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NOÇÕES BÁSICAS
Profa. Renata M. Rodrigues
 email: rena7hynh@hotmail.com

  geo-educacao.blogspot.com.br
REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA

    Os mapas foram a primeira forma de expressão
     utilizada, surgindo antes mesmo da escrita.

    Com a formação das primeiras civilizações, os mapas
     foram       adquirindo     cada       vez      mais
     importância, deixando de desempenhar apenas uma
     função prática.

    Ao apresentar conhecimentos sobre determinada
     região, embutiam um valor simbólico, representando
     o poder e o domínio de determinados grupos.
   O mapa mais antigo, já encontrado, teria sido produzido
    pelos babilônios, por volta do ano 2500 a.C.
    Confeccionado sobre uma placa de argila cozida, o
    mapa mesopotâmico de Ga-Sur representava o vale de
    um rio, provavelmente o Eufrates.




Mapa de Ga-Sur, Mesopotâmia. Datado de 2500 a.C. Não tem título nem escalas.
   Além das coordenadas geográficas (localização) e da
    indicação do norte (orientação), um mapa precisa ter:

     TÍTULO: que nos informa quais são os fenômenos
      representados;
     LEGENDA: que nos mostra o significado dos
      símbolos utilizados;
     ESCALA: que permite calcular as distâncias no
      terreno a partir de medidas feitas na representação.
ATRIBUTOS DA CARTOGRAFIA

   A Cartografia deve assegurar que o mapa responda às
    seguintes questões:
     Espaciais:

      - Onde ocorre o fato
      - Qual a forma
      - Quais são as dimensões
     Temporal:

      - Quando ele ocorre
     Temático:

      - Qual o tipo de ocorrência
TIPOS E PRODUTOS CARTOGRÁFICOS

   GLOBO – representação cartográfica sobre uma superfície
    esférica, em escala pequena, dos aspectos naturais e artificiais
    de uma figura planetária, com finalidade cultural e ilustrativa.

   MAPA (Características)
     representação plana;
    geralmente em escala pequena;
    área            delimitada           por         acidentes         naturais
      (bacias, planaltos, chapadas, etc.), político-administrativos;
    destinação a fins temáticos, culturais ou ilustrativos.

A partir dessas características pode-se generalizar o conceito:
  “Mapa é a representação no plano, normalmente em escala pequena, dos
  aspectos geográficos, naturais, culturais e artificiais de uma área tomada na
  superfície de uma Figura planetária, delimitada por elementos
  físicos,    político-administrativos,    destinada     aos      mais  variados
  usos, temáticos, culturais e ilustrativos."
   CARTA (Características)
       representação plana;
       escala média ou grande;
       desdobramento em folhas articuladas de maneira sistemática;
       limites das folhas constituídos por linhas convencionais, destinada à
        avaliação precisa de direções, distâncias e localização de pontos, áreas
        e detalhes.
Da mesma forma que da conceituação de mapa, pode-se generalizar:
    “Carta é a representação no plano, em escala média ou grande, dos
    aspectos artificiais e naturais de uma área tomada de uma superfície
    planetária, subdividida em folhas delimitadas por linhas convencionais -
    paralelos e meridianos - com a finalidade de possibilitar a avaliação de
    pormenores, com grau de precisão compatível com a escala.”


   PLANTA - a planta é um caso particular de carta. A representação se
    restringe a uma área muito limitada e a escala é grande, consequentemente
    o nº de detalhes é bem maior.
    "Carta que representa uma área de extensão suficientemente restrita para
    que a sua curvatura não precise ser levada em consideração, e que, em
   CROQUI - é um esboço e não obedece a rotina técnica
    para a elaboração de mapas. Não tem como finalidade
    a divulgação para o público; contém informações sobre
    uma pequena área e supre a falta de uma
    representação cartográfica detalhada. (IBGE, 1993).



EXEMPLOS
  o MAPA

  o CARTA

  o PLANTA

  o CROQUI
Os mapas, de acordo com seus
objetivos e finalidades, podem
  ser divididos em três tipos:
 mapas gerais, especiais e
           temáticos.
MAPAS GERAIS (cartas topográficas)

   As informações contidas nesses mapas são
    muito genéricas, não permitindo aos
    especialistas,  ao   consultá-lo, obterem
    informações detalhadas.

   Os principais elementos representados nestes
    mapas são: divisão política, capitais e cidades
    de destaque, principais rodovias e ferrovias e
    algumas informações da parte física
    (rios, relevo, vegetação).
MAPAS ESPECIAIS

   Atende a um reduzido número de pessoas, em
    geral      técnicos,       como     geógrafos,
    meteorologistas, biólogos, geólogos e outros
    profissionais que se utilizam de mapas.

   As informações contidas nestes mapas estão
    relacionadas a estudos específicos e técnicos,
    sendo de pouca valia às pessoas fora da
    especialidade a que se destina.
MAPAS TEMÁTICOS

   É construído a partir de um mapa base,
    normalmente com informações políticas e
    hidrográficas, no qual são cartografados os
    demais fenômenos geográficos.

   Dependendo da área, pode ser aspectos
    geológicos, demográficos, cobertura vegetal,
    etc.
DIVISÃO      SUBDIVISÃO         OBJETIVO                 EXEMPLOS
BÁSICA
                          Conhecimento da           Plantas de cidades,
           CADASTRAL      superfície topográfica,   cartas de mapeamento
           TOPOGRÁFICA    nos seus fatos            sistemático, mapas de
 GERAL     GEOGRÁFICA     concretos, os acidentes   países, continentes,
                          geográficos naturais e    mapas-múndi.
                          as obras do homem.
                                                  Cartas aeronáuticas,
           AERONÁUTICA                            voo, de aproximação de
           NÁUTICA        Servir exclusivamente a aeroportos, navegação
           METEOROLOGIA   um determinado fim, a marítima, mapas do
ESPECIAL   TURÍSTICA      uma técnica ou ciência. tempo, previsão, mapa
           GEOTÉCNICA                             da qualidade do
           ASTRONOMIA,                            subsolo para
           ETC.                                   construção, proteção
                                                  de encostas.
                          Expressar               Mapa geológico,
           ESTATÍSTICA    determinados            pedológico,
TEMÁTICO   SÍNTESE        conhecimentos           precipitação,
                          particulares para uso   população,
                          geral                   econômicos, etc.
ESCALAS

   O mapa/carta/planta é uma redução proporcional da
    realidade.
   E é a escala que estabelece quantas vezes o espaço
    real sofreu redução.

   A ESCALA é considerada PEQUENA quando se
    reduzem muito os elementos.
              Ex.: 1:500000 ou 1:1000000
   É considerada GRANDE quando os elementos são
    pouco reduzidos.
              Ex.: 1:100 ou 1:5000
As escalas podem ser indicadas
 de duas maneiras, através de
uma representação numérica
  ou de uma representação
            gráfica.
Numérica – é representada por uma fração e
  normalmente é dada em centímetro. Exemplo:

   1    = dimensão gráfica =
500.000     dimensão real

= 1/500000 ou 1:500000


  Gráfica – é representada por uma linha reta graduada,
  tendo como módulo básico o centímetro. Exemplo:

    0   120 km
REPRESENTAÇÕES CARTOGRÁFICAS, ESCALAS E PROJEÇÕES - NOÇÕES BÁSICAS
   Todos     os     mapas    são
    representações aproximadas
    da superfície terrestre;
   É impossível representar uma
    superfície curva em uma
    superfície plana sem que haja
    deformações;
   Por isso os mapas preservam
    certas    características  ao
    mesmo tempo em que alteram
    outras.
    TODO MAPA POSSUI DISTORÇÕES DE DIREÇÃO, ÁREA OU FORMA!
REPRESENTAÇÕES CARTOGRÁFICAS, ESCALAS E PROJEÇÕES - NOÇÕES BÁSICAS
CLASSIFICAÇÃO DAS PROJEÇÕES

 Os tipos de propriedades geométricas que
  caracterizam as projeções cartográficas, em
  suas relações entre a esfera (Terra) e um plano
  (mapa), são:
a) Conformes – os ângulos são mantidos
   idênticos (na esfera e no plano) e as áreas são
   deformadas.
b) Equivalentes – as áreas apresentam-se
   idênticas e os ângulos deformados.
c) Equidistantes - é a que não apresenta
    deformações lineares, isto é, os comprimentos
    são representados em escala uniforme.
d) Afiláticas – as áreas         e   os   ângulos
   apresentam-se deformados
a) Projeções Conformes
•   Preserva os ângulos.
•   Paralelos e os
    meridianos se cruzam
    em ângulos retos
•   Distorce-se a forma dos
    objetos no mapa
b) Projeções Equivalentes
•  Não deformam áreas, conservando uma relação
   constante da área;
•  Alteram as formas.




 Peters, cilíndrico equivalente
COMPARAÇÃO: CONFORME/EQUIVALENTE




  Proporção no mapa Mercator   Proporção no
                               mapa Mollweide
c) Projeções Equidistantes
•   São as projeções que não apresentam deformações em linha reta;
•   Isso só é possível em determinada direção.
•   São menos empregadas que as projeções conformes e
    equivalentes, porque raramente é desejável um mapa com
    distâncias corretas apenas em uma direção.
d)    Projeções Afiláticas
•    Não possui nenhuma das propriedades anteriores.
     EQUIVALÊNCIA, CONFORMIDADE E EQUIDISTÂNCIA VARIAM
Quanto ao tipo de superfície adotada, são classificadas
em: CILÍNDRICAS, PLANAS OU AZIMUTAIS E
CÔNICAS.




                     Projeção Cilíndrica - o
                     mapa     é     construído
                     imaginando-o desenhado
                     num cilindro tangente ou
                     secante à superfície da
                     Terra, que é depois
                     desenrolado.
PROJEÇÃO DE MERCATOR




Gerard Mercator (1512-1594) desenvolveu seu trabalho, durante as grandes
navegações do século XIV. Do continente europeu partiram navios para
a África, América e Ásia. A projeção é a mais apropriada à navegação marítima
e mostra uma visão eurocêntrica do mundo.
PROJEÇÃO DE PETERS




Peters combateu a imagem de superioridade dos países do Norte
representada nos planisférios derivados da projeção de Mercator. Seu
pressuposto de que todos os países deveriam ser retratados no mapa-múndi
de forma fiel a sua área, dá destaque os países subdesenvolvidos.
PROJEÇÃO DE HOBO-DYER
Projeção Azimutal (ou
plana) - O mapa numa
projeção   azimutal    é
construído sobre um
plano tangente a um
ponto qualquer da esfera
terrestre. Este ponto
ocupa sempre o centro
do mapa.
A projeção azimutal é usada, em geral, para representar as
regiões polares e suas proximidades e para localizar um
país na posição central, tornando possível o cálculo de sua
distância em relação a qualquer ponto da superfície
terrestre.




                       O emblema da ONU é uma projeção azimutal.
Projeção Azimutal Equivalente de Lamber




Projeção Equidistante Azimutal
Projeção Cônica - o
mapa      é  construído
imaginando-o
desenhado num cone
que envolve a esfera
terrestre, que é em
seguida desenrolado.
   Essa projeção é utilizada para representar partes da
     superfície terrestre, como o trecho de um continente.




Na projeção cônica, as distorções próximas ao paralelo de
contato com o cone são pequenas e aumentam à medida
que as superfícies representadas se distanciam desse
paralelo.
Projeção Cônica Equivalente de Albers




Projeção Cônica Conforme de Lambert
REPRESENTAÇÕES CARTOGRÁFICAS, ESCALAS E PROJEÇÕES - NOÇÕES BÁSICAS
OUTROS EXEMPLOS DE
                  PROJEÇÕES
       Projeção de Mollweide         Projeção de Goode, que modifica
Os paralelos são linhas retas e os           a de Moolweide
meridianos, linhas curvas. Sua       É uma projeção descontínua, pois
área é proporcional à da esfera      tenta    eliminar    várias   áreas
terrestre, tendo a forma elíptica.   oceânicas. Goode coloca os
As zonas centrais apresentam         meridianos centrais da projeção
grande exatidão, tanto em área       correspondendo aos meridianos
como em configuração, mas as         quase centrais dos continentes para
extremidades apresentam grandes      lograr maior exatidão.
distorções.
OUTROS EXEMPLOS DE
    PROJEÇÕES
         Projeção de Holzel
  Projeção    equivalente,  seu
  contorno      elipsoidal   faz
  referência à forma aproximada
  da Terra que tem um ligeiro
  achatamento nos pólos.
   São mapas esquemáticos, sem escala cartográfica,
    representações em que as áreas sofrem deformações
    matematicamente calculadas, tornando-se diretamente
    proporcionais a um determinado critério que se está
    considerando.
   Em Geografia usamos essa técnica para representar
    cartograficamente temas e visualizá-los   de forma
    diferente da habitual.
   A superfície de cada espaço cartografado vai mudar
    proporcionalmente segundo uma determinada variável.
ÁREA DA TERRA




DESENVOLVIMENTO HUMANO
DIFUSÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA




  DIFUSÃO DA LÍNGUA INGLESA
GASTOS COM SAÚDE




MORTES POR FOME
MORTES POR HIV/AIDS




MORTES POR DENGUE
MORTES RELACIONADAS A DEPRESSÃO




    AFETADOS POR DESASTRES
MORTOS EM GUERRAS




 INDÚSTRIA MILITAR
USUÁRIOS DE INTERNET 2002




   CATÓLICOS ROMANOS
PIB E POPULAÇÃO
O PODER CIENTÍFICO
            Os EUA são os maiores e mais eficazes
produtores de ciência e, de longe, o maior mercado científico do
                             mundo
PIB POR ESTADOS NO BRASIL
   Os dados estatísticos, normalmente aplicados
    nessa transformação são os de população, PIB,
    exportação     de  produtos   manufaturados,
    mortalidade, etc.

   A cartografia por anamorfose é um
    instrumento interessante para as análises
    comparativas e é também "um documento de
    comunicação e não uma representação do
    mundo real.”
REPRESENTAÇÕES CARTOGRÁFICAS, ESCALAS E PROJEÇÕES - NOÇÕES BÁSICAS
REPRESENTAÇÕES CARTOGRÁFICAS, ESCALAS E PROJEÇÕES - NOÇÕES BÁSICAS
Se a sua primeira impressão foi que
   o Brasil está de cabeça para
baixo, isto significa que o seu ponto
 de orientação ainda é europeu, e
            não brasileiro.
A Cartografia Brasileira é baseada nos padrões europeus de
Cartografia marítima, nos quais a Estrela Polar determina o
"Norte". Antes da navegação marítima, o ponto de referência
era o Sol, e os mapas apontavam para o oriente. Até hoje,
usamos termos como "orientar-se" e "desnorteado".

Em um mapa verdadeiramente brasileiro, o ponto de
referência seria o Cruzeiro do Sul e não a estrela polar, o
Brasil seguramente estaria no centro, e os europeus
achariam que estavam sendo representados "de cabeça
para baixo".

A imagem apresenta o primeiro mapa sob a ótica
brasileira, em uma projeção chamada de equidistante,
que mede as distâncias de todos os países vizinhos.
A POLÊMICA SOBRE O SÍMBOLO DA
               ONU




1. Qual o tipo de projeção utilizado no símbolo da
   ONU?
2. Que tipo de distorção ocorre nessa projeção?
   Observando o símbolo da ONU vemos que é uma projeção
    azimutal, cujo centro escolhido foi um ponto no Pólo
    Norte, um local neutro e que permite a visualização de
    todos os contingentes.

   O resultado era um questionamento quanto a neutralidade
    do símbolo, que destaca próximo ao centro os países:
    EUA, Reino Unido, França, Rússia e a China. Exatamente
    os membros o conselho da ONU que são
    representados com maior exatidão e destaque.

   Já os países “periféricos” são representados exatamente
    nas áreas mais periféricas da projeção , sofrendo maior
    distorção.
   Ficando a pergunta, sem resposta, o símbolo
    realmente foi feito para representar a união
    entre as nações ou para reproduz a hierarquia
    de poder na ONU e a “divisão internacional do
    trabalho”. Onde o Norte (países centrais)
    desenvolvido ditam as “regras” e os países do
    “Sul”(Periféricos) acatam.
PARA CONCLUIR....
   Podemos concluir que não há uma forma certa
    ou errada de representar o mundo, mas cada
    uma delas expressa um ponto de vista de um
    país ou de um povo.

   A cartografia expressa, em cada um de seus
    produtos, um ponto de vista sobre o mundo,
    uma versão da realidade.

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ProjeçõEs CartográFica, Mapas E Atividades Ulbra ConcóRdia
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A representação do espaço geográfico
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A representação do espaço geográfico
 
Mapas escalas e projeções cartográficas
Mapas escalas e projeções cartográficasMapas escalas e projeções cartográficas
Mapas escalas e projeções cartográficas
 

REPRESENTAÇÕES CARTOGRÁFICAS, ESCALAS E PROJEÇÕES - NOÇÕES BÁSICAS

  • 1. NOÇÕES BÁSICAS Profa. Renata M. Rodrigues email: rena7hynh@hotmail.com geo-educacao.blogspot.com.br
  • 2. REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA  Os mapas foram a primeira forma de expressão utilizada, surgindo antes mesmo da escrita.  Com a formação das primeiras civilizações, os mapas foram adquirindo cada vez mais importância, deixando de desempenhar apenas uma função prática.  Ao apresentar conhecimentos sobre determinada região, embutiam um valor simbólico, representando o poder e o domínio de determinados grupos.
  • 3. O mapa mais antigo, já encontrado, teria sido produzido pelos babilônios, por volta do ano 2500 a.C. Confeccionado sobre uma placa de argila cozida, o mapa mesopotâmico de Ga-Sur representava o vale de um rio, provavelmente o Eufrates. Mapa de Ga-Sur, Mesopotâmia. Datado de 2500 a.C. Não tem título nem escalas.
  • 4. Além das coordenadas geográficas (localização) e da indicação do norte (orientação), um mapa precisa ter:  TÍTULO: que nos informa quais são os fenômenos representados;  LEGENDA: que nos mostra o significado dos símbolos utilizados;  ESCALA: que permite calcular as distâncias no terreno a partir de medidas feitas na representação.
  • 5. ATRIBUTOS DA CARTOGRAFIA  A Cartografia deve assegurar que o mapa responda às seguintes questões:  Espaciais: - Onde ocorre o fato - Qual a forma - Quais são as dimensões  Temporal: - Quando ele ocorre  Temático: - Qual o tipo de ocorrência
  • 6. TIPOS E PRODUTOS CARTOGRÁFICOS  GLOBO – representação cartográfica sobre uma superfície esférica, em escala pequena, dos aspectos naturais e artificiais de uma figura planetária, com finalidade cultural e ilustrativa.  MAPA (Características)  representação plana;  geralmente em escala pequena;  área delimitada por acidentes naturais (bacias, planaltos, chapadas, etc.), político-administrativos;  destinação a fins temáticos, culturais ou ilustrativos. A partir dessas características pode-se generalizar o conceito: “Mapa é a representação no plano, normalmente em escala pequena, dos aspectos geográficos, naturais, culturais e artificiais de uma área tomada na superfície de uma Figura planetária, delimitada por elementos físicos, político-administrativos, destinada aos mais variados usos, temáticos, culturais e ilustrativos."
  • 7. CARTA (Características)  representação plana;  escala média ou grande;  desdobramento em folhas articuladas de maneira sistemática;  limites das folhas constituídos por linhas convencionais, destinada à avaliação precisa de direções, distâncias e localização de pontos, áreas e detalhes. Da mesma forma que da conceituação de mapa, pode-se generalizar: “Carta é a representação no plano, em escala média ou grande, dos aspectos artificiais e naturais de uma área tomada de uma superfície planetária, subdividida em folhas delimitadas por linhas convencionais - paralelos e meridianos - com a finalidade de possibilitar a avaliação de pormenores, com grau de precisão compatível com a escala.”  PLANTA - a planta é um caso particular de carta. A representação se restringe a uma área muito limitada e a escala é grande, consequentemente o nº de detalhes é bem maior. "Carta que representa uma área de extensão suficientemente restrita para que a sua curvatura não precise ser levada em consideração, e que, em
  • 8. CROQUI - é um esboço e não obedece a rotina técnica para a elaboração de mapas. Não tem como finalidade a divulgação para o público; contém informações sobre uma pequena área e supre a falta de uma representação cartográfica detalhada. (IBGE, 1993). EXEMPLOS o MAPA o CARTA o PLANTA o CROQUI
  • 9. Os mapas, de acordo com seus objetivos e finalidades, podem ser divididos em três tipos: mapas gerais, especiais e temáticos.
  • 10. MAPAS GERAIS (cartas topográficas)  As informações contidas nesses mapas são muito genéricas, não permitindo aos especialistas, ao consultá-lo, obterem informações detalhadas.  Os principais elementos representados nestes mapas são: divisão política, capitais e cidades de destaque, principais rodovias e ferrovias e algumas informações da parte física (rios, relevo, vegetação).
  • 11. MAPAS ESPECIAIS  Atende a um reduzido número de pessoas, em geral técnicos, como geógrafos, meteorologistas, biólogos, geólogos e outros profissionais que se utilizam de mapas.  As informações contidas nestes mapas estão relacionadas a estudos específicos e técnicos, sendo de pouca valia às pessoas fora da especialidade a que se destina.
  • 12. MAPAS TEMÁTICOS  É construído a partir de um mapa base, normalmente com informações políticas e hidrográficas, no qual são cartografados os demais fenômenos geográficos.  Dependendo da área, pode ser aspectos geológicos, demográficos, cobertura vegetal, etc.
  • 13. DIVISÃO SUBDIVISÃO OBJETIVO EXEMPLOS BÁSICA Conhecimento da Plantas de cidades, CADASTRAL superfície topográfica, cartas de mapeamento TOPOGRÁFICA nos seus fatos sistemático, mapas de GERAL GEOGRÁFICA concretos, os acidentes países, continentes, geográficos naturais e mapas-múndi. as obras do homem. Cartas aeronáuticas, AERONÁUTICA voo, de aproximação de NÁUTICA Servir exclusivamente a aeroportos, navegação METEOROLOGIA um determinado fim, a marítima, mapas do ESPECIAL TURÍSTICA uma técnica ou ciência. tempo, previsão, mapa GEOTÉCNICA da qualidade do ASTRONOMIA, subsolo para ETC. construção, proteção de encostas. Expressar Mapa geológico, ESTATÍSTICA determinados pedológico, TEMÁTICO SÍNTESE conhecimentos precipitação, particulares para uso população, geral econômicos, etc.
  • 14. ESCALAS  O mapa/carta/planta é uma redução proporcional da realidade.  E é a escala que estabelece quantas vezes o espaço real sofreu redução.  A ESCALA é considerada PEQUENA quando se reduzem muito os elementos. Ex.: 1:500000 ou 1:1000000  É considerada GRANDE quando os elementos são pouco reduzidos. Ex.: 1:100 ou 1:5000
  • 15. As escalas podem ser indicadas de duas maneiras, através de uma representação numérica ou de uma representação gráfica.
  • 16. Numérica – é representada por uma fração e normalmente é dada em centímetro. Exemplo: 1 = dimensão gráfica = 500.000 dimensão real = 1/500000 ou 1:500000 Gráfica – é representada por uma linha reta graduada, tendo como módulo básico o centímetro. Exemplo: 0 120 km
  • 18. Todos os mapas são representações aproximadas da superfície terrestre;  É impossível representar uma superfície curva em uma superfície plana sem que haja deformações;  Por isso os mapas preservam certas características ao mesmo tempo em que alteram outras. TODO MAPA POSSUI DISTORÇÕES DE DIREÇÃO, ÁREA OU FORMA!
  • 20. CLASSIFICAÇÃO DAS PROJEÇÕES  Os tipos de propriedades geométricas que caracterizam as projeções cartográficas, em suas relações entre a esfera (Terra) e um plano (mapa), são: a) Conformes – os ângulos são mantidos idênticos (na esfera e no plano) e as áreas são deformadas. b) Equivalentes – as áreas apresentam-se idênticas e os ângulos deformados. c) Equidistantes - é a que não apresenta deformações lineares, isto é, os comprimentos são representados em escala uniforme. d) Afiláticas – as áreas e os ângulos apresentam-se deformados
  • 21. a) Projeções Conformes • Preserva os ângulos. • Paralelos e os meridianos se cruzam em ângulos retos • Distorce-se a forma dos objetos no mapa
  • 22. b) Projeções Equivalentes • Não deformam áreas, conservando uma relação constante da área; • Alteram as formas. Peters, cilíndrico equivalente
  • 23. COMPARAÇÃO: CONFORME/EQUIVALENTE Proporção no mapa Mercator Proporção no mapa Mollweide
  • 24. c) Projeções Equidistantes • São as projeções que não apresentam deformações em linha reta; • Isso só é possível em determinada direção. • São menos empregadas que as projeções conformes e equivalentes, porque raramente é desejável um mapa com distâncias corretas apenas em uma direção.
  • 25. d) Projeções Afiláticas • Não possui nenhuma das propriedades anteriores. EQUIVALÊNCIA, CONFORMIDADE E EQUIDISTÂNCIA VARIAM
  • 26. Quanto ao tipo de superfície adotada, são classificadas em: CILÍNDRICAS, PLANAS OU AZIMUTAIS E CÔNICAS. Projeção Cilíndrica - o mapa é construído imaginando-o desenhado num cilindro tangente ou secante à superfície da Terra, que é depois desenrolado.
  • 27. PROJEÇÃO DE MERCATOR Gerard Mercator (1512-1594) desenvolveu seu trabalho, durante as grandes navegações do século XIV. Do continente europeu partiram navios para a África, América e Ásia. A projeção é a mais apropriada à navegação marítima e mostra uma visão eurocêntrica do mundo.
  • 28. PROJEÇÃO DE PETERS Peters combateu a imagem de superioridade dos países do Norte representada nos planisférios derivados da projeção de Mercator. Seu pressuposto de que todos os países deveriam ser retratados no mapa-múndi de forma fiel a sua área, dá destaque os países subdesenvolvidos.
  • 30. Projeção Azimutal (ou plana) - O mapa numa projeção azimutal é construído sobre um plano tangente a um ponto qualquer da esfera terrestre. Este ponto ocupa sempre o centro do mapa.
  • 31. A projeção azimutal é usada, em geral, para representar as regiões polares e suas proximidades e para localizar um país na posição central, tornando possível o cálculo de sua distância em relação a qualquer ponto da superfície terrestre. O emblema da ONU é uma projeção azimutal.
  • 32. Projeção Azimutal Equivalente de Lamber Projeção Equidistante Azimutal
  • 33. Projeção Cônica - o mapa é construído imaginando-o desenhado num cone que envolve a esfera terrestre, que é em seguida desenrolado.
  • 34. Essa projeção é utilizada para representar partes da superfície terrestre, como o trecho de um continente. Na projeção cônica, as distorções próximas ao paralelo de contato com o cone são pequenas e aumentam à medida que as superfícies representadas se distanciam desse paralelo.
  • 35. Projeção Cônica Equivalente de Albers Projeção Cônica Conforme de Lambert
  • 37. OUTROS EXEMPLOS DE PROJEÇÕES Projeção de Mollweide Projeção de Goode, que modifica Os paralelos são linhas retas e os a de Moolweide meridianos, linhas curvas. Sua É uma projeção descontínua, pois área é proporcional à da esfera tenta eliminar várias áreas terrestre, tendo a forma elíptica. oceânicas. Goode coloca os As zonas centrais apresentam meridianos centrais da projeção grande exatidão, tanto em área correspondendo aos meridianos como em configuração, mas as quase centrais dos continentes para extremidades apresentam grandes lograr maior exatidão. distorções.
  • 38. OUTROS EXEMPLOS DE PROJEÇÕES Projeção de Holzel Projeção equivalente, seu contorno elipsoidal faz referência à forma aproximada da Terra que tem um ligeiro achatamento nos pólos.
  • 39. São mapas esquemáticos, sem escala cartográfica, representações em que as áreas sofrem deformações matematicamente calculadas, tornando-se diretamente proporcionais a um determinado critério que se está considerando.  Em Geografia usamos essa técnica para representar cartograficamente temas e visualizá-los de forma diferente da habitual.  A superfície de cada espaço cartografado vai mudar proporcionalmente segundo uma determinada variável.
  • 41. DIFUSÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA DIFUSÃO DA LÍNGUA INGLESA
  • 44. MORTES RELACIONADAS A DEPRESSÃO AFETADOS POR DESASTRES
  • 45. MORTOS EM GUERRAS INDÚSTRIA MILITAR
  • 46. USUÁRIOS DE INTERNET 2002 CATÓLICOS ROMANOS
  • 48. O PODER CIENTÍFICO Os EUA são os maiores e mais eficazes produtores de ciência e, de longe, o maior mercado científico do mundo
  • 49. PIB POR ESTADOS NO BRASIL
  • 50. Os dados estatísticos, normalmente aplicados nessa transformação são os de população, PIB, exportação de produtos manufaturados, mortalidade, etc.  A cartografia por anamorfose é um instrumento interessante para as análises comparativas e é também "um documento de comunicação e não uma representação do mundo real.”
  • 53. Se a sua primeira impressão foi que o Brasil está de cabeça para baixo, isto significa que o seu ponto de orientação ainda é europeu, e não brasileiro.
  • 54. A Cartografia Brasileira é baseada nos padrões europeus de Cartografia marítima, nos quais a Estrela Polar determina o "Norte". Antes da navegação marítima, o ponto de referência era o Sol, e os mapas apontavam para o oriente. Até hoje, usamos termos como "orientar-se" e "desnorteado". Em um mapa verdadeiramente brasileiro, o ponto de referência seria o Cruzeiro do Sul e não a estrela polar, o Brasil seguramente estaria no centro, e os europeus achariam que estavam sendo representados "de cabeça para baixo". A imagem apresenta o primeiro mapa sob a ótica brasileira, em uma projeção chamada de equidistante, que mede as distâncias de todos os países vizinhos.
  • 55. A POLÊMICA SOBRE O SÍMBOLO DA ONU 1. Qual o tipo de projeção utilizado no símbolo da ONU? 2. Que tipo de distorção ocorre nessa projeção?
  • 56. Observando o símbolo da ONU vemos que é uma projeção azimutal, cujo centro escolhido foi um ponto no Pólo Norte, um local neutro e que permite a visualização de todos os contingentes.  O resultado era um questionamento quanto a neutralidade do símbolo, que destaca próximo ao centro os países: EUA, Reino Unido, França, Rússia e a China. Exatamente os membros o conselho da ONU que são representados com maior exatidão e destaque.  Já os países “periféricos” são representados exatamente nas áreas mais periféricas da projeção , sofrendo maior distorção.
  • 57. Ficando a pergunta, sem resposta, o símbolo realmente foi feito para representar a união entre as nações ou para reproduz a hierarquia de poder na ONU e a “divisão internacional do trabalho”. Onde o Norte (países centrais) desenvolvido ditam as “regras” e os países do “Sul”(Periféricos) acatam.
  • 58. PARA CONCLUIR....  Podemos concluir que não há uma forma certa ou errada de representar o mundo, mas cada uma delas expressa um ponto de vista de um país ou de um povo.  A cartografia expressa, em cada um de seus produtos, um ponto de vista sobre o mundo, uma versão da realidade.