SlideShare a Scribd company logo
1 of 16
Download to read offline
Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha
nasceu em 1866, em Cantagalo, no Rio
de Janeiro.
Em 1897 trabalhou para o jornal
O Estado de São Paulo e foi enviado à
Bahia para cobrir a Revolta de Canudos.
Dessa experiência resultou o livro “Os
Sertões”, publicado em 1902, que
explodiu no meio literário. Em 1909 o
escritor foi assassinado no Rj em
questões envolvendo sua esposa Anna
de Assis e seu amante.


Embora apresente uma visão de mundo
profundamente determinista, cientificista
e naturalista, Euclides da Cunha é um prémodernista pela denúncia que fez da
realidade brasileira. Ele trouxe à luz,
através de “Os Sertões” pela primeira vez,
de forma literária, as verdadeiras
condições de vida do Nordeste brasileiro.
Ele apresentou um país diferente: o
sertanejo, a sub-raça do sertão, que se
opõe aos heróis românticos (Peri e
Iracema, por exemplo).


Euclides considerava que a ciência deveria ser empregada
a serviço da literatura. Por isso sua obra apresenta a
singularidade especial de estar situada entre o ensaio, a
narração e a poesia. Apresenta ensaio científico, ensaio
sociológico, relato histórico, reportagem de guerra, texto
de denúncia social, narrativa cheia de passagens líricas. É
impossível de ser enquadrada em um único gênero
literário.



O estilo é barroco no sentido de uma linguagem
ornamental: excesso vocabular, léxico elevado, antíteses,
paradoxos, inversão direta das frases, metáforas, e jogo
binário entre períodos extensos e curtos para dar a
impressão da dualidade do nordeste (dias quente e noites
frias).


Em sua abordagem, a Campanha de
canudos tornou-se símbolo dos erros
cometidos pela república, ao avaliar, de
forma equivocada, os problemas nacionais
–a revolta no sertão baiano foi
considerada um foco monarquista que
colocava em risco a república. Os
sertanejos eram retrógados, mas não
degenerados. Seu monarquismo não
passava de uma ilusão soldadesca,
alimentada por jornalistas e políticos, e
pelo próprio autor republicano então. Na
verdade, os guerrilheiros de canudos eram
uns pobres diabos, filhos da ignorância e
das crendices de uma civilização parada
no tempo há três séculos. Precisavam de
professores e não de tiros de canhão.



Obedecendo a um esquema determinista,
em seu livro, Euclides divide o sertão em
três partes: a terra, o homem e a luta.


Abre com uma descrição panorâmica do planalto
brasileiro. Ali, Antônio Conselheiro se instalaria com seus
seguidores na aldeia abandonada de Canudos. Ele descreve
a terra calcinada, os tipos de rocha que a compõe, a
vegetação espinhenta, a caatinga, o solo pedregoso, as
luzes do dia que ofuscam e cegam e a impressão de
imobilidade que o viajante tem por causa da repetição
monótona da paisagem.


A presença da antítese manifesta-se no contraste
entre a secura geral da paisagem e dos invernos de
chuvas torrenciais, entre os dias estoricantes e as
noites frias, entre a face ora selvagem , ora poética
daquela terra deserta. A descrição do ambiente
obedece a necessidade de construir um cenário
inóspito e dilacerado, que justificasse a emergência
da civilização arcaica e rústica que se produziria
naquelas condições naturais.


Euclides fala da formação
racial do sertanejo e dos males
da mestiçagem.“de sorte que o
mestiço – traço da união entre
as raças, breve existência
individual
em
que
se
comprimem esforços seculares
é quase sempre um
desequilibrado.”



Apesar disso, ele julga que
ao contrário dos mestiços
urbanos, o sertanejo do
interior era mais forte por não
ter as aberrações e os vícios da
civilização
moderna.“O
sertanejo é, antes de tudo, um
forte. Não tem o raquitismo
exaustivo
dos
mestiços
neurastênicos do litoral. “


Através da antítese, Euclides
estabelece uma comparação entre o
sertanejo e o gaúcho. Este é mostrado
em correrias a cavalo pela planície,
com suas roupas coloridas, seu gosto
explícito pela vida, tendo o trabalho
como diversão. Aventureiro, valente,
desconhece a miséria e a luta contra a
terra árida. O sertanejo, no entanto,
apesar de todas as adversidades (e por
isso mesmo) é mais tenaz e resistente
que o gaúcho, “mais perigoso, mais
forte, mais duro.” Está acostumado a
confrontos obscuros e longos, sem a
teatralidade heróica dos gaúchos.
“Calcula friamente o pugilato.” É
capaz de recuar e esperar o seu
inimigo “Oculto no sombreado das
tocaias, dominado por um ódio
inextinguível...” ao contrário do
gaúcho.




Euclides também descreve, neste
capítulo, a aproximação e a chegada
da seca. As tentativas místicas dos
habitantes do sertão em prevê–la.
Com a chegada da seca o sertanejo
apela para a religiosidade, depois
busca pedaços de mandacarus e talas
de bromélias. Por fim, quando não há
mais possibilidade de resistência, o
sertanejo torna-se um retirante. Basta
o flagelo terminar e ele volta
revigorado,
esquecido
dos
infortúnios.
As dificuldades do meio
intensificam o misticismo e o
sobrenatural, que regem a vida
cotidiana no sertão. Um mundo de
profetas e iluminados, que no litoral
seriam considerados loucos, mas ali,
naquela civilização imobilizada na
história, eram os líderes naturais,
expressando
os
valores
da
comunidade. O chefe dos fanáticos é
um
personagem-síntese
da
religiosidade que gera o banditismo
social.


Antônio conselheiro já era idolatrado pelo povo há
mais de 20 anos. Em suas peregrinações deixou para
trás um conjunto de obras feitas em mutirão: capelas,
cemitérios a até mesmo arraiais haviam surgido fruto
de sua ação incansável. Sua fama de santo se espalhou,
mas era visto com desconfiança e medo nas capitais.


Inicia se a luta por um
incidente trivial. Antônio
Conselheiro
encomenda
madeira
para
uma
construção com um juiz de
Juazeiro que lhe devia um
favor. Quando o juiz
descumpre a encomenda, o
Conselheiro
ameaça
arrancar a madeira das casas
de Juazeiro.Então, o juiz
aproveita a oportunidade
para convencer um general a
enviar 100 soldados para
irem ao encontro dos
bandidos e supostamente
evitar que eles invadissem a
cidade.


Os 100 soldados marcharam a partir do
dia 12, 200 quilômetros sem recursos em
um meio hostil de sol abrasador rumo a
Canudos. No dia 19, a tropa exausta parou
em Uauá, onde, durante a madrugada do
dia 21 se travou a primeira batalha.
Enquanto os soldados dormiam os
fanáticos atacaram rezando e cantando,
trazendo uma cruz e imagens de santos. O
combate durou 4 horas sem qualquer
ordenação tática. As baixas do governo
foram 10 mortos, as dos jagunços, 150. Os
sertanejos bateram em retirada e não
foram perseguidos devido ao cansaço dos
soldados.



O meio é o principal aliado do
sertanejo: as caatingas não o escondem
apenas, amparam – no”. O jagunço se
emocionava com as rezas e cânticos e os
métodos clássicos de combate do exército
não funcionavam.Resistiam a sede e a
fome e atacavam os soldados em ondas
quase suicidas impedindo por vários dias,
a invasão de Canudos.


Os sertanejos eram submetidos a um interrogatório
e depois degolados. “Os soldados impunham à
vítima um viva à República, que poucas vezes era
satisfeito, como prólogo invariável de uma cena
cruel. Agarravam – na pelos cabelos, esgargalhandolhe o pescoço; e francamente exposta a garganta,
degolavam-na.”



Quando a resistência do arraial se concentrava
apenas em algumas poucas centenas de casebres, dos
5.200 que havia, o Alto Comando passou a explodilos com seus moradores.


Os jagunços se entregam após a guerra de três meses,
mas eram apenas um bando de trinta mulheres, velhos e
crianças, diante de 5.000 soldados.
Os combatentes
contemplavam entristecidos. “Contemplando-lhes os
rostos baços, os arcabouços esmirrados e sujos, cujos
molambos em tiras não encobriam lanhos, escaras e
escalavros – a vitória tão longamente apetecida decaía de
súbito. Repugnava aquele triunfo. Envergonhava.”


O corpo de Antônio
conselheiro- que morrera de
morte natural quinze dias antes
– foi exumado e fotografado.
Sua cabeça decepada foi levada
como prova da vitória final da
civilização litorânea.



Euclides da Cunha aponta
para a possibilidade de que,
naquele crânio – conforme os
preceitos da ciência da época –
estivessem as “linhas essenciais
do crime e da loucura”.
Contudo, a sua imprecação final
é contra um crime muito maior
que fora a campanha de
extermínio de canudos, um
crime da nacionalidade.



O livro de Euclides é um livro
vingador, acusa o exército e toda
a civilização litorânea das
atrocidades cometidas.
Simone Becker
Disciplina de Literatura Brasileira
10/06/11
BiBliografia:
Os Sertões – Euclides da Cunha – Editora
Ediouro
Gramática e Literatura – Ernani Terra e José
de Nicola- Editora Scipione
Leituras Obrigatórias FFCMPA 2007/2008 –
João Armando Nicotti, Flávio Azevedo, Sérgio
Fischer, Eduardo Wolf, Pedro Gonzaga, Altair
Martins. Voltaire Schilling, Sergius Gonzaga
-Editora Leitura XXI.








More Related Content

What's hot

Euclides da cunha
Euclides da cunhaEuclides da cunha
Euclides da cunhallegiordano
 
Euclides da cunha
Euclides da cunhaEuclides da cunha
Euclides da cunhasuzy byllu
 
Os sertões de Euclides da Cunha
Os sertões de Euclides da CunhaOs sertões de Euclides da Cunha
Os sertões de Euclides da CunhaIsepro
 
Conotação e denotação
Conotação e denotaçãoConotação e denotação
Conotação e denotaçãocepmaio
 
Atividades de leitura e interpretação de textos profª clarice
Atividades de leitura e interpretação de textos   profª clariceAtividades de leitura e interpretação de textos   profª clarice
Atividades de leitura e interpretação de textos profª clariceClarice Escouto Santos
 
Questões sobre triste fim de policarpo quaresma
Questões sobre triste fim de policarpo quaresmaQuestões sobre triste fim de policarpo quaresma
Questões sobre triste fim de policarpo quaresmama.no.el.ne.ves
 
O Gênero Literário Ficção Científica
O Gênero Literário Ficção CientíficaO Gênero Literário Ficção Científica
O Gênero Literário Ficção CientíficaKathy Vasconcellos
 
Exemplos de textos dissertativo argumentativos
Exemplos de textos dissertativo argumentativosExemplos de textos dissertativo argumentativos
Exemplos de textos dissertativo argumentativosmundograduado
 
LÍNGUA PORTUGUESA | 1ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LP02) D15
LÍNGUA PORTUGUESA | 1ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LP02) D15LÍNGUA PORTUGUESA | 1ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LP02) D15
LÍNGUA PORTUGUESA | 1ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LP02) D15GernciadeProduodeMat
 
Análise de natal na barca
Análise de natal na barcaAnálise de natal na barca
Análise de natal na barcama.no.el.ne.ves
 
Realismo e naturalismo resumo
Realismo e naturalismo   resumoRealismo e naturalismo   resumo
Realismo e naturalismo resumoVilmar Vilaça
 
ARGUMENTAÇÃO - Enem (Competência 3)
ARGUMENTAÇÃO - Enem (Competência 3)ARGUMENTAÇÃO - Enem (Competência 3)
ARGUMENTAÇÃO - Enem (Competência 3)Cynthia Funchal
 
Modernismo Brasileiro (1ª fase)
Modernismo Brasileiro (1ª fase)Modernismo Brasileiro (1ª fase)
Modernismo Brasileiro (1ª fase)Blog Estudo
 
Análise do conto Um Apólogo
Análise do conto Um ApólogoAnálise do conto Um Apólogo
Análise do conto Um ApólogoAna Polo
 
Antônio gonçalves dias power point para apresentar
Antônio gonçalves dias power point para apresentarAntônio gonçalves dias power point para apresentar
Antônio gonçalves dias power point para apresentarMari Abreu
 

What's hot (20)

Euclides da cunha
Euclides da cunhaEuclides da cunha
Euclides da cunha
 
Euclides da cunha
Euclides da cunhaEuclides da cunha
Euclides da cunha
 
Os sertões de Euclides da Cunha
Os sertões de Euclides da CunhaOs sertões de Euclides da Cunha
Os sertões de Euclides da Cunha
 
Conotação e denotação
Conotação e denotaçãoConotação e denotação
Conotação e denotação
 
Atividades de leitura e interpretação de textos profª clarice
Atividades de leitura e interpretação de textos   profª clariceAtividades de leitura e interpretação de textos   profª clarice
Atividades de leitura e interpretação de textos profª clarice
 
O que é o Senso Comum?
O que é o Senso Comum?O que é o Senso Comum?
O que é o Senso Comum?
 
O alienista
O alienistaO alienista
O alienista
 
Questões sobre triste fim de policarpo quaresma
Questões sobre triste fim de policarpo quaresmaQuestões sobre triste fim de policarpo quaresma
Questões sobre triste fim de policarpo quaresma
 
O Gênero Literário Ficção Científica
O Gênero Literário Ficção CientíficaO Gênero Literário Ficção Científica
O Gênero Literário Ficção Científica
 
Sinopse livros e filmes
Sinopse livros e filmesSinopse livros e filmes
Sinopse livros e filmes
 
Natal Na Barca
Natal Na BarcaNatal Na Barca
Natal Na Barca
 
Exemplos de textos dissertativo argumentativos
Exemplos de textos dissertativo argumentativosExemplos de textos dissertativo argumentativos
Exemplos de textos dissertativo argumentativos
 
LÍNGUA PORTUGUESA | 1ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LP02) D15
LÍNGUA PORTUGUESA | 1ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LP02) D15LÍNGUA PORTUGUESA | 1ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LP02) D15
LÍNGUA PORTUGUESA | 1ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LP02) D15
 
Análise de natal na barca
Análise de natal na barcaAnálise de natal na barca
Análise de natal na barca
 
Realismo e naturalismo resumo
Realismo e naturalismo   resumoRealismo e naturalismo   resumo
Realismo e naturalismo resumo
 
ARGUMENTAÇÃO - Enem (Competência 3)
ARGUMENTAÇÃO - Enem (Competência 3)ARGUMENTAÇÃO - Enem (Competência 3)
ARGUMENTAÇÃO - Enem (Competência 3)
 
Machado de Assis
Machado de AssisMachado de Assis
Machado de Assis
 
Modernismo Brasileiro (1ª fase)
Modernismo Brasileiro (1ª fase)Modernismo Brasileiro (1ª fase)
Modernismo Brasileiro (1ª fase)
 
Análise do conto Um Apólogo
Análise do conto Um ApólogoAnálise do conto Um Apólogo
Análise do conto Um Apólogo
 
Antônio gonçalves dias power point para apresentar
Antônio gonçalves dias power point para apresentarAntônio gonçalves dias power point para apresentar
Antônio gonçalves dias power point para apresentar
 

Viewers also liked

Trabalho de Literatura - Os Sertões e Euclides da Cunha
Trabalho de Literatura - Os Sertões e Euclides da CunhaTrabalho de Literatura - Os Sertões e Euclides da Cunha
Trabalho de Literatura - Os Sertões e Euclides da CunhaHarize Rose
 
Euclides da cunha - Ana frenhe
Euclides da cunha - Ana frenheEuclides da cunha - Ana frenhe
Euclides da cunha - Ana frenhellegiordano
 
Pré-Modernismo (Introdução) e Euclides da Cunha
Pré-Modernismo (Introdução) e Euclides da CunhaPré-Modernismo (Introdução) e Euclides da Cunha
Pré-Modernismo (Introdução) e Euclides da CunhaJosé Ricardo Lima
 
Os sertões euclides_da_cunha
Os sertões euclides_da_cunhaOs sertões euclides_da_cunha
Os sertões euclides_da_cunhaLucio Braga
 
Euclides da cunha, monteiro lobato, augusto dos anjos e lima barreto
Euclides da cunha, monteiro lobato, augusto dos anjos e lima barretoEuclides da cunha, monteiro lobato, augusto dos anjos e lima barreto
Euclides da cunha, monteiro lobato, augusto dos anjos e lima barretoMarcílio Marinho
 
EUCLIDES DA CUNHA. Os Sertões
EUCLIDES DA CUNHA. Os SertõesEUCLIDES DA CUNHA. Os Sertões
EUCLIDES DA CUNHA. Os SertõesNathana Costantin
 
MODERNISMO - EUCLIDES DA CUNHA
MODERNISMO - EUCLIDES DA CUNHAMODERNISMO - EUCLIDES DA CUNHA
MODERNISMO - EUCLIDES DA CUNHASthefanie Vieira
 
Euclides da Cunha mostra que Paulo Souto realiza pra valer
Euclides da Cunha mostra que Paulo Souto realiza pra valerEuclides da Cunha mostra que Paulo Souto realiza pra valer
Euclides da Cunha mostra que Paulo Souto realiza pra valerPaulo Souto 25
 
vidas secas e os sertões
vidas secas e os sertõesvidas secas e os sertões
vidas secas e os sertõesdoidamaisfeliz
 
Calendários de atividades letivas finais
Calendários de atividades letivas finaisCalendários de atividades letivas finais
Calendários de atividades letivas finaisEOBlog
 
O Pensamento Político Brasileiro - Vol.5 - Euclides da Cunha
O Pensamento Político Brasileiro - Vol.5 - Euclides da CunhaO Pensamento Político Brasileiro - Vol.5 - Euclides da Cunha
O Pensamento Político Brasileiro - Vol.5 - Euclides da CunhaFUGRS
 
Tecnicas jornalismo literario
Tecnicas jornalismo literarioTecnicas jornalismo literario
Tecnicas jornalismo literarioaulasdejornalismo
 
Pre Modernismo by trabalho da hora
Pre Modernismo by trabalho da horaPre Modernismo by trabalho da hora
Pre Modernismo by trabalho da horaDouglas Maga
 
Sobre A ProfissãO De Jornalista
Sobre A ProfissãO De JornalistaSobre A ProfissãO De Jornalista
Sobre A ProfissãO De JornalistaManuel Pinto
 

Viewers also liked (19)

Trabalho de Literatura - Os Sertões e Euclides da Cunha
Trabalho de Literatura - Os Sertões e Euclides da CunhaTrabalho de Literatura - Os Sertões e Euclides da Cunha
Trabalho de Literatura - Os Sertões e Euclides da Cunha
 
Euclides da cunha - Ana frenhe
Euclides da cunha - Ana frenheEuclides da cunha - Ana frenhe
Euclides da cunha - Ana frenhe
 
Pré-Modernismo (Introdução) e Euclides da Cunha
Pré-Modernismo (Introdução) e Euclides da CunhaPré-Modernismo (Introdução) e Euclides da Cunha
Pré-Modernismo (Introdução) e Euclides da Cunha
 
Os sertões euclides_da_cunha
Os sertões euclides_da_cunhaOs sertões euclides_da_cunha
Os sertões euclides_da_cunha
 
Euclides da cunha, monteiro lobato, augusto dos anjos e lima barreto
Euclides da cunha, monteiro lobato, augusto dos anjos e lima barretoEuclides da cunha, monteiro lobato, augusto dos anjos e lima barreto
Euclides da cunha, monteiro lobato, augusto dos anjos e lima barreto
 
EUCLIDES DA CUNHA. Os Sertões
EUCLIDES DA CUNHA. Os SertõesEUCLIDES DA CUNHA. Os Sertões
EUCLIDES DA CUNHA. Os Sertões
 
MODERNISMO - EUCLIDES DA CUNHA
MODERNISMO - EUCLIDES DA CUNHAMODERNISMO - EUCLIDES DA CUNHA
MODERNISMO - EUCLIDES DA CUNHA
 
Euclides da Cunha mostra que Paulo Souto realiza pra valer
Euclides da Cunha mostra que Paulo Souto realiza pra valerEuclides da Cunha mostra que Paulo Souto realiza pra valer
Euclides da Cunha mostra que Paulo Souto realiza pra valer
 
vidas secas e os sertões
vidas secas e os sertõesvidas secas e os sertões
vidas secas e os sertões
 
Calendários de atividades letivas finais
Calendários de atividades letivas finaisCalendários de atividades letivas finais
Calendários de atividades letivas finais
 
jornalismo literário
jornalismo literáriojornalismo literário
jornalismo literário
 
Canudos
CanudosCanudos
Canudos
 
Jornalismo literário slide
Jornalismo literário slideJornalismo literário slide
Jornalismo literário slide
 
O Pensamento Político Brasileiro - Vol.5 - Euclides da Cunha
O Pensamento Político Brasileiro - Vol.5 - Euclides da CunhaO Pensamento Político Brasileiro - Vol.5 - Euclides da Cunha
O Pensamento Político Brasileiro - Vol.5 - Euclides da Cunha
 
t
tt
t
 
Tecnicas jornalismo literario
Tecnicas jornalismo literarioTecnicas jornalismo literario
Tecnicas jornalismo literario
 
Pre Modernismo by trabalho da hora
Pre Modernismo by trabalho da horaPre Modernismo by trabalho da hora
Pre Modernismo by trabalho da hora
 
Sobre A ProfissãO De Jornalista
Sobre A ProfissãO De JornalistaSobre A ProfissãO De Jornalista
Sobre A ProfissãO De Jornalista
 
História do jornalismo
História do jornalismoHistória do jornalismo
História do jornalismo
 

Similar to Euclides da cunha

Pré modernismo
Pré modernismoPré modernismo
Pré modernismoensbc
 
Portugues - PRÉ-MODERNISMO. LICEU CUIABANO 3ºC
Portugues - PRÉ-MODERNISMO. LICEU CUIABANO 3ºCPortugues - PRÉ-MODERNISMO. LICEU CUIABANO 3ºC
Portugues - PRÉ-MODERNISMO. LICEU CUIABANO 3ºCliceuterceiroc
 
Os sertões,Euclides da cunha, formalismo.pptx
Os sertões,Euclides da cunha, formalismo.pptxOs sertões,Euclides da cunha, formalismo.pptx
Os sertões,Euclides da cunha, formalismo.pptxalmeidaluana280
 
[SLIDES] Aula 19 - Pré-modernismo.pptx
[SLIDES] Aula 19 - Pré-modernismo.pptx[SLIDES] Aula 19 - Pré-modernismo.pptx
[SLIDES] Aula 19 - Pré-modernismo.pptxGabrielLessa19
 
Pré-modernismo - Parte 1.ppt
Pré-modernismo - Parte 1.pptPré-modernismo - Parte 1.ppt
Pré-modernismo - Parte 1.pptValdenirSilva15
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESpatriciasofiacunha18
 
Pré modernismo – aula 01
Pré modernismo – aula 01Pré modernismo – aula 01
Pré modernismo – aula 01Ewerton Gindri
 
Exercícios especiais literatura 2
Exercícios especiais literatura 2Exercícios especiais literatura 2
Exercícios especiais literatura 2Sergio Proença
 

Similar to Euclides da cunha (20)

Pré modernismo
Pré modernismoPré modernismo
Pré modernismo
 
Portugues - PRÉ-MODERNISMO. LICEU CUIABANO 3ºC
Portugues - PRÉ-MODERNISMO. LICEU CUIABANO 3ºCPortugues - PRÉ-MODERNISMO. LICEU CUIABANO 3ºC
Portugues - PRÉ-MODERNISMO. LICEU CUIABANO 3ºC
 
Os sertões
Os sertõesOs sertões
Os sertões
 
Os sertões,Euclides da cunha, formalismo.pptx
Os sertões,Euclides da cunha, formalismo.pptxOs sertões,Euclides da cunha, formalismo.pptx
Os sertões,Euclides da cunha, formalismo.pptx
 
Pre modernismo.lima&euclides
Pre modernismo.lima&euclidesPre modernismo.lima&euclides
Pre modernismo.lima&euclides
 
O pre modernismo
O pre modernismoO pre modernismo
O pre modernismo
 
PRÉ-MODERNISMO.pptx
PRÉ-MODERNISMO.pptxPRÉ-MODERNISMO.pptx
PRÉ-MODERNISMO.pptx
 
PRE-MODERNISMO.pptx
PRE-MODERNISMO.pptxPRE-MODERNISMO.pptx
PRE-MODERNISMO.pptx
 
PRE-MODERNISMO.pptx
PRE-MODERNISMO.pptxPRE-MODERNISMO.pptx
PRE-MODERNISMO.pptx
 
[SLIDES] Aula 19 - Pré-modernismo.pptx
[SLIDES] Aula 19 - Pré-modernismo.pptx[SLIDES] Aula 19 - Pré-modernismo.pptx
[SLIDES] Aula 19 - Pré-modernismo.pptx
 
Pre modernismo
Pre modernismoPre modernismo
Pre modernismo
 
Pré-modernismo - Parte 1.ppt
Pré-modernismo - Parte 1.pptPré-modernismo - Parte 1.ppt
Pré-modernismo - Parte 1.ppt
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
 
Pré modernismo – aula 01
Pré modernismo – aula 01Pré modernismo – aula 01
Pré modernismo – aula 01
 
pré-modernismo_sâmia.pptx
pré-modernismo_sâmia.pptxpré-modernismo_sâmia.pptx
pré-modernismo_sâmia.pptx
 
Romance regionalista
Romance regionalistaRomance regionalista
Romance regionalista
 
Exercícios especiais literatura 2
Exercícios especiais literatura 2Exercícios especiais literatura 2
Exercícios especiais literatura 2
 
10 livros essenciais
10 livros essenciais10 livros essenciais
10 livros essenciais
 
Pré modernismo 3º ano
Pré modernismo 3º anoPré modernismo 3º ano
Pré modernismo 3º ano
 
Antônio conselheiro
Antônio conselheiroAntônio conselheiro
Antônio conselheiro
 

More from Simone Becker

O uso da internet na educação - tradução on line
O uso da internet na educação -  tradução on lineO uso da internet na educação -  tradução on line
O uso da internet na educação - tradução on lineSimone Becker
 
Educação como exercício do poder.
Educação como exercício do poder.Educação como exercício do poder.
Educação como exercício do poder.Simone Becker
 
Little red ridinghood
Little red ridinghoodLittle red ridinghood
Little red ridinghoodSimone Becker
 

More from Simone Becker (7)

Establishing Rapport
 Establishing Rapport    Establishing Rapport
Establishing Rapport
 
O uso da internet na educação - tradução on line
O uso da internet na educação -  tradução on lineO uso da internet na educação -  tradução on line
O uso da internet na educação - tradução on line
 
Educação como exercício do poder.
Educação como exercício do poder.Educação como exercício do poder.
Educação como exercício do poder.
 
Little red ridinghood
Little red ridinghoodLittle red ridinghood
Little red ridinghood
 
Línguas do Brasil
Línguas do Brasil  Línguas do Brasil
Línguas do Brasil
 
Dare day ppt
Dare day pptDare day ppt
Dare day ppt
 
Meditation
MeditationMeditation
Meditation
 

Recently uploaded

Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptxpamelacastro71
 
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptTREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptAlineSilvaPotuk
 
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxFree-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxkarinasantiago54
 
AULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptx
AULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptxAULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptx
AULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptxGislaineDuresCruz
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxacaciocarmo1
 
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZA
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZAAVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZA
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZAEdioFnaf
 
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptx
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptxOrientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptx
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptxJMTCS
 
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdfTIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdfmarialuciadasilva17
 
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptxErivaldoLima15
 
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdf
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdfLinguagem verbal , não verbal e mista.pdf
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdfLaseVasconcelos1
 
parte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
parte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzparte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
parte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzAlexandrePereira818171
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdfDemetrio Ccesa Rayme
 
Revolução Industrial - Revolução Industrial .pptx
Revolução Industrial - Revolução Industrial .pptxRevolução Industrial - Revolução Industrial .pptx
Revolução Industrial - Revolução Industrial .pptxHlioMachado1
 
A população Brasileira e diferença de populoso e povoado
A população Brasileira e diferença de populoso e povoadoA população Brasileira e diferença de populoso e povoado
A população Brasileira e diferença de populoso e povoadodanieligomes4
 
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAs Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAlexandreFrana33
 
EVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptx
EVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptxEVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptx
EVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptxHenriqueLuciano2
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxDeyvidBriel
 
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024GleyceMoreiraXWeslle
 
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoGametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoCelianeOliveira8
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 

Recently uploaded (20)

Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
 
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptTREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
 
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxFree-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
 
AULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptx
AULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptxAULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptx
AULA-06---DIZIMA-PERIODICA_9fdc896dbd1d4cce85a9fbd2e670e62f.pptx
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
 
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZA
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZAAVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZA
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZA
 
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptx
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptxOrientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptx
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptx
 
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdfTIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
 
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
 
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdf
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdfLinguagem verbal , não verbal e mista.pdf
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdf
 
parte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
parte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzparte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
parte indígena.pptxzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
 
Revolução Industrial - Revolução Industrial .pptx
Revolução Industrial - Revolução Industrial .pptxRevolução Industrial - Revolução Industrial .pptx
Revolução Industrial - Revolução Industrial .pptx
 
A população Brasileira e diferença de populoso e povoado
A população Brasileira e diferença de populoso e povoadoA população Brasileira e diferença de populoso e povoado
A população Brasileira e diferença de populoso e povoado
 
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAs Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
 
EVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptx
EVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptxEVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptx
EVANGELISMO É MISSÕES ATUALIZADO 2024.pptx
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
 
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
 
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoGametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 

Euclides da cunha

  • 1. Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha nasceu em 1866, em Cantagalo, no Rio de Janeiro. Em 1897 trabalhou para o jornal O Estado de São Paulo e foi enviado à Bahia para cobrir a Revolta de Canudos. Dessa experiência resultou o livro “Os Sertões”, publicado em 1902, que explodiu no meio literário. Em 1909 o escritor foi assassinado no Rj em questões envolvendo sua esposa Anna de Assis e seu amante.
  • 2.  Embora apresente uma visão de mundo profundamente determinista, cientificista e naturalista, Euclides da Cunha é um prémodernista pela denúncia que fez da realidade brasileira. Ele trouxe à luz, através de “Os Sertões” pela primeira vez, de forma literária, as verdadeiras condições de vida do Nordeste brasileiro. Ele apresentou um país diferente: o sertanejo, a sub-raça do sertão, que se opõe aos heróis românticos (Peri e Iracema, por exemplo).
  • 3.  Euclides considerava que a ciência deveria ser empregada a serviço da literatura. Por isso sua obra apresenta a singularidade especial de estar situada entre o ensaio, a narração e a poesia. Apresenta ensaio científico, ensaio sociológico, relato histórico, reportagem de guerra, texto de denúncia social, narrativa cheia de passagens líricas. É impossível de ser enquadrada em um único gênero literário.  O estilo é barroco no sentido de uma linguagem ornamental: excesso vocabular, léxico elevado, antíteses, paradoxos, inversão direta das frases, metáforas, e jogo binário entre períodos extensos e curtos para dar a impressão da dualidade do nordeste (dias quente e noites frias).
  • 4.  Em sua abordagem, a Campanha de canudos tornou-se símbolo dos erros cometidos pela república, ao avaliar, de forma equivocada, os problemas nacionais –a revolta no sertão baiano foi considerada um foco monarquista que colocava em risco a república. Os sertanejos eram retrógados, mas não degenerados. Seu monarquismo não passava de uma ilusão soldadesca, alimentada por jornalistas e políticos, e pelo próprio autor republicano então. Na verdade, os guerrilheiros de canudos eram uns pobres diabos, filhos da ignorância e das crendices de uma civilização parada no tempo há três séculos. Precisavam de professores e não de tiros de canhão.  Obedecendo a um esquema determinista, em seu livro, Euclides divide o sertão em três partes: a terra, o homem e a luta.
  • 5.  Abre com uma descrição panorâmica do planalto brasileiro. Ali, Antônio Conselheiro se instalaria com seus seguidores na aldeia abandonada de Canudos. Ele descreve a terra calcinada, os tipos de rocha que a compõe, a vegetação espinhenta, a caatinga, o solo pedregoso, as luzes do dia que ofuscam e cegam e a impressão de imobilidade que o viajante tem por causa da repetição monótona da paisagem.
  • 6.  A presença da antítese manifesta-se no contraste entre a secura geral da paisagem e dos invernos de chuvas torrenciais, entre os dias estoricantes e as noites frias, entre a face ora selvagem , ora poética daquela terra deserta. A descrição do ambiente obedece a necessidade de construir um cenário inóspito e dilacerado, que justificasse a emergência da civilização arcaica e rústica que se produziria naquelas condições naturais.
  • 7.  Euclides fala da formação racial do sertanejo e dos males da mestiçagem.“de sorte que o mestiço – traço da união entre as raças, breve existência individual em que se comprimem esforços seculares é quase sempre um desequilibrado.”  Apesar disso, ele julga que ao contrário dos mestiços urbanos, o sertanejo do interior era mais forte por não ter as aberrações e os vícios da civilização moderna.“O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. “
  • 8.  Através da antítese, Euclides estabelece uma comparação entre o sertanejo e o gaúcho. Este é mostrado em correrias a cavalo pela planície, com suas roupas coloridas, seu gosto explícito pela vida, tendo o trabalho como diversão. Aventureiro, valente, desconhece a miséria e a luta contra a terra árida. O sertanejo, no entanto, apesar de todas as adversidades (e por isso mesmo) é mais tenaz e resistente que o gaúcho, “mais perigoso, mais forte, mais duro.” Está acostumado a confrontos obscuros e longos, sem a teatralidade heróica dos gaúchos. “Calcula friamente o pugilato.” É capaz de recuar e esperar o seu inimigo “Oculto no sombreado das tocaias, dominado por um ódio inextinguível...” ao contrário do gaúcho.
  • 9.   Euclides também descreve, neste capítulo, a aproximação e a chegada da seca. As tentativas místicas dos habitantes do sertão em prevê–la. Com a chegada da seca o sertanejo apela para a religiosidade, depois busca pedaços de mandacarus e talas de bromélias. Por fim, quando não há mais possibilidade de resistência, o sertanejo torna-se um retirante. Basta o flagelo terminar e ele volta revigorado, esquecido dos infortúnios. As dificuldades do meio intensificam o misticismo e o sobrenatural, que regem a vida cotidiana no sertão. Um mundo de profetas e iluminados, que no litoral seriam considerados loucos, mas ali, naquela civilização imobilizada na história, eram os líderes naturais, expressando os valores da comunidade. O chefe dos fanáticos é um personagem-síntese da religiosidade que gera o banditismo social.
  • 10.  Antônio conselheiro já era idolatrado pelo povo há mais de 20 anos. Em suas peregrinações deixou para trás um conjunto de obras feitas em mutirão: capelas, cemitérios a até mesmo arraiais haviam surgido fruto de sua ação incansável. Sua fama de santo se espalhou, mas era visto com desconfiança e medo nas capitais.
  • 11.  Inicia se a luta por um incidente trivial. Antônio Conselheiro encomenda madeira para uma construção com um juiz de Juazeiro que lhe devia um favor. Quando o juiz descumpre a encomenda, o Conselheiro ameaça arrancar a madeira das casas de Juazeiro.Então, o juiz aproveita a oportunidade para convencer um general a enviar 100 soldados para irem ao encontro dos bandidos e supostamente evitar que eles invadissem a cidade.
  • 12.  Os 100 soldados marcharam a partir do dia 12, 200 quilômetros sem recursos em um meio hostil de sol abrasador rumo a Canudos. No dia 19, a tropa exausta parou em Uauá, onde, durante a madrugada do dia 21 se travou a primeira batalha. Enquanto os soldados dormiam os fanáticos atacaram rezando e cantando, trazendo uma cruz e imagens de santos. O combate durou 4 horas sem qualquer ordenação tática. As baixas do governo foram 10 mortos, as dos jagunços, 150. Os sertanejos bateram em retirada e não foram perseguidos devido ao cansaço dos soldados.  O meio é o principal aliado do sertanejo: as caatingas não o escondem apenas, amparam – no”. O jagunço se emocionava com as rezas e cânticos e os métodos clássicos de combate do exército não funcionavam.Resistiam a sede e a fome e atacavam os soldados em ondas quase suicidas impedindo por vários dias, a invasão de Canudos.
  • 13.  Os sertanejos eram submetidos a um interrogatório e depois degolados. “Os soldados impunham à vítima um viva à República, que poucas vezes era satisfeito, como prólogo invariável de uma cena cruel. Agarravam – na pelos cabelos, esgargalhandolhe o pescoço; e francamente exposta a garganta, degolavam-na.”  Quando a resistência do arraial se concentrava apenas em algumas poucas centenas de casebres, dos 5.200 que havia, o Alto Comando passou a explodilos com seus moradores.
  • 14.  Os jagunços se entregam após a guerra de três meses, mas eram apenas um bando de trinta mulheres, velhos e crianças, diante de 5.000 soldados. Os combatentes contemplavam entristecidos. “Contemplando-lhes os rostos baços, os arcabouços esmirrados e sujos, cujos molambos em tiras não encobriam lanhos, escaras e escalavros – a vitória tão longamente apetecida decaía de súbito. Repugnava aquele triunfo. Envergonhava.”
  • 15.  O corpo de Antônio conselheiro- que morrera de morte natural quinze dias antes – foi exumado e fotografado. Sua cabeça decepada foi levada como prova da vitória final da civilização litorânea.  Euclides da Cunha aponta para a possibilidade de que, naquele crânio – conforme os preceitos da ciência da época – estivessem as “linhas essenciais do crime e da loucura”. Contudo, a sua imprecação final é contra um crime muito maior que fora a campanha de extermínio de canudos, um crime da nacionalidade.  O livro de Euclides é um livro vingador, acusa o exército e toda a civilização litorânea das atrocidades cometidas.
  • 16. Simone Becker Disciplina de Literatura Brasileira 10/06/11 BiBliografia: Os Sertões – Euclides da Cunha – Editora Ediouro Gramática e Literatura – Ernani Terra e José de Nicola- Editora Scipione Leituras Obrigatórias FFCMPA 2007/2008 – João Armando Nicotti, Flávio Azevedo, Sérgio Fischer, Eduardo Wolf, Pedro Gonzaga, Altair Martins. Voltaire Schilling, Sergius Gonzaga -Editora Leitura XXI.    