A GVT começou suas operações em 1999 no Brasil oferecendo serviços de telefonia fixa e internet banda larga. Ao longo dos anos expandiu suas operações e serviços, sendo adquirida pela Vivendi em 2009. Recentemente a Vivendi analisa vender a GVT para melhorar sua situação financeira, sendo a DirecTV o interessado mais forte até o momento.
Gvt – quebrando barreiras na velocidade de seus links
1. Centro Universitário Padre Anchieta
GVT – quebrando barreiras na velocidade de seus links
A GVT é resultado de um consórcio entre a holandesa Global
Village Telecom B.V. (92%) e as americanas COMTech
Communications Technologies (6%) e RSL Communications
(2%).
Com cerca de 16.000 funcionários, sendo 7.200 da matriz, é
uma operadora de telecomunicações brasileira e prestadora de soluções em comunicação.
Atuando comercialmente desde novembro do ano 2000, a GVT atende o mercado doméstico,
de pequenas e médias empresas e o mercado corporativo com foco em empresas de todas as
áreas de atuação interessadas em economia (custos de telecom) e serviços avançados.
Até hoje a marca e o nome da companhia seguem os mesmos e os executivos locais
continuam sob o comando do israelense Amos Genish, presidente da GVT desde 1999.
A matriz desta está localizada em Curitiba – PR. Seus primeiros passos estão datados em
agosto de 1999 onde ocorreu a aquisição da licença para a prestação de serviço de telefonia
fixa comutada (STFC) em edital da Agência Nacional de Telecomunicações. Pouco mais de um
ano à frente, contava com operação em apenas 24 cidades.
Já na implantação, a empresa tomou a decisão estratégica de desenhar e construir uma rede
de telecomunicações mais moderna do Brasil, voltada para a transmissão de dados em alta
velocidade. A rede da GVT tem mais fibra óptica que as redes de telecomunicações
convencionais o que confere qualidade e desempenho à banda larga contratada pelo cliente.
Em 2000, foi a primeira empresa de telecom a cobrar as ligações por minutos ao invés de
pulsos.
Em junho de 2002 teve seu primeiro lucro operacional
positivo. Neste mesmo ano, lançou o provedor de
internet POP que em 2004, atingiu 2 milhões de
usuários.
A operadora chegou em São Paulo em 2003. Também lançou nesta época o Turbonet
Profissional – ADSL com IP fixo. Onde houve início ao serviços de link de internet.
Em 2004 foi o lançamento do Webline que era uma linha exclusivamente dedicada para
conexão à internet discada até 56 kbps, com mensalidade fixa, independente do horário e do
tempo de permanência da conexão. Lançou
também o seu serviço de autenticação de banda
larga, puxando mais início a sua história de
provedora de internet. Neste ano também
começou a trabalhar com VoIP e operações com
códigos de longa distância em São Paulo e Rio
de Janeiro.
No ano de 2005 a GVT torna-se a primeira
operadora de telecomunicações a ter em seu
grupo de atuação uma empresa de VoIP ao
lançar a Vono, dedicada a oferecer serviços de
Renato Carli – renato.carli@gmail.com
1
2. Centro Universitário Padre Anchieta
comunicação via Internet.
Em 2006 ocorreu a transformação do tipo jurídico da GVT que passa a ser uma empresa
aberta sob a denominação S.A. A velocidade de 10MB passa a ser um produto da empresa e
uma das mais importantes conquistas ocorre neste mesmo ano, a aquisição da licença para
operar em todo o país como prestadora completa de serviços de telecomunicações com
telefonia fixa e de longa distância.
Em dezembro de 2007, a Geodex, empresa fornecedora de infra-estrutura e soluções de
telecomunicações para o mercado corporativo, foi adquirida pela GVT por quase R$ 110
milhões e atualmente está consolidada em sua estrutura. Com essa aquisição a GVT oferece
em seu portfólio de produtos o serviço de colocation, uma solução de Data Center, com
infraestrutura física para o armazenamento de equipamentos, servidores e aplicações com
segurança física, conectividade, climatização e suprimento de energia elétrica, estabilizada e
redundante. Porém a compra desta empresa não foi só pensando nestes serviços. Benefícios
com redução nos custos em despesas de backbone de longa distância foi o objetivo principal,
pois usou a rede da Geodex para substituir parte do uso da rede de terceiros e conectar ao
lado do país onde sua rede até então não atuava.
Em relação aos custos com aluguel de backbone de longa distância, a GVT estimou que num
período de um ano, após a aquisição da Geodex, teria uma economia de custos de
aproximadamente R$ 12 milhões. A rede da Geodex cobre aproximadamente 1/3 do custo de
backbone de longa distancia da GVT, sendo assim, devido ao crescimento esperado no tráfego
de dados na rede da GVT, para os próximos anos, existe um potencial de economia maior que
a estimada.
Renato Carli – renato.carli@gmail.com
2
3. Centro Universitário Padre Anchieta
No final do ano de 2009 a empresa francesa Vivendi, do ramo
de comunicação e entretenimento e dona de empresas como
a SFR e Activision Blizzard, concluiu a compra da GVT em um
negócio de R$ 7,7 bilhões. Sua oferta de R$ 56 por ação da
operadora superou a proposta de R$ 50,5 feita pela
Telefônica, que considerava a empresa como essencial para
sua estratégia no Brasil. Investidores da Vivendi inicialmente
criticaram o alto preço da aquisição, mas eventualmente
passaram a apreciar a GVT assim que a empresa começou a elevar os resultados do grupo
francês.
Em dezembro de 2010, a Vivendi enviou a Curitiba um executivo da SFR com a missão de
capacitar gerentes e diretores da GVT em áreas como gestão e logística de equipamentos de
TV, atendimento a clientes, estratégia de lançamento e proteção contra fraudes e pirataria.
Paralelamente, outros 20 executivos da Canal Plus, emissora de televisão que pertence ao
grupo Vivendi, foram destacados para analisar contratos com fornecedores. Vários desses
fornecedores são os mesmos usados pela Vivendi no exterior, o que possibilitou, por exemplo,
desconto de até 15% no aluguel do satélite que servirá para a distribuição do serviço de TV,
contratado para os próximos dez anos ao custo de R$ 240 milhões.
Em agosto de 2010, a GVT quebra paradigmas e lança a
banda larga de até 100 Mbps a partir de R$ 49,90, e eleva o
padrão de conexão a Internet no país. No final deste ano, a
GVT também iniciou uma parceria com a Universal Music ao
lançar o Power Music Club, plataforma que permite aos
usuários de banda larga da empresa ouvir músicas e assistir
a vídeos dos artistas da gravadora gratuitamente. O objetivo
da oferta foi um chamariz para novos clientes diante de concorrentes gigantes, como
Telefônica e Oi, que já oferecem banda larga em mais de 4.000 municípios do país. A maior
vantagem da GVT está na estrutura de fibra óptica da companhia, diferentemente dos
concorrentes, que ainda têm grandes redes de cobre.
“Com uma estrutura mais nova, a GVT ganha em velocidade do serviço por um preço igual ou
menor que o dos concorrentes”, diz Julio Puschel, analista da consultoria inglesa Informa,
especialista no setor.
Aquisições podem fazer parte do plano da empresa. Executivos da GVT analisaram a compra
da AES Atimus, empresa de telecomunicações do grupo AES no país — que acabou nas mãos
da TIM em julho. Em maio de 2011 um time da GVT iniciou conversas para a compra da Nextel
no Brasil. Com a compra da operadora de telefonia móvel, a GVT dobraria suas receitas de
uma hora para outra.
Como a empresa passou por expansões, parcerias e aquisições, faltava mudar a apresentação
da fachada: a logomarca. Em maio de 2011, foi apresentado um novo logotipo, onde o
"swoosh" foi substituído por um arco sob o T, que simboliza a satisfação do funcionário e do
Renato Carli – renato.carli@gmail.com
3
4. Centro Universitário Padre Anchieta
cliente. Alcides Troller, vice presidente de marketing e vendas da empresa, estima que quase
20 milhões foram necessários para essa troca da identidade visual, onde a atualização da frota
e os edifícios da empresa estão nesta cifra.
Antigo logo Logo atual
Em agosto de 2011 a empresa já estava presente em 104 cidades, 17 estados do país, com
estimativa de saltar para 200 cidades, entre as quais mercados como São Paulo. O
investimento total previsto seria de R$ 15 bilhões. Para acelerar o ritmo de expansão, além do
aporte financeiro, a Vivendi vem se valendo também da experiência de outras companhias do
grupo. Foi o caso do serviço de TV por assinatura, lançado em outubro de 2011. Genish
acredita que 20% das receitas da GVT, nos próximos 5 anos, serão provenientes dos serviços
de TV.
Neste ano (2012), em pesquisa realizada pela revista INFO e portal INFO, que avalia produtos
e serviços de 14 categorias a GVT obteve nota 8,2, resultado bem acima dos demais
concorrentes – o segundo colocado em banda larga obteve 6,6. Nos últimos três anos, a GVT
também foi escolhida pela mesma publicação a melhor banda larga do Brasil, no prêmio
‘Inovação que faz a diferença’. Um dos motivos deste reconhecimento está no fato de, além
dos investimentos em telecomunicações, a empresa firmar uma parceria com a Activision
Blizzard (esta também pertencente ao grupo da Vivendi), líder mundial em games online. Este
acordo garante benefícios exclusivos a clientes da Banda Larga Power GVT.
Segundo o levantamento elaborado pela revista EXAME em parceria com o Instituto Ibero-
Brasileiro de Relacionamento com o Cliente (IBRC) em 2012, a GVT ficou em 24º em um
ranking com 100 empresas.
A banda larga da GVT oferece aos clientes ultravelocidades de até 100Mbps, sem limite de
download e com a maior taxa de upload do mercado. A velocidade média da base de clientes
da GVT é de 11,2Mbps, índice muito acima da velocidade média brasileira, de 1,8Mbps, e da
mundial, que é de 2,3Mbps, segundo dados do Instituto Akamai.
A empresa não estabelece cláusulas contratuais com percentual mínimo de navegação e sua
rede permite a entrega da velocidade contratada, podendo até ultrapassá-la. Isso é possível
porque a rede da GVT é voltada para a transmissão de dados em alta velocidade, com
estrutura FTTC (fiber to the cabinet), em que a fibra chega mais perto da casa do cliente,
garantindo a entrega da velocidade com alto desempenho e mais estabilidade.
Com uma proposta de valor baseada em oferecer o que há de mais avançado em
telecomunicações, entregar mais ao cliente a preços acessíveis e praticar alto padrão de
atendimento, a GVT é a operadora que tem os clientes mais satisfeitos do Brasil e com os
maiores índices de recomendação. Os dados são da pesquisa realizada semestralmente pelo
Renato Carli – renato.carli@gmail.com
4
5. Centro Universitário Padre Anchieta
Instituto Gallup, desde 2009, para medir o nível de engajamento do cliente quanto à satisfação,
continuidade, recomendação e fidelidade.
Desde agosto de 2012 a GVT continua ampliando sua cobertura chegando a mais quatro
cidades com serviços de banda larga, telefonia fixa e TV paga. As novas praças são os
municípios de Arujá (SP), Rondonópolis (MT), Rio Verde (GO) e São Gonçalo (RJ). Para entrar
nos novos mercados, a operadora investiu mais de 22 milhões de reais.
Na cidade de Arujá, a rede da GVT alcança 65% da área urbana local. Já em Rondonópolis
(MT), a cobertura inicial é de 35%. A operadora está presente no Mato Grosso desde o início
da sua operação nacional, em 2000, na capital Cuiabá e cidade de Várzea Grande, região
metropolitana.
Com essas novas praças, a GVT passa a cobrir 135 cidades em todo o País, sendo 16 no
estado de São Paulo, e chega a 2 milhões de clientes banda larga em todo o país.
Atuação em 2000 – 7 estados/24 municípios Atuação em 2012 – 20 estados/135 municípios
Recentemente, julho de 2012, a Vivendi começou a rever sua
estrutura para reverter uma queda contínua no preço de suas
ações. Bancos de investimento estão lançando ideias para
venda de unidades ou divisão completa dos negócios do grupo.
Devido a isso, vender a operadora brasileira de
telecomunicações GVT, é uma operação que poderá ajudar as
ações do grupo francês a recuperar terreno. A estimativa é que
a GVT vale hoje entre 7 e 8,5 bilhões de euros. Os potenciais interessados na GVT incluem a
Telefônica, a Oi, e a Telecom Italia, via sua unidade TIM Brasil e a América Móvil
(representanda no Brasil pela Claro). Porém o maior interessado nesta compra até o momento
está sendo a norte-americana DirecTV, a segunda maior operadora de TV paga do Brasil.
Renato Carli – renato.carli@gmail.com
5
6. Centro Universitário Padre Anchieta
Referências
GVT, http://www.gvt.com.br/portal/institucional/historia_2011.html - Acessado em 11/09/2012
EXAME, http://exame.abril.com.br/marketing/ranking-do-atendimento-ao-cliente/ - Acessado em
11/09/2012
ESTADAO, http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios+servicos,francesa-vivendi-
estuda-venda-da-gvt,119781,0.htm - Acessado em 11/09/2012
EXAME, http://exame.abril.com.br/negocios/empresas/aquisicoes-fusoes/noticias/vivendi-
contrata-bancos-para-vender-gvt - Acessado em 11/09/2012
EPOCA NEGÓCIOS, http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,ERT135433-
16355,00.html - Acessado em 12/09/2012
EXAME, http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0997/noticias/a-gvt-com-a-cara-da-
vivendi-sua-dona - Acessado em 13/09/2012
INFO, http://info.abril.com.br/aberto/infonews/112000/21112000-15.shl - Acessado em
13/09/2012
COMPUTERWORLD, http://computerworld.uol.com.br/telecom/2012/08/03/gvt-amplia-
cobertura-em-sp-e-chega-a-aruja/ - Acessado em 13/09/2012
GALLUP, http://www.gallup.com.br - Acessado em 13/09/2012
ISTO É DINHEIRO, http://www.istoedinheiro.com.br/artigos/56242_ELE+E+O+CARA/ -
Acessado em 13/09/2012
GEODEX, http://www.geodex.com.br/ - Acessado em 13/09/2012
ACIONISTA.COM.BR, http://www.acionista.com.br/home/gvt/131207_fato_relevante.pdf -
Acessado em 13/09/2012
REUTERS BRASIL,
http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE86I04R20120719?pageNumber=1&virtualBrandC
hannel=0 – Acessado em 13/09/2012
REUTERS BRASIL, http://br.reuters.com/article/businessNews/idBRSPE88I00X20120919 –
19/09/2012
Renato Carli – renato.carli@gmail.com
6