SlideShare a Scribd company logo
1 of 15
Download to read offline
A biodigestão anaeróbia da baronesa
(Eichhornia Crassipes) para a produção
de energia
Sabine Robra
Mário Felippe de Soledade Santos
José Adolfo de Almeida Neto
INTRODUÇÃO

Biomassa
Bioetanol

www.hacke-lohnunternehmen.de

Biodiesel
Biodigestão
anaeróbia

www.biogaspartner.de

60%
CH4
Biogás
40%
CO2

Biogás

www.abendblatt.de

5.800 – 7.200 m³ ha-1 a-1 de CH4
12 DE OUTUBRO DE 2013

ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO

2
INTRODUÇÃO

Baronesa ou aguapé
(Eichhornia crassipes)

12 DE OUTUBRO DE 2013

Região amazônica

ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO

Bahia

3
PROBLEMA

Biodigestão
anaeróbia

Produção de biomassa seca:
130 - 250 t ha-1 a-1

Biogás
Biofertilizante

Energia
Milho na Europa: 25 t ha-1 a-1
Cana-de-açúcar, sorghum (EUA): 33 t ha-1 a-1

12 DE OUTUBRO DE 2013

ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO

4
OBJETIVOS

• Avaliar o potencial da baronesa
para a produção de biogás;

• avaliar o teor de metano;

• estimar o poder calorífico do biogás
produzido a partir da baronesa.

12 DE OUTUBRO DE 2013

ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO

5
MATERIAIS E MÉTODOS
As plantas foram coletadas no Rio Cachoeira, Itabuna

12 DE OUTUBRO DE 2013

ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO

6
MATERIAIS E MÉTODOS

Água

Proteína
33%

Fibras
62%

Celulose,
hemicelulose
?

Estufa
105 oC

Compostos
voláteis

Gordura
5%

Matéria
orgânica
85%

Amostras congeladas até uso
Matéria
seca
7%

Teor de matéria seca (MS)

Teor dos compostos voláteis (CV)
12 DE OUTUBRO DE 2013

Mufla
550 oC

Cinzas

ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO

Matéria
mineral
15%
7
MATERIAIS E MÉTODOS
Experimento em sistema batelada, em triplicata;
uma única dose de 500 g de baronesas, descongelada e triturada em liquidificador;


adição de 28,5 g L-1 de CV

Duração: 20 dias
Reservatório
do líquido de
vedação

Entrada de
substrato Linha de
biogás
Saída de
substrato
Reator,
5000 mL

Linha
do líquido de
vedação

Inóculo,
3000 mL
Banho maria, 37 oC
12 DE OUTUBRO DE 2013

Medidor de
biogás
ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO

8
MATERIAIS E MÉTODOS

A produção do biogás foi medida por deslocamento líquido;

as quantidades die biogás observadas foram normalizadas
para 0% umidade do biogás, T = 273,15 K;

o teor de metano foi estimado por cromatografia a gás.

12 DE OUTUBRO DE 2013

ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO

9
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Biogás, LN kg-1 de matéria fresca
Rendimentos de biogás, LN kg-1 de CV
LN g-1 CV

12 DE OUTUBRO DE 2013

ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO

10
RESULTADOS E DISCUSSÃO

A baronesa do Rio Cachoeira é adequada como substrato para a produção do biogás.

35 kg

1t

Biogás
11 L

9,5 L

12 DE OUTUBRO DE 2013

ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO

11
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Biogás, m³ kg-1 de CV

Metano, m³ ha-1 a-1

Silagem de milho,
Europa

12 DE OUTUBRO DE 2013

ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO

Baronesa,
Rio Cachoeira

12
CONCLUSÕES

- Não existem custos de cultivo;

+

- mitigação dos impactos ambientais;
- valor econômico: biogás e biofertilizante.

Não existe uma tecnologia de colheita;

_

Não existe a avaliação do potencial de produção da biomassa no local;
A viabilidade econômica da implantação de um projeto de biogás a
partir da baronesa depende de muitos fatores.

12 DE OUTUBRO DE 2013

ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO

13
AGRADECIMENTOS

Muito obrigada!

12 DE OUTUBRO DE 2013

ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO

14
REFERÊNCIAS
O’SULLIVAN,C.; ROUNSEFELL B.; GRINHAM A. et al. Anaerobic digestion of harvested
aquatic weeds: water hyacinth (Eichhornia crassipes), cabomba (Cabomba Caroliniana)
and salvinia (Salvinia molesta). Ecological Engineering v. 36, p.1459–1468, 2010.
CHUANG Y.-S.; LAY C.-H.; SEN B. et al. Biohydrogen and biomethane from water hyacinth
(Eichhornia crassipes) fermentation: Effects of substrate concentration and incubation
temperature. International Journal of Hydrogen Energy v. 36, n. 21, p. 14195-14203, 2011.
KTBL. Faustzahlen Biogas. Kuratorium für Technik und Bauwesen in der Landwirtschaft e. V. (Ed.)
Darmstadt, Alemanha, 2007
SINGHAL V.; RAI J. Biogas production from water hyacinth and channel grass used for
phytoremediation of industrial effluents. Bioresource Technology v. 86, p. 221–225, 2003.
WILSON J.R.; REES M;, HOLST N. et al. Water Hyacinth Population Dynamics. In: Biological
and integrated control of water hyazinth, Eichhornia crassipes: 2nd meeting of the Global
Working Group for the Biological and Integrated Control of Water Hayzinth: Proceedings…
Beijing, 9 – 12 out. 2000. 152 p.
MAKO A.A.; BABAYEMI O.J.; AKINSOYINU A.O. An evaluation of nutritive value of water hyacinth
(Eichhornia crassipes Mart. Solms-Laubach) harvested from different water sources as animal
feed. Livestock Research for Rural Development v. 23, n. 5, 2011. Disponível em
http://www.lrrd.org/lrrd23/5/mako23106.htm, acesso em 9/11/2011.

12 DE OUTUBRO DE 2013

ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO

15

More Related Content

Similar to Robra 2011 biodigestão da baronesa

Artigo amonia salusvitavol21n12002
Artigo amonia salusvitavol21n12002Artigo amonia salusvitavol21n12002
Artigo amonia salusvitavol21n12002
Douglas Monte
 
Dissertacao marcia final concluida pdf
Dissertacao marcia final concluida pdfDissertacao marcia final concluida pdf
Dissertacao marcia final concluida pdf
Marcia Fernanda Rocha
 
Tratamento de águas residuárias
Tratamento de águas residuárias Tratamento de águas residuárias
Tratamento de águas residuárias
FATEC Cariri
 
Tratamento de águas residuárias raimunda
Tratamento de águas residuárias raimundaTratamento de águas residuárias raimunda
Tratamento de águas residuárias raimunda
FATEC Cariri
 
Apresentação final cyan 2013
Apresentação final cyan 2013Apresentação final cyan 2013
Apresentação final cyan 2013
ambev
 

Similar to Robra 2011 biodigestão da baronesa (20)

Aula ENEM
Aula ENEMAula ENEM
Aula ENEM
 
Palestra em curso de olericultura enfoque produção de cebola orgânica e mane...
Palestra em curso de olericultura enfoque produção de cebola orgânica e  mane...Palestra em curso de olericultura enfoque produção de cebola orgânica e  mane...
Palestra em curso de olericultura enfoque produção de cebola orgânica e mane...
 
Trabalho de conclusão de curso avaliação da qualidade da água
Trabalho de conclusão de curso  avaliação da qualidade da águaTrabalho de conclusão de curso  avaliação da qualidade da água
Trabalho de conclusão de curso avaliação da qualidade da água
 
Artigo amonia salusvitavol21n12002
Artigo amonia salusvitavol21n12002Artigo amonia salusvitavol21n12002
Artigo amonia salusvitavol21n12002
 
Apresentação LAB BALANCO DE MASSA.pdf
Apresentação LAB BALANCO DE MASSA.pdfApresentação LAB BALANCO DE MASSA.pdf
Apresentação LAB BALANCO DE MASSA.pdf
 
apresentacaolabbalancodemassa-230328005725-2926b2c1.pdf
apresentacaolabbalancodemassa-230328005725-2926b2c1.pdfapresentacaolabbalancodemassa-230328005725-2926b2c1.pdf
apresentacaolabbalancodemassa-230328005725-2926b2c1.pdf
 
Apresentação LAB BALANCO DE MASSA.pdf
Apresentação LAB BALANCO DE MASSA.pdfApresentação LAB BALANCO DE MASSA.pdf
Apresentação LAB BALANCO DE MASSA.pdf
 
9º GEAR - Biogas
9º GEAR - Biogas9º GEAR - Biogas
9º GEAR - Biogas
 
ÁGUA SUSTENTÁVEL (AS) E AS INDÚSTRIAS DE CERVEJA NAS BACIAS HIDROGRÁFICAS PCJ...
ÁGUA SUSTENTÁVEL (AS) E AS INDÚSTRIAS DE CERVEJA NAS BACIAS HIDROGRÁFICAS PCJ...ÁGUA SUSTENTÁVEL (AS) E AS INDÚSTRIAS DE CERVEJA NAS BACIAS HIDROGRÁFICAS PCJ...
ÁGUA SUSTENTÁVEL (AS) E AS INDÚSTRIAS DE CERVEJA NAS BACIAS HIDROGRÁFICAS PCJ...
 
2nd gen biofuels brazil
2nd gen biofuels brazil2nd gen biofuels brazil
2nd gen biofuels brazil
 
Gestão amb. da água
Gestão amb. da águaGestão amb. da água
Gestão amb. da água
 
Tratamento de Águas Residuárias II
Tratamento de Águas Residuárias IITratamento de Águas Residuárias II
Tratamento de Águas Residuárias II
 
Artigo Sobre Águas Residuárias!
Artigo Sobre Águas Residuárias!Artigo Sobre Águas Residuárias!
Artigo Sobre Águas Residuárias!
 
Dissertacao marcia final concluida pdf
Dissertacao marcia final concluida pdfDissertacao marcia final concluida pdf
Dissertacao marcia final concluida pdf
 
Tratamento de águas residuárias
Tratamento de águas residuárias Tratamento de águas residuárias
Tratamento de águas residuárias
 
Tratamento de águas residuárias raimunda
Tratamento de águas residuárias raimundaTratamento de águas residuárias raimunda
Tratamento de águas residuárias raimunda
 
Quiz ambiental / Questões
Quiz ambiental / QuestõesQuiz ambiental / Questões
Quiz ambiental / Questões
 
Ct sam qde-agua-pescado
Ct sam qde-agua-pescadoCt sam qde-agua-pescado
Ct sam qde-agua-pescado
 
Água Na Propriedade Rural - Tratamento de água e esgoto na propriedade rural
Água Na Propriedade Rural - Tratamento de água e esgoto na propriedade ruralÁgua Na Propriedade Rural - Tratamento de água e esgoto na propriedade rural
Água Na Propriedade Rural - Tratamento de água e esgoto na propriedade rural
 
Apresentação final cyan 2013
Apresentação final cyan 2013Apresentação final cyan 2013
Apresentação final cyan 2013
 

Robra 2011 biodigestão da baronesa

  • 1. A biodigestão anaeróbia da baronesa (Eichhornia Crassipes) para a produção de energia Sabine Robra Mário Felippe de Soledade Santos José Adolfo de Almeida Neto
  • 3. INTRODUÇÃO Baronesa ou aguapé (Eichhornia crassipes) 12 DE OUTUBRO DE 2013 Região amazônica ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO Bahia 3
  • 4. PROBLEMA Biodigestão anaeróbia Produção de biomassa seca: 130 - 250 t ha-1 a-1 Biogás Biofertilizante Energia Milho na Europa: 25 t ha-1 a-1 Cana-de-açúcar, sorghum (EUA): 33 t ha-1 a-1 12 DE OUTUBRO DE 2013 ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO 4
  • 5. OBJETIVOS • Avaliar o potencial da baronesa para a produção de biogás; • avaliar o teor de metano; • estimar o poder calorífico do biogás produzido a partir da baronesa. 12 DE OUTUBRO DE 2013 ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO 5
  • 6. MATERIAIS E MÉTODOS As plantas foram coletadas no Rio Cachoeira, Itabuna 12 DE OUTUBRO DE 2013 ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO 6
  • 7. MATERIAIS E MÉTODOS Água Proteína 33% Fibras 62% Celulose, hemicelulose ? Estufa 105 oC Compostos voláteis Gordura 5% Matéria orgânica 85% Amostras congeladas até uso Matéria seca 7% Teor de matéria seca (MS) Teor dos compostos voláteis (CV) 12 DE OUTUBRO DE 2013 Mufla 550 oC Cinzas ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO Matéria mineral 15% 7
  • 8. MATERIAIS E MÉTODOS Experimento em sistema batelada, em triplicata; uma única dose de 500 g de baronesas, descongelada e triturada em liquidificador;  adição de 28,5 g L-1 de CV Duração: 20 dias Reservatório do líquido de vedação Entrada de substrato Linha de biogás Saída de substrato Reator, 5000 mL Linha do líquido de vedação Inóculo, 3000 mL Banho maria, 37 oC 12 DE OUTUBRO DE 2013 Medidor de biogás ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO 8
  • 9. MATERIAIS E MÉTODOS A produção do biogás foi medida por deslocamento líquido; as quantidades die biogás observadas foram normalizadas para 0% umidade do biogás, T = 273,15 K; o teor de metano foi estimado por cromatografia a gás. 12 DE OUTUBRO DE 2013 ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO 9
  • 10. RESULTADOS E DISCUSSÃO Biogás, LN kg-1 de matéria fresca Rendimentos de biogás, LN kg-1 de CV LN g-1 CV 12 DE OUTUBRO DE 2013 ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO 10
  • 11. RESULTADOS E DISCUSSÃO A baronesa do Rio Cachoeira é adequada como substrato para a produção do biogás. 35 kg 1t Biogás 11 L 9,5 L 12 DE OUTUBRO DE 2013 ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO 11
  • 12. RESULTADOS E DISCUSSÃO Biogás, m³ kg-1 de CV Metano, m³ ha-1 a-1 Silagem de milho, Europa 12 DE OUTUBRO DE 2013 ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO Baronesa, Rio Cachoeira 12
  • 13. CONCLUSÕES - Não existem custos de cultivo; + - mitigação dos impactos ambientais; - valor econômico: biogás e biofertilizante. Não existe uma tecnologia de colheita; _ Não existe a avaliação do potencial de produção da biomassa no local; A viabilidade econômica da implantação de um projeto de biogás a partir da baronesa depende de muitos fatores. 12 DE OUTUBRO DE 2013 ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO 13
  • 14. AGRADECIMENTOS Muito obrigada! 12 DE OUTUBRO DE 2013 ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO 14
  • 15. REFERÊNCIAS O’SULLIVAN,C.; ROUNSEFELL B.; GRINHAM A. et al. Anaerobic digestion of harvested aquatic weeds: water hyacinth (Eichhornia crassipes), cabomba (Cabomba Caroliniana) and salvinia (Salvinia molesta). Ecological Engineering v. 36, p.1459–1468, 2010. CHUANG Y.-S.; LAY C.-H.; SEN B. et al. Biohydrogen and biomethane from water hyacinth (Eichhornia crassipes) fermentation: Effects of substrate concentration and incubation temperature. International Journal of Hydrogen Energy v. 36, n. 21, p. 14195-14203, 2011. KTBL. Faustzahlen Biogas. Kuratorium für Technik und Bauwesen in der Landwirtschaft e. V. (Ed.) Darmstadt, Alemanha, 2007 SINGHAL V.; RAI J. Biogas production from water hyacinth and channel grass used for phytoremediation of industrial effluents. Bioresource Technology v. 86, p. 221–225, 2003. WILSON J.R.; REES M;, HOLST N. et al. Water Hyacinth Population Dynamics. In: Biological and integrated control of water hyazinth, Eichhornia crassipes: 2nd meeting of the Global Working Group for the Biological and Integrated Control of Water Hayzinth: Proceedings… Beijing, 9 – 12 out. 2000. 152 p. MAKO A.A.; BABAYEMI O.J.; AKINSOYINU A.O. An evaluation of nutritive value of water hyacinth (Eichhornia crassipes Mart. Solms-Laubach) harvested from different water sources as animal feed. Livestock Research for Rural Development v. 23, n. 5, 2011. Disponível em http://www.lrrd.org/lrrd23/5/mako23106.htm, acesso em 9/11/2011. 12 DE OUTUBRO DE 2013 ROBRA, SANTOS, DE ALMEIDA NETO 15