do Sindicato segue com as investi- gações e irá debater o tema na próxima reunião. Veja no quadro ao lado os prová- veis locais que estariam fabricando produtos Garoto. Temos motivos para comemorar. Há uma semana foi retomada a produção do Surreal na fábrica, lugar de onde ja- mais deveria ter saído. O retorno da pro- dução foi cobrado pelo Sindicato na mesa de negociações com a empresa. O Sindialimentação deixou claro para a Garoto que não irá tolerar terceirização de nossa produção dentro ou fora da fá- brica. Com isso, a empresa anunciou o retorno DEFINITIVO da produção do Sur- real na Garoto. Essa é uma importante vitória para nossa categoria, pois o desvio da nossa produção para outras unidades coloca em risco os nossos postos de trabalho. Sindicato investiga novas denúncias de terceirizações • OLGBER – Caçapava (São Paulo) • J. Marino Ind. E Comércio S/A – Catanduva (São Paulo) • Manibom Produtos Alimentícios – Marília (São Paulo) • Chocolates Araucária – Campos do Jordão (São Paulo) Teria feito o ovo Talento da caixa quadrada • CEPAM – (São Paulo) Fez o Serenata em formato de coração • Nestlé Bahia – Feira de Santana (Bahia) Estaria embalando caixa sortidos 200g • Nestlé Caçapava Estaria embalando caixa sortidos 400g Compromisso assinado deve ser cumprido O Sindialimentação cobrou da empresa que honrasse os compromissos assinados com o Sindicato e com o CADE (Conselho de Administração Econômica) logo que a Nestlé assumiu a Garoto. O primeiro acordo foi um termo de com- promisso no qual a empresa garantia a manutenção dos empregos e postos de trabalho. O acordo foi assinado pela Nestlé diante da presidente do Sindialimentação, Linda Mo- rais e do então presidente da CUT Nacional, Luís Marinho. O segundo acordo assinado chama-se Acordo de Reversibili- dade, que a Nestlé assinou com o CADE. Nesse acordo, a empresa se compromete com os atuais níveis de emprego e também com a permanência da Garoto no Estado. Nosso Acordo é Lei! Mesmo que não houvesse os acordos assinados e cita- dos acima, ainda assim, há o Acordo Coletivo de nossa ca- tegoria que proíbe expressamente a terceirização da nos- sa produção. Foi com base nele que conseguimos fazer a empresa recuar de sua intenção de terceirizar a fabricação de ovos, que estavam sendo feitos na Indústria Tangará, na Darly Santos, assim que a Nestlé comprou a Garoto. Empresas investigadas por fabricarem produtos Garoto: Sindialimentação cobrou e a fabricação do bombom retornou para a Garoto. O objetivo é defender a manutenção dos empregos locais É real! volta para casa
  • 2. Luz, câmera... ação!neg Empresa divulga vídeo de segurança que responsabiliza trabalhador por acidentes Nesta semana, os trabalhadores foram surpreendidos com a apresen- tação de um vídeo dentro da em- presa. A gravação faz parte de uma proposta de treinamento da empresa sobre saúde e segurança. Ao invés de anunciar as novas medidas que a Ga- roto vai tomar para evitar novos ado- ecimentos e acidentes, ela apresenta um filme emocionalmente apelativo que atribui sutilmente ao trabalhador a culpa pelo “momento de distra- ção”. O vídeo alerta os trabalhado- res sobre a necessidade de cuidar da própria segurança. Nada contra produzir material educativo sobre saúde e segurança, mas não concordamos quando a em- presa transfere para os trabalhadores toda responsabilidade pela preven- ção de acidentes e não admite sua própria responsabilidade pelas condi- ções inseguras que existem nos locais de trabalho. Nossa direção repudia esse vídeo e solicitou que a veicula- ção dele seja suspensa. A diretoria do Sindialimentação solicitou que o vídeo que culpa o trabalhador pelos acidentes seja suspenso. Os motivos são fáceis de enumerar: Falhar é humano Todo mundo conhece o ditado popular milenar que diz que “errar é humano”. Se formos submetidos a uma jornada de trabalho extensa somada à constate pressão por metas e cobranças por qualquer parada no maquinário, as chan- ces de falharmos aumentam consideravelmente, por mais que sejamos experientes e treinados. Ninguém consegue manter-se concentrado nas 8 horas de trabalho do dia. Em algum instante, qualquer um se distrai. Você já deve ter se distraído ao ler este texto. ISSO É NORMAL. Por isso, as empre- sas devem proteger o maquinário para que ele seja à prova de distrações. Todo equipamento que ofereça riscos deve receber proteção coletiva. Assim, no momento que ocorrer a falha humana, não haverá acidente. Responsabilizar é desumano Culpar ou atribuir responsabilidade pela ocorrência de acidentes ou adoecimentos é que é uma atitude desu- mana. Se um trabalhador chega a sofrer um acidente ou adoece no local de trabalho é porque o local não oferece condições suficientes para preservar a saúde e a vida dos trabalhadores. Uma atitude correta seria admitir que há con- dições inseguras que precisam ser corrigidas. Prevenção depende de medidas gerenciais Estudos apontam que 99% das medidas para se evitar um acidente de trabalho são gerenciais. Pouco depende do trabalhador, pois ele não tem poder para, por exemplo, comprar e instalar sensores de proteção coletiva numa má- quina, enclausurar uma máquina com grande nível de ruído ou simplesmente colocar alertas no local de trabalho. Proteção coletiva evita acidentes Equipamentos de Proteção Co- letiva (EPC) são equipamentos utili- zados para proteção de segurança enquanto um grupo de pessoas rea- liza determinada tarefa. O EPC deve ser usado prioritariamente ao uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI). Por exemplo: um equipamen- to de enclausuramento acústico deve ser a pri- meira alternativa em um local onde há risco de ruído, por proteger o co- letivo. Somente quando a instalação desse equi- pamento não é possível, deve ser utilizado o pro- tetor auditivo como EPI, pois são de uso apenas individual. O Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Tra- balho (Diesat), dá outros exemplos de EPC: siste- mas de exaustão que eliminam gases, vapores ou poeiras contaminantes e comando bimanual, que mantém as mãos ocupadas, fora da zona de perigo, durante o ciclo de uma máquina. O vídeo não aborda em nenhum momento as falhas e responsabilidades da empresa na ocorrência de aciden- tes. O enfoque é todo e somente no trabalhador. O acidente da trabalhadora se deve à pressão para atin- gir as metas de produção. Falhar é humano. Responsabilizar é desumano. Os trabalhadores não têm poder para garantir sua segu- rança no local de trabalho. Esse poder é da empresa, que deve implementar medidas gerenciais concretas para este fim. 1 2 3 4
  • 3. Nosso sindicato não faz apenas críticas. Já levamos à Garoto propos- tas de ações concretas para mapear preventivamente os problemas que podem afetar e estão afetando a saúde dos trabalhadores e são poten- ciais geradores de acidentes. Porém, a Garoto não aceitou a proposta do Sindicato alegando que o TPM já su- pre as necessidades. Infelizmente, os novos casos de adoecimento e de acidentes indicam que somente essa política não tem sido suficiente para proteger a saúde e a vida dos trabalhadores. Pressão por produção é o que provoca mais estresse As atuais ferramentas que estão sendo implementadas pela empre- sa geram mais demandas de traba- lho (controles, dossiês etc) e pressão por resultados. A ordem principal é garantir zero perdas e 100% de com- prometimento. Para demonstrar esse comprometimento e alcançar as me- tas traçadas, muitos abrem mão da própria segurança. Sob a estressante cobrança por resultados, o acidente é inevitável. Uma verdadeira política de pre- venção deve estar focada nas cau- sas geradoras de acidentes, ou seja, no que está presente no local de tra- balho e que precisa ser modificado para reduzir a chance de novas ocor- rências. A ação da Garoto na maioria dos casos tem sido tardia. As melho- rias só acontecem após a ocorrência dos acidentes. Não somos somente crítica Essa novela de jogar o lixo para debaixo do tapete não é nova. A empresa culpa o tra- balhador e não assume as próprias respon- sabilidades sobre os acidentes. O Sindicato recebeu a denúncia de vários trabalhadores da Serdel que se queixam do autoritarismo de supervisora. Se- gundo as denúncias, frequentemente a supervisão se dirige aos trabalhadores de forma agressiva e desrespeitosa. Além disso, recebemos queixas de que os trabalhadores somente recebem seus contracheques no dia 10 de cada mês sem explicação ra- zoável por parte da empresa. Apesar de não representarmos legalmente os trabalhadores da Serdel, o Sindicato abre espaço neste jornal para denunciar tais situações porque práticas de assédio moral são intoleráveis. Em toda a cadeia de produção da Garoto, queremos que as relações de trabalho sejam pautadas pelo respeito à dignidade do trabalhador. Trabalhadores da Serdel denunciam assédio moral Supervisor oprime trabalhadores da Utilidades Mais uma vez o Sindialimentação recebe denúncias sobre a postura autoritária de um dos supervisores do setor de Utilidades. Os trabalhadores relatam que o supervisor convoca reuniões e, de forma soberba, declara que só ele deverá falar e os demais deverão ouvir. Ao cobrar rendimento dos trabalhadores, cada frase vem acompanhada de uma ameaça de demissão. O su- pervisor, segundo os relatos, age com constante desrespeito e chega a se expressar de forma debochada com a categoria. A exemplo do que já tem encaminhando em relação a ou- tras denúncias, o Sindicato continuará acompanhando e co- brando da empresa ações imediatas que inibam esse tipo de prática absurda. Defendemos que é possível conseguir resulta- dos com motivação e não com ameaças. Da mesma maneira que denunciamos atitudes abusivas de alguns supervisores, queremos neste espaço elogiar aqueles que compreendem que a sua função é liderar respeitando as potencialidades de cada trabalhador. Sem dúvida, há dentro da empresa verdadeiros profissio- nais que sabem cumprir suas funções com respeito à dignidade dos trabalhadores. A esses supervisores, que para o Sindicato são também trabalhadores, os nossos parabéns! Parabéns a quem sabe ser líder O Sin- d i a l i m e n - tação está proceden- do ao pa- g a m e n t o decorrente de vitória ju- dicial con- tra a Chocolates Garoto. Toda vez que não é possível chegar a um acordo, o Sindicato pro- move ações judiciais contra a empresa, existindo centenas de processos acompanhados pelo departamento jurídico. Esse pro- cesso, que está sendo pago, se destaca pela grande quantida- de de pessoas que foram favo- recidas: 1461 pessoas. Embora os valores decor- rentes deste processo não se- jam grandes comparados com outras dívidas que as empresas possuem, demonstra que o Sin- dicato está atento para a defesa dos direitos da categoria, favore- çam um grande número de pesso- as ou poucas pessoas. Os valores foram liberados pela Justiça em abril deste ano, e o Sindicato ime- diatamente agilizou os pagamen- tos, que devem ser concluídos ain- da em maio. No caso particular, a Cho- colates Garoto, no ano de 1998, enquanto não fechava o acordo coletivo, modificou de forma uni- lateral e autoritária o horário dos trabalhadores. O Sindialimenta- ção decidiu cobrar os prejuízos causados, o que foi assegurado pela Justiça. Nós parabenizamos aos tra- balhadores pela vitória, e reafirma que todas as medidas que forem cabíveis em defesa do trabalha- dor sempre serão promovidas pelo Departamento Jurídico. Dr. Luis Fernando Nogueira Moreira Advogado do Sindialimentação Intervalo de almoço: Sindicato agiliza pagamento de processo
  • 4. Editorial Neste mês comemoramos o Dia do Trabalhador. Um momento importante para refletirmos sobre nossas lutas, nossas conquistas e nossas necessidades para avan- çarmos. De olho nelas, traçamos nossos novos objetivos. Nossa di- reção tem estado sempre atenta aos anseios e demandas da cate- goria. Durante o nosso Congres- so, em dezembro de 2012, os tra- balhadores definiram o plano de ações que está orientando nossas ações. De olho nas mudanças do mundo do trabalho e demais necessidades de trabalhadores e suas famílias, a categoria levantou importantes temas: integração entre trabalhadores, geração de emprego e renda, qualificação profissional e saúde da família. A partir daí, temos trabalhado e per- seguido esses objetivos. Para dar seguimento ao plano decidido em Congresso, criamos o Espaço Atitude. Tivemos a hon- ra de fazer o seu lançamento na comemoração pelo Dia dos Tra- balhadores. O novo espaço irá acolher os trabalhadores e suas famílias. Iremos investir na realiza- ção de cursos de qualificação e geração de emprego e renda. O turno da noite também levan- tou a justa reivindicação de um local mais próximo para facilitar a participação nas assembleias e eventos promovidos pelo Sindica- to. O Espaço Atitude vai facilitar a vida de quem tem pouco tempo para participar, pois dependem dos ônibus da empresa. Resolve- mos ainda o problema da lei do silêncio, que não permite uso de som nos horários de entrada e saí- da desse turno. É com orgulho que entregamos mais essa justa reivindicação de nossa categoria, definida demo- craticamente durante o Congres- so. Parabéns a você trabalhador e trabalhadora que participou ati- vamente de mais essa conquista! É tempo de avançarmos, é tem- po de atitude! INFORMATIVO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO DO ES Estrada Jerônimo Monteiro, 1732 - Vila Velha - ES Telefone: 3339-5027 E-mail: comunica.sindi@terra.com.br COORDENADORA GERAL DO SINDICATO Linda Morais COORDENADOR DA SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO Elifas Medeiros EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Sylvia Ruth ESTAGIÁRIA Marina Denadai Linda Morais Coordenadora Geral do Sindialimentação É tempo de Atitude “Eu estava até comentando: só o nosso Sindicato mesmo para fazer uma coisa tão maravilhosa dessas”, comemora a trabalha- dora Maria Lucia Costa, do Bola. Ela e outras 90 mães participaram do curso de automaquiagem oferecido pelo Sindialimentação em parceria com a CrediGaroto, Luzia Cabeleireiros e Mary Kay Cos- méticos. O evento foi realizado no dia 9 de maio, no Espaço Atitu- de. A aula ministrada pela diretora da Mary Kay, Renata Felício, revelou os segredos da maquiagem para as mais diversas ocasiões. “A iniciativa é maravilhosa, o Sindicato está cumprindo muito bem o seu papel, trazendo o melhor para os trabalhadores da Garoto”. Nos dias 1 e 2 de junho, o Sindialimentação promo- ve o Seminário do Acordo Coletivo 2013/2015. O en- contro será realizado em Santa Izabel e tem o objeti- vo de levantar as principais reivindicações da catego- ria que serão levada para a mesa de negociação. Entre elas, a discussão sobre a jor- nada de trabalho. As inscrições devem ser realizadas na sede do Sindi- cato, de 13 a 24 de maio. Os trabalhadores sindica- lizados não pagam. Fami- liares e trabalhadores não sindicalizados pagam R$ 75. Crianças até cinco anos não pagam e familiares en- tre seis e 12 anos pagam meia entrada. Seminário discute pautas para acordo coletivo 2013/2015 Curso de automaquiagem valoriza autoestima das mães trabalhadoras Eu aprendi que posso ficar bonita o dia todo. Senti que tenho o poder de resplandecer de um jeito simples. Denilda Soledad - Bola