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Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
X Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste – São Luis, MA – 12 a 14 de junho de 2008.
1
LUPA: JORNALISMO EXPERIMENTAL EM REVISTA1
Samuel BARROS2
Alice VARGAS3
Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA
RESUMO
A Lupa é uma revista impressa laboratorial da Faculdade de Comunicação da Universidade
Federal da Bahia (Facom-UFBA) produzida por estudantes da disciplina Temas Especiais
em Jornalismo Impresso, o que a caracteriza como um espaço para experimentação e
aprendizagem. A realização dessa publicação tem como objetivos divulgar a produção dos
alunos do curso de Comunicação da UFBA, estimular a produção de textos, criar um elo
entre a teoria e a prática do jornalismo e da produção cultural, através de um produto
laboratorial, bem como colocar em circulação um produto editorial não comercial dirigido à
juventude universitária. Dentro das características do jornalismo de revista, busca-se uma
identificação temática e visual com o público jovem universitário, compreendido como o
grupo etário entre 17 e 25 anos.
PALAVRAS-CHAVE: design editorial; jornalismo experimental; jornalismo impresso;
jornalismo de revista.
INTRODUÇÃO
A Revista-Laboratório Lupa estabelece como premissa de sua linha editorial a busca
por um jornalismo crítico, apartidário e pluralista; didático, mas não entediante. Que sirva
de canal de comunicação com o entorno universitário. Que combine entretenimento com
um texto inteligente. Embora seja um produto institucional, propicia a autonomia do
processo editorial. Tratando-se de um produto laboratorial, privilegia a experimentação e a
criatividade, dentro do horizonte dos formatos tradicionais da mídia impressa. O gênero
revista e a periodicidade semestral propiciam um jornalismo investigativo, que fuja das
simplificações, que jogue com as múltiplas possibilidades de linguagens (textos, gêneros e
elementos visuais), que supere a inevitável superficialidade e a fragmentação do jornalismo
diário.
1
Trabalho submetido ao XIX Expocom, na categoria B Jornalismo, modalidade processo, como representante da Região
Nordeste.
2
Estudante do 3º Semestre do Curso de Comunicação com habilitação em Jornalismo da Facom-Ufba e monitor da
disciplina Temas Especiais em Jornalismo Impresso. email: samuel.barros77@gmail.com.
3
Orientadora do trabalho. Editora de Arte da Revista Lupa, especialista em Design Gráfico e de Interfaces, email:
avargas002@gmail.com.
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O público ao qual está dirigida a revista não pode ser caracterizado como
homogêneo, apesar de um claro enfoque em jovens entre 17 e 25 anos. Privilegia-se o
diálogo com todos os jovens que cursam carreiras universitárias, sejam da UFBA ou de
outras instituições. A transformação dos modelos de negócio da educação privada fez
crescer em proporções enormes a quantidade de jovens que acessam o ensino superior. A
categoria “jovem universitário” implica uma série díspar de jovens com interesses, classe
social, tribo, idade, ideologias e cultura, mas com inquietações transversais no que se refere
a certos temas: a análise da situação educativa, política, social e cultural; a informação
sobre lazer e entretenimento, análise da mídia, da arte, da cultura e da moda.
O leitor modelo pensado pela Revista-Laboratório é um jovem interessado nas
questões de atualidade e nas questões sociais; na cultura e na sociedade onde vive. More na
periferia ou no centro da cidade, pretende tirar o máximo proveito da sua condição de
estudante e sente curiosidade por aprender. Gosta de assistir TV, mas não dispensa uma boa
leitura. Conscientes da fragmentação da cultura juvenil em tribos diferenciadas por
vestuário, gostos musicais e ideologias, pretende-se atingir um campo amplo, mas unificado
pelos motes temáticos - educação, comunicação, arte, entretenimento, cultura e sociedade,
que reflitam a diversidade da cultura juvenil.
Esses temas são abordados nas editorias respectivas, respeitando-se as diferenças,
também, no interior do processo produtivo, considerando a diversidade dos estudantes de
jornalismo que compõem a turma. De alguma forma, essa diversidade na produção dos
alunos, na medida em que possa ser orientada e polida numa plataforma de consensos no
que se refere ao projeto editorial, também vai refletir a diversidade do público leitor.
A captação de recursos via patrocínios e publicidade é estimulada, prestando
atenção para a linha editorial da revista, e na medida em que não vão de encontro com esta.
Para isto, reservam-se apenas as contracapas e capas internas como espaços exclusivamente
publicitários, independentes das páginas com conteúdo jornalístico. Cabe destacar que a
impressão é custeada integramente pela UFBA.
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2. OBJETIVO
• Publicar uma Revista-Laboratório, semestral, vinculada aos cursos de Jornalismo e
Produção Cultural da Facom-UFBA.
Objetivos específicos:
• Divulgar a produção dos alunos do curso de Comunicação da Faculdade de
Comunicação/UFBA;
• Estimular a produção de textos dos alunos do curso de Jornalismo da Faculdade de
Comunicação/UFBA;
• Criar um elo entre a teoria e a prática do jornalismo e da produção cultural, através
de um produto laboratorial;
• Colocar em circulação um produto editorial não comercial dirigido à juventude
universitária.
3. JUSTIFICATIVA
A publicação de uma Revista-Laboratório da Facom-UFBA vem a consolidar um
desejo antigo da instituição de participar ativamente, no âmbito das publicações
jornalísticas da cidade, registrando a vida sócio-cultural de Salvador, assim como de
divulgar as ações do nosso corpo discente de forma ampla e irrestrita à comunidade
soteropolitana. Trata-se de uma publicação semestral que aborda assuntos diversos relativos
à educação, à cultura e a temas que compõem a atualidade, tratados do ponto de vista de
quem produz a revista: estudantes universitários de uma instituição federal, engajados num
espaço acadêmico público e, portanto, comprometidos com a promoção da cidadania em
tudo aquilo sobre o que o jornalismo tem a dizer.
A Revista-Laboratório Lupa vem cumprir duas missões. Por uma parte, atende o
objetivo acadêmico de vincular teoria e prática do jornalismo, dando a possibilidade aos
alunos de conhecer e participar dos processos típicos do jornalismo impresso, desde o
planejamento, a produção, edição e distribuição no seu âmbito de influência. Isto implica a
necessidade de apropriação das linguagens típicas dos meios impressos e a reflexão crítica
permanente sobre o fazer profissional, indispensáveis na formação do jornalista. A segunda
missão tem a ver com a especificidade do produto: em se tratando de uma publicação
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periódica não lucrativa, pretende ser um espaço de difusão, reflexão e crítica do espaço
social que lhe dá inserção, estabelecendo elos entre a Universidade Federal e a cidade, entre
a faculdade e a população jovem da Região Metropolitana de Salvador, e cujo guia é a
responsabilidade social. Observa-se que as muitas revistas para jovens que estão em
circulação no mercado editorial sustentam as marcas de uma cultura mercantilizada que
estimula o consumo não reflexivo e que, por seu caráter comercial, divulgam valores e
ideologias que respondem apenas aos interesses dos grupos editores.
Todavia, justifica a existência desta Revista-Laboratório o fato de não haver, na
recente história da instituição, uma publicação de tal porte vinculada a uma disciplina,
havendo-se concentrado, tradicionalmente, todos os esforços institucionais na publicação do
jornal-laboratório. Apenas o grupo Petcom vem realizando uma revista impressa, anual, a
Fraude, realizada pelos bolsistas. Já a Lupa, vinculada a Temas Especiais em Jornalismo
Impresso, abre o leque de ofertas pedagógicas para seu corpo discente, possibilitando o
aprendizado de mais um tipo de meio de comunicação, mais um tipo de gênero e de
linguagem.
4. MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS
Rotinas produtivas da Lupa
A dinâmica de produção da Lupa se assemelha a uma redação, com funções para
cada um dos membros da disciplina, a saber:
a) Editora Chefe (Professora da disciplina Temas Especiais em Jornalismo Impresso), cujas
atribuições são:
- Coordenar todas as etapas da produção e edição, da discussão e preparação da
pauta, até o fechamento, trabalhando diretamente com os editores;
- Ler todos os textos e coordenar as revisões;
- Pensar a revista, seu contexto e expressão final;
- Dar as linhas da edição da revista de acordo com o projeto editorial;
- Escrever a carta aos leitores e o editorial;
- Escrever o índice e o expediente;
- Supervisar títulos, subtítulos, legendas, olhos, fotografias, etc.;
- Avaliar o trabalho da equipe;
- Planejar a distribuição da revista.
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b) Editora de Arte, cujas atribuições são:
- Integrar e organizar a equipe de diagramação;
- Conferir ao produto final uma identidade visual, respeitando o projeto gráfico;
- Promover a convergência das diversas linguagens que compõem o produto (fotos,
textos, ilustrações, infográficos, tabelas, etc.);
- Viabilizar a concepção hierárquica da notícia, feita por cada editor, com a
utilização dos recursos da programação visual;
- Preparar os arquivos para impressão na gráfica;
- Coordenar aspectos técnicos com a gráfica.
c) Editor de Fotografia, cujas atribuições são:
- Selecionar o ensaio fotográfico da seção Impressões e editar as fotografias. A Lupa
atua em parceria com o Laboratório de Fotografia (Labfoto) da Facom-UFBA.
- Orientar os alunos-editores na área de fotografia.
d) Diagramadores. Normalmente são alunos ou monitores, supervisados pela editora de
arte. Suas atribuições são:
- Diagramar a revista, seguindo orientações do Manual de Diagramação da Lupa;
- Criar formas interessantes e criativas para dispor os textos, fotos, ilustrações,
infográficos, títulos e legendas nas páginas da revista;
- Ter conhecimentos em software de editoração como InDesign, Photoshop,
Ilustrator, Corel Draw.
e) Editores. Para cada editoria temática da revista, escolhem-se alunos-editores, que
trabalham em coordenação com a editora-chefe. Há um editor para cada uma das editorias
previstas no projeto editorial:
- Circo Urbano (comportamento)
- Prova dos Nove (educação),
- Passepartout (arte),
- Cubo Mágico (literatura, ensaio),
- Meio e Mensagem (comunicação, tecnologias da informação),
- Impressões (ensaio fotográfico).
São atribuições dos alunos-editores da Lupa:
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- Distribuir as pautas;
- Acompanhar o desenvolvimento da pautas;
- Manter contato com repórteres e editor-chefe;
- Derrubar uma pauta ou matéria e, se for o caso, sugerir outra, com o aval do editor-
chefe;
- Supervisar o cronograma de entrega das pautas e matérias
- Sugerir uma identidade visual para as matérias;
- Avaliar o trabalho da própria equipe;
- Supervisar a criação de títulos, legendas, olhos, créditos, etc.
f) Repórteres. Todos os alunos da disciplina Temas Especiais em Jornalismo Impresso são
repórteres. São atribuições dos repórteres da Lupa, subordinados ao editor:
- Sugerir pautas para si e para o conjunto da redação;
- Apurar e redigir as matérias de acordo com os critérios acordados;
- Utilizar os templates da Lupa, de acordo com o tipo de matéria (artigo, reportagem,
entrevista)
- Fazer correções solicitadas pelo revisor ou editor;
- Acompanhar a edição da matéria fazendo títulos, legendas, olhos, etc;
- Fazer revisão de textos;
- Planejar e/ou produzir fotos e imagens, em comum acordo com fotógrafos,
ilustradores e editores;
- Participar das reuniões de pauta, reuniões com os repórteres de sua editoria e
avaliações;
O Processo:
Reunião de Pauta
O objetivo da reunião de pauta é discutir e decidir quais as matérias estarão
presentes na próxima edição da Lupa. Nela decide-se quais repórteres cobrirão as matérias
pautadas e a abordagem inicialmente prevista para cada uma delas. A pauta da Lupa deverá
ter:
1. tema/editoria; 2. evento vinculado; 3. enfoque/contexto, objetivo (informação exaustiva,
contendo: pertinência e oportunidade da matéria; história, contextualização; como a mídia
tem tratado o tema; qual a diferença do tratamento que será dado); 4. exigências para a
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cobertura (credenciais, traje, etc); 5. descrição das fontes e contatos, com telefones, e-mails,
sites, etc., descrevendo o que cada fonte aporta para o objetivo da matéria; 6. recursos e
equipamentos (fotografia). 7. Anexo com textos de apoio (didáticos ou explicativos, de
outros meios ou não).
Reunião de Editoria (posterior à reunião de pauta)
Separados por Editoria, participam dessa reunião os repórteres e seus respectivos
editores. Neste momento, o repórter explica como está o andamento da apuração, o que já
foi feito, com quem falou e o que falta para concluir. É também nesta reunião que os
editores decidem quais matérias merecem mais espaço e mais destaque e se desenha o
primeiro esboço da revista (o que entra em cada página, em cada editoria, se tem foto ou
ilustração, qual espaço). Também são discutidas quais as matérias que cairão e a tendência
da revista que está sendo produzida, em termos de linha editorial.
Edição, revisão e fechamento
Na reunião de edição (com a participação de todos os editores, da editora-chefe e de
arte) se decide a hierarquia das matérias, a distribuição espacial de texto e imagem, com
base no projeto editorial e no projeto gráfico. Depois, as matérias são diagramadas. Uma
vez realizada a diagramação e a primeira boneca impressa, parte-se para a revisão. Após
revisão da boneca impressa, prepara-se o arquivo para a gráfica.
Distribuição
A Lupa, com uma tiragem de 4 mil unidades, é distribuída gratuitamente em locais
estratégicos em Salvador e na Região Metropolitana, tais como faculdades de comunicação,
espaços culturais, cafés e livrarias, além das unidades da UFBA. A abrangência geográfica
da distribuição da revista (Salvador e Região Metropolitana) tem a ver com a linha editorial.
Salvador não acaba na avenida Paralela, nem acontece apenas nos shopping centers, locais
privilegiados de consumo desse grupo etário. A juventude de Salvador e da RMS circula
por toda a cidade; estuda, trabalha e se diverte em Salvador e na RMS, mas também cria
espaços próprios, longe do “centro” da cidade: bares e botecos, clubes, atividades culturais
e esportivas, locais de lazer e empreendimentos culturais diversos acontecem em toda a
cidade e nem sempre são considerados pela grande mídia. Ao reconhecer essa variedade de
circuitos, a revista pretende democratizar sua distribuição.
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5. DESCRIÇÃO DO PRODUTO
A revista Lupa tem tamanho A4, com capa da revista (04 páginas) em papel couché
fosco, 180g, 4x4 cores, e 32 páginas (miolo) em papel couché fosco, 110g, 1x1 cor, folha
solta, encadernação canoa. Periodicidade semestral, tiragem de quatro mil exemplares e
distribuição gratuita.
Projeto Gráfico
No projeto gráfico editorial da Lupa, a publicação é visualizada como um produto
tridimensional (um objeto harmonioso), resultado do estilo que é definido para a peça
como um todo, assim como um projeto página a página, resultado do layout de cada
matéria. A unidade de diagramação da Lupa é dada pela “simplicidade unificadora do
princípio ao fim”, constante em todas as páginas de cada edição, e mantida em outras
edições, desde a capa. É definida pelos elementos repetidos na revista: malha gráfica,
espaços, tipografia/estilos, adornos, elementos repetidos no mesmo local, pictograma criado
para cada editoria, tratamento da caixa de informações, alinhamento do texto, enfim, a arte
fixa.
Ao mesmo tempo, cada página permite uma flexibilidade para variar de acordo com
a especificidade de cada matéria, de forma a tornar aquela área explorável pelos editores.
Cada texto tem uma “voz”, isto é, a emoção da matéria, que pode ser expressa através da
tipografia do título e da composição da página, utilizando ilustrações, estampas, fotografias
e infográficos desenvolvidos por estudantes e profissionais convidados a participar da
revista.
As limitações monocromáticas do miolo da revista são um desafio aos
diagramadores, incentivados a utilizar artifícios que despertem a curiosidade dos jovens
leitores, sem o uso de cores – enfatizar através do tamanho, forma, contraste, isolamento,
variação da percentagem de preto, utilização de imagens, quebra da matéria em sub-
componentes (titulo, subtítulos, texto, caixas) e espaços em branco.
Revistas como a “Senhor”, “Bravo”, “Simples” e “ABC Design” foram referências
para a construção da identidade visual da Lupa.
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A seguir, as capas da revista, do número 1 ao 4, em ordem cronológica:
Lupa 1, 2006 Lupa 2, 2006
Lupa 3, 2007 Lupa 4, 2008
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Exemplos de editoração das páginas da Lupa:
Lupa 2, editoria Impressões Lupa 2, editoria Passepartout
Lupa 3, editoria Circo Urbano Lupa 3, editoria Cubo Mágico
Lupa 4, editoria Meio e Mensagem Lupa 4, editoria Passepartout
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11
6. CONSIDERAÇÕES
O mercado de revistas na Bahia é bem restrito. Poucas publicações conseguem, por
motivos negativos diversos, se manter enquanto negócio editorial. Entre as revistas que
tiveram destaque na imprensa baiana podemos citar a Única (década de 1950), Liderança
(década de 1970), Exclusiva (década de 1980), Neón (década de 1990). Em 2008, a revista
semanal Muito, encartada no A Tarde, jornal de maior circulação do norte-nordeste, surge
como uma revista baiana de maior tiragem. Neste cenário, a revista Lupa, desde 2006, vem
se consolidando como publicação acadêmica e baiana. Enquanto revista laboratorial, busca
qualidade profissional em todo o processo de produção, contando com um Manual de
Redação, um Manual de Diagramação, templates para textos e template de estrutura da
revista.
REFERÊNCIAS
BUCCI, Eugênio. Sobre ética na imprensa. São Paulo: Cia das Letras, 2000.
COIMBRA, Oswaldo. O texto da reportagem impressa. Um curso sobre sua estrutura. São Paulo:
Ática, 2004.
EDITORA ABRIL. A Revista no Brasil. São Paulo: Ed. Abril, 2000.
ERBOLATO, Mário. Técnicas de codificação em Jornalismo. Redação, captação e edição no
jornal diário. São Paulo: Ática, 2004.
FOLHA DE SÃO PAULO. Manual de redação. São Paulo: Publifolha, 2005.
FORTES, Leandro. Jornalismo Investigativo. São Paulo: Contexto, 2005
HOMEM DE MELO, Chico (org.). Design de revistas: Senhor está para a ilustração assim como
Realidade está para a fotografia. In: O design gráfico brasileiro Anos 60. São Paulo: Cosac &
Naify, 2006. 98-187 p.
KOTSCHO, Ricardo. A prática da reportagem. São Paulo: Ática, 2005.
LOPES, Dirceu Fernandes; PROENÇA, José Luiz (org.) Jornalismo investigativo. São Paulo:
Publisher Brasil, 2003.
MEDINA, Cremilda. A arte de tecer o presente. Narrativa e cotidiano. São Paulo: Summus, 2003.
MEDINA, Cremilda. Notícia: um produto à venda. São Paulo: Summus, 1988.
NOBLAT, Ricardo. A arte de fazer um jornal diário. São Paulo: Contexto, 2004.
PEREIRA, Wellington. Crônica: arte do útil e do fútil. Salvador: Calandra, 2004.
SCALZO, Marília. Jornalismo de Revista. São Paulo: Contexto, 2004.
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
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12
SEQUEIRA, Cleope Monteiro. Jornalismo Investigativo. São Paulo: Summus, 2005.
SODRÉ, Muniz; FERRARI, Maria Helena. Técnica de reportagem. Notas sobre a narrativa
jornalística. São Paulo, Summus, 1986.
REVISTA LUPA. Manual de Redação da Revista Lupa. Faculdade de Comunicação da UFBA.
Inédito.
UNIVERSIDADE DE BRASILIA. Manual de Redação, Jornal Laboratório Campus. Disponível
em: <http://jornalcampus.yawl.com.br/manual.php?secao_man=secr>. Acesso em: 5 abril
2008.
VILAS-BOAS, Sérgio. Perfis e como escrevê-los. SP: Summus, 2003.

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LUPA: JORNALISMO EXPERIMENTAL EM REVISTA

  • 1. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação X Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste – São Luis, MA – 12 a 14 de junho de 2008. 1 LUPA: JORNALISMO EXPERIMENTAL EM REVISTA1 Samuel BARROS2 Alice VARGAS3 Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA RESUMO A Lupa é uma revista impressa laboratorial da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Facom-UFBA) produzida por estudantes da disciplina Temas Especiais em Jornalismo Impresso, o que a caracteriza como um espaço para experimentação e aprendizagem. A realização dessa publicação tem como objetivos divulgar a produção dos alunos do curso de Comunicação da UFBA, estimular a produção de textos, criar um elo entre a teoria e a prática do jornalismo e da produção cultural, através de um produto laboratorial, bem como colocar em circulação um produto editorial não comercial dirigido à juventude universitária. Dentro das características do jornalismo de revista, busca-se uma identificação temática e visual com o público jovem universitário, compreendido como o grupo etário entre 17 e 25 anos. PALAVRAS-CHAVE: design editorial; jornalismo experimental; jornalismo impresso; jornalismo de revista. INTRODUÇÃO A Revista-Laboratório Lupa estabelece como premissa de sua linha editorial a busca por um jornalismo crítico, apartidário e pluralista; didático, mas não entediante. Que sirva de canal de comunicação com o entorno universitário. Que combine entretenimento com um texto inteligente. Embora seja um produto institucional, propicia a autonomia do processo editorial. Tratando-se de um produto laboratorial, privilegia a experimentação e a criatividade, dentro do horizonte dos formatos tradicionais da mídia impressa. O gênero revista e a periodicidade semestral propiciam um jornalismo investigativo, que fuja das simplificações, que jogue com as múltiplas possibilidades de linguagens (textos, gêneros e elementos visuais), que supere a inevitável superficialidade e a fragmentação do jornalismo diário. 1 Trabalho submetido ao XIX Expocom, na categoria B Jornalismo, modalidade processo, como representante da Região Nordeste. 2 Estudante do 3º Semestre do Curso de Comunicação com habilitação em Jornalismo da Facom-Ufba e monitor da disciplina Temas Especiais em Jornalismo Impresso. email: samuel.barros77@gmail.com. 3 Orientadora do trabalho. Editora de Arte da Revista Lupa, especialista em Design Gráfico e de Interfaces, email: avargas002@gmail.com.
  • 2. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação X Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste – São Luis, MA – 12 a 14 de junho de 2008. 2 O público ao qual está dirigida a revista não pode ser caracterizado como homogêneo, apesar de um claro enfoque em jovens entre 17 e 25 anos. Privilegia-se o diálogo com todos os jovens que cursam carreiras universitárias, sejam da UFBA ou de outras instituições. A transformação dos modelos de negócio da educação privada fez crescer em proporções enormes a quantidade de jovens que acessam o ensino superior. A categoria “jovem universitário” implica uma série díspar de jovens com interesses, classe social, tribo, idade, ideologias e cultura, mas com inquietações transversais no que se refere a certos temas: a análise da situação educativa, política, social e cultural; a informação sobre lazer e entretenimento, análise da mídia, da arte, da cultura e da moda. O leitor modelo pensado pela Revista-Laboratório é um jovem interessado nas questões de atualidade e nas questões sociais; na cultura e na sociedade onde vive. More na periferia ou no centro da cidade, pretende tirar o máximo proveito da sua condição de estudante e sente curiosidade por aprender. Gosta de assistir TV, mas não dispensa uma boa leitura. Conscientes da fragmentação da cultura juvenil em tribos diferenciadas por vestuário, gostos musicais e ideologias, pretende-se atingir um campo amplo, mas unificado pelos motes temáticos - educação, comunicação, arte, entretenimento, cultura e sociedade, que reflitam a diversidade da cultura juvenil. Esses temas são abordados nas editorias respectivas, respeitando-se as diferenças, também, no interior do processo produtivo, considerando a diversidade dos estudantes de jornalismo que compõem a turma. De alguma forma, essa diversidade na produção dos alunos, na medida em que possa ser orientada e polida numa plataforma de consensos no que se refere ao projeto editorial, também vai refletir a diversidade do público leitor. A captação de recursos via patrocínios e publicidade é estimulada, prestando atenção para a linha editorial da revista, e na medida em que não vão de encontro com esta. Para isto, reservam-se apenas as contracapas e capas internas como espaços exclusivamente publicitários, independentes das páginas com conteúdo jornalístico. Cabe destacar que a impressão é custeada integramente pela UFBA.
  • 3. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação X Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste – São Luis, MA – 12 a 14 de junho de 2008. 3 2. OBJETIVO • Publicar uma Revista-Laboratório, semestral, vinculada aos cursos de Jornalismo e Produção Cultural da Facom-UFBA. Objetivos específicos: • Divulgar a produção dos alunos do curso de Comunicação da Faculdade de Comunicação/UFBA; • Estimular a produção de textos dos alunos do curso de Jornalismo da Faculdade de Comunicação/UFBA; • Criar um elo entre a teoria e a prática do jornalismo e da produção cultural, através de um produto laboratorial; • Colocar em circulação um produto editorial não comercial dirigido à juventude universitária. 3. JUSTIFICATIVA A publicação de uma Revista-Laboratório da Facom-UFBA vem a consolidar um desejo antigo da instituição de participar ativamente, no âmbito das publicações jornalísticas da cidade, registrando a vida sócio-cultural de Salvador, assim como de divulgar as ações do nosso corpo discente de forma ampla e irrestrita à comunidade soteropolitana. Trata-se de uma publicação semestral que aborda assuntos diversos relativos à educação, à cultura e a temas que compõem a atualidade, tratados do ponto de vista de quem produz a revista: estudantes universitários de uma instituição federal, engajados num espaço acadêmico público e, portanto, comprometidos com a promoção da cidadania em tudo aquilo sobre o que o jornalismo tem a dizer. A Revista-Laboratório Lupa vem cumprir duas missões. Por uma parte, atende o objetivo acadêmico de vincular teoria e prática do jornalismo, dando a possibilidade aos alunos de conhecer e participar dos processos típicos do jornalismo impresso, desde o planejamento, a produção, edição e distribuição no seu âmbito de influência. Isto implica a necessidade de apropriação das linguagens típicas dos meios impressos e a reflexão crítica permanente sobre o fazer profissional, indispensáveis na formação do jornalista. A segunda missão tem a ver com a especificidade do produto: em se tratando de uma publicação
  • 4. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação X Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste – São Luis, MA – 12 a 14 de junho de 2008. 4 periódica não lucrativa, pretende ser um espaço de difusão, reflexão e crítica do espaço social que lhe dá inserção, estabelecendo elos entre a Universidade Federal e a cidade, entre a faculdade e a população jovem da Região Metropolitana de Salvador, e cujo guia é a responsabilidade social. Observa-se que as muitas revistas para jovens que estão em circulação no mercado editorial sustentam as marcas de uma cultura mercantilizada que estimula o consumo não reflexivo e que, por seu caráter comercial, divulgam valores e ideologias que respondem apenas aos interesses dos grupos editores. Todavia, justifica a existência desta Revista-Laboratório o fato de não haver, na recente história da instituição, uma publicação de tal porte vinculada a uma disciplina, havendo-se concentrado, tradicionalmente, todos os esforços institucionais na publicação do jornal-laboratório. Apenas o grupo Petcom vem realizando uma revista impressa, anual, a Fraude, realizada pelos bolsistas. Já a Lupa, vinculada a Temas Especiais em Jornalismo Impresso, abre o leque de ofertas pedagógicas para seu corpo discente, possibilitando o aprendizado de mais um tipo de meio de comunicação, mais um tipo de gênero e de linguagem. 4. MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS Rotinas produtivas da Lupa A dinâmica de produção da Lupa se assemelha a uma redação, com funções para cada um dos membros da disciplina, a saber: a) Editora Chefe (Professora da disciplina Temas Especiais em Jornalismo Impresso), cujas atribuições são: - Coordenar todas as etapas da produção e edição, da discussão e preparação da pauta, até o fechamento, trabalhando diretamente com os editores; - Ler todos os textos e coordenar as revisões; - Pensar a revista, seu contexto e expressão final; - Dar as linhas da edição da revista de acordo com o projeto editorial; - Escrever a carta aos leitores e o editorial; - Escrever o índice e o expediente; - Supervisar títulos, subtítulos, legendas, olhos, fotografias, etc.; - Avaliar o trabalho da equipe; - Planejar a distribuição da revista.
  • 5. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação X Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste – São Luis, MA – 12 a 14 de junho de 2008. 5 b) Editora de Arte, cujas atribuições são: - Integrar e organizar a equipe de diagramação; - Conferir ao produto final uma identidade visual, respeitando o projeto gráfico; - Promover a convergência das diversas linguagens que compõem o produto (fotos, textos, ilustrações, infográficos, tabelas, etc.); - Viabilizar a concepção hierárquica da notícia, feita por cada editor, com a utilização dos recursos da programação visual; - Preparar os arquivos para impressão na gráfica; - Coordenar aspectos técnicos com a gráfica. c) Editor de Fotografia, cujas atribuições são: - Selecionar o ensaio fotográfico da seção Impressões e editar as fotografias. A Lupa atua em parceria com o Laboratório de Fotografia (Labfoto) da Facom-UFBA. - Orientar os alunos-editores na área de fotografia. d) Diagramadores. Normalmente são alunos ou monitores, supervisados pela editora de arte. Suas atribuições são: - Diagramar a revista, seguindo orientações do Manual de Diagramação da Lupa; - Criar formas interessantes e criativas para dispor os textos, fotos, ilustrações, infográficos, títulos e legendas nas páginas da revista; - Ter conhecimentos em software de editoração como InDesign, Photoshop, Ilustrator, Corel Draw. e) Editores. Para cada editoria temática da revista, escolhem-se alunos-editores, que trabalham em coordenação com a editora-chefe. Há um editor para cada uma das editorias previstas no projeto editorial: - Circo Urbano (comportamento) - Prova dos Nove (educação), - Passepartout (arte), - Cubo Mágico (literatura, ensaio), - Meio e Mensagem (comunicação, tecnologias da informação), - Impressões (ensaio fotográfico). São atribuições dos alunos-editores da Lupa:
  • 6. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação X Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste – São Luis, MA – 12 a 14 de junho de 2008. 6 - Distribuir as pautas; - Acompanhar o desenvolvimento da pautas; - Manter contato com repórteres e editor-chefe; - Derrubar uma pauta ou matéria e, se for o caso, sugerir outra, com o aval do editor- chefe; - Supervisar o cronograma de entrega das pautas e matérias - Sugerir uma identidade visual para as matérias; - Avaliar o trabalho da própria equipe; - Supervisar a criação de títulos, legendas, olhos, créditos, etc. f) Repórteres. Todos os alunos da disciplina Temas Especiais em Jornalismo Impresso são repórteres. São atribuições dos repórteres da Lupa, subordinados ao editor: - Sugerir pautas para si e para o conjunto da redação; - Apurar e redigir as matérias de acordo com os critérios acordados; - Utilizar os templates da Lupa, de acordo com o tipo de matéria (artigo, reportagem, entrevista) - Fazer correções solicitadas pelo revisor ou editor; - Acompanhar a edição da matéria fazendo títulos, legendas, olhos, etc; - Fazer revisão de textos; - Planejar e/ou produzir fotos e imagens, em comum acordo com fotógrafos, ilustradores e editores; - Participar das reuniões de pauta, reuniões com os repórteres de sua editoria e avaliações; O Processo: Reunião de Pauta O objetivo da reunião de pauta é discutir e decidir quais as matérias estarão presentes na próxima edição da Lupa. Nela decide-se quais repórteres cobrirão as matérias pautadas e a abordagem inicialmente prevista para cada uma delas. A pauta da Lupa deverá ter: 1. tema/editoria; 2. evento vinculado; 3. enfoque/contexto, objetivo (informação exaustiva, contendo: pertinência e oportunidade da matéria; história, contextualização; como a mídia tem tratado o tema; qual a diferença do tratamento que será dado); 4. exigências para a
  • 7. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação X Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste – São Luis, MA – 12 a 14 de junho de 2008. 7 cobertura (credenciais, traje, etc); 5. descrição das fontes e contatos, com telefones, e-mails, sites, etc., descrevendo o que cada fonte aporta para o objetivo da matéria; 6. recursos e equipamentos (fotografia). 7. Anexo com textos de apoio (didáticos ou explicativos, de outros meios ou não). Reunião de Editoria (posterior à reunião de pauta) Separados por Editoria, participam dessa reunião os repórteres e seus respectivos editores. Neste momento, o repórter explica como está o andamento da apuração, o que já foi feito, com quem falou e o que falta para concluir. É também nesta reunião que os editores decidem quais matérias merecem mais espaço e mais destaque e se desenha o primeiro esboço da revista (o que entra em cada página, em cada editoria, se tem foto ou ilustração, qual espaço). Também são discutidas quais as matérias que cairão e a tendência da revista que está sendo produzida, em termos de linha editorial. Edição, revisão e fechamento Na reunião de edição (com a participação de todos os editores, da editora-chefe e de arte) se decide a hierarquia das matérias, a distribuição espacial de texto e imagem, com base no projeto editorial e no projeto gráfico. Depois, as matérias são diagramadas. Uma vez realizada a diagramação e a primeira boneca impressa, parte-se para a revisão. Após revisão da boneca impressa, prepara-se o arquivo para a gráfica. Distribuição A Lupa, com uma tiragem de 4 mil unidades, é distribuída gratuitamente em locais estratégicos em Salvador e na Região Metropolitana, tais como faculdades de comunicação, espaços culturais, cafés e livrarias, além das unidades da UFBA. A abrangência geográfica da distribuição da revista (Salvador e Região Metropolitana) tem a ver com a linha editorial. Salvador não acaba na avenida Paralela, nem acontece apenas nos shopping centers, locais privilegiados de consumo desse grupo etário. A juventude de Salvador e da RMS circula por toda a cidade; estuda, trabalha e se diverte em Salvador e na RMS, mas também cria espaços próprios, longe do “centro” da cidade: bares e botecos, clubes, atividades culturais e esportivas, locais de lazer e empreendimentos culturais diversos acontecem em toda a cidade e nem sempre são considerados pela grande mídia. Ao reconhecer essa variedade de circuitos, a revista pretende democratizar sua distribuição.
  • 8. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação X Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste – São Luis, MA – 12 a 14 de junho de 2008. 8 5. DESCRIÇÃO DO PRODUTO A revista Lupa tem tamanho A4, com capa da revista (04 páginas) em papel couché fosco, 180g, 4x4 cores, e 32 páginas (miolo) em papel couché fosco, 110g, 1x1 cor, folha solta, encadernação canoa. Periodicidade semestral, tiragem de quatro mil exemplares e distribuição gratuita. Projeto Gráfico No projeto gráfico editorial da Lupa, a publicação é visualizada como um produto tridimensional (um objeto harmonioso), resultado do estilo que é definido para a peça como um todo, assim como um projeto página a página, resultado do layout de cada matéria. A unidade de diagramação da Lupa é dada pela “simplicidade unificadora do princípio ao fim”, constante em todas as páginas de cada edição, e mantida em outras edições, desde a capa. É definida pelos elementos repetidos na revista: malha gráfica, espaços, tipografia/estilos, adornos, elementos repetidos no mesmo local, pictograma criado para cada editoria, tratamento da caixa de informações, alinhamento do texto, enfim, a arte fixa. Ao mesmo tempo, cada página permite uma flexibilidade para variar de acordo com a especificidade de cada matéria, de forma a tornar aquela área explorável pelos editores. Cada texto tem uma “voz”, isto é, a emoção da matéria, que pode ser expressa através da tipografia do título e da composição da página, utilizando ilustrações, estampas, fotografias e infográficos desenvolvidos por estudantes e profissionais convidados a participar da revista. As limitações monocromáticas do miolo da revista são um desafio aos diagramadores, incentivados a utilizar artifícios que despertem a curiosidade dos jovens leitores, sem o uso de cores – enfatizar através do tamanho, forma, contraste, isolamento, variação da percentagem de preto, utilização de imagens, quebra da matéria em sub- componentes (titulo, subtítulos, texto, caixas) e espaços em branco. Revistas como a “Senhor”, “Bravo”, “Simples” e “ABC Design” foram referências para a construção da identidade visual da Lupa.
  • 9. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação X Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste – São Luis, MA – 12 a 14 de junho de 2008. 9 A seguir, as capas da revista, do número 1 ao 4, em ordem cronológica: Lupa 1, 2006 Lupa 2, 2006 Lupa 3, 2007 Lupa 4, 2008
  • 10. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação X Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste – São Luis, MA – 12 a 14 de junho de 2008. 10 Exemplos de editoração das páginas da Lupa: Lupa 2, editoria Impressões Lupa 2, editoria Passepartout Lupa 3, editoria Circo Urbano Lupa 3, editoria Cubo Mágico Lupa 4, editoria Meio e Mensagem Lupa 4, editoria Passepartout
  • 11. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação X Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste – São Luis, MA – 12 a 14 de junho de 2008. 11 6. CONSIDERAÇÕES O mercado de revistas na Bahia é bem restrito. Poucas publicações conseguem, por motivos negativos diversos, se manter enquanto negócio editorial. Entre as revistas que tiveram destaque na imprensa baiana podemos citar a Única (década de 1950), Liderança (década de 1970), Exclusiva (década de 1980), Neón (década de 1990). Em 2008, a revista semanal Muito, encartada no A Tarde, jornal de maior circulação do norte-nordeste, surge como uma revista baiana de maior tiragem. Neste cenário, a revista Lupa, desde 2006, vem se consolidando como publicação acadêmica e baiana. Enquanto revista laboratorial, busca qualidade profissional em todo o processo de produção, contando com um Manual de Redação, um Manual de Diagramação, templates para textos e template de estrutura da revista. REFERÊNCIAS BUCCI, Eugênio. Sobre ética na imprensa. São Paulo: Cia das Letras, 2000. COIMBRA, Oswaldo. O texto da reportagem impressa. Um curso sobre sua estrutura. São Paulo: Ática, 2004. EDITORA ABRIL. A Revista no Brasil. São Paulo: Ed. Abril, 2000. ERBOLATO, Mário. Técnicas de codificação em Jornalismo. Redação, captação e edição no jornal diário. São Paulo: Ática, 2004. FOLHA DE SÃO PAULO. Manual de redação. São Paulo: Publifolha, 2005. FORTES, Leandro. Jornalismo Investigativo. São Paulo: Contexto, 2005 HOMEM DE MELO, Chico (org.). Design de revistas: Senhor está para a ilustração assim como Realidade está para a fotografia. In: O design gráfico brasileiro Anos 60. São Paulo: Cosac & Naify, 2006. 98-187 p. KOTSCHO, Ricardo. A prática da reportagem. São Paulo: Ática, 2005. LOPES, Dirceu Fernandes; PROENÇA, José Luiz (org.) Jornalismo investigativo. São Paulo: Publisher Brasil, 2003. MEDINA, Cremilda. A arte de tecer o presente. Narrativa e cotidiano. São Paulo: Summus, 2003. MEDINA, Cremilda. Notícia: um produto à venda. São Paulo: Summus, 1988. NOBLAT, Ricardo. A arte de fazer um jornal diário. São Paulo: Contexto, 2004. PEREIRA, Wellington. Crônica: arte do útil e do fútil. Salvador: Calandra, 2004. SCALZO, Marília. Jornalismo de Revista. São Paulo: Contexto, 2004.
  • 12. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação X Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste – São Luis, MA – 12 a 14 de junho de 2008. 12 SEQUEIRA, Cleope Monteiro. Jornalismo Investigativo. São Paulo: Summus, 2005. SODRÉ, Muniz; FERRARI, Maria Helena. Técnica de reportagem. Notas sobre a narrativa jornalística. São Paulo, Summus, 1986. REVISTA LUPA. Manual de Redação da Revista Lupa. Faculdade de Comunicação da UFBA. Inédito. UNIVERSIDADE DE BRASILIA. Manual de Redação, Jornal Laboratório Campus. Disponível em: <http://jornalcampus.yawl.com.br/manual.php?secao_man=secr>. Acesso em: 5 abril 2008. VILAS-BOAS, Sérgio. Perfis e como escrevê-los. SP: Summus, 2003.