O documento discute o conceito de poder e suas formas de exercício. Aborda (1) poder como capacidade de determinar o comportamento de outras pessoas; (2) diferentes tipos de poder como poder econômico, ideológico e político; e (3) o Estado como instituição que detém o monopólio do poder político sobre uma nação.
2.
As ações atribuídas aos governantes de um
Estado são obra de uma pessoa, de uma
classe ou de toda uma nação?
3.
Relação social.
Poder político: estabelece as leis e as normas de
conduta de um agrupamento humano, obrigando os
indivíduos a cumpri-las.
No sentido sociológico: capacidade de determinar o
comportamento dos outros, à Sociologia interessa o
poder do homem sobre o outro homem, que, portanto,
deve ser considerado não só sujeito, mas também
objeto do poder.
4.
Não se pode dizer que um indivíduo ou um
grupo de pessoas é poderoso, se, de outra
parte, não houver outro indivíduo ou grupo
disposto a se comportar como aqueles que
detém o poder desejam.
5.
A posse de dinheiro, por exemplo, pode levar
alguém a controlar a conduta de outros; mas se
esses se recusarem a aceitar uma coação, mesmo
que para isso precisem rejeitar elevada quantia
em dinheiro, tal poder econômico não existe.
Isso vale também para o uso da força: seu poder
não se sustenta se houver resistência a ela.
6.
O exercício do poder como relação social depende
da posse de alguns recursos, como riqueza, força,
informação, conhecimento, prestígio, legitimidade,
popularidade, amizade, entre outros. É preciso
também ter habilidade para que esses recursos
sejam transformados em poder.
7.
Para Maquiavel a essência do poder é a
violência. Entretanto, existem modos diversos
de exercício do poder, como por exemplo, a
persuasão,
ou
seja,
a
manipulação
de
interesses, promessas de recompensas ou
aliciamento.
8.
1) a probabilidade de que o compor tamento
desejado
se
realize :
quanto
maior
a
probabilidade,maior o poder;
2) o número de indivíduos submetidos ao
poder: pode chegar a bilhões de pessoas ou não
passar de um indivíduo;
3) a esfera de exercício do poder : o diretor de uma
escola infantil e o comandante de um quartel atuam em
áreas diferentes, o que faz com que suas decisões
tenham consequências distintas;
4) o grau de modificação do compor tamento :
levar alguém a mudar de time de futebol ou de religião
pode ser mais difícil que convencê-lo a comprar uma
certa marca de automóvel;
5) o grau de restrição a compor tamentos
alternativos.
9.
É no campo da política que o poder ganha
maior destaque, Weber discutindo a questão
das estratificações sociais, propõe três tipos
puros de poder
autoridade):
o
legítimo
poder
(ou seja, de
legal,
o
tradicional e o poder carismático
poder
10.
Se funda na crença nos ordenamentos
jurídicos e depende da estrutura burocrática do
aparelho administrativo, com sua hierarquia e
seus quadros profissionais. Sua fonte é a lei,
que submete tanto os que obedecem quanto
os que mandam.
11.
Baseia-se no caráter sagrado dos costumes
existentes
“desde
sempre”
em
certas
comunidades. Sua fonte é a tradição, e o aparelho
administrativo é do tipo patriarcal, como se
verificam em certas comunidades religiosas ou no
fenômeno do coronelismo no Brasil.
12.
Fundado na dedicação afetiva à pessoa do
chefe, que, pelo exemplo, pelo dom da palavra
ou pelo poder espiritual, passa a ser visto por
seus
comandados
como
detentor
qualidades sagradas ou heroicas.
de
13.
Poder econômico : agente organizador das
forças produtivas, baseia-se na posse de bens,
porém, numa situação de escassez, pode
induzir quem deles necessita a certos
comportamentos.
Poder ideológico: em que
organização do consenso social
Poder
político:
organização da coação.
se
responsável
dá
a
pela
14.
O Estado pode ser entendido como a
instituição social que detém o poder de
governo, ou seja, o monopólio do direito e da
força sobre o povo ou os povos de uma nação.
Segundo Hegel, o Estado é a materialização do
interesse geral da sociedade e está
supostamente
acima
dos
interesses
particulares.
15.
Na análise marxista, o Estado não representa o
interesse geral, mas defende os interesses da
propriedade privada. O remédio contra isso
está na radicalização da democracia e na
consequente emancipação política do homem.
Thomas Hobbes chamou o Estado de Leviatã,
equiparando-o ao gigante da mitologia.
16.
O escritor George Orwell (1984), inspirado no
Estado totalitário surgido no século XX, criou
para o Estado a figura do “Grande irmão”,
como representação do Estado que nos vigia
vinte e quatro horas por dia.
Engels atribuiu à consagração da propriedade
privada o surgimento do Estado. (p.15)
17.
O Estado o Estado é consequência e expressão
da dominação de uma classe social sobre
outras; existe para regulamentar juridicamente
a luta de classes e, como um mediador, manter
o equilíbrio entre as classes de acordo com a
correlação de forças existente num dado
momento histórico.