O documento descreve as propriedades e classificação de minerais. Apresenta informações sobre a estrutura, cor, dureza, clivagem, lustre e outros aspectos que permitem identificar minerais. Explica também a classificação química e origem dos minerais, dividindo-os em categorias como elementos nativos, sulfetos, óxidos, halóides e outros.
21. Clivagem
• Propriedade física que traduz a tendência
de alguns minerais para fragmentarem,
por aplicação de uma força mecânica,
segundo superfícies planas e brilhantes,
de direcções bem definidas e constantes.
• Os planos de clivagem correspondem a
superfícies de fraqueza da estrutura
cristalina dos minerais
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24. IDENTIFICAÇÃO
Clivagem – São muito frequentes, trata-se de superfícies de quebra
que constituem planos de notável regularidade. Os tipos mais comuns
são:
Romboédrica - Calcite
27. IDENTIFICAÇÃO
Brilho – Trata-se da quantidade de luz refletida pela superfície
de um mineral. Os minerais que reflectem mais de 75% da luz
exibem brilho metálico.
Galena com brilho metálico Topázio com brilho vítreo
28. Brilho/ Lustre
• Refere-se à intensidade de luz reflectida
por uma superfície de fractura recente do
mineral em estudo.
• Podem ser minerais de brilho:
– Metálico
– Submetálico
– Não metálico
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31. Cor
• A cor de um mineral deve ser observada numa
superfície de fractura recente, à luz natural.
• Minerais idiocromáticos – apresentam uma cor
constante, qualquer que seja a amostra
observada
• Minerais alocromáticos – apresentam uma
gama variada de cores (são geralmente
minerais de brilho não metálico)
37. Dureza
• A dureza (H) de um mineral é a
resistência que este oferece ao ser
riscado por um outro mineral.
• Escala de Mohs (1822)
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39. • A dureza é uma propriedade
geologicamente importante porque traduz
a facilidade ou dificuldade com que um
mineral se desgasta quando submetido à
acção abrasiva de cursos de água, do
vento e dos glaciares nos processos de
erosão e transporte.
42. Traço/ risco
• O traço é a cor de um mineral quando reduzido
a pó.
• Para se determinar essa cor, risca-se com o
mineral a superfície despolida de uma porcelana
(apenas aplicável a minerais com dureza inferior
à da porcelana, cerca de 7)
• Para minerais com dureza superior, reduz-se a
pó uma pequena amostra do mineral em estudo,
num almofariz.
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44. IDENTIFICAÇÃO
Traço – Trata-se da cor do pó do mineral, sendo obtida riscando
o mineral contra uma placa ou uma fragmento de porcelana de
cor branca.
Hematite – Traço vermelho Magnetite – Traço amarelo
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46. Densidade
• A densidade de um mineral depende da
sua estrutura cristalina, nomeadamente da
natureza dos seus constituintes e do seu
arranjo, mais ou menos compacto.
• Geralmente os minerais de brilho metálico
são mais densos.
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50. ORIGEM
Os minerais podem ser classificados de acordo com sua
origem, sendo:
Minerais magmáticos são aqueles
que resultam da cristalização do
magma e constituem as rochas
ígneas ou magmáticas.
Diamante
51. ORIGEM
Minerais metamórficos originam-se
principalmente pela acção da
temperatura, pressão litostática e
pressão das fases voláteis sobre
rochas magmáticas, sedimentares e
também sobre outras rochas
metamórficas.
Granada
52. ORIGEM
Minerais sublimados são
aqueles formados diretamente da
cristalização de um vapor, como
também da interação entre
vapores e destes com as rochas
dos condutos por onde passam.
Enxofre
53. ORIGEM
Minerais pneumatolíticos são
formados pela reação dos
constituintes voláteis oriundos
da cristalização magmática,
desgaseificação do interior
terrestre ou de reações
metamórficas sobre as rochas
adjacentes.
Turmalina
54. ORIGEM
Minerais formados a partir de soluções originam-se pela
deposição devido a evaporação, variações de temperatura,
pressão, porosidade, pH e/ou eH.
Evaporação do solvente: neste processo a
precipitação ocorre quando a
concentração ultrapassar o coeficiente de
solubilidade pelo processo de evaporação,
fato que ocorre principalmente em regiões
quentes e secas, formando sulfatos
(anidrita, gipsita etc.), halogenetos (halita,
silvita etc.) etc.
Gipsite
55. ORIGEM
Perda de gás agindo como solvente:
processo que ocorre quando uma
solução contendo gases entra em
contados com rochas provocando
reação, a exemplo do que ocorre
quando solução aquosa contendo
dióxido de carbono entra em
contato com rochas calcárias, caso
em que o carbonato de cálcio é
parcialmente dissolvido formando o
bicarbonato de cálcio (CaH2(CO3)2),
composto solúvel na solução.
Caverna calcária
56. ORIGEM
Diminuição da temperatura e/ou pressão: as soluções de origem
profunda resultantes de transformações metamórficas
(desidratação, descarbonatação, etc.) ou de cristalizações
magmáticas normalmente contêm significativas quantidade de
material dissolvido. Quando essas soluções esfriam ou a pressão
diminui, formam-se minerais hidrotermais, depositados na forma
de veios ou filões.
Quartzo
57. ORIGEM
Interação de soluções: O encontro
de soluções aquosas com solutos
diferentes, ao interagirem,
pode formar composto insolúvel ou
com coeficiente de solubilidade bem
mais baixo, que se precipita. Como
exemplo pode ser citado o encontro
de uma solução com sulfato de
cálcio (CaSO4) com outra contendo
carbonato de bário (BaCO3),
resultando na formação de um
precipitado de barita (BaSO4).
Barite
58. ORIGEM
Interacção de gases com soluções: A
passagem de gás por uma solução
contendo íons pode gerar
precipitados, a exemplo do que
ocorre com a passagem de H2S (gás
sulfídrico) por uma solução
contendo catiões de Fe, Cu, Zn etc.,
formando sulfetos de ferro como
pirite (FeS2), calcopirite (CuFeS2),
esfalerite (ZnS), etc..
Pirite
59. ORIGEM
Ação de organismos sobre soluções: Esse
processo resulta da ação dos organismos
vivos, animais ou vegetais, sobre as
soluções. Dessa forma um grande
número de seres marinhos (corais,
crinóides, moluscos etc.) extraem o
carbonato de cálcio das águas salgadas
para formar suas conchas e partes
duras de seus corpos, resultando na
formação de calcita (CaCO3) e, em
menor quantidade, aragonita (CaCO3) e
dolomita [MgCa(CO3)2].
Calcite
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61. IDENTIFICAÇÃO
Hábito – Forma geométrica externa, habitualmente exibida
pelos cristais dos minerais, que reflete a sua estrutura
cristalina.
Limonite – hábito cúbico Quartzo – hábito prismático
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63. IDENTIFICAÇÃO
Transparência – São os minerais que não absorvem ou
absorvem pouco a luz. Os que absorvem a luz são considerados
translúcidos e dificultam que as imagens sejam reconhecidas
através deles.
Diamante transparente
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65. IDENTIFICAÇÃO
Fractura – Refere-se à superfície irregular e curva resultante da
quebra do mineral. Obviamente é controlada pela estrutura atómica
interna do mineral, podendo ser irregulares ou conchoidais.
Quartzo com
fratura conchoidal
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67. IDENTIFICAÇÃO
Densidade relativa – É o número que indica quantas vezes certo
volume de mineral é mais pesado que o mesmo volume de água a 4ºC.
Na maioria dos minerais, a densidade relativa varia entre 2,5 e 3,3.
Alguns minerais que contém elementos de alto peso atómico (Ba, Sn,
Pb, Sr, etc. ) apresentam uma densidade superior a 4.
Cassiterite (SnO2) –
densidade relativa: 6,8 – 7,1
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69. IDENTIFICAÇÃO
Geminação – É a propriedade de certos cristais de se desenvolverem
de maneira regular. A geminação pode ser classificada como simples
(dois cristais intercrescidos) ou múltipla (polissintética).
Estaurolite – geminação Labradorite – geminação
simples em cruz. polissintética.
70.
71. IDENTIFICAÇÃO
Propriedades eléctricas – Muitos minerais são bons condutores de
eletricidade, como é o caso dos elementos nativos (Cu, Au, Ag, etc.) e
outros, são classificados como semicondutores (sulfetos). Alguns
minerais são classificados como magnéticos, como é o caso da
magnetite e a pirrotite, pois geram um campo magnético à sua volta
com intensidade variável.
Magnetite (Fe3O4)