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Índice 
Introdução ....................................................................................................................................... 2 
1.Elasticidade .................................................................................................................................. 4 
1.1.Fórmula da elasticidade ............................................................................................................ 4 
1.2.Breve resumo ............................................................................................................................ 5 
2.Elasticidade cruzada..................................................................................................................... 6 
3.Elasticidade - preço da demanda.................................................................................................. 6 
3.1.Exercício ................................................................................................................................... 8 
3.2.Exercido 2 ................................................................................................................................. 9 
3.3.Os determinantes da elasticidade da demanda .......................................................................... 9 
4.Elasticidade cruzada da demanda .............................................................................................. 11 
4.1.Exercício preço de demanda ................................................................................................... 11 
5.Interpretação dos Valores Numéricos das Elasticidades............................................................ 13 
6.Elasticidade-preço da oferta....................................................................................................... 14 
6.1.Os determinantes da elasticidade da oferta ............................................................................. 15 
6.2.Elasticidade Preço e Variações na Despesa Total................................................................... 15 
Conclusão...................................................................................................................................... 17 
Bibliografia ................................................................................................................................... 18
3 
Introdução 
O presente trabalho tem como o tema ‘’ Elasticidade de Oferta e Demanda vs Procura’’. Na 
verdade, quando se fala de elasticidade em economia é o tamanho do impacto que a alteração em 
uma variável (preço) exerce sobre outra variável (demanda). "Em sentido genérico, é a alteração 
percentual de uma variável, dada a alteração percentual em outra, Assim, elasticidade é 
sinónimo de sensibilidade, resposta, reacção de uma variável, em face de mudanças em outras 
variáveis". Uma variável "elástica" responde bastante a pequenas mudanças de outras variáveis. 
Do mesmo modo, uma variável "inelástica" não responde a mudanças em outras variáveis. 
Contudo as leis da procura e da oferta indicam a direcção das variações do preço e da quantidade 
em resposta às várias alterações da procura e da oferta. Mas, de um modo geral, não é muito 
elucidativo saber apenas que o preço e a quantidade aumentam ou diminuem. O conhecimento da 
grandeza relativa de cada uma das variações constitui também um ponto importante da análise 
microeconómica. 
Neste caso é essencial medir e descrever a magnitude relativa das variações das quantidades de 
um produto face às alterações dos preços e de outras variáveis explicativas. A medida desta 
magnitude é apreendida pelo conceito de elasticidade. Nas secções que se seguem, explica-se o 
significado deste conceito.
4 
1.Elasticidade 
Foi visto como os deslocamentos da demanda ou oferta afectam os preços. A pergunta que se 
coloca é. Se as quantidades demandadas de um produto qualquer aumentaram em 10% qual o 
efeito dessa mudança no preço? 
Essa pergunta leva-nos a um exame da natureza da oferta e demanda, por meio do conceito de 
elasticidade, ou mais precisamente de elasticidade preço. As elasticidades descrevem os formatos 
das curvas de oferta e demanda. Enfim, elasticidades são factores que influem na explicação dos 
movimentos dos preços, pois o termo elasticidade refere-se a sensibilidade de resposta às 
variações de preço. 
Uma demanda (ou oferta) elástica significa que as variações de preços afectam fortemente a 
disposição ou capacidade de comprar ou vender dos compradores ou vendedores. Quando as 
curvas são inelásticas, o efeito do preço é pequeno. Em outros termos: Demanda (ou oferta) 
elástica é aquela na qual uma dada variação percentual dos preços provoca uma variação 
percentual maior da quantidade demandada (ofertada). Uma curva inelástica é aquela em que as 
resposta nas quantidades que estamos disposta e capacitados a comprar ou vender é 
proporcionalmente menor do que a variação do preço. 
1.1.Fórmula da elasticidade 
 Q / Q 
_______ 
 P / P 
Onde:  Q é a variação da quantidade demandada ou ofertada 
Q é a quantidade demanda ou ofertada inicial 
 P é a variação do preço 
P é o preço inicial 
Variação percentual da quantidade é maior do que a variação do preço a demanda é elástica.
5 
 Q   P  elástica coeficiente será maior do que 1 
Neste caso a receita total tem sentido contrário do preço. Se um aumenta o outro diminui. 
P   RT  OU 
P   RT  
Variação do percentual da quantidade é menor do que a variação percentual do preço a demanda 
é Inelástica. 
 Q   P  inelástica coeficiente será menor do que 1 
Nesta caso a receita total tem o mesmo sentido do preço. Se um aumenta o outro também 
aumenta. 
P   RT  OU 
P   RT  
1.2.Breve resumo 
Quando a: 
 Variação percentual da quantidade é maior do que a variação do preço a demanda é 
elástica. Neste caso a receita total tem sentido contrário do preço. Se um aumenta o 
outro diminui. 
 Variação do percentual da quantidade é menor do que a variação percentual do preço a 
demanda é inelástica. Nesta caso a receita total tem o mesmo sentido do preço, se um 
aumenta o outro também aumenta.
6 
2.Elasticidade cruzada 
Trata-se de uma comparação duas mercadorias. Comparamos qual o impacto de um aumento ou 
diminuição do preço de uma mercadoria na quantidade de outra mercadoria. 
 Px  DEMANDA  Q y  + bem substituto 
 Px  DEMANDA  Qy  - bem complementar 
3.Elasticidade - preço da demanda 
A lei da demanda, que está expressa no declive da curva de demanda, é muito importante para o 
perfeito conhecimento da economia, pois reflecte o comportamento do consumidor no mercado. 
Entretanto, a lei de demanda não seria de grande valia se não pudesse ser operacionalizada, se 
não pudesse apresentar uma utilização prática. De fato, sabemos que se o preço de um bem 
aumenta, a procura por esse bem diminui. Entretanto, não dissemos nada a respeito da dimensão 
do aumento do preço do bem, isto é, de quanto foi o aumento, nem sobre a dimensão da 
diminuição da quantidade procurada. 
Para resolver esse problema, nós temos o conceito de elasticidade, que diz qual foi a reacção dos 
consumidores em relação a um aumento no preço de um bem. Formalmente, a elasticidade-preço 
da demanda de um bem é a razão entre a variação percentual verificada na quantidade 
demandada de um bem e a variação percentual no preço desse bem. Algebricamente, a 
elasticidade-preço da demanda pode ser representada por: 
onde: 
ep = elasticidade-preço da demanda; ; 
AQ = variação na quantidade demandada; 
Q = quantidade demandada;
7 
AP = variação no preço do bem; 
P = preço do bem. 
É interessante observar que o numerador ou o denominador dessa expressão representam apenas 
uma percentagem e que, portanto, a elasticidade é uma divisão, ou uma razão, entre 
percentagens, em outras palavras, é a variação percentual na quantidade dividida pela variação 
percentual no preço. 
Na verdade, a elasticidade é uma medida que da resposta de compradores ou de vendedores a 
mudanças nas condições do mercado. A elasticidade-preço da demanda, por sua vez, mensura a 
sensibilidade da quantidade demandada de um bem a variações em seu preço. É calculada da 
seguinte forma: 
|ε| = |variação percentual da quantidade demandada| = |(Δq/q0)|/|(Δp/p0)|, 
|variação percentual no preço| 
Em que q0 e p0 são a quantidade demandada e o preço iniciais. 
(Observação: essas variações apresentam, em geral, sinais opostos: a um aumento (redução) de 
preço corresponde uma redução (aumento) na quantidade demandada – a elasticidade-preço é 
negativa. Para simplificar, ela é definida como o valor absoluto do quociente). 
a) Demanda perfeitamente inelástica. 
|ε| = 0: a demanda é dada e não reage a preços.
8 
b) Demanda inelástica. 
|ε| < 1: uma variação nos preços provoca uma variação menos que proporcional na 
quantidade demandada do bem. 
c) Demanda de elasticidade unitária. 
|ε| = 1: uma variação nos preços provoca uma variação de mesma proporção na 
quantidade demandada do bem. 
d) Demanda elástica. 
|ε| > 1: uma variação nos preços provoca uma variação mais que proporcional na 
quantidade demandada do bem. 
e) Demanda perfeitamente elástica. 
|ε| = ∞: ao preço dado pelo cruzamento da curva com o eixo vertical, os consumidores 
irão demandar toda a quantidade ofertada do bem; a um preço ligeiramente superior, a demanda 
cai a zero. 
3.1.Exercício 
Suponha que os produtos A e B tenham ambos um aumento de preço de 10,00. Em 
conseqüência, a quantidade demandada de A cai 10%, e a quantidade demandada de B cai 
apenas 5%. Nesse caso: 
a) A demanda por A é mais elástica em relação ao preço do que a demanda por B. 
b) A demanda por B é mais elástica em relação ao preço do que a demanda por A. 
c) A e B têm a mesma elasticidade-preço da demanda.
9 
d) Nada se pode dizer em relação à elasticidade-preço da demanda dos dois produtos. 
Alternativa (d). A elasticidade-preço da demanda é uma variação percentual da quantidade 
demandada em relação a uma variação percentual no preço. Não sabemos, no caso, o que 
representa o aumento de preço de 10,00 como uma percentagem dos preços iniciais de A e de B 
(não se sabe se ocorreu um aumento proporcionalmente grande ou pequeno) – pois não os 
conhecemos. 
3.2.Exercido 2 
(Analista de Planeamento e Orçamento do Ministério do Planeamento, Orçamento e Gestão / 
2003) Considere uma curva de demanda por um determinado bem. Pode-se afirmar que: 
a) Independente do formato da curva de demanda, a elasticidade-preço da demanda é 
constante ao longo da curva de demanda, qualquer que sejam os preços e as quantidades. 
b) Na versão linear da curva de demanda, a elasticidade-preço da demanda é 1 quando q = 0. 
c) Na versão linear da curva de demanda, a elasticidade-preço da demanda é 0 quando p = 0. 
d) Não é possível calcular o valor da elasticidade-preço da demanda ao longo de uma curva 
de demanda linear. 
3.3.Os determinantes da elasticidade da demanda 
1. Bens Supérfluos versus bens necessários: Os bens supérfluos tendem a ter uma demanda 
elástica, os bens necessários tendem a ter uma demanda inelástica. Supérfluos tais como chapéus 
possuem uma demanda elástica porque os compradores podem retrair-se no mercado e parar de 
comprá-los se os seus preços subirem. Mas bens necessários, tais como sal ou energia eléctrica, 
possuem uma demanda inelástica porque os compradores não podem evitar adquiri-los, ou 
somente podem fazê-lo com substanciais sacrifícios. 
2. Percentagem de renda. Itens que têm uma importância muito grande no orçamento tendem a 
ter uma demanda mais elástica do que itens com importância pequena. Para citar um exemplo
extremo, a demanda por casas é mais elástica do que a demanda por palitos. Os consumidores 
podem gastar uma semana inteira tentando negociar a baixa de 1% no preço de uma nova casa. 
Mas eles sequer notarão um aumento de 50% no preço dos palitos. Para itens pequenos, tais 
como palitos, os consumidores tornam-se bastante insensíveis ao preço. 
3. Substituibilidade. Itens que tenham bons substitutos tendem a ter uma demanda mais elástica 
do que aqueles que não possuem. Para ilustrar, considere açúcar e sal, itens que são semelhantes 
em muitos aspectos. Ambos são bens necessários, e ambos são itens pequenos em qualquer 
orçamento. Ainda assim, o açúcar tem uma demanda mais elástica do que o sal porque tem 
substitutos (tais como o mel), enquanto o sal não o tem. (Então, o sal tem uma baixa elasticidade 
por todas as três razões) 
4. Tempo. A passagem do tempo pode ter um importante influência na elasticidade. Quanto 
maior o período de tempo, maior torna-se a elasticidade para maioria dos bens. O problema é que 
pode levar tempo para que uma redução de preço se torne conhecida e para que os compradores 
se ajustem. Por exemplo, se o preço do equipamento de esqui for reduzido em 20%, alguns 
compradores em potencial podem não ficar sabendo desta queda no preço por três meses, e 
portanto não farão novas compras até a próxima temporada. Mesmo aqueles que souberam do 
novo preço podem não aproveitá-lo imediatamente por já terem feito outros planos e estarem, 
portanto, impedidos de ir a uma estação de esqui. Em resumo, qualquer defasagem no tempo 
entre uma redução de preço e a compra correspondente significa que a demanda torna-se mais 
elástica à medida que o tempo passa. (Em comércio internacional., seguidamente existem 
defasagem de tempo muito maiores devido às grandes distâncias. Assim,.a demanda externa 
pelos nossos produtos responde, em geral mais vagarosamente a uma mudança no preço do que a 
demanda doméstica.) 
10
11 
4.Elasticidade cruzada da demanda 
O coeficiente da elasticidade cruzada da demanda da mercadoria X com relação a mercadoria Y 
(Ey), mede a variação percentual da quantidade de X, resultante da variação percentual no preço 
de Y. 
Qx 
------------------------ 
Qx 
Exy=------------------------------------------ 
Py 
----------------------------- 
Py 
Teremos três situações: 
a) Se X e Y forem substitutos, Exy será positiva; 
b) Se X e Y forem complementares, Exy será negativa. 
c) Se X e Y não se relacionam, Exy será igual a zero. 
4.1.Exercício preço de demanda 
Para cálculo de elasticidade, precisamos primeiramente de uma série histórica de dados. São 
necessários ao menos 2 períodos, mas quanto maior o número de dados, mais apurado poderá ser 
o cálculo, principalmente se utilizar técnicas econométricas.
Abaixo demonstraremos um cálculo de elasticidade para um produto qualquer, com apenas 2 
períodos e aplicando-se a fórmula padrão de cálculo: 
12 
PERÍODO PREÇO QUANTIDADE 
JAN/20X1 10,00 500 
FEV/20X1 10,50 480 
Aplicando-se a fórmula: 
Entendendo o resultado: para cada variação percentual de 1% no preço do produto, a quantidade 
variará em 0,8%. O sinal negativo da elasticidade indica que a variação na quantidade será em 
sentido contrário da variação de preço. Se o preço aumentar em 1% a quantidade demandada 
cairá em 0,8%. No nosso exemplo o preço aumentou em 5% (passou de 10,00 para 10,50) 
enquanto nossa quantidade caiu em 4% (passando de 500 para 480). Para verificar a quantidade 
demandada para as diferentes variações de preço basta multiplicar a variação de preço pela 
elasticidade. Se variasse-mos o preço em 15%, a variação na quantidade seria de 12% 
(15%*0,8).
13 
5.Interpretação dos Valores Numéricos das Elasticidades 
A inclinação da curva de procura é negativa e, por isso, a elasticidade preço da procura assume 
um valor negativo. Contudo, para facilitar a interpretação do valor numérico, é usual ignorar-se o 
sinal negativo e admitir-se que a grandeza desta elasticidade é positiva. Deste modo, quanto 
maior é a sensibilidade da quantidade procurada em relação às variações do preço, maior é a 
medida da elasticidade preço da procura. 
O valor numérico da elasticidade preço da procura pode variar de zero a infinito. A elasticidade é 
igual a zero quando a quantidade procurada não reage à variação do preço. Diz-se então que a 
procura é perfeitamente inelástica. A elasticidade é menor que a unidade quando a variação 
percentual da quantidade procurada é menor que a variação percentual do preço. A procura é 
assim inelástica. A elasticidade é unitária (igual a 1) quando as duas variações percentuais são 
iguais. 
A elasticidade é maior que a unidade quando a variação percentual da quantidade procurada é 
maior que a variação percentual do preço. É o caso da procura elástica. A elasticidade é igual a 
infinito quando os compradores se dispõem a comprar qualquer quantidade do bem em causa a 
um dado preço e se dispõem a comprar nada a um preço maior. A procura é deste modo 
perfeitamente ou infinitamente elástica. 
De um modo geral, ao longo de uma curva de procura, o valor numérico da elasticidade não é 
constante. A Figura 4.4 [Lipsey e Chrystal (2004) – 63] exibe uma curva de procura linear. Ao 
longo desta curva, a elasticidade varia de zero a infinito. Assume o valor zero no ponto em que a 
curva intercepta o eixo horizontal e assume o valor infinito no ponto em que a curva intercepta o 
eixo vertical. Existem, no entanto, alguns casos de curvas de procura lineares em que as 
elasticidades são constantes. Isto sucede quando as curvas lineares são rectas horizontais ou 
verticais.
14 
6.Elasticidade-preço da oferta 
A elasticidade é uma medida da resposta de compradores ou de vendedores a mudanças nas 
condições do mercado. A elasticidade-preço da oferta, por sua vez, mensura a sensibilidade da 
quantidade ofertada de um bem a variações em seu preço. É calculada da seguinte forma: 
η = Elasticidade-preço da oferta = variação percentual da quantidade ofertada = 
(Δq/q0)/(Δp/p0), 
Variação percentual no preço em que q0 e p0 são a quantidade ofertada e o preço iniciais. 
(Observação: essas variações apresentam, em geral, sinais iguais: a um aumento (redução) de 
preço corresponde um aumento (redução) na quantidade demandada – a elasticidade-preço é 
positiva). 
a) Oferta perfeitamente inelástica. 
η = 0: a oferta do bem é fixa e não responde a mudanças nos preços. 
b) Oferta inelástica. 
η < 1: uma variação nos preços provoca uma variação menos que proporcional na 
quantidade ofertada do bem. 
c) Oferta de elasticidade unitária. 
η = 1: uma variação nos preços provoca uma variação de mesma proporção na quantidade 
ofertada do bem.
15 
d) Oferta elástica. 
η > 1: uma variação nos preços provoca uma variação mais que proporcional na 
quantidade demandada do bem. 
e) Oferta perfeitamente elástica. 
η = ∞: a um dado nível de preços, os produtores irão atender a toda e qualquer demanda 
do mercado. 
6.1.Os determinantes da elasticidade da oferta 
A elasticidade da oferta depende da capacidade dos produtores de se retraírem no mercado se o 
preço baixa, bem como na sua capacidade e disposição de expandir as vendas se o preço sobe. 
1. Custo e a possibilidade de estocar: Bens cujo CUSTO de estocagem é elevado 
possuem baixa elasticidade de oferta. Os bens de rápida deterioração serão jogados no mercado 
independentemente do preço; e sua elasticidade de oferta será muito baixa. 
2. Característica do processo de produção. Será que um item possui substituto próximo 
na produção? (Isto é, pode o trabalho, a terra e o equipamento utilizados para produzi-lo serem 
rapidamente deslocados para a produção de outro bem?) Se for assim, a oferta será elástica. Por 
exemplo, compare a elasticidade de oferta para o trigo e para todos os cereais tomados em 
conjunto. Em face de uma queda do preço do trigo, o produtor pode ser capaz de responder com 
relativa facilidade deslocando a produção para um cereal substituto, por exemplo, o milho; então 
a oferta do trigo é razoavelmente elástica. 
6.2.Elasticidade Preço e Variações na Despesa Total 
Sabe-se que a quantidade procurada de um produto diminui sucessivamente à medida que o seu 
preço aumenta sucessivamente. Mas, o que acontece com a despesa total resultante da aquisição 
desse produto? Veremos em seguida que a resposta depende da elasticidade preço da procura.
Observemos primeiro que a despesa total é igual ao produto do preço pela quantidade procurada, 
ou seja, despesa total = preço × quantidade procurada. Sabendo-se que, ao longo de uma curva 
de procura, o preço e a quantidade procurada movimentam-se em direcções opostas, o 
comportamento da variação da despesa total pode parecer ambíguo. Contudo, demonstra-se 
facilmente que a direcção da variação da despesa total depende da variação percentual do preço e 
da quantidade procurada. 
Se a variação percentual do preço excede a variação percentual da quantidade, a variação da 
despesa total segue a mesma direcção da variação do preço. Isto sucede quando a elasticidade é 
menor que a unidade. Mas, se a variação percentual do preço é menor que a variação percentual 
da quantidade, a variação da despesa total segue a mesma direcção da variação da quantidade. É 
o caso da elasticidade maior que a unidade. Existe ainda uma terceira situação. Se as duas 
variações percentuais forem iguais, a despesa total não se altera. É o caso da elasticidade 
unitária. 
A relação geral entre a elasticidade da procura, a variação do preço e a variação da despesa total 
pode ser sintetizada de modo seguinte: (1) se a procura é elástica, a relação entre o preço e a 
despesa total é negativa; (2) se a procura é inelástica, a relação entre o preço e a despesa total é 
positiva; (3) se a elasticidade da procura é unitária, não existe qualquer relação entre o preço e a 
despesa total, ou seja, a variação do preço não produz qualquer alteração no valor da despesa 
total (a despesa total é constante). 
16
17 
Conclusão 
Ao chegar o fim deste trabalho, pude perceber que a elasticidade da procura preço mede a 
sensibilidade da procura de determinado bem face a variações no seu preço. 
Quando a quantidade procurada do bem diminui muito na sequência de um aumento pequeno 
do seu preço, tal representa uma elevada sensibilidade da procura relativamente ao seu preço, 
ou seja uma elevada elasticidade da procura preço - neste caso diz-se que o bem tem procura 
elástica em relação ao preço. Pelo contrário, quando a quantidade procurada do bem diminui 
pouco mesmo que o aumento do preço seja elevado, tal representa uma baixa sensibilidade da 
procura relativamente ao seu preço, ou seja, representa uma baixa elasticidade da procura 
preço - neste caso diz-se que o bem tem uma procura rígida em relação ao preço. 
Matematicamente, a elasticidade da procura preço é calculada através da divisão da variação 
percentual na quantidade procurada pela variação percentual no preço. 
Dado que as variações dos preços e das quantidades são, geralmente, contrárias devido à 
inclinação negativa da curva da procura, a elasticidade procura preço apresenta, nestes casos, 
valores negativos. Por este motivo, ambas as variações são transformadas em valores positivos 
para que a elasticidade apresente também valores positivos. No caso da elasticidade da 
procura preço ser superior a 1, significa que a variação percentual na quantidade procurada é 
superior à variação percentual do preço, o que significa que estamos perante um bem de 
procura elástica em relação ao preço. Se, pelo contrário, a elasticidade estiver entre 0 e 1, tal 
significa que a variação percentual na quantidade procurada é inferior à variação percentual do 
preço, ou seja, que estamos perante um bem de procura rígida em relação ao preço. Quando a 
elasticidade é 1, diz-se que estamos perante um bem de elasticidade unitária.
18 
Bibliografia 
HEILBRONER, R.L. & Thurow, Lester C. Introdução à microeconomia. -Rio de Janeiro: Ed. 
Guanabara, 1988. 
MOCHON, M. Francisco. Introdução à economia. - São Paulo: Makron Books, 1994 
WONNACOTT, Paul, Economia - 2. ed. - São Paulo: Makron Books, 1994

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Elasticidade preco da Oferta e Demanda

  • 1. 2 Índice Introdução ....................................................................................................................................... 2 1.Elasticidade .................................................................................................................................. 4 1.1.Fórmula da elasticidade ............................................................................................................ 4 1.2.Breve resumo ............................................................................................................................ 5 2.Elasticidade cruzada..................................................................................................................... 6 3.Elasticidade - preço da demanda.................................................................................................. 6 3.1.Exercício ................................................................................................................................... 8 3.2.Exercido 2 ................................................................................................................................. 9 3.3.Os determinantes da elasticidade da demanda .......................................................................... 9 4.Elasticidade cruzada da demanda .............................................................................................. 11 4.1.Exercício preço de demanda ................................................................................................... 11 5.Interpretação dos Valores Numéricos das Elasticidades............................................................ 13 6.Elasticidade-preço da oferta....................................................................................................... 14 6.1.Os determinantes da elasticidade da oferta ............................................................................. 15 6.2.Elasticidade Preço e Variações na Despesa Total................................................................... 15 Conclusão...................................................................................................................................... 17 Bibliografia ................................................................................................................................... 18
  • 2. 3 Introdução O presente trabalho tem como o tema ‘’ Elasticidade de Oferta e Demanda vs Procura’’. Na verdade, quando se fala de elasticidade em economia é o tamanho do impacto que a alteração em uma variável (preço) exerce sobre outra variável (demanda). "Em sentido genérico, é a alteração percentual de uma variável, dada a alteração percentual em outra, Assim, elasticidade é sinónimo de sensibilidade, resposta, reacção de uma variável, em face de mudanças em outras variáveis". Uma variável "elástica" responde bastante a pequenas mudanças de outras variáveis. Do mesmo modo, uma variável "inelástica" não responde a mudanças em outras variáveis. Contudo as leis da procura e da oferta indicam a direcção das variações do preço e da quantidade em resposta às várias alterações da procura e da oferta. Mas, de um modo geral, não é muito elucidativo saber apenas que o preço e a quantidade aumentam ou diminuem. O conhecimento da grandeza relativa de cada uma das variações constitui também um ponto importante da análise microeconómica. Neste caso é essencial medir e descrever a magnitude relativa das variações das quantidades de um produto face às alterações dos preços e de outras variáveis explicativas. A medida desta magnitude é apreendida pelo conceito de elasticidade. Nas secções que se seguem, explica-se o significado deste conceito.
  • 3. 4 1.Elasticidade Foi visto como os deslocamentos da demanda ou oferta afectam os preços. A pergunta que se coloca é. Se as quantidades demandadas de um produto qualquer aumentaram em 10% qual o efeito dessa mudança no preço? Essa pergunta leva-nos a um exame da natureza da oferta e demanda, por meio do conceito de elasticidade, ou mais precisamente de elasticidade preço. As elasticidades descrevem os formatos das curvas de oferta e demanda. Enfim, elasticidades são factores que influem na explicação dos movimentos dos preços, pois o termo elasticidade refere-se a sensibilidade de resposta às variações de preço. Uma demanda (ou oferta) elástica significa que as variações de preços afectam fortemente a disposição ou capacidade de comprar ou vender dos compradores ou vendedores. Quando as curvas são inelásticas, o efeito do preço é pequeno. Em outros termos: Demanda (ou oferta) elástica é aquela na qual uma dada variação percentual dos preços provoca uma variação percentual maior da quantidade demandada (ofertada). Uma curva inelástica é aquela em que as resposta nas quantidades que estamos disposta e capacitados a comprar ou vender é proporcionalmente menor do que a variação do preço. 1.1.Fórmula da elasticidade  Q / Q _______  P / P Onde:  Q é a variação da quantidade demandada ou ofertada Q é a quantidade demanda ou ofertada inicial  P é a variação do preço P é o preço inicial Variação percentual da quantidade é maior do que a variação do preço a demanda é elástica.
  • 4. 5  Q   P  elástica coeficiente será maior do que 1 Neste caso a receita total tem sentido contrário do preço. Se um aumenta o outro diminui. P   RT  OU P   RT  Variação do percentual da quantidade é menor do que a variação percentual do preço a demanda é Inelástica.  Q   P  inelástica coeficiente será menor do que 1 Nesta caso a receita total tem o mesmo sentido do preço. Se um aumenta o outro também aumenta. P   RT  OU P   RT  1.2.Breve resumo Quando a:  Variação percentual da quantidade é maior do que a variação do preço a demanda é elástica. Neste caso a receita total tem sentido contrário do preço. Se um aumenta o outro diminui.  Variação do percentual da quantidade é menor do que a variação percentual do preço a demanda é inelástica. Nesta caso a receita total tem o mesmo sentido do preço, se um aumenta o outro também aumenta.
  • 5. 6 2.Elasticidade cruzada Trata-se de uma comparação duas mercadorias. Comparamos qual o impacto de um aumento ou diminuição do preço de uma mercadoria na quantidade de outra mercadoria.  Px  DEMANDA  Q y  + bem substituto  Px  DEMANDA  Qy  - bem complementar 3.Elasticidade - preço da demanda A lei da demanda, que está expressa no declive da curva de demanda, é muito importante para o perfeito conhecimento da economia, pois reflecte o comportamento do consumidor no mercado. Entretanto, a lei de demanda não seria de grande valia se não pudesse ser operacionalizada, se não pudesse apresentar uma utilização prática. De fato, sabemos que se o preço de um bem aumenta, a procura por esse bem diminui. Entretanto, não dissemos nada a respeito da dimensão do aumento do preço do bem, isto é, de quanto foi o aumento, nem sobre a dimensão da diminuição da quantidade procurada. Para resolver esse problema, nós temos o conceito de elasticidade, que diz qual foi a reacção dos consumidores em relação a um aumento no preço de um bem. Formalmente, a elasticidade-preço da demanda de um bem é a razão entre a variação percentual verificada na quantidade demandada de um bem e a variação percentual no preço desse bem. Algebricamente, a elasticidade-preço da demanda pode ser representada por: onde: ep = elasticidade-preço da demanda; ; AQ = variação na quantidade demandada; Q = quantidade demandada;
  • 6. 7 AP = variação no preço do bem; P = preço do bem. É interessante observar que o numerador ou o denominador dessa expressão representam apenas uma percentagem e que, portanto, a elasticidade é uma divisão, ou uma razão, entre percentagens, em outras palavras, é a variação percentual na quantidade dividida pela variação percentual no preço. Na verdade, a elasticidade é uma medida que da resposta de compradores ou de vendedores a mudanças nas condições do mercado. A elasticidade-preço da demanda, por sua vez, mensura a sensibilidade da quantidade demandada de um bem a variações em seu preço. É calculada da seguinte forma: |ε| = |variação percentual da quantidade demandada| = |(Δq/q0)|/|(Δp/p0)|, |variação percentual no preço| Em que q0 e p0 são a quantidade demandada e o preço iniciais. (Observação: essas variações apresentam, em geral, sinais opostos: a um aumento (redução) de preço corresponde uma redução (aumento) na quantidade demandada – a elasticidade-preço é negativa. Para simplificar, ela é definida como o valor absoluto do quociente). a) Demanda perfeitamente inelástica. |ε| = 0: a demanda é dada e não reage a preços.
  • 7. 8 b) Demanda inelástica. |ε| < 1: uma variação nos preços provoca uma variação menos que proporcional na quantidade demandada do bem. c) Demanda de elasticidade unitária. |ε| = 1: uma variação nos preços provoca uma variação de mesma proporção na quantidade demandada do bem. d) Demanda elástica. |ε| > 1: uma variação nos preços provoca uma variação mais que proporcional na quantidade demandada do bem. e) Demanda perfeitamente elástica. |ε| = ∞: ao preço dado pelo cruzamento da curva com o eixo vertical, os consumidores irão demandar toda a quantidade ofertada do bem; a um preço ligeiramente superior, a demanda cai a zero. 3.1.Exercício Suponha que os produtos A e B tenham ambos um aumento de preço de 10,00. Em conseqüência, a quantidade demandada de A cai 10%, e a quantidade demandada de B cai apenas 5%. Nesse caso: a) A demanda por A é mais elástica em relação ao preço do que a demanda por B. b) A demanda por B é mais elástica em relação ao preço do que a demanda por A. c) A e B têm a mesma elasticidade-preço da demanda.
  • 8. 9 d) Nada se pode dizer em relação à elasticidade-preço da demanda dos dois produtos. Alternativa (d). A elasticidade-preço da demanda é uma variação percentual da quantidade demandada em relação a uma variação percentual no preço. Não sabemos, no caso, o que representa o aumento de preço de 10,00 como uma percentagem dos preços iniciais de A e de B (não se sabe se ocorreu um aumento proporcionalmente grande ou pequeno) – pois não os conhecemos. 3.2.Exercido 2 (Analista de Planeamento e Orçamento do Ministério do Planeamento, Orçamento e Gestão / 2003) Considere uma curva de demanda por um determinado bem. Pode-se afirmar que: a) Independente do formato da curva de demanda, a elasticidade-preço da demanda é constante ao longo da curva de demanda, qualquer que sejam os preços e as quantidades. b) Na versão linear da curva de demanda, a elasticidade-preço da demanda é 1 quando q = 0. c) Na versão linear da curva de demanda, a elasticidade-preço da demanda é 0 quando p = 0. d) Não é possível calcular o valor da elasticidade-preço da demanda ao longo de uma curva de demanda linear. 3.3.Os determinantes da elasticidade da demanda 1. Bens Supérfluos versus bens necessários: Os bens supérfluos tendem a ter uma demanda elástica, os bens necessários tendem a ter uma demanda inelástica. Supérfluos tais como chapéus possuem uma demanda elástica porque os compradores podem retrair-se no mercado e parar de comprá-los se os seus preços subirem. Mas bens necessários, tais como sal ou energia eléctrica, possuem uma demanda inelástica porque os compradores não podem evitar adquiri-los, ou somente podem fazê-lo com substanciais sacrifícios. 2. Percentagem de renda. Itens que têm uma importância muito grande no orçamento tendem a ter uma demanda mais elástica do que itens com importância pequena. Para citar um exemplo
  • 9. extremo, a demanda por casas é mais elástica do que a demanda por palitos. Os consumidores podem gastar uma semana inteira tentando negociar a baixa de 1% no preço de uma nova casa. Mas eles sequer notarão um aumento de 50% no preço dos palitos. Para itens pequenos, tais como palitos, os consumidores tornam-se bastante insensíveis ao preço. 3. Substituibilidade. Itens que tenham bons substitutos tendem a ter uma demanda mais elástica do que aqueles que não possuem. Para ilustrar, considere açúcar e sal, itens que são semelhantes em muitos aspectos. Ambos são bens necessários, e ambos são itens pequenos em qualquer orçamento. Ainda assim, o açúcar tem uma demanda mais elástica do que o sal porque tem substitutos (tais como o mel), enquanto o sal não o tem. (Então, o sal tem uma baixa elasticidade por todas as três razões) 4. Tempo. A passagem do tempo pode ter um importante influência na elasticidade. Quanto maior o período de tempo, maior torna-se a elasticidade para maioria dos bens. O problema é que pode levar tempo para que uma redução de preço se torne conhecida e para que os compradores se ajustem. Por exemplo, se o preço do equipamento de esqui for reduzido em 20%, alguns compradores em potencial podem não ficar sabendo desta queda no preço por três meses, e portanto não farão novas compras até a próxima temporada. Mesmo aqueles que souberam do novo preço podem não aproveitá-lo imediatamente por já terem feito outros planos e estarem, portanto, impedidos de ir a uma estação de esqui. Em resumo, qualquer defasagem no tempo entre uma redução de preço e a compra correspondente significa que a demanda torna-se mais elástica à medida que o tempo passa. (Em comércio internacional., seguidamente existem defasagem de tempo muito maiores devido às grandes distâncias. Assim,.a demanda externa pelos nossos produtos responde, em geral mais vagarosamente a uma mudança no preço do que a demanda doméstica.) 10
  • 10. 11 4.Elasticidade cruzada da demanda O coeficiente da elasticidade cruzada da demanda da mercadoria X com relação a mercadoria Y (Ey), mede a variação percentual da quantidade de X, resultante da variação percentual no preço de Y. Qx ------------------------ Qx Exy=------------------------------------------ Py ----------------------------- Py Teremos três situações: a) Se X e Y forem substitutos, Exy será positiva; b) Se X e Y forem complementares, Exy será negativa. c) Se X e Y não se relacionam, Exy será igual a zero. 4.1.Exercício preço de demanda Para cálculo de elasticidade, precisamos primeiramente de uma série histórica de dados. São necessários ao menos 2 períodos, mas quanto maior o número de dados, mais apurado poderá ser o cálculo, principalmente se utilizar técnicas econométricas.
  • 11. Abaixo demonstraremos um cálculo de elasticidade para um produto qualquer, com apenas 2 períodos e aplicando-se a fórmula padrão de cálculo: 12 PERÍODO PREÇO QUANTIDADE JAN/20X1 10,00 500 FEV/20X1 10,50 480 Aplicando-se a fórmula: Entendendo o resultado: para cada variação percentual de 1% no preço do produto, a quantidade variará em 0,8%. O sinal negativo da elasticidade indica que a variação na quantidade será em sentido contrário da variação de preço. Se o preço aumentar em 1% a quantidade demandada cairá em 0,8%. No nosso exemplo o preço aumentou em 5% (passou de 10,00 para 10,50) enquanto nossa quantidade caiu em 4% (passando de 500 para 480). Para verificar a quantidade demandada para as diferentes variações de preço basta multiplicar a variação de preço pela elasticidade. Se variasse-mos o preço em 15%, a variação na quantidade seria de 12% (15%*0,8).
  • 12. 13 5.Interpretação dos Valores Numéricos das Elasticidades A inclinação da curva de procura é negativa e, por isso, a elasticidade preço da procura assume um valor negativo. Contudo, para facilitar a interpretação do valor numérico, é usual ignorar-se o sinal negativo e admitir-se que a grandeza desta elasticidade é positiva. Deste modo, quanto maior é a sensibilidade da quantidade procurada em relação às variações do preço, maior é a medida da elasticidade preço da procura. O valor numérico da elasticidade preço da procura pode variar de zero a infinito. A elasticidade é igual a zero quando a quantidade procurada não reage à variação do preço. Diz-se então que a procura é perfeitamente inelástica. A elasticidade é menor que a unidade quando a variação percentual da quantidade procurada é menor que a variação percentual do preço. A procura é assim inelástica. A elasticidade é unitária (igual a 1) quando as duas variações percentuais são iguais. A elasticidade é maior que a unidade quando a variação percentual da quantidade procurada é maior que a variação percentual do preço. É o caso da procura elástica. A elasticidade é igual a infinito quando os compradores se dispõem a comprar qualquer quantidade do bem em causa a um dado preço e se dispõem a comprar nada a um preço maior. A procura é deste modo perfeitamente ou infinitamente elástica. De um modo geral, ao longo de uma curva de procura, o valor numérico da elasticidade não é constante. A Figura 4.4 [Lipsey e Chrystal (2004) – 63] exibe uma curva de procura linear. Ao longo desta curva, a elasticidade varia de zero a infinito. Assume o valor zero no ponto em que a curva intercepta o eixo horizontal e assume o valor infinito no ponto em que a curva intercepta o eixo vertical. Existem, no entanto, alguns casos de curvas de procura lineares em que as elasticidades são constantes. Isto sucede quando as curvas lineares são rectas horizontais ou verticais.
  • 13. 14 6.Elasticidade-preço da oferta A elasticidade é uma medida da resposta de compradores ou de vendedores a mudanças nas condições do mercado. A elasticidade-preço da oferta, por sua vez, mensura a sensibilidade da quantidade ofertada de um bem a variações em seu preço. É calculada da seguinte forma: η = Elasticidade-preço da oferta = variação percentual da quantidade ofertada = (Δq/q0)/(Δp/p0), Variação percentual no preço em que q0 e p0 são a quantidade ofertada e o preço iniciais. (Observação: essas variações apresentam, em geral, sinais iguais: a um aumento (redução) de preço corresponde um aumento (redução) na quantidade demandada – a elasticidade-preço é positiva). a) Oferta perfeitamente inelástica. η = 0: a oferta do bem é fixa e não responde a mudanças nos preços. b) Oferta inelástica. η < 1: uma variação nos preços provoca uma variação menos que proporcional na quantidade ofertada do bem. c) Oferta de elasticidade unitária. η = 1: uma variação nos preços provoca uma variação de mesma proporção na quantidade ofertada do bem.
  • 14. 15 d) Oferta elástica. η > 1: uma variação nos preços provoca uma variação mais que proporcional na quantidade demandada do bem. e) Oferta perfeitamente elástica. η = ∞: a um dado nível de preços, os produtores irão atender a toda e qualquer demanda do mercado. 6.1.Os determinantes da elasticidade da oferta A elasticidade da oferta depende da capacidade dos produtores de se retraírem no mercado se o preço baixa, bem como na sua capacidade e disposição de expandir as vendas se o preço sobe. 1. Custo e a possibilidade de estocar: Bens cujo CUSTO de estocagem é elevado possuem baixa elasticidade de oferta. Os bens de rápida deterioração serão jogados no mercado independentemente do preço; e sua elasticidade de oferta será muito baixa. 2. Característica do processo de produção. Será que um item possui substituto próximo na produção? (Isto é, pode o trabalho, a terra e o equipamento utilizados para produzi-lo serem rapidamente deslocados para a produção de outro bem?) Se for assim, a oferta será elástica. Por exemplo, compare a elasticidade de oferta para o trigo e para todos os cereais tomados em conjunto. Em face de uma queda do preço do trigo, o produtor pode ser capaz de responder com relativa facilidade deslocando a produção para um cereal substituto, por exemplo, o milho; então a oferta do trigo é razoavelmente elástica. 6.2.Elasticidade Preço e Variações na Despesa Total Sabe-se que a quantidade procurada de um produto diminui sucessivamente à medida que o seu preço aumenta sucessivamente. Mas, o que acontece com a despesa total resultante da aquisição desse produto? Veremos em seguida que a resposta depende da elasticidade preço da procura.
  • 15. Observemos primeiro que a despesa total é igual ao produto do preço pela quantidade procurada, ou seja, despesa total = preço × quantidade procurada. Sabendo-se que, ao longo de uma curva de procura, o preço e a quantidade procurada movimentam-se em direcções opostas, o comportamento da variação da despesa total pode parecer ambíguo. Contudo, demonstra-se facilmente que a direcção da variação da despesa total depende da variação percentual do preço e da quantidade procurada. Se a variação percentual do preço excede a variação percentual da quantidade, a variação da despesa total segue a mesma direcção da variação do preço. Isto sucede quando a elasticidade é menor que a unidade. Mas, se a variação percentual do preço é menor que a variação percentual da quantidade, a variação da despesa total segue a mesma direcção da variação da quantidade. É o caso da elasticidade maior que a unidade. Existe ainda uma terceira situação. Se as duas variações percentuais forem iguais, a despesa total não se altera. É o caso da elasticidade unitária. A relação geral entre a elasticidade da procura, a variação do preço e a variação da despesa total pode ser sintetizada de modo seguinte: (1) se a procura é elástica, a relação entre o preço e a despesa total é negativa; (2) se a procura é inelástica, a relação entre o preço e a despesa total é positiva; (3) se a elasticidade da procura é unitária, não existe qualquer relação entre o preço e a despesa total, ou seja, a variação do preço não produz qualquer alteração no valor da despesa total (a despesa total é constante). 16
  • 16. 17 Conclusão Ao chegar o fim deste trabalho, pude perceber que a elasticidade da procura preço mede a sensibilidade da procura de determinado bem face a variações no seu preço. Quando a quantidade procurada do bem diminui muito na sequência de um aumento pequeno do seu preço, tal representa uma elevada sensibilidade da procura relativamente ao seu preço, ou seja uma elevada elasticidade da procura preço - neste caso diz-se que o bem tem procura elástica em relação ao preço. Pelo contrário, quando a quantidade procurada do bem diminui pouco mesmo que o aumento do preço seja elevado, tal representa uma baixa sensibilidade da procura relativamente ao seu preço, ou seja, representa uma baixa elasticidade da procura preço - neste caso diz-se que o bem tem uma procura rígida em relação ao preço. Matematicamente, a elasticidade da procura preço é calculada através da divisão da variação percentual na quantidade procurada pela variação percentual no preço. Dado que as variações dos preços e das quantidades são, geralmente, contrárias devido à inclinação negativa da curva da procura, a elasticidade procura preço apresenta, nestes casos, valores negativos. Por este motivo, ambas as variações são transformadas em valores positivos para que a elasticidade apresente também valores positivos. No caso da elasticidade da procura preço ser superior a 1, significa que a variação percentual na quantidade procurada é superior à variação percentual do preço, o que significa que estamos perante um bem de procura elástica em relação ao preço. Se, pelo contrário, a elasticidade estiver entre 0 e 1, tal significa que a variação percentual na quantidade procurada é inferior à variação percentual do preço, ou seja, que estamos perante um bem de procura rígida em relação ao preço. Quando a elasticidade é 1, diz-se que estamos perante um bem de elasticidade unitária.
  • 17. 18 Bibliografia HEILBRONER, R.L. & Thurow, Lester C. Introdução à microeconomia. -Rio de Janeiro: Ed. Guanabara, 1988. MOCHON, M. Francisco. Introdução à economia. - São Paulo: Makron Books, 1994 WONNACOTT, Paul, Economia - 2. ed. - São Paulo: Makron Books, 1994