O documento discute as principais escolas filosóficas do período helenístico, incluindo o cinismo, epicurismo, estoicismo e ceticismo. As escolas visavam fornecer uma concepção materialista da realidade e tratavam a filosofia como medicina para a alma. Cada escola desenvolveu suas próprias visões sobre ética, física e como alcançar a felicidade, embora compartilhassem alguns aspectos como a ênfase na razão e moderação.
2. ASPECTOS HISTÓRICOS DO
PERÍODO HELENÍSTICO
Características das escolas helenísticas
Cinismo: uma vertente de ações exemplares
O enfraquecimento da pólis
3. Aspectos históricos do período helenístico
• Contexto histórico: helenísmo (323-31 a.C.); fim do
período republicano romano (31 a 27 a.C.) e o período
imperial romano (27 a.C. a 476 d.C).
• Alexandre Magno e a expansão da cultura grega
• Quem não é grego é bárbaro
4. Características das escolas helenísticas
• Escolas:
I. Cinismo
II. Epicurismo
III. Estoicismo
IV. Ceticismo
Epicurismo e Estoicismo
dividiam a filosofia em:
física, lógica e ética
As escolas helênicas
visavam uma concepção
mais materialista da
realidade. A filosofia era
encarada como medicina
da alma
5. Cinismo: uma vertente de ações
exemplares
• Objetivo: apresentar
um caminho para a
felicidade
• Ideal cínico:
austeridade, busca do
essencial, vida
simples, repudiavam
os prazeres (fontes
de desestabilização
do ser humano)
• Diógenes de Sinope
7. O epicurismo
• Epicuro foi seu
principal representante
(341 a 270 a.C)
• Admitia mulheres e
escravos
• A canônica epicurista
• A canônica epicurista
(critérios do
conhecimento):
I. Sensações e
emoções: fonte de
conhecimento
II. Conceitos:
representações dos
objetos percebidos
na mente
8. A ética epicurista
• Ética voltada para a
busca do prazer
• Aponia: o prazer é
ausência de dor
• Ataraxía: o prazer é
ausência de
inquietação
• Suportar a dor, o medo
e o sofrimento
9. A ética epicurista
• Três coisas para ser feliz: liberdade, amizade e
tempo para meditar
• A filosofia busca libertar o homem dos temores da
vida, da morte e do além-túmulo
10. A ética epicurista
• Natureza dos prazeres:
i. Naturais e
necessários: comer,
beber e dormir.
ii. Naturais e não
necessários: beber
vinhos, comer pratos
sofisticados, dormir
em lençois de seda
iii. Não naturais e não
necessários: poder,
honra e riqueza
12. A ética epicurista
• Política: “oculta tua vida” – deixar de ser cidadão
• A política é sinônimo de agitação
13. A física epicurista
• O universo sempre
existiu: a realidade
sempre foi e sempre
será como é agora
• O universo é infinito,
constituído por corpos
formado por átomos
14. Exercícios
1. Apresente os principais aspectos históricos do
helenismo grego
2. Relacione as escolas helenísticas com os pensadores
clássicos
3. Explique o ideal cínico
4. Caracterize a canônica epicurista
5. Explique a física epicurista
6. Relacione felicidade e prazer, segundo o epicurismo
Obs: livro novo (pp. 78-85), antigo (191-198), CFCM (55-
57)
15. Exercício: Relacione o texto abaixo com o
conceito de felicidade aristotélico
• “Com efeito, não são os simpósios ou os banquetes
contínuos, o aproveitar de jovenzinhos e mulheres, ou o
peixe e tudo o que pode oferecer uma rica mesa que
levam a uma existência feliz, e sim uma límpida
capacidade de raciocínio que esteja consciente de cada
aceitação e de cada rejeição, e elimine a vacuidade das
opiniões, pelas quais a pior das perturbações surpreende
a alma. De tudo isso, o princípio e o bem supremo é a
prudência (...) dela se originam todas as virtudes (...) as
virtudes são conaturais a felicidade”. Epicuro. Carta a
Menelau
17. Estoicismo: obediência à Lei natural
• Fundada no séc. III
a.C. por Zenão de
Cítio (334-262 a.C)
• A Filosofia pode ser
comparada a uma
árvore: física (raiz),
tronco (lógica), ética
(frutos)
• A boa ação se realiza
de acordo com a
natureza
• NATUREZA
UNIVERSAL: viver de
acordo com a razão e
o bem
18. Estoicismo: obediência à Lei natural
• Giovanni Reale afirmava que o Logos era concebido
como o princípio unificador da filosofia:
• “O lógos é o princípio da verdade na
lógica, é princípio criador do cosmo na
física, é princípio normativo na ética”
19. Estoicismo: obediência à Lei natural
• O mundo é concebido
como um todo
orgânico dirigido por
uma razão universal:
Deus (Princípio ativo
que move a matéria)
• A racionalidade do
mundo encontra-se
fundada numa
inteligência que
perpassa todas as
coisas
• O universo é
governado por um
Logos divino
20. Estoicismo: obediência à lei natural
• Forte noção de destino
• Viver conforme a
natureza é viver
segundo a virtude
• Ideal: vida moderada,
austeridade,
autocontrole
• Virtudes fundamentais:
inteligência
(conhecimento e
discernimento);
coração; justiça (dar a
cada um o que lhe é
devido)
• Ideal máximo:
autocontrole
21. A física estoica
• A física estóica era
semelhante à física
epicurista
• Criticavam a divisão
platônica entre mundo
sensível e mundo
inteligível
• A matéria é única, sem
divisão
• O universo é constituído
por dois princípios: um
princípio passivo (a
matéria), e um princípio
ativo (deus)
• A matéria precisa de
uma causa que a
coloque em movimento
e lhe dê forma
22. A física estoica
• Monismo: todas as
coisas são
constituídas de uma
única matéria
• Panteísmo: “deus em
tudo”
23. Ética estoica
• Dois princípios para alcançar a
felicidade: autarquia e apatia
• Autarquia: autodomínio
• Apatia: ausência completa de paixões
24. Sêneca e a vida estoica
• Nasceu em Córdoba
na Espanha no ano 1
a.C., mas foi educado
em Roma
• Filosofia vinculada à
moral
• “A filosofia ensina a
agir, não a falar”
• O sábio é o artífice da
vida. Tornar-se
virtuoso é uma obra de
arte.
• A filosofia está a
serviço da vida feliz
• A consciência é a
força espiritual e
moral fundamental
25. Exercício
• Livro DOR. (pp. 203-208)
1. Explique a brevidade da vida segundo Sêneca
2. Relacione ocupação e ociosidade segundo Sêneca
3. Apresente a relação entre filosofia e vida feliz segundo
Sêneca
27. O ceticismo
• O ceticismo não
possui um conjunto de
doutrinas. Por isso,
trata-se de um
movimento cético ou
atitude cética.
• Três fases:
I. Ceticismo antigo
(séc. IV a III a.C.)
II. Ceticismo
acadêmico (séc. III
a II a.C)
III. Novo ceticismo
(séc. I a.C. a II d.C.)
28. A atitude cética
• Pirro, o primeiro
filósofo cético, é
apresentado nos
escritos de Tímon.
• Os céticos não
acreditavam em um
critério infalível de
verdade
• Existe um imprecisão
do pensamento
racional e dos
sentidos, pois ambos
oferecem sensações
variadas, opiniões
múltiplas e
contradições
29. A atitude cética
• A atitude cética coloca
em dúvida toda
possibilidade de dizer o
que as coisas são
• Sexto Empírico dividiu
as correntes de
pensamento:
I. os dogmáticos
pensam ter
encontrado a verdade
II. Os acadêmicos
consideram que a
verdade é
inalcançável
III. Os céticos não se
cansam de buscar a
verdade
30. Suspensão do juízo
• EPOCHÉ: suspender o juízo significa assumir uma
posição sobre a aparência das coisas, e não sobre o que
as coisas realmente são