A Reforma Protestante começou no século 16 como uma reação contra a corrupção e o domínio da Igreja Católica. Líderes como Martinho Lutero e João Calvino criticaram práticas católicas e desenvolveram novas interpretações bíblicas que levaram à formação de novas igrejas como a Luterana e a Calvinista.
2. • As críticas ao domínio da Igreja Católica criaram
um ambiente favorável ao desenvolvimento de
novas interpretações da Bíblia, que originaram a
Reforma Protestante e novas Igrejas Cristãs.
3. Os Hereges
• Durante a Idade Média, a Igreja Católica era poderosa. As
pessoas que discordavam dos ensinamentos e práticas da
Igreja eram consideradas hereges, ou seja, transgressoras
da doutrina e dos dogmas católicos, sendo perseguidas
pela Igreja. Entre eles podemos citar: John Wyclif (na
Inglaterra) e Jan Hus (na Boêmia, atual República Tcheca).
• As críticas dessas pessoas apontavam:
• Venda de cargos para pessoas sem vocação religiosa.
• Luxo e riqueza que o alto clero desfrutava.
• Despreparo intelectual da maioria dos padres.
• Venda de indulgências – perdão dos pecados de uma
pessoa em troca de dinheiro.
4. A Crise Religiosa
• No século XV, o fortalecimento da burguesia e o
interesse dos reis em ampliar seu poder foram
decisivos para fortalecer a crítica à Igreja Católica e
provocar sua divisão.
• A burguesia pretendia aumentar lucros e acumular
riquezas, o que era condenada pela Igreja, apesar
dela ser rica e grande proprietária de terras.
• Os reis precisavam aumentar seu poder, mas viam
na força da Igreja um obstáculo.
• Tais mudanças foram fundamentais para que as
críticas se transformassem em ruptura e levassem à
Reforma Religiosa do Século XVI.
5. O início da Reforma
• Em 1517 o papa Leão X decretou a venda de
indulgências, destinando o dinheiro para o término da
construção da basílica de São Pedro, em Roma.
• Na Alemanha, o Monge Martinho Lutero revoltou-se
com o escândalo das indulgências. Como resposta,
pregou na porta da catedral de Wittemberg um
documento com 95 teses contrárias aos ensinamentos
e às práticas católicas da época.
• Recusando-se a voltar atrás nas ideias defendidas,
Lutero foi declarado Herege e excomungado da Igreja.
• Apoiado por príncipes alemães, ele continuou
difundindo sua doutrina e criou a Igreja Luterana.
Assim começou a Reforma Protestante.
6.
7. A Doutrina Luterana
• Justificação pela fé: A pessoa é salva por meio da fé e
não pelas obras que pratica.
• Sacerdócio universal: Todos os crentes podem
interpretar por si mesmos os textos sagrados.
• Negação da infalibilidade da Igreja: A única fonte da
verdade é a Bíblia, e não a tradição ensinada pela Igreja.
• Lutero manteve apenas dois sacramentos católicos:
batismo e eucaristia. Negou a infalibilidade do papa, a
existência de uma hierarquia dentro da Igreja e suprimiu
o culto à Virgem Maria e aos santos.
8. Outros movimentos reformadores
• A Reforma Luterana abriu caminho a novos
movimentos reformadores, como o Calvinismo e o
Anglicanismo.
9. Calvinismo
• O francês João Calvino, protegendo-se das perseguições
religiosas, refugiou-se na Suíça. Defensor da Reforma de
Lutero, teve contato com outras ideias protestantes, que o
ajudaram a formar uma nova doutrina.
• Calvino manteve quase todos os princípios luteranos. Porém,
estabeleceu diferenciação radical ao criar a ideia da
predestinação absoluta, segundo a qual Deus já havia
escolhido as pessoas que seriam salvas e as condenadas.
• Assim, a fé não levava à salvação, mas era sinal da graça
divina: o eleito é o que trabalha com dedicação, para alegria
de Deus. A riqueza e o lucro deixavam de ser pecado para ser
meios de glorificar a Deus.
• O calvinismo estimulou o capitalismo e teve ampla aceitação
entre a burguesia na Suíça. Na França, os calvinistas ficaram
conhecidos como huguenotes, na Inglaterra como puritanos e
na Escócia como presbiterianos.
10. Anglicanismo
• Movimento de origem política, a Reforma Anglicana foi
realizada pelo rei inglês Henrique VIII, da dinastia Tudor.
• O rei desejava divorciar-se de sua esposa Catarina de
Aragão (filha de reis católicos espanhóis), pois ela não
conseguira lhe dar sucessores homens.
• Henrique VIII queria casar-se com a dama da corte Ana
Bolena. Diante da recusa do papa, o rei, em 1531,
rompeu com a Igreja Católica. Em 1534 o Parlamento
inglês aprovou o Ato de Supremacia, que proclamou o rei
como o único e supremo chefe da Igreja Inglesa, com
poder de nomear bispos, desapropriar terras da Igreja
Católica e distribuí-las entre nobres ingleses.