1. FarmacêuticoemFoco
Número 12 | Maio 2011
Constante Atualização na Prática Diária
E
m mais uma edição do ações que estão sendo adotadas cêutica/bioquímica Juliana Fon
jornal Farmacêutico até o momento. seca Sad, na qual elas abordaram
em Foco, publicamos respectivamente os temas Qua-
um artigo extrema Em seguida, publicamos uma lidade e Segurança do Paciente em
mente interessante a respeito do entrevista com o Professor Titular Tempos de Acreditação e Farmácia
uso off-label dos medicamentos, e Chefe da Disciplina de Cardio Hospitalar: a difícil tarefa de aliar cus-
escrito pela Mestre em Ciências logia da Universidade Federal tos com qualidade e responsabilidade.
Farmacêuticas, Especialista em de São Paulo, Prof. Dr. Antonio
Violência Doméstica contra o Carlos Carvalho, que entre outros Por fim, publicamos uma matéria
Adolescente e a Criança, e Far assuntos comentou sobre a defi sobre a campanha Autoestima: a me-
macêutica Clínica da Unidade nição da Síndrome Coronariana lhor escolha contra o câncer de mama,
de Terapia Intensiva e Cuidados Aguda (SCA) e sua taxa de morta iniciativa promovida pela Astra
Intermediários do Hospital Uni lidade, os principais fatores para a Zeneca que foi premiada em duas
versitário da USP, Sandra Cristina alta prevalência de casos de SCA, categorias do último Prêmio Caio.
Brassica. e como é realizado atualmente o
tratamento da doença. Cristiane Piva Peres Codinhoto
Material destinado exclusivamente aos profissionais de saúde
No texto, a especialista tratou
a respeito da administração de Nesta edição apresentamos tam
formulações extemporâneas, os bém um resumo das palestras mi
aspectos legais e éticos, quais são nistradas pela Profa. Dra. Sylvia
as populações de risco, além das Lemos Hinrichsen e pela farma
Pág. 2 Pág. 6 Pág. 11 Pág. 14 Pág. 16
AtuAlizAção ENtrEViStA GEStão DA QuAliDADE câNcEr DE mAmA Em Foco
FArmAcêuticA E SEGurANçA Do Campanha Canal de
Síndrome
PAciENtE “Autoestima: a melhor relacionamento
Uso off-label de Coronariana
medicamentos Aguda: impacto Inicia-se mais um ciclo escolha contra o câncer tem novo layout
na mortalidade e de palestras sobre Gestão de mama” se destaca
terapêutica atual da Qualidade e Segurança em 2011
do Paciente
2. FarmacêuticoemFoco
O que é Uso “Off-Label” de Medicamentos
Sandra Cristina Brassica*
O
uso of f-label en medicamento por via diferente
globa várias situa da preconizada; administração
ções, incluindo a em faixas etárias para as quais
administração de o medicamento não foi testado;
formulações extemporâneas ou administração para tratamento
de doses elaboradas a partir de de doenças que não foram es
especialidades farmacêuticas tudadas e indicação terapêutica
registradas, ou uso de medica diferente da aprovada para o
mentos importados e substân medicamento.(1)
cias químicas sem grau farma
cêutico; indicações e posologias As populações de risco
não usuais; administração do
O processo de aprovação de no
vos fármacos visa garantir que os
* Mestre em Ciências Farmacêuticas pela
Faculdade de Ciências Farmacêuticas medicamentos disponíveis sejam
da USP. Especialista em Violência seguros e eficazes. Assim, sua
Doméstica contra o Adolescente e a
Criança pelo Instituto de Psicologia utilização de modo “off-label”,
da USP. Farmacêutica Clínica da por não ter sido alvo de estudo
Unidade de Terapia Intensiva e Cuidados
Intermediários do Hospital Universitário por meio de ensaios controlados,
da USP. CRF-SP 24.922. pode expor os pacientes a riscos.
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3. FarmacêuticoemFoco
Algumas populações, tais como prática ilegal, e, para algumas
infantil, geriátrica, gestantes e É importante situações, tal utilização pode
lactantes, geralmente são excluí salientar que a significar opção terapêutica ade
das dos ensaios clínicos devido quada, apesar de oferecer risco
a questões éticas, logísticas e utilização “off-label” aos pacientes.(1214)
financeiras; entretanto, na prá de medicamentos
tica clínica, com frequência, O uso de medicamentos off-
estas populações são submetidas não é capaz de gerar label, também, não constitui
a tratamentos que empregam evidências e ainda expõe um indicador de erro médico,
medicamentos que não foram apenas reflete a carência de
testados quanto à sua segurança pacientes a riscos que informações sobre a utilização
e eficácia.(2) poderiam ser monitorados segura e eficaz, por vezes, de
medicamentos consagrados e
Há classes de medicamentos em ensaios clínicos não apenas das novas entidades
que são mais utilizados como controlados.(5) farmacológicas.(13,14)
“off-label”. Nestas, podem ser
citados, principalmente, os fár Ações adotadas até
macos que agem no sistema bir biodisponibilidade variável, o momento
nervoso e os antineoplásicos, ou baixas qualidade e segurança.(9)
seja, medicamentos destinados a Principalmente com relação à
tratar, geralmente, condições crí De modo geral faltam evidên população pediátrica foram ado
ticas e de alto custo, que podem cias científicas que suportem o tadas algumas medidas para am
desencadear eventos adversos uso “off-label”, motivo pelo qual pliar seu acesso a medicamentos
graves.(35) somente pode ser recomendado seguros e eficazes.(15,16)
quando: a) existe justificativa
É importante salientar que a embasada por evidência de alta Essas ações se iniciaram nos
utilização “off-label” de medi qualidade; b) o uso se faz dentro EUA, na década de 90. Foram
camentos não é capaz de gerar do contexto de uma pesquisa caracterizadas inicialmente pela
evidências e ainda expõe pacien formal; c) em casos excepcio introdução de medidas volun
tes a riscos que poderiam ser nais, justificados por circunstân tárias para estimular a indús
monitorados em ensaios clínicos cias clínicas individuais (doença tria farmacêutica a desenvolver
controlados.(5) Para a popula muito grave, falha de resposta medicamentos para pacientes
ção pediátrica foi demonstrado com a terapia convencional, pediátricos. No final da década
aumento do risco de toxicidade potenciais benefícios superam de 90, com a experiência ameri
quando se utilizam tais medica riscos e existência de alguma cana, na Europa foi constituída
mentos.(68) evidência de benefício tera uma comissão, composta por
pêutico). Para estes casos seria membros do Royal College of
Além do risco de reações ad necessário o consentimento livre Paediatrics and Child Health e
versas, o uso “offlabel” de e esclarecido do paciente ou de Neonatal and Paediatric Pharma-
medicamentos pode resultar seu responsável e aprovação do cists, que discutiram o assunto e
em problemas de dosagem, seu uso pelo comitê de medica concluíram sobre a necessidade
ocasionando, também, falta mentos da instituição.(10,11) de normas legislativas como
de eficácia terapêutica, indis forma de garantir medicamentos
ponibilidade de formulações Aspectos legais e éticos seguros e eficazes para a popu
adequadas, gerando a neces lação pediátrica.(16)
sidade do uso de formulações A utilização de medicamentos
extemporâneas que podem exi “off-label” não constitui uma Embora essas iniciativas tenham
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4. FarmacêuticoemFoco
aumentado a realização de en Nos EUA, em como por exemplo o acesso à
saios clínicos nessa população, base de dados de ensaios clínicos
2002, foram
não foram suficientes. Áreas pediátricos, o financiamento
de grande interesse terapêutico propostas diretrizes público para o estudo de medi
continuaram negligenciadas, camentos sem patente, escolha
para a viabilização de
principalmente as que possuíam e inserção de um símbolo de
como alternativas medicamento estudos que englobavam “uso pediátrico aprovado” na
sas fármacos sem patente, com embalagem do produto, e o
os medicamentos sem
baixa venda ou para a população encorajamento da produção de
neonatal.(15,16) patente e a população especialidades licenciadas para
neonatal. Em 2005 essa população.(16)
Nos EUA, em 2002, foram pro
postas diretrizes para a viabiliza iniciaram-se as discussões No Brasil, a Agência Nacional
ção de estudos que englobavam sobre as estratégias e de Vigilância Sanitária informa
os medicamentos sem patente e seu posicionamento em relação
a população neonatal. Em 2005 requisitos para a condução ao uso de medicamentos sem
iniciaramse as discussões sobre de ensaios clínicos em indicação por meio de um comu
as estratégias e requisitos para a nicado disponível no seu site: (13)
condução de ensaios clínicos em neonatos.(15,17)
neonatos.(15,17) [...] o uso destes medicamentos
é feito por conta e risco do mé
Atualmente, a normalização c) que possuam informação dis dico que o prescreveu, e pode
europeia para utilização de ponível para sua utilização; d) eventualmente vir a caracterizar
medicamentos em população que não exponham crianças a um erro médico, mas em grande
pediátrica está em fase de im ensaios clínicos desnecessários; parte das vezes tratase de uso
plantação e objetiva aumentar e) que não atrasem a sua aprova essencialmente correto, apenas
a disponibilidade de produtos: ção para a população adulta.(16) ainda não aprovado [...].
a) efetivamente estudados nessa
população; b) apropriadamente Essa regulação também englo Acrescenta, ainda, que:
licenciados para uso pediátrico; ba vários aspectos inovadores,
[...] podem ocorrer situações
em que um médico queira tra
tar pacientes que tenham certas
condições que, por analogia
com outra semelhante, ou por
base fisiopatológica, ele acredite
possam vir a se beneficiar de um
determinado medicamento não
aprovado para ela [...].
No entanto, ainda não foram
estabelecidas estratégias de en
frentamento da questão.
O uso “off-label” é uma prática,
principalmente, para pacientes
pediátricos, idosos e gestantes
4
5. FarmacêuticoemFoco
e, em algumas áreas, como, por
exemplo a oncológica. Esse uso
não constitui um preceito ilegal,
contudo pode expor os pacientes
a riscos.
Até o momento as distintas ações
efetuadas em vários países não
foram suficientes para diminuir
esse tipo de utilização.
Regulamentações que incen
tivem empresas farmacêuticas
a conduzir os estudos clínicos
necessários para a obtenção de
informações adequadas, sua dis
ponibilização para profissionais
de saúde e farmacovigilância
efetiva são ações necessárias ao
enfrentamento da questão.
Drug Handling. London. Pharmaceu
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6. FarmacêuticoemFoco
ENTREVISTA
Síndrome Coronariana
Aguda: impacto
na mortalidade e
terapêutica atual
Prof. Dr. Antonio Carlos Carvalho*
A
s doenças corona por consequência, no tratamento
rianas são a princi da SCA, contribui para o aumento
pal causa de óbito da taxa de morbimortalidade.
em diversas regiões
brasileiras. Atualmente, cerca de Nesta primeira parte da entrevista
3234% dos óbitos em adultos se que o Professor Titular de Cardio
devem a um problema cardio logia da Unifesp, Prof. Dr. Anto
vascular em geral, enquanto os nio Carlos Carvalho, concedeu ao
quadros agudos estão em torno Jornal Farmacêutico em Foco,
de dois terços desse número total. ele aborda o grande impacto que
Apesar dos grandes avanços tera a Síndrome Coronariana Aguda
pêuticos das últimas décadas em tem na taxa de mortalidade, os
relação à Síndrome Coronariana fatores de risco da doença, além
Aguda, grande parte dos pacien do tratamento atual. Na próxima
tes não recebe atendimento ade edição do jornal, publicaremos a
quado e o atraso no diagnóstico e, segunda e última parte da entre
vista com o cardiologista.
* Professor Titular de Cardiologia da Jornal Farmacêutico em Foco
Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp) e Chefe da Disciplina de Qual a definição de Síndrome Co-
Cardiologia. ronariana Aguda?
6
7. FarmacêuticoemFoco
Prof. Dr. Antonio Carlos Car- A SCA é uma soma J. F. As taxas nacionais de óbito são
valho A Síndrome Coronariana muito diferentes das de outros países?
Aguda (SCA) envolve uma insta de vários fatores.
bilização de um quadro clínico de Apesar do número ainda Dr. Carvalho Nos outros paí
insuficiência coronária. É aquele ses existe uma homogeneidade
muito grande de casos,
indivíduo que está estável e de maior, não há grandes diferenças
repente começa a ter dor no peito têm havido progressos, regionais no atendimento, inde
em mínimo esforço ou em repouso. como melhora no pendente de onde o paciente este
Muitas vezes não é bem uma dor, ja. No Brasil, calculase em torno
mas um aperto no peito, associado tratamento da pressão de 100 mil mortes por ano devido
com falta de ar, sudorese, sensação arterial, controle da taxa a problemas de coronária, um nú
de desmaio, e isso normalmente mero bastante elevado. A grande
tem uma evolução rápida, com de colesterol e diminuição diferença nossa é que existem
uma acentuação do quadro. De do tabagismo muitos lugares que nem possuem
pendendo da interrupção de fluxo um cardiologista e quem está no
na coronária, isso pode ser deno atendimento de emergência não é
minado de angina instável ou pode óbito ainda é o AVC, quase sem uma pessoa capacitada para fazer
se tratar de um quadro de infarto. pre como consequência do não o diagnóstico e, por consequência,
Utilizamos o tempo de dor, o ele tratamento da hipertensão arterial. o indivíduo não faz o tratamento
trocardiograma e alguns marcado O Sul e o Sudeste seguem mais o adequado. Neste sentido, é que te
res no sangue para caracterizar se padrão de países desenvolvidos, mos uma grande heterogeneidade
houve prejuízo para o músculo do em que a doença coronária é a de resultados no país. O atendi
coração. Se o eletro e o marcador principal causa de morte. mento rápido é fundamental, por
estão alterados, tratase de um in que quando tratamos o paciente
farto, que é uma das principais cau Quando falamos de mortalidade nas primeiras duas horas, a mor
sas de admissão em prontosocorro em SCA, a angina instável, que talidade é de 12%, ela aumenta
e de óbito em doença coronariana. não tem elevação dos marcadores exponencialmente com o atraso
O quadro em geral de Síndrome cardíacos e possui menos altera no inicio do tratamento; contu
Coronariana Aguda é perigoso se ção no eletro, possui uma taxa de do, sabemos que há um número
não for bem tratado. 2% a 3%. O infarto, dependendo muito pequeno no nosso meio que
do tipo, tem uma mortalidade procura atendimento precoce.
J. F. Qual a taxa de mortalidade da menor ou maior, mas em média
Síndrome Coronariana Aguda? essa porcentagem é em torno de J. F. Quais são os fatores para a alta
8% a 10%, sendo que nos locais prevalência de casos de SCA?
Dr. Carvalho O Brasil tem certa mais estruturados o índice gira
carência de dados estatísticos sóli em torno de 5% a 6%. Na rea Dr. Carvalho A SCA é uma
dos como os que existem na Euro lidade, essa taxa de mortalidade soma de vários fatores. Apesar
pa e EUA, mas hoje podemos dizer é a consequência de uma cadeia do número ainda muito grande
com segurança que a principal de eventos, porque o resultado de casos, têm havido progressos,
causa de óbito em diversas cidades será melhor quanto mais cedo o como melhora no tratamento da
brasileiras é a doença coronariana. paciente for tratado, o que nem pressão arterial, controle da taxa
Atualmente, cerca de 3234% dos sempre é possível, dependendo de colesterol e diminuição do
óbitos em adultos se devem a um do local. Todo atraso no atendi tabagismo. Estes são dados ob
problema cardiovascular em geral, mento, diagnóstico e tratamento jetivos nacionais de que estamos
enquanto os quadros agudos es vai se somando e faz com que tendo gradativamente um núme
tão em torno de dois terços desse haja um aumento na taxa de óbi ro de indivíduos sendo melhor
número total. O Brasil tem uma to para 12% a 15%. Quando se tratados, embora ainda seja um
população em vários lugares, es atende rápido e adequadamente número insuficiente. Estamos per
pecialmente no Norte e Nordeste o paciente, essa mortalidade cai dendo em duas situações: o peso
do país, onde a principal causa de para aproximadamente um terço. da população está aumentando,
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8. FarmacêuticoemFoco
bem como o número de diabéti O problema é que malestar, sensação de falta de ar
cos, e estas duas situações estão ou de desmaio. Esse é o conjunto
associadas com mais problemas em alguns casos os típico e em um indivíduo com esse
cardíacos. Dessa maneira, temos sintomas completos nem quadro é mais simples de fazer o
de um lado um melhor controle diagnóstico. O problema é que em
da pressão arterial e do colesterol sempre estão presentes, alguns casos os sintomas comple
e, em contrapartida, aumento de o paciente pode ter tos nem sempre estão presentes, o
peso e de casos de diabetes. O paciente pode ter somente dor no
estresse também é um fator de somente dor no peito ou peito ou pode estar com falta de
risco a ser considerado e existe, ar e não ter dor. A maior confusão
pode estar com falta de ar
ainda, uma parte que tem rela diagnóstica ocorre em idosos,
ção genética, que também deve e não ter dor mulheres e diabéticos. O diabético
ser bem explorada. Finalmente, pode ter uma dor mais camuflada,
fazer exercícios regularmente e menos intensa e, às vezes, não ter
manter peso adequado é muito de do acompanhamento médico é dor, mas ter os outros sintomas.
importante. O último fator, que maior, promovendo um resultado A mulher e o idoso podem ter um
é extremamente relevante, é não bastante benéfico. Existem alguns sintoma só, como por exemplo
haver demora e perda no início estudos muito interessantes, mos falta de ar, e não ter dor no peito,
do tratamento ou perda de acom trando que o grande responsável ou podem ter tido um desmaio
panhamento. Muitas vezes, a pela diminuição da mortalidade sem que houvesse um atendimen
pressão alta não é diagnosticada, é o controle do fator de risco e to para investigar a causa.
o indivíduo não sabe que é hiper não tratar o indivíduo depois
tenso e não se trata; ou às vezes ele que ele já teve o evento, ou seja, Assim, essa apresentação que
é diagnosticado, começa a tomar o enfoque na prevenção tem um denominamos de atípica ocorre
o medicamento, se sente melhor, impacto maior na redução da numa determinada porcentagem
para o tratamento e não volta taxa de óbito. Claro que tratar o e fica bastante focada nos indiví
mais para fazer o controle, ou evento também contribui para a duos mais velhos, nas mulheres e
seja, não mantém essa aderência queda da mortalidade; entretanto, nos diabéticos. Temos que saber
ao tratamento da hipertensão, um quando se analisa a fração que que essa é uma apresentação
controle que deve ser feito para o isso representa no conjunto de para esses grupos e precisamos
resto da vida. Com relação ao co melhora geral, essa porcentagem valorizar o conjunto de risco que
lesterol ocorre a mesma situação, é menor do que a de controle do o paciente tem para diagnosticar
uma vez que o indivíduo vê pelo fator de risco. mos com maior intensidade ou
exame que melhorou, ele para não o infarto. Um indivíduo, por
com o medicamento. J. F. O senhor falou um pouco no exemplo, que tem um histórico de
início da entrevista sobre o diagnóstico hipertensão, diabetes, problemas
Sendo assim, o número de casos da SCA; existem algumas situações de colesterol e é tabagista, mes
poderia diminuir muito se a po controversas que podem dificultar a mo que ele não tenha dor ou não
pulação cuidasse melhor do que realização do diagnóstico adequado tenha todos os sintomas típicos,
chamamos de fatores de risco. nos pacientes? deve ser investigado para SCA.
Com todos os problemas que Ele deve fazer o eletrocardiogra
existem nos EUA em relação Dr. Carvalho O quadro clínico ma e tem que colher os exames de
à obesidade e alimentação ina clássico, e que não deve passar sangue para ter certeza de que não
dequada, o número de eventos despercebido para o médico, é se trata de um caso disfarçado.
cardíacos em torno de 15 anos uma dor típica, como se fosse um Estes casos são os que mais nor
diminuiu 20% no país, quer dizer, aperto no peito na região central, malmente criam maior confusão
a mortalidade vem diminuindo quase sempre atrás do osso do muitas vezes, principalmente se
nos EUA de uma forma contínua esterno, ou seja, é uma dor bas não há especialistas no serviço de
por que o acesso ao atendimento tante específica, quase sempre atendimento, o indivíduo pode ser
e tratamento é maior, a regularida associada a sudorese, tontura, dispensado sem ter o diagnóstico
8
9. FarmacêuticoemFoco
fechado e assim ele não faz o tra
tamento adequado.
J. F. Como é o tratamento atual
da SCA?
Dr. Carvalho Existe uma grande
diferença no tratamento da SCA:
o tratamento da angina instável
ou infarto sem supradesnível
do segmento ST é praticamente
uniforme e consiste, de um modo
geral, em aliviar a dor do paciente,
com morfina ou algum equivalen
te, e o uso de um vasodilatador
coronário, que é um nitrato, e
que ajuda também a tirar a dor. E
como essa instabilização se deve a
um coágulo incompleto, que está
obstruindo parcialmente a artéria,
é necessário restabelecer o fluxo
de sangue normal naquela região
com o uso de um antiadesivo
plaquetário e o uso de medica
mentos tipo heparina. No grupo
do antiadesivo, o medicamento
mais conhecido é a aspirina, uma
droga que deve ser utilizada logo
de início; e para evitar a obstrução
completa da artéria, utilizase de Já no grupo Os dois procedimentos irão de
um modo geral a heparina, ou pender de onde o paciente está
a de baixo peso, que é feita sub de infarto com localizado: se ele está em um
cutânea, ou a endovenosa (não supradesnível do hospital que tem hemodinâmica
fracionada). Esse é o grupo de disponível de imediato, a conduta
segmento ST, o supra
medicamentos que normalmente sempre será preferencialmente
faz parte do início da terapêutica no eletrocardiograma pela angioplastia primária; mas
da angina instável ou infarto sem está indicando que a se o indivíduo está em um local
supra, além de medicamentos tipo que não tem hemodinâmica
betabloqueadores ou inibidores artéria está completa nem todos os hospitais disponi
da ECA se a função do ventrículo e totalmente ocluída bilizam hemodinâmica 24 horas
estiver ruim. por dia , então ele é obrigado
e, portanto, ela precisa ou a ser transferido rapidamente
Já no grupo de infarto com su ser desobstruída ou a fazer uso de fibrinolítico,
pradesnível do segmento ST, e quase sempre depois do fibri
rapidamente
o supra no eletrocardiograma nolítico, ele receberá o catete
está indicando que a artéria está rismo para saber se precisa ou
completa e totalmente ocluída e, (angioplastia primária) ou com não da angioplastia. Portanto, o
portanto, ela precisa ser desobs um fibrinolítico que dissolve o diferencial é que o infarto com
truída rapidamente, o que pode coágulo daquela artéria, resta supra necessita de reperfusão
ser feito com hemodinâmica belecendo o fluxo sanguíneo. imediata, seja via angioplastia,
9
10. FarmacêuticoemFoco
seja via trombolíticos. O infarto O grande avanço J. F. E além do clopidogrel, quais
sem supra ou a angina instável foram os avanços mais importantes
não necessitam de reperfusão dos últimos nos últimos anos em relação ao trata-
imediata, há outros esquemas anos, na minha opinião, mento da SCA?
de tratamento, geralmente antes
de se definir a necessidade do foi a compreensão de Dr. Carvalho O grande avanço
cateterismo (casos de alto risco dos últimos anos, na minha opi
que precisamos ser
vão para cateterismo imediato). nião, foi a compreensão de que
bastante agressivos com precisamos ser bastante agressi
No entanto, para melhorarmos vos com a terapêutica e devemos
o efeito destes medicamentos,
a terapêutica e devemos
iniciar o tratamento o mais pre
no sentido de facilitar o fluxo de iniciar o tratamento o cocemente possível. Nos casos de
sangue, observouse que só com a infarto com supra, estimase que
aspirina e a heparina ainda havia mais precocemente no Brasil apenas 30% dos pacientes
muitos casos em que a artéria não possível conseguem efetivamente realizar
mantinha um fluxo adequado. o tratamento adequado, ou seja, a
Passando aquelas primeiras horas, desobstrução da artéria, com rapi
o indivíduo voltava a piorar e aí dogrel representou um avanço dez; 70% deles ficam na evolução
foi visto que ao se fazer a asso importante nessa área e é ainda da história natural da doença como
ciação com outro esquema anti uma droga importante, porém os era há 1530 anos. Na Europa e
plaquetário, cujo medicamento seus resultados não são ainda o EUA, essa proporção é inversa, há
mais conhecido é o clopidogrel, ideal e é por isso que existe essa 70% a 80% dos indivíduos fazen
o resultado melhorou em relação busca sempre contínua por novos do o tratamento adequado mais
ao que era somente com a aspiri produtos, que sejam mais eficazes precocemente. Sabemos que a
na e a heparina. Porém, quando sem serem prejudiciais de alguma rápida reperfusão é absolutamente
começamos a somar vários medi maneira. essencial para o bom prognóstico
camentos que afinam o san do paciente; isso nem é um
gue aspirina, clopidogrel, dado novo, assim como a
heparina e inibidor IIbIIIa, associação de vários agen
um outro antiplaquetário tes para se obter um efeito
importante – notamos que complementar que impeça
os indivíduos começaram a artéria de obstruir nova
a ter um problema maior mente. O ticagrelor, um
de sangramento. Com isso, novo antiagregante plaque
houve a constatação de tário que será lançado em
que se por um lado a taxa breve no mercado, também
de mortalidade das doen representa um importante
ças coronarianas caiu, por avanço farmacológico. E o
outro essa taxa aumentou uso do stent em angioplas
por problemas de sangra tia também foi um grande
mento, diminuindo assim progresso, porque é muito
os resultados benéficos da mais fácil para o paciente
terapêutica. E novamente colocar o stent do que fa
constatouse que os gru zer a cirurgia. A taxa de
pos dos idosos, mulheres e cirurgia pósinfarto já foi
diabéticos eram mais pro de 2530% e hoje está em
pensos a essa complicação; torno de 5% a 10%, uma
eles começaram a ter mais diminuição significativa
problemas de sangramento. devido ao espaço que a
Sem dúvida que o clopi angioplastia ocupou.
10
11. FarmacêuticoemFoco
Participantes
do evento
em Fortaleza
Gestão da Qualidade e Segurança do
Paciente
N
o mês de abril, a Ge ciente em Tempos de Acredi Hospitalar e Clínica pelo Instituto
rência de Relações tação” foi o tema apresentado Racine, Juliana Fonseca Sad, foi
Farmacêuticas da pela Profa. Dra. Sylvia Lemos “Farmácia Hospitalar: a difícil ta
AstraZeneca ini Hinrichsen, coor denadora do refa de aliar custos com qualidade
ciou mais um ciclo de palestras Núcleo de Ensino, Pesquisa e e responsabilidade”.
sobre Gestão da Qualidade e Se Assistência em Infectologia do
gurança do Paciente, envolvendo Hospital das Clínicas/UFPE/ A seguir, as duas palestrantes
várias capitais brasileiras. Gerência de Risco Projeto Hospi comentam os dois temas:
tais SentinelaAnvisa e coordena
Os eventos reuniram um número dora da Disciplina Biossegurança Qualidade e segurança do
expressivo de farmacêuticos in e Controle de Infecções – Risco paciente: um diferencial a ser
teressados em se atualizar sobre Sanitário Hospitalar/UFPE. perseguido
os temas.
Outro tema abordado pela far “Qualidade pode ser definida
Na programação dos eventos duas macêutica/bioquímica, gerente como um conjunto de “círculos
convidadas especiais abordaram de medicamentos do Hospital concêntricos”, onde no “alvo”,
o tema com muita objetividade Municipal Odilon Behrens, em ou seja, no seu meio, estariam os
e ética. Belo Horizonte, especialista em profissionais de saúde, que utili
Gestão Hospitalar pela Fundação zam duas ferramentas: a técnica
“Qualidade e Segurança do Pa Oswaldo Cruz e em Farmácia e a relação interpessoal.
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12. FarmacêuticoemFoco
A técnica diz respeito ao máximo de, 3. eficiência, 4. otimicidade,
que ele pode fazer pelo paciente 5. aceitabilidade, 6. legitimidade
dentro dos conhecimentos cien e 7. equidade.
tíficos mais atuais. E para imple
mentar esses conhecimentos, ele E cabe às lideranças, os verda
precisa lançar mão de boas rela deiros responsáveis pelo cuidado
ções interpessoais para convencer seguro dos pacientes: 1. criar um
e orientar o paciente. sistema na empresa/instituição
que possa atribuir a todos os fun
No próximo círculo, podese cionários metas que sejam críveis
colocar os elementos adicionais e desafiadoras; 2. promover o
também importantíssimos para domínio do processo e do co
o cuidado de um paciente, como nhecimento técnico pela equipe;
o conforto, a privacidade, a tran 3. garantir a melhoria contínua
quilidade e a conveniência. E, no e a padronização de todos os
círculo seguinte, a contribuição processos realizados segundo
do próprio paciente ou de seus uma cultura sustentável de qua
familiares no tipo ou nas formas Profa. Dra. Sylvia Lemos Hinrichsen lidade; 4. promover um sistema
de seu tratamento, elemento extre de treinamento especial para os
mamente importante por permitir Também devese considerar que talentos da empresa/instituição;
a divisão de responsabilidades nem sempre “altos custos” são 5. promover uma avaliação de
com o profissional de saúde. sinônimo de “qualidade” e que desempenho transparente e cons
“qualidade não é cara”, pois seus trutiva segundo oportunidades de
É importante salientar que se deve valores e resultados são intangíveis. melhorias; 6. alinhar os interesses
buscar incansavelmente o melhor dos funcionários com os da orga
para o paciente. E oferecer todas Os serviços de saúde qualificados nização, através de um sistema de
as possibilidades terapêuticas para devem tratar os pacientes assim incentivos e 7. promover uma cul
que ele também faça parte do pro como também oferecer qualidade tura de tomadas de decisões com
cesso de escolha do tratamento, de assistencial em todos os processos base em fatos, legislações e dados
acordo com as suas necessidades do cuidado. A qualidade de um concretos dentro de princípios
e com os objetivos que ele quer sistema de saúde engloba sete éticos para todos os processos do
alcançar. atributos: 1. eficácia, 2. efetivida cuidado do paciente segundo os
valores e missão institucionais.”
(quadro 1).
A difícil tarefa de aliar
custos com qualidade e
responsabilidade
“Esse tema representa uma tarefa
difícil para nós farmacêuticos, já
que é preciso fazer as aquisições
em hospitais públicos garantin
do a qualidade respeitando a
tão temida lei de licitações e os
princípios éticos da profissão
farmacêutica.
Acredito que essa apresentação é
antes de mais nada uma troca de
12
13. FarmacêuticoemFoco
experiências entre colegas farma cinco anos? A corresponsabilida
cêuticos e uma forma de auxiliar de ou responsabilidade solidária
nessa tarefa do dia a dia da farmá é de todos os farmacêuticos e
cia hospitalar. Nossa experiência empresas envolvidos na cadeia
é mostrada e passada aos colegas de produção desses produtos, que
como informação para ser usada e envolve desde a fabricação até a
para ajudálos na constante busca dispensação.
pela qualidade de medicamentos.
Qual a qualidade do tratamento Enfim, esse ciclo de palestras
que estamos proporcionando a tem sido um laboratório de
nossos pacientes? O que podemos aprendizado não só para os
exigir de um Edital, o que fazer convidados, mas com toda cer
com as amostras solicitadas, como teza para os palestrantes, pois as
e o que deve ser avaliado nesses experiências trocadas e os ques
medicamentos? O que diz a lei e o tionamentos instigam a busca
que é a responsabilidade farmacêu por muito mais informações. A
tica? Esses principais tópicos dis cada nova edição do evento há a
cutidos durante as apresentações Juliana Fonseca Sad necessidade de buscar mais no
levam as pessoas a refletir sobre a vidades, pesquisar mais e trocar
qualidade dos medicamentos que ferência e que mostram presença mais experiências.”
estão no mercado sobre suas tare de impurezas, diferenças nas con
fas e responsabilidades. E mesmo centrações de princípio ativo que Bibliografia recomendada:
no setor privado, que não precisa podem levar a diferença nas doses.
cumprir a lei de licitações, estes Discuto muito a falta de estudos • Donabedian A. The quality of care.
How can it be assessed? 1988, Arch
tópicos podem ser discutidos com clínicos para comprovação de
Pathol Lab Med 1997;121(11):
os administradores hospitalares, eficácia desses medicamentos, e 114550.
mostrando a responsabilidade como não posso deixar de frisar • Falconi V. O Verdadeiro Poder. Ed:
do farmacêutico nas aquisições e as deficiências da fiscalização no INDG Tecnologia e Serviços Ltda.
como ele é o profissional indica país. Quem está fiscalizando a 2009; 159 pp.
• Pradhan M. Quality in healthcare:
do para garantir a qualidade dos produção de medicamentos du process. Best Practice & Rese
medicamentos. rante toda a validade do registro arch Clinical Anaesthesiology.
no Ministério da Saúde, que é de 2001;15(4):555571.
Essa apresentação promove a
discussão e a reflexão dos profis
sionais envolvidos. Além disso, a
troca de experiências que aconte
ce durante o evento é muito enri
quecedora, pois os farmacêuticos
colocam situações reais vividas
no seu ambiente de trabalho,
buscando opiniões e sugestões de
como agir para garantir o melhor
tratamento farmacológico para os
pacientes.
Para enriquecer ainda mais a
discussão são apresentados tra
balhos publicados na literatura
que avaliam as comparações entre
medicamentos genéricos e de re
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14. FarmacêuticoemFoco
Autoestima: a melhor escolha contra o
câncer de mama
Os “Encontros com a Autoestima”
reuniram mais de 400 pacientes, amigos e
familiares.
campanha foi direcionada para
a fase mais difícil da doença, ou
seja, o tratamento e seus reflexos
na qualidade de vida.Foram rea
lizadas inúmeras ações vivenciais,
como sessão de maquiagem, fotos
e informações sobre o câncer de
mama para toda a família. Além
disso, as melhores imagens e de
poimentos das ações originaram
dois calendários, um de mesa
A
e outro de parede, e foram dis
Campanha Espe Durante toda tribuídos em clínicas, hospitais
rança e Vida, pro participantes, e demais profissio
movida pela As a campanha é nais da área em todo o país. As
traZeneca, é uma constantemente ações foram bastante premiadas
iniciativa social realizada em na mídia, e os “Encontros com a
parceria com clínicas e hospitais ressaltado que o Autoestima” foram destaque em
especializados em oncologia, na diversos veículos nacionais, con
comportamento positivo
qual visa promover a valorização correndo inclusive no 34º Lupa
das mulheres que estão passando do paciente pode de Ouro, maior premiação da
por qualquer tratamento de com indústria farmacêutica em 2010,
bate ao câncer de mama, estimu influenciar diretamente e sendo vencedor nas categorias
lando o resgate da autoestima nos resultados do “Evento de Responsabilidade
dessas pacientes. Social” e “Comunicação Visual”
tratamento do 11º Prêmio Caio, considerado
O projeto teve início no ano de o “Oscar” na área de eventos, ma
2009, juntamente com o “Encon rketing promocional e turismo de
tro com a Autoestima”, realizado (Rio de Janeiro, RJ), Clinionco negócio, realizado no último mês
em clínicas e hospitais oncológi (Porto Alegre, RS), Oncomed de fevereiro.
cos de inúmeras cidades do país. (Belo Horizonte, MG), ICESP –
Instituto do Câncer do Estado de Durante toda a campanha é cons
Dentre as instituições participan São Paulo (São Paulo, SP), NOB tantemente ressaltado que o com
tes estavam o CRIO – Centro – Núcleo de Oncologia da Bahia, portamento positivo do paciente
Regional Integrado de Onco entre outras. pode influenciar diretamente nos
logia (Fortaleza, CE), Instituto resultados do tratamento. Dessa
de Oncologia do Vale (São José Os “Encontros com a Autoesti forma, a autoestima é considerada
dos Campos, SP), Instituto do ma” reuniram mais de 400 pacien fundamental para que a mulher
Radium (Campinas, SP), INCA tes em tratamento, juntamente enfrente a doença, tenha uma
– Instituto Nacional do Câncer com amigos e familiares. Toda a melhor qualidade de vida e con
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15. FarmacêuticoemFoco
sequentemente obtenha sucesso
no tratamento.
Outro fator preponderante é que
através dos encontros tornouse
possível a troca de experiência
entre pacientes que vivenciaram
situações semelhantes, além de
desfrutarem de momentos agra
dáveis, ouvindo os mais diversos
relatos sobre a importância da
autoestima ao longo do processo
de cura da doença.
A iniciativa está focada em traba
lhar a humanização, o resgate e
Estúdio fotográfico criado no Encontro da Autoestima.
manutenção da autoestima dessas
mulheres que sofrem ou sofreram
pelo câncer de mama. Uma das Estudos as principais características da
melhores formas para atingir esse participante, no qual é avaliado o
apontam
objetivo é o apoio constante e trabalho desenvolvido, auxiliando
incondicional da AstraZeneca às que quanto maior a na montagem de atividades no
instituições e profissionais da área hospital ou na clínica, enquanto
da saúde que têm experiência no autoestima, maior os parceiros e familiares recebem
tratamento desse tipo de tumor. será sua segurança guias com conselhos de como
lidar com a paciente, além de um
Estudos apontam que quanto e tranquilidade, guia para crianças e adolescentes
maior a autoestima, maior será para ajudálos a enfrentar essa
tornando o tratamento
sua segurança e tranquilidade, situação.
tornando o tratamento mais efi mais eficaz
caz, e esse é um dos pontos que os Durante este ano, o projeto pre
médicos, enfermeiros e psicólogos tende ainda realizar 18 ações, e a
buscam aprimorar. Ao final do “Encontro com a primeira já foi realizada no final
Autoestima”, as participantes do mês de fevereiro no Oncocen
Também foram entregues para as recebem um questionário, que tro do Hospital São Carlos, na
pacientes o Oncoguia com instru tem como objetivo conhecer quais cidade de Fortaleza CE.
ções sobre os direitos do portador
de câncer, e um formulário com a
pergunta “O que deixa sua autoes Guia para a paciente
tima elevada?”, que tem o intuito
de fazer com que as pacientes re No Guia para a Paciente são apresentadas importantes dicas para
que a paciente enfrente o câncer sem perder sua feminilidade.
flitam sobre quais os valores mais Também é apresentada a importância da autoestima durante
importantes para a mulher que todo o processo de cura, valorizar o apoio dos familiares e
passa por esse momento delicado. amigos, e o quanto é fundamental manter os cuidados antes,
durante e depois do tratamento.
Outra ação abordada na campa
nha foi a distribuição de guias O guia foi elaborado para que a paciente saiba que é necessário
explicativos, com dicas de como estar bem fisicamente e mentalmente durante o tratamento, e
que se informar sobre a doença e as terapêuticas existentes é o
manter a qualidade de vida, a au melhor caminho a ser escolhido no processo de cura da doença.
toestima e a sexualidade.
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16. FarmacêuticoemFoco
EM FOCO
Canal de relacionamento tem novo layout
poderá solicitar no Acess Net re
sumos e íntegras de estudos cien
tíficos de forma gratuita e com
rapidez, através de uma equipe
especializada e de um banco de
dados com materiais nacionais e
internacionais.
No portal também é possível en
contrar apresentações de cursos
e palestras realizadas no Brasil,
ministradas por renomados pro
fissionais da área, juntamente
com uma agenda científica com
data, local e sites dos principais
eventos e congressos do campo
farmacêutico no Brasil e no
exterior.
O canal de relacionamento
farmacêutico da AstraZene
ca na internet está com um novo
relevância na prática diária dos
farmacêuticos.
Em Eventos AstraZeneca é dis
ponibilizada uma programação
com cursos de Atualização
layout. Com um visual moderno Durante o ano serão ao todo Farmacêutica e encontros far
e sofisticado, o site traz novidades quatro vídeosaula, sendo que macêuticos promovidos pela
interessantes e continuará propor a primeira será apresentada AstraZeneca.
cionando ao farmacêutico o acesso no próximo dia 21 de junho,
rápido à informação e atualização e as demais acontecerão nos O internauta que acessar o link
científica, através dos mais diver dias 12 de julho, e no mês de Jornal Interno poderá visualizar
sos serviços disponíveis. agosto nos dias 2 e 23. Todas todas as edições do nosso Jornal
as aulas vão estar relacionadas Farmacêutico em Foco, além de
Um dos destaques da nova página à cardiologia. ter a possibilidade de esclarecer
será a inclusão de webmeetings, dúvidas ou dar sugestões de ma
uma série de aulas de extrema Além disso, o visitante também neira interativa.
Produzido em maio/2011
O Jornal Famacêutico em Foco é uma publicação da Office Editora e Publicidade Ltda. patrocinada pela AstraZeneca do Brasil Ltda. - Diretor Responsável: Nelson dos
Santos Jr. - Diretor de Arte: Roberto E. A. Issa - Diretora Executiva: Waléria Barnabá - Publicidade: Adriana Pimentel Cruz, Rodolfo B. Faustino e Denise Gonçalves
- Jornalista Responsável: Cynthia de Oliveira Araujo (MTb 23.684) - Redação: Flávia Lo Bello, Luciana Rodriguez e Eduardo Ribeiro - Gerente de Produção Gráfica:
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