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03
Você já deve ter ouvido falar nas cervejas trapistas, mas você sabe o
que são e quais são seus diferenciais?
O nome Trapista surgiu no mosteiro cisterciense de Nôtre-Dame de La
Trappe, quando foi reformado em 1662 por Armand-Jean Le
Bouthillier de Rancé, o fundador da Ordem Trapista - ou Ordem
Cisterciense.
Durante muito tempo, os mosteiros produziram cervejas apenas
pensando na qualidade de vida dos viajantes: a água era imprópria
para consumo, o que tornava o processo de fabricação da cerveja
perfeito para garantir a qualidade da bebida. Após ferver a água e
fermentar, a maioria dos microorganismos morre, livrando assim o
líquido das doenças letais da época. Por ser uma bebida altamente
nutritiva, era também considerada a bebida dos monges. Nos tempos
de jejum, as cervejas mais encorpadas eram fundamentais e serviam
como alimentação.
A tradição permanece até hoje, com a produção das
chamadas cervejas trapistas mas, ao contrário do
que possa parecer, não existe um estilo de cerveja
“trapista”. Os estilos mais comuns produzidos pelos
mosteiros são atualmente: Dubbel, Tripel e
Quadrupel.
As cervejas trapistas precisam ser produzidas dentro
de um mosteiro ativo, certificado pela ordem.
O selo trapista, quando aplicado à cerveja ou aos
alimentos, causa a mesma sensação do Champagne:
é uma bebida exclusiva. No caso dos espumantes, a
bebida só pode ser chamada de Champagne se tiver
sido fabricada em uma pequena região da França,
que segue os métodos tradicionais de produção.
Não confunda: cervejas de Abadia não são cervejas
trapistas. As cervejas de Abadia são produzidas sob
licença de mosteiros existentes ou abandonadas.
Símbolo de cultura e tradições, os mosteiros eram
organizados e habitados por monges, que faziam
voto de pobreza e jejuns prolongados. Como já
citamos, as cervejas trapistas devem vir de mosteiros
ainda ativos.
Para evitar a utilização indevida do termo trapista,
em 1997 foi criada uma instituição para controlar
quem poderia ou não utilizar o selo de trapista.
Conhecida como ITA (Associação Trapista
Internacional), incluía os 8 mosteiros iniciais: Orval,
Chimay, Westvleteren, Rochefort, Westmalle, Achel,
Koningshoeven e Mariawald.
Atualmente existem 20 mosteiros que pertencem
à ITA, porém, nem todos produzem apenas
cervejas. Os mosteiros também podem produzir
outros produtos como queijos, licores, pães, mel e
chocolate, produtos de higiene pessoal, e
produtos religiosos como velas e pinturas.Existem
mais de 170 mosteiros trapistas no mundo e
apenas 11 deles têm o certificado da autêntica
cerveja trapista. Confira os mosteiros que
produzem a autêntica cerveja “trapista”:
A cerveja precisa ser fabricada dentro dos limites
do mosteiro, obrigatoriamente pelos monges ou
sob a supervisão deles.
Essa não pode ser a atividade principal do mosteiro,
sempre seguindo os votos e as práticas de negócio
aplicadas a vida monástica.
As vendas geradas pela cervejaria devem apenas
cobrir o custo de vida dos monges e a manutenção
dos equipamentos/patrimônio do mosteiro.
Qualquer lucro que o mosteiro venha a ter com a
venda das cervejas deve ser obrigatoriamente
doada para instituições de caridade ou destinada
ao auxílio de pessoas necessitadas.
Devem passar por um controle de qualidade
rigoroso e constante.
OS MOSTEIROS QUE PRODUZEM CERVEJAS
DEVEM SEGUIR OS SEGUINTES CRITÉRIOS:
Since 2012
Localização: Engelszell, Áustria
Site: stift-engelszell.at
Com três rótulos em sua linha de produção, a Engelszell é a única
cervejaria trapista na Áustria. O nome das suas cervejas são uma
homenagem a três monges que serviram como Abade na
comunidade do mosteiro. O mosteiro também produz licores.
Stift Engelszell
Since 1862
Localização: Chimay, Bélgica
Site: chimay.com
Com 4 rótulos fixos em linha, a Chimay foi considerada por
muito tempo a melhor cervejaria trapista. Recentemente a
marca lançou dois rótulos comemorativos para levantar fundo
extras para a fábrica, que precisava de melhorias.
Chimay
Produz quatro estilos, porém, apenas dois são comerciais. Os
outros dois ficam exclusivos para os convidados que, dentro dos
limites do mosteiro, podem degustá-los. As cervejas levam o
nome do mosteiro no rótulo.
Achel
Since 1998
Localização: Achel, Bélgica
Site: achelsekluis.org
Since 1884
Localização: Berkel-Enschot, Holanda
Site: latrappetrappist.com
A cervejaria com mais rótulos dentre as trapistas, a La Trappe, lo-
calizada na Holanda, produz mais de 7 rótulos diferentes. Desen-
volvido em 2009, a La Trappe Isid`or é um rótulo comemorativo
aos 125 anos da cervejaria.
La Trappe
Since 1595
Localização: Rochefort, Bélgica
Site: abbaye-rochefort.be
Produz três rótulos, A Rochefort 6 é a única já engarrafada em
garrafas de 750 ml, já a Rochefort 8 começou sendo fabricada
para festas mas, por volta de 1960, virou uma produção fixa. Por
fim, a Rochefort 10, uma das mais adoradas cervejas do mundo.
Rochefort
Since 1931
Localização: Florenville, Bélgica
Site: orval.be
A Orval produz apenas uma cerveja, sendo a única trapista que
passa pelo processo de dry hop. Em sua receita, as leveduras
selvagens, a refermentação na garrafa e a adição de dry hop em
formato de flores, conferem à cerveja uma experiência única.
Orval
A Mont des Cats terceirizou sua produção no mosteiro da
Chimay, fazendo com que sua cerveja perdesse o selo trapista,
mas isso não desmerece a qualidade da cerveja, que passa por
todos os critérios de qualidade de uma autêntica trapista.
Mont des Cats
Since 1847
Localização: Godewaersvelde, França
Site: abbaye-montdescats.fr
Since 2013
Localização: Massachusets, EUA
Site: spencerbrewery.com
Foi a primeira cervejaria trapista fora da Europa. Com uma
produção pequena, estimada em 5.000 hectolitros por ano,
produz atualmente apenas dois rótulos, dos quais um é sazonal e
é geralmente disponibilizado apenas dentro do mosteiro.
Spencer
Since 1838
Localização: Vleteren, Bélgica
Site: sintsixtus.be
As cervejas não possuem rótulos, apenas as tampas diferenciam
umas das outras. Para poder comprar esta cerveja, você precisa
fazer uma reserva na fábrica. Existe uma quantia limitada para
cada pessoa, que deve ser utilizada para consumo próprio.
Westvleteren
Since 1836
Localização: Merchtem, Bélgica
Site: trappistwestmalle.be
Suas duas cervejas de linha passam por refermentação na garra-
fa. A qualidade da cerveja é tanta que elas são citadas no guia de
estilos BJCP como referência a serem seguidas para os caseiros
que quiserem produzir cervejas no estilo Dubbel ou Tripel.
Westmalle
Certificada pelo ITA em 2014, é a cervejaria que tem menor ca-
pacidade de produção dentre as cervejarias trapistas. Por ter ca-
pacidade limitada, sua cerveja é vendida apenas na loja do
monastério e em poucos restaurantes de Roma.
Tre Fontane
Since 2014
Localização: Roma, Itália
Site: abbaziatrefontane.it
Since 2014
Localização: Zundert, Holanda
Site: zunderttrappist.nl
Produz apenas uma cerveja, uma Ale com 8% de álcool. Além
disso, pouco se conhece deste monastério que é recente no
mundo cervejeiro. Certificada pelo ITA em 2014, não se tem
muitos relatos da cerveja ou da atividade do monastério.
Zundert
www.clubedomalte.com.br

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  • 2. Você já deve ter ouvido falar nas cervejas trapistas, mas você sabe o que são e quais são seus diferenciais? O nome Trapista surgiu no mosteiro cisterciense de Nôtre-Dame de La Trappe, quando foi reformado em 1662 por Armand-Jean Le Bouthillier de Rancé, o fundador da Ordem Trapista - ou Ordem Cisterciense. Durante muito tempo, os mosteiros produziram cervejas apenas pensando na qualidade de vida dos viajantes: a água era imprópria para consumo, o que tornava o processo de fabricação da cerveja perfeito para garantir a qualidade da bebida. Após ferver a água e fermentar, a maioria dos microorganismos morre, livrando assim o líquido das doenças letais da época. Por ser uma bebida altamente nutritiva, era também considerada a bebida dos monges. Nos tempos de jejum, as cervejas mais encorpadas eram fundamentais e serviam como alimentação.
  • 3. A tradição permanece até hoje, com a produção das chamadas cervejas trapistas mas, ao contrário do que possa parecer, não existe um estilo de cerveja “trapista”. Os estilos mais comuns produzidos pelos mosteiros são atualmente: Dubbel, Tripel e Quadrupel. As cervejas trapistas precisam ser produzidas dentro de um mosteiro ativo, certificado pela ordem. O selo trapista, quando aplicado à cerveja ou aos alimentos, causa a mesma sensação do Champagne: é uma bebida exclusiva. No caso dos espumantes, a bebida só pode ser chamada de Champagne se tiver sido fabricada em uma pequena região da França, que segue os métodos tradicionais de produção. Não confunda: cervejas de Abadia não são cervejas trapistas. As cervejas de Abadia são produzidas sob licença de mosteiros existentes ou abandonadas. Símbolo de cultura e tradições, os mosteiros eram organizados e habitados por monges, que faziam voto de pobreza e jejuns prolongados. Como já citamos, as cervejas trapistas devem vir de mosteiros ainda ativos. Para evitar a utilização indevida do termo trapista, em 1997 foi criada uma instituição para controlar quem poderia ou não utilizar o selo de trapista. Conhecida como ITA (Associação Trapista Internacional), incluía os 8 mosteiros iniciais: Orval, Chimay, Westvleteren, Rochefort, Westmalle, Achel, Koningshoeven e Mariawald.
  • 4. Atualmente existem 20 mosteiros que pertencem à ITA, porém, nem todos produzem apenas cervejas. Os mosteiros também podem produzir outros produtos como queijos, licores, pães, mel e chocolate, produtos de higiene pessoal, e produtos religiosos como velas e pinturas.Existem mais de 170 mosteiros trapistas no mundo e apenas 11 deles têm o certificado da autêntica cerveja trapista. Confira os mosteiros que produzem a autêntica cerveja “trapista”: A cerveja precisa ser fabricada dentro dos limites do mosteiro, obrigatoriamente pelos monges ou sob a supervisão deles. Essa não pode ser a atividade principal do mosteiro, sempre seguindo os votos e as práticas de negócio aplicadas a vida monástica. As vendas geradas pela cervejaria devem apenas cobrir o custo de vida dos monges e a manutenção dos equipamentos/patrimônio do mosteiro. Qualquer lucro que o mosteiro venha a ter com a venda das cervejas deve ser obrigatoriamente doada para instituições de caridade ou destinada ao auxílio de pessoas necessitadas. Devem passar por um controle de qualidade rigoroso e constante. OS MOSTEIROS QUE PRODUZEM CERVEJAS DEVEM SEGUIR OS SEGUINTES CRITÉRIOS:
  • 5. Since 2012 Localização: Engelszell, Áustria Site: stift-engelszell.at Com três rótulos em sua linha de produção, a Engelszell é a única cervejaria trapista na Áustria. O nome das suas cervejas são uma homenagem a três monges que serviram como Abade na comunidade do mosteiro. O mosteiro também produz licores. Stift Engelszell Since 1862 Localização: Chimay, Bélgica Site: chimay.com Com 4 rótulos fixos em linha, a Chimay foi considerada por muito tempo a melhor cervejaria trapista. Recentemente a marca lançou dois rótulos comemorativos para levantar fundo extras para a fábrica, que precisava de melhorias. Chimay Produz quatro estilos, porém, apenas dois são comerciais. Os outros dois ficam exclusivos para os convidados que, dentro dos limites do mosteiro, podem degustá-los. As cervejas levam o nome do mosteiro no rótulo. Achel Since 1998 Localização: Achel, Bélgica Site: achelsekluis.org Since 1884 Localização: Berkel-Enschot, Holanda Site: latrappetrappist.com A cervejaria com mais rótulos dentre as trapistas, a La Trappe, lo- calizada na Holanda, produz mais de 7 rótulos diferentes. Desen- volvido em 2009, a La Trappe Isid`or é um rótulo comemorativo aos 125 anos da cervejaria. La Trappe
  • 6. Since 1595 Localização: Rochefort, Bélgica Site: abbaye-rochefort.be Produz três rótulos, A Rochefort 6 é a única já engarrafada em garrafas de 750 ml, já a Rochefort 8 começou sendo fabricada para festas mas, por volta de 1960, virou uma produção fixa. Por fim, a Rochefort 10, uma das mais adoradas cervejas do mundo. Rochefort Since 1931 Localização: Florenville, Bélgica Site: orval.be A Orval produz apenas uma cerveja, sendo a única trapista que passa pelo processo de dry hop. Em sua receita, as leveduras selvagens, a refermentação na garrafa e a adição de dry hop em formato de flores, conferem à cerveja uma experiência única. Orval A Mont des Cats terceirizou sua produção no mosteiro da Chimay, fazendo com que sua cerveja perdesse o selo trapista, mas isso não desmerece a qualidade da cerveja, que passa por todos os critérios de qualidade de uma autêntica trapista. Mont des Cats Since 1847 Localização: Godewaersvelde, França Site: abbaye-montdescats.fr Since 2013 Localização: Massachusets, EUA Site: spencerbrewery.com Foi a primeira cervejaria trapista fora da Europa. Com uma produção pequena, estimada em 5.000 hectolitros por ano, produz atualmente apenas dois rótulos, dos quais um é sazonal e é geralmente disponibilizado apenas dentro do mosteiro. Spencer
  • 7. Since 1838 Localização: Vleteren, Bélgica Site: sintsixtus.be As cervejas não possuem rótulos, apenas as tampas diferenciam umas das outras. Para poder comprar esta cerveja, você precisa fazer uma reserva na fábrica. Existe uma quantia limitada para cada pessoa, que deve ser utilizada para consumo próprio. Westvleteren Since 1836 Localização: Merchtem, Bélgica Site: trappistwestmalle.be Suas duas cervejas de linha passam por refermentação na garra- fa. A qualidade da cerveja é tanta que elas são citadas no guia de estilos BJCP como referência a serem seguidas para os caseiros que quiserem produzir cervejas no estilo Dubbel ou Tripel. Westmalle Certificada pelo ITA em 2014, é a cervejaria que tem menor ca- pacidade de produção dentre as cervejarias trapistas. Por ter ca- pacidade limitada, sua cerveja é vendida apenas na loja do monastério e em poucos restaurantes de Roma. Tre Fontane Since 2014 Localização: Roma, Itália Site: abbaziatrefontane.it Since 2014 Localização: Zundert, Holanda Site: zunderttrappist.nl Produz apenas uma cerveja, uma Ale com 8% de álcool. Além disso, pouco se conhece deste monastério que é recente no mundo cervejeiro. Certificada pelo ITA em 2014, não se tem muitos relatos da cerveja ou da atividade do monastério. Zundert