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Prof. Teresa Pombo  ( [email_address]  )
O poema está escrito em  versos decassilábicos,  com predomínio do decassílabo heróico (acentos na 6 a  e 10 a  sílabas). É considerado o metro mais adequado à poesia épica, pelo seu ritmo grave e vigoroso. Surgem também alguns raros exemplos de decassílabo sáfico (acentos na 4ª, 8 a  e 10 a  sílabas).
As  estrofes  são de  oito versos  (oitavas) e apresentam o seguinte esquema rimático : abababcc. A este tipo estrófico costuma  chamar-se  oitava rima, oitava heróica ou oitava italiana.
As estrofes estão distribuídas por  10 Cantos.  O número de estrofes por canto varia de 87, no Canto VII, a 156 no Canto X. No seu conjunto, o poema apresenta 1102 estrofes.
As partes constituintes Os Lusíadas  constroem-se pela sucessão de quatro partes: Proposição  - parte introdutória, na qual o poeta anuncia o que vai cantar. (Canto I, ests. 1-3)
Invocação  - pedido de ajuda às divindades inspiradoras.  A principal Invocação é feita às Tágides, no Canto I, ests. 4 e 5; além desta, há mais três: a Calíope, no Canto III, ests. 4 e 5, às Nin­fas do Tejo e do Mondego, no Canto VII, ests. 78-82 e, finalmente, a Calíope, no Canto X, est. 8.
Dedicatória  - oferecimento do poema a uma personalidade importante.  Esta parte, facultativa, pode ter origem nas  Geórgicas  de Virgílio ou nos  Fastos  de Ovídio; não existe em nenhuma das epopeias da Antiguidade.
Narração  - parte que constitui o corpo da epopeia; a narrativa das acções levadas a cabo pelo protagonista.  Começando no Canto I, est. 19, só termina no Canto X, est. 144, apresentando apenas pequenas interrupções pontuais.
Obra narrativa complexa, Os  Lusíadas  constroem-se através da articulação de três planos narrativos, não deixando, ainda assim, de apresentar uma exemplar unidade de acção. Como  plano narrativo fulcral  apresenta-nos  a  Viagem de Vasco da Cama à índia.  Continua­mente articulado a este e paralelo a ele, surge um  segundo plano  que diz respeito à  intervenção dos Deuses do Olimpo  na Viagem. Encaixado no primeiro plano, tem lugar um  terceiro ,  que é constituído pela  História de Portugal,  contada por Vasco da Gama ao Rei de Melinde, por Paulo da Gama ao Catual de Calecut e por entidades divinas que vaticinam futuros feitos dos Portugueses.

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  • 1. Prof. Teresa Pombo ( [email_address] )
  • 2. O poema está escrito em versos decassilábicos, com predomínio do decassílabo heróico (acentos na 6 a e 10 a sílabas). É considerado o metro mais adequado à poesia épica, pelo seu ritmo grave e vigoroso. Surgem também alguns raros exemplos de decassílabo sáfico (acentos na 4ª, 8 a e 10 a sílabas).
  • 3. As estrofes são de oito versos (oitavas) e apresentam o seguinte esquema rimático : abababcc. A este tipo estrófico costuma chamar-se oitava rima, oitava heróica ou oitava italiana.
  • 4. As estrofes estão distribuídas por 10 Cantos. O número de estrofes por canto varia de 87, no Canto VII, a 156 no Canto X. No seu conjunto, o poema apresenta 1102 estrofes.
  • 5. As partes constituintes Os Lusíadas constroem-se pela sucessão de quatro partes: Proposição - parte introdutória, na qual o poeta anuncia o que vai cantar. (Canto I, ests. 1-3)
  • 6. Invocação - pedido de ajuda às divindades inspiradoras. A principal Invocação é feita às Tágides, no Canto I, ests. 4 e 5; além desta, há mais três: a Calíope, no Canto III, ests. 4 e 5, às Nin­fas do Tejo e do Mondego, no Canto VII, ests. 78-82 e, finalmente, a Calíope, no Canto X, est. 8.
  • 7. Dedicatória - oferecimento do poema a uma personalidade importante. Esta parte, facultativa, pode ter origem nas Geórgicas de Virgílio ou nos Fastos de Ovídio; não existe em nenhuma das epopeias da Antiguidade.
  • 8. Narração - parte que constitui o corpo da epopeia; a narrativa das acções levadas a cabo pelo protagonista. Começando no Canto I, est. 19, só termina no Canto X, est. 144, apresentando apenas pequenas interrupções pontuais.
  • 9. Obra narrativa complexa, Os Lusíadas constroem-se através da articulação de três planos narrativos, não deixando, ainda assim, de apresentar uma exemplar unidade de acção. Como plano narrativo fulcral apresenta-nos a Viagem de Vasco da Cama à índia. Continua­mente articulado a este e paralelo a ele, surge um segundo plano que diz respeito à intervenção dos Deuses do Olimpo na Viagem. Encaixado no primeiro plano, tem lugar um terceiro , que é constituído pela História de Portugal, contada por Vasco da Gama ao Rei de Melinde, por Paulo da Gama ao Catual de Calecut e por entidades divinas que vaticinam futuros feitos dos Portugueses.