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Forças no futebol
1. Força é toda a ação capaz de modificar o estado de movimento
de um corpo ou de lhe causar deformação. As forças traduzem a
interação entre os corpos e podem ser exercidas por contacto
ou à distância.
FÍSICA NO FUTEBOL
2. Quando o jogador dá um pontapé na bola, fazendo com que
ela mude de direção, aplica-lhe uma força de contato, ou seja,
há uma interação entre o pé e a bola. Aqui, há a considerar
duas forças iguais e opostas que constituem um par ação-
reação.
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3. Uma bola em movimento no ar está sujeita a forças
aerodinâmicas causadas pela pressão e viscosidade do meio,
como a força de arrasto e a força de sustentação. A força de
arrasto é a resistência que o ar oferece à passagem da bola,
porém, ao contrário do atrito entre duas superfícies sólidas,
a força de arrasto não é constante – ela depende da
velocidade com que a bola se move em relação ao ar. A
“crise do arrasto” é a súbita redução que a resistência do ar
sofre quando a velocidade da bola aumenta além de um
certo limite. A velocidade máxima que jogadores
profissionais conseguem dar à bola é da ordem de 25 a 30
m/s, podendo atingir os 35 m/s. Portanto, a bola de futebol
ultrapassa a velocidade de crise muitas vezes durante uma
partida.
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4. De um lado da bola, a velocidade do ar fica maior (ponto A) e,
conseqüentemente, a pressão fica menor. Do outro lado (ponto B),
a velocidade fica menor e, portanto, a pressão fica maior. Em
outras palavras, onde a velocidade do ar é maior temos pressão
menor e vice-versa. Logo, a diferença de pressão em lados
diametralmente opostos da bola dá origem a uma força
aerodinâmica descrita pelo alemão Heinrich Gustav Magnus
(1802-1870), daí o nome Efeito Magnus.
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5. A esta diferença de velocidades em lados opostos da bola
associamos uma diferença de pressão que obedece ao
Princípio de Bernouilli, de Daniel Bernouilli (1700-
1782) que, de forma simples, pode ser assim enunciado:
“No escoamento de um fluido, a pressão será grande
quando a velocidade for pequena e vice-versa”
Fa = força de arrasto, que esta
relacionada com a viscosidade
do, na realidade é uma força
de resistência.
Fm = Quem faz a "mágica" de
provocar a trajetória curva da
bola é a FM que é sempre
perpendicular à velocidade da
bola e ao seu eixo de rotação.
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7. Dificuldade que um goleiro tem de defender uma penalidade
máxima?
AM2 + PM2 = PA2
3,662 + 112 = PA2
13,39 + 121 = PA2
133,39 = PA2
PA = PB = 11,59 m
A distância percorrida pela bola na cobrança de um
pênalti deve variar entre DSmin = PM = 11,00 m
e DSmáx = PA = PB = 11,59 m.
O goleiro tem que tomar a decisão antes do chute,
escolher entre ficar parado no meio do gol ou escolher
um canto e pular. Caso contrário, antes de pensar já
levou gol.
A Física prova que quem diz que cobrança de penalidade
é loteria não está tão errado
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8. “A Física não permite"! Galvão Bueno.
Na figura estamos supondo rotação da bola no sentido horário (seta curva
em vermelho) com o eixo de rotação perpendicular ao plano da figura.
Supondo ainda que a figura esteja mostrando a bola vista de cima, o
componente FM da força do ar (para a esquerda) faria a trajetória da bola
curvar-se para a esquerda do jogador. Se o chute provocasse rotação da
bola em sentido anti-horário, o vetor FM apontaria para a direita e a trajetória
da bola se curvaria para a direita. Quem faz a força que provoca a trajetória
curva é o ar e, como não o vemos, parece que a bola faz curva sem
componente centrípeta, o que seria fisicamente absurdo!
O famoso "chute de três dedos", com a lateral do pé, é que provoca a
rotação e, conseqüentemente, possibilita a manifestação do Efeito Magnus.
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