1. Qualidade de ensino em EAD, a inexistência de dados
atualizados.
Sandra Ap. Ribeiro Ossada
RA-2229528802
Resumo
À medida que a Educação a distância vem crescendo no país e a com falta de
referências de qualidade que permitam nortear os cursos disponibilizados e
com a desatualização torna-se evidente que cabe a cada Instituição de ensino
aferir se a qualidade ofertada é suficiente para atender a demanda e a
satisfação dos alunos. A modalidade EAD tem os mesmos objetivos da
educação tradicional, diferenciando-se apenas na utilização de ferramentas,
especialmente a tecnologia da informação e telemática que para disponibilizar
os conteúdos midiáticos, substituindo os tradicionais giz e lousa.
Cabe ao Ministério de Educação (MEC), dar parâmetros de avaliação da EAD
no Brasil, através de leis e portarias, no entanto esses parâmetros através da
portaria específica para oferecimento de cursos a distância : Portaria Normativa
nº 2 , de 10 de janeiro de 2007 nunca foi atualizada. Com isso, para a aferição
da qualidade de ensino ofertado torna-se necessário que cada Instituição de
2. Ensino desenvolva ferramentas que proporcionem a verificação instantânea
dos serviços ofertados.
Palavras chave
Qualidade de serviços ofertados, recursos midiáticos, qualidade em EAD.
Introdução
A Educação a Distância (EAD) é uma modalidade em constante evolução e
que tem crescido muito nos últimos anos, estima-se que em 2011 o número de
alunos matriculados nesta modalidade seja superior a três milhões de alunos,
sugerido pela evolução do triênio 2007- 2009 (ABED, 2010). Aferir a qualidade
de ensino torna-se então um mecanismo fundamental para verificar a qualidade
dos cursos ofertados. Para que esse objetivo seja aferido torna-se necessário o
desenvolvimento ferramentas que proporcionem uma melhor verificação da
qualidade de ensino e constante divulgação dos resultados.
Fundamentação Teórica
À medida que a modalidade de ensino a distância vem se desenvolvendo, seja
através de novas ferramentas,como novos recursos midiáticos, concepção de
aprendizagem entre outros, uma questão que ainda irá levar a diversas
discussões são as relativas à qualidade em EAD. Os indicadores de
referencial de qualidade sugeridos seja pelo órgão responsável pela regulação
em EAD ou ainda as sugeridas pelos especialistas são suficientes para que
possamos realmente avaliar a qualidade das centenas ou milhares de cursos
disponibilizados na atualidade?
Cabe ao Ministério da Educação (MEC), através de leis e portarias regulares
avaliar o funcionamento da EAD no Brasil, definindo-se critérios e ferramentas
de parâmetros para aferição da qualidade, embora os referenciais estejam
eqüidistantes da realidade e não sejam reguladores, servindo apenas como
norteadores, em uma versão preliminar desde 2007 (MEC, 2007). Diante deste
fato, torna-se necessário que dados mais atualizados sejam apresentados para
que então possamos ter uma melhora continua nos referenciais de qualidade.
Com a ausência de um referencial atualizado, cabem então as Instituições de
Ensino que atuam na modalidade EAD, aferir sua própria qualidade de ensino.
Segundo Oliveira e Rossini (2010), a EAD está alicerçada em três pilares:
material didático, da tutoria e de uma avaliação contínua atendendo a uma
única pessoa, em um cenário, na qual o tutor, segundo Moran (2003), passa a
exercer o papel do ator que facilita, incentiva ou motiva o aprendiz.
O material didático deve prover a autonomia do estudante, através de
ferramentas da tecnologia da Informação, para que proporcione ao estudante
3. uma total interação e que o mesmo possa receber todas as concepções de
aprendizagem, através de uma linguagem apropriada para a aprendizagem
(MAIA, 2003). Seja através de recursos midiáticos, que segundo Meksenas
(2001), define material didático como um ambiente ou obra, escrita ou
organizada, “com a finalidade específica de ser utilizada numa situação
didática”, e que Fleming (2004), define que o material didático para EAD
configura-se como um conjunto de mídias (impresso, audiovisuais e
informáticos), no qual os conteúdos apresentam-se de forma dialógica e
contextualizada, favorecendo uma aprendizagem significativa permitindo uma
avaliação da aprendizagem.
As Instituições de Ensino (IES) devem então fazer uma constante avaliação
dos serviços ofertados aferindo-se assim a qualidade de ensino e a satisfação
dos estudantes.
Considerações finais
Observamos que os indicadores de qualidade de ensino que deveriam ser
norteados pelo MEC se encontram defasados e se torna evidente a
necessidade de dados estatísticos atualizados para que possamos nortear com
mais eficácia os referenciais de qualidade das ofertas da EAD no Brasil. Com a
carência dos referenciais, cabe as IES criar ferramentas que proporcione a
auto-avaliação para fornecer serviços de alta qualidade, proporcionando ao
estudante todas as ferramentas para que a tríade da EAD seja atingida.
A auto-avaliação institucional deve assumir um caráter de verificação das
necessidades dos agentes que interatuam na EAD, sendo o aluno o agente
principal.
Referencias Bibliográficas
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Brasil. Disponível em:
http://www.abed.org.br/censoead/CensoEaDbr0809_portugues.pdf
FLEMING. D. M. “Desenvolvimento de Material Didático para Educação a
Distância no contexto da Educação Matemática”. São Paulo, 2004. Disponível
em: www.abed.org.br.
MAIA. Marta de C. “O Uuso da Tecnologia da Informação Para a Educação a
Distancia no Ensino Superior”. Tese de Doutorado. FGV:2003. Disponivel em:
http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/2463/74603.pdf?se
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MEC. “Referenciais de Qualidade Para Educação Superior a Distancia”.
Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf>.
4. MEKSENAS, P. “O uso do material didático e a pedagogia da comunicação”.
In: PENTEADO, H. D. Pedagogia da Comunicação: teoria e práticas. 2. ed.
São Paulo: Cortez, 2001.
MORAN. José M. “Gestão Inovadora da Escola com Tecnologias”. In: VIEIRA,
Alexandre (org.). Gestão educacional e tecnologia. São Paulo, Avercamp,
2003.
OLIVEIRA. Adilaurinda R. e ROSSINI. Alessandro M. “Um Indicador para a
Qualidade em EAD”. 16° CIAED Congresso Internacional ABED de Educação a
Distância. Foz do Iguaçu 2010. Disponível em:
http://www.abed.org.br/congresso2010/cd/252010094805.pdf