Filosofia como ferramenta para gestores enfrentarem desafios
1. DOSSIÊ PESSOAL FILOSOFIA COMO FERRAMENTA DO GESTOR
Para ficar
menos triste,
irritado, enlouquecido
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Embora tenham alcançado um sucesso espe-tacular
em tornar as pessoas mais ricas, as
sociedades contemporâneas vêm estimulan-do
os apetites individuais tão continuamen-te
que acabam por anular parte dos ganhos
obtidos. Quem afirma isso é o suíço Alain de
Botton, uma das grandes referências da filosofia mundial,
autor de livros como As Consolações da Filosofia, Desejo
de Status, A Arquitetura da Felicidade e Os Prazeres e Des-prazeres
do Trabalho (todos, ed. Rocco).
“Nas sociedades avançadas, pagam-nos salários ele-vados
que aparentemente nos fazem mais ricos, mas na
verdade o ‘efeito de rede’ (quando o valor de algo aumen-ta
à medida que mais pessoas o consomem) pode estar
nos empobrecendo, ao encorajar expectativas ilimita-das
e manter aberta a brecha entre o que queremos e o
que podemos ter”, afirma ele, em entrevista exclusiva a
HSM Management.
Expectativas tão altas dificilmente podem ser satisfei-tas
e o resultado é uma sociedade de pessoas “tristes,
irritadas, enlouquecidas” –e, como consequência, tam-bém
pouco produtivas. Para Alain de Botton e um número
crescente tanto de filósofos como de economistas e con-sultores
de empresas, a melhor solução para o problema
tende a ser a filosofia como uso pessoal, que põe o dedo
nas feridas individuais, fazendo cada um distanciar-se de
seu quadro para compreendê-lo melhor e, então, real-mente
encaixar-se.
DIAGNÓSTICO: CARÊNCIA
ENORME E PERMANENTE
As vantagens alcançadas em 2 mil anos de civilização oci-dental
são enumeradas por De Botton: aumento da ri-queza,
provisão de alimentos, conhecimento científico,
COMPREENDER O
PAPEL DO TRABALHO
NA VIDA E OLHAR
MENOS O QUE O OUTRO
TEM E MAIS PARA SI
MESMO É A PRIMEIRA
PROPOSTA DESTE
DOSSIÊ PARA QUE OS
GESTORES ENFRENTEM
OS DESAFIOS
PROFISSIONAIS QUE OS
ESPREITAM, CONFORME
REPORTAGEM QUE
INCLUI ENTREVISTA
EXCLUSIVA COM O
FILÓSOFO SUÍÇO
ALAIN DE BOTTON
A reportagem é de Laura Babini, colaboradora de HSM
MANAGEMENT, com a cooperação de Sílvio Anaz.
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diversidade de bens de consumo, segurança física, ex-pectativa
de vida e oportunidades econômicas. “Porém”,
adverte ele, “menos evidente e mais desconcertante do
que tudo isso é a maneira pela qual tais avanços mate-riais
podem perder sentido com o crescimento dos níveis
de ansiedade por status entre os cidadãos do Ocidente,
agora mais preocupados do que nunca com o prestígio, a
renda e o lucro.”
O sentimento de carência se mostra, além de imenso,
permanente: o que alguém é e tem nunca é suficiente. A
explicação do filósofo é que nosso sentimento sobre o limi-te
apropriado para algo, como a riqueza e a estima, surge
da comparação de nossa condição com a de um grupo de
referência, formado por aqueles que consideramos nos-sos
iguais. Se temos uma casa confortável e um trabalho
prazeroso, mas descobrimos, em uma reunião de ex-alu-nos,
que alguns de nossos velhos amigos (não há grupo
de referência mais forte) estão vivendo em casas maio-res
que a nossa, adquiridas com o rendimento que obtêm
em ocupações mais sedutoras, provavelmente nos senti-remos
infelizes.
“O sentimento de que poderíamos ser outro e não o que
somos, gerado pelos ganhos superiores daqueles que
consideramos iguais, nos provoca ansiedade e ressenti-mento”,
explica De Botton.
NUNCA FOI ASSIM
O filósofo suíço sustenta que vivemos em uma época di-ferente
de todas as outras, uma vez que é a ideia de opor-tunidade
individual que ocupa o primeiríssimo plano. “No
passado, vivíamos e morríamos no mesmo degrau da es-cada
social”, diz. “A ocupação de nossos pais determinava
a nossa. Os mercados financeiros eram primitivos e não
era fácil ter acesso ao capital. Os avanços tecnológicos
surgiam a cada 200 anos e as mudanças políticas eram
ainda menos frequentes.”
Hoje, teoricamente, não há mais limites que não possam
ser superados, e abundam nos jornais histórias de inicia-tivas
de mudar, perseverança, trabalho duro e autorreali-zação.
“Presume-se que tudo é possível para quem é cria-tivo
e obstinado, e dar-se por satisfeito com uma condição
modesta parece ser um grave erro ou até sinal de trans-torno
mental.”
O que De Botton argumenta é que a realidade mostra o
contrário: o êxito que altera a escada social é incomum, al-cançado
apenas por alguns entre muitos. Diferentemente
do que as notícias sugerem, explica ele, “a maioria dos ne-gócios
fracassa; poucos filmes são bem-sucedidos; ape-nas
algumas trajetórias profissionais são extraordinárias;
corpos e rostos, em sua maior parte, não são belos nem
perfeitos, e habitualmente essas pessoas estão quase
sempre tristes e preocupadas”. E a tristeza decorre do fato
de medirmos nossa condição com base em parâmetros
profundamente irreais.
É por isso que, apesar de dizer-se ateu e vir de um lar
culturalmente judeu, ainda que não religioso, De Botton
se confessa identificado com uma ideia de Santo Agosti-nho:
é pecado julgar um homem por sua condição ou po-sição
social. “Podemos ser iguais perante a lei e as urnas,
mas não há garantia de tratamento digno no escritório, na
vida social ou nos âmbitos das burocracias governamental
e comercial, especialmente nas grandes cidades, onde o
respeito é uma commodity racionada e escassa e a indife-rença
é a norma. Basta você colocar o pé em uma grande
metrópole para que alguém lhe dispare a inevitável per-gunta:
‘O que você faz?’.”
O esnobismo tornou-se um fenômeno mundial, segun-do
o filósofo: esnobe é “a pessoa que toma uma pequena
3. DOSSIÊ PESSOAL FILOSOFIA COMO FERRAMENTA DO GESTOR
parte do outro para fazer um julgamento completo sobre
quem o outro é”. O tipo de esnobismo que se vê por aí é o que
De Botton chama de “esnobismo ocupacional”, referindo-
-se às pessoas que “condicionam a atenção que nos darão
a nossa carreira e a nossos bens materiais”. No entanto,
ele não crê que as pessoas sejam particularmente mate-rialistas,
e sim que a sociedade vincula certas recompen-sas
emocionais com a aquisição de bens materiais. “Não
são os bens materiais o que queremos, mas suas recom-pensas”,
afirma.
ATITUDE EM RELAÇÃO AO TRABALHO
Em seu livro Os Prazeres e Desprazeres do Trabalho, De
Botton analisa por que trabalhamos, como trabalhar de
maneira mais tolerável e o que é uma vida profissional com
significado, entre outros temas.
“Estamos vivendo uma época estranha, com demissões,
desemprego, globalização e rápidas transformações tec-nológicas,
porém o aspecto mais extraordinário no campo
do trabalho talvez seja psicológico mais do que econômico
ou industrial”, analisa. “Tem a ver com nossa atitude em
face do trabalho e, mais especificamente, com a ampla ex-pectativa
de que o trabalho possa nos fazer felizes e ser o
centro de nossa vida.”
Novamente, nem sempre foi assim. Durante milhares
de anos, o trabalho era visto como uma obrigação inevi-tável,
algo que devia ser feito o mais rápido possível e do
qual se fugia recorrendo ao álcool ou à “intoxicação reli-giosa”.
Aristóteles foi o primeiro de muitos filósofos a afir-mar
que ninguém poderia ser livre se estava obrigado a
ganhar a vida trabalhando. Ter um trabalho, qualquer que
fosse, era similar à escravidão e negava toda possibilidade
de grandeza ou excelência, aponta De Botton. E acrescen-ta:
“A ideia de que o trabalho pode ser divertido teve de es-perar
até o Renascimento para obter alguma adesão”. Gê-nios
das artes como Rafael e Leonardo da Vinci mostraram
que uma pessoa poderia sentir-se melhor fazendo um tra-balho
extraordinário do que vivendo como um aristocrata
ocioso e que o trabalho talvez fosse a maior das bênçãos.
De Botton relaciona essa mudança de perspectiva com
aquela registrada em relação ao amor. Na era pré-moder-na,
estava amplamente estabelecido que ninguém podia
apaixonar-se e casar com o sujeito de sua paixão. O matri-mônio
se realizava por razões puramente comerciais, para
herdar a granja familiar ou garantir a continuidade dinás-tica,
e o amor era reservado à amante, com o prazer des-vinculado
das responsabilidades de criar os filhos. Então,
vieram os novos filósofos do amor, advogando que era pos-sível
casar-se com a pessoa amada.
Da mesma forma, pensadores como Adam Smith e Max
Weber destacaram a importância do trabalho para o pro-gresso
humano e muitos filósofos disseram ser possível
trabalhar por dinheiro e também para transformar os so-nhos
em realidade. “Herdamos essas duas crenças am-
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Foto: Mathias Marx
Saiba mais sobre
Alain de Botton
Prolífico autor que transita entre o romance e o ensaio,
combinando ficção com não ficção, Alain de Botton abar-ca
em suas obras uma diversidade de temas, não restritos
à filosofia; pode falar de amizade e de amor, e também de
viagens e arquitetura, por exemplo. Mas a questão essen-cial
que atravessa seus escritos e conferências é a preo-cupação
com a natureza humana: como vivemos, como
nos apaixonamos e como podemos encontrar felicidade e
satisfação em nossa vida cotidiana, pessoal e profissional.
De Botton nasceu na Suíça em 1969 e atualmente resi-de
em Londres. Formou-se em história pela Cambridge
University e começou a escrever muito jovem. Alcançou
a fama mundial em 1997, com a obra Como Proust Pode
Mudar Sua Vida (ed. Rocco), que marcou o início de sua
bem-sucedida carreira de escritor. Assíduo colaborador
de jornais e revistas, é membro do painel de literatura do
conselho de artes da Inglaterra. Além disso, tem partici-pado
da realização de documentários para a TV e ajuda a
dirigir a própria produtora, a Seneca Productions. Recen-temente
contribuiu para a criação de organizações como
The School of Life e Living Architecture, empresa que
constrói casas para aluguel de veraneio no Reino Unido
com base em projetos ousados de arquitetos renomados
que proponham outros modos de vida.
4. tende a ser danosa
a crença de que o
trabalho é virtuoso.
muitos trabalham só
para ter momentos de
ócio, quando se é feliz,
segundo aristóteles
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biciosas: que uma pessoa pode apaixonar-se e casar-se
(com o sujeito por quem se apaixonou) e ter um trabalho
que traga bons momentos. Mais ainda: tornou-se impos-sível
pensar que alguém pode ser feliz sem o trabalho.”
O fato é que essas ambiciosas ideias sobre o trabalho,
embora tragam ganhos, também fazem várias vítimas.
“Pense na quantidade de empreendedores que perderam
tudo porque desejaram excessivamente”, diz De Botton.
Ele explica: “A ideia de lançar um novo negócio é a chave
da moderna noção de realização, introduzida na socie-dade
por meio dos admiráveis perfis de empreendedo-res
de alta importância e associada a um relativo silêncio
sobre os fracassos e os não muito raros suicídios entre os
menos afortunados”.
O filósofo complementa esse conceito: “A probabilida-de
de alcançar o ponto mais alto na sociedade capitalista é
hoje somente um pouco maior do que era há quatro sécu-los
a probabilidade de ser aceito na nobreza francesa –e a
época aristocrática era mais amável, porque nela não se
equiparava cruelmente uma vida normal a um fracasso”.
O leitor pode observar isso com uma reflexão simples:
se alguém crê sinceramente que o trabalho pode ser
tudo em sua vida, o que faz quando se sente insatis-feito
ou é demitido? “Se as coisas no trabalho vão mal,
nós nos sentimos infelizes, entre outras coisas, porque
nossa promessa mais profunda de felicidade foi frustra-da”,
afirma De Botton.
O PARADOXO DE TRABALHAR
Alguns filósofos já apontaram que é imenso o dano causa-do
pela crença de que o trabalho é virtuoso. Por exemplo,
o filósofo e matemático britânico Bertrand Russell defen-deu,
no começo do século 20, a ideia de que o caminho para
a felicidade está na redução organizada do trabalho. Não à
toa, nas empresas é comum encontrar pessoas ansiosas
pelas férias, confirmando a observação de Aristóteles de
que, para muitos, a felicidade depende do lazer e que tra-balhamos
apenas para ter momentos de ócio. Além disso,
a palavra “trabalho” vem do latim “tripalium”, técnica de
tortura em que um condenado era preso a três paus finca-dos
no chão.
De todo modo, o trabalho é paradoxal. O filósofo brasi-leiro
Mario Sergio Cortella afirma que as sociedades oci-dentais
herdaram as duas visões de trabalho –como sofri-mento
e como realização. “As sociedades escravagistas,
como foram a sociedade grega clássica, a sociedade ro-mana
e, por herança, as sociedades ocidentais, tiveram a
ideia do trabalho como castigo ou indignidade. O escrava-gismo
pressupõe que há uma distinção entre aqueles que
têm direito ao esforço meramente intelectual e de direção
e outros que precisam suar o corpo.”
No entanto, com a reforma luterana e calvinista, quan-do
passou a ter força a ideia de que o trabalho dignifica o
homem, colocando-o como ferramenta de salvação, isso
mudou. O problema é que agora chegamos a uma situa-ção
de “laborlatria”, como Cortella denomina a percepção
do trabalho como um ponto de referência exclusivo. “A ‘la-borlatria’
é a adoração do trabalho a ponto de este não ser
mais algo que realiza, e sim algo que escraviza e fere”, diz
o filósofo brasileiro. Por isso, ele procura fazer uma distin-ção
entre trabalho e emprego: “Emprego é fonte de renda
e trabalho é fonte de vida”.
Para o filósofo e economista francês radicado no Bra-sil
Jean Bartoli, o trabalho vai sempre oscilar entre as
duas dimensões, de realização e de sofrimento, e o dia
a dia o comprova. “Por mais que você goste de seu tra-balho,
em determinados momentos há coisas que o li-mitam,
atrapalham e pesam. De outro lado, em uma si-tuação
de trabalho difícil, sofrida, você tem momentos
de realização e alegria por algo bem-feito. Vivemos as
duas dimensões.”
AUToAJUDA x AUTO PRESERVAÇÃO
Compreendido o papel protagonista e polêmico do traba-lho
em nossa vida, os filósofos têm se dedicado a estu-dar
caminhos para estarmos “um pouco menos tristes,
irritados e enlouquecidos e alcançarmos certa sabedoria
e calma no mundo atual”, como diz Alain de Botton. Em
geral, trata-se de medidas que os céticos se apressam em
rotular de “autoajuda”, mas que também podem ser vis-tas
como uma decisão mais profunda em prol da vida com
qualidade e dignidade.
Em comum, essas medidas levam a pessoa a olhar
menos para o outro e mais para si mesma. Dois dos prin-cipais
pontos que De Botton tem desenvolvido giram em
torno de uma reaproximação da religião e de uma forma
diferente de educação, que reclassifica o conhecimen-to
humano.
Utilidade da religião. Algumas das mais interessantes
reflexões de De Botton encontram-se nesse front. “Em
5. DOSSIÊ PESSOAL FILOSOFIA COMO FERRAMENTA DO GESTOR
vez de limitar a questão aos grupos de fanáticos religio-sos
enfrentando um grupo de ateus fanáticos, tomo um
caminho diferente. Acredito que, mesmo para quem é
ateu ou não religioso, é possível considerar as religiões
esporadicamente úteis, interessantes e reconfortantes
e pensar em importar algumas de suas ideias e práticas
para o campo secular.”
O filósofo suíço sugere que, em vez de zombar das re-ligiões,
devemos entender que as ideias do mundo re-ligioso
podem ser úteis para melhorar a qualidade de
vida e satisfazer a necessidade humana de conexão e
transcendência. “Alguém pode ser indiferente às dou-trinas
da Trindade cristã e ao Caminho Quíntuplo budis-ta
e ainda assim estar interessado no modo pelo qual
as religiões geram um espírito de comunidade, fazem
uso da arquitetura e da arte, inspiram viagens, treinam
a mente e encorajam a gratidão diante da beleza da pri-mavera”,
afirma.
Novo modelo de ensino. Uma das realizações mais polê-micas
de Alain de Botton é a The School of Life (a escola da
vida), um tipo de universidade ideal, “onde se tem a opor-tunidade
de escapar das pressões comerciais e examinar
as grandes questões da vida, em um ambiente cheio de
gente fascinante, para se tornar uma pessoa melhor, mais
sábia e interessante”.
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Ele imaginava que qualquer universidade era assim, até
ingressar em uma e descobrir que as universidades cum-prem
a função de treinar as pessoas para uma carreira
específica ou oferecer rudimentos em temas como lite-ratura
ou história. Para ele, o distanciamento em relação
às religiões explica o problema. “Monastérios e seminá-rios
preocupavam-se em oferecer um aprendizado prático
para a vida; buscavam salvar sua alma, ensinar-lhe a ser
bom e sábio. Em uma sociedade mais secular, a ideia do
correto e do incorreto, ou do bom e do mau, infelizmente
nos envergonha.”
Em 2008, o filósofo juntou-se a um grupo de acadêmi-cos,
artistas e escritores e decidiu criar, no centro de Lon-dres,
a The School of Life. “No currículo de nossa escola,
não se encontram temas como filosofia, francês, história
ou os ‘clássicos’, mas cursos sobre morte, matrimônio, es-colha
de carreira, ambição, envelhecimento ou ‘mudar seu
mundo’. Com o tempo, aprende-se sobre livros e ideias que
as universidades tradicionais oferecem.”
Da mesma forma, a livraria da The School of Life eli-minou
as categorias tradicionais, como “ficção” ou “his-tória”,
e reclassificou as obras de acordo com proble-mas
particulares: “para os que se preocupam durante a
noite” ou “como ser feliz estando casado”, por exemplo. De
Botton chama essa livraria de “remédio para a alma” e
descreve sua The School of Life como uma modesta tenta-tiva
de mudar a maneira pela qual se pratica o ensino em
quase todo o mundo, capacitando as pessoas a tornar a
vida mais administrável e interessante.
A The School of Life promove cursos no Brasil desde abril
deste ano, onde é liderada por uma prima do filósofo, Jackie.
HSM Management
lições de AlaiN
DE BOTTON, entre
a filosofia e a
autoajuda
1 Não viva se comparando com seus colegas.
Concentre-se em sua zona de conforto e tenha
anseios realistas.
2 Resgate as boas práticas de campos como a
religião e estenda-as à empresa.
3 Trabalhe para se tornar uma pessoa melhor.
em vez de zombar
das religiões, deve-se
entender que suas
ideias são úteis para
melhorar a qualidade
de vida e satisfazer
necessidades humanas,
como a conexão