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Flores que perfumam as noites
Poucas pessoas conseguem apreciar o desabrochar das flores noturnas.
Cultivadas em praças, jardins, muros e vasos, sempre é possível
encontrar uma que se adapte ao espaço disponível.
Para o plantio em vaso, o antúrio-cristalino (Anthurium crystallinum) é
recomendado pois, além da floração que exala delicioso perfume ao
entardecer, as folhas aveludadas em forma de coração, com nervuras e
estrias prateadas, são muito decorativas e se desenvolvem bem em
terraços ou junto a janelas ensolaradas.
Uma boa sugestão para vasos é o jasmim-cacto (Cryptocereus
anthonyanus), que pode ser cultivado como planta trepadeira ou
pendente. Suas folhas em forma de lâminas com bordas denteadas e
sem espinhos, constituem verdadeiras esculturas. As flores grandes,
com 10 a 12 cm de diâmetro, são róseoavermelhadas e exalam um
suave perfume.
A princesa-da-noite (Selenicereus pteranthus) é outra cactácea
trepadeira de caule longo. As flores, brancas na parte interior e
amarelo-ouro na exterior, medem de 20 a 30cm de comprimento e de
diâmentro. Existe outra princesa-da-noite (Selnicereus grandiflorus),
também cactácea de caules difusos e trepadores, que produz flores de
cerca de 20cm de comprimento, externamente róseas ou salmão e
internamente brancas. Seus botões florais começam a inchar por volta
das 15 horas e, às 22, a flor já está toda aberta e exalando um perfume
de baunilha. No início da madrugada, as flores começam a se fechar e
pela manhã, resta uma flor murcha e pendente.
Ainda dentro da família dos cactos, vale citar as flores da rainha-da-
noite (Hylocereus undatus). Quando desabrocham, são por si só um
verdadeiro espetáculo.
A boa-noite (Ipomoea bonanox) é uma trepadeira de densa folhagem.
Suas flores são brancas, perfumadas, de tamanho descomunal (cerca de
15cm de diâmetro), abertas como se fossem um prato. Quando suas
flores desabrocham, produzem um curioso barulho. Fenecem na manhã
seguinte, quando o sol começa a aparecer.
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A conhecida dama-da-noite (Cestrum nocturnum) é um arbusto que
cresce e se ramifica rapidamente. Quando floresce, ao entardecer, fica
coberta por cachos de flores miúdas com um colorido suave entre o
amarelo e verde-limão. É cultivada em locais próximos a entradas,
portões, portas e cercas, uma vez que seu perfume intenso e adocicado
pode ser sentido por todos a grandes distâncias, principalmente à noite.
Por essa razão, não deve ser plantada próximo a janelas de dormitórios,
pois seu forte perfume pode provocar dores de cabeça se aspirado
continuamente.
Para espaços maiores, é muito cultivada a vigorosa ipoméia trepadeira
florda-lua (Calonyction aculeatum). Suas flores brancas tubulares
permanecem fechadas durante o dia, abrindo ao anoitecer.
A popular cica (Cycas circinalis) parece uma palmeirinha e sua flor
lembra um abacaxi grande. Dura vários dias, desprendendo um intenso
aroma assim que escurece. Algumas dracenas, quando adultas, soltam
espigas às vezes imperceptíveis, mas repletas de minúsculas flores que,
durante a noite, exalam intenso e adocicado perfume.
Apesar de termos mencionado plantas cujo florescimento se dá à noite,
é muito importante que durante o dia todas elas recebam bastante sol,
a fim de que se desenvolvam com vigor e produzam muitas flores.
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Cercas-vivas: defensivas e ornamentais
Quando se pensa em plantar uma cerca-viva, a finalidade maior é a de
contenção, ou seja, a de dificultar a transposição, mas ao mesmo tempo
há o objetivo de utilizar a planta para fins ornamentais.
O Sansão do Campo (Mimosa caesalpiniaefolia) é um dos mais perfeitos
arbustos para a formação de cerca-viva devido ao seu rápido
crescimento (atinge 3 metros em 15 meses), seus espinhos e suas
flores, sua vida útil superior a 50 anos e sua madeira nobre que atinge
10 cm de diâmetro de puro cerne, tornando-o um excelente quebra
vento e retentor de poeira de estrada.
Além de não ser tóxica, a cerca-viva feita com o Sansão do Campo, é
resistente ao fogo e, mesmo se vítima de incêndio, rebrota em seguida,
desenvolvendo o mesmo porte em aproximadamente um ano. Por ser
uma planta perene e não precisar de poda dispensa manutenções
periódicas. Seu plantio deve ser feito com 10 cm de espaçamento entre
as plantas.
Dessa forma, os troncos se encostarão formando uma “muralha”
indevassável e intransponível, contendo com eficiência: pessoas, aves e
animais de pequeno e grande porte (galinhas, pintinhos, gado nelore,
búfalos, cavalos, etc).
A maneira correta de plantar cerca-viva:
Pode-se fazer covas individuais ou cavar uma espécie de trincheira
comum a todas. Na última alternativa, o trabalho tanto no plantio
quanto na distribuição do adubo, é mais facilitado. Se o espaço a ser
utilizado for grande, pode-se também plantar em zigue-zague ou em fila
dupla indiana. Dessa forma, o “fechamento” será bem mais acelerado.
Outras sugestões de arbustos com espinhos para cerca de
contenção:
Duranta (Durantarepens) - arbusto lenhoso com inflorescências
recurvadas com muitas flores pequenas, azuladas ou brancas, seguidas
de numerosos frutos amarelos. Planta rústica e pouco exigente.
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Flamboyanzinho-de-jardim (Caesalpinia pulcherrima) - árvore de
pequeno porte, floresce pelo menos quatro meses durante o ano; com
flores alaranjadas.
Primavera roxa miúda (Bougainvillaea glabra) - arbusto lenhoso, com
flores pequenas róseas ou lilases em inflorescências terminais, formadas
principalmente no outono e inverno.
Piracanta (Pyracantha coccinea) arbusto de textura lenhosa com
numerosas inflorescências, flores pequenas brancas que resultam em
frutos vermelhos ou amarelos, que permanecem por longo tempo na
planta.
Arbustos sem espinhos para cercas ornamentais:
Murta (Murraya paniculata) árvore de pequeno porte, bastante
ornamental, de crescimento moderado. Com flores brancas que
possuem um perfume delicioso, seus frutos vermelhos são muito
atrativos para pássaros.
Acerola (Malpighia glabra) árvore frutífera de pequeno porte, que atinge
4 metros.
Pimenta-da-jamaica (Pimenta dioica) árvore de médio porte, com folhas
que possuem cheiro delicioso, que lembra uma mistura de cravo e
canela.
Cipreste (Cupressus arizonica ou Cupressus sempervirens).
Toda cerca-viva requer um tempo para se fechar por completo e isso
depende do tipo de solo, de boa e adequada adubação e de tratos
culturais a serem empregados, dependendo do tipo da planta.
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Verão x Bromélias
Como o verão chegou com força total, com temperaturas mais altas e
maiores freqüência de chuvas, inicia-se o problema que enfrentamos
todos os anos: a dengue. E como medida de prevenção, já sabemos que
não devemos deixar água limpa se acumular permitindo a procriação do
Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, certo? E muitas vezes
surgem a dúvida: e as bromélias? Devem ser eliminadas? A resposta é
não. Mas para entendermos vamos conhecer melhor esta espécie
presente atualmente em tantos jardins.
As bromélias, plantas da família Bromeliaceae, são exclusivas do
continente americano, principalmente América do Sul e Central. No
Brasil há aproximadamente 1200 espécies nativas já catalogadas, que
ocupam praticamente todos os ecossistemas brasileiros.
As bromélias possuem diferentes hábitos. Muitas são epífitas, ou seja,
vivem sobre os troncos de árvores, o que leva muitas pessoas a
denominá-las como parasitas. Mas isso não é verdade! Elas não retiram
seu alimento dessas árvores, apenas as utilizam como suporte. De
acordo com a paisagista Simone Grangeiro, “pela sua beleza e
potencial ornamental, muitas bromélias são utilizadas em paisagismo,
como por exemplo: Aechmea, Billbergia, Alcantarea, Guzmania,
Neoregelia, Vrisea, dentre muitas outras. Devido a este potencial muitas
populações de bromélias vem sendo ameaçadas pela coleta
indiscriminada de exemplares para serem vendidos e utilizados em
jardins residencias e projetos paisagísticos levando inúmeras espécies a
riscos de se extinguirem na natureza”.
A arquiteta e paisagista Emmília Cardoso afirma que a maioria das
espécies de bromélias possuem as folhas crescendo em rosetas e
formando um tanque ou copo onde se acumula água da chuva. Este
tanque é fundamental para a sobrevivência da planta, pois é dele que
ela absorve água e nutrientes que foram carregados até ali pelo vento
ou então proveniente de matéria orgânica, como folhas caídas, por
exemplo, que se decompôs liberando os nutrientes.
E por essas características as bromélias fornecem um ambiente
adequado para inúmeras formas nativas de vida, que vão desde
organismos microscópicos, até pequenos sapos, aranhas, lesmas,
besouro, centopéia e minhocas.
Algumas dicas:
- Para poucas bromélias em casa ou no apartamento: a água deve ser
trocada pelo menos duas ou três vezes por semana;
- Para muitas bromélias em vasos ou plantadas no chão, em jardins
(prédios, empresas etc.): Recomenda-se o inseticida natural comercial
chamado Natural Camp que deve ser pulverizado uma vez por semana.
Não há perigo para animais domésticos e para o homem;
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- Para colecionadores e produtores de bromélias : já realizam combate
sistemático a pragas e, com isso, aplicam inseticidas com frequência.
Não há notificação de focos em qualquer desses estabelecimentos.
Agora você não tem mais motivos para se desfazer de sua bromélia,
aproveite estas dicas e cuide para que elas continuem embelezando o
seu jardim!
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Jardim vertical é opção para agregar
verde à decoração
Plantas são sempre bem-vindas aos projetos de decoração. Conferem
tranqüilidade e frescor, além de emprestar aos ambientes a beleza das
cores e dos formatos de suas folhas e flores. Engana-se quem pensa
que ficam restritas aos tradicionais vasos e jardins.
Uma das apostas é que tomem conta até mesmo de paredes, formando
jardins verticais.
A diferença entre eles e os muros verdes compostos de trepadeiras é
que as espécies não são plantadas no solo. Desenvolvem-se na fibra de
coco, por exemplo, aplicada no local escolhido para enfeitarem, ou em
vasos.
O botânico francês Patrick Blanc é considerado o precursor da ideia.
Criou esse tipo de jardim após observar que vegetais vivem em
penhascos, entradas de cavernas e rochas.
Para driblar o problema do crescimento das raízes, que pode danificar
as paredes, concluiu que basta oferecer água regularmente. Assim,
espalham-se apenas na superfície.
Blanc conta com uma lista de trabalhos verticais, como a fachada do
Museu do Quai Branly, em Paris, França. Entre seus futuros projetos
está decorar o Museu de Arte de Miami, nos Estados Unidos, em 2011.
No Brasil, a moda também pegou. Residências e estabelecimentos
lançam mão da técnica para darem um toque natural.
Local
Os jardins verticais são uma boa alternativa para ambientes pequenos,
que não comportam espaço para o cultivo de plantas no chão. Também
marcam presença em locais amplos.
Nesse caso, é interessante colocar quadros de madeira rústica com
vasos, porque pode combinar várias opções de texturas e formas para
não ficar monótono.
Mas como saber se combinam com sua casa? O verde cai bem em
qualquer uma. Só tem de ver se combina com seu ritmo de vida, porque
pede cuidados de manutenção, como regar com a frequência ideal.
Uma dica importante é priorizar a iluminação natural, seja direta ou
indireta, condição importante para que as plantas vivam e se
desenvolvam. Portanto, coloque-os em varandas, jardins de inverno,
paredes próximas a janelas grandes, muros externos, fachadas. Risque
da lista quartos, lavabos sem janela e cozinhas.
Como montar
A proposta do botânico Blanc é composta por uma moldura de metal,
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PVC para dar rigidez à estrutura e uma camada de feltro, onde as raízes
crescem. Arquitetos e designers ainda indicam fibra de coco e as
molduras com vasos. Algumas empresas vendem o kit com o quadro e a
planta, e basta colocá-lo na parede. É interessante para quem não conta
com o auxílio de um profissional.
Os jardins podem ser regados manualmente, mas há opções com
sistema de irrigação automático. Karina lembrou a importância de fixá-
los em locais cujo chão possa molhar. Sendo assim, fuja de ambientes
com carpete e tapetes com o intuito de evitar uma dor de cabeça
desnecessária.
Plantas
Local escolhido, agora é a vez de optar pelas plantas. Samambaias,
orquídeas, suculentas. Qual é a melhor? Não prefira uma delas
simplesmente por ser a mais bela. Pesquise antes se consegue
sobreviver nas condições que oferece.
Algumas precisam de luz do sol direta, enquanto outras preferem a
sombra. Há espécies que vivem melhor em locais frios, assim como
outras que se adaptam apenas a altas temperaturas.
Leve em conta seu tempo disponível. É que algumas variedades exigem
mais cuidados.
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As raízes e a minhoca
Há muito se propaga que as minhocas podem trazer danos às plantas
por se alimentarem de suas raízes. A tese, que é mais difundida por
quem cultiva plantas no lar, na verdade se presta para tentar explicar o
mau êxito em que incorrem os vasos de samambaia, violeta, bromélia e
outras mediante adversidades diferentes. As minhocas jamais se
alimentariam de raízes ou de qualquer parte vegetal que estejam ainda
vivas ou incorporadas à planta. Isto quer dizer que não consomem as
raízes como também não ingerem pontas de folhas, caules e frutas
esbarradas no solo, ao contrário de como atuam os tatuzinhos,
gafanhotos, lesmas e caracóis quando atacam as plantas.
Os milhares de espécies de minhocas são seres saprófagos e, como tais,
se nutrem de restos orgânicos em putrefação, ainda que
inevitavelmente ingiram uma microfauna viva importante em diversas
de suas funções vitais.
O motivo da repugnância da minhoca aos componentes vivos de um
vegetal pode se justificar pela presença de uma substância chamada
catequina: um tipo de fenol de aspecto cristalino e incolor, mas
avermelhado quando exposto à luz, encontrado em plantas vivas ou
ainda recém-mortas.
Presume-se que a catequina não seja palatável às minhocas e, por isto,
inibe-as naturalmente de ingerir raízes, folhas e caules ainda vivos. No
entanto, a partir do momento em que partes da planta sejam
desintegradas, a redução da catequina é progressiva e vai se anulando
à medida em que o vegetal se decompõe.
Na natureza, mesmo as espécies de minhocas que não vivam
essencialmente em detritos, como as ditas geófagas, ingerem terra em
predominância mas absorvem e se nutrem da matéria-orgânica que
nela contém. E na maioria das vezes, por habitarem as camadas mais
profundas do solo, o sustento provém de raízes mortas em
decomposição, quando somente se tornam aptas ao consumo pelas
minhocas. Neste caso, as minhocas aceleram a transformação destes
resíduos em adubo para planta e deixam seus nutrientes na forma
disponível para serem reincorporados ao vegetal.
Na minhocultura, as raízes descartadas para o consumo humano, como
beterraba, cenoura, inhame, mandioca, batata e outros tubérculos são
perfeitamente aproveitáveis como matéria-prima, desde que se
submetam previamente a um tratamento que as decomponha e
passem, então, a ser assimiláveis pelas minhocas.
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Dicas para embelezar o seu jardim
Em tempos de crise, os gastos com supérfluos são os primeiros a serem
cortados. Baladas, restaurantes caros e viagens passam para segundo
plano e dão lugar a passeios no parque e atrações gratuitas. Logo
abaixo, na lista de cortes estão os a despesa com o jardineiro. Pensando
nisso, veja as receitas caseiras para acabar com as pragas e deixar seu
jardim sempre florido e bonito - e o principal, sem gastar nem um
centavo.
Água nelas!
A água é a chave para um belo jardim. Sem uma rega adequada as
plantas não absorvem os nutrientes necessários para se desenvolver
normalmente. O segredo para manter a terra sempre úmida é aguar o
solo comedidamente todos os dias, pela manhã. Não se esqueça: a água
é o bem mais valioso do planeta, portanto deve ser usada com
inteligência e bom senso.
Aproveite os restos orgânicos
Você sabia que sobras de alimentos podem ser muito úteis na adubação
do seu jardim? Mas, não basta jogá-las na terra, pois isso pode
prejudicar as plantas: é necessário fazer uma compostagem. Muito rico
em nutrientes e minerais, o húmus formado por esse processo natural
de decomposição se transforma em um poderoso adubo orgânico.
Aprenda a fazer
Faça um buraco na terra e jogue os alimentos que normalmente iriam
para o lixo, como folhas e talos de hortaliças, sementes e cascas de
frutas e até sobras do almoço ou do jantar. Revolva bem e una à
mistura folhas secas e restos de podas de plantas do seu jardim.
Mantenha a compostagem sempre úmida e, uma vez por semana, torne
a mexer a terra, pois o oxigênio auxiliará na fermentação e
decomposição dos alimentos. De três a quatro semanas o adubo
orgânico está formado.
Controle de pragas
Antes de optar por fortes inseticidas que acabam com as formigas – e
também com as joaninhas e os passarinhos –, faça o seguinte: embeba
um pão de forma no vinagre e coloque-o na trilha dos insetos. As
formigas levarão o alimento, que logo estará embolorado, para dentro
do formigueiro. O fungo destruirá a colônia.
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Você já deve ter se deparado com pequenos pontinhos pretos ou
brancos nas folhagens ou caule de plantas. São os pulgões e as
cochonilhas, respectivamente. Os insetos se multiplicam rapidamente e
deixam a planta fraca. Para acabar com eles, água com sabão de coco.
Dissolva 100 g do sabão em 10 litros de água quente, espere esfriar e,
com uma esponja macia, passe a solução delicadamente nas folhas. É
tiro e queda!
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Principais doenças das plantas
Temos a beleza eterna e intocável dos jardins e de todos os seus
habitantes… até o dia em que plantas e flores mudam radicalmente de
aspecto! Para situações de emergência, saiba quais as principais
doenças que podem afetar as plantas do seu jardim e a melhor forma
de as curar.
Infiltram-se no seu jardim sob os mais variados disfarces, confundindo
muitas vezes o próprio jardineiro que nem sempre consegue distinguir
os sintomas das principais doenças que afetam as plantas: as bactérias,
os fungos e os vírus. Este trio ataca plantas com e sem flores, mas
diferem num aspecto – um fungo sobrevive perfeitamente no solo,
enquanto uma bactéria ou vírus necessita de uma planta hospedeira
para subsistir.
As causas
Fungos
Estima-se que 70% das principais doenças das plantas são causadas por
fungos – organismos minúsculos (apenas visíveis debaixo de um
microscópio!) que produzem enormes quantidades de esporos (células
que se separam e se dividem, sem fecundação, para formarem novas
células), que são rapidamente propagados graças ao vento, à água, aos
insetos ou aos animais. Existem mais de 10 mil tipos de fungos que, se
não conseguem penetrar a cutícula e a epiderme (as barreiras mais
fortes de uma planta), atacam as zonas mais sensíveis – os rebentos ou
as áreas já danificadas por insetos. Uma planta infectada pode libertar
até 100 milhões de esporos, uma quantidade difícil de combater, na
medida em que rapidamente degrade as células das plantas,
produzindo, em simultâneo, toxinas que interferem no funcionamento
pleno do seu organismo. Os fungos são ainda difíceis de eliminar porque
podem manter-se dormentes no solo, em restos de plantas que se
encontram em decomposição ou numa planta saudável, à espera das
condições climáticas perfeitas para voltarem a contaminar.
Vírus
Ainda mais pequenos do que as bactérias, os vírus apenas conseguem
reproduzir-se a partir das células da própria planta. Infiltram-se nas
plantas a partir das folhas ou do pé, normalmente por zonas já feridas
por insetos, mas precisam de um meio de transporte, que pode ser um
inseto, o pólen ou algumas sementes infectadas. Uma vez infiltrado,
o(s) vírus, sendo que as plantas podem ser atacadas por mais do que
um vírus em simultâneo, movimenta-se através dos vasos vasculares,
provocando doenças que contaminam o organismo da planta.
Bactérias
As doenças provocadas em plantas por bactérias são as menos
freqüentes, por uma simples razão – para crescerem e se multiplicarem
as bactérias necessitam de água e de calor. Assim sendo, estão mais
dependentes de climas quentes e úmidos para contaminarem as
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plantas. Transportadas pela água, insetos ou animais, as bactérias
infiltram-se através de uma flor ou um corte numa folha ou no pé,
podendo causar desde danos puramente superficiais, a murchidão ou
mesmo a sua morte.
Deficiências Nutritivas
Por vezes, a doença de uma planta não se deve às bactérias, aos fungos
e aos vírus, mas sim a uma alimentação pobre. Se apresentar folhas
pálidas ou vasos vasculares amarelados, pode ser um sinal que está a
sofrer de deficiências nutritivas. Neste caso, o remédio chama-se “um
bom fertilizante”, adequado à planta em questão.
Os sintomas
Uma planta doente apresenta várias alterações ao nível do seu
metabolismo, da cor, dos diferentes órgãos e anatomia, para além de
poder passar a produzir substâncias anormais.
Alguns sinais de alerta são: míldio (um pó branco); bolores cinzentos ou
pretos; bolhas cor de ferrugem; uma massa ou crescimento pretos;
pintas pretas; leveduras e o aparecimento de cogumelos, entre outros.
As curas
Com as plantas a requererem “atenção médica”, é claro que o instinto
diz-lhe para ir a correr buscar o seu fiel amigo o “pesticida”. No entanto,
e porque se trata de um produto com químicos extremamente potentes,
que infelizmente ao fazer bem a uma coisa estão a poluir o ambiente, o
melhor é estudar todas as outras opções possíveis. Aqui vai uma ajuda:
Existem “sintomas” que, parecendo muito graves e estranhas, podem
ser puramente passageiros, desaparecendo dentro de poucos dias ou
quando o tempo melhorar. Esteja atento!
Por vezes, basta remover as flores, os rebentos, às folhas e/ou os pés
infectados para eliminar o problema. Não aproveite esses restos para
compostagem, desfaça-se deles imediatamente!
Em último recurso, recorra ao pesticida adequado, optando por uma
solução pouco tóxica. Siga as instruções à risca e lembre-se que não vai
resolver a situação ao borrifar o conteúdo de um recipiente inteiro sobre
uma pobre doente planta - pode sim, acabar por intensificar o seu
problema com a morte da planta, de plantas vizinhas e até do solo!
A prevenção é fundamental para um jardim que respira saúde. Quer
saber o que fazer? Comece com um solo saudável, isto porque terra
com saúde produz plantas com saúde e plantas saudáveis conseguem
resistir mais facilmente às doenças. Um solo de qualidade deve ser
limoso e enriquecido com fertilizante e técnicas de compostagem.
Mantenha o seu jardim livre de ervas daninhas e de detritos de plantas,
que são elementos propícios para o desenvolvimento de todo o tipo de
doenças.
As doenças são muitas vezes transmitidas de planta em planta devido
aos utensílios de jardim mal lavados. Assegure que todas as suas
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ferramentas estejam devidamente desinfetadas (especialmente quando
utilizadas para cortar ou eliminar folhas e outras partes doentes),
bastando para isso uma mistura de água e lixívia.
Durante o processo de rega, tenha cuidado para não salpicar a folhagem
das plantas. Ao respingar do solo para as folhas, está a colocá-las em
risco de contrair uma doença. Se possível, deve regar de manhã cedo,
assim as plantas têm tempo de secar antes do pico do sol que poderá
queimar gravemente plantas muito molhadas. Por outro lado, quanto
mais tempo as folhas estiverem molhadas, mais probabilidades têm de
ser atacadas por bactérias, fungos e vírus.
É igualmente importante permitir uma boa circulação de ar entre todas
as plantas. Para além de secarem mais rapidamente, as brisas podem
facilmente levar as doenças para longe antes de estas terem tempo de
se “agarrarem” a uma planta.
Se verificar que, ano após ano, os mesmos sintomas e doenças
continuam a devastar o seu jardim, seria melhor começar a pensar em
introduzir novas variedades de plantas e flores.
Quando comprar novas plantas, inspecione-as muito bem antes de as
levar para casa ou opte pelas variedades que se autoproclamam e que
são, de fato, plantas resistentes às doenças.
Por último, quando em dúvida consulte um especialista ou adquira um
guia sobre as diferentes doenças bacterianas, virais e fungais, bem
como os seus respectivos tratamentos, para o auxiliar em situações
menos saudáveis!
No fundo, mais vale prevenir do que remediar… para um jardim
resplandecente!
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Horta: Diversão e saúde em família
Mesmo numa pequena área é possível cultivar uma horta com a ajuda
das crianças. Mantendo uma horta em casa, as crianças podem
aprender sobre os alimentos e ter uma alimentação saudável desde
cedo.
Poucos adultos já pararam para pensar nisso, mas uma boa forma de
estimular as crianças a iniciarem bons hábitos na alimentação, com
verduras e legumes como itens indispensáveis do cardápio, é cultivar
uma pequena horta fora ou dentro de casa, onde elas possam plantar e
colher esses alimentos tão ricos em vitaminas e importantes para a
saúde.
O que pode agradar mais a uma criança do que colher e comer um
vegetal que ela mesma plantou, regou e viu crescer? Além do prazer
pessoal, uma horta infantil dá a criança alguns conhecimentos básicos
sobre as plantas – a necessidade de água, ar e luz, por exemplo.
O ideal é escolher vegetais que se desenvolvem rápido: rabanete,
cenoura, nabo, alface, cebolinha e salsinha são os mais indicados. O
adulto deve comprar as sementes numa casa especializada (só a
cebolinha se reproduz também a partir do talinho branco com raízes), e
deve ensinar as crianças a preparar sua própria horta.
Quando bem orientada, a criança tem capacidade de cuidar da horta
sozinha, mas, claro, sempre amparada por um adulto, que pode dar a
ela algumas dicas, como, por exemplo, o momento de colher os
alimentos.
Cuidados
Muitas pessoas nem sequer pensam em ter a sua própria horta por
acreditarem que ela requer muito espaço e uma infinidade de cuidados.
Mas o cultivo de uma horta pode ser muito mais simples do que se
imagina e, além disso, ela pode ser uma ótima oportunidade de estar
em convivência familiar.
Para plantar uma horta, pode-se usar o quintal, um cantinho qualquer e
até mesmo vasos e caixotes. Alguns cuidados devem ser tomados para
escolher e preparar o terreno, pois dele vai depender o bom
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desenvolvimento das plantas e a boa produção da sua horta.
Se não for possível plantar num canteiro, o ideal é providenciar um
caixote de madeira de mais ou menos 70 cm por 50 cm e forrá-lo com
plástico; assim, ele poderá ficar dentro de casa em um local bem
iluminado, sem fazer muita sujeira.
É bom saber
A horta é local onde se cultivam vários tipos de verdura e legume, ricos
em sais minerais e vitaminas indispensáveis para o organismo humano.
Nela também se plantam temperos e ervas medicinais.
Além de ser uma fonte alimentar, é importante lugar de relaxamento,
que proporciona contato com a terra e a natureza e o prazer de produzir
algo. Sem falar da economia que podemos conseguir quando cultivamos
nossos próprios alimentos, ao invés de comprá-los, com possibilidades
de vendê-los, ajudando na renda da família.
Passo-a-passo da horta
- Encha o caixote com terra misturada a um pouco de adubo comum.
- Com o dedo ou um lápis, a criança deverá abrir buraquinho rasos na
terra. Depois, ela colocará uma ou duas sementinhas em cada cova e
cobrirá com uma leve camada de terra.
- Daí em diante basta regar uma vez por dia (bem cedo ou no fim da
tarde).
- A criança e os pais podem acompanhar a evolução das plantinhas até
o delicioso momento da colheita.
- O adulto deverá ensinar como retirar o alimento da terra e como lavá-
lo.
- Depois as crianças poderão conhecer de que forma o alimento estará
presente no cardápio do cotidiano, como na salada ou refogado.
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Jardim na primavera
A primavera chega colorindo e dando mais vida aos jardins que
andavam um tanto tristes com tanta seca, que não foi o caso deste ano
com muitas chuvas neste período. Além de trazer um pouco mais de
umidade, com o início das chuvas, a nova estação inaugura um tempo
de trabalho para que os jardins se transformem num cenário à altura da
época mais florida do ano.
Nos dias secos, as plantas se tornam sem viço, o gramado fica abatido e
com muitas folhas secas. O cenário do jardim no final do inverno não é
muito animador. Parece que falta tudo e que não vamos conseguir
trazer de volta a beleza da paisagem.
Mas a chegada da nova estação, a primavera, com a sua energia de
renovação invadindo a natureza, vem trazendo as chuvas e o despertar
de uma nova etapa que vai tirar a natureza da sua letargia. É tempo de
trabalho no jardim, para deixá-lo pronto para receber as flores que
chegam com o período mais alegre do ano.
Aqui vão dicas para renovar e cuidar do seu jardim nos meses da
primavera:
1. Adeus às folhas secas: Vasos, canteiros, jardineiras, enfim, por
todo o canto há um festival de folhas secas indicando que o primeiro
passo é retirá-las. Com o auxílio de uma tesourinha de poda pequena,
faça a limpeza de arbustos e plantas envasadas, eliminado folhas e
galhos secos. Recolha as folhas que estiverem na base das plantas, para
evitar que se transformem num ambiente ideal para a proliferação de
fungos: com as primeiras chuvas, os montes de folhas formam um
verdadeiro “ninho” para os fungos.
2. Revolver a terra dos canteiros: Solos compactados dificultam a
expansão das raízes e prejudicam a retirada dos nutrientes do solo. Por
isso, uma boa medida é revolver a terra dos canteiros, para facilitar a
aeração e a penetração de água.
3. Adubar: Não é só na primavera que se faz adubações, mas esse
período é um dos melhores para dar “uma força” às plantinhas.
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Adubação química - NPK 10-10-10 aplicado de acordo com as instruções
da embalagem e NPK 4-14-8 para as espécies que estão começando a
florescer.
Adubação orgânica - composto orgânico ou esterco de gado bem
curtido, na proporção de 3 litros por m² de canteiro.
4. Defender as plantas: Receitas caseiras e naturais como a Calda de
Fumo e a Calda Bordalesa ajudam a defender suas plantas contra o
ataque de pragas e doenças, muito comuns neste período de grande
atividade na natureza. A aplicação pode ser preventiva, a cada 15 dias.
5. Semear: Aproveite para semear principalmente as plantas anuais
como calêndula (Calendula officinalis), Boca-de-leão (Antirrhinum
majus) e girassol (Hellianthus annus), entre outras.
6. Replantar: A época é ótima para mudar as plantas de vaso, pois as
raízes terão bastante tempo para se adaptar ao novo local, antes de
entrarem novamente no período de repouso. Geralmente, as plantas
estão precisando de replantio se: as raízes estiverem saindo pelo orifício
no fundo do vaso; mesmo com dias mais quentes, a planta não se
desenvolve; ou a terra seca rapidamente e precisa ser regada com
freqüência.
7. Podar só algumas: As plantas estão começando a brotar e entram
em atividade rapidamente. Outras estão terminando sua floração que
ocorre no inverno. Como as azaléias, que podem ser podadas neste
período, para florirem com mais força no próximo ano. Assim que
terminar a floração das azaléias, retire os galhos em excesso e corte a
pontas dos outros galhos, até chegar ao formato e tamanho que você
quiser. Para aumentar a próxima floração, elimine as pontas de todos os
galhos que floresceram este ano e mantenha uma adubação periódica,
de preferência mensal.
8. Fazer mudas: O período também é muito bom para fazer mudas por
estaquia de ramos de várias espécies de plantas, como hortênsia
(Hidrangea macrophilla), sininho (Abutilon magapotamicum), flor-de-
cera (Hoya carnosa), etc. Retire um galho com cerca de 10 cm. Tire as
folhas do galho e deixe apenas as duas folhas da extremidade, cortadas
ao meio no sentido horizontal. Molhe a base da estaca e mergulhe-a
num hormônio enraizador em pó (encontrado em lojas de produtos para
jardinagem). Prepare um recipiente com a mistura de terra adequada à
espécie e plante a estaca. Regue regularmente. Após 2 ou 3 semanas,
mais ou menos, você terá uma muda pronta para ser replantada.
9. Uma força para o gramado: Se o gramado estiver com aspecto
muito feio e abatido, aproveite para fornecer nutrientes, estimulando o
crescimento de folhas sadias. Pode-se aplicar adubos específicos para
gramados, encontrados em lojas especializadas. De preferência, aplique
o adubo em dias chuvosos, ou pelo menos nublados. Se estiver sol, faça
uma rega abundante após a aplicação, para evitar que o produto
“queime” as folhas.
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10. Aumentando a “família”: A primavera é a melhor época para o
plantio. Aproveite para criar bordaduras, instalar novos canteiros,
montar floreiras, plantar cercas-vivas, etc. O importante é escolher as
espécies adequadas às condições do local.
Estas plantas estão em plena floração durante a Primavera:
• Agapanto (Agapanthus africanus)
• Alpínia (Alpinia purpurata)
• Boca-de-leão (Antirrhinum majus)
• Calceolária ou sapatinho-de-vênus (Calceolariaherbeohybrida)
• Dama-da-noite (Cestrum nocturnum)
• Centáurea ou escovinha (Centaurea cyanus)
• Lágrima-de-Cristo (Clerodendron thomsonae)
• Clívia (Clivia miniata)
• Estefânia (Cobaea scandens)
• Orquídea Dendróbio (Dendrobium densiflorum)
• Dedaleira (Digitalis purpurea)
• Lírio-do-amazonas (Eucharis grandiflora)
• Frésia (Freesia híbrida)
• Gardênia ou jasmim-do-cabo (Gardenia jasminoides)
• Gérbera ou margarida-do-transval (Gerbera jamesonii)
• Hortênsia (Hydrangea macrophylla)
• Orquídea Laelia (Laelia purpurata)
• Magnólia branca (Magnolia grandiflora)
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Manutenção de jardins
Ter um jardim sempre bonito e saudável é o grande sonho de muitas
pessoas aficionadas por plantas. Certamente, comparações do tipo "a
grama do meu vizinho é mais verde que a minha" ou "as flores dele são
mais coloridas" são feitas constantemente, porém, antes de qualquer
coisa, é preciso conhecer os motivos que tomam a área verde tão mais
atraente.
Claro que o estudo do local antes da inserção de plantas adequadas
para o tipo de solo e o clima é essencial, assim como o bom gosto, mas
promover uma manutenção regularmente é imprescindível.
Uma das principais reclamações citadas pelos profissionais do segmento
é a falta de um cuidado maior com a área verde após a entrega.
Segundo eles, muitos proprietários acham desnecessário ter esse gasto,
já que qualquer pessoa pode regar e podar as plantas quando preciso.
Entretanto, são atitudes como essa, que definem o andamento e o
sucesso do jardim.
As principais tarefas executadas na manutenção são as podas estéticas
e de limpeza, corte de grama, afofamento da terra, limpeza geral de
folhas secas, doentes ou em estado de decomposição, poda ou corte de
galhos, aplicação de defensivos, caso algum vegetal esteja doente ou
com pragas, e adubação adequada para cada tipo de espécie.
A manutenção deve ser realizada por um profissional especializado,
neste caso, um jardineiro, que deverá permanecer no local até o
cumprimento geral dos serviços. Porém, antes da execução das tarefas,
o profissional verifica o local e passa para o cliente uma previsão de dias
necessários para a realização das mesmas. Cada jardim tem a sua
necessidade e, por isso, pode precisar de mais ou menos dias.
Período
Mas a partir de quando a área verde começa a necessitar de
manutenção? 15 dias após a sua implementação, o jardim já precisa de
alguns cuidados básicos.
Para manter o paisagismo em perfeitas condições, as tarefas devem ser
executadas pelo menos a cada três meses. Mas esse período é bastante
variável.
Fatores como o tamanho da área verde e de como ela é cuidada no dia
a dia, a época do ano, se o jardim possui muitas ervas daninhas e se
conta com espécies de crescimento rápido ou plantas que precisam ser
constantemente podadas para que as formas sejam mantidas são
analisados, e isso determina, na verdade, a periodicidade da
manutenção.
No trabalho realizado quinzenalmente, a grande vantagem é manter o
jardim constantemente limpo, além de combater as pragas e doenças
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de maneira mais rápida. Assim, consegue-se ter um cuidado constante
com as espécies.
As tarefas
Divisão e o transplante
Constantemente efetuado nas manutenções, a divisão e o transplante
garantem um jardim sempre florido e, o melhor, em diferentes locais.
No caso do hernerocale (Hemerocalfis x hybfida), sua divisão por
touceiras é simples. Em primeiro lugar, faça a limpeza manual das
folhas secas. Depois, para facilitar, amarre a folhagem. Em seguida,
cave em volta do hernerocale com a vanca e a retire do solo. Não é
preciso retirar a terra. Com a faca, a touceira pode ser dividida em
muitos exemplares.
Poda
De limpeza ou drástica, a poda, além de deixar as plantas mais bonitas
e vistosas, são essenciais para o desenvolvimento delas. Mas, para que
esta tarefa atinja seu objetivo quanto ao crescimento das espécies,
deve se atentar para a época ideal de executá la em cada uma das
plantas.
Aparar
Aparar a grama é outra atividade que deve ser efetuada
freqüentemente. No caso de áreas maiores, os cortadores elétricos ou a
combustível são os mais recomendados, porém, podem encarecer o
valor da manutenção. Em locais reduzidos e de difícil acesso, a tesoura
de jardineiro supre muito bem a necessidade.
Adubação
Fundamental para o crescimento da vegetação, a adubação deve ser
feita corretamente, seguindo sempre as orientações do fabricante, e por
um profissional qualificado, assim como todas as tarefas.
Rega
Vital para o desenvolvimento das plantas, a rega, a grosso modo, deve
ser realizada com maior freqüência nas estações mais quentes e com
cuidado nas épocas mais frias. Porém, sempre atentando para não
encharcar o substrato, fato que pode levar a espécie à morte.
Mais informações
Período
Se por um lado existem pessoas que optam pela manutenção em um
período menor, outras, por diferentes motivos, preferem prolongar esse
prazo ao máximo. Porém, é válido ressaltar que alguns pontos
necessitam de uma atenção redobrada e, por isso, têm um tempo de
"vida".
Na verdade, este período é relativo. Se for avaliar apenas a adubação,
por exemplo, que costuma agir em uma planta por aproximadamente
três meses, o intervalo entre uma manutenção e outra não pode
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ultrapassar 90 dias. Dependendo das espécies, o prazo máximo é de um
mês.
Questão financeira
Dentre os principais benefícios, além de contar com um projeto
paisagístico sem distorção, a questão financeira é outra grande
vantagem em determinados casos. Dependendo da planta utilizada é
necessário plantar mais algumas unidades ou fazer a sua troca. Quando
se realiza esse procedimento em um curto espaço de tempo, o
proprietário do jardim investe bem menos, pois as espécies são mais
bem cuidadas e não se danificam.
Já em uma área verde que recebe pouca atenção, a perda das espécies
é maior, assim como as reposições delas, da terra e de outros
materiais, necessários a sua remodelação. Com isso, o investimento se
torna bem maior. O valor dependerá do tamanho da área e se o corte
da grama implicará na utilização de máquinas e gastos com
combustível. A partir dessas e de outras informações avalia-se a
necessidade de cada jardim.
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Conheça espécies de plantas tóxicas
que merecem cautela
Embora se destaquem por sua beleza, algumas plantas podem esconder
perigos mortais, principalmente para as crianças
Algumas das plantas ornamentais que temos em nossos em vasos ou
jardins podem esconder perigo por trás de sua beleza. Elas são
chamadas "plantas tóxicas", pois apresentam princípios ativos capazes
de causarem graves intoxicações quando ingeridas ou irritações
cutâneas quando tocadas.
Segundo dados do Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico-
Farmacológicas), cerca de 60% dos casos de intoxicação por plantas
tóxicas no Brasil ocorrem com crianças menores de nove anos. E a
maioria, 80% destes casos, são acidentais. O Sinitox, que fornece
informações sobre os agentes tóxicos existentes, funciona em parceria
com a Fundação Oswaldo Cruz e possui centros de atendimento e
informações em vários estados do Brasil (veja telefones no final desta
matéria).
Geralmente, a intoxicação por plantas acontece por desconhecimento do
potencial tóxico da espécie. A seguir apresentamos algumas das
espécies ornamentais tóxicas mais comuns em quintais, jardins e vasos.
TINHORÃO
Nome científico: Caladium bicolor Vent
Nome popular: tajá, taiá, caládio
Família: Aráceas
Parte tóxica: todas as partes da planta
Sintomas: a ingestão e o contato podem causar sensação de
queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos,
diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato
com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.
Princípio ativo: oxalato de cálcio
COMIGO-NINGUÉM-PODE
Família: Araceae
Nome científico: Dieffenbachia picta Schott
Nome popular: aninga-do-Pará
Parte tóxica: todas as partes da planta
Sintomas: a ingestão e o contato podem causar sensação de
queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos,
diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato
com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.
Princípio ativo: oxalato de cálcio, saponinas
COPO-DE-LEITE
Família: Araceae
Nome científico: Zantedeschia aethiopica Spreng
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Nome popular: copo-de-leite
Parte tóxica: todas as partes da planta
Sintomatologia: a ingestão e o contato podem causar sensação de
queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos,
diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato
com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.
Princípio ativo: oxalato de cálcio
TAIOBA-BRAVA
Família: Araceae
Nome científico: Colocasia antiquorum Schott
Nome popular: cocó, taió, tajá
Parte tóxica: todas as partes da planta
Sintomas: a ingestão e o contato podem causar sensação de
queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos,
diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato
com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.
Princípio ativo: oxalato de cálcio
SAIA-BRANCA
Família: Solanaceae
Nome científico: Datura suaveolens L.
Nome popular: trombeta, trombeta-de-anjo, trombeteira, cartucheira,
zabumba.
Parte tóxica: todas as partes da planta
Sintomas: a ingestão pode provocar boca seca, pele seca, taquicardia,
dilatação das pupilas, rubor da face, estado de agitação, alucinação,
hipertermia; nos casos mais graves pode levar à morte
Princípio ativo: alcalóides beladonados (atropina, escopolamina e
hioscina)
BICO-DE-PAPAGAIO
Família: Euphorbiaceae
Nome científico: Euphorbia pulcherrima Willd
Nome popular: rabo-de-arara, papagaio
Parte tóxica: todas as partes da planta
Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema
(inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o
contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das
pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas,
vômitos e diarréia
Princípio ativo: látex irritante
COROA-DE-CRISTO
Família: Euphorbiaceae
Nome científico: Euphorbia milii L.
Nome popular: coroa-de-cristo
Parte tóxica: todas as partes da planta
Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema
(inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o
contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das
pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas,
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vômitos e diarréia.
Princípio ativo: látex irritante
AVELÓS
Família: Euphorbiaceae
Nome científico: Euphorbia tirucalli L.
Nome popular: graveto-do-cão, figueira-do-diabo, dedo-do-diabo, pau-
pelado, árvore de São Sebastião
Parte tóxica: todas as partes da planta
Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema
(inchaço) de lábios,boca e língua, dor em queimação e coceira; o
contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das
pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas,
vômitos e diarréia
Princípio ativo: látex irritante
ESPIRRADEIRA
Família: Apocynaceae.
Nome científico: Nerium oleander L.
Nome popular: oleandro, louro rosa.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Sintomas: a ingestão ou o contato com o látex podem causar dor em
queimação na boca, salivação, náuseas, vômitos intensos, cólicas
abdominais, diarréia, tonturas e distúrbios cardíacos que podem levar à
morte.
Princípio ativo: glicosídeos cardiotóxicos
MAMONA
Família: Euphorbiaceae
Nome científico: Ricinus communis L.
Nome popular: carrapateira, rícino, mamoeira, palma-de-cristo,
carrapato
Parte tóxica: sementes
Sintomas: a ingestão das sementes mastigadas causa náuseas,
vômitos, cólicas abdominais, diarréia mucosa e até sanguinolenta; nos
casos mais graves podem ocorrer convulsões, coma e óbito.
Princípio ativo: toxalbumina (ricina)
PINHÃO-ROXO
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Jatropha curcas L.
Nome popular: pinhão-de-purga, pinhão-paraguaio, pinhão-bravo,
pinhão, pião, pião-roxo, mamoninho, purgante-de-cavalo
Parte tóxica: folhas e frutos
Sintomas: a ingestão do fruto causa náuseas, vômitos, cólicas
abdominais, diarréia mucosa e até sanguinolenta, dispnéia, arritmia e
parada cardíaca.
Princípio ativo: toxalbumina (curcina)
Orientações
1- Procure identificar se possui plantas venenosas em sua casa e
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arredores, buscando informações como nome e características.
2- Mantenha as plantas venenosas fora do alcance das crianças e dos
animais domésticos.
3- Oriente as crianças para não colocar plantas na boca e nunca utilizá-
las como brinquedos (fazer comidinhas, tirar leite, etc.)
4- Não utilize remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação
especializada.
5- Evite comer folhas, frutos e raízes desconhecidas. Lembre-se de que
não há regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis
das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da
planta.
6- Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex, pois elas podem
provocar irritação na pele e principalmente nos olhos. Evite deixar os
galhos em qualquer local onde possam atrair crianças ou animais.
Quando estiver mexendo com plantas venenosas use luvas e lave bem
as mãos após esta atividade.
7- Cuidados especiais também devem tomados com os animais
domésticos. Animais filhotes e adultos muito ativos têm uma grande
curiosidade por objetos novos no meio em que vivem e notam logo
quando há um vaso diferente em casa ou uma planta estranha no
jardim. Não é raro o animal lamber, morder, mastigar e engolir aquilo
que lhe despertou a curiosidade. Animais privados de água podem, por
exemplo, procurar plantas regadas ou molhadas de chuva recentemente
e ingerir suas partes. Há casos de cães e gatos que ficam sozinhos
confinados por períodos longos que acabam se distraindo com as
plantas e acabam por ingerí-las.
8- Em caso de acidente, guarde a planta para identificação e procure
imediatamente orientação médica.
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Manutenção do gramado no inverno
Como estamos entrando nas estações mais frias do ano, falaremos sobre alguns itens
que ajudarão a manter seu gramado em bom estado nesta época.
Poda
Com a entrada do frio e os dias mais curtos, ou seja, menos horas de luz, o crescimento
da grama diminui bastante, fazendo com que o espaçamento entre os cortes sejam mais
longos. A capacidade de recuperação da grama é menor, sendo por isso necessário
aumentar a altura de corte pare torná-la mais resistente.
Irrigação
Já que os dias não são tão quentes temos uma menor perda de água por
evapotranspiração, isso vem dar um melhor aproveitamento da água pela planta. O que
nós sugerimos sempre é molhar em dias alternados com maior quantidade de água,
havendo maior penetração no solo, forçando o crescimento das raízes para áreas mais
profundas, tornando a planta mais forte e resistente. Devem-se evitar regas no fim de
tarde para impedir proliferação de determinados fungos.
Fertilização
Esta á uma época do ano que devemos diminuir bastante o uso de fertilizantes, já que a
planta passa por um período de latência, diminuindo consideravelmente a absorção de
nutrientes.
Alguns deles como o nitrogênio (N), por exemplo, deve ter uma aplicação criteriosa,
sempre em conjunto com potássio (K) para não causar um desequilíbrio no solo e
favorecer o desenvolvimento de determinados fungos. O que aconselhamos é fazer
aplicação de fertilizantes foliares nas doses corretas 1 à 2 vezes por mês para manter a
grama saudável e com bom aspecto visual. Os adubos de liberação lenta também são
uma opção para esta época do ano.
Praga e Doenças
Apesar de termos uma menor incidência de pragas nesta época o aparecimento de
doenças é maior, principalmente determinados tipos de fungos. Alguns deles como
Sclerotinia, Rhizoctonia e Helmimithosporium são os mais comuns variando de acordo
com a região.
Alguns tratos culturais ajudam a diminuir a incidência destes fungos entre eles:
• Tirar orvalho pela manhã
• Evitar rega nos fins de tarde
• Fazer adubações corretas a balanceadas.
O controle químico através de fungicidas deve ter assessoria de agrônomos para evitar
aplicações incorretas.
Ervas Daninhas
A maioria dos herbicidas tem seu melhor aproveitamento no período de maior atividade
das plantas, seja, na primavera/verão, por isso este não é a época ideal para uso de
herbicidas devendo o controle ser feito manualmente.
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Jardins e flores no inverno
No Brasil, quando falamos em inverno, a imagem que criamos é muito
mais agradável do que uma paisagem coberta de neve, árvores com
galhos secos e desfolhados e ausência completa de flores.
Com os devidos cuidados, as plantas dos jardins e dos vasos podem
resistir bem aos efeitos do frio, chegando bonitas e sadias na
primavera. Além disso, muitas espécies enfeitam e colorem nosso
inverno, pois florescem nesta época.
As plantas de interior devem ter suas regas reduzidas. Nesta época do
ano, com a redução do calor, diminui também a necessidade de água
nas plantas. Todo o excesso de umidade acaba sendo convertido em
problemas: apodrecimento das raízes, proliferação de fungos e insetos
sugadores, etc.
Quanto às adubações, são recomendadas apenas para as plantas que se
desenvolvem e florescem no inverno. Arvores, arbustos e cercas-vivas
podem ser podados nesta época, desde que não estejam florindo. O
período também é bom para fazer o transplante de trepadeiras,
arbustos e árvores que estiverem em seu período de dormência.
Em julho e agosto, as roseiras devem ser podadas e adubadas com
adubo orgânico. É a chamada poda anual das roseiras. A sabedoria
popular afirma, que o período mais propicio para a poda, é a lua
minguante, quando o fluxo de energia da planta se volta para as raízes
(na dúvida, não custa tentar). Em regiões mais frias, é recomendável
aguardar a passagem das geadas sendo, portanto, a final do inverno a
período mais indicado. Já nas regiões mais quentes, onde as geadas são
quase raras, a poda pode ser feita no mês de julho. De qualquer forma,
é importante saber que as podas são muito importantes para as
roseiras, para incentivar o surgimento de novos brotos e aumentar a
floração. E atenção: o corte deve ser feito em diagonal, sempre 1 cm
acima da gema mais próxima.
Gramados
Um capítulo à parte. Muita gente fica preocupada com o gramado
durante o inverno e, às vezes, exagera nos cuidados. Nos meses frios, a
grama merece realmente alguns cuidados: limpeza, aeração e
cobertura, mas sem dramas!
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1. Limpeza: Deve começar com a retirada das ervas daninhas, de
preferência manualmente para que sejam extirpadas as raízes. Depois
disso, a grama pode ser aparada.
2. Aeração: Após o corte, é recomendável recolher o excesso de aparas,
pois durante o inverno é preciso garantir a aeração do gramado. Retire
os restos do corte com um ancinho ou uma vassoura de arame, a tarefa
vai melhorar a aeração e a luminosidade e, ainda, diminuir a
temperatura e umidade junto à grama, fatores que facilitam o
surgimento de doenças. Outra medida que contribui para aumentar a
circulação de ar entre as raízes da grama é fazer perfurações finas e
profundas no solo, manualmente, usando uma ferramenta apropriada. É
preciso, entretanto, tomar cuidado para não perfurar e danificar demais
as folhas.
3. Cobertura: Não se recomenda cobrir o gramado com terra preta no
inverno. Este hábito não é muito saudável, pois funciona como meio de
transporte de sementes de ervas daninhas e serve para elevar o seu
nível acima dos pisos do jardim.
Se forem tomados os devidos cuidados durante o ano e as irrigações
necessárias, mesmo nesta época, a grama estará forte e sadia.
A adição de solo só é feita com o objetivo de corrigir algumas
irregularidades que ocasionalmente aparecem após a sua compactação
em determinados locais. Para tanto se distribui homogeneamente uma
camada bem fina, que aos poucos ficará incorporada ao gramado,
corrigindo as pequenas ondulações.
Hoje já existem no mercado substratos especialmente desenvolvidos
para cobrir os gramados, que são elaborados por indústrias e já vem
pronto para o uso, sendo isentos de pragas e doenças.
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Plantas para Interiores
Mesmo num pequeno apartamento ou num cantinho do escritório, é possível,
de maneira simples e sem maiores despesas, o cultivo de plantas. Tudo o que
você precisa fazer é escolher as que se adaptem às condições que o local tem a
oferecer.
Devemos lembrar que elas terão de suportar um nível de luminosidade inferior
ao que recebem no ambiente natural, contar com menos umidade e ter espaço
reduzido para suas raízes (visto que serão cultivadas geralmente em vasos e
jardineiras).
Podemos fazer uma classificação simplificada das espécies, de acordo com o
nível de luminosidade. Se o vaso ou jardineira estiver próximo à janela poderá
ser classificado com ensolarado (se estiver na face norte), meia-sombra (nas
faces leste ou oeste) ou sombreado (na face sul).
A irrigação segue a mesma regra das plantas que estão ao ar livre. As regas
não deverão ser mais espaçadas do que requer cada espécie, nem mais
abundantes do que ela necessita, porque isso pode ocasionar o apodrecimento
das raízes. É aí que temos que tomar um cuidado muito importante com
relação à drenagem dos vasos e jardineiras, utilizando no fundo dos mesmos,
argila expandida ou cacos de cerâmica, antes da colocação da terra, evitando
assim o acúmulo de água nas raízes.
PLANTAS DE PLENO SOL - necessitam de 04 hora diárias de sol direto:
-Ixora (Ixora ssp);
-Buxinho (Buxus sempervirens);
-Azaléia (Rhododrendon spp);
-Onze-Horas (Portulaca ssp);
-Gerânio (Perlagonium ssp), dentre outras, estes são apenas alguns exemplos,
pois a lista é extensa.
PLANTAS DE MEIA-SOMBRA - não recebem sol direto em nenhuma parte do
dia, no entanto, precisam de pelo menos 04 horas diárias de luz indireta:
-Violeta-Africana (Saint-paulia ionantha);
-Antúrios (Anthurium andreanum);
-Peixinho (Nemanthus spp);
-Lírio-da-Paz (Spathiphyllum wallisi);
-Cheflera (Schefflera arborícola);
-Begônia (Begônia ssp), dentre outras.
PLANTAS DE SOMBRA - recebem apenas luz difusa, entre 04 e 06 horas por
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dia, sem sol ou claridade direta:
-Jibóia (Epipremnum pinnatum);
-Palmeira-Ráfis (Rhapis excelsa);
-Singônio (Singonium angustatum);
-Café-de-Salão (Aglaonema ssp);
-Maranta (Calathea spp);
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Atraia borboletas para polinizar as
plantas
Algumas plantas com flores precisam da colaboração de agentes
externos que as polinizem. Estes agentes ou vetores que realizam o
transporte do pólen podem ser o vento, a água ou seres vivos como
pássaros, morcegos e insetos. As borboletas são as que trazem mais
vantagens porque, além de ajudar na reprodução das plantas, enfeitam
com seu colorido. Aprenda como atraí-las para dar mais harmonia ao
ecossistema do seu jardim.
1
Ao fazer a distribuição das plantas, escolha partes onde bate sol. Estas
áreas devem ter pelo menos seis horas de luz direta diariamente.
2
Proteja do vento algumas áreas do jardim. Você pode criar uma
proteção natural contra as rajadas de vento plantando arbustos ou
outras plantas altas. Outra opção é fazer cercas ou aproveitar as
paredes já existentes.
3
Diversifique as espécies do seu jardim. Plante muitas flores onde as
borboletas possam se alimentar e colocar seus ovos. Saiba que cada
espécie de borboleta se alimenta do néctar de um tipo de flor.
4
Inclua plantas que florescem em épocas diferentes do ano para evitar
que as borboletas tenham de migrar para obter alimento.
5
Cultive plantas com flores vermelhas, laranjas, amarelas e lilás, porque
essas são as cores que mais atraem as borboletas.
• Entre as espécies de plantas recomendadas com flores vermelhas e
rosadas estão o gerânio (Pelargonium sp) e os cravos de poeta ou
cravinas (Dianthus barbatus).
• Entre as flores de cor laranja você pode plantar calêndula (Calendula
officinalis) e camará (Lantana camara).
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• As flores branco-amareladas são as preferidas pelas borboletas
noturnas. Em geral estas flores têm aromas intensos. Você pode optar
por araticum ou fruta-do-conde (Annona sp), abacateiro (Persea
gratissima), arruda (Ruta sp), tomilho (Thymus mastichina), jasmim
(Jasminum officinale) e madressilva (Lonicera caprifolium).
• Entre as de tonalidade lilás você pode cultivar trevos (Trifolium spp),
maracujá (Passiflora sp), viperina (Echium vulgare), sálvia (Salvia
officinalis), lavanda (Lavandula vera) e verbena (Verbena repens).
6
Nas épocas em que o jardim estiver com poucas flores, prepare o
seguinte alimento: misture em uma xícara com água duas colheres
(sopa) de açúcar e 20 gotas de tempero para carne (confirme antes se
possui enzimas proteolíticas). Coloque a mistura em pratinhos,
camuflando-os entre as plantas.
7
Mantenha o jardim com boa umidade. Coloque vasilhas de terra úmida e
adicione um pouco de sal. As borboletas chuparão estas superfícies para
satisfazer sua necessidade de umidade e minerais.
8
Coloque um banco confortável no seu jardim e contemple esse espaço e
as borboletas.
Importante
• Não utilize inseticidas. Lembre que as borboletas são insetos e
também serão afetadas.
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Jardineiros. Experiência na ponta da
tesoura
A seleção do bom jardineiro deve ser feita observando-se seu trabalho
na prática. Antes de se contratar o profissional é preciso esclarecer que
tipo de trabalho será feito. Existe a manutenção que inclui única e
exclusivamente a poda e a limpeza, e a mais completa que envolve
também a aplicação de adubos e a pulverização no caso de pragas.
Além disso, é fundamental ter referências do serviço. Vale conhecer
alguns jardins que recebem a manutenção do profissional já há algum
tempo. E existe ainda a questão da estética, o jardineiro deve executar
a manutenção segundo o projeto original de paisagismo.
Uma questão de segurança
Da mesma forma que se contrata qualquer funcionário para trabalhar
dentro de uma casa, a escolha do jardineiro também exige cuidados no
que se refere à segurança. O profissional deve ser recomendado por
pessoas conhecidas ou empresas estabelecidas no mercado. Se o
jardineiro quebra um vaso, por exemplo, de quem é a responsabilidade?
Para se cuidar do jardim em uma varanda de apartamento, por
exemplo, é preciso tomar cuidado para não sujar elevadores, paredes e
o piso da casa.
Bons resultados
Deve-se supervisionar o trabalho até para que nenhuma planta seja
danificada. Se o jardineiro não souber manejar bem a tesoura, ele
mastiga a planta. São poucos os jardineiros que sabem, por exemplo,
podar um buchinho corretamente para que fique redondo. Se o serviço
não for bem-feito, na terceira poda a planta começa a ficar com um
formato feio. Do mesmo modo, uma cerca viva precisa ser podada com
cuidado. É preciso nivelar as plantas com uma linha e medir a altura.
Caso contrário, a cerca ficará torta.
Experts no assunto
Além da poda e limpeza, o bom jardineiro sabe adubar e pulverizar todo
e qualquer tipo de espécie. Percebe-se a boa saúde da planta por sua
cor. Se elas começam a perder o tom original, a ficar manchadas e
amareladas, algo está errado. E nem sempre é o caso de doenças ou
ataque de pragas. O excesso de adubo também pode queimar as folhas.
Mas de nada adianta uma boa manutenção, se houver falta de regas.
Quanto custa
Jardineiros autônomos cobram por dia de trabalho de 40 a 100 reais,
dependendo da região e do serviço. Já as empresas de manutenção
costumam fechar contratos anuais que envolvem visitas mensais, com
preços de 130 a 600 reais, incluindo o material e as pequenas mudas.
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Os preços variam de acordo com o projeto: um jardim clássico com
topiarias requer mais tempo de trabalho, além do mais, exige um
profissional especializado. Pode-se também contratar a cada seis meses
um paisagista para uma visita técnica (de 100 a 200 reais a hora), que
inclui a orientação ao caseiro, que costuma trabalhar para a residência.
A manutenção deve ser mensal, mas por medida de economia muita
gente chama o profissional mês sim, mês não. Esse prazo é o máximo
para manter o jardim em bom estado.
Equipamentos disponíveis
Jardineiros trazem as ferramentas básicas, como cortador e tesoura de
poda. Mas, se for preciso podar ou transplantar árvores de grande
porte, deve-se contratar jardineiros especializados, que possuem
autorização do Ibama para o uso de motosserra. Para remover árvores
caídas após uma chuva, mesmo dentro de casa, é preciso chamar a
prefeitura local.
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Plantio de árvores em calçadas
A maior parte das mudas plantadas na cidade não vingam em função da
depredação e vandalismo provocado pelas pessoas que sentem prazer
em quebrar árvores novas ou sacudi-las até deixá-las tombadas (nem
mesmo a armação protetora que defende a árvore escapa).
Outras vezes, por não terem sido plantadas em condições apropriadas
para se desenvolverem saudáveis e bonitas.
Algumas recomendações básicas devem ser seguidas, a fim de se obter
sucesso no plantio das árvores. As espécies devem ser adequadas ao
espaço disponível, observando porte e tipo de copa da árvore adulta,
tipo de raiz e caule, tamanho dos frutos e flores, origem, toxicidade e
espinhos, presença de fiação elétrica, largura da calçada, clima,
tubulações subterrâneas, etc.
„X A muda deve ter altura mínima de 2,20m.
„X Um espaço mínimo de 1m deve ser deixado para o trânsito de
pedestres.
„X Sob fiação, só podem ser plantadas árvores de pequeno porte (até 5
metros de altura).
„X A cova deve ter as dimensões mínimas de 60x60x60cm
„X A muda com o torrão deve ser plantada no centro da cova, a 60cm
do meio-fio da rua.
„X O colo da muda deve ficar no nível da superfície.
„X A terra de preenchimento da cova deve estar sem pedras, entulho ou
lixo, para o bom desenvolvimento da muda.
„X A muda deve estar presa a um protetor fixado ao solo, por
amarrilhos (cordões) de sisal ou similar na forma de oito deitado.
„X O amarrilho utilizado na fixação da árvore ao protetor não deve
sufocar a muda, podendo ser retirado após um ano aproximadamente.
„X Enquanto a muda for pequena o protetor deve ser mantido
„X Assim que plantada, a muda deve ser regada com bastante água, e a
rega deve continuar com freqüência de três vezes por semana,
principalmente em períodos de estiagem.
„X Nas primeiras semanas a muda pode perder todas as folhas, continue
regando, pois ela irá brotar novamente.
„X Quando surgirem rebentos na árvore, a irrigação poderá ser feita a
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intervalos cada vez maiores.
„X Para facilitar o crescimento da árvore, os chamados “brotos ladrões”
que nascem no tronco junto ao chão e nas laterais devem ser retirados.
„X Tratamento de eventuais lesões na casca da árvore devem ser feitos
com a utilização de pastas fungicidas, encontradas em casas de artigos
para a lavoura.
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Como conservar seu jardim
Para plantar um jardim é necessário prestar atenção em algumas
características das plantas escolhidas e do espaço disponível. E para
mantê-lo sempre bonito e vistoso, suas plantas vão necessitar de alguns
cuidados especiais, mas nada impossível de fazer, com um pouco de
organização.
Ao escolher as plantas, considere
. Ambiente x características das plantas: luminosidade, ventilação,
odores, espaço.
. Facilidade de manutenção.
. Custo e resistência das plantas e flores.
. Seu tempo disponível para cuidados.
. Finalidade do jardim: meramente decorativo; harmonização de
ambientes; terapêutico; medicinal; hobby ocupacional; etc.
Para melhorar a qualidade do solo
. Remexa a terra para deixá-la fofa. Enquanto estiver fazendo isto,
misture adubo orgânico.
. Retire todas as impurezas: ervas daninhas, raízes mortas, torrões de
terra seca.
. Use uma receita básica: misture uma porção de areia, com uma
porção de terra e uma porção de terra vegetal. Para cada 5 litros de
mistura básica, acrescente: 1 colher de sobremesa de farinha de ossos,
uma colher de sobremesa de farinha de peixe e uma colher de
sobremesa de nitrato de potássio. Adicione a mistura a sua terra e
mexa bastante. Para corrigir ainda mais o solo, acrescente areia em
solos argilosos e compactos ou terra em solos arenosos.
Plantio
. Para plantar as mudas, faça um buraco de bom tamanho, retire o
plástico da muda e coloque o torrão dentro do buraco. Coloque aquela
mistura básica em torno do torrão.
. Para plantas com caules finos e altos, coloque um bambu ou um cabo
de vassoura para apoiar a planta. Amarre delicadamente a planta ao
bambu (estaqueamento).
Rega
. Para regar suas plantas, dê preferência para as primeiras horas do dia.
Evite molhá-las quando o sol estiver forte. Para jardins e canteiros use
mangueiras com irrigadores de pressão.
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Poda
. Sempre retire as folhas secas e doentes, com uma tesoura de poda.
Deixe as flores murchas, pois elas viram frutos.
. Combata as pragas utilizando pulverizadores defensivos vendidos nas
casas do ramo.
Plantas em vasos
. Quando as raízes atingem um tamanho muito grande para o vaso que
estão ocupando, você tem que mudar a planta para um vaso maior.
Solte-a do vaso antigo com a ajuda de uma pá. Segure firme o caule e
bata com a vaso na beirada de uma mesa para que o torrão se solte.
. Para vasos com plantas com caule regue por cima com um regador
fino até que a água saia pelo furo da drenagem do vaso.
. Para vasos com plantas que cubram toda a superfície do vaso, encha
de água o prato que fica sob o vaso.
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Feng shui com plantas
O Feng Shui e a vegetação
beleza que traz equilíbrio
A harmonização de ambientes através da disposição de elementos já
não é, uma novidade. Atrás de soluções para diminuir o estresse
causado pela correria dos dias de hoje, cada vez mais pessoas procuram
a ajuda do Feng Shui do chinês "vento e água para transformar lares
e escritórios em canais de energia positiva.
"Os chineses avaliavam a formação do terreno, as montanhas, os cursos
de água, a direção dos ventos e só então instalavam suas casas,
cidades, população", diz Nizia Steinlle, que é arquiteta e pesquisadora
do Feng Shui. "0 uso da vegetação plantas, flores ou árvores é, sem
dúvida, uma das melhores maneiras de equilibrar um ambiente e enchê
lo de bons fluidos".
Orientada pelo sol, Nizia segue a vertente da Escola da Bússola e a
aplica ao hemisfério sul.
"Uma das muitas vantagens desta Escola é sua aplicação a qualquer
espaço. Pode ser uma casa, uma mesa ou um belo jardim", explica
Steirille.
O importante é saber posicionar corretamente as duas bússolas, a
tradicional e o Ba guá, para saber o que deve ser colocado em cada
área para potencializá la. Para isso, a pessoa deve estar no meio do
espaço estudado e alinhar os pontos cardeais: o norte do diagrama e o
da bússola devem apontar na mesma direção.
Para cada tipo de planta, assim como para todos os outros elementos,
existem lugares que aumentam seu poder de influência no ambiente
(veja lista no final da reportagem). "Flores vermelhas, por exemplo,
devem ser colocadas na área que rege as perspectivas profissionais."
Outras dicas
Arvores na frente da casa devem ser mais baixas que o telhado (as
mais altas ficam atrás); heras podem cobrir muros, mas não paredes
externas da casa; trepadeiras enroladas nas colunas quadradas
suavizam ãngulos retos.
Ative todos os setores com as plantas
Perspectivas profissionais ou Kan abuse das flores vermelhas, azaléia
traz moderação; jasmim, segurança; brinco de princesa, coragem. E
mais: comigo ninguém pode, confiança; e manjericão na entrada,
prosperidade.
Educação ou Ken
Claridade é essencial. Plantas como hortelã e clematite; árvores
frutíferas ou plantas de vida longa; se for um jardim grande, plantar um
carvalho.
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Família e Saúde ou Chen
Bambu, pêra e pinha boa sorte e longevidade. Limoeiro unidade e
vitalidade, camomila paz, eucalipto renovação física; narciso
rejuvenescimento. Em um jardim externo, utilize pedras e vegetação de
várias alturas para simbolizar a família . um jacarandá para o pai; um
flamboyant para a mãe; e arbustos menores para os filhos.
Prosperidade ou Sun
Flores púrpura, vermelha ou magenta; dinheiro em penca, hera da
fortuna, trevo, girassol, lírio amarelo. No jardim, colocar a piscina e
plantas de crescimento rápido e vertical, como trepadeiras. Folhas
arredondadas, que lembram moedas, como begônias. Lugar apropriado
para colocar um banco de jardim metálico. Esta área deve estar sempre
limpa de ervas daninhas.
Reconhecimento e fama ou Li
Vermelho e amarelo. Folhas triangulares de bromélias, violetas, rosas
vermelhas, primaveras, folhagens exuberantes. Plantas e flores de
caules compridos simbolizando ascensão social.
Casamento ou Kun
Jasmim, madressilva, gardênia, azaléias, lírio da paz, amor perfeito,
árvore da felicidade, antúrios, crisântemos, cercas vivas de hibiscos.
Flores cor de rosa para o coração e vermelhas para fortalecer as
paixões; perfumadas para o envolvimento. 0 banco de jardim deve
acomodar duas pessoas.
Criativídade e Rlhos ou Tuí
Pinha, alecrim, eucalipto, manjericão e romã simbolizam crescimento e
perseverança. Usar plantas com flores coloridas e grandes. Flores
amarelas estimulam a criatividade. Um gramado para brincadeiras
também é uma boa opção.
Pessoas úteis, mentores e amigos ou Chíen
Flores brancas e árvores medicinais como o eucalipto. Arruda, espada
de são jorge, comigo ninguém pode e primavera.
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Plantas na decoração
Seja qual for o tipo de atividade desenvolvida num estabelecimento
comercial, a natureza tem um papel de destaque em termos de
decoração. Mesmo discretas, as plantas dão vida ao ambiente e
contribuem para suavizar o cotidiano de um escritório, humanizando as
condições de trabalho, com reflexos na produtividade.
Numa loja, além de embelezar o local, elas podem funcionar como um
atrativo a mais, valorizando os objetos expostos e melhorando o bem
estar dos clientes.
Uma escolha correta das plantas, vai depender das condições
ambientais. Antes de qualquer coisa é preciso considerar a iluminação,
se há ou não ar condicionado e que tipo de ventilação existe. Não são
todas as espécies que sobrevivem às adversidades, mas há inúmeras
plantas indicadas para interiores. Também é necessário planejar com
cuidado a distribuição dos vasos, evitando que funcionem como
obstáculos à circulação. Plantas pendentes do teto não devem ficar
acima das mesas de um escritório, assim como um vaso frondoso nunca
deve atrapalhar a passagem num corredor.
Vistosas, coloridas ou contra o mau-olhado.
Se a opção for pelo predomínio do verde, a escolha pode recair se as
chamadas plantas de sombra, como scheffleras, raphis, árvore da
felicidade, pleomele e dracena arbórea. Por serem plantas grande porte
e de formas esculturais, devem ser usadas em pequeno número,
colocadas num canto ou lugares de destaque. Há ainda uma imensa
variedade de vasos, que podem ser pendurados no teto. É o caso de
todas as plantas da família das samambaias, a ripsalis, a renda
portuguesa e o chifre-de-veado. As samambaias, por exemplo, gostam
de calor, umidade e luz difusa.
Em matéria de flores, a violeta africana é apropriada por sua
durabilidade, a begônia e a azaléia são muito resistentes e o lírio-da-paz
tem uma flor de longa duração.
Outras espécies de plantas que sobrevivem bem em interiores: jibóia,
syngonium, filodendro, bico-de-papagaio, costela-de-adão, peperômia e
brassaia.
Como sempre existem pessoas supersticiosas, as plantas conhecidas
popularmente como "plantas da sorte" ou "contra olho gordo" podem se
transformar num ponto de atração. Essa categoria inclui comigo-
ninguém-pode, guiné, arruda e espada-de-são-jorge. Podem ser
plantadas juntas e ficam muito bonitas quando colocadas num vaso de
vidro com um pouco de terra no fundo e bastante água.
Água e luz: alimentos essenciais.
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Por outro lado, a localização dos vasos precisa seguir alguns critérios.
Devem ser situados junto às janelas, para receber a maior quantidade
de luz natural e ar, e ficar o mais longe possível das saídas de ar
condicionado. Se não houver luz natural, é necessário instalar focos de
luz perto das plantas ou até colocar lâmpadas especiais, que estimulam
a fotossíntese.
Outro cuidado importante diz respeito às regas: para saber quando as
plantas devem ser molhadas, basta colocar o dedo na terra e verificar
se está seca. A água nunca deve ser usada em excesso, pois pode
provocar o apodrecimento das raízes. Também não há necessidade de
troca constante da terra, desde que ela se mantenha no nível ideal. As
adubações periódicas são essenciais para a saúde da planta, mas devem
ser feitas de acordo com a espécie cultivada. Para prevenir pragas e
fungos é conveniente manter o ambiente arejado.
Se o local for muito poluído, o que é inevitável nas grandes cidades, é
bom lavar as folhas de vez em quando com um pano úmido utilizando
uma esponja com sabão de coco.
Os vasos pequenos, ideais para enfeitar mesas ou estantes, podem
conviver num ambiente onde há verde ou tornarem-se as próprias
soluções. De qualquer forma, devem estar sempre dentro de um
cachepo de madeira ou cerâmica. Para arbustos ou folhagens são muito
usados os vasos grandes de cimento, cerâmica ou fibra de vidro.
As plantas são hoje um componente essencial na decoração. Pesquisas
mostram que a cor verde tem um efeito tranqüilizante sobre as pessoas,
o que ameniza a rigidez do ambiente de trabalho. Daí a importância de
definir um projeto paisagístico junto com a distribuição dos móveis, o
que evita contratempos posteriores e ajuda a personalizar o
estabelecimento.
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Jardim a sombra
Quase todo mundo tem um jardim ou parte do jardim à sombra. Há
sempre aquela enorme árvore do vizinho, ou um muro para atrapalhar.
Um corredor que não recebe sol, ou pelo menos um jardim interno mal
iluminado.
À primeira vista, tem-se a impressão de que estes locais serão sempre
desagradavelmente úmidos e sem charme. Mas basta um pouco de
atenção com o solo, escolher as plantas certas e a coisa toda muda de
figura. Em outras palavras, planejando direito podem-se obter
resultados surpreendentes.
E já que estamos falando em planejamento, é bom lembrar que, para se
ter um bonito jardim à sombra, é importante ficar atento para alguns
detalhes, tais como drenagem e textura do solo. Comecemos por eles:
Drenagem ou como evitar o excesso de umidade
O sol é um poderoso absorvedor de umidade. Logo, quando ele não
incide num local, a tendência natural é um excesso de umidade. Daí é
necessário, nos jardins à sombra, recorrermos a alguns truques para
permitir uma maior drenagem da água.
Uma providência muito acertada é cavar, no meio ou na parte mais
baixa do jardim, uma profunda vala em declive. Uma vala de, digamos,
90 centímetros a 1 metro de profundidade. Forra-se o fundo da vala
com uma camada de pedrisco (pedra britada ou similar), instala-se
sobre ele uma linha de tubos de cerâmica, ou plástico próprio para
drenagem (perfurado), cobre-se à tubulação com pedrisco e,
finalmente, completa-se o nível com a camada de terra do jardim.
O princípio de funcionamento é similar àquele de se colocar pedregulhos
ou cacos de cerâmica no fundo de um vaso. No caso, o tubo seria o furo
do vaso, que precisa, obviamente, ser instalado de tal modo a permitir
o escoamento do excesso de água para fora da área que se pretende
drenar.
A textura do solo pode ajudar muito
Existem terras, e terras ideais para um jardim à sombra. Para estes, a
melhor é aquela bem permeável, onde o excesso de água escorre
rapidamente para o subsolo. Ideal mesmo, seria aquela velha receita de
solo para vasos: terra, areia de construção e esterco bem curtido, em
partes iguais. Mas, na impossibilidade de ser preciso nas dosagens,
misture à terra do canteiro bastante areia e, esterco animal bem curtido
ou composto orgânico. Esta adição contribuirá muito para melhorar a
textura da terra tornando-a mais permeável.
Luminosidade é importante
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Sombra não é sinônimo de escuro. Quando se fala em jardim à sombra,
está se falando em um local onde o sol não incide diretamente, ou onde
só bate umas poucas horas por dia. Não em um local escuro. Assim,
deve-se procurar ao máximo preservar a luminosidade natural.
Às vezes, basta desbastar um pouco uma árvore de copa muito densa,
ou uma trepadeira, para se conseguir o dobro de luminosidade. Outras,
pintar as paredes próximas em tons claros. Enfim, o importante é você
observar o seu jardim em particular, e procurar imaginar os recursos
possíveis para dar a ele um pouco mais de luminosidade natural.
Ajuda do Oriente
Há séculos, os orientais descobriram que o jardim não é um reino
exclusivo das plantas. Eles como ninguém, tiram proveito de elementos
não vegetais, sobretudo pedras e água para criar belíssimos efeitos
paisagísticos. Com isso, conseguem transformar o que era uma simples
área verde num verdadeiro jardim, sinônimo de tranquilidade e beleza.
Faça como eles. Pedras, água corrente, esculturas e vasos combinados
com umas poucas plantas podem ser a melhor solução para áreas
realmente difíceis.
Agora que você já tem as bases para o planejamento, deixe as idéias
fluírem e crie, você mesmo, seu jardim encantado. Mas cuidado com a
manutenção.
Como manter este belo jardim
Na verdade, os cuidados com um jardim à sombra devem ser
redobrados. Num país tropical como o nosso, não podemos esquecer
que, se o clima quente e úmido torna o verde mais verde, contribui
também para a proliferação de uma infinidade de fungos e bactérias.
Portanto, é melhor tomar algumas precauções para evitar que o
desenvolvimento das plantas seja prejudicado. Algumas delas:
Mantenha a área sempre bem arejada
Evite o encharcamento por excesso de regas.
Revolva aterra freqüentemente (o ideal é uma vez por semana), para
facilitar a aeração do solo.
Fique de olho nas pragas e doenças.
Sintomas de problemas futuros
Não é nenhum bicho de sete cabeças a identificação dos micro-
organismos, fungos e bactérias prejudiciais às plantas. Basicamente, o
primeiro sintoma é a alteração da cor das folhas.
O oídio, por exemplo, caracteriza-se por deixar manchas brancas
semelhantes ao mofo. Já a ferrugem, apresenta manchas amarelas e
em relevo, enquanto o que a altenáría produz grandes manchas
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amarelas e pretas. Mas existe uma outra doença, a podridão, cujo
sintoma é o surgimento de mofo no colo, e muitas vezes nos ramos da
planta. Esta, se não for combatida a tempo, provoca o apodrecimento
dos tecidos e a conseqüente morte do vegetal.
Para combater estes micro-organismos, o melhor é:
Eliminar a parte afetada da planta.
Pulverizar a planta com fungicidas à base de cobre, tipo calda
bordalesa. Ou se puder, opte pelos naturais, como o óleo de Nim.
Fazer pulverizações preventivas nas plantas vizinhas, com dosagem um
pouco mais fraca.
Você já viu a maneira certa de planejar, e os cuidados que precisa ter
com seu jardim à sombra. Conheça agora algumas das plantas mais
recomendadas:
Plantas para jardins a sombra e meia sombra
Plantas floríferas
Bananeira do mato (Heliconia)
Malvavisco (Malvaviscus roseo)
Justícia (Wacobinia carnea)
Planta-camarão (Beloperone)
Hortência (Hydrangea)
Afelandra (Aphelandra)
Bela-emília (PIumbago)
Nandina (Nandina domestica)
Antúrio (Anthuriun)
Lírio-da-paz (Spathiphylun)
Maria-sem-vergonha (Impatiens)
Trepadeiras
Lanterna Japonesa (Abutilon)
Maracujá (Passiflora)
Filodendro (Philodendron)
Brinco-de-princesa (Fuchsia)
Gloriosa (Gloriosa)
Jasmin-de-madagascar (Stephanotis)
Folhagens
Tinhorão (Caladjum)
Dracenas (Dracena)
Asplênio (Asplenium nidus)
Costela-de-adão (Monstera deliciosa)
Samambaias diversas
Cheflera (Schefflera)
Samambaiaçu (Blecnum)
Ráfis (Rhapis excelsa)
Forrações
Hera (Hedera)
Brilhantina (Pilea)
Maranta (Maranta ieuconeura)
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Hera-sueca (Plectranthus)
Grama-preta (Ophiopogon)
Planta-pavão (Calathea)
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Flores o ano todo
Passear entre canteiros flores não é privilégio de quem, possui um
enorme jardim, basta que tenha um lugar destinado ao plantio de
flores, mesmo que este seja pequeno e acanhado.
Forrações, por exemplo, nascem em qualquer lugar e não exigem
cuidados especiais. Plante num mesmo canteiro mudas de espécies que
florescem em épocas alternadas; assim as flores se renovam o ano
inteiro. Selecione as plantas e siga as explicações de como cultivar cada
uma delas.
Camarão
Flores brancas plante na primavera ou outono. Regue diariamente.
Acrescente ao solo 1/3 de adubo orgânico. Reproduz se por estacas.
Beijo-de-frade
Flores vermelhas, rosa, roxas, amarelas e brancas. Prefere solo úmido e
rico em húmus ou com 1/3 de terra vegetal e 1/3 de areia. Multiplica-se
por sementes ou estaquia durante todo o ano.
Hortênsia
Flores azuis, roxas, rosa, vermelhas ou brancas. Prefere solo alcalino.
Cultive a no verão. Regue dia sim dia não. Multiplica se por mudas.
Verbena
Floresce em pequenos buquês em tons de rosa escuro, amarelo, azul e
branco. Cultiva-se desde o começo do verão até o fim do outono. Cresce
bem em solo fértil. Rega moderada. Reproduz-se por semente.
Lírio
Flor amarela, levemente, perfumada. Planta perene que deve ser
cultivada no verão, em solo fértil e úmido. Propaga se por divisão de
touceiras.
Agapanto
Planta perene encontrada nas cores violeta e azul. Sua reprodução se
faz por semente ou divisão de touceira. Exige terra fértil.
Onze horas
Flores rosa, roxas, vermelhas, amarelas e brancas. Floresce no verão e
outono. Solo argiloso e bem estercado. Multiplicação por semente ou
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estaquia. Rega moderada.
Petúnia
Flores bicolores. Semeadura entre julho e setembro. Replantando
quando as touceiras envelhecerem. Solo argiloso e bem estercado. Rega
moderada. Multiplicação por semente.
Gazânia
Flores em tons de amarelo, vermelho, rosa e branco. Solo, argiloso e
estercado. Multiplicação por semente ou divisão de touceiras. Floresce
no verão e outono. Rega moderada.
Wedelia
As flores se assemelham a pequenas margaridas na cor amarela. Solo
argiloso e estercado. Precisa de luz. Rega moderada. Multiplicação por
estaquia da haste.
Violeta
Propaga-se por muda ou semente. Gosta de muita luz.
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Faça as flores viverem mais
Colhidas em seu próprio jardim ou compradas em floriculturas, as flores
podem durar mais depois de cortadas, se você utilizar certos truques.
Aqui vão algumas regrinhas - desde a troca diária da água até a
conservação na geladeira - para prolongar a vida das flores de seu vaso.
Quando colocadas, num vaso com água, as rosas conseguem viver
cerca de cinco dias, as palmas, seis dias e, acredite, os crisântemos
chegam a durar até 25 dias!
E se você dispensar-Ihes alguns cuidados, é possível prolongar ainda
mais a vida e a beleza das flores cortadas. Na verdade, não são
necessárias fórmulas mágicas para se conseguir isso. Basta seguir os
conselhos de profissionais em, jardinagem, que indicam soluções
simples para o problema da conservação das plantas cortadas.
Vida longa, com técnicas simples
Os cuidados envolvem todo um processo desde o corte (caso você
apanhe a planta no jardim), a escolha dos melhores tipos (caso compre,
por exemplo numa floricultura), até chegar ao vaso que exige atenção
para certas normas fundamentais.
Assim, se você colher a flor do pé, é aconselhável que corte o galho
bem rente ao caule principal, fazendo o possível para não deixar pontas,
afim de que estas não roubem a energia de outras partes
Se comprar as flores na floricultura, esteja atento ao comprimento dos
cabos. Flores com cabos longos em geral, são resultado da utilização de
grandes quantidades de produtos químicos, usados para incentivar o
crescimento mais rápido da planta. Portanto são flores mais fracas e
menos duradouras.
É claro que isso não pode ser considerado uma regra geral, uma vez
que existem flores de hastes longas tão ou mais fortes que as de talos
curtos. Mas, como são muito raras de encontrar, o mais seguro mesmo
é comprar as flores de cabo curto.
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Quando colocar as flores num vaso, use água o mais fria possível;
depois, leve o vaso para um local arejado (sem correntes de vento),
com luz natural incidente, mas não sob sol direto.
Troque a água do vaso duas a três vezes por dia, e a, cada mudança é
preciso fazer o seguinte: limpar o recipiente e os cabos da planta em
água corrente; cortar 1 centímetro da ponta do cabo para que os poros
fiquem desimpedidos. No caso dos crisântemos, é fundamental que a
ponta do talo seja amassada, deixando-se apenas fibras no local.
Realize essa operação assim que a planta for colocada no vaso e sempre
que trocar a água.
Se você quiser manter durante mais tempo as flores dentro casa, deve
adquiri-las ainda em botão. Além de viverem mais, você terá a.
oportunidade de vê-las desabrochar.
Se quiser fazer "renascer" uma rosa meio murcha, por exemplo, coloque
na água do vaso algumas pedrinhas de gelo. E tem mais: As flores que
não serão usadas num mesmo dia podem ser conservadas em papel
celofane na geladeira.
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Bebedouros para beija-flores
Eis que surge uma dúvida...
A água açucarada colocada em bebedouros faz mal para os beija-
flores?
A resposta é não, de acordo com o especialista em pássaros Dr. Luiz
Fernando Figueiredo, do Centro de Estudos Ornitológicos (CEO) da
Universidade de São Paulo (USP),
Ele afirma que a água açucarada usada nos bebedouros para atrair
beija-flores não faz mal à saúde deles. E explica:
“A candidíase é uma infecção causada por um fungo, a Candida
albicans. É uma afecção que ocorre também no ser humano, o
conhecido "sapinho" que às vezes aparece na boca de crianças
pequenas. É uma infecção "oportunista", ou seja, aproveita-se da queda
de resistência imunológica do organismo para instalar-se. No caso de
crianças, decorre do fato de sua resistência imunológica estar ainda em
fase de formação. Também é comum em diversas outras situações que
envolvem queda da resistência imunológica, como nos casos de AIDS. A
informação de que bebedouros para beija-flores pode acarretar
candidíase nos bicos destas aves foi dada inicialmente,
presumivelmente, pelo naturalista Augusto Ruschi. Entretanto, isto não
está comprovado cientificamente. O que pode ter acontecido, é que
Ruschi mantinha beija-flores em cativeiro e estes, em função desta
condição, podem ter ficado desnutridos e estressados e,
consequentemente, com suas defesas imunológicas deprimidas.
De vez em quando este assunto é novamente propalado pela imprensa,
dando motivo à suspeita de que seja apenas uma estratégia visando
aumentar a venda de um produto comercial alternativo do açúcar
comum, para ser utilizado nos bebedouros.”
A finalidade do bebedouro para beija-flores é atrair estas aves para os
jardins, varandas, janelas. O bebedouro não substitui as necessidades
nutricionais dos beija-flores, já que o néctar tem outros nutrientes além
do açúcar. E, além disto, os beija-flores se alimentam também de
pequenos insetos e artrópodes, de onde obtêm proteínas.
Para quem tem disponibilidade de espaço, o ideal é o plantio de diversas
espécies vegetais que fornecem néctar, além de outras que fornecem
materiais para a construção de ninhos.
A manutenção de áreas arborizadas fornece também abrigos para estas
aves, bem como permite a proliferação dos pequenos insetos dos quais
elas se alimentam.
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Mas de qualquer forma, sempre que alguém for colocar água açucarada
para beija-flores deve tomar as precauções de higiene indicadas:
1- Troque a solução com frequência, diariamente.
2- Faça uma limpeza adequada do bebedouro. O interior pode ser limpo
com uma escova do tipo de limpar mamadeira ou das usadas em
laboratórios para limpar tubos de ensaio, chamadas de gaspilhão. Na
falta destas pode-se usar areia grossa ou arroz: joga-se um pouco
dentro do recipiente com um pouco de água e sacode-se bem. É comum
no interior do bebedouro, desenvolver-se algas que vão escurecendo a
superfície. O tubinho por onde a ave suga a solução também deve ser
limpo internamente.
3- Evite corolas ou outros ornamentos que dificultam a limpeza.
4- O bebedouro pode também ser deixado por meia hora dentro d'água
com um pouco de água sanitária. Enxague bem.
O uso de bebedouros feitos em casa utilizando garrafas vazias de água
ou refrigerantes tem a vantagem de poderem ser jogados fora e
trocados mais frequentemente. Faça o seu:
Pegue uma garrafa de plástico de refrigerante ou água mineral, tipo
descartável, de 500 ml ou menor. Esquente um prego bem fino e faça
um furinho na base da garrafa. Pinte em torno do furinho com esmalte
vermelho. Pendure a garrafa com um arame.
A concentração de açúcar indicada é de 20% (1 parte de açúcar para 4
partes de água) por ser parecida com a concentração do néctar.
Não coloque mais nada além de água e açúcar.
Formigas podem vir até o bebedouro. Para evitá-las basta colocar no
suporte em que está pendurado um pedacinho de estopa, algodão ou
um pano qualquer e embebê-lo com óleo queimado.
Também abelhas podem ser atraídas ao bebedouro, às vezes em grande
quantidade, impedindo que as aves se aproximem. Diversas medidas
podem ser tomadas para afastá-las:
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1- Retire as flores que enfeitam os bebedouros se tiver. Para os beija-
flores basta o tubinho ou mesmo só um furinho com uma marca
vermelha em volta para atraí-lo. As flores ajudam a atrair abelhas e
também servem como local para pousarem.
2- Retire os bebedouros durante alguns dias, até que as abelhas
desapareçam. Coloque-os em seguida em lugares diferentes de onde
estavam. Os beija-flores os acham com facilidade, mas as abelhas
podem demorar um pouco mais para descobri-los.
3- Use um tubinho mais comprido. Os beija-flores alcançam a água
açucarada pois enfiam o bico no tubinho. Já as abelhas podem ter
dificuldade para fazer isto.
4- Use um bebedouro bem simples, feito em casa, como explicado mais
acima. Passe óleo vegetal na base da garrafa e principalmente em torno
do furinho. As abelhas terão dificuldades em pousar, pois escorregarão
no óleo.
5- Faça um bebedouro doméstico como explicado. Sobre o furinho,
coloque uma pequena tira de plástico (retire esta tira de outra garrafa,
estas de 2 litros por exemplo). No meio da tira faça um furinho um
pouco mais largo que o da garrafa (3 mm mais ou menos). Grude a tira
de plástico sobre a garrafa (use esparadrapo ou alguma boa cola) de
modo que o furo da tira coincida com o furo da garrafa, porém fique
distante dele uns 5 mm. Os beija-flores enfiarão o bico pelo furo da tira,
alcançando o furo da garrafa, porém as abelhas não conseguirão fazer
isto. A distância da tira da garrafa tem que ser menor que o tamanho
das abelhas, para que elas não entrem por debaixo da tira.
Pinte em torno do furinho da garrafa de amarelo (3-4 cm de diâmetro) e
em torno do furinho da tira de plástico (esta pode ter também 3-4 cm
de largura) de vermelho, com 1 cm de diâmetro.
Dará assim um efeito de flor natural e o vermelho guiará os beija-flores
ao furinho.
Importante: Não use inseticidas ou qualquer outro produto químico para
espantar as abelhas, pois poderá contaminar os beija-flores.
Bem... agora com esta questão esclarecida podemos sem culpa e sem
medo, colocar água açucarada para atrair os beija-flores para o nosso
jardim.
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Frutíferas: podar é bom?
A melhor resposta é: depende do que você espera delas. A princípio,
uma árvore não precisa de poda. Na natureza, as plantas não são
podadas e vivem muito bem. Mas você pode desejar que sua árvore não
cresça muito, dê mais flores e frutos, por exemplo. E é aí que a poda
pode ser fundamental para algumas espécies. Você tem, dessa forma,
duas tarefas: descobrir se sua planta se enquadra entre as que podem
se beneficiar da poda para frutificar e florescer melhor, e aprender a
podá-la.
Quando se fala em frutíferas, as árvores que precisam de poda são
fáceis de reconhecer. Esse grupo perde suas folhas no inverno, são as
chamadas árvores de folhas caducas. Entre elas, as mais comuns são as
macieiras, pereiras, ameixeiras, figueiras, pessegueiros e até as
videiras. As demais chamam-se árvores de folhas perenes. Para elas, a
poda só é necessária nos primeiros anos de vida. Nas perenes, os
galhos mais velhos continuam frutificando.
Grande parte das árvores frutíferas brasileiras não perdem todas as
suas folhas durante o inverno: são chamadas perenes. "Nesse grupo, os
galhos envelhecem, mas continuam capazes de oferecer bons frutos
todos os anos". Por essa razão, as podas de frutificação são
desnecessárias. Você fará podas significativas quando a árvore da
espécie perene ainda for jovem, em média nos seus primeiros três anos
de vida. E depois você realizará apenas as podas de limpeza, para
retirar os galhos secos.
Na primeira poda de uma espécie perene, define-se o tamanho da
árvore. Ao cortar a ponta do tronco principal (onde fica a gema apical),
você faz o harmônio de crescimento da planta ser redistribuído e por
isso vários galhos aparecem (a partir das gemas laterais). A finalidade
da segunda e terceira poda é dar forma simétrica à planta. Você escolhe
quais galhos quer que se desenvolvam e cuida para que eles se
mantenham robustos.
Podas anuais fazem bem para as árvores de folhas caducas. Também
chamadas de decíduas ou semiperenes, as macieiras, pereiras,
pessegueiros, ameixeiras e figueiras precisam de podas todos os anos.
Quando frutificam, seus galhos perdem a vitalidade. Assim, no ano
seguinte, precisam recompor o nível hormonal e não dão bons frutos. "A
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poda de frutificação é recomendada, nesses casos, porque garante que
a qualidade e a quantidade de frutos seja regular anualmente ". O rigor
da poda depende da espécie da planta, do clima e do tipo de solo onde
ela foi cultivada. Mas, de forma geral, a árvore passaria pela poda de
formação, como as perenes. Depois de adulta, os seus galhos devem
ser podados todos os anos após a frutificação. Os galhos que nascem no
ano seguinte costumam gerar frutos mais vigorosos.
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Dicas para ter um jardim bonito e
saudável
Ter um jardim vistoso e saudável exige cuidados especiais. A escolha
das espécies, o local onde serão plantadas, a periodicidade da rega:
tudo isso influencia no resultado final. Não adianta aumentar a
quantidade de adubo ou de água para que a planta cresça mais rápido.
Com jardins, de nada vale a ansiedade. Tudo tem o seu tempo. Confira
abaixo algumas lições:
Rega na medida certa
Informe-se sobre a quantidade de água que cada espécie necessita ao
longo do dia. Evite regá-las à noite. Sem luz natural, a umidade é
maior, o que facilita a proliferação de fungos.
Procure pensar na irrigação antes de as espécies serem plantadas.
Dessa forma, não será necessário rasgar o gramado e desfazer
canteiros para a instalação de canos e tubos. Mas, se for aguar as
plantas com mangueiras comuns, experimente instalar torneiras a cada
20 m. Isso facilitará a rega, ao trabalhar com mangueiras menores.
Adubo calibrado
Calcule bem a dose de adubos e fertilizantes. Preste atenção no rótulo
do produto e nas indicações de quantidade e freqüência da aplicação.
Aproveite as primeiras horas da manhã para adubar, quando o Sol ainda
não esquentou o solo.
Farmácia da terra
A melissa é ótima contra gripes, o orégano é conhecido por
propriedades expectorantes e o poejo ajuda a curar inflamações na
garganta. Essas e outras plantas medicinais exigem mimos extras,
principalmente no verão. Evite tocá-las ou regá-las sob o sol, quando
suas folhas estão quentes, pois elas queimam facilmente.
Frutas no jardim
É possível plantar árvores frutíferas no jardim. O segredo está na
escolha das espécie. As pitangueiras e acerolas, por exemplo, têm
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raízes mais delicadas e por isso são ideais para canteiros.
A poda vai ajudar a controlar o tamanho das espécies. Para o pé ficar
baixo e gordinho, como um arbusto, o truque é cortar 20 cm dos galhos
a cada dois anos, sempre em agosto. Mas ambas exigem paciência, pois
crescem 10 cm por ano. Já a seriguela atinge 3,5 m em dois anos.
Terreno florido
As flores precisam de manutenção redobrada. Elas pedem sol o dia todo
e necessitam de um lugar com maior incidência de luz. Fique atento:
folhas amareladas indicam carência de ferro e a recuperação é difícil.
Mais espaço
Elas precisam respirar para crescer. Deixe um espaço de pelo menos um
palmo entre as mudas.
Arrume o solo
Em vasos e canteiros, a terra deve estar bem fofa para facilitar a
circulação de ar e a passagem de água. Coloque uma camada de
cascalho no fundo do vaso para auxiliar a drenagem da água.
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  • 1. www.mpsnet.net Flores que perfumam as noites Poucas pessoas conseguem apreciar o desabrochar das flores noturnas. Cultivadas em praças, jardins, muros e vasos, sempre é possível encontrar uma que se adapte ao espaço disponível. Para o plantio em vaso, o antúrio-cristalino (Anthurium crystallinum) é recomendado pois, além da floração que exala delicioso perfume ao entardecer, as folhas aveludadas em forma de coração, com nervuras e estrias prateadas, são muito decorativas e se desenvolvem bem em terraços ou junto a janelas ensolaradas. Uma boa sugestão para vasos é o jasmim-cacto (Cryptocereus anthonyanus), que pode ser cultivado como planta trepadeira ou pendente. Suas folhas em forma de lâminas com bordas denteadas e sem espinhos, constituem verdadeiras esculturas. As flores grandes, com 10 a 12 cm de diâmetro, são róseoavermelhadas e exalam um suave perfume. A princesa-da-noite (Selenicereus pteranthus) é outra cactácea trepadeira de caule longo. As flores, brancas na parte interior e amarelo-ouro na exterior, medem de 20 a 30cm de comprimento e de diâmentro. Existe outra princesa-da-noite (Selnicereus grandiflorus), também cactácea de caules difusos e trepadores, que produz flores de cerca de 20cm de comprimento, externamente róseas ou salmão e internamente brancas. Seus botões florais começam a inchar por volta das 15 horas e, às 22, a flor já está toda aberta e exalando um perfume de baunilha. No início da madrugada, as flores começam a se fechar e pela manhã, resta uma flor murcha e pendente. Ainda dentro da família dos cactos, vale citar as flores da rainha-da- noite (Hylocereus undatus). Quando desabrocham, são por si só um verdadeiro espetáculo. A boa-noite (Ipomoea bonanox) é uma trepadeira de densa folhagem. Suas flores são brancas, perfumadas, de tamanho descomunal (cerca de 15cm de diâmetro), abertas como se fossem um prato. Quando suas flores desabrocham, produzem um curioso barulho. Fenecem na manhã seguinte, quando o sol começa a aparecer.
  • 2. www.mpsnet.net A conhecida dama-da-noite (Cestrum nocturnum) é um arbusto que cresce e se ramifica rapidamente. Quando floresce, ao entardecer, fica coberta por cachos de flores miúdas com um colorido suave entre o amarelo e verde-limão. É cultivada em locais próximos a entradas, portões, portas e cercas, uma vez que seu perfume intenso e adocicado pode ser sentido por todos a grandes distâncias, principalmente à noite. Por essa razão, não deve ser plantada próximo a janelas de dormitórios, pois seu forte perfume pode provocar dores de cabeça se aspirado continuamente. Para espaços maiores, é muito cultivada a vigorosa ipoméia trepadeira florda-lua (Calonyction aculeatum). Suas flores brancas tubulares permanecem fechadas durante o dia, abrindo ao anoitecer. A popular cica (Cycas circinalis) parece uma palmeirinha e sua flor lembra um abacaxi grande. Dura vários dias, desprendendo um intenso aroma assim que escurece. Algumas dracenas, quando adultas, soltam espigas às vezes imperceptíveis, mas repletas de minúsculas flores que, durante a noite, exalam intenso e adocicado perfume. Apesar de termos mencionado plantas cujo florescimento se dá à noite, é muito importante que durante o dia todas elas recebam bastante sol, a fim de que se desenvolvam com vigor e produzam muitas flores.
  • 3. www.mpsnet.net Cercas-vivas: defensivas e ornamentais Quando se pensa em plantar uma cerca-viva, a finalidade maior é a de contenção, ou seja, a de dificultar a transposição, mas ao mesmo tempo há o objetivo de utilizar a planta para fins ornamentais. O Sansão do Campo (Mimosa caesalpiniaefolia) é um dos mais perfeitos arbustos para a formação de cerca-viva devido ao seu rápido crescimento (atinge 3 metros em 15 meses), seus espinhos e suas flores, sua vida útil superior a 50 anos e sua madeira nobre que atinge 10 cm de diâmetro de puro cerne, tornando-o um excelente quebra vento e retentor de poeira de estrada. Além de não ser tóxica, a cerca-viva feita com o Sansão do Campo, é resistente ao fogo e, mesmo se vítima de incêndio, rebrota em seguida, desenvolvendo o mesmo porte em aproximadamente um ano. Por ser uma planta perene e não precisar de poda dispensa manutenções periódicas. Seu plantio deve ser feito com 10 cm de espaçamento entre as plantas. Dessa forma, os troncos se encostarão formando uma “muralha” indevassável e intransponível, contendo com eficiência: pessoas, aves e animais de pequeno e grande porte (galinhas, pintinhos, gado nelore, búfalos, cavalos, etc). A maneira correta de plantar cerca-viva: Pode-se fazer covas individuais ou cavar uma espécie de trincheira comum a todas. Na última alternativa, o trabalho tanto no plantio quanto na distribuição do adubo, é mais facilitado. Se o espaço a ser utilizado for grande, pode-se também plantar em zigue-zague ou em fila dupla indiana. Dessa forma, o “fechamento” será bem mais acelerado. Outras sugestões de arbustos com espinhos para cerca de contenção: Duranta (Durantarepens) - arbusto lenhoso com inflorescências recurvadas com muitas flores pequenas, azuladas ou brancas, seguidas de numerosos frutos amarelos. Planta rústica e pouco exigente.
  • 4. www.mpsnet.net Flamboyanzinho-de-jardim (Caesalpinia pulcherrima) - árvore de pequeno porte, floresce pelo menos quatro meses durante o ano; com flores alaranjadas. Primavera roxa miúda (Bougainvillaea glabra) - arbusto lenhoso, com flores pequenas róseas ou lilases em inflorescências terminais, formadas principalmente no outono e inverno. Piracanta (Pyracantha coccinea) arbusto de textura lenhosa com numerosas inflorescências, flores pequenas brancas que resultam em frutos vermelhos ou amarelos, que permanecem por longo tempo na planta. Arbustos sem espinhos para cercas ornamentais: Murta (Murraya paniculata) árvore de pequeno porte, bastante ornamental, de crescimento moderado. Com flores brancas que possuem um perfume delicioso, seus frutos vermelhos são muito atrativos para pássaros. Acerola (Malpighia glabra) árvore frutífera de pequeno porte, que atinge 4 metros. Pimenta-da-jamaica (Pimenta dioica) árvore de médio porte, com folhas que possuem cheiro delicioso, que lembra uma mistura de cravo e canela. Cipreste (Cupressus arizonica ou Cupressus sempervirens). Toda cerca-viva requer um tempo para se fechar por completo e isso depende do tipo de solo, de boa e adequada adubação e de tratos culturais a serem empregados, dependendo do tipo da planta.
  • 5. www.mpsnet.net Verão x Bromélias Como o verão chegou com força total, com temperaturas mais altas e maiores freqüência de chuvas, inicia-se o problema que enfrentamos todos os anos: a dengue. E como medida de prevenção, já sabemos que não devemos deixar água limpa se acumular permitindo a procriação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, certo? E muitas vezes surgem a dúvida: e as bromélias? Devem ser eliminadas? A resposta é não. Mas para entendermos vamos conhecer melhor esta espécie presente atualmente em tantos jardins. As bromélias, plantas da família Bromeliaceae, são exclusivas do continente americano, principalmente América do Sul e Central. No Brasil há aproximadamente 1200 espécies nativas já catalogadas, que ocupam praticamente todos os ecossistemas brasileiros. As bromélias possuem diferentes hábitos. Muitas são epífitas, ou seja, vivem sobre os troncos de árvores, o que leva muitas pessoas a denominá-las como parasitas. Mas isso não é verdade! Elas não retiram seu alimento dessas árvores, apenas as utilizam como suporte. De acordo com a paisagista Simone Grangeiro, “pela sua beleza e potencial ornamental, muitas bromélias são utilizadas em paisagismo, como por exemplo: Aechmea, Billbergia, Alcantarea, Guzmania, Neoregelia, Vrisea, dentre muitas outras. Devido a este potencial muitas populações de bromélias vem sendo ameaçadas pela coleta indiscriminada de exemplares para serem vendidos e utilizados em jardins residencias e projetos paisagísticos levando inúmeras espécies a riscos de se extinguirem na natureza”. A arquiteta e paisagista Emmília Cardoso afirma que a maioria das espécies de bromélias possuem as folhas crescendo em rosetas e formando um tanque ou copo onde se acumula água da chuva. Este tanque é fundamental para a sobrevivência da planta, pois é dele que ela absorve água e nutrientes que foram carregados até ali pelo vento ou então proveniente de matéria orgânica, como folhas caídas, por exemplo, que se decompôs liberando os nutrientes. E por essas características as bromélias fornecem um ambiente adequado para inúmeras formas nativas de vida, que vão desde organismos microscópicos, até pequenos sapos, aranhas, lesmas, besouro, centopéia e minhocas. Algumas dicas: - Para poucas bromélias em casa ou no apartamento: a água deve ser trocada pelo menos duas ou três vezes por semana; - Para muitas bromélias em vasos ou plantadas no chão, em jardins (prédios, empresas etc.): Recomenda-se o inseticida natural comercial chamado Natural Camp que deve ser pulverizado uma vez por semana. Não há perigo para animais domésticos e para o homem;
  • 6. www.mpsnet.net - Para colecionadores e produtores de bromélias : já realizam combate sistemático a pragas e, com isso, aplicam inseticidas com frequência. Não há notificação de focos em qualquer desses estabelecimentos. Agora você não tem mais motivos para se desfazer de sua bromélia, aproveite estas dicas e cuide para que elas continuem embelezando o seu jardim!
  • 7. www.mpsnet.net Jardim vertical é opção para agregar verde à decoração Plantas são sempre bem-vindas aos projetos de decoração. Conferem tranqüilidade e frescor, além de emprestar aos ambientes a beleza das cores e dos formatos de suas folhas e flores. Engana-se quem pensa que ficam restritas aos tradicionais vasos e jardins. Uma das apostas é que tomem conta até mesmo de paredes, formando jardins verticais. A diferença entre eles e os muros verdes compostos de trepadeiras é que as espécies não são plantadas no solo. Desenvolvem-se na fibra de coco, por exemplo, aplicada no local escolhido para enfeitarem, ou em vasos. O botânico francês Patrick Blanc é considerado o precursor da ideia. Criou esse tipo de jardim após observar que vegetais vivem em penhascos, entradas de cavernas e rochas. Para driblar o problema do crescimento das raízes, que pode danificar as paredes, concluiu que basta oferecer água regularmente. Assim, espalham-se apenas na superfície. Blanc conta com uma lista de trabalhos verticais, como a fachada do Museu do Quai Branly, em Paris, França. Entre seus futuros projetos está decorar o Museu de Arte de Miami, nos Estados Unidos, em 2011. No Brasil, a moda também pegou. Residências e estabelecimentos lançam mão da técnica para darem um toque natural. Local Os jardins verticais são uma boa alternativa para ambientes pequenos, que não comportam espaço para o cultivo de plantas no chão. Também marcam presença em locais amplos. Nesse caso, é interessante colocar quadros de madeira rústica com vasos, porque pode combinar várias opções de texturas e formas para não ficar monótono. Mas como saber se combinam com sua casa? O verde cai bem em qualquer uma. Só tem de ver se combina com seu ritmo de vida, porque pede cuidados de manutenção, como regar com a frequência ideal. Uma dica importante é priorizar a iluminação natural, seja direta ou indireta, condição importante para que as plantas vivam e se desenvolvam. Portanto, coloque-os em varandas, jardins de inverno, paredes próximas a janelas grandes, muros externos, fachadas. Risque da lista quartos, lavabos sem janela e cozinhas. Como montar A proposta do botânico Blanc é composta por uma moldura de metal,
  • 8. www.mpsnet.net PVC para dar rigidez à estrutura e uma camada de feltro, onde as raízes crescem. Arquitetos e designers ainda indicam fibra de coco e as molduras com vasos. Algumas empresas vendem o kit com o quadro e a planta, e basta colocá-lo na parede. É interessante para quem não conta com o auxílio de um profissional. Os jardins podem ser regados manualmente, mas há opções com sistema de irrigação automático. Karina lembrou a importância de fixá- los em locais cujo chão possa molhar. Sendo assim, fuja de ambientes com carpete e tapetes com o intuito de evitar uma dor de cabeça desnecessária. Plantas Local escolhido, agora é a vez de optar pelas plantas. Samambaias, orquídeas, suculentas. Qual é a melhor? Não prefira uma delas simplesmente por ser a mais bela. Pesquise antes se consegue sobreviver nas condições que oferece. Algumas precisam de luz do sol direta, enquanto outras preferem a sombra. Há espécies que vivem melhor em locais frios, assim como outras que se adaptam apenas a altas temperaturas. Leve em conta seu tempo disponível. É que algumas variedades exigem mais cuidados.
  • 9. www.mpsnet.net As raízes e a minhoca Há muito se propaga que as minhocas podem trazer danos às plantas por se alimentarem de suas raízes. A tese, que é mais difundida por quem cultiva plantas no lar, na verdade se presta para tentar explicar o mau êxito em que incorrem os vasos de samambaia, violeta, bromélia e outras mediante adversidades diferentes. As minhocas jamais se alimentariam de raízes ou de qualquer parte vegetal que estejam ainda vivas ou incorporadas à planta. Isto quer dizer que não consomem as raízes como também não ingerem pontas de folhas, caules e frutas esbarradas no solo, ao contrário de como atuam os tatuzinhos, gafanhotos, lesmas e caracóis quando atacam as plantas. Os milhares de espécies de minhocas são seres saprófagos e, como tais, se nutrem de restos orgânicos em putrefação, ainda que inevitavelmente ingiram uma microfauna viva importante em diversas de suas funções vitais. O motivo da repugnância da minhoca aos componentes vivos de um vegetal pode se justificar pela presença de uma substância chamada catequina: um tipo de fenol de aspecto cristalino e incolor, mas avermelhado quando exposto à luz, encontrado em plantas vivas ou ainda recém-mortas. Presume-se que a catequina não seja palatável às minhocas e, por isto, inibe-as naturalmente de ingerir raízes, folhas e caules ainda vivos. No entanto, a partir do momento em que partes da planta sejam desintegradas, a redução da catequina é progressiva e vai se anulando à medida em que o vegetal se decompõe. Na natureza, mesmo as espécies de minhocas que não vivam essencialmente em detritos, como as ditas geófagas, ingerem terra em predominância mas absorvem e se nutrem da matéria-orgânica que nela contém. E na maioria das vezes, por habitarem as camadas mais profundas do solo, o sustento provém de raízes mortas em decomposição, quando somente se tornam aptas ao consumo pelas minhocas. Neste caso, as minhocas aceleram a transformação destes resíduos em adubo para planta e deixam seus nutrientes na forma disponível para serem reincorporados ao vegetal. Na minhocultura, as raízes descartadas para o consumo humano, como beterraba, cenoura, inhame, mandioca, batata e outros tubérculos são perfeitamente aproveitáveis como matéria-prima, desde que se submetam previamente a um tratamento que as decomponha e passem, então, a ser assimiláveis pelas minhocas.
  • 10. www.mpsnet.net Dicas para embelezar o seu jardim Em tempos de crise, os gastos com supérfluos são os primeiros a serem cortados. Baladas, restaurantes caros e viagens passam para segundo plano e dão lugar a passeios no parque e atrações gratuitas. Logo abaixo, na lista de cortes estão os a despesa com o jardineiro. Pensando nisso, veja as receitas caseiras para acabar com as pragas e deixar seu jardim sempre florido e bonito - e o principal, sem gastar nem um centavo. Água nelas! A água é a chave para um belo jardim. Sem uma rega adequada as plantas não absorvem os nutrientes necessários para se desenvolver normalmente. O segredo para manter a terra sempre úmida é aguar o solo comedidamente todos os dias, pela manhã. Não se esqueça: a água é o bem mais valioso do planeta, portanto deve ser usada com inteligência e bom senso. Aproveite os restos orgânicos Você sabia que sobras de alimentos podem ser muito úteis na adubação do seu jardim? Mas, não basta jogá-las na terra, pois isso pode prejudicar as plantas: é necessário fazer uma compostagem. Muito rico em nutrientes e minerais, o húmus formado por esse processo natural de decomposição se transforma em um poderoso adubo orgânico. Aprenda a fazer Faça um buraco na terra e jogue os alimentos que normalmente iriam para o lixo, como folhas e talos de hortaliças, sementes e cascas de frutas e até sobras do almoço ou do jantar. Revolva bem e una à mistura folhas secas e restos de podas de plantas do seu jardim. Mantenha a compostagem sempre úmida e, uma vez por semana, torne a mexer a terra, pois o oxigênio auxiliará na fermentação e decomposição dos alimentos. De três a quatro semanas o adubo orgânico está formado. Controle de pragas Antes de optar por fortes inseticidas que acabam com as formigas – e também com as joaninhas e os passarinhos –, faça o seguinte: embeba um pão de forma no vinagre e coloque-o na trilha dos insetos. As formigas levarão o alimento, que logo estará embolorado, para dentro do formigueiro. O fungo destruirá a colônia.
  • 11. www.mpsnet.net Você já deve ter se deparado com pequenos pontinhos pretos ou brancos nas folhagens ou caule de plantas. São os pulgões e as cochonilhas, respectivamente. Os insetos se multiplicam rapidamente e deixam a planta fraca. Para acabar com eles, água com sabão de coco. Dissolva 100 g do sabão em 10 litros de água quente, espere esfriar e, com uma esponja macia, passe a solução delicadamente nas folhas. É tiro e queda!
  • 12. www.mpsnet.net Principais doenças das plantas Temos a beleza eterna e intocável dos jardins e de todos os seus habitantes… até o dia em que plantas e flores mudam radicalmente de aspecto! Para situações de emergência, saiba quais as principais doenças que podem afetar as plantas do seu jardim e a melhor forma de as curar. Infiltram-se no seu jardim sob os mais variados disfarces, confundindo muitas vezes o próprio jardineiro que nem sempre consegue distinguir os sintomas das principais doenças que afetam as plantas: as bactérias, os fungos e os vírus. Este trio ataca plantas com e sem flores, mas diferem num aspecto – um fungo sobrevive perfeitamente no solo, enquanto uma bactéria ou vírus necessita de uma planta hospedeira para subsistir. As causas Fungos Estima-se que 70% das principais doenças das plantas são causadas por fungos – organismos minúsculos (apenas visíveis debaixo de um microscópio!) que produzem enormes quantidades de esporos (células que se separam e se dividem, sem fecundação, para formarem novas células), que são rapidamente propagados graças ao vento, à água, aos insetos ou aos animais. Existem mais de 10 mil tipos de fungos que, se não conseguem penetrar a cutícula e a epiderme (as barreiras mais fortes de uma planta), atacam as zonas mais sensíveis – os rebentos ou as áreas já danificadas por insetos. Uma planta infectada pode libertar até 100 milhões de esporos, uma quantidade difícil de combater, na medida em que rapidamente degrade as células das plantas, produzindo, em simultâneo, toxinas que interferem no funcionamento pleno do seu organismo. Os fungos são ainda difíceis de eliminar porque podem manter-se dormentes no solo, em restos de plantas que se encontram em decomposição ou numa planta saudável, à espera das condições climáticas perfeitas para voltarem a contaminar. Vírus Ainda mais pequenos do que as bactérias, os vírus apenas conseguem reproduzir-se a partir das células da própria planta. Infiltram-se nas plantas a partir das folhas ou do pé, normalmente por zonas já feridas por insetos, mas precisam de um meio de transporte, que pode ser um inseto, o pólen ou algumas sementes infectadas. Uma vez infiltrado, o(s) vírus, sendo que as plantas podem ser atacadas por mais do que um vírus em simultâneo, movimenta-se através dos vasos vasculares, provocando doenças que contaminam o organismo da planta. Bactérias As doenças provocadas em plantas por bactérias são as menos freqüentes, por uma simples razão – para crescerem e se multiplicarem as bactérias necessitam de água e de calor. Assim sendo, estão mais dependentes de climas quentes e úmidos para contaminarem as
  • 13. www.mpsnet.net plantas. Transportadas pela água, insetos ou animais, as bactérias infiltram-se através de uma flor ou um corte numa folha ou no pé, podendo causar desde danos puramente superficiais, a murchidão ou mesmo a sua morte. Deficiências Nutritivas Por vezes, a doença de uma planta não se deve às bactérias, aos fungos e aos vírus, mas sim a uma alimentação pobre. Se apresentar folhas pálidas ou vasos vasculares amarelados, pode ser um sinal que está a sofrer de deficiências nutritivas. Neste caso, o remédio chama-se “um bom fertilizante”, adequado à planta em questão. Os sintomas Uma planta doente apresenta várias alterações ao nível do seu metabolismo, da cor, dos diferentes órgãos e anatomia, para além de poder passar a produzir substâncias anormais. Alguns sinais de alerta são: míldio (um pó branco); bolores cinzentos ou pretos; bolhas cor de ferrugem; uma massa ou crescimento pretos; pintas pretas; leveduras e o aparecimento de cogumelos, entre outros. As curas Com as plantas a requererem “atenção médica”, é claro que o instinto diz-lhe para ir a correr buscar o seu fiel amigo o “pesticida”. No entanto, e porque se trata de um produto com químicos extremamente potentes, que infelizmente ao fazer bem a uma coisa estão a poluir o ambiente, o melhor é estudar todas as outras opções possíveis. Aqui vai uma ajuda: Existem “sintomas” que, parecendo muito graves e estranhas, podem ser puramente passageiros, desaparecendo dentro de poucos dias ou quando o tempo melhorar. Esteja atento! Por vezes, basta remover as flores, os rebentos, às folhas e/ou os pés infectados para eliminar o problema. Não aproveite esses restos para compostagem, desfaça-se deles imediatamente! Em último recurso, recorra ao pesticida adequado, optando por uma solução pouco tóxica. Siga as instruções à risca e lembre-se que não vai resolver a situação ao borrifar o conteúdo de um recipiente inteiro sobre uma pobre doente planta - pode sim, acabar por intensificar o seu problema com a morte da planta, de plantas vizinhas e até do solo! A prevenção é fundamental para um jardim que respira saúde. Quer saber o que fazer? Comece com um solo saudável, isto porque terra com saúde produz plantas com saúde e plantas saudáveis conseguem resistir mais facilmente às doenças. Um solo de qualidade deve ser limoso e enriquecido com fertilizante e técnicas de compostagem. Mantenha o seu jardim livre de ervas daninhas e de detritos de plantas, que são elementos propícios para o desenvolvimento de todo o tipo de doenças. As doenças são muitas vezes transmitidas de planta em planta devido aos utensílios de jardim mal lavados. Assegure que todas as suas
  • 14. www.mpsnet.net ferramentas estejam devidamente desinfetadas (especialmente quando utilizadas para cortar ou eliminar folhas e outras partes doentes), bastando para isso uma mistura de água e lixívia. Durante o processo de rega, tenha cuidado para não salpicar a folhagem das plantas. Ao respingar do solo para as folhas, está a colocá-las em risco de contrair uma doença. Se possível, deve regar de manhã cedo, assim as plantas têm tempo de secar antes do pico do sol que poderá queimar gravemente plantas muito molhadas. Por outro lado, quanto mais tempo as folhas estiverem molhadas, mais probabilidades têm de ser atacadas por bactérias, fungos e vírus. É igualmente importante permitir uma boa circulação de ar entre todas as plantas. Para além de secarem mais rapidamente, as brisas podem facilmente levar as doenças para longe antes de estas terem tempo de se “agarrarem” a uma planta. Se verificar que, ano após ano, os mesmos sintomas e doenças continuam a devastar o seu jardim, seria melhor começar a pensar em introduzir novas variedades de plantas e flores. Quando comprar novas plantas, inspecione-as muito bem antes de as levar para casa ou opte pelas variedades que se autoproclamam e que são, de fato, plantas resistentes às doenças. Por último, quando em dúvida consulte um especialista ou adquira um guia sobre as diferentes doenças bacterianas, virais e fungais, bem como os seus respectivos tratamentos, para o auxiliar em situações menos saudáveis! No fundo, mais vale prevenir do que remediar… para um jardim resplandecente!
  • 15. www.mpsnet.net Horta: Diversão e saúde em família Mesmo numa pequena área é possível cultivar uma horta com a ajuda das crianças. Mantendo uma horta em casa, as crianças podem aprender sobre os alimentos e ter uma alimentação saudável desde cedo. Poucos adultos já pararam para pensar nisso, mas uma boa forma de estimular as crianças a iniciarem bons hábitos na alimentação, com verduras e legumes como itens indispensáveis do cardápio, é cultivar uma pequena horta fora ou dentro de casa, onde elas possam plantar e colher esses alimentos tão ricos em vitaminas e importantes para a saúde. O que pode agradar mais a uma criança do que colher e comer um vegetal que ela mesma plantou, regou e viu crescer? Além do prazer pessoal, uma horta infantil dá a criança alguns conhecimentos básicos sobre as plantas – a necessidade de água, ar e luz, por exemplo. O ideal é escolher vegetais que se desenvolvem rápido: rabanete, cenoura, nabo, alface, cebolinha e salsinha são os mais indicados. O adulto deve comprar as sementes numa casa especializada (só a cebolinha se reproduz também a partir do talinho branco com raízes), e deve ensinar as crianças a preparar sua própria horta. Quando bem orientada, a criança tem capacidade de cuidar da horta sozinha, mas, claro, sempre amparada por um adulto, que pode dar a ela algumas dicas, como, por exemplo, o momento de colher os alimentos. Cuidados Muitas pessoas nem sequer pensam em ter a sua própria horta por acreditarem que ela requer muito espaço e uma infinidade de cuidados. Mas o cultivo de uma horta pode ser muito mais simples do que se imagina e, além disso, ela pode ser uma ótima oportunidade de estar em convivência familiar. Para plantar uma horta, pode-se usar o quintal, um cantinho qualquer e até mesmo vasos e caixotes. Alguns cuidados devem ser tomados para escolher e preparar o terreno, pois dele vai depender o bom
  • 16. www.mpsnet.net desenvolvimento das plantas e a boa produção da sua horta. Se não for possível plantar num canteiro, o ideal é providenciar um caixote de madeira de mais ou menos 70 cm por 50 cm e forrá-lo com plástico; assim, ele poderá ficar dentro de casa em um local bem iluminado, sem fazer muita sujeira. É bom saber A horta é local onde se cultivam vários tipos de verdura e legume, ricos em sais minerais e vitaminas indispensáveis para o organismo humano. Nela também se plantam temperos e ervas medicinais. Além de ser uma fonte alimentar, é importante lugar de relaxamento, que proporciona contato com a terra e a natureza e o prazer de produzir algo. Sem falar da economia que podemos conseguir quando cultivamos nossos próprios alimentos, ao invés de comprá-los, com possibilidades de vendê-los, ajudando na renda da família. Passo-a-passo da horta - Encha o caixote com terra misturada a um pouco de adubo comum. - Com o dedo ou um lápis, a criança deverá abrir buraquinho rasos na terra. Depois, ela colocará uma ou duas sementinhas em cada cova e cobrirá com uma leve camada de terra. - Daí em diante basta regar uma vez por dia (bem cedo ou no fim da tarde). - A criança e os pais podem acompanhar a evolução das plantinhas até o delicioso momento da colheita. - O adulto deverá ensinar como retirar o alimento da terra e como lavá- lo. - Depois as crianças poderão conhecer de que forma o alimento estará presente no cardápio do cotidiano, como na salada ou refogado.
  • 17. www.mpsnet.net Jardim na primavera A primavera chega colorindo e dando mais vida aos jardins que andavam um tanto tristes com tanta seca, que não foi o caso deste ano com muitas chuvas neste período. Além de trazer um pouco mais de umidade, com o início das chuvas, a nova estação inaugura um tempo de trabalho para que os jardins se transformem num cenário à altura da época mais florida do ano. Nos dias secos, as plantas se tornam sem viço, o gramado fica abatido e com muitas folhas secas. O cenário do jardim no final do inverno não é muito animador. Parece que falta tudo e que não vamos conseguir trazer de volta a beleza da paisagem. Mas a chegada da nova estação, a primavera, com a sua energia de renovação invadindo a natureza, vem trazendo as chuvas e o despertar de uma nova etapa que vai tirar a natureza da sua letargia. É tempo de trabalho no jardim, para deixá-lo pronto para receber as flores que chegam com o período mais alegre do ano. Aqui vão dicas para renovar e cuidar do seu jardim nos meses da primavera: 1. Adeus às folhas secas: Vasos, canteiros, jardineiras, enfim, por todo o canto há um festival de folhas secas indicando que o primeiro passo é retirá-las. Com o auxílio de uma tesourinha de poda pequena, faça a limpeza de arbustos e plantas envasadas, eliminado folhas e galhos secos. Recolha as folhas que estiverem na base das plantas, para evitar que se transformem num ambiente ideal para a proliferação de fungos: com as primeiras chuvas, os montes de folhas formam um verdadeiro “ninho” para os fungos. 2. Revolver a terra dos canteiros: Solos compactados dificultam a expansão das raízes e prejudicam a retirada dos nutrientes do solo. Por isso, uma boa medida é revolver a terra dos canteiros, para facilitar a aeração e a penetração de água. 3. Adubar: Não é só na primavera que se faz adubações, mas esse período é um dos melhores para dar “uma força” às plantinhas.
  • 18. www.mpsnet.net Adubação química - NPK 10-10-10 aplicado de acordo com as instruções da embalagem e NPK 4-14-8 para as espécies que estão começando a florescer. Adubação orgânica - composto orgânico ou esterco de gado bem curtido, na proporção de 3 litros por m² de canteiro. 4. Defender as plantas: Receitas caseiras e naturais como a Calda de Fumo e a Calda Bordalesa ajudam a defender suas plantas contra o ataque de pragas e doenças, muito comuns neste período de grande atividade na natureza. A aplicação pode ser preventiva, a cada 15 dias. 5. Semear: Aproveite para semear principalmente as plantas anuais como calêndula (Calendula officinalis), Boca-de-leão (Antirrhinum majus) e girassol (Hellianthus annus), entre outras. 6. Replantar: A época é ótima para mudar as plantas de vaso, pois as raízes terão bastante tempo para se adaptar ao novo local, antes de entrarem novamente no período de repouso. Geralmente, as plantas estão precisando de replantio se: as raízes estiverem saindo pelo orifício no fundo do vaso; mesmo com dias mais quentes, a planta não se desenvolve; ou a terra seca rapidamente e precisa ser regada com freqüência. 7. Podar só algumas: As plantas estão começando a brotar e entram em atividade rapidamente. Outras estão terminando sua floração que ocorre no inverno. Como as azaléias, que podem ser podadas neste período, para florirem com mais força no próximo ano. Assim que terminar a floração das azaléias, retire os galhos em excesso e corte a pontas dos outros galhos, até chegar ao formato e tamanho que você quiser. Para aumentar a próxima floração, elimine as pontas de todos os galhos que floresceram este ano e mantenha uma adubação periódica, de preferência mensal. 8. Fazer mudas: O período também é muito bom para fazer mudas por estaquia de ramos de várias espécies de plantas, como hortênsia (Hidrangea macrophilla), sininho (Abutilon magapotamicum), flor-de- cera (Hoya carnosa), etc. Retire um galho com cerca de 10 cm. Tire as folhas do galho e deixe apenas as duas folhas da extremidade, cortadas ao meio no sentido horizontal. Molhe a base da estaca e mergulhe-a num hormônio enraizador em pó (encontrado em lojas de produtos para jardinagem). Prepare um recipiente com a mistura de terra adequada à espécie e plante a estaca. Regue regularmente. Após 2 ou 3 semanas, mais ou menos, você terá uma muda pronta para ser replantada. 9. Uma força para o gramado: Se o gramado estiver com aspecto muito feio e abatido, aproveite para fornecer nutrientes, estimulando o crescimento de folhas sadias. Pode-se aplicar adubos específicos para gramados, encontrados em lojas especializadas. De preferência, aplique o adubo em dias chuvosos, ou pelo menos nublados. Se estiver sol, faça uma rega abundante após a aplicação, para evitar que o produto “queime” as folhas.
  • 19. www.mpsnet.net 10. Aumentando a “família”: A primavera é a melhor época para o plantio. Aproveite para criar bordaduras, instalar novos canteiros, montar floreiras, plantar cercas-vivas, etc. O importante é escolher as espécies adequadas às condições do local. Estas plantas estão em plena floração durante a Primavera: • Agapanto (Agapanthus africanus) • Alpínia (Alpinia purpurata) • Boca-de-leão (Antirrhinum majus) • Calceolária ou sapatinho-de-vênus (Calceolariaherbeohybrida) • Dama-da-noite (Cestrum nocturnum) • Centáurea ou escovinha (Centaurea cyanus) • Lágrima-de-Cristo (Clerodendron thomsonae) • Clívia (Clivia miniata) • Estefânia (Cobaea scandens) • Orquídea Dendróbio (Dendrobium densiflorum) • Dedaleira (Digitalis purpurea) • Lírio-do-amazonas (Eucharis grandiflora) • Frésia (Freesia híbrida) • Gardênia ou jasmim-do-cabo (Gardenia jasminoides) • Gérbera ou margarida-do-transval (Gerbera jamesonii) • Hortênsia (Hydrangea macrophylla) • Orquídea Laelia (Laelia purpurata) • Magnólia branca (Magnolia grandiflora)
  • 20. www.mpsnet.net Manutenção de jardins Ter um jardim sempre bonito e saudável é o grande sonho de muitas pessoas aficionadas por plantas. Certamente, comparações do tipo "a grama do meu vizinho é mais verde que a minha" ou "as flores dele são mais coloridas" são feitas constantemente, porém, antes de qualquer coisa, é preciso conhecer os motivos que tomam a área verde tão mais atraente. Claro que o estudo do local antes da inserção de plantas adequadas para o tipo de solo e o clima é essencial, assim como o bom gosto, mas promover uma manutenção regularmente é imprescindível. Uma das principais reclamações citadas pelos profissionais do segmento é a falta de um cuidado maior com a área verde após a entrega. Segundo eles, muitos proprietários acham desnecessário ter esse gasto, já que qualquer pessoa pode regar e podar as plantas quando preciso. Entretanto, são atitudes como essa, que definem o andamento e o sucesso do jardim. As principais tarefas executadas na manutenção são as podas estéticas e de limpeza, corte de grama, afofamento da terra, limpeza geral de folhas secas, doentes ou em estado de decomposição, poda ou corte de galhos, aplicação de defensivos, caso algum vegetal esteja doente ou com pragas, e adubação adequada para cada tipo de espécie. A manutenção deve ser realizada por um profissional especializado, neste caso, um jardineiro, que deverá permanecer no local até o cumprimento geral dos serviços. Porém, antes da execução das tarefas, o profissional verifica o local e passa para o cliente uma previsão de dias necessários para a realização das mesmas. Cada jardim tem a sua necessidade e, por isso, pode precisar de mais ou menos dias. Período Mas a partir de quando a área verde começa a necessitar de manutenção? 15 dias após a sua implementação, o jardim já precisa de alguns cuidados básicos. Para manter o paisagismo em perfeitas condições, as tarefas devem ser executadas pelo menos a cada três meses. Mas esse período é bastante variável. Fatores como o tamanho da área verde e de como ela é cuidada no dia a dia, a época do ano, se o jardim possui muitas ervas daninhas e se conta com espécies de crescimento rápido ou plantas que precisam ser constantemente podadas para que as formas sejam mantidas são analisados, e isso determina, na verdade, a periodicidade da manutenção. No trabalho realizado quinzenalmente, a grande vantagem é manter o jardim constantemente limpo, além de combater as pragas e doenças
  • 21. www.mpsnet.net de maneira mais rápida. Assim, consegue-se ter um cuidado constante com as espécies. As tarefas Divisão e o transplante Constantemente efetuado nas manutenções, a divisão e o transplante garantem um jardim sempre florido e, o melhor, em diferentes locais. No caso do hernerocale (Hemerocalfis x hybfida), sua divisão por touceiras é simples. Em primeiro lugar, faça a limpeza manual das folhas secas. Depois, para facilitar, amarre a folhagem. Em seguida, cave em volta do hernerocale com a vanca e a retire do solo. Não é preciso retirar a terra. Com a faca, a touceira pode ser dividida em muitos exemplares. Poda De limpeza ou drástica, a poda, além de deixar as plantas mais bonitas e vistosas, são essenciais para o desenvolvimento delas. Mas, para que esta tarefa atinja seu objetivo quanto ao crescimento das espécies, deve se atentar para a época ideal de executá la em cada uma das plantas. Aparar Aparar a grama é outra atividade que deve ser efetuada freqüentemente. No caso de áreas maiores, os cortadores elétricos ou a combustível são os mais recomendados, porém, podem encarecer o valor da manutenção. Em locais reduzidos e de difícil acesso, a tesoura de jardineiro supre muito bem a necessidade. Adubação Fundamental para o crescimento da vegetação, a adubação deve ser feita corretamente, seguindo sempre as orientações do fabricante, e por um profissional qualificado, assim como todas as tarefas. Rega Vital para o desenvolvimento das plantas, a rega, a grosso modo, deve ser realizada com maior freqüência nas estações mais quentes e com cuidado nas épocas mais frias. Porém, sempre atentando para não encharcar o substrato, fato que pode levar a espécie à morte. Mais informações Período Se por um lado existem pessoas que optam pela manutenção em um período menor, outras, por diferentes motivos, preferem prolongar esse prazo ao máximo. Porém, é válido ressaltar que alguns pontos necessitam de uma atenção redobrada e, por isso, têm um tempo de "vida". Na verdade, este período é relativo. Se for avaliar apenas a adubação, por exemplo, que costuma agir em uma planta por aproximadamente três meses, o intervalo entre uma manutenção e outra não pode
  • 22. www.mpsnet.net ultrapassar 90 dias. Dependendo das espécies, o prazo máximo é de um mês. Questão financeira Dentre os principais benefícios, além de contar com um projeto paisagístico sem distorção, a questão financeira é outra grande vantagem em determinados casos. Dependendo da planta utilizada é necessário plantar mais algumas unidades ou fazer a sua troca. Quando se realiza esse procedimento em um curto espaço de tempo, o proprietário do jardim investe bem menos, pois as espécies são mais bem cuidadas e não se danificam. Já em uma área verde que recebe pouca atenção, a perda das espécies é maior, assim como as reposições delas, da terra e de outros materiais, necessários a sua remodelação. Com isso, o investimento se torna bem maior. O valor dependerá do tamanho da área e se o corte da grama implicará na utilização de máquinas e gastos com combustível. A partir dessas e de outras informações avalia-se a necessidade de cada jardim.
  • 23. www.mpsnet.net Conheça espécies de plantas tóxicas que merecem cautela Embora se destaquem por sua beleza, algumas plantas podem esconder perigos mortais, principalmente para as crianças Algumas das plantas ornamentais que temos em nossos em vasos ou jardins podem esconder perigo por trás de sua beleza. Elas são chamadas "plantas tóxicas", pois apresentam princípios ativos capazes de causarem graves intoxicações quando ingeridas ou irritações cutâneas quando tocadas. Segundo dados do Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico- Farmacológicas), cerca de 60% dos casos de intoxicação por plantas tóxicas no Brasil ocorrem com crianças menores de nove anos. E a maioria, 80% destes casos, são acidentais. O Sinitox, que fornece informações sobre os agentes tóxicos existentes, funciona em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz e possui centros de atendimento e informações em vários estados do Brasil (veja telefones no final desta matéria). Geralmente, a intoxicação por plantas acontece por desconhecimento do potencial tóxico da espécie. A seguir apresentamos algumas das espécies ornamentais tóxicas mais comuns em quintais, jardins e vasos. TINHORÃO Nome científico: Caladium bicolor Vent Nome popular: tajá, taiá, caládio Família: Aráceas Parte tóxica: todas as partes da planta Sintomas: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. Princípio ativo: oxalato de cálcio COMIGO-NINGUÉM-PODE Família: Araceae Nome científico: Dieffenbachia picta Schott Nome popular: aninga-do-Pará Parte tóxica: todas as partes da planta Sintomas: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. Princípio ativo: oxalato de cálcio, saponinas COPO-DE-LEITE Família: Araceae Nome científico: Zantedeschia aethiopica Spreng
  • 24. www.mpsnet.net Nome popular: copo-de-leite Parte tóxica: todas as partes da planta Sintomatologia: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. Princípio ativo: oxalato de cálcio TAIOBA-BRAVA Família: Araceae Nome científico: Colocasia antiquorum Schott Nome popular: cocó, taió, tajá Parte tóxica: todas as partes da planta Sintomas: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. Princípio ativo: oxalato de cálcio SAIA-BRANCA Família: Solanaceae Nome científico: Datura suaveolens L. Nome popular: trombeta, trombeta-de-anjo, trombeteira, cartucheira, zabumba. Parte tóxica: todas as partes da planta Sintomas: a ingestão pode provocar boca seca, pele seca, taquicardia, dilatação das pupilas, rubor da face, estado de agitação, alucinação, hipertermia; nos casos mais graves pode levar à morte Princípio ativo: alcalóides beladonados (atropina, escopolamina e hioscina) BICO-DE-PAPAGAIO Família: Euphorbiaceae Nome científico: Euphorbia pulcherrima Willd Nome popular: rabo-de-arara, papagaio Parte tóxica: todas as partes da planta Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia Princípio ativo: látex irritante COROA-DE-CRISTO Família: Euphorbiaceae Nome científico: Euphorbia milii L. Nome popular: coroa-de-cristo Parte tóxica: todas as partes da planta Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas,
  • 25. www.mpsnet.net vômitos e diarréia. Princípio ativo: látex irritante AVELÓS Família: Euphorbiaceae Nome científico: Euphorbia tirucalli L. Nome popular: graveto-do-cão, figueira-do-diabo, dedo-do-diabo, pau- pelado, árvore de São Sebastião Parte tóxica: todas as partes da planta Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios,boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia Princípio ativo: látex irritante ESPIRRADEIRA Família: Apocynaceae. Nome científico: Nerium oleander L. Nome popular: oleandro, louro rosa. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: a ingestão ou o contato com o látex podem causar dor em queimação na boca, salivação, náuseas, vômitos intensos, cólicas abdominais, diarréia, tonturas e distúrbios cardíacos que podem levar à morte. Princípio ativo: glicosídeos cardiotóxicos MAMONA Família: Euphorbiaceae Nome científico: Ricinus communis L. Nome popular: carrapateira, rícino, mamoeira, palma-de-cristo, carrapato Parte tóxica: sementes Sintomas: a ingestão das sementes mastigadas causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia mucosa e até sanguinolenta; nos casos mais graves podem ocorrer convulsões, coma e óbito. Princípio ativo: toxalbumina (ricina) PINHÃO-ROXO Família: Euphorbiaceae. Nome científico: Jatropha curcas L. Nome popular: pinhão-de-purga, pinhão-paraguaio, pinhão-bravo, pinhão, pião, pião-roxo, mamoninho, purgante-de-cavalo Parte tóxica: folhas e frutos Sintomas: a ingestão do fruto causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia mucosa e até sanguinolenta, dispnéia, arritmia e parada cardíaca. Princípio ativo: toxalbumina (curcina) Orientações 1- Procure identificar se possui plantas venenosas em sua casa e
  • 26. www.mpsnet.net arredores, buscando informações como nome e características. 2- Mantenha as plantas venenosas fora do alcance das crianças e dos animais domésticos. 3- Oriente as crianças para não colocar plantas na boca e nunca utilizá- las como brinquedos (fazer comidinhas, tirar leite, etc.) 4- Não utilize remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação especializada. 5- Evite comer folhas, frutos e raízes desconhecidas. Lembre-se de que não há regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta. 6- Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex, pois elas podem provocar irritação na pele e principalmente nos olhos. Evite deixar os galhos em qualquer local onde possam atrair crianças ou animais. Quando estiver mexendo com plantas venenosas use luvas e lave bem as mãos após esta atividade. 7- Cuidados especiais também devem tomados com os animais domésticos. Animais filhotes e adultos muito ativos têm uma grande curiosidade por objetos novos no meio em que vivem e notam logo quando há um vaso diferente em casa ou uma planta estranha no jardim. Não é raro o animal lamber, morder, mastigar e engolir aquilo que lhe despertou a curiosidade. Animais privados de água podem, por exemplo, procurar plantas regadas ou molhadas de chuva recentemente e ingerir suas partes. Há casos de cães e gatos que ficam sozinhos confinados por períodos longos que acabam se distraindo com as plantas e acabam por ingerí-las. 8- Em caso de acidente, guarde a planta para identificação e procure imediatamente orientação médica.
  • 27. www.mpsnet.net Manutenção do gramado no inverno Como estamos entrando nas estações mais frias do ano, falaremos sobre alguns itens que ajudarão a manter seu gramado em bom estado nesta época. Poda Com a entrada do frio e os dias mais curtos, ou seja, menos horas de luz, o crescimento da grama diminui bastante, fazendo com que o espaçamento entre os cortes sejam mais longos. A capacidade de recuperação da grama é menor, sendo por isso necessário aumentar a altura de corte pare torná-la mais resistente. Irrigação Já que os dias não são tão quentes temos uma menor perda de água por evapotranspiração, isso vem dar um melhor aproveitamento da água pela planta. O que nós sugerimos sempre é molhar em dias alternados com maior quantidade de água, havendo maior penetração no solo, forçando o crescimento das raízes para áreas mais profundas, tornando a planta mais forte e resistente. Devem-se evitar regas no fim de tarde para impedir proliferação de determinados fungos. Fertilização Esta á uma época do ano que devemos diminuir bastante o uso de fertilizantes, já que a planta passa por um período de latência, diminuindo consideravelmente a absorção de nutrientes. Alguns deles como o nitrogênio (N), por exemplo, deve ter uma aplicação criteriosa, sempre em conjunto com potássio (K) para não causar um desequilíbrio no solo e favorecer o desenvolvimento de determinados fungos. O que aconselhamos é fazer aplicação de fertilizantes foliares nas doses corretas 1 à 2 vezes por mês para manter a grama saudável e com bom aspecto visual. Os adubos de liberação lenta também são uma opção para esta época do ano. Praga e Doenças Apesar de termos uma menor incidência de pragas nesta época o aparecimento de doenças é maior, principalmente determinados tipos de fungos. Alguns deles como Sclerotinia, Rhizoctonia e Helmimithosporium são os mais comuns variando de acordo com a região. Alguns tratos culturais ajudam a diminuir a incidência destes fungos entre eles: • Tirar orvalho pela manhã • Evitar rega nos fins de tarde • Fazer adubações corretas a balanceadas. O controle químico através de fungicidas deve ter assessoria de agrônomos para evitar aplicações incorretas. Ervas Daninhas A maioria dos herbicidas tem seu melhor aproveitamento no período de maior atividade das plantas, seja, na primavera/verão, por isso este não é a época ideal para uso de herbicidas devendo o controle ser feito manualmente.
  • 28. www.mpsnet.net Jardins e flores no inverno No Brasil, quando falamos em inverno, a imagem que criamos é muito mais agradável do que uma paisagem coberta de neve, árvores com galhos secos e desfolhados e ausência completa de flores. Com os devidos cuidados, as plantas dos jardins e dos vasos podem resistir bem aos efeitos do frio, chegando bonitas e sadias na primavera. Além disso, muitas espécies enfeitam e colorem nosso inverno, pois florescem nesta época. As plantas de interior devem ter suas regas reduzidas. Nesta época do ano, com a redução do calor, diminui também a necessidade de água nas plantas. Todo o excesso de umidade acaba sendo convertido em problemas: apodrecimento das raízes, proliferação de fungos e insetos sugadores, etc. Quanto às adubações, são recomendadas apenas para as plantas que se desenvolvem e florescem no inverno. Arvores, arbustos e cercas-vivas podem ser podados nesta época, desde que não estejam florindo. O período também é bom para fazer o transplante de trepadeiras, arbustos e árvores que estiverem em seu período de dormência. Em julho e agosto, as roseiras devem ser podadas e adubadas com adubo orgânico. É a chamada poda anual das roseiras. A sabedoria popular afirma, que o período mais propicio para a poda, é a lua minguante, quando o fluxo de energia da planta se volta para as raízes (na dúvida, não custa tentar). Em regiões mais frias, é recomendável aguardar a passagem das geadas sendo, portanto, a final do inverno a período mais indicado. Já nas regiões mais quentes, onde as geadas são quase raras, a poda pode ser feita no mês de julho. De qualquer forma, é importante saber que as podas são muito importantes para as roseiras, para incentivar o surgimento de novos brotos e aumentar a floração. E atenção: o corte deve ser feito em diagonal, sempre 1 cm acima da gema mais próxima. Gramados Um capítulo à parte. Muita gente fica preocupada com o gramado durante o inverno e, às vezes, exagera nos cuidados. Nos meses frios, a grama merece realmente alguns cuidados: limpeza, aeração e cobertura, mas sem dramas!
  • 29. www.mpsnet.net 1. Limpeza: Deve começar com a retirada das ervas daninhas, de preferência manualmente para que sejam extirpadas as raízes. Depois disso, a grama pode ser aparada. 2. Aeração: Após o corte, é recomendável recolher o excesso de aparas, pois durante o inverno é preciso garantir a aeração do gramado. Retire os restos do corte com um ancinho ou uma vassoura de arame, a tarefa vai melhorar a aeração e a luminosidade e, ainda, diminuir a temperatura e umidade junto à grama, fatores que facilitam o surgimento de doenças. Outra medida que contribui para aumentar a circulação de ar entre as raízes da grama é fazer perfurações finas e profundas no solo, manualmente, usando uma ferramenta apropriada. É preciso, entretanto, tomar cuidado para não perfurar e danificar demais as folhas. 3. Cobertura: Não se recomenda cobrir o gramado com terra preta no inverno. Este hábito não é muito saudável, pois funciona como meio de transporte de sementes de ervas daninhas e serve para elevar o seu nível acima dos pisos do jardim. Se forem tomados os devidos cuidados durante o ano e as irrigações necessárias, mesmo nesta época, a grama estará forte e sadia. A adição de solo só é feita com o objetivo de corrigir algumas irregularidades que ocasionalmente aparecem após a sua compactação em determinados locais. Para tanto se distribui homogeneamente uma camada bem fina, que aos poucos ficará incorporada ao gramado, corrigindo as pequenas ondulações. Hoje já existem no mercado substratos especialmente desenvolvidos para cobrir os gramados, que são elaborados por indústrias e já vem pronto para o uso, sendo isentos de pragas e doenças.
  • 30. www.mpsnet.net Plantas para Interiores Mesmo num pequeno apartamento ou num cantinho do escritório, é possível, de maneira simples e sem maiores despesas, o cultivo de plantas. Tudo o que você precisa fazer é escolher as que se adaptem às condições que o local tem a oferecer. Devemos lembrar que elas terão de suportar um nível de luminosidade inferior ao que recebem no ambiente natural, contar com menos umidade e ter espaço reduzido para suas raízes (visto que serão cultivadas geralmente em vasos e jardineiras). Podemos fazer uma classificação simplificada das espécies, de acordo com o nível de luminosidade. Se o vaso ou jardineira estiver próximo à janela poderá ser classificado com ensolarado (se estiver na face norte), meia-sombra (nas faces leste ou oeste) ou sombreado (na face sul). A irrigação segue a mesma regra das plantas que estão ao ar livre. As regas não deverão ser mais espaçadas do que requer cada espécie, nem mais abundantes do que ela necessita, porque isso pode ocasionar o apodrecimento das raízes. É aí que temos que tomar um cuidado muito importante com relação à drenagem dos vasos e jardineiras, utilizando no fundo dos mesmos, argila expandida ou cacos de cerâmica, antes da colocação da terra, evitando assim o acúmulo de água nas raízes. PLANTAS DE PLENO SOL - necessitam de 04 hora diárias de sol direto: -Ixora (Ixora ssp); -Buxinho (Buxus sempervirens); -Azaléia (Rhododrendon spp); -Onze-Horas (Portulaca ssp); -Gerânio (Perlagonium ssp), dentre outras, estes são apenas alguns exemplos, pois a lista é extensa. PLANTAS DE MEIA-SOMBRA - não recebem sol direto em nenhuma parte do dia, no entanto, precisam de pelo menos 04 horas diárias de luz indireta: -Violeta-Africana (Saint-paulia ionantha); -Antúrios (Anthurium andreanum); -Peixinho (Nemanthus spp); -Lírio-da-Paz (Spathiphyllum wallisi); -Cheflera (Schefflera arborícola); -Begônia (Begônia ssp), dentre outras. PLANTAS DE SOMBRA - recebem apenas luz difusa, entre 04 e 06 horas por
  • 31. www.mpsnet.net dia, sem sol ou claridade direta: -Jibóia (Epipremnum pinnatum); -Palmeira-Ráfis (Rhapis excelsa); -Singônio (Singonium angustatum); -Café-de-Salão (Aglaonema ssp); -Maranta (Calathea spp);
  • 32. www.mpsnet.net Atraia borboletas para polinizar as plantas Algumas plantas com flores precisam da colaboração de agentes externos que as polinizem. Estes agentes ou vetores que realizam o transporte do pólen podem ser o vento, a água ou seres vivos como pássaros, morcegos e insetos. As borboletas são as que trazem mais vantagens porque, além de ajudar na reprodução das plantas, enfeitam com seu colorido. Aprenda como atraí-las para dar mais harmonia ao ecossistema do seu jardim. 1 Ao fazer a distribuição das plantas, escolha partes onde bate sol. Estas áreas devem ter pelo menos seis horas de luz direta diariamente. 2 Proteja do vento algumas áreas do jardim. Você pode criar uma proteção natural contra as rajadas de vento plantando arbustos ou outras plantas altas. Outra opção é fazer cercas ou aproveitar as paredes já existentes. 3 Diversifique as espécies do seu jardim. Plante muitas flores onde as borboletas possam se alimentar e colocar seus ovos. Saiba que cada espécie de borboleta se alimenta do néctar de um tipo de flor. 4 Inclua plantas que florescem em épocas diferentes do ano para evitar que as borboletas tenham de migrar para obter alimento. 5 Cultive plantas com flores vermelhas, laranjas, amarelas e lilás, porque essas são as cores que mais atraem as borboletas. • Entre as espécies de plantas recomendadas com flores vermelhas e rosadas estão o gerânio (Pelargonium sp) e os cravos de poeta ou cravinas (Dianthus barbatus). • Entre as flores de cor laranja você pode plantar calêndula (Calendula officinalis) e camará (Lantana camara).
  • 33. www.mpsnet.net • As flores branco-amareladas são as preferidas pelas borboletas noturnas. Em geral estas flores têm aromas intensos. Você pode optar por araticum ou fruta-do-conde (Annona sp), abacateiro (Persea gratissima), arruda (Ruta sp), tomilho (Thymus mastichina), jasmim (Jasminum officinale) e madressilva (Lonicera caprifolium). • Entre as de tonalidade lilás você pode cultivar trevos (Trifolium spp), maracujá (Passiflora sp), viperina (Echium vulgare), sálvia (Salvia officinalis), lavanda (Lavandula vera) e verbena (Verbena repens). 6 Nas épocas em que o jardim estiver com poucas flores, prepare o seguinte alimento: misture em uma xícara com água duas colheres (sopa) de açúcar e 20 gotas de tempero para carne (confirme antes se possui enzimas proteolíticas). Coloque a mistura em pratinhos, camuflando-os entre as plantas. 7 Mantenha o jardim com boa umidade. Coloque vasilhas de terra úmida e adicione um pouco de sal. As borboletas chuparão estas superfícies para satisfazer sua necessidade de umidade e minerais. 8 Coloque um banco confortável no seu jardim e contemple esse espaço e as borboletas. Importante • Não utilize inseticidas. Lembre que as borboletas são insetos e também serão afetadas.
  • 34. www.mpsnet.net Jardineiros. Experiência na ponta da tesoura A seleção do bom jardineiro deve ser feita observando-se seu trabalho na prática. Antes de se contratar o profissional é preciso esclarecer que tipo de trabalho será feito. Existe a manutenção que inclui única e exclusivamente a poda e a limpeza, e a mais completa que envolve também a aplicação de adubos e a pulverização no caso de pragas. Além disso, é fundamental ter referências do serviço. Vale conhecer alguns jardins que recebem a manutenção do profissional já há algum tempo. E existe ainda a questão da estética, o jardineiro deve executar a manutenção segundo o projeto original de paisagismo. Uma questão de segurança Da mesma forma que se contrata qualquer funcionário para trabalhar dentro de uma casa, a escolha do jardineiro também exige cuidados no que se refere à segurança. O profissional deve ser recomendado por pessoas conhecidas ou empresas estabelecidas no mercado. Se o jardineiro quebra um vaso, por exemplo, de quem é a responsabilidade? Para se cuidar do jardim em uma varanda de apartamento, por exemplo, é preciso tomar cuidado para não sujar elevadores, paredes e o piso da casa. Bons resultados Deve-se supervisionar o trabalho até para que nenhuma planta seja danificada. Se o jardineiro não souber manejar bem a tesoura, ele mastiga a planta. São poucos os jardineiros que sabem, por exemplo, podar um buchinho corretamente para que fique redondo. Se o serviço não for bem-feito, na terceira poda a planta começa a ficar com um formato feio. Do mesmo modo, uma cerca viva precisa ser podada com cuidado. É preciso nivelar as plantas com uma linha e medir a altura. Caso contrário, a cerca ficará torta. Experts no assunto Além da poda e limpeza, o bom jardineiro sabe adubar e pulverizar todo e qualquer tipo de espécie. Percebe-se a boa saúde da planta por sua cor. Se elas começam a perder o tom original, a ficar manchadas e amareladas, algo está errado. E nem sempre é o caso de doenças ou ataque de pragas. O excesso de adubo também pode queimar as folhas. Mas de nada adianta uma boa manutenção, se houver falta de regas. Quanto custa Jardineiros autônomos cobram por dia de trabalho de 40 a 100 reais, dependendo da região e do serviço. Já as empresas de manutenção costumam fechar contratos anuais que envolvem visitas mensais, com preços de 130 a 600 reais, incluindo o material e as pequenas mudas.
  • 35. www.mpsnet.net Os preços variam de acordo com o projeto: um jardim clássico com topiarias requer mais tempo de trabalho, além do mais, exige um profissional especializado. Pode-se também contratar a cada seis meses um paisagista para uma visita técnica (de 100 a 200 reais a hora), que inclui a orientação ao caseiro, que costuma trabalhar para a residência. A manutenção deve ser mensal, mas por medida de economia muita gente chama o profissional mês sim, mês não. Esse prazo é o máximo para manter o jardim em bom estado. Equipamentos disponíveis Jardineiros trazem as ferramentas básicas, como cortador e tesoura de poda. Mas, se for preciso podar ou transplantar árvores de grande porte, deve-se contratar jardineiros especializados, que possuem autorização do Ibama para o uso de motosserra. Para remover árvores caídas após uma chuva, mesmo dentro de casa, é preciso chamar a prefeitura local.
  • 36. www.mpsnet.net Plantio de árvores em calçadas A maior parte das mudas plantadas na cidade não vingam em função da depredação e vandalismo provocado pelas pessoas que sentem prazer em quebrar árvores novas ou sacudi-las até deixá-las tombadas (nem mesmo a armação protetora que defende a árvore escapa). Outras vezes, por não terem sido plantadas em condições apropriadas para se desenvolverem saudáveis e bonitas. Algumas recomendações básicas devem ser seguidas, a fim de se obter sucesso no plantio das árvores. As espécies devem ser adequadas ao espaço disponível, observando porte e tipo de copa da árvore adulta, tipo de raiz e caule, tamanho dos frutos e flores, origem, toxicidade e espinhos, presença de fiação elétrica, largura da calçada, clima, tubulações subterrâneas, etc. „X A muda deve ter altura mínima de 2,20m. „X Um espaço mínimo de 1m deve ser deixado para o trânsito de pedestres. „X Sob fiação, só podem ser plantadas árvores de pequeno porte (até 5 metros de altura). „X A cova deve ter as dimensões mínimas de 60x60x60cm „X A muda com o torrão deve ser plantada no centro da cova, a 60cm do meio-fio da rua. „X O colo da muda deve ficar no nível da superfície. „X A terra de preenchimento da cova deve estar sem pedras, entulho ou lixo, para o bom desenvolvimento da muda. „X A muda deve estar presa a um protetor fixado ao solo, por amarrilhos (cordões) de sisal ou similar na forma de oito deitado. „X O amarrilho utilizado na fixação da árvore ao protetor não deve sufocar a muda, podendo ser retirado após um ano aproximadamente. „X Enquanto a muda for pequena o protetor deve ser mantido „X Assim que plantada, a muda deve ser regada com bastante água, e a rega deve continuar com freqüência de três vezes por semana, principalmente em períodos de estiagem. „X Nas primeiras semanas a muda pode perder todas as folhas, continue regando, pois ela irá brotar novamente. „X Quando surgirem rebentos na árvore, a irrigação poderá ser feita a
  • 37. www.mpsnet.net intervalos cada vez maiores. „X Para facilitar o crescimento da árvore, os chamados “brotos ladrões” que nascem no tronco junto ao chão e nas laterais devem ser retirados. „X Tratamento de eventuais lesões na casca da árvore devem ser feitos com a utilização de pastas fungicidas, encontradas em casas de artigos para a lavoura.
  • 38. www.mpsnet.net Como conservar seu jardim Para plantar um jardim é necessário prestar atenção em algumas características das plantas escolhidas e do espaço disponível. E para mantê-lo sempre bonito e vistoso, suas plantas vão necessitar de alguns cuidados especiais, mas nada impossível de fazer, com um pouco de organização. Ao escolher as plantas, considere . Ambiente x características das plantas: luminosidade, ventilação, odores, espaço. . Facilidade de manutenção. . Custo e resistência das plantas e flores. . Seu tempo disponível para cuidados. . Finalidade do jardim: meramente decorativo; harmonização de ambientes; terapêutico; medicinal; hobby ocupacional; etc. Para melhorar a qualidade do solo . Remexa a terra para deixá-la fofa. Enquanto estiver fazendo isto, misture adubo orgânico. . Retire todas as impurezas: ervas daninhas, raízes mortas, torrões de terra seca. . Use uma receita básica: misture uma porção de areia, com uma porção de terra e uma porção de terra vegetal. Para cada 5 litros de mistura básica, acrescente: 1 colher de sobremesa de farinha de ossos, uma colher de sobremesa de farinha de peixe e uma colher de sobremesa de nitrato de potássio. Adicione a mistura a sua terra e mexa bastante. Para corrigir ainda mais o solo, acrescente areia em solos argilosos e compactos ou terra em solos arenosos. Plantio . Para plantar as mudas, faça um buraco de bom tamanho, retire o plástico da muda e coloque o torrão dentro do buraco. Coloque aquela mistura básica em torno do torrão. . Para plantas com caules finos e altos, coloque um bambu ou um cabo de vassoura para apoiar a planta. Amarre delicadamente a planta ao bambu (estaqueamento). Rega . Para regar suas plantas, dê preferência para as primeiras horas do dia. Evite molhá-las quando o sol estiver forte. Para jardins e canteiros use mangueiras com irrigadores de pressão.
  • 39. www.mpsnet.net Poda . Sempre retire as folhas secas e doentes, com uma tesoura de poda. Deixe as flores murchas, pois elas viram frutos. . Combata as pragas utilizando pulverizadores defensivos vendidos nas casas do ramo. Plantas em vasos . Quando as raízes atingem um tamanho muito grande para o vaso que estão ocupando, você tem que mudar a planta para um vaso maior. Solte-a do vaso antigo com a ajuda de uma pá. Segure firme o caule e bata com a vaso na beirada de uma mesa para que o torrão se solte. . Para vasos com plantas com caule regue por cima com um regador fino até que a água saia pelo furo da drenagem do vaso. . Para vasos com plantas que cubram toda a superfície do vaso, encha de água o prato que fica sob o vaso.
  • 40. www.mpsnet.net Feng shui com plantas O Feng Shui e a vegetação beleza que traz equilíbrio A harmonização de ambientes através da disposição de elementos já não é, uma novidade. Atrás de soluções para diminuir o estresse causado pela correria dos dias de hoje, cada vez mais pessoas procuram a ajuda do Feng Shui do chinês "vento e água para transformar lares e escritórios em canais de energia positiva. "Os chineses avaliavam a formação do terreno, as montanhas, os cursos de água, a direção dos ventos e só então instalavam suas casas, cidades, população", diz Nizia Steinlle, que é arquiteta e pesquisadora do Feng Shui. "0 uso da vegetação plantas, flores ou árvores é, sem dúvida, uma das melhores maneiras de equilibrar um ambiente e enchê lo de bons fluidos". Orientada pelo sol, Nizia segue a vertente da Escola da Bússola e a aplica ao hemisfério sul. "Uma das muitas vantagens desta Escola é sua aplicação a qualquer espaço. Pode ser uma casa, uma mesa ou um belo jardim", explica Steirille. O importante é saber posicionar corretamente as duas bússolas, a tradicional e o Ba guá, para saber o que deve ser colocado em cada área para potencializá la. Para isso, a pessoa deve estar no meio do espaço estudado e alinhar os pontos cardeais: o norte do diagrama e o da bússola devem apontar na mesma direção. Para cada tipo de planta, assim como para todos os outros elementos, existem lugares que aumentam seu poder de influência no ambiente (veja lista no final da reportagem). "Flores vermelhas, por exemplo, devem ser colocadas na área que rege as perspectivas profissionais." Outras dicas Arvores na frente da casa devem ser mais baixas que o telhado (as mais altas ficam atrás); heras podem cobrir muros, mas não paredes externas da casa; trepadeiras enroladas nas colunas quadradas suavizam ãngulos retos. Ative todos os setores com as plantas Perspectivas profissionais ou Kan abuse das flores vermelhas, azaléia traz moderação; jasmim, segurança; brinco de princesa, coragem. E mais: comigo ninguém pode, confiança; e manjericão na entrada, prosperidade. Educação ou Ken Claridade é essencial. Plantas como hortelã e clematite; árvores frutíferas ou plantas de vida longa; se for um jardim grande, plantar um carvalho.
  • 41. www.mpsnet.net Família e Saúde ou Chen Bambu, pêra e pinha boa sorte e longevidade. Limoeiro unidade e vitalidade, camomila paz, eucalipto renovação física; narciso rejuvenescimento. Em um jardim externo, utilize pedras e vegetação de várias alturas para simbolizar a família . um jacarandá para o pai; um flamboyant para a mãe; e arbustos menores para os filhos. Prosperidade ou Sun Flores púrpura, vermelha ou magenta; dinheiro em penca, hera da fortuna, trevo, girassol, lírio amarelo. No jardim, colocar a piscina e plantas de crescimento rápido e vertical, como trepadeiras. Folhas arredondadas, que lembram moedas, como begônias. Lugar apropriado para colocar um banco de jardim metálico. Esta área deve estar sempre limpa de ervas daninhas. Reconhecimento e fama ou Li Vermelho e amarelo. Folhas triangulares de bromélias, violetas, rosas vermelhas, primaveras, folhagens exuberantes. Plantas e flores de caules compridos simbolizando ascensão social. Casamento ou Kun Jasmim, madressilva, gardênia, azaléias, lírio da paz, amor perfeito, árvore da felicidade, antúrios, crisântemos, cercas vivas de hibiscos. Flores cor de rosa para o coração e vermelhas para fortalecer as paixões; perfumadas para o envolvimento. 0 banco de jardim deve acomodar duas pessoas. Criativídade e Rlhos ou Tuí Pinha, alecrim, eucalipto, manjericão e romã simbolizam crescimento e perseverança. Usar plantas com flores coloridas e grandes. Flores amarelas estimulam a criatividade. Um gramado para brincadeiras também é uma boa opção. Pessoas úteis, mentores e amigos ou Chíen Flores brancas e árvores medicinais como o eucalipto. Arruda, espada de são jorge, comigo ninguém pode e primavera.
  • 42. www.mpsnet.net Plantas na decoração Seja qual for o tipo de atividade desenvolvida num estabelecimento comercial, a natureza tem um papel de destaque em termos de decoração. Mesmo discretas, as plantas dão vida ao ambiente e contribuem para suavizar o cotidiano de um escritório, humanizando as condições de trabalho, com reflexos na produtividade. Numa loja, além de embelezar o local, elas podem funcionar como um atrativo a mais, valorizando os objetos expostos e melhorando o bem estar dos clientes. Uma escolha correta das plantas, vai depender das condições ambientais. Antes de qualquer coisa é preciso considerar a iluminação, se há ou não ar condicionado e que tipo de ventilação existe. Não são todas as espécies que sobrevivem às adversidades, mas há inúmeras plantas indicadas para interiores. Também é necessário planejar com cuidado a distribuição dos vasos, evitando que funcionem como obstáculos à circulação. Plantas pendentes do teto não devem ficar acima das mesas de um escritório, assim como um vaso frondoso nunca deve atrapalhar a passagem num corredor. Vistosas, coloridas ou contra o mau-olhado. Se a opção for pelo predomínio do verde, a escolha pode recair se as chamadas plantas de sombra, como scheffleras, raphis, árvore da felicidade, pleomele e dracena arbórea. Por serem plantas grande porte e de formas esculturais, devem ser usadas em pequeno número, colocadas num canto ou lugares de destaque. Há ainda uma imensa variedade de vasos, que podem ser pendurados no teto. É o caso de todas as plantas da família das samambaias, a ripsalis, a renda portuguesa e o chifre-de-veado. As samambaias, por exemplo, gostam de calor, umidade e luz difusa. Em matéria de flores, a violeta africana é apropriada por sua durabilidade, a begônia e a azaléia são muito resistentes e o lírio-da-paz tem uma flor de longa duração. Outras espécies de plantas que sobrevivem bem em interiores: jibóia, syngonium, filodendro, bico-de-papagaio, costela-de-adão, peperômia e brassaia. Como sempre existem pessoas supersticiosas, as plantas conhecidas popularmente como "plantas da sorte" ou "contra olho gordo" podem se transformar num ponto de atração. Essa categoria inclui comigo- ninguém-pode, guiné, arruda e espada-de-são-jorge. Podem ser plantadas juntas e ficam muito bonitas quando colocadas num vaso de vidro com um pouco de terra no fundo e bastante água. Água e luz: alimentos essenciais.
  • 43. www.mpsnet.net Por outro lado, a localização dos vasos precisa seguir alguns critérios. Devem ser situados junto às janelas, para receber a maior quantidade de luz natural e ar, e ficar o mais longe possível das saídas de ar condicionado. Se não houver luz natural, é necessário instalar focos de luz perto das plantas ou até colocar lâmpadas especiais, que estimulam a fotossíntese. Outro cuidado importante diz respeito às regas: para saber quando as plantas devem ser molhadas, basta colocar o dedo na terra e verificar se está seca. A água nunca deve ser usada em excesso, pois pode provocar o apodrecimento das raízes. Também não há necessidade de troca constante da terra, desde que ela se mantenha no nível ideal. As adubações periódicas são essenciais para a saúde da planta, mas devem ser feitas de acordo com a espécie cultivada. Para prevenir pragas e fungos é conveniente manter o ambiente arejado. Se o local for muito poluído, o que é inevitável nas grandes cidades, é bom lavar as folhas de vez em quando com um pano úmido utilizando uma esponja com sabão de coco. Os vasos pequenos, ideais para enfeitar mesas ou estantes, podem conviver num ambiente onde há verde ou tornarem-se as próprias soluções. De qualquer forma, devem estar sempre dentro de um cachepo de madeira ou cerâmica. Para arbustos ou folhagens são muito usados os vasos grandes de cimento, cerâmica ou fibra de vidro. As plantas são hoje um componente essencial na decoração. Pesquisas mostram que a cor verde tem um efeito tranqüilizante sobre as pessoas, o que ameniza a rigidez do ambiente de trabalho. Daí a importância de definir um projeto paisagístico junto com a distribuição dos móveis, o que evita contratempos posteriores e ajuda a personalizar o estabelecimento.
  • 44. www.mpsnet.net Jardim a sombra Quase todo mundo tem um jardim ou parte do jardim à sombra. Há sempre aquela enorme árvore do vizinho, ou um muro para atrapalhar. Um corredor que não recebe sol, ou pelo menos um jardim interno mal iluminado. À primeira vista, tem-se a impressão de que estes locais serão sempre desagradavelmente úmidos e sem charme. Mas basta um pouco de atenção com o solo, escolher as plantas certas e a coisa toda muda de figura. Em outras palavras, planejando direito podem-se obter resultados surpreendentes. E já que estamos falando em planejamento, é bom lembrar que, para se ter um bonito jardim à sombra, é importante ficar atento para alguns detalhes, tais como drenagem e textura do solo. Comecemos por eles: Drenagem ou como evitar o excesso de umidade O sol é um poderoso absorvedor de umidade. Logo, quando ele não incide num local, a tendência natural é um excesso de umidade. Daí é necessário, nos jardins à sombra, recorrermos a alguns truques para permitir uma maior drenagem da água. Uma providência muito acertada é cavar, no meio ou na parte mais baixa do jardim, uma profunda vala em declive. Uma vala de, digamos, 90 centímetros a 1 metro de profundidade. Forra-se o fundo da vala com uma camada de pedrisco (pedra britada ou similar), instala-se sobre ele uma linha de tubos de cerâmica, ou plástico próprio para drenagem (perfurado), cobre-se à tubulação com pedrisco e, finalmente, completa-se o nível com a camada de terra do jardim. O princípio de funcionamento é similar àquele de se colocar pedregulhos ou cacos de cerâmica no fundo de um vaso. No caso, o tubo seria o furo do vaso, que precisa, obviamente, ser instalado de tal modo a permitir o escoamento do excesso de água para fora da área que se pretende drenar. A textura do solo pode ajudar muito Existem terras, e terras ideais para um jardim à sombra. Para estes, a melhor é aquela bem permeável, onde o excesso de água escorre rapidamente para o subsolo. Ideal mesmo, seria aquela velha receita de solo para vasos: terra, areia de construção e esterco bem curtido, em partes iguais. Mas, na impossibilidade de ser preciso nas dosagens, misture à terra do canteiro bastante areia e, esterco animal bem curtido ou composto orgânico. Esta adição contribuirá muito para melhorar a textura da terra tornando-a mais permeável. Luminosidade é importante
  • 45. www.mpsnet.net Sombra não é sinônimo de escuro. Quando se fala em jardim à sombra, está se falando em um local onde o sol não incide diretamente, ou onde só bate umas poucas horas por dia. Não em um local escuro. Assim, deve-se procurar ao máximo preservar a luminosidade natural. Às vezes, basta desbastar um pouco uma árvore de copa muito densa, ou uma trepadeira, para se conseguir o dobro de luminosidade. Outras, pintar as paredes próximas em tons claros. Enfim, o importante é você observar o seu jardim em particular, e procurar imaginar os recursos possíveis para dar a ele um pouco mais de luminosidade natural. Ajuda do Oriente Há séculos, os orientais descobriram que o jardim não é um reino exclusivo das plantas. Eles como ninguém, tiram proveito de elementos não vegetais, sobretudo pedras e água para criar belíssimos efeitos paisagísticos. Com isso, conseguem transformar o que era uma simples área verde num verdadeiro jardim, sinônimo de tranquilidade e beleza. Faça como eles. Pedras, água corrente, esculturas e vasos combinados com umas poucas plantas podem ser a melhor solução para áreas realmente difíceis. Agora que você já tem as bases para o planejamento, deixe as idéias fluírem e crie, você mesmo, seu jardim encantado. Mas cuidado com a manutenção. Como manter este belo jardim Na verdade, os cuidados com um jardim à sombra devem ser redobrados. Num país tropical como o nosso, não podemos esquecer que, se o clima quente e úmido torna o verde mais verde, contribui também para a proliferação de uma infinidade de fungos e bactérias. Portanto, é melhor tomar algumas precauções para evitar que o desenvolvimento das plantas seja prejudicado. Algumas delas: Mantenha a área sempre bem arejada Evite o encharcamento por excesso de regas. Revolva aterra freqüentemente (o ideal é uma vez por semana), para facilitar a aeração do solo. Fique de olho nas pragas e doenças. Sintomas de problemas futuros Não é nenhum bicho de sete cabeças a identificação dos micro- organismos, fungos e bactérias prejudiciais às plantas. Basicamente, o primeiro sintoma é a alteração da cor das folhas. O oídio, por exemplo, caracteriza-se por deixar manchas brancas semelhantes ao mofo. Já a ferrugem, apresenta manchas amarelas e em relevo, enquanto o que a altenáría produz grandes manchas
  • 46. www.mpsnet.net amarelas e pretas. Mas existe uma outra doença, a podridão, cujo sintoma é o surgimento de mofo no colo, e muitas vezes nos ramos da planta. Esta, se não for combatida a tempo, provoca o apodrecimento dos tecidos e a conseqüente morte do vegetal. Para combater estes micro-organismos, o melhor é: Eliminar a parte afetada da planta. Pulverizar a planta com fungicidas à base de cobre, tipo calda bordalesa. Ou se puder, opte pelos naturais, como o óleo de Nim. Fazer pulverizações preventivas nas plantas vizinhas, com dosagem um pouco mais fraca. Você já viu a maneira certa de planejar, e os cuidados que precisa ter com seu jardim à sombra. Conheça agora algumas das plantas mais recomendadas: Plantas para jardins a sombra e meia sombra Plantas floríferas Bananeira do mato (Heliconia) Malvavisco (Malvaviscus roseo) Justícia (Wacobinia carnea) Planta-camarão (Beloperone) Hortência (Hydrangea) Afelandra (Aphelandra) Bela-emília (PIumbago) Nandina (Nandina domestica) Antúrio (Anthuriun) Lírio-da-paz (Spathiphylun) Maria-sem-vergonha (Impatiens) Trepadeiras Lanterna Japonesa (Abutilon) Maracujá (Passiflora) Filodendro (Philodendron) Brinco-de-princesa (Fuchsia) Gloriosa (Gloriosa) Jasmin-de-madagascar (Stephanotis) Folhagens Tinhorão (Caladjum) Dracenas (Dracena) Asplênio (Asplenium nidus) Costela-de-adão (Monstera deliciosa) Samambaias diversas Cheflera (Schefflera) Samambaiaçu (Blecnum) Ráfis (Rhapis excelsa) Forrações Hera (Hedera) Brilhantina (Pilea) Maranta (Maranta ieuconeura)
  • 48. www.mpsnet.net Flores o ano todo Passear entre canteiros flores não é privilégio de quem, possui um enorme jardim, basta que tenha um lugar destinado ao plantio de flores, mesmo que este seja pequeno e acanhado. Forrações, por exemplo, nascem em qualquer lugar e não exigem cuidados especiais. Plante num mesmo canteiro mudas de espécies que florescem em épocas alternadas; assim as flores se renovam o ano inteiro. Selecione as plantas e siga as explicações de como cultivar cada uma delas. Camarão Flores brancas plante na primavera ou outono. Regue diariamente. Acrescente ao solo 1/3 de adubo orgânico. Reproduz se por estacas. Beijo-de-frade Flores vermelhas, rosa, roxas, amarelas e brancas. Prefere solo úmido e rico em húmus ou com 1/3 de terra vegetal e 1/3 de areia. Multiplica-se por sementes ou estaquia durante todo o ano. Hortênsia Flores azuis, roxas, rosa, vermelhas ou brancas. Prefere solo alcalino. Cultive a no verão. Regue dia sim dia não. Multiplica se por mudas. Verbena Floresce em pequenos buquês em tons de rosa escuro, amarelo, azul e branco. Cultiva-se desde o começo do verão até o fim do outono. Cresce bem em solo fértil. Rega moderada. Reproduz-se por semente. Lírio Flor amarela, levemente, perfumada. Planta perene que deve ser cultivada no verão, em solo fértil e úmido. Propaga se por divisão de touceiras. Agapanto Planta perene encontrada nas cores violeta e azul. Sua reprodução se faz por semente ou divisão de touceira. Exige terra fértil. Onze horas Flores rosa, roxas, vermelhas, amarelas e brancas. Floresce no verão e outono. Solo argiloso e bem estercado. Multiplicação por semente ou
  • 49. www.mpsnet.net estaquia. Rega moderada. Petúnia Flores bicolores. Semeadura entre julho e setembro. Replantando quando as touceiras envelhecerem. Solo argiloso e bem estercado. Rega moderada. Multiplicação por semente. Gazânia Flores em tons de amarelo, vermelho, rosa e branco. Solo, argiloso e estercado. Multiplicação por semente ou divisão de touceiras. Floresce no verão e outono. Rega moderada. Wedelia As flores se assemelham a pequenas margaridas na cor amarela. Solo argiloso e estercado. Precisa de luz. Rega moderada. Multiplicação por estaquia da haste. Violeta Propaga-se por muda ou semente. Gosta de muita luz.
  • 50. www.mpsnet.net Faça as flores viverem mais Colhidas em seu próprio jardim ou compradas em floriculturas, as flores podem durar mais depois de cortadas, se você utilizar certos truques. Aqui vão algumas regrinhas - desde a troca diária da água até a conservação na geladeira - para prolongar a vida das flores de seu vaso. Quando colocadas, num vaso com água, as rosas conseguem viver cerca de cinco dias, as palmas, seis dias e, acredite, os crisântemos chegam a durar até 25 dias! E se você dispensar-Ihes alguns cuidados, é possível prolongar ainda mais a vida e a beleza das flores cortadas. Na verdade, não são necessárias fórmulas mágicas para se conseguir isso. Basta seguir os conselhos de profissionais em, jardinagem, que indicam soluções simples para o problema da conservação das plantas cortadas. Vida longa, com técnicas simples Os cuidados envolvem todo um processo desde o corte (caso você apanhe a planta no jardim), a escolha dos melhores tipos (caso compre, por exemplo numa floricultura), até chegar ao vaso que exige atenção para certas normas fundamentais. Assim, se você colher a flor do pé, é aconselhável que corte o galho bem rente ao caule principal, fazendo o possível para não deixar pontas, afim de que estas não roubem a energia de outras partes Se comprar as flores na floricultura, esteja atento ao comprimento dos cabos. Flores com cabos longos em geral, são resultado da utilização de grandes quantidades de produtos químicos, usados para incentivar o crescimento mais rápido da planta. Portanto são flores mais fracas e menos duradouras. É claro que isso não pode ser considerado uma regra geral, uma vez que existem flores de hastes longas tão ou mais fortes que as de talos curtos. Mas, como são muito raras de encontrar, o mais seguro mesmo é comprar as flores de cabo curto.
  • 51. www.mpsnet.net Quando colocar as flores num vaso, use água o mais fria possível; depois, leve o vaso para um local arejado (sem correntes de vento), com luz natural incidente, mas não sob sol direto. Troque a água do vaso duas a três vezes por dia, e a, cada mudança é preciso fazer o seguinte: limpar o recipiente e os cabos da planta em água corrente; cortar 1 centímetro da ponta do cabo para que os poros fiquem desimpedidos. No caso dos crisântemos, é fundamental que a ponta do talo seja amassada, deixando-se apenas fibras no local. Realize essa operação assim que a planta for colocada no vaso e sempre que trocar a água. Se você quiser manter durante mais tempo as flores dentro casa, deve adquiri-las ainda em botão. Além de viverem mais, você terá a. oportunidade de vê-las desabrochar. Se quiser fazer "renascer" uma rosa meio murcha, por exemplo, coloque na água do vaso algumas pedrinhas de gelo. E tem mais: As flores que não serão usadas num mesmo dia podem ser conservadas em papel celofane na geladeira.
  • 52. www.mpsnet.net Bebedouros para beija-flores Eis que surge uma dúvida... A água açucarada colocada em bebedouros faz mal para os beija- flores? A resposta é não, de acordo com o especialista em pássaros Dr. Luiz Fernando Figueiredo, do Centro de Estudos Ornitológicos (CEO) da Universidade de São Paulo (USP), Ele afirma que a água açucarada usada nos bebedouros para atrair beija-flores não faz mal à saúde deles. E explica: “A candidíase é uma infecção causada por um fungo, a Candida albicans. É uma afecção que ocorre também no ser humano, o conhecido "sapinho" que às vezes aparece na boca de crianças pequenas. É uma infecção "oportunista", ou seja, aproveita-se da queda de resistência imunológica do organismo para instalar-se. No caso de crianças, decorre do fato de sua resistência imunológica estar ainda em fase de formação. Também é comum em diversas outras situações que envolvem queda da resistência imunológica, como nos casos de AIDS. A informação de que bebedouros para beija-flores pode acarretar candidíase nos bicos destas aves foi dada inicialmente, presumivelmente, pelo naturalista Augusto Ruschi. Entretanto, isto não está comprovado cientificamente. O que pode ter acontecido, é que Ruschi mantinha beija-flores em cativeiro e estes, em função desta condição, podem ter ficado desnutridos e estressados e, consequentemente, com suas defesas imunológicas deprimidas. De vez em quando este assunto é novamente propalado pela imprensa, dando motivo à suspeita de que seja apenas uma estratégia visando aumentar a venda de um produto comercial alternativo do açúcar comum, para ser utilizado nos bebedouros.” A finalidade do bebedouro para beija-flores é atrair estas aves para os jardins, varandas, janelas. O bebedouro não substitui as necessidades nutricionais dos beija-flores, já que o néctar tem outros nutrientes além do açúcar. E, além disto, os beija-flores se alimentam também de pequenos insetos e artrópodes, de onde obtêm proteínas. Para quem tem disponibilidade de espaço, o ideal é o plantio de diversas espécies vegetais que fornecem néctar, além de outras que fornecem materiais para a construção de ninhos. A manutenção de áreas arborizadas fornece também abrigos para estas aves, bem como permite a proliferação dos pequenos insetos dos quais elas se alimentam.
  • 53. www.mpsnet.net Mas de qualquer forma, sempre que alguém for colocar água açucarada para beija-flores deve tomar as precauções de higiene indicadas: 1- Troque a solução com frequência, diariamente. 2- Faça uma limpeza adequada do bebedouro. O interior pode ser limpo com uma escova do tipo de limpar mamadeira ou das usadas em laboratórios para limpar tubos de ensaio, chamadas de gaspilhão. Na falta destas pode-se usar areia grossa ou arroz: joga-se um pouco dentro do recipiente com um pouco de água e sacode-se bem. É comum no interior do bebedouro, desenvolver-se algas que vão escurecendo a superfície. O tubinho por onde a ave suga a solução também deve ser limpo internamente. 3- Evite corolas ou outros ornamentos que dificultam a limpeza. 4- O bebedouro pode também ser deixado por meia hora dentro d'água com um pouco de água sanitária. Enxague bem. O uso de bebedouros feitos em casa utilizando garrafas vazias de água ou refrigerantes tem a vantagem de poderem ser jogados fora e trocados mais frequentemente. Faça o seu: Pegue uma garrafa de plástico de refrigerante ou água mineral, tipo descartável, de 500 ml ou menor. Esquente um prego bem fino e faça um furinho na base da garrafa. Pinte em torno do furinho com esmalte vermelho. Pendure a garrafa com um arame. A concentração de açúcar indicada é de 20% (1 parte de açúcar para 4 partes de água) por ser parecida com a concentração do néctar. Não coloque mais nada além de água e açúcar. Formigas podem vir até o bebedouro. Para evitá-las basta colocar no suporte em que está pendurado um pedacinho de estopa, algodão ou um pano qualquer e embebê-lo com óleo queimado. Também abelhas podem ser atraídas ao bebedouro, às vezes em grande quantidade, impedindo que as aves se aproximem. Diversas medidas podem ser tomadas para afastá-las:
  • 54. www.mpsnet.net 1- Retire as flores que enfeitam os bebedouros se tiver. Para os beija- flores basta o tubinho ou mesmo só um furinho com uma marca vermelha em volta para atraí-lo. As flores ajudam a atrair abelhas e também servem como local para pousarem. 2- Retire os bebedouros durante alguns dias, até que as abelhas desapareçam. Coloque-os em seguida em lugares diferentes de onde estavam. Os beija-flores os acham com facilidade, mas as abelhas podem demorar um pouco mais para descobri-los. 3- Use um tubinho mais comprido. Os beija-flores alcançam a água açucarada pois enfiam o bico no tubinho. Já as abelhas podem ter dificuldade para fazer isto. 4- Use um bebedouro bem simples, feito em casa, como explicado mais acima. Passe óleo vegetal na base da garrafa e principalmente em torno do furinho. As abelhas terão dificuldades em pousar, pois escorregarão no óleo. 5- Faça um bebedouro doméstico como explicado. Sobre o furinho, coloque uma pequena tira de plástico (retire esta tira de outra garrafa, estas de 2 litros por exemplo). No meio da tira faça um furinho um pouco mais largo que o da garrafa (3 mm mais ou menos). Grude a tira de plástico sobre a garrafa (use esparadrapo ou alguma boa cola) de modo que o furo da tira coincida com o furo da garrafa, porém fique distante dele uns 5 mm. Os beija-flores enfiarão o bico pelo furo da tira, alcançando o furo da garrafa, porém as abelhas não conseguirão fazer isto. A distância da tira da garrafa tem que ser menor que o tamanho das abelhas, para que elas não entrem por debaixo da tira. Pinte em torno do furinho da garrafa de amarelo (3-4 cm de diâmetro) e em torno do furinho da tira de plástico (esta pode ter também 3-4 cm de largura) de vermelho, com 1 cm de diâmetro. Dará assim um efeito de flor natural e o vermelho guiará os beija-flores ao furinho. Importante: Não use inseticidas ou qualquer outro produto químico para espantar as abelhas, pois poderá contaminar os beija-flores. Bem... agora com esta questão esclarecida podemos sem culpa e sem medo, colocar água açucarada para atrair os beija-flores para o nosso jardim.
  • 55. www.mpsnet.net Frutíferas: podar é bom? A melhor resposta é: depende do que você espera delas. A princípio, uma árvore não precisa de poda. Na natureza, as plantas não são podadas e vivem muito bem. Mas você pode desejar que sua árvore não cresça muito, dê mais flores e frutos, por exemplo. E é aí que a poda pode ser fundamental para algumas espécies. Você tem, dessa forma, duas tarefas: descobrir se sua planta se enquadra entre as que podem se beneficiar da poda para frutificar e florescer melhor, e aprender a podá-la. Quando se fala em frutíferas, as árvores que precisam de poda são fáceis de reconhecer. Esse grupo perde suas folhas no inverno, são as chamadas árvores de folhas caducas. Entre elas, as mais comuns são as macieiras, pereiras, ameixeiras, figueiras, pessegueiros e até as videiras. As demais chamam-se árvores de folhas perenes. Para elas, a poda só é necessária nos primeiros anos de vida. Nas perenes, os galhos mais velhos continuam frutificando. Grande parte das árvores frutíferas brasileiras não perdem todas as suas folhas durante o inverno: são chamadas perenes. "Nesse grupo, os galhos envelhecem, mas continuam capazes de oferecer bons frutos todos os anos". Por essa razão, as podas de frutificação são desnecessárias. Você fará podas significativas quando a árvore da espécie perene ainda for jovem, em média nos seus primeiros três anos de vida. E depois você realizará apenas as podas de limpeza, para retirar os galhos secos. Na primeira poda de uma espécie perene, define-se o tamanho da árvore. Ao cortar a ponta do tronco principal (onde fica a gema apical), você faz o harmônio de crescimento da planta ser redistribuído e por isso vários galhos aparecem (a partir das gemas laterais). A finalidade da segunda e terceira poda é dar forma simétrica à planta. Você escolhe quais galhos quer que se desenvolvam e cuida para que eles se mantenham robustos. Podas anuais fazem bem para as árvores de folhas caducas. Também chamadas de decíduas ou semiperenes, as macieiras, pereiras, pessegueiros, ameixeiras e figueiras precisam de podas todos os anos. Quando frutificam, seus galhos perdem a vitalidade. Assim, no ano seguinte, precisam recompor o nível hormonal e não dão bons frutos. "A
  • 56. www.mpsnet.net poda de frutificação é recomendada, nesses casos, porque garante que a qualidade e a quantidade de frutos seja regular anualmente ". O rigor da poda depende da espécie da planta, do clima e do tipo de solo onde ela foi cultivada. Mas, de forma geral, a árvore passaria pela poda de formação, como as perenes. Depois de adulta, os seus galhos devem ser podados todos os anos após a frutificação. Os galhos que nascem no ano seguinte costumam gerar frutos mais vigorosos.
  • 57. www.mpsnet.net Dicas para ter um jardim bonito e saudável Ter um jardim vistoso e saudável exige cuidados especiais. A escolha das espécies, o local onde serão plantadas, a periodicidade da rega: tudo isso influencia no resultado final. Não adianta aumentar a quantidade de adubo ou de água para que a planta cresça mais rápido. Com jardins, de nada vale a ansiedade. Tudo tem o seu tempo. Confira abaixo algumas lições: Rega na medida certa Informe-se sobre a quantidade de água que cada espécie necessita ao longo do dia. Evite regá-las à noite. Sem luz natural, a umidade é maior, o que facilita a proliferação de fungos. Procure pensar na irrigação antes de as espécies serem plantadas. Dessa forma, não será necessário rasgar o gramado e desfazer canteiros para a instalação de canos e tubos. Mas, se for aguar as plantas com mangueiras comuns, experimente instalar torneiras a cada 20 m. Isso facilitará a rega, ao trabalhar com mangueiras menores. Adubo calibrado Calcule bem a dose de adubos e fertilizantes. Preste atenção no rótulo do produto e nas indicações de quantidade e freqüência da aplicação. Aproveite as primeiras horas da manhã para adubar, quando o Sol ainda não esquentou o solo. Farmácia da terra A melissa é ótima contra gripes, o orégano é conhecido por propriedades expectorantes e o poejo ajuda a curar inflamações na garganta. Essas e outras plantas medicinais exigem mimos extras, principalmente no verão. Evite tocá-las ou regá-las sob o sol, quando suas folhas estão quentes, pois elas queimam facilmente. Frutas no jardim É possível plantar árvores frutíferas no jardim. O segredo está na escolha das espécie. As pitangueiras e acerolas, por exemplo, têm
  • 58. www.mpsnet.net raízes mais delicadas e por isso são ideais para canteiros. A poda vai ajudar a controlar o tamanho das espécies. Para o pé ficar baixo e gordinho, como um arbusto, o truque é cortar 20 cm dos galhos a cada dois anos, sempre em agosto. Mas ambas exigem paciência, pois crescem 10 cm por ano. Já a seriguela atinge 3,5 m em dois anos. Terreno florido As flores precisam de manutenção redobrada. Elas pedem sol o dia todo e necessitam de um lugar com maior incidência de luz. Fique atento: folhas amareladas indicam carência de ferro e a recuperação é difícil. Mais espaço Elas precisam respirar para crescer. Deixe um espaço de pelo menos um palmo entre as mudas. Arrume o solo Em vasos e canteiros, a terra deve estar bem fofa para facilitar a circulação de ar e a passagem de água. Coloque uma camada de cascalho no fundo do vaso para auxiliar a drenagem da água.