O documento discute a origem e evolução dos museus. Começou como templos dedicados às Musas na Grécia antiga e passou a se referir a coleções de objetos de valor histórico e artístico durante o Renascimento. O primeiro museu moderno foi o Museu do Louvre em Paris em 1793. Museus têm um caráter educacional por servirem como espaços de pesquisa e ensino desde o início.
2. Museu é uma palavra de origem latina
proveniente do termo Museum, que por
sua vez deriva do grego mouseion.
Inicialmente, faz referência ao templo
dedicado às nove Musas, filhas de Zeus
como Mnemosine, a deusa da Memória.
Segundo o dicionário Aurelio:
Museu - Acepções · substantivo masculino 1 templo das Musas 2 (1789)
instituição dedicada a buscar, conservar, estudar e expor objetos de
interesse duradouro ou de valor artístico, histórico etc.
3. Entretanto, foi só a partir do
Renascimento que este termo passou
a ser aplicado em relação a coleções
de objetos de valor histórico e
artístico.
4. Existe uma controvérsia sobre o surgimento dos
museus e sobre qual deles deve ser considerado
o primeiro do mundo. Alguns autores sugerem
que deveríamos considerar que os museus
teriam começado com a lendária Biblioteca de
Alexandria, com seu complexo de salas de
estudo, bibliotecas, jardim botânico, parque
zoológico e observatório astronômico
5. No entanto, o primeiro museu criado de
acordo com a moderna acepção da
palavra, no entendimento da maioria dos
historiadores desta área, foi o Museu do
Louvre, em 1793, em Paris, na França.
6. “Os museus possuem um caráter
educacional vinculado à sua própria
origem, uma vez que, desde o início, se
configuravam como espaços de
pesquisa e ensino.”
(José M. Brandão ,1996),
7. A Museologia e a Educação, consideradas
como histórico-socialmente condicionadas,
assumem, em cada período histórico,
características que são resultado das ações
do homem, no mundo, fazendo com que
possamos considerá-las como possibilidade e
não como determinação. Daí, a necessidade
de contextualizá-las, situando-as no tempo e
no espaço compreendendo-as como ação
social e cultural.
8. Nesse sentido, compreendemos que a escola é
uma instituição que faz parte do patrimônio
cultural e, ao mesmo tempo, é alimentada por
diversos patrimônios culturais, representados
pelo conhecimento produzido e acumulado ao
longo dos anos, resultado da herança cultural
construída pelos sujeitos sociais ao longo da
vida, ou seja, a tradição, que deve ser
compreendida, também, como um processo de
construção e reconstrução.
9. Assim como a educação, o patrimônio cultural é o
referencial básico para o desenvolvimento das
ações museológicas. Os processos museais
gestados, ao longo dos anos, contribuíram, de
modo efetivo, para a ampliação do seu conceito, na
medida em que, para sua aplicação, o patrimônio
cultural é compreendido como a relação do homem
com o meio, ou seja, o real, na sua totalidade:
material, imaterial, natural e cultural, em suas
dimensões de tempo e de espaço.
10. O museu, para atingir sua função
pedagógica, deverá ter uma capacidade de
produção própria, com questionamento crítico
e criativo, sem, contudo, deixar de interagir
com outras áreas do conhecimento. A
pesquisa, como princípio científico e
educativo, é o caminho para que o museu
possa contribuir, efetivamente, para o
desenvolvimento socio-cultural.
11. Assim como na educação, o processo
museológico é compreendido como ação que se
transforma, que é resultado da ação e da reflexão
dos sujeitos sociais, em determinado contexto,
passível de ser repensado, modificado e adaptado
em interação, contribuindo para a construção e
reconstrução do mundo.
12. Os Museus, como as escolas, são espaços
dedicados ao ensinar e aprender, mas não são
escolas no sentido formal da palavra. Muitas
vezes, visitando um museu, as escolas acabam
por transformá-lo numa sala de aula, reproduzindo
seus métodos de ensino e pedindo dos alunos o
mesmo tipo de avaliação, como quando se toma
uma lição ou se corrige um dever. Muitas vezes
são os próprios museus que se colocam nesse
lugar, querendo substituir a escola.
13. A criação de um museu na escola é sem
duvida, fundamental para ampliação do
conhecimento do educando, bem como para o
reconhecimento do patrimônio histórico e cultural,
como elemento de sumo valor para os mesmos.
Assim, reconhecer a importância do museu no
âmbito escolar e criação de acervos materiais e
imateriais( e seus significados), é possibilitar o
aluno a reconhecer-se como sujeito do seu meio,
fruto de um processo histórico, cultural...
14. No entanto, o museu na escola, deve, atingir sua
função pedagógica, em que deverá ter uma
capacidade de produção própria, com
questionamento crítico e criativo, sem, contudo,
deixar de interagir com outras áreas do
conhecimento. A pesquisa, como princípio
científico e educativo, é o caminho para que o
museu na escola possa contribuir, efetivamente,
para o desenvolvimento socio-cultural dos
alunos.
15. Pesquisa- tem como objetivo a construção do
conhecimento, tomando como referencial o cotidiano,
qualificado como patrimônio cultural, ou seja,
observação, análise e interpretação da realidade,
qualificada como patrimônio cultural.
Coleta - o acervo é o conjunto dos bens dinâmicos, em
transformação em uma comunidade, e não somente uma
coleção. Trabalha-se com o acervo institucional, ou seja:
material arquivístico e iconográficos, plantas, maquetes,
depoimentos testemunhos, etc., e com o acervo
operacional: as áreas do tecido urbano socialmente
apropriadas como paisagens, estruturas, monumentos,
equipamentos, as técnicas do saber e do saber fazer, com
os artefatos, com o meio rural, etc.
16. Classificação e registro – o processo
documental não se limita ao registro do
acervo. Busca-se, por meio da cultura
qualificada, produzir conhecimento,
elaborado no processo educativo,
realizando ações de pesquisa.
17. Conservação- busca-se a formação de
atitudes preservacionistas. A conservação é,
então, um processo de reflexão para uma ação
que se dá em um contexto social e não
somente a aplicação de técnicas em
determinados acervos.