SlideShare a Scribd company logo
1 of 46
Download to read offline
Dra Janaina Ferreira
 Nefrologista e Intensivista
         SBN-AMIB
   Centro do Rim – SMS
Paciente do sexo masculino, 67 anos, admitido no CTI
  devido a endocardite bacteriana. Transferido de outro
  serviço com história de anemia, febre há 40 dias. Foi
  iniciado antibioticoterapia há 3 dias, após elucidação
  diagnóstica, com Vancomicina, Gentamicina e Rifampicina.
  Hidratado com cristalóide 2l/dia e em uso também de
  diurético diário.
  HPP: Fumante (1 maço/dia), portador de miocardiopatia
  isquêmica, IAM prévio, dislipidêmico e sedentário.
  Ex físico: dispneico, hipoxêmico, oligúrico, discreto edema
Periférico. Peso=70Kg
    Ex complentares:
Rx: congestão veno-capilar, velamento seio-costofrênico
  bilateral
ECO: derrame pleural bilateral, imagem suspeita de
  vegetação em cabo de marcapasso, cava inferior dilatada,
  disfunção biventricular
Laboratório:
U= 60mg/dl Creat= 2,2mg/dl Hto= 32%
  Plaq=45.000/mm3
A injúria deste paciente é crônica ou
                            aguda???
Quais são os critérios que definem
Injúria Renal Aguda??? Eu conheço?
DRC estágio III ....IRA:
                    Nefrotoxicidade
              baixo débito cardíaco
                 suspeita de nefrite
Foi indicado CAT e cirurgia cardíaca
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
De INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA para
INJÚRIA RENAL AGUDA o que mudou???

      25% ptes críticos
      Mortalidade 28-90%
      > 30 definições na literatura

      “Abrupt and sustained decrease in
      glomerular filtration, urine output, or both”/
      ADQI 2nd Int Consensus Conference 2002
DIAGNOSTICAR

       Creatinina
Estável, melhor ou pior??
Considerar >/= 0,3mg/dl
               0,3mg/dl
    Diurese horária
DEFINIR...   ADQI – RIFLE, 2002
AKIN – Amsterdam, 2005
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
pos-
NTA - Estudos pos-mortem SEPSE +
IRA = histopatologia normal >90%
       casos (Hotchkiss, CCM)
Epidemiologia IRA – BEST study 2005
(Beginning and ending supportive therapy for the kidney)

 • Uchino, multicentrico
 • n=29269 ptes
 •  (sep 2000-dez 2001)
 • AKI=1738                         Choque séptico=47,5%
 • RRT= 72%                         Cirurgia= 34,3%
 • IRC=30%                          Choque card=26,9%
 • Mortalidade 52% UTI              Hipovolemia= 25,6%
                 60,3% hpt          Toxicidade=19%
 • Diálise alta= 13,8%
INCIDÊNCIA           • FATORES DE RISCO:

                      Idade
• 5% pacientes hpt    Hipovolemia
• 15% UTI             Hipotensão
                      Sepsis
                      Disfç cardíaca, renal ou
                      hepática prévia
                      DM
                      Exposição a
                      nefrotoxinas
OUTCOME
• Permanência na
  UTI (dias)
• RIFLE =
R 8 - I 10 – F 16

• DRC = 13%
  sobreviventes
(Best Kidney study)
OUTCOME - MORTALIDADE
CIN
CIN
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
Solução 154mEq/l HCO3Na
154ml HCO3Na + 846ml SG5%
Bolus 3ml/Kg/h 1h antes da exposição ao
contraste
1ml/Kg/h durante e 6h após exposição
Scr
Inibe a formação de radicais livres por
alcalinizar fluido tubular renal, reduzindo
a injúria renal

JAMA, May19,2004-vol 291, no 19
Incidência da IRA




 RVM         VALVULAR          RVM + VALVULAR

2,5% IRA      2,8% IRA             4,6% IRA
1% IRA-D     1,7% IRA - D        3,3% IRA - D
CRITÉRIOS PARA INÍCIO DA CRRT
EM PACIENTES CRÍTICOS ADULTOS –
Bellomo & Ronco (1998)
     Oligúria (< 200 ml/12h)
     Anúria (<50ml/12h)
     Hipercalemia >6,5 mEq/l
     Acidemia severa < 7,1
     Azotemia uréia > 180mg/dl
     Edema órgão clinicamente significante
     Encefalopatia urêmica
     Pericardite urêmica
CRITÉRIOS PARA INÍCIO DA CRRT
EM PACIENTES CRÍTICOS ADULTOS
Bellomo & Ronco



   Neuropatia/ miopatia urêmica
   Disnatremia severa >160 ou <115
   Hipertermia
   overdose de drogas com toxina dialisável
• ACIDEMIA                           • HIPERCALEMIA

• Restrição proteica(0,6-            • Emergência caso
  0,8g/kg/dia), não se                 alterações ECG ou
  aplica a pacientes                   clínicas
  hipercatabólicos                   • Origem: nutrição,
                                       fluidos, suplementos
• Tampão: bicarbonato de
  Sódio (EAP)                        • Gluconato de Cálcio,
                                       insulina, bicarbonato,
• DER
                                       albuterol inalatório,
                                       sulfonato poliestireno
                                       Na
    # Resina de troca são contra-indicadas em pacientes em PO, risco de
                      necrose intestinal e perfuração.
    Atenção para atraso no início da DER ou métodos menos eficientes por
                         unidade de tempo (CRRT)
DER precoce na IRA, melhor...
Checar a
prescrição!!!
INDICAÇÕES PARA DIÁLISE



           Paciente com limitado ou restrito
           acesso a terapia MOF > = 5,
           falência hepática x possibilidade
           de transplante, outras doenças
           terminais
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
MATERIAIS
RESPONSABILIDADES DO ENFERMEIRO




                          Cti Pro-Cardíaco
SOLUÇÃO DE DIÁLISE E REPOSIÇÃO


 Sódio 132-140mEq/l
 Cloro 96-117mEq/l
 Cálcio 3,5mEq/l
 Magnésio 0,5-1,5mEq/l
 Lactato 40-30mEq/l (diálise contínua )
 Glicose 1,360-100mg/dl


 Bicarbonato 30-35mEq/l (diálise
 intermitente ou prolongada)
ACESSO




  CATETER
  VENOSO
  FÍSTULA AV
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
Prognóstico da IRA



• IRA isolada mortalidade 15%
• Mortalidade UTI 72% X não UTI 32%
• Necessidade de DER 71% UTI X 18%
  não UTI
• Aumenta a mortalidade em UTI até 4x
PREVENÇÃO

• Comprovada:
Evitar nefrotoxinas
Dose única aminoglicosídeos
Drogas modificadas: anfo B lipo,
  contraste não iônico             • Possivelmente efetivo:
Hidratar: radiocontraste,          Monitorar nível drogas
  cisplatina, rabdomiólise, lise
  tumoral                          Adequar perfusão renal
Controle glicêmico                 Baixa dose fenoldopam
                                   N-acetilisteína
                                   Alcalinização da urina:
                                     rabdomiólise,
                                     methotrexate, lise
                                     tumoral
PREVENÇÃO
• Inefetivo

•   Baixa dose de dopamina
•   Manitol
•   Diurético
•   Aminofilina
•   Peptídeo natriurético atrial
Exames prévios 1 mês: EAS normal e
    creatinina 1,8mg/dl já internado em
investigação diagnóstica e com anemia.
QUEM TEM RISCO DE IRC???
      Triagem - grupos de alto risco
• Alta prioridade:
(CDC, NKF, 2009)      • A ser considerado:
•   HAS               • Exposição drogas
•   DM                  tóxicas
•   DCV               • Certas infecções
•   Idosos >60 anos     crônicas
•   H Fam Doença      • Certos tipos de
    Renal               câncer
Definição da DRC

• Anormalidade estrutural ou funcional dos rins >/= 3
  meses:
  1- Dano renal: com ou sem diminuição da TFG
     anormalidades urinárias (proteinúria)
                     bioq (sg e urina/fç tubular)
                     estudos de imagem

• 2- TFG<60ml/min/1,73m2 com ou sem dano renal
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
Campanha Previna-se
• 2 milhões de brasileiros são portadores de
    DRC (2006), 60% não sabem disso
•   70 mil em diálise
•   25 mil Tx renal com enxerto funcionante
•   DM, HAS, glomerulonefrites
•   1,5 milhão pessoas no mundo vivem com
    alguma TRS
•   Custo cumulativo global para próxima década
    1 trilhão
•   Brasil gasta 2 bilhões/ano ...

More Related Content

What's hot

Terapias de substituição renal
Terapias de substituição renalTerapias de substituição renal
Terapias de substituição renalJulio Cesar Matias
 
Aula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal AgudaAula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal AgudaJucie Vasconcelos
 
Insuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal CrônicaInsuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal Crônicaivanaferraz
 
Insuficiência renal aguda
Insuficiência renal agudaInsuficiência renal aguda
Insuficiência renal agudaAna Nataly
 
Métodos dialíticos contínuos
Métodos dialíticos contínuosMétodos dialíticos contínuos
Métodos dialíticos contínuosAroldo Gavioli
 
Diálise peritoneal e Hemodiálise.pptx
Diálise peritoneal e Hemodiálise.pptxDiálise peritoneal e Hemodiálise.pptx
Diálise peritoneal e Hemodiálise.pptxMIRIAN FARIA
 
Assistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptx
Assistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptxAssistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptx
Assistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptxVeridyanaValverde1
 
Assistência de enfermagem a portadores de doenças endócrinas.
Assistência de enfermagem a portadores de doenças endócrinas.Assistência de enfermagem a portadores de doenças endócrinas.
Assistência de enfermagem a portadores de doenças endócrinas.Andréa Ribeiro
 
Métodos dialíticos intermitentes
Métodos dialíticos intermitentesMétodos dialíticos intermitentes
Métodos dialíticos intermitentesAroldo Gavioli
 
Aula Insuficiência Renal Crônica
Aula Insuficiência Renal CrônicaAula Insuficiência Renal Crônica
Aula Insuficiência Renal CrônicaJucie Vasconcelos
 
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda Gobbi
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda GobbiInsuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda Gobbi
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda GobbiEduarda Gobbi
 
134491411 cuidados-de-enfermagem-ao-paciente-dialitico
134491411 cuidados-de-enfermagem-ao-paciente-dialitico134491411 cuidados-de-enfermagem-ao-paciente-dialitico
134491411 cuidados-de-enfermagem-ao-paciente-dialiticoAvelino Lopes
 
(2) sistema renal, dialise e hemodialise
(2) sistema renal, dialise e hemodialise(2) sistema renal, dialise e hemodialise
(2) sistema renal, dialise e hemodialiseRodrigo Vargas
 
Ins renal aguda e crônica
Ins renal aguda e crônicaIns renal aguda e crônica
Ins renal aguda e crônicapauloalambert
 
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica) Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica) cuidadoaoadulto
 

What's hot (20)

Terapias de substituição renal
Terapias de substituição renalTerapias de substituição renal
Terapias de substituição renal
 
Aula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal AgudaAula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal Aguda
 
Hemodiálise
HemodiáliseHemodiálise
Hemodiálise
 
IRC e Diálise
IRC e DiáliseIRC e Diálise
IRC e Diálise
 
Insuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal CrônicaInsuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal Crônica
 
Insuficiência renal aguda
Insuficiência renal agudaInsuficiência renal aguda
Insuficiência renal aguda
 
Métodos dialíticos contínuos
Métodos dialíticos contínuosMétodos dialíticos contínuos
Métodos dialíticos contínuos
 
Diálise peritoneal e Hemodiálise.pptx
Diálise peritoneal e Hemodiálise.pptxDiálise peritoneal e Hemodiálise.pptx
Diálise peritoneal e Hemodiálise.pptx
 
Assistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptx
Assistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptxAssistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptx
Assistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptx
 
Assistência de enfermagem a portadores de doenças endócrinas.
Assistência de enfermagem a portadores de doenças endócrinas.Assistência de enfermagem a portadores de doenças endócrinas.
Assistência de enfermagem a portadores de doenças endócrinas.
 
Métodos dialíticos intermitentes
Métodos dialíticos intermitentesMétodos dialíticos intermitentes
Métodos dialíticos intermitentes
 
Aula Insuficiência Renal Crônica
Aula Insuficiência Renal CrônicaAula Insuficiência Renal Crônica
Aula Insuficiência Renal Crônica
 
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda Gobbi
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda GobbiInsuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda Gobbi
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda Gobbi
 
Cópia de hemodialise.pdf
Cópia de hemodialise.pdfCópia de hemodialise.pdf
Cópia de hemodialise.pdf
 
134491411 cuidados-de-enfermagem-ao-paciente-dialitico
134491411 cuidados-de-enfermagem-ao-paciente-dialitico134491411 cuidados-de-enfermagem-ao-paciente-dialitico
134491411 cuidados-de-enfermagem-ao-paciente-dialitico
 
(2) sistema renal, dialise e hemodialise
(2) sistema renal, dialise e hemodialise(2) sistema renal, dialise e hemodialise
(2) sistema renal, dialise e hemodialise
 
Ins renal aguda e crônica
Ins renal aguda e crônicaIns renal aguda e crônica
Ins renal aguda e crônica
 
Insuficiência Renal
Insuficiência Renal Insuficiência Renal
Insuficiência Renal
 
Afecções Do Sistema gastro.pdf
Afecções Do Sistema gastro.pdfAfecções Do Sistema gastro.pdf
Afecções Do Sistema gastro.pdf
 
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica) Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
 

Similar to IRenal Aguda e Métodos Dialíticos

Similar to IRenal Aguda e Métodos Dialíticos (20)

Irc 2014
Irc 2014Irc 2014
Irc 2014
 
Emergências oncologias
Emergências oncologiasEmergências oncologias
Emergências oncologias
 
Transplante renal - Liga de Nefrologia UFC - Sobral
Transplante renal - Liga de Nefrologia UFC - SobralTransplante renal - Liga de Nefrologia UFC - Sobral
Transplante renal - Liga de Nefrologia UFC - Sobral
 
Doença Renal Crônica - Laboratório
Doença Renal Crônica - LaboratórioDoença Renal Crônica - Laboratório
Doença Renal Crônica - Laboratório
 
Cirrosis
CirrosisCirrosis
Cirrosis
 
DRC na APS
DRC na APSDRC na APS
DRC na APS
 
SÍNDROME CARDIORRENAL
SÍNDROME CARDIORRENALSÍNDROME CARDIORRENAL
SÍNDROME CARDIORRENAL
 
Pancreatite
PancreatitePancreatite
Pancreatite
 
Shr jornada hbdf
Shr jornada hbdfShr jornada hbdf
Shr jornada hbdf
 
SHR jornada hbdf
SHR jornada hbdfSHR jornada hbdf
SHR jornada hbdf
 
Sd hepato renal - caso clinico
Sd hepato renal - caso clinicoSd hepato renal - caso clinico
Sd hepato renal - caso clinico
 
Pancreatite Aguda Set 2008
Pancreatite Aguda Set 2008Pancreatite Aguda Set 2008
Pancreatite Aguda Set 2008
 
Hepatite alcoolica
Hepatite alcoolicaHepatite alcoolica
Hepatite alcoolica
 
Fast Hug
Fast HugFast Hug
Fast Hug
 
CFSH 7 - Injúria Renal Aguda.pptx
CFSH 7 - Injúria Renal Aguda.pptxCFSH 7 - Injúria Renal Aguda.pptx
CFSH 7 - Injúria Renal Aguda.pptx
 
Condutas em AVE
Condutas em AVECondutas em AVE
Condutas em AVE
 
Artigo diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque séptico
Artigo  diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque sépticoArtigo  diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque séptico
Artigo diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque séptico
 
Anticoagulante e Antiagregante
Anticoagulante e AntiagreganteAnticoagulante e Antiagregante
Anticoagulante e Antiagregante
 
Pancreatite aguda
Pancreatite agudaPancreatite aguda
Pancreatite aguda
 
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação ppManejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
 

More from Rodrigo Biondi

Reposicao Volemica E Drogas Vasoativas Na Uti
Reposicao Volemica  E Drogas Vasoativas Na UtiReposicao Volemica  E Drogas Vasoativas Na Uti
Reposicao Volemica E Drogas Vasoativas Na UtiRodrigo Biondi
 
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãOSepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãORodrigo Biondi
 
SíNdrome Compartimental Abdominal
SíNdrome Compartimental AbdominalSíNdrome Compartimental Abdominal
SíNdrome Compartimental AbdominalRodrigo Biondi
 
Insuficiência Hepática Aguda
Insuficiência Hepática AgudaInsuficiência Hepática Aguda
Insuficiência Hepática AgudaRodrigo Biondi
 
Hemorragia Digestiva 2
Hemorragia Digestiva 2Hemorragia Digestiva 2
Hemorragia Digestiva 2Rodrigo Biondi
 
DoençAs Neuromusculares
DoençAs NeuromuscularesDoençAs Neuromusculares
DoençAs NeuromuscularesRodrigo Biondi
 
DistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSico
DistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSicoDistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSico
DistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSicoRodrigo Biondi
 
Controle GlicêMico Estrito Na Ti
Controle GlicêMico Estrito Na TiControle GlicêMico Estrito Na Ti
Controle GlicêMico Estrito Na TiRodrigo Biondi
 
Cetoacidose E Coma Hiperosmolar
Cetoacidose E Coma HiperosmolarCetoacidose E Coma Hiperosmolar
Cetoacidose E Coma HiperosmolarRodrigo Biondi
 
Monitorização Hemodinamica
Monitorização HemodinamicaMonitorização Hemodinamica
Monitorização HemodinamicaRodrigo Biondi
 
Suporte Enteral E Parenteral No Doente CríTico
Suporte Enteral E Parenteral No Doente CríTicoSuporte Enteral E Parenteral No Doente CríTico
Suporte Enteral E Parenteral No Doente CríTicoRodrigo Biondi
 

More from Rodrigo Biondi (18)

Pcr Academicos 2009
Pcr Academicos 2009Pcr Academicos 2009
Pcr Academicos 2009
 
Reposicao Volemica E Drogas Vasoativas Na Uti
Reposicao Volemica  E Drogas Vasoativas Na UtiReposicao Volemica  E Drogas Vasoativas Na Uti
Reposicao Volemica E Drogas Vasoativas Na Uti
 
SedaçãO Em Cti
SedaçãO Em CtiSedaçãO Em Cti
SedaçãO Em Cti
 
Sepse Academicos 2009
Sepse Academicos 2009Sepse Academicos 2009
Sepse Academicos 2009
 
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãOSepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
 
SíNdrome Compartimental Abdominal
SíNdrome Compartimental AbdominalSíNdrome Compartimental Abdominal
SíNdrome Compartimental Abdominal
 
MonitorizaçãO Neuro
MonitorizaçãO NeuroMonitorizaçãO Neuro
MonitorizaçãO Neuro
 
Manejo Da Via Aérea
Manejo Da Via AéreaManejo Da Via Aérea
Manejo Da Via Aérea
 
Insuficiência Hepática Aguda
Insuficiência Hepática AgudaInsuficiência Hepática Aguda
Insuficiência Hepática Aguda
 
Hemorragia Digestiva 2
Hemorragia Digestiva 2Hemorragia Digestiva 2
Hemorragia Digestiva 2
 
Embolia Pulmonar
Embolia PulmonarEmbolia Pulmonar
Embolia Pulmonar
 
DoençAs Neuromusculares
DoençAs NeuromuscularesDoençAs Neuromusculares
DoençAs Neuromusculares
 
DistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSico
DistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSicoDistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSico
DistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSico
 
Controle GlicêMico Estrito Na Ti
Controle GlicêMico Estrito Na TiControle GlicêMico Estrito Na Ti
Controle GlicêMico Estrito Na Ti
 
Cetoacidose E Coma Hiperosmolar
Cetoacidose E Coma HiperosmolarCetoacidose E Coma Hiperosmolar
Cetoacidose E Coma Hiperosmolar
 
Monitorização Hemodinamica
Monitorização HemodinamicaMonitorização Hemodinamica
Monitorização Hemodinamica
 
Aula CCIH/CTI
Aula CCIH/CTIAula CCIH/CTI
Aula CCIH/CTI
 
Suporte Enteral E Parenteral No Doente CríTico
Suporte Enteral E Parenteral No Doente CríTicoSuporte Enteral E Parenteral No Doente CríTico
Suporte Enteral E Parenteral No Doente CríTico
 

IRenal Aguda e Métodos Dialíticos

  • 1. Dra Janaina Ferreira Nefrologista e Intensivista SBN-AMIB Centro do Rim – SMS
  • 2. Paciente do sexo masculino, 67 anos, admitido no CTI devido a endocardite bacteriana. Transferido de outro serviço com história de anemia, febre há 40 dias. Foi iniciado antibioticoterapia há 3 dias, após elucidação diagnóstica, com Vancomicina, Gentamicina e Rifampicina. Hidratado com cristalóide 2l/dia e em uso também de diurético diário. HPP: Fumante (1 maço/dia), portador de miocardiopatia isquêmica, IAM prévio, dislipidêmico e sedentário. Ex físico: dispneico, hipoxêmico, oligúrico, discreto edema Periférico. Peso=70Kg Ex complentares: Rx: congestão veno-capilar, velamento seio-costofrênico bilateral ECO: derrame pleural bilateral, imagem suspeita de vegetação em cabo de marcapasso, cava inferior dilatada, disfunção biventricular Laboratório: U= 60mg/dl Creat= 2,2mg/dl Hto= 32% Plaq=45.000/mm3
  • 3. A injúria deste paciente é crônica ou aguda???
  • 4. Quais são os critérios que definem Injúria Renal Aguda??? Eu conheço?
  • 5. DRC estágio III ....IRA: Nefrotoxicidade baixo débito cardíaco suspeita de nefrite Foi indicado CAT e cirurgia cardíaca
  • 7. De INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA para INJÚRIA RENAL AGUDA o que mudou??? 25% ptes críticos Mortalidade 28-90% > 30 definições na literatura “Abrupt and sustained decrease in glomerular filtration, urine output, or both”/ ADQI 2nd Int Consensus Conference 2002
  • 8. DIAGNOSTICAR Creatinina Estável, melhor ou pior?? Considerar >/= 0,3mg/dl 0,3mg/dl Diurese horária
  • 9. DEFINIR... ADQI – RIFLE, 2002
  • 12. pos- NTA - Estudos pos-mortem SEPSE + IRA = histopatologia normal >90% casos (Hotchkiss, CCM)
  • 13. Epidemiologia IRA – BEST study 2005 (Beginning and ending supportive therapy for the kidney) • Uchino, multicentrico • n=29269 ptes • (sep 2000-dez 2001) • AKI=1738 Choque séptico=47,5% • RRT= 72% Cirurgia= 34,3% • IRC=30% Choque card=26,9% • Mortalidade 52% UTI Hipovolemia= 25,6% 60,3% hpt Toxicidade=19% • Diálise alta= 13,8%
  • 14. INCIDÊNCIA • FATORES DE RISCO: Idade • 5% pacientes hpt Hipovolemia • 15% UTI Hipotensão Sepsis Disfç cardíaca, renal ou hepática prévia DM Exposição a nefrotoxinas
  • 15. OUTCOME • Permanência na UTI (dias) • RIFLE = R 8 - I 10 – F 16 • DRC = 13% sobreviventes (Best Kidney study)
  • 17. CIN
  • 18. CIN
  • 21. Solução 154mEq/l HCO3Na 154ml HCO3Na + 846ml SG5% Bolus 3ml/Kg/h 1h antes da exposição ao contraste 1ml/Kg/h durante e 6h após exposição Scr Inibe a formação de radicais livres por alcalinizar fluido tubular renal, reduzindo a injúria renal JAMA, May19,2004-vol 291, no 19
  • 22. Incidência da IRA RVM VALVULAR RVM + VALVULAR 2,5% IRA 2,8% IRA 4,6% IRA 1% IRA-D 1,7% IRA - D 3,3% IRA - D
  • 23. CRITÉRIOS PARA INÍCIO DA CRRT EM PACIENTES CRÍTICOS ADULTOS – Bellomo & Ronco (1998) Oligúria (< 200 ml/12h) Anúria (<50ml/12h) Hipercalemia >6,5 mEq/l Acidemia severa < 7,1 Azotemia uréia > 180mg/dl Edema órgão clinicamente significante Encefalopatia urêmica Pericardite urêmica
  • 24. CRITÉRIOS PARA INÍCIO DA CRRT EM PACIENTES CRÍTICOS ADULTOS Bellomo & Ronco Neuropatia/ miopatia urêmica Disnatremia severa >160 ou <115 Hipertermia overdose de drogas com toxina dialisável
  • 25. • ACIDEMIA • HIPERCALEMIA • Restrição proteica(0,6- • Emergência caso 0,8g/kg/dia), não se alterações ECG ou aplica a pacientes clínicas hipercatabólicos • Origem: nutrição, fluidos, suplementos • Tampão: bicarbonato de Sódio (EAP) • Gluconato de Cálcio, insulina, bicarbonato, • DER albuterol inalatório, sulfonato poliestireno Na # Resina de troca são contra-indicadas em pacientes em PO, risco de necrose intestinal e perfuração. Atenção para atraso no início da DER ou métodos menos eficientes por unidade de tempo (CRRT)
  • 26. DER precoce na IRA, melhor...
  • 28. INDICAÇÕES PARA DIÁLISE Paciente com limitado ou restrito acesso a terapia MOF > = 5, falência hepática x possibilidade de transplante, outras doenças terminais
  • 32. RESPONSABILIDADES DO ENFERMEIRO Cti Pro-Cardíaco
  • 33. SOLUÇÃO DE DIÁLISE E REPOSIÇÃO Sódio 132-140mEq/l Cloro 96-117mEq/l Cálcio 3,5mEq/l Magnésio 0,5-1,5mEq/l Lactato 40-30mEq/l (diálise contínua ) Glicose 1,360-100mg/dl Bicarbonato 30-35mEq/l (diálise intermitente ou prolongada)
  • 34. ACESSO CATETER VENOSO FÍSTULA AV
  • 39. Prognóstico da IRA • IRA isolada mortalidade 15% • Mortalidade UTI 72% X não UTI 32% • Necessidade de DER 71% UTI X 18% não UTI • Aumenta a mortalidade em UTI até 4x
  • 40. PREVENÇÃO • Comprovada: Evitar nefrotoxinas Dose única aminoglicosídeos Drogas modificadas: anfo B lipo, contraste não iônico • Possivelmente efetivo: Hidratar: radiocontraste, Monitorar nível drogas cisplatina, rabdomiólise, lise tumoral Adequar perfusão renal Controle glicêmico Baixa dose fenoldopam N-acetilisteína Alcalinização da urina: rabdomiólise, methotrexate, lise tumoral
  • 41. PREVENÇÃO • Inefetivo • Baixa dose de dopamina • Manitol • Diurético • Aminofilina • Peptídeo natriurético atrial
  • 42. Exames prévios 1 mês: EAS normal e creatinina 1,8mg/dl já internado em investigação diagnóstica e com anemia.
  • 43. QUEM TEM RISCO DE IRC??? Triagem - grupos de alto risco • Alta prioridade: (CDC, NKF, 2009) • A ser considerado: • HAS • Exposição drogas • DM tóxicas • DCV • Certas infecções • Idosos >60 anos crônicas • H Fam Doença • Certos tipos de Renal câncer
  • 44. Definição da DRC • Anormalidade estrutural ou funcional dos rins >/= 3 meses: 1- Dano renal: com ou sem diminuição da TFG anormalidades urinárias (proteinúria) bioq (sg e urina/fç tubular) estudos de imagem • 2- TFG<60ml/min/1,73m2 com ou sem dano renal
  • 46. Campanha Previna-se • 2 milhões de brasileiros são portadores de DRC (2006), 60% não sabem disso • 70 mil em diálise • 25 mil Tx renal com enxerto funcionante • DM, HAS, glomerulonefrites • 1,5 milhão pessoas no mundo vivem com alguma TRS • Custo cumulativo global para próxima década 1 trilhão • Brasil gasta 2 bilhões/ano ...