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2
Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 3
1.Objectivo geral............................................................................................................................. 4
1.1.Objectivos específicos............................................................................................................... 4
2.Metodologia ................................................................................................................................. 4
3.Contextualização.......................................................................................................................... 5
4.Inovação....................................................................................................................................... 5
4.1.Tipos de Inovação ..................................................................................................................... 6
4.2.Inovação e vantagem competitiva............................................................................................. 7
4.3.Vantagens estratégicas da inovação .......................................................................................... 8
4.4.Fases básicas no processo de inovação ..................................................................................... 9
Geração................................................................................................................................ 10
Conceitualização..................................................................................................................... 10
Optimização .......................................................................................................................... 10
Implementação....................................................................................................................... 10
Captura................................................................................................................................. 11
4.5.Como as empresas inovam?.................................................................................................... 11
4.6.O ciclo da inovação................................................................................................................. 12
4.7.Habilidades relevantes para a Gestão da Inovação ................................................................. 12
4.8.As 6 Dimensões da Gestão da Inovação:................................................................................ 14
4.9.Características da gestão da inovação ..................................................................................... 16
5.Condições para uma inovação de sucesso.................................................................................. 16
Conclusão...................................................................................................................................... 18
Bibliografia ................................................................................................................................... 19
3
Introdução
O presente trabalho de pesquisa, tem como o tema ‘’Factores chaves na gestão de inovação’’ Na
verdade, Desde os anos passados, o tema da inovação tem atraído o interesse de pesquisadores,
académicos e empresários. Na última década, a inovação passou a ser reconhecida como um
factor essencial para a competitividade das organizações e foi incluída em suas agendas
estratégicas.
Vários estudos mostram uma forte correlação entre a inovação, capacidade empreendedora e o
desenvolvimento económico, produtividade e desempenho organizacional. Assim, torna-se
imperativo que as organizações no século XXI, estejam preparadas para renovar seus produtos,
serviços e processos, competências e desenhos organizacionais de forma contínua, a fim de
garantir sua adaptabilidade e consequente sobrevivência no mercado por meio do
desenvolvimento de uma competência chave: o empreendedorismo corporativo inovador.
Contudo, Apesar de a inovação indicar um caminho seguro para obter vantagem competitiva
sustentável e defender posições estratégicas no mercado, o seu sucesso não é garantido,
necessitando que os gestores conheçam e compreendam a dinâmica dos processos da gestão da
inovação dentro de suas organizações e realidades específicas.
4
1.Objectivo geral
 Desenvolver uma compreensão sistémica e dinâmica dos processos que sustentam a
inovação no empreendedorismo e desenvolver soluções estratégicas inovadoras em sua
área de actuação específica.
1.1.Objectivos específicos
 Assimilar os principais conceitos acerca dos Fundamentos da Gestão da Inovação;
 Conhecer os modelos de negócio para inovação;
 Discutir as estratégias, métodos e processos para a construção de uma organização
inovadora;
 Apresentar alternativas de instrumentos voltados ao apoio e fomento à inovação nas
organizações.
2.Metodologia
Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Também, foi usado o método
indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular
para uma questão mais ampla, mais geral. Para Lakatos e Marconi (2007:86), Indução é um
processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente
constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas.
Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais
amplo do que o das premissas nas quais nos baseia-mos.
5
3.Contextualização
4.Inovação
Conforme o dicionário Aurélio, inovação é o acto ou efeito de inovar ou seja, melhorar processo
dentro da organização. Conforme Tigre (2006), antes da Revolução Industrial, o mundo era
voltado para a agricultura, os produtos eram feitos de forma artesanal e nenhum era igual ao
outro. Sem a utilização de máquinas e processos organizacionais, voltadas para a melhoria da
produtividade, o aumento da produção dependia de um aumento proporcional dos factores de
produção utilizados. Na visão de Drucker (2006) a inovação não é uma ideia brilhante, porém,
uma ideia de melhorar processos dentro da organização e assim facilitar o dia-a-dia. De acordo
com Marx apud (TIGRE, 2006, p. 23) a inovação era uma forma de manter o monopólio
temporário sobre uma técnica superior ou produto diferenciado. O aumento da produção
resultante da introdução dos novos meios de produção em uma única empresa capitalista não
diminuía o valor unitário ou o preço de mercadoria a curto prazo.
Na inovação de marketing o foco está voltado para aumentar a demanda e a diferenciação do
produto, visando atingir novos clientes. Segundo Porter (2004) as inovações no marketing
também podem alterar poder relativo dos compradores e afectar a balança de custos variáveis e
fixos e, consequentemente, a volatilidade da concorrência. De acordo com Tigre (2006) a
inovação de processo pode alterar a qualidade e os custos de um determinado produto, o foco
dessa inovação está na descoberta de novos e importantes meios que visam trazer melhores
resultados para a empresa. Conforme Tigre (2006), a inovação organizacional está relacionada à
mudanças significativas nos processos e na estrutura organizacional. Contudo, percebe-se que a
inovação pode ser classificada por meio de vários tipos, tema que será melhor aprofundado no
tópico a seguir.
6
4.1.Tipos de Inovação
1. Inovação organizacional, que inclui:
 A introdução de estruturas organizacionais significativamente modificadas;
 A implementação de técnicas de gestão avançadas;
 A implementação de orientações estratégicas empresariais novas ou substancialmente
alteradas.
2. Inovação tecnológica de processo
Adopção de métodos de produção tecnologicamente novos ou significativamente melhorados.
Estes métodos podem envolver mudanças em equipamentos ou na organização da produção, ou
uma combinação dos dois, e podem resultar do uso de novo conhecimento. Estes novos métodos
podem ser destinados a:
 Produção ou entrega de produtos tecnologicamente novos ou de produtos melhorados,
que não poderiam ser produzidos ou entregues utilizando métodos convencionais de
produção;
 Aumento da produção ou da eficiência distributiva de produtos existentes.
3. Inovação tecnológica de produto, que inclui:
 Produtos tecnologicamente novos – produtos cujas características tecnológicas ou de
utilização são significativamente distintas das que existiam em produtos produzidos
anteriormente. Estas inovações podem envolver tecnologias radicalmente novas, ser
baseadas na combinação de tecnologias já existentes para novos usos, ou podem resultar
da incorporação de novo conhecimento.
 Produtos tecnologicamente melhorados – produtos cujo desempenho foi
significativamente melhorado. Um produto simples pode ser melhorado (em termos de
melhor desempenho ou menores custos) através do uso de materiais ou componentes com
mais alto rendimento; um produto complexo que consiste num número de subsistemas
7
técnicos integrados pode ser melhorado através de alterações parciais num ou mais dos
seus subsistemas.
4.2.Inovação e vantagem competitiva
Discussões acerca do que seria vantagem competitiva foram tratadas por Michael Porter, em seu
livro Vantagem Competitiva, de 1989. Segundo ele, o termo diz respeito à criação de valor para
a organização por meio de estratégias bem elaboradas que permitam elevado desempenho
perante o mercado e concorrentes em geral. Essa visão apresenta uma abordagem que considera
a busca por melhor posicionamento mediante a exploração de competências, percepção de
mercado e oportunidades, e fortalecimento da relação com os clientes, pautada na visão sistémica
do negócio e não mais apenas do produto (Porter, 1989).
No mesmo sentido, Brito e Brito (2012) a definem como o posicionamento acima da média de
uma determinada organização em relação a si mesma, em anos anteriores, e às demais empresas
com as quais compete conquistada por meio de criação de valor entre empresa, cliente e
fornecedor, de forma a fazer com que a superioridade de seu desempenho seja reconhecida e
valorizada por seus clientes.
Baseados nisso, Salunke, Weerawardena and Mccoll-Kennedy (2011) afirmam que a
competitividade exige uma análise apurada tanto do ambiente interno quanto externo às
organizações, a fim de alinhar as estratégias adoptadas com o mercado e gerar boas
performances sustentáveis no decorrer dos anos. Corroborando o exposto, Woerter and Roper
(2010) destacam que, num ambiente de constantes mudanças e incerteza quanto ao futuro, buscar
alternativas de actuação tem se tornado mais que um objectivo, uma necessidade de
sobrevivência. A capacidade de identificar onde se está, por que se está trilhando determinada
estratégia, e como são elaboradas as acções, se torna assim decisiva para se manter actuante no
negócio.
Todos esses aspectos denotam aquilo que, segundo Salunke et al. (2011), está actualmente cada
vez mais relacionado com a vantagem competitiva, a necessidade de as organizações inovarem e
aprenderem com a inovação. Isso porque a capacidade de buscar novas ideias e soluções, assim
8
como novas formas de fazer negócio têm se transformado na melhor maneira de acompanhar as
rápidas transformações no mercado.
Ademais, o foco da vantagem competitiva concentra-se nos processos de mudança, inovação e
dinâmica da concorrência e baseia-se na descoberta interactiva de informações divergentes e
conhecimentos dispersos, com oportunidades a serem identificadas. Nesse contexto, como
evidenciam Robertson, Casali and Jacobson (2012), as capacidades dinâmicas, relativas à
capacidade de as empresas compreenderem e influenciarem os processos de mudança, tornam-se
favoráveis à flexibilidade e antecipação, no intuito de estabelecer uma ponte entre a estratégia
empregada e o mercado. Segundo Maçaneiro (2011), dado o actual cenário global altamente
competitivo no qual as organizações estão inseridas, as firmas encontram maior possibilidade de
competir através de cooperações e associações que garantam vantagens para todos os envolvidos
e que amenizem os riscos oriundos do mercado. Sendo assim, Nohara (2011) apontam que a
criação de vantagem competitiva por meio de alianças contribui para facilitar o acesso a outros
atores, recursos e actividades, além de ampliar a obtenção de conhecimento, melhorar o
posicionamento e agregar valor aos relacionamentos de negócio.
4.3.Vantagens estratégicas da inovação
O que inovação tem a ver com estratégia? A resposta é "tudo". Para inovar de maneira
consistente, qualquer organização, seja ela uma empresa, uma ONG, ou uma entidade
governamental, deve ter uma estratégia de inovação. Como o assunto em questão é a criação de
vantagem competitiva, vamos focar nas empresas. As empresas normalmente inovam visando o
lucro. Pode-se dizer "normalmente" porque inovação é uma palavra da moda, o que leva algumas
empresas a buscar a inovação de maneira pouco criteriosa e, em alguns casos, sem realmente
avaliar a possibilidade de lucro. Muitas empresas surgiram sem ter sequer perspectiva de lucro e
angariaram investimentos para começar a operar somente porque eram baseadas em ideias
inovadoras.
A primeira coisa que as empresas precisam entender é como funciona a dinâmica da inovação e
dentre quais tipos de inovação ela pode escolher. As inovações podem ser incrementais, quando
simplesmente agregam um valor extra ao produto, serviço ou processo pré-existente, ou radicais,
quando oferecem uma mudança significativa para o cliente ou usuário da inovação.
9
Inovações radicais normalmente requerem uma mudança de comportamento do cliente ou da
relação dele com a inovação. Em alguns casos, as inovações radicais podem chegar a ser
disruptivas, destruindo a ordem dominante em determinado mercado ou indústria.
Inovações radicais têm uma curva de adopção que deve ser compreendida e gerenciada.
Conhecendo a curva de adopção de inovações é possível lidar com ela da maneira adequada,
conquistando primeiramente os inovadores, ávidos por novidades, e em seguida os cada vez mais
conservadores e garantindo assim uma boa penetração no mercado. Inovações de sucesso têm um
marketing adequado. Quem não acredita que o sucesso do iPod seja directamente ligado ao
marketing? Marketing sim, e grande parte deste marketing está no próprio produto, em seu
design, sua facilidade de uso e o conceito que ele se propõe a passar. Uma empresa inovadora
precisa também de uma gestão de portfólio de produtos adequada. Produtos novos ou inovadores
têm um risco de fracasso associado. Por outro lado, produtos hoje bem sucedidos têm 100% de
chances de perder mercado no longo prazo. É preciso criar produtos inovadores para ter uma
empresa sustentável.
Como inovar em tantas áreas e ainda garantir a lucratividade? Essencial para o lucro é ver a
inovação como um processo. Enquanto o comportamento criativo é importante, um processo
para planejar, gerar, seleccionar, implementar e avaliar continuamente as inovações é o que vai
garantir que ideias sejam convertidas em lucro. Parece complexo? Pode não ser tão simples
quanto apenas gerar ideias, mas é necessário. E vale a pena. Empresas que inovam podem ter
retorno sobre investimento dezenas de vezes maiores que empresas com estratégias "seguidoras"
em relação à inovação. O mercado que está absorvendo uma inovação é sempre um mercado em
crescimento. Para quem chega mais cedo, conquistar uma fatia grande deste mercado pode ser
muito mais barato do que para quem chega quando ele já está estabelecido. É fácil então
entender porque o retorno sobre o investimento é tão maior para quem sempre pensa em inovar.
4.4.Fases básicas no processo de inovação
Qualquer negócio voltado à criação e à venda de novos produtos deve conhecer o processo de
inovação. A inovação é um componente de duas funções, a invenção da ideia de um produto, e a
comercialização da ideia ou do produto. Não há um amplo consenso quanto ao número de fases
10
no processo de inovação. Um estudo por Jay Abraham e Daniel Knight, publicado na revista
"Strategy & Leadership", lista cinco estágios: geração, conceitualização, optimização,
implementação e captura.
 Geração
A geração é o onde o processo de inovação começa. Ela envolve o debate de ideias que depois
serão moldadas em soluções viáveis para os clientes. Nesse estágio pode existir ampla
modelagem e design.
 Conceitualização
Aqui, as ideias são colocadas na esfera oficial de pesquisa e desenvolvimento de uma empresa.
As empresas investem dinheiro para financiar o desenvolvimento. Os inovadores projectam e
testam suas ideias ao planejar o processo de desenvolvimento do produto. Protótipos e modelos
são gerados. O produto geral começou a tomar forma, assim a pesquisa é conduzida de acordo
com as necessidades e os desejos do consumidor.
 Optimização
Esse estágio é fundamental para qualquer invenção comercializada com sucesso. A pesquisa de
consumo e o teste de protótipos são colocados juntos e analisados. Toda boa ideia precisa ser
mais do que convincente; precisa preencher uma necessidade no mercado. Nessa fase, as
mudanças no projecto e na função são feitas para acomodar as exigências das necessidades de
mercado, de preço e do consumidor. As decisões finais são feitas em torno da estética e função
de um produto, assim ele pode ser comercializado com sucesso.
 Implementação
A implementação é o último passo no processo de comercialização. Ideias ou produtos são
trazidos para o consumidor ou utilizador final. Se você está oferecendo um bem de consumo, o
produto é produzido em larga escala e enviado através do canal de distribuição. Pequenas
modificações ainda podem ser feitas para se ajustar à demanda e às necessidades reais, mas o
conceito geral permanece intacto e será ou bem-sucedido ou rejeitado pelos usuários.
11
 Captura
Apesar do sucesso, uma empresa deve implementar uma fase de captura. Nessa fase, a
informação sobre o sucesso ou falha do produto e a performance das fases antecessoras são
colocadas juntas e analisadas para aumentar o conhecimento e a experiência. Se o produto é
bem-sucedido, uma empresa quer descobrir se novas inovações nele podem ser comercializadas.
Também é quando a empresa começa a fazer revendas para custear futuras inovações.
4.5.Como as empresas inovam?
De uma forma muito genérica, as iniciativas que pode desenvolver uma empresa que quer inovar,
isto é, alterar o desempenho dos seus recursos tecnológicos, das suas competências e da sua
produção. Essas iniciativas são de três tipos: estratégicas; através da investigação e
desenvolvimento (I&D); e por outras formas que não têm relação imediata com a I&D, mas que
podem assumir um papel importante na inovação.
1. Iniciativas de carácter estratégico: como base necessária para actividades de inovação,
as companhias têm - explicitamente ou não – de tomar decisões sobre o tipo de mercados
que servem, ou procuram criar, e que tipos de inovação vão tentar introduzir;
2. Através de I&D:
 A empresa pode conduzir investigação básica para estender o seu conhecimento dos
processos fundamentais relacionados com o que produz;
 A empresa pode conduzir investigação estratégica (no sentido de investigação com
relevância industrial mas sem aplicação especifica), para ampliar o âmbito dos projectos
que pode explorar, ou investigação aplicada, para produzir invenções específicas ou
modificações em produto existentes;
 A empresa pode desenvolver conceitos de produtos para decidir se são viáveis, o que
implica o desenho de protótipos, desenvolvimento e testes, e investigação adicional para
modificar desenhos ou funções técnicas.
3. Por outras formas:
Identificação de novos conceitos e tecnologias:
12
 Através das suas actividades de marketing e das suas relações com os consumidores;
 Detectando oportunidades de comercialização resultantes da sua (ou de outros)
investigação básica ou estratégica;
 Através das suas competências de desenho ou engenharia;
 Monitorando os seus concorrentes;
 Recorrendo a consultores externos.
A busca de novos mercados por explorar é outro elemento estimulador. Pode basear-se na
inovação tecnológica o na reconfiguração de produtos e serviços existentes, para apresentar aos
clientes uma mudança radical que criará neles a impressão de que obtêm um produto mais
valioso (inovação de valor acrescentado); A inovação pode passar também pela introdução de
uma abordagem completamente inédita para uma actividade (como por exemplo os novos
modelos de empresa dos distribuidores em linha), com o fim de criar novos mercados ou
aumentar a rentabilidade de um mercado já existente.
4.6.O ciclo da inovação
Inovar é a capacidade que o indivíduo empreendedor tem de implantar ideias capazes de gerar
valor para o negócio. Via de regra, no mundo dos negócios, as inovações se constituem em
fenómenos complexos e passam por um ciclo que envolve seu surgimento, crescimento,
maturidade e declínio. Cada um desses estágios pressupõe um conjunto de etapas que pode
envolver actividades como a pesquisa, o desenvolvimento, a prototipagem, a produção, a
distribuição, a comercialização, a entrega, a assistência técnica, o pós-venda, o marketing e a
gestão da marca.
4.7.Habilidades relevantes para a Gestão da Inovação
Algumas habilidades são especialmente relevantes e necessárias para se promover e garantir a
gestão da inovação como um processo dentro da empresa. Estas habilidades podem ser
reforçadas com a implantação de algumas rotinas que contribuem para a potencializá-las
conforme pode-se ver no quadro a seguir:
13
Habilidade Básicas Rotinas que contribuem
Reconhecimento Buscar dicas técnicas e económicas que
desencadeiem o processo de mudança.
Alinhamento Assegurar que há uma boa integração entre a
estratégia de negócios e a mudança proposta.
Aquisição Reconhecer as limitações da empresa e
conectar-se com fontes externas para adquirir
conhecimento, informações, equipamentos etc
Geração Ter a habilidade de criar alguns aspectos de
tecnologia “da casa”, por meio de P&D, de
grupos internos de engenheiros etc
Escolha Explorar e seleccionar o que for mais adequado
ao meio-ambiente e que se encaixe na
estratégia, bem como na rede externa de
tecnologia.
Execução Gerenciar projectos de desenvolvimento de
novos produtos/ processos do início até o
lançamento. Monitorar e controlar esses
projetos.
Implantação Gerenciar mudanças introduzidas na empresa -
técnicas e outras -, de forma a assegurar-se
sobre a aceitação e uso efectivo das mesmas.
Aprendizagem Avaliar e reflectir sobre o processo de
inovação, identificando lições para melhoria
das rotinas de gestão.
Desenvolvimento da organização Estabelecer rotinas efectivas – estruturas,
processos, comportamentos subjacentes.
14
4.8.As 6 Dimensões da Gestão da Inovação:
Muitos são os métodos e ferramentas utilizados para se implantar a gestão da inovação na
empresa. O desafio dos gestores consiste em encontrar quais as ferramentas e métodos são mais
compatíveis com a cultura da instituição. Visado auxiliar esse processo, desenvolvemos um
instrumento, baseado em 6 dimensões distintas, capaz de avaliar o grau de maturidade da gestão
da inovação na empresa.
 Método
Ao se estudar a origem das inovações, percebemos que, via de regra, não é muito fácil identificar
como, onde e porque as inovações deram certo. Em muitos casos foram fruto do trabalho
sistematizado e contínuo, focado na solução de um problema específico. Em outros casos,
soluções são encontradas quase que por acaso. Contudo, a inovação tem seus próprios caminhos,
às vezes sendo por nós conduzida, às vezes nos conduzindo.
 Ambiente
Assim como as ideias são a matéria-prima, são as pessoas o início, o fim e o meio de qualquer
inovação. Pessoas diferenciadas, com talento e criatividade, escolhem locais onde haja um
ambiente mais rico, mais dinâmico, mais diverso e mais desafiador para exercerem suas
actividades. Dentro desse contexto, percebemos que ambientes mais abertos e flexíveis, onde
amplas possibilidades de acesso a novas fontes de conhecimento e maior tolerância a diversidade
sejam possíveis, atraem pessoas criativas e talentosas. Eles funcionam como um impulsionador
dos talentos individuais e como um agente potencializador de interacções geradoras de
inovações.
 Pessoas
No centro de todos os processos de uma empresa, sempre vamos ter a presença de pessoas. Elas
se constituem nos activos mais importantes para a criação de valor para o negócio. As empresas
devem estimular a criação de sistemas capazes de identificar, recrutar, manter, capacitar,
15
reconhecer e recompensar as pessoas responsáveis pela geração de resultados galgados pelas
inovações.
 Estratégia
A estratégia é, e sempre foi, parte integrante da essência do ser humano. É um factor central na
diferenciação que se estabelece entre os seres que criam pensamentos elaborados e complexos e
os demais animais, que a utilizam unicamente como ferramenta básica para a satisfação de suas
necessidades mais urgentes. A estratégia tem sido usada pelo homem de forma sofisticada e
singular, transformando-o no principal agente de transformação do meio onde vive. Também nos
negócios, ela tem um papel fundamental. Qualquer plano ou iniciativa voltada para inovar deve
estar devidamente alinhada com a visão de futuro da empresa e com a estratégia do negócio.
 Liderança
Sempre existe um certo vínculo entre a obra e o seu criador. De forma deliberada ou
inconsciente, o criador transfere para a criatura um pouco de si, de suas crenças e valores, da sua
maneira de ver e entender o mundo e as coisas que o cercam. Via de regra, a empresa é um
espelho multifacetado, onde uma parte relevante deste mosaico está associada ao que sua
liderança diz e faz. Também na inovação o papel da liderança é determinante. Sua visão de
futuro, escolhas estratégicas, apetite ao risco e tolerância aos erros, determinam como a empresa
se comportará frente aos desafios e oportunidades que vão surgir.
 Resultados
Só existe inovação quando existem resultados. Eles são fundamentais para a sobrevivência da
empresa. Porém, nem sempre os resultados são consequência de um processo estruturado e
sistemático. Muitas vezes, podem ser fruto do acaso. Por isso, é fundamental identificar se os
resultados obtidos são decorrentes dos sistemas e métodos implantados. É preciso encontrar nexo
causal (relação de causa e efeito) entre os resultados obtidos e os métodos e ferramentas
utilizados na gestão da inovação da empresa. Só quando orem fruto de um processo planejado e
sistematizado é que se poderá dizer que estamos gerenciando a inovação na empresa.
16
4.9.Características da gestão da inovação
Existe um conjunto de características inerentes ao conceito de inovação que vão definir a sua
eficácia:
 Gestão da oportunidade, risco e mudança: a inovação é imprevisível com elevado risco
associado, pode também ter grandes custos associados, deve por isso haver um
acompanhamento de perto da inovação quer de bens ou serviços, ou processos produtivos, de
forma a evitar fracassos e riscos não calculados;
 A localização de meios técnicos e humanos é fundamental para um perfeito
desenvolvimento, que leve a uma transferência da inovação para os locais correctos da sua
aceitação e utilização. Inovação fora de timing ou de local pode originar a falha de todo um
processo.
 Interacção com consumidor: procura de novos nichos de mercado faz com que seja
necessário pesar bem custos, benefícios e timing para se envolver consumidores nos
processos de inovação, para dessa forma potenciar o sucesso da mesma ao levar-se em conta
o interesse do consumidor;
 Resistência cultural à mudança: havendo predisposição para a mudança o sucesso de
inovações será superior. Deve haver pressão na gestão da inovação para prevenir rigidez na
forma de pensar e haver atitudes permeáveis há existência de ambientes propícios à inovação
e mudança;
 Desenvolvimento de novos negócios: inovação faz com que empresas se afastem da
estabilidade e controlo, da sua zona de conforto, desviando-as dos seus processos normais
de steady-state. Recursos usados na inovação são usados na possível criação de novos
produtos e possivelmente novas áreas de negócio, mas que tem risco associado e podem não
ter no futuro não ter o retorno esperado.
5.Condições para uma inovação de sucesso
As três são óbvias, mas frequentemente negligenciadas.
 Inovação é trabalho.
17
Exige conhecimento. Muitas vezes exige um grande empenho e conhecimento. E há claramente
inovadores de maior talento, além disso, os inovadores raramente trabalham em mais do que uma
área. Apesar de toda a sua enorme capacidade inovadora, na inovação, assim como em qualquer
outra iniciativa, há talento. Mas, no final, a inovação transforma-se num trabalho difícil,
centralizado e intencional que faz grandes exigências de diligência, persistência e de empenho.
Se isto não existir, não haverá talento, engenho ou conhecimento que ajudem.
 Para ter sucesso, os inovadores têm que se basear nos seus pontos fortes.
Os inovadores de sucesso analisam um conjunto vasto de oportunidades. Mas depois perguntam:
“Qual destas oportunidades é adequada para mim, para esta empresa, utiliza aquilo em que nós
(ou eu) somos competentes e mostrámos ter capacidades em termos de desempenho?”
Obviamente, quanto a isto, a inovação não é diferente de qualquer outra iniciativa. Mas pode ser
mais importante na inovação basearmo-nos nos nossos pontes fortes devido aos riscos da
inovação a ao aumento do conhecimento e da capacidade de desempenho que daí resulta. E na
inovação, como em qualquer outro empreendimento, também tem que haver uma adequação
temperamental. As empresas não têm um bom desempenho numa coisa que não respeitam. Os
inovadores, da mesma forma, têm que estar temperamentalmente em sintonia com a
oportunidade inovadora.
 A inovação é um efeito da economia e da sociedade.
Uma mudança no comportamento dos clientes, das pessoas em geral, normalmente está
associado a uma mudança no processo, e é à forma como se trabalha e produz alguma coisa. A
inovação, por conseguinte, tem de estar sempre próxima do mercado, tem de se centrar no
mercado, sem dúvida tem de ser impulsionada pelo mercado.
18
Conclusão
Chegando o fim deste trabalho, constatou-se que a inovação, em sentido amplo, está no coração
da mudança económica. Tipicamente, a inovação é associada à busca de vantagens de custos, ao
estabelecimento de uma posição de monopólio, à defesa de uma posição competitiva, ou à
obtenção de vantagens comparativas. Mais recentemente, generalizou-se a ideia de que a
diferenciação através da inovação contínua é uma questão de sobrevivência, para melhorar
produtos, processos, serviços, redes e reputação, e desenvolver competências nucleares e
melhorias de performance críticas para o sucesso. A inovação é entendida hoje em dia como um
conceito multi-dimensional, de natureza estratégica, que vai para além da inovação tecnológica.
Uma empresa pode desenvolver vários tipos de iniciativas de inovação, e existem diversas
formas de trazer a novidade, essencial para a inovação, para o interior da empresa. O domínio e
boa gestão do processo de Desenvolvimento de Novos Produtos assumem um papel determinante
para as empresas empenhadas na inovação de produto, e conhecer os factores críticos de êxito e
insucesso deste processo é determinante para potenciar as competências internas e antecipar os
problemas mais comuns.
19
Bibliografia
CORAL, Eliza; OGLIARI, Andre; ABREU, Aline França de. Gestão integrada da inovação:
estratégia, organização e desenvolvimento de produtos. São Paulo: Atlas 2008. xxii, 269 p. :
ISBN 978-85-224-4976-7 (7 exemplares na BU).
TIDD, Joe; BESSANT, John; PAVITT, Keith. . Gestão da inovação. 3. ed São Paulo (SP):
Bookman, 2008. xvi, 600p. ISBN 9788577802029 (3 exemplares na BU).
MATTOS, João Roberto Loureiro de; GUIMARÃES, Leonam dos Santos. Gestão da tecnologia
e inovação: uma abordagem prática. São Paulo: Saraiva, 2005. xviii, 278 p. ISBN
9788502049888 (3 exemplares).
PREDEBON, José. Criatividade - Abrindo o lado inovador da mente: um caminho para o
exercício prático dessa potencialidade esquecida ou reprimida quando deixamos de ser crianças.
7ª Ed. São Paulo (SP): Atlas, 2010. 238p. ISBN: 9788522458516 (3 exemplares na BU).
DAVILA, T. EPSTEIN, M. SHELTON, R. As regras da inovação. Porto Alegre, Editora
Bookman, 2007.

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FACTORES CHAVES NA GESTAO DE INOVACAO

  • 1. 2 Índice Introdução ....................................................................................................................................... 3 1.Objectivo geral............................................................................................................................. 4 1.1.Objectivos específicos............................................................................................................... 4 2.Metodologia ................................................................................................................................. 4 3.Contextualização.......................................................................................................................... 5 4.Inovação....................................................................................................................................... 5 4.1.Tipos de Inovação ..................................................................................................................... 6 4.2.Inovação e vantagem competitiva............................................................................................. 7 4.3.Vantagens estratégicas da inovação .......................................................................................... 8 4.4.Fases básicas no processo de inovação ..................................................................................... 9 Geração................................................................................................................................ 10 Conceitualização..................................................................................................................... 10 Optimização .......................................................................................................................... 10 Implementação....................................................................................................................... 10 Captura................................................................................................................................. 11 4.5.Como as empresas inovam?.................................................................................................... 11 4.6.O ciclo da inovação................................................................................................................. 12 4.7.Habilidades relevantes para a Gestão da Inovação ................................................................. 12 4.8.As 6 Dimensões da Gestão da Inovação:................................................................................ 14 4.9.Características da gestão da inovação ..................................................................................... 16 5.Condições para uma inovação de sucesso.................................................................................. 16 Conclusão...................................................................................................................................... 18 Bibliografia ................................................................................................................................... 19
  • 2. 3 Introdução O presente trabalho de pesquisa, tem como o tema ‘’Factores chaves na gestão de inovação’’ Na verdade, Desde os anos passados, o tema da inovação tem atraído o interesse de pesquisadores, académicos e empresários. Na última década, a inovação passou a ser reconhecida como um factor essencial para a competitividade das organizações e foi incluída em suas agendas estratégicas. Vários estudos mostram uma forte correlação entre a inovação, capacidade empreendedora e o desenvolvimento económico, produtividade e desempenho organizacional. Assim, torna-se imperativo que as organizações no século XXI, estejam preparadas para renovar seus produtos, serviços e processos, competências e desenhos organizacionais de forma contínua, a fim de garantir sua adaptabilidade e consequente sobrevivência no mercado por meio do desenvolvimento de uma competência chave: o empreendedorismo corporativo inovador. Contudo, Apesar de a inovação indicar um caminho seguro para obter vantagem competitiva sustentável e defender posições estratégicas no mercado, o seu sucesso não é garantido, necessitando que os gestores conheçam e compreendam a dinâmica dos processos da gestão da inovação dentro de suas organizações e realidades específicas.
  • 3. 4 1.Objectivo geral  Desenvolver uma compreensão sistémica e dinâmica dos processos que sustentam a inovação no empreendedorismo e desenvolver soluções estratégicas inovadoras em sua área de actuação específica. 1.1.Objectivos específicos  Assimilar os principais conceitos acerca dos Fundamentos da Gestão da Inovação;  Conhecer os modelos de negócio para inovação;  Discutir as estratégias, métodos e processos para a construção de uma organização inovadora;  Apresentar alternativas de instrumentos voltados ao apoio e fomento à inovação nas organizações. 2.Metodologia Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Também, foi usado o método indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular para uma questão mais ampla, mais geral. Para Lakatos e Marconi (2007:86), Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais nos baseia-mos.
  • 4. 5 3.Contextualização 4.Inovação Conforme o dicionário Aurélio, inovação é o acto ou efeito de inovar ou seja, melhorar processo dentro da organização. Conforme Tigre (2006), antes da Revolução Industrial, o mundo era voltado para a agricultura, os produtos eram feitos de forma artesanal e nenhum era igual ao outro. Sem a utilização de máquinas e processos organizacionais, voltadas para a melhoria da produtividade, o aumento da produção dependia de um aumento proporcional dos factores de produção utilizados. Na visão de Drucker (2006) a inovação não é uma ideia brilhante, porém, uma ideia de melhorar processos dentro da organização e assim facilitar o dia-a-dia. De acordo com Marx apud (TIGRE, 2006, p. 23) a inovação era uma forma de manter o monopólio temporário sobre uma técnica superior ou produto diferenciado. O aumento da produção resultante da introdução dos novos meios de produção em uma única empresa capitalista não diminuía o valor unitário ou o preço de mercadoria a curto prazo. Na inovação de marketing o foco está voltado para aumentar a demanda e a diferenciação do produto, visando atingir novos clientes. Segundo Porter (2004) as inovações no marketing também podem alterar poder relativo dos compradores e afectar a balança de custos variáveis e fixos e, consequentemente, a volatilidade da concorrência. De acordo com Tigre (2006) a inovação de processo pode alterar a qualidade e os custos de um determinado produto, o foco dessa inovação está na descoberta de novos e importantes meios que visam trazer melhores resultados para a empresa. Conforme Tigre (2006), a inovação organizacional está relacionada à mudanças significativas nos processos e na estrutura organizacional. Contudo, percebe-se que a inovação pode ser classificada por meio de vários tipos, tema que será melhor aprofundado no tópico a seguir.
  • 5. 6 4.1.Tipos de Inovação 1. Inovação organizacional, que inclui:  A introdução de estruturas organizacionais significativamente modificadas;  A implementação de técnicas de gestão avançadas;  A implementação de orientações estratégicas empresariais novas ou substancialmente alteradas. 2. Inovação tecnológica de processo Adopção de métodos de produção tecnologicamente novos ou significativamente melhorados. Estes métodos podem envolver mudanças em equipamentos ou na organização da produção, ou uma combinação dos dois, e podem resultar do uso de novo conhecimento. Estes novos métodos podem ser destinados a:  Produção ou entrega de produtos tecnologicamente novos ou de produtos melhorados, que não poderiam ser produzidos ou entregues utilizando métodos convencionais de produção;  Aumento da produção ou da eficiência distributiva de produtos existentes. 3. Inovação tecnológica de produto, que inclui:  Produtos tecnologicamente novos – produtos cujas características tecnológicas ou de utilização são significativamente distintas das que existiam em produtos produzidos anteriormente. Estas inovações podem envolver tecnologias radicalmente novas, ser baseadas na combinação de tecnologias já existentes para novos usos, ou podem resultar da incorporação de novo conhecimento.  Produtos tecnologicamente melhorados – produtos cujo desempenho foi significativamente melhorado. Um produto simples pode ser melhorado (em termos de melhor desempenho ou menores custos) através do uso de materiais ou componentes com mais alto rendimento; um produto complexo que consiste num número de subsistemas
  • 6. 7 técnicos integrados pode ser melhorado através de alterações parciais num ou mais dos seus subsistemas. 4.2.Inovação e vantagem competitiva Discussões acerca do que seria vantagem competitiva foram tratadas por Michael Porter, em seu livro Vantagem Competitiva, de 1989. Segundo ele, o termo diz respeito à criação de valor para a organização por meio de estratégias bem elaboradas que permitam elevado desempenho perante o mercado e concorrentes em geral. Essa visão apresenta uma abordagem que considera a busca por melhor posicionamento mediante a exploração de competências, percepção de mercado e oportunidades, e fortalecimento da relação com os clientes, pautada na visão sistémica do negócio e não mais apenas do produto (Porter, 1989). No mesmo sentido, Brito e Brito (2012) a definem como o posicionamento acima da média de uma determinada organização em relação a si mesma, em anos anteriores, e às demais empresas com as quais compete conquistada por meio de criação de valor entre empresa, cliente e fornecedor, de forma a fazer com que a superioridade de seu desempenho seja reconhecida e valorizada por seus clientes. Baseados nisso, Salunke, Weerawardena and Mccoll-Kennedy (2011) afirmam que a competitividade exige uma análise apurada tanto do ambiente interno quanto externo às organizações, a fim de alinhar as estratégias adoptadas com o mercado e gerar boas performances sustentáveis no decorrer dos anos. Corroborando o exposto, Woerter and Roper (2010) destacam que, num ambiente de constantes mudanças e incerteza quanto ao futuro, buscar alternativas de actuação tem se tornado mais que um objectivo, uma necessidade de sobrevivência. A capacidade de identificar onde se está, por que se está trilhando determinada estratégia, e como são elaboradas as acções, se torna assim decisiva para se manter actuante no negócio. Todos esses aspectos denotam aquilo que, segundo Salunke et al. (2011), está actualmente cada vez mais relacionado com a vantagem competitiva, a necessidade de as organizações inovarem e aprenderem com a inovação. Isso porque a capacidade de buscar novas ideias e soluções, assim
  • 7. 8 como novas formas de fazer negócio têm se transformado na melhor maneira de acompanhar as rápidas transformações no mercado. Ademais, o foco da vantagem competitiva concentra-se nos processos de mudança, inovação e dinâmica da concorrência e baseia-se na descoberta interactiva de informações divergentes e conhecimentos dispersos, com oportunidades a serem identificadas. Nesse contexto, como evidenciam Robertson, Casali and Jacobson (2012), as capacidades dinâmicas, relativas à capacidade de as empresas compreenderem e influenciarem os processos de mudança, tornam-se favoráveis à flexibilidade e antecipação, no intuito de estabelecer uma ponte entre a estratégia empregada e o mercado. Segundo Maçaneiro (2011), dado o actual cenário global altamente competitivo no qual as organizações estão inseridas, as firmas encontram maior possibilidade de competir através de cooperações e associações que garantam vantagens para todos os envolvidos e que amenizem os riscos oriundos do mercado. Sendo assim, Nohara (2011) apontam que a criação de vantagem competitiva por meio de alianças contribui para facilitar o acesso a outros atores, recursos e actividades, além de ampliar a obtenção de conhecimento, melhorar o posicionamento e agregar valor aos relacionamentos de negócio. 4.3.Vantagens estratégicas da inovação O que inovação tem a ver com estratégia? A resposta é "tudo". Para inovar de maneira consistente, qualquer organização, seja ela uma empresa, uma ONG, ou uma entidade governamental, deve ter uma estratégia de inovação. Como o assunto em questão é a criação de vantagem competitiva, vamos focar nas empresas. As empresas normalmente inovam visando o lucro. Pode-se dizer "normalmente" porque inovação é uma palavra da moda, o que leva algumas empresas a buscar a inovação de maneira pouco criteriosa e, em alguns casos, sem realmente avaliar a possibilidade de lucro. Muitas empresas surgiram sem ter sequer perspectiva de lucro e angariaram investimentos para começar a operar somente porque eram baseadas em ideias inovadoras. A primeira coisa que as empresas precisam entender é como funciona a dinâmica da inovação e dentre quais tipos de inovação ela pode escolher. As inovações podem ser incrementais, quando simplesmente agregam um valor extra ao produto, serviço ou processo pré-existente, ou radicais, quando oferecem uma mudança significativa para o cliente ou usuário da inovação.
  • 8. 9 Inovações radicais normalmente requerem uma mudança de comportamento do cliente ou da relação dele com a inovação. Em alguns casos, as inovações radicais podem chegar a ser disruptivas, destruindo a ordem dominante em determinado mercado ou indústria. Inovações radicais têm uma curva de adopção que deve ser compreendida e gerenciada. Conhecendo a curva de adopção de inovações é possível lidar com ela da maneira adequada, conquistando primeiramente os inovadores, ávidos por novidades, e em seguida os cada vez mais conservadores e garantindo assim uma boa penetração no mercado. Inovações de sucesso têm um marketing adequado. Quem não acredita que o sucesso do iPod seja directamente ligado ao marketing? Marketing sim, e grande parte deste marketing está no próprio produto, em seu design, sua facilidade de uso e o conceito que ele se propõe a passar. Uma empresa inovadora precisa também de uma gestão de portfólio de produtos adequada. Produtos novos ou inovadores têm um risco de fracasso associado. Por outro lado, produtos hoje bem sucedidos têm 100% de chances de perder mercado no longo prazo. É preciso criar produtos inovadores para ter uma empresa sustentável. Como inovar em tantas áreas e ainda garantir a lucratividade? Essencial para o lucro é ver a inovação como um processo. Enquanto o comportamento criativo é importante, um processo para planejar, gerar, seleccionar, implementar e avaliar continuamente as inovações é o que vai garantir que ideias sejam convertidas em lucro. Parece complexo? Pode não ser tão simples quanto apenas gerar ideias, mas é necessário. E vale a pena. Empresas que inovam podem ter retorno sobre investimento dezenas de vezes maiores que empresas com estratégias "seguidoras" em relação à inovação. O mercado que está absorvendo uma inovação é sempre um mercado em crescimento. Para quem chega mais cedo, conquistar uma fatia grande deste mercado pode ser muito mais barato do que para quem chega quando ele já está estabelecido. É fácil então entender porque o retorno sobre o investimento é tão maior para quem sempre pensa em inovar. 4.4.Fases básicas no processo de inovação Qualquer negócio voltado à criação e à venda de novos produtos deve conhecer o processo de inovação. A inovação é um componente de duas funções, a invenção da ideia de um produto, e a comercialização da ideia ou do produto. Não há um amplo consenso quanto ao número de fases
  • 9. 10 no processo de inovação. Um estudo por Jay Abraham e Daniel Knight, publicado na revista "Strategy & Leadership", lista cinco estágios: geração, conceitualização, optimização, implementação e captura.  Geração A geração é o onde o processo de inovação começa. Ela envolve o debate de ideias que depois serão moldadas em soluções viáveis para os clientes. Nesse estágio pode existir ampla modelagem e design.  Conceitualização Aqui, as ideias são colocadas na esfera oficial de pesquisa e desenvolvimento de uma empresa. As empresas investem dinheiro para financiar o desenvolvimento. Os inovadores projectam e testam suas ideias ao planejar o processo de desenvolvimento do produto. Protótipos e modelos são gerados. O produto geral começou a tomar forma, assim a pesquisa é conduzida de acordo com as necessidades e os desejos do consumidor.  Optimização Esse estágio é fundamental para qualquer invenção comercializada com sucesso. A pesquisa de consumo e o teste de protótipos são colocados juntos e analisados. Toda boa ideia precisa ser mais do que convincente; precisa preencher uma necessidade no mercado. Nessa fase, as mudanças no projecto e na função são feitas para acomodar as exigências das necessidades de mercado, de preço e do consumidor. As decisões finais são feitas em torno da estética e função de um produto, assim ele pode ser comercializado com sucesso.  Implementação A implementação é o último passo no processo de comercialização. Ideias ou produtos são trazidos para o consumidor ou utilizador final. Se você está oferecendo um bem de consumo, o produto é produzido em larga escala e enviado através do canal de distribuição. Pequenas modificações ainda podem ser feitas para se ajustar à demanda e às necessidades reais, mas o conceito geral permanece intacto e será ou bem-sucedido ou rejeitado pelos usuários.
  • 10. 11  Captura Apesar do sucesso, uma empresa deve implementar uma fase de captura. Nessa fase, a informação sobre o sucesso ou falha do produto e a performance das fases antecessoras são colocadas juntas e analisadas para aumentar o conhecimento e a experiência. Se o produto é bem-sucedido, uma empresa quer descobrir se novas inovações nele podem ser comercializadas. Também é quando a empresa começa a fazer revendas para custear futuras inovações. 4.5.Como as empresas inovam? De uma forma muito genérica, as iniciativas que pode desenvolver uma empresa que quer inovar, isto é, alterar o desempenho dos seus recursos tecnológicos, das suas competências e da sua produção. Essas iniciativas são de três tipos: estratégicas; através da investigação e desenvolvimento (I&D); e por outras formas que não têm relação imediata com a I&D, mas que podem assumir um papel importante na inovação. 1. Iniciativas de carácter estratégico: como base necessária para actividades de inovação, as companhias têm - explicitamente ou não – de tomar decisões sobre o tipo de mercados que servem, ou procuram criar, e que tipos de inovação vão tentar introduzir; 2. Através de I&D:  A empresa pode conduzir investigação básica para estender o seu conhecimento dos processos fundamentais relacionados com o que produz;  A empresa pode conduzir investigação estratégica (no sentido de investigação com relevância industrial mas sem aplicação especifica), para ampliar o âmbito dos projectos que pode explorar, ou investigação aplicada, para produzir invenções específicas ou modificações em produto existentes;  A empresa pode desenvolver conceitos de produtos para decidir se são viáveis, o que implica o desenho de protótipos, desenvolvimento e testes, e investigação adicional para modificar desenhos ou funções técnicas. 3. Por outras formas: Identificação de novos conceitos e tecnologias:
  • 11. 12  Através das suas actividades de marketing e das suas relações com os consumidores;  Detectando oportunidades de comercialização resultantes da sua (ou de outros) investigação básica ou estratégica;  Através das suas competências de desenho ou engenharia;  Monitorando os seus concorrentes;  Recorrendo a consultores externos. A busca de novos mercados por explorar é outro elemento estimulador. Pode basear-se na inovação tecnológica o na reconfiguração de produtos e serviços existentes, para apresentar aos clientes uma mudança radical que criará neles a impressão de que obtêm um produto mais valioso (inovação de valor acrescentado); A inovação pode passar também pela introdução de uma abordagem completamente inédita para uma actividade (como por exemplo os novos modelos de empresa dos distribuidores em linha), com o fim de criar novos mercados ou aumentar a rentabilidade de um mercado já existente. 4.6.O ciclo da inovação Inovar é a capacidade que o indivíduo empreendedor tem de implantar ideias capazes de gerar valor para o negócio. Via de regra, no mundo dos negócios, as inovações se constituem em fenómenos complexos e passam por um ciclo que envolve seu surgimento, crescimento, maturidade e declínio. Cada um desses estágios pressupõe um conjunto de etapas que pode envolver actividades como a pesquisa, o desenvolvimento, a prototipagem, a produção, a distribuição, a comercialização, a entrega, a assistência técnica, o pós-venda, o marketing e a gestão da marca. 4.7.Habilidades relevantes para a Gestão da Inovação Algumas habilidades são especialmente relevantes e necessárias para se promover e garantir a gestão da inovação como um processo dentro da empresa. Estas habilidades podem ser reforçadas com a implantação de algumas rotinas que contribuem para a potencializá-las conforme pode-se ver no quadro a seguir:
  • 12. 13 Habilidade Básicas Rotinas que contribuem Reconhecimento Buscar dicas técnicas e económicas que desencadeiem o processo de mudança. Alinhamento Assegurar que há uma boa integração entre a estratégia de negócios e a mudança proposta. Aquisição Reconhecer as limitações da empresa e conectar-se com fontes externas para adquirir conhecimento, informações, equipamentos etc Geração Ter a habilidade de criar alguns aspectos de tecnologia “da casa”, por meio de P&D, de grupos internos de engenheiros etc Escolha Explorar e seleccionar o que for mais adequado ao meio-ambiente e que se encaixe na estratégia, bem como na rede externa de tecnologia. Execução Gerenciar projectos de desenvolvimento de novos produtos/ processos do início até o lançamento. Monitorar e controlar esses projetos. Implantação Gerenciar mudanças introduzidas na empresa - técnicas e outras -, de forma a assegurar-se sobre a aceitação e uso efectivo das mesmas. Aprendizagem Avaliar e reflectir sobre o processo de inovação, identificando lições para melhoria das rotinas de gestão. Desenvolvimento da organização Estabelecer rotinas efectivas – estruturas, processos, comportamentos subjacentes.
  • 13. 14 4.8.As 6 Dimensões da Gestão da Inovação: Muitos são os métodos e ferramentas utilizados para se implantar a gestão da inovação na empresa. O desafio dos gestores consiste em encontrar quais as ferramentas e métodos são mais compatíveis com a cultura da instituição. Visado auxiliar esse processo, desenvolvemos um instrumento, baseado em 6 dimensões distintas, capaz de avaliar o grau de maturidade da gestão da inovação na empresa.  Método Ao se estudar a origem das inovações, percebemos que, via de regra, não é muito fácil identificar como, onde e porque as inovações deram certo. Em muitos casos foram fruto do trabalho sistematizado e contínuo, focado na solução de um problema específico. Em outros casos, soluções são encontradas quase que por acaso. Contudo, a inovação tem seus próprios caminhos, às vezes sendo por nós conduzida, às vezes nos conduzindo.  Ambiente Assim como as ideias são a matéria-prima, são as pessoas o início, o fim e o meio de qualquer inovação. Pessoas diferenciadas, com talento e criatividade, escolhem locais onde haja um ambiente mais rico, mais dinâmico, mais diverso e mais desafiador para exercerem suas actividades. Dentro desse contexto, percebemos que ambientes mais abertos e flexíveis, onde amplas possibilidades de acesso a novas fontes de conhecimento e maior tolerância a diversidade sejam possíveis, atraem pessoas criativas e talentosas. Eles funcionam como um impulsionador dos talentos individuais e como um agente potencializador de interacções geradoras de inovações.  Pessoas No centro de todos os processos de uma empresa, sempre vamos ter a presença de pessoas. Elas se constituem nos activos mais importantes para a criação de valor para o negócio. As empresas devem estimular a criação de sistemas capazes de identificar, recrutar, manter, capacitar,
  • 14. 15 reconhecer e recompensar as pessoas responsáveis pela geração de resultados galgados pelas inovações.  Estratégia A estratégia é, e sempre foi, parte integrante da essência do ser humano. É um factor central na diferenciação que se estabelece entre os seres que criam pensamentos elaborados e complexos e os demais animais, que a utilizam unicamente como ferramenta básica para a satisfação de suas necessidades mais urgentes. A estratégia tem sido usada pelo homem de forma sofisticada e singular, transformando-o no principal agente de transformação do meio onde vive. Também nos negócios, ela tem um papel fundamental. Qualquer plano ou iniciativa voltada para inovar deve estar devidamente alinhada com a visão de futuro da empresa e com a estratégia do negócio.  Liderança Sempre existe um certo vínculo entre a obra e o seu criador. De forma deliberada ou inconsciente, o criador transfere para a criatura um pouco de si, de suas crenças e valores, da sua maneira de ver e entender o mundo e as coisas que o cercam. Via de regra, a empresa é um espelho multifacetado, onde uma parte relevante deste mosaico está associada ao que sua liderança diz e faz. Também na inovação o papel da liderança é determinante. Sua visão de futuro, escolhas estratégicas, apetite ao risco e tolerância aos erros, determinam como a empresa se comportará frente aos desafios e oportunidades que vão surgir.  Resultados Só existe inovação quando existem resultados. Eles são fundamentais para a sobrevivência da empresa. Porém, nem sempre os resultados são consequência de um processo estruturado e sistemático. Muitas vezes, podem ser fruto do acaso. Por isso, é fundamental identificar se os resultados obtidos são decorrentes dos sistemas e métodos implantados. É preciso encontrar nexo causal (relação de causa e efeito) entre os resultados obtidos e os métodos e ferramentas utilizados na gestão da inovação da empresa. Só quando orem fruto de um processo planejado e sistematizado é que se poderá dizer que estamos gerenciando a inovação na empresa.
  • 15. 16 4.9.Características da gestão da inovação Existe um conjunto de características inerentes ao conceito de inovação que vão definir a sua eficácia:  Gestão da oportunidade, risco e mudança: a inovação é imprevisível com elevado risco associado, pode também ter grandes custos associados, deve por isso haver um acompanhamento de perto da inovação quer de bens ou serviços, ou processos produtivos, de forma a evitar fracassos e riscos não calculados;  A localização de meios técnicos e humanos é fundamental para um perfeito desenvolvimento, que leve a uma transferência da inovação para os locais correctos da sua aceitação e utilização. Inovação fora de timing ou de local pode originar a falha de todo um processo.  Interacção com consumidor: procura de novos nichos de mercado faz com que seja necessário pesar bem custos, benefícios e timing para se envolver consumidores nos processos de inovação, para dessa forma potenciar o sucesso da mesma ao levar-se em conta o interesse do consumidor;  Resistência cultural à mudança: havendo predisposição para a mudança o sucesso de inovações será superior. Deve haver pressão na gestão da inovação para prevenir rigidez na forma de pensar e haver atitudes permeáveis há existência de ambientes propícios à inovação e mudança;  Desenvolvimento de novos negócios: inovação faz com que empresas se afastem da estabilidade e controlo, da sua zona de conforto, desviando-as dos seus processos normais de steady-state. Recursos usados na inovação são usados na possível criação de novos produtos e possivelmente novas áreas de negócio, mas que tem risco associado e podem não ter no futuro não ter o retorno esperado. 5.Condições para uma inovação de sucesso As três são óbvias, mas frequentemente negligenciadas.  Inovação é trabalho.
  • 16. 17 Exige conhecimento. Muitas vezes exige um grande empenho e conhecimento. E há claramente inovadores de maior talento, além disso, os inovadores raramente trabalham em mais do que uma área. Apesar de toda a sua enorme capacidade inovadora, na inovação, assim como em qualquer outra iniciativa, há talento. Mas, no final, a inovação transforma-se num trabalho difícil, centralizado e intencional que faz grandes exigências de diligência, persistência e de empenho. Se isto não existir, não haverá talento, engenho ou conhecimento que ajudem.  Para ter sucesso, os inovadores têm que se basear nos seus pontos fortes. Os inovadores de sucesso analisam um conjunto vasto de oportunidades. Mas depois perguntam: “Qual destas oportunidades é adequada para mim, para esta empresa, utiliza aquilo em que nós (ou eu) somos competentes e mostrámos ter capacidades em termos de desempenho?” Obviamente, quanto a isto, a inovação não é diferente de qualquer outra iniciativa. Mas pode ser mais importante na inovação basearmo-nos nos nossos pontes fortes devido aos riscos da inovação a ao aumento do conhecimento e da capacidade de desempenho que daí resulta. E na inovação, como em qualquer outro empreendimento, também tem que haver uma adequação temperamental. As empresas não têm um bom desempenho numa coisa que não respeitam. Os inovadores, da mesma forma, têm que estar temperamentalmente em sintonia com a oportunidade inovadora.  A inovação é um efeito da economia e da sociedade. Uma mudança no comportamento dos clientes, das pessoas em geral, normalmente está associado a uma mudança no processo, e é à forma como se trabalha e produz alguma coisa. A inovação, por conseguinte, tem de estar sempre próxima do mercado, tem de se centrar no mercado, sem dúvida tem de ser impulsionada pelo mercado.
  • 17. 18 Conclusão Chegando o fim deste trabalho, constatou-se que a inovação, em sentido amplo, está no coração da mudança económica. Tipicamente, a inovação é associada à busca de vantagens de custos, ao estabelecimento de uma posição de monopólio, à defesa de uma posição competitiva, ou à obtenção de vantagens comparativas. Mais recentemente, generalizou-se a ideia de que a diferenciação através da inovação contínua é uma questão de sobrevivência, para melhorar produtos, processos, serviços, redes e reputação, e desenvolver competências nucleares e melhorias de performance críticas para o sucesso. A inovação é entendida hoje em dia como um conceito multi-dimensional, de natureza estratégica, que vai para além da inovação tecnológica. Uma empresa pode desenvolver vários tipos de iniciativas de inovação, e existem diversas formas de trazer a novidade, essencial para a inovação, para o interior da empresa. O domínio e boa gestão do processo de Desenvolvimento de Novos Produtos assumem um papel determinante para as empresas empenhadas na inovação de produto, e conhecer os factores críticos de êxito e insucesso deste processo é determinante para potenciar as competências internas e antecipar os problemas mais comuns.
  • 18. 19 Bibliografia CORAL, Eliza; OGLIARI, Andre; ABREU, Aline França de. Gestão integrada da inovação: estratégia, organização e desenvolvimento de produtos. São Paulo: Atlas 2008. xxii, 269 p. : ISBN 978-85-224-4976-7 (7 exemplares na BU). TIDD, Joe; BESSANT, John; PAVITT, Keith. . Gestão da inovação. 3. ed São Paulo (SP): Bookman, 2008. xvi, 600p. ISBN 9788577802029 (3 exemplares na BU). MATTOS, João Roberto Loureiro de; GUIMARÃES, Leonam dos Santos. Gestão da tecnologia e inovação: uma abordagem prática. São Paulo: Saraiva, 2005. xviii, 278 p. ISBN 9788502049888 (3 exemplares). PREDEBON, José. Criatividade - Abrindo o lado inovador da mente: um caminho para o exercício prático dessa potencialidade esquecida ou reprimida quando deixamos de ser crianças. 7ª Ed. São Paulo (SP): Atlas, 2010. 238p. ISBN: 9788522458516 (3 exemplares na BU). DAVILA, T. EPSTEIN, M. SHELTON, R. As regras da inovação. Porto Alegre, Editora Bookman, 2007.