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Pré-Modernismo
Lima Barreto & Euclides da Cunha
Afonso Henrique de Lima Barreto
Vida:
   1881-1922 no Rio de
    Janeiro;
   Funcionário público e
    jornalista;
   Alcoólatra e louco.
Obras:
   Romances
    Recordações do escrivão Isaías Caminha (1909); Triste fim de
    Policarpo Quaresma (1915); Numa e a ninfa (1915); Vida e morte
    de M. J. Gonzaga de Sá (1919); Clara dos Anjos (1948).
   Sátira
    Os bruzundangas (1923); Coisas do Reino do Jambom (1953).
   Conto
    Histórias e sonhos (1920); Outras histórias e Contos argelinos
    (1952).
   Artigos e crônicas
    Bagatelas (1923); Feiras e mafuás (1953); Marginália (1953; Vida
    urbana (1953).
   Outros
    Diário íntimo (memória) (1953); O cemitério dos vivos (memória)
    (1953); Impressões de leitura (crítica) (1956); Correspondência
    ativa e passiva (1956).
Características e temáticas
   Denuncia da relações        Desejo de mostrar o
    sociais e políticas da       Brasil real aos brasileiros;
    época;                      Crítica a realidade social
   Panorama realistas dos       e econômica;
    esquemas de poder           Abordagem dos
    vigentes à época.            preconceitos e da
   Linguagem mais ágil,         opressão dos negros do
    mais “jornalística”.         Rio de Janeiro;
                                Os enganos da recém-
                                 nascida República;
                                Malandragens e
                                 oportunismos dos
                                 políticos.
“Se não disponho do Correio da Manhã ou de
     O Jornal para me estamparem o nome e o
retrato, sou alguma coisa nas letras brasileiras
 e ocultarem meu nome ou o desmerecerem é
uma injustiça contra a qual eu me levanto com
                  as armas ao meu alcance .”
A nova Califórnia




   A vida pacata de uma cidade é transformada
    pela ambição desmedida de seus moradores
A nova Califórnia
   Tubiacanga era uma pequena cidade de três ou quatro mil habitantes, muito pacífica, em cuja
    estação, de onde em onde, os expressos davam a honra de parar. Há cinco anos não se
    registrava nela um furto ou roubo. As portas e janelas só eram usadas... porque o Rio as usava.
    (...)
   Mas, qual não foi a surpresa dos seus habitantes quando se veio a verificar nela um dos
    repugnantes crimes de que se tem memória! Não se tratava de um esquartejamento ou
    parricídio; não era o assassinato de uma família inteira ou um assalto à coletoria; era cousa pior,
    sacrílega aos olhos de todas as religiões e consciências: violavam-se as sepulturas do
    "Sossego", do seu cemitério, do seu campo-santo.
   A indignação na cidade tomou todas as feições e todas as vontades. A religião da morte precede
    todas e certamente será a última a morrer nas consciências. Contra a prolanação, clamaram os
    seis presbiterianos do lugar--os bíblicos, como lhes chama o povo; clamava o Agrimensol
    Nicolau, antigo cadete, e positivista do rito Teixeira Mendes; clamava o Major Camanho,
    presidente da Loja Nova Esperança; clamavam o turco Miguel Abudala, negociante de
    armarinho, e o cético Belmiro, antigo estudante, que vivia ao deus-dará, bebericando parati nas
    tavernas. A própria filha do engenheiro residente da estrada de ferro, que vivia desdenhando
    aquele lugarejo, sem notar sequer os suspiros dos apaixonados locais, sempre esperando que o
    expresso trouxesse um príncipe a desposá-la--, a linda e desdenhosa Cora não pôde deixar de
    compartilhar da indignação e do horror que tal ato provocara em todos do lugarejo. Que tinha ela
    com o túmulo de antigos escravos e humildes roceiros? Em que podia interessar aos seus lindos
    olhos pardos o destino de tão humildes ossos? Porventura o furto deles perturbaria o seu sonho
    de fazer radiar a beleza de sua boca, dos seus olhos e do seu busto nas calçadas do Rio?
   Decerto, não; mas era a Morte, a Morte implacável e onipotente, de que ela também se sentia
    escrava, e que não deixaria um dia de levar a sua linda caveirinha para a paz eterna do
    cemitério. Aí Cora queria os seus ossos sossegados, quietos e comodamente descansando num
    caixão bem feito e num túmulo seguro, depois de ter sido a sua carne encanto e prazer dos
    vermes...
O triste fim de Policarpo Quaresma
                   Jornal do Comércio;
                   Policarpo Quaresma:
                    um nacionalista
                    quixotesco;
                   Projetos:
                       Projeto Cultural
                       Projeto Agrícola
                       Projeto Político
                   Real X Ideal;
                   Desilusão.
O triste fim de Policarpo Quaresma
   Iria morrer, quem sabe se naquela noite mesmo? E que tinha ele feito de sua vida?
    Nada. Levara toda ela atrás da miragem de estudar a pátria, por amá-la e querê-la
    muito, no intuito de contribuir para a sua felicidade e prosperidade. Gastara sua
    mocidade nisso, a sua virilidade também; e, agora que estava na velhice, como ela o
    recompensava, como ela o premiava, como ela o condecorava? Matando-o. E o que
    não deixara de ver, de gozar, de fruir, na sua vida? Tudo. Não brincara, não
    pandegara, não amara - todo esse lado da existência que parece fugir um pouco à
    sua tristeza necessária, ele não vira, ele não provara, ele não experimentara.
   Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de
    estudar inutilidades. Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem...
    Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em
    nada... O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suas
    cousas de tupi, do folk-lore, das suas tentativas agrícolas... Restava disso tudo em
    sua alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma!
   O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a mofa, o escárnio; e levou-o à
    loucura. Uma decepção. E a agricultura? Nada. As terras não eram ferazes e ela não
    era fácil como diziam os livros. Outra decepção. E, quando o seu patriotismo se
    fizera combatente, o que achara? Decepções. Onde estava a doçura de nossa
    gente? Pois ele não a viu combater como feras? Pois não a via matar prisioneiros,
    inúmeros? Outra decepção. A sua vida era uma decepção, uma série, melhor, um
    encadeamento de decepções.
   A pátria que quisera ter era um mito; era um fantasma criado por ele no silêncio do
    seu gabinete. Nem a física, nem a moral, nem a intelectual, nem a política que
    julgava existir, havia.
Euclides Rodrigues da Cunha
Vida:
           1866-1909 no Rio de
            Janeiro
           Militar(exercito),
            engenheiro e
            jornalista.
Obras:
 Os Sertões
 Peru versus Bolívia
 Contrastes e confrontos
 A margem da história
 Canudos – diário de uma publicação
Características e temática
   Determinismo –         Desejo de mostrar o
    relação de              Brasil aos brasileiros
    condicionamento        Crítica a realidade
    entre paisagem e        social e econômica;
    homem;                 Condições de
   Cientificismo;          abandono do
   Linguagem próxima       sertanejo;
    do jornalismo          História do Brasil.
Embasamento científico:
   A terra: características do sertão
    nordestino – clima, composição do
    solo, relevo, vegetação.
   O homem: retrato do sertanejo.
    Antônio Conselheiro
       Meio (geografia)
       Raça (hereditariedade)
       Momento histórico (cultura)
   A luta: narração da luta entre
    tropas oficiais. Descrição da queda
    de Canudos.
   Aspectos humanos
   O mito do beato que veio salvar os sertanejos.
Os sertões – Euclides da Cunha
   Ali chegou, como em toda a parte, desconhecido e suspeito, impressionando pelos
    trajes esquisitos — camisolão azul, sem cintura; chapéu de abas largas derrubadas,
    e sandálias. Às costas um surrão de couro em que trazia papel, pena e tinta, a
    Missão Abreviada e as Horas Marianas.
   Vivia de esmolas, das quais recusava qualquer excesso, pedindo apenas o sustento
    de cada dia. Procurava os pousos solitários. Não aceitava leito algum, além de uma
    tábua nua e, na falta desta, o chão duro.
   Assim pervagou largo tempo, até aparecer nos sertões, ao norte da Bahia. Ia-lhe
    crescendo o prestígio. Já não seguia só. Encalçavam-no na rota desnorteada os
    primeiros fiéis. Não os chamara. Chegavam-lhe espontâneos, felizes por
    atravessarem com ele os mesmos dias de provações e misérias.
   Eram, no geral, gente ínfima e suspeita, avessa ao trabalho, farândula de vencidos
    da vida, vezada à mandria e à rapina.
   Um dos adeptos carregava o templo único, então, da religião minúscula e nascente:
    um oratório tosco, de cedro, encerrando a imagem do Cristo.
   Nas paradas pelos caminhos prendiam-no a um galho de árvore; e, genuflexos,
    rezavam. Entravam com ele, triunfalmente erguido, pelos vilarejos e povoados, num
    coro de ladainhas.
   Assim se apresentou o Conselheiro, em 1816, na vila do Itapicuru-de-Cima. Já tinha
    grande renome
A guerra do fim do mundo – Mário Vargas Llosa
 O homem era alto e tão magro que parecia sempre de perfil. Sua pele era
  escura, seus ossos proeminentes e seus olhos ardiam com fogo perpétuo.
  Calçava sandálias de pastor e a túnica azul de brim que lhe caía sobre o
  corpo lembrava o hábito desses missionários que, de quando em quando,
  visitavam os povoados do sertão batizando multidões de crianças e
  casando os amancebados. Era impossível saber sua idade, sua
  procedência, sua história, mas algo havia em seu aspecto tranqüilo, em
  seus costumes frugais, em sua imperturbável seriedade que, mesmo antes
  de dar conselhos, atraía as pessoas.
 Aparecia de improviso, no princípio sozinho, sempre a pé, coberto pelo pó
  do caminho, a cada certo número de semanas, de meses. Sua alta silhueta
  destacava-se na luz crepuscular ou nascente, enquanto atravessava a
  única rua do povoado, a grandes trancos, com uma espécie de urgência.
  Avançava decididamente entre as cabras que tilintavam, entre cães e
  crianças que lhe abriam caminho e o olhavam com curiosidade, sem
  responder ao cumprimento das mulheres que já o conheciam e faziam
  reverências e se apressavam a lhe trazer jarras de leite de cabra e pratos
  de feijão com farinha.
Euclides X Bilac
   Canudos não se rendeu.             Enfim, arrasada a cidadela
    Exemplo único em toda a             maldita! Enfim, dominado o
    história, resistiu até ao           antro negro, cavado no centro
    esgotamento completo.               do adusto sertão, onde o
    Expugnado palmo a palmo, na         Profeta das longas barbas
    precisão integral do termo,         sujas concentrava a sua força
    caiu no dia 5, ao entardecer,       diabólica, feita de fé e de
    quando caíram os seus               patifaria, alimentada pela
    últimos defensores, que todos       superstição e pela rapinagem!
    morreram. Eram quatro
    apenas: um velho, dois
    homens feitos e uma criança,
    na frente dos quais rugiam
    raivosamente 5 mil soldados.
Sobradinho: Sá & Guarabyra
   O homem chega, já desfaz a natureza
   Tira a gente, põe represa, diz que tudo vai mudar
   O São Francisco lá prá cima da Bahia
   Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
   passo a passo vai cumprindo a profecia
   Do beato que dizia que o sertão ia alagar

   O sertão vai virar mar, dá no coração
   O medo que algum dia o mar também vire sertão
   Vai virar mar, dá no coração
   O medo que algum dia o mar também vier sertão

   Adeus Remanso, Casa Nova, Santo Sé
   Adeus Pilão Arcado, vem o rio te engolir
   Debaixo d'água lá se vai a vida inteira
   Por cima da cachoeira o Gaiola vai subir
   Vai ter barragem no salto do Sobradinho
   E o povo vai se embora com medo de se afogar ...

   Remanso, Casa Nova, Santo Sé, Pilão Arcado,
   Sobradinho adeus, adeus
Vale muito a pena ver!!!

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Pre modernismo.lima&euclides

  • 1. Pré-Modernismo Lima Barreto & Euclides da Cunha
  • 2. Afonso Henrique de Lima Barreto
  • 3.
  • 4. Vida:  1881-1922 no Rio de Janeiro;  Funcionário público e jornalista;  Alcoólatra e louco.
  • 5. Obras:  Romances Recordações do escrivão Isaías Caminha (1909); Triste fim de Policarpo Quaresma (1915); Numa e a ninfa (1915); Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá (1919); Clara dos Anjos (1948).  Sátira Os bruzundangas (1923); Coisas do Reino do Jambom (1953).  Conto Histórias e sonhos (1920); Outras histórias e Contos argelinos (1952).  Artigos e crônicas Bagatelas (1923); Feiras e mafuás (1953); Marginália (1953; Vida urbana (1953).  Outros Diário íntimo (memória) (1953); O cemitério dos vivos (memória) (1953); Impressões de leitura (crítica) (1956); Correspondência ativa e passiva (1956).
  • 6. Características e temáticas  Denuncia da relações  Desejo de mostrar o sociais e políticas da Brasil real aos brasileiros; época;  Crítica a realidade social  Panorama realistas dos e econômica; esquemas de poder  Abordagem dos vigentes à época. preconceitos e da  Linguagem mais ágil, opressão dos negros do mais “jornalística”. Rio de Janeiro;  Os enganos da recém- nascida República;  Malandragens e oportunismos dos políticos.
  • 7. “Se não disponho do Correio da Manhã ou de O Jornal para me estamparem o nome e o retrato, sou alguma coisa nas letras brasileiras e ocultarem meu nome ou o desmerecerem é uma injustiça contra a qual eu me levanto com as armas ao meu alcance .”
  • 8. A nova Califórnia  A vida pacata de uma cidade é transformada pela ambição desmedida de seus moradores
  • 9. A nova Califórnia  Tubiacanga era uma pequena cidade de três ou quatro mil habitantes, muito pacífica, em cuja estação, de onde em onde, os expressos davam a honra de parar. Há cinco anos não se registrava nela um furto ou roubo. As portas e janelas só eram usadas... porque o Rio as usava. (...)  Mas, qual não foi a surpresa dos seus habitantes quando se veio a verificar nela um dos repugnantes crimes de que se tem memória! Não se tratava de um esquartejamento ou parricídio; não era o assassinato de uma família inteira ou um assalto à coletoria; era cousa pior, sacrílega aos olhos de todas as religiões e consciências: violavam-se as sepulturas do "Sossego", do seu cemitério, do seu campo-santo.  A indignação na cidade tomou todas as feições e todas as vontades. A religião da morte precede todas e certamente será a última a morrer nas consciências. Contra a prolanação, clamaram os seis presbiterianos do lugar--os bíblicos, como lhes chama o povo; clamava o Agrimensol Nicolau, antigo cadete, e positivista do rito Teixeira Mendes; clamava o Major Camanho, presidente da Loja Nova Esperança; clamavam o turco Miguel Abudala, negociante de armarinho, e o cético Belmiro, antigo estudante, que vivia ao deus-dará, bebericando parati nas tavernas. A própria filha do engenheiro residente da estrada de ferro, que vivia desdenhando aquele lugarejo, sem notar sequer os suspiros dos apaixonados locais, sempre esperando que o expresso trouxesse um príncipe a desposá-la--, a linda e desdenhosa Cora não pôde deixar de compartilhar da indignação e do horror que tal ato provocara em todos do lugarejo. Que tinha ela com o túmulo de antigos escravos e humildes roceiros? Em que podia interessar aos seus lindos olhos pardos o destino de tão humildes ossos? Porventura o furto deles perturbaria o seu sonho de fazer radiar a beleza de sua boca, dos seus olhos e do seu busto nas calçadas do Rio?  Decerto, não; mas era a Morte, a Morte implacável e onipotente, de que ela também se sentia escrava, e que não deixaria um dia de levar a sua linda caveirinha para a paz eterna do cemitério. Aí Cora queria os seus ossos sossegados, quietos e comodamente descansando num caixão bem feito e num túmulo seguro, depois de ter sido a sua carne encanto e prazer dos vermes...
  • 10. O triste fim de Policarpo Quaresma  Jornal do Comércio;  Policarpo Quaresma: um nacionalista quixotesco;  Projetos:  Projeto Cultural  Projeto Agrícola  Projeto Político  Real X Ideal;  Desilusão.
  • 11. O triste fim de Policarpo Quaresma  Iria morrer, quem sabe se naquela noite mesmo? E que tinha ele feito de sua vida? Nada. Levara toda ela atrás da miragem de estudar a pátria, por amá-la e querê-la muito, no intuito de contribuir para a sua felicidade e prosperidade. Gastara sua mocidade nisso, a sua virilidade também; e, agora que estava na velhice, como ela o recompensava, como ela o premiava, como ela o condecorava? Matando-o. E o que não deixara de ver, de gozar, de fruir, na sua vida? Tudo. Não brincara, não pandegara, não amara - todo esse lado da existência que parece fugir um pouco à sua tristeza necessária, ele não vira, ele não provara, ele não experimentara.  Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem... Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada... O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suas cousas de tupi, do folk-lore, das suas tentativas agrícolas... Restava disso tudo em sua alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma!  O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a mofa, o escárnio; e levou-o à loucura. Uma decepção. E a agricultura? Nada. As terras não eram ferazes e ela não era fácil como diziam os livros. Outra decepção. E, quando o seu patriotismo se fizera combatente, o que achara? Decepções. Onde estava a doçura de nossa gente? Pois ele não a viu combater como feras? Pois não a via matar prisioneiros, inúmeros? Outra decepção. A sua vida era uma decepção, uma série, melhor, um encadeamento de decepções.  A pátria que quisera ter era um mito; era um fantasma criado por ele no silêncio do seu gabinete. Nem a física, nem a moral, nem a intelectual, nem a política que julgava existir, havia.
  • 13.
  • 14. Vida:  1866-1909 no Rio de Janeiro  Militar(exercito), engenheiro e jornalista.
  • 15. Obras:  Os Sertões  Peru versus Bolívia  Contrastes e confrontos  A margem da história  Canudos – diário de uma publicação
  • 16. Características e temática  Determinismo –  Desejo de mostrar o relação de Brasil aos brasileiros condicionamento  Crítica a realidade entre paisagem e social e econômica; homem;  Condições de  Cientificismo; abandono do  Linguagem próxima sertanejo; do jornalismo  História do Brasil.
  • 17. Embasamento científico:  A terra: características do sertão nordestino – clima, composição do solo, relevo, vegetação.  O homem: retrato do sertanejo. Antônio Conselheiro  Meio (geografia)  Raça (hereditariedade)  Momento histórico (cultura)  A luta: narração da luta entre tropas oficiais. Descrição da queda de Canudos.
  • 18. Aspectos humanos  O mito do beato que veio salvar os sertanejos.
  • 19. Os sertões – Euclides da Cunha  Ali chegou, como em toda a parte, desconhecido e suspeito, impressionando pelos trajes esquisitos — camisolão azul, sem cintura; chapéu de abas largas derrubadas, e sandálias. Às costas um surrão de couro em que trazia papel, pena e tinta, a Missão Abreviada e as Horas Marianas.  Vivia de esmolas, das quais recusava qualquer excesso, pedindo apenas o sustento de cada dia. Procurava os pousos solitários. Não aceitava leito algum, além de uma tábua nua e, na falta desta, o chão duro.  Assim pervagou largo tempo, até aparecer nos sertões, ao norte da Bahia. Ia-lhe crescendo o prestígio. Já não seguia só. Encalçavam-no na rota desnorteada os primeiros fiéis. Não os chamara. Chegavam-lhe espontâneos, felizes por atravessarem com ele os mesmos dias de provações e misérias.  Eram, no geral, gente ínfima e suspeita, avessa ao trabalho, farândula de vencidos da vida, vezada à mandria e à rapina.  Um dos adeptos carregava o templo único, então, da religião minúscula e nascente: um oratório tosco, de cedro, encerrando a imagem do Cristo.  Nas paradas pelos caminhos prendiam-no a um galho de árvore; e, genuflexos, rezavam. Entravam com ele, triunfalmente erguido, pelos vilarejos e povoados, num coro de ladainhas.  Assim se apresentou o Conselheiro, em 1816, na vila do Itapicuru-de-Cima. Já tinha grande renome
  • 20. A guerra do fim do mundo – Mário Vargas Llosa  O homem era alto e tão magro que parecia sempre de perfil. Sua pele era escura, seus ossos proeminentes e seus olhos ardiam com fogo perpétuo. Calçava sandálias de pastor e a túnica azul de brim que lhe caía sobre o corpo lembrava o hábito desses missionários que, de quando em quando, visitavam os povoados do sertão batizando multidões de crianças e casando os amancebados. Era impossível saber sua idade, sua procedência, sua história, mas algo havia em seu aspecto tranqüilo, em seus costumes frugais, em sua imperturbável seriedade que, mesmo antes de dar conselhos, atraía as pessoas.  Aparecia de improviso, no princípio sozinho, sempre a pé, coberto pelo pó do caminho, a cada certo número de semanas, de meses. Sua alta silhueta destacava-se na luz crepuscular ou nascente, enquanto atravessava a única rua do povoado, a grandes trancos, com uma espécie de urgência. Avançava decididamente entre as cabras que tilintavam, entre cães e crianças que lhe abriam caminho e o olhavam com curiosidade, sem responder ao cumprimento das mulheres que já o conheciam e faziam reverências e se apressavam a lhe trazer jarras de leite de cabra e pratos de feijão com farinha.
  • 21. Euclides X Bilac  Canudos não se rendeu.  Enfim, arrasada a cidadela Exemplo único em toda a maldita! Enfim, dominado o história, resistiu até ao antro negro, cavado no centro esgotamento completo. do adusto sertão, onde o Expugnado palmo a palmo, na Profeta das longas barbas precisão integral do termo, sujas concentrava a sua força caiu no dia 5, ao entardecer, diabólica, feita de fé e de quando caíram os seus patifaria, alimentada pela últimos defensores, que todos superstição e pela rapinagem! morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5 mil soldados.
  • 22. Sobradinho: Sá & Guarabyra  O homem chega, já desfaz a natureza  Tira a gente, põe represa, diz que tudo vai mudar  O São Francisco lá prá cima da Bahia  Diz que dia menos dia vai subir bem devagar  passo a passo vai cumprindo a profecia  Do beato que dizia que o sertão ia alagar  O sertão vai virar mar, dá no coração  O medo que algum dia o mar também vire sertão  Vai virar mar, dá no coração  O medo que algum dia o mar também vier sertão  Adeus Remanso, Casa Nova, Santo Sé  Adeus Pilão Arcado, vem o rio te engolir  Debaixo d'água lá se vai a vida inteira  Por cima da cachoeira o Gaiola vai subir  Vai ter barragem no salto do Sobradinho  E o povo vai se embora com medo de se afogar ...  Remanso, Casa Nova, Santo Sé, Pilão Arcado,  Sobradinho adeus, adeus
  • 23. Vale muito a pena ver!!!