O documento descreve a região do Douro em Portugal, conhecida por sua produção de vinho do Porto. A região tem uma paisagem única moldada por socalcos ao longo do rio Douro. Foi a primeira região demarcada e regulamentada para a produção de vinho no mundo. A cidade da Régua é o centro da região do Douro e da indústria do vinho do Porto.
1. Portugal a Norte
6ª Parte
Douro
e a
Região Demarcada
do Vinho do Porto
Fotos
@Portojo
Julho 2012
2. O Douro é uma sub-região da
Região Norte de Portugal.
Constituem-na Concelhos dos Distritos de
Bragança, Vila Real, Viseu e Guarda
3. Grande produtor de Vinhos, Azeites e Amêndoas
de excelente qualidade, o Douro tem uma
Região Demarcada exclusivamente de uvas para a
produção do Vinho do Porto.
É chamada de Alto Douro Vinhateiro e foi
regularizada em Setembro de 1756
com a criação da Companhia Geral da Agricultura
das Vinhas do Alto Douro
Porto
4. A cultura da Vinha na Região remonta ao período da
ocupação Romana, há mais de 2.000 anos
5. No século XVII foi “descoberto” o Vinho Generoso
que na sua produção vai ficar com o nome de
Vinho do Porto
6. Nasce o Vinho do Porto e a sua produção
em quantidade passa a ser exportada
principalmente para a Inglaterra
7. O Homem e a Natureza criaram um ecossistema único modelado por socalcos
8. As vinhas dispõem-se do cimo dos vales profundos
até à margem do rio Douro e criam uma paisagem magnifica
9. Algumas zonas foram consideradas pela Unesco em 2001
Património da Humanidade
10. A Régua – ou Peso da Régua – é o centro desta Região.
11. Toda a importância reconhecida à Régua se inicia
com a criação da Companhia das Vinhas do Alto Douro,
pelo Marquês de Pombal em 1756.
Cais da Régua
12. Foto recolhida no
Sítio da J. Freguesia da Régua
Marco de Feitoria
Tendo mandado delimitar as vinhas do Vale do Douro
com marcos de granito – Marcos de Feitoria –
determinando assim as áreas de produção dos
melhores vinhos, Portugal criava no Douro a (talvez)
primeira região demarcada e regulamentada do mundo.
A partir daí, e por via do comércio e sua centralização local,
a Régoa passou a ser o centro da Região,
14. Foi inaugurada em 15 de Julho de 1879
Teve importância de relevo pela ligação ferroviária
desde o Porto até ao limite do Douro em Barca d’Alva
junto à Fronteira com Espanha a Leste.
A Linha do Douro, assim se chamava, ficou concluída em
1887 e ligava Portugal à Europa pela Região do Douro.
Hoje resta a saudade
27. A caminho do Miradouro de S. Leonardo (de Galafura)
28. Está localizado a Este do povoado
de Galafura e a cerca de 600 metros de altitude.
Aqui existiu um castro romano, do qual foi Governador Galafre,
etimologia do actual nome da freguesia de Galafura.
30. O Monte e a Capela provàvelmente serão dedicados a
S. Leonardo de Noblac
A povoação de Galafura foi fundada a Oeste do Monte
mas um invasão de formigas fê-la mudar para o local actual
Marco Geodésico
31. Do alto os panoramas são de fazer perder a respiração
53. O Vinho do Porto nos anais da história
O Vinho do Porto foi bebido durante a batalha de Trafalgar e saboreado por Nelson.
(Diz a lenda que o pormenor da batalha foi desenhado com o seu dedo molhado em
Vinho do Porto – aparte meu, lido algures.)
Levado pelo General Soult, (quando fomos invadidos e saqueados pelos exércitos franceses entre
1809 e 1812) foi bebido por Napoleão e Josefina, no palácio de Malmaison;
Bebido por Wellington antes de começar a batalha de Waterloo e no fim para festejar a vitória;
Era muito apreciado por Catarina da Rússia na sua corte.
Da Casa do Canto, na freguesia da Cumieira, foi engarrafado um vinho da Pipa da Meca,
nome esse de uma criada que sorrateiramente o ia beber, para as comemorações da
prisão do Régulo Gungunhana;
Gago Coutinho e Sacadura Cabral, na sua viagem heroica de avião para o Brasil,
levaram na sua bagagem uma garrafa deste precioso néctar;
Na (infeliz) Conferência dos Quatro em Munique, onde se encontraram
Chamberlain, Daladier, Hitler e Mussolini, também se bebeu;
Winston Churchill bebia-o regularmente;
O famosíssimo vinho do Porto é o único servido pessoalmente pelos membros da
família real inglesa e sempre pelo lado esquerdo... o lado do coração.
54. Povo
Poema de
Pedro Homem de Mello
Povo que lavas no rio,
Que vais às feiras e à tenda,
Que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão,
Pode haver quem te defenda,
Quem turve o teu ar sadio,
Quem compre o teu chão sagrado,
Mas a tua vida, não!
Meu cravo branco na orelha!
Minha camélia vermelha!
Meu verde manjericão!
Ó natureza vadia!
Vejo uma fotografia...
Mas a tua vida, não!
Fui ter à mesa redonda,
Bebendo em malga que esconda
O beijo, de mão em mão...
Água pura, fruto agreste,
Fora o vinho que me deste,
Mas a tua vida, não!
Procissões de praia e monte,
Areais, píncaros, passos
Atrás dos quais os meus vão!
Que é dos cântaros da fonte?
Guardo o jeito desses braços...
Mas a tua vida, não!
Aromas de urze e de lama!
Dormi com eles na cama...
Tive a mesma condição.
Bruxas e lobas, estrelas!
Tive o dom de conhecê-las...
Mas a tua vida, não!
Subi às frias montanhas,
Pelas veredas estranhas
Onde os meus olhos estão.
Rasguei certo corpo ao meio...
Vi certa curva em teu seio...
Mas a tua vida, não!
Só tu! Só tu és verdade!
Quando o remorso me invade
E me leva à confissão...
Povo! Povo! eu te pertenço.
Deste-me alturas de incenso,
Mas a tua vida, não!
Povo que lavas no rio,
Que vais às feiras e à tenda,
Que talhas com teu machado,
As tábuas do meu caixão,
Pode haver quem te defenda,
Quem turve o teu ar sadio,
Quem compre o teu chão sagrado,
Mas a tua vida, não!
Pedro Homem de Mello, in "Miserere"
Poeta, Professor, Folclorista
(Porto , 6.Set.1904 / Porto, 5.Março.1984)
55. Tema Musical
Povo que Lavas no Rio
Adaptação do Poema Povo
da autoria de
Pedro Homem de Mello
Interpretação
Dulce Pontes
Fotos e formatação
@Portojo
portojo@gmail.com
http://portojofotos.blogspot.com
Textos adaptados de pesquisas nos sítios
Camara e Junta de Freguesia da Régua
Caminhos de Ferro Portugueses
História do Vinho do Porto
Wikipédia e outros
Julho 2012
56. Parafraseando o meu amigo
Eduardo Campos
A Tropa e a Guerra tiraram-me três anos de vida
Em contra—partida, deram-me muitos amigos ex-camaradas.
Que a mim me têm proporcionado viagens e convívios inesquecíveis
Pelo meu/nosso
Portugal
A eles dedico este trabalho, não sei se o último da Série
Portugal a Norte
Um abraço do Jorge
(Portojo, para os amigos)