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SUPERAVIT: REVISTA DE GESTÃO & IDEIAS, N.º 1
UMA SÍNTESE SÓCIO-ECONÓMICA
COMPARATIVA (2002-2004): ZONA
DE ABRANGÊNCIA, REGIÃO
CENTRO E PORTUGAL1
MARIA DO ROSÁRIO BAETA NEVES2
LUÍS CARLOS MARTINS CARDOSO3
JANEIRO/2007
1
Este trabalho resultou da informação extraída nos “Anuários Estatísticos da Região
Centro 2002-2004” do Instituto Nacional de Estatística.
2
Professora Coordenadora, Área de Economia, Departamento de Gestão de
Comércio e Serviços.
3
Equiparado a Assistente do 2.º Triénio, Área de Economia, Departamento de
Gestão de Comércio e Serviços.
1
1. Alguns Indicadores Económicos: NUTS II e Portugal
No ano de 2003, as 7 Nomenclaturas de Unidades Territoriais para Fins Estatísticos II — a
que se acrescentou o espaço extra-regional — apresentaram distribuições díspares para quatro
indicadores económicos (valor acrescentado bruto, remunerações, emprego e produtividade)
observados, no gráfico abaixo, numa comparação inter-regional.
0
20
40
60
80
100
120
140
Gráfico 1. NUTS II e Portugal - VAB, Remunerações, Emprego e Produtividade, em Percentagem, 2003
VAB
Remunerações
Emprego
Produtividade
VAB 0,22 2,8 1,89 4,09 6,5 38 18,49 28,01
Remunerações 0,35 2,39 2,03 3,39 5,9 38,07 18,46 29,42
Emprego 0,2 2,4 2,32 3,77 6,65 29,24 21,78 33,64
Produtividade 110 116,4 81,4 108,4 97,7 130 84,9 83,3
Extra-
Regio
Região da
Madeira
Região
dos
Açores
Região do
Algarve
Região do
Alentejo
Região de
Lisboa
Região
Centro
Região
Norte
A Região Centro contribuiu com 18,49% para o VAB nacional, ocupando o 3.º lugar do
ranking das regiões que mais influenciaram a riqueza produzida no espaço económico nacional
mas superada pelas Regiões Norte (2.º lugar, com 28,01%) e de Lisboa (1.º lugar, com 38% do
VAB do país).
O registo do peso das remunerações por região no total nacional seguiu os valores dos
VAB’s regionais e, por conseguinte, a Região Centro (18,46%) manteve-se na 3.ª posição
relativamente àquelas que mais rendimentos do trabalho geraram — Regiões Norte com 29,42%
e de Lisboa com 38,07%.
Quanto ao emprego, a região com a estatística mais alta foi a do Norte com 33,64% (a
Região de Lisboa empregou 29,24%) ficando a Região Centro em 3.º lugar, absorvendo 21,78%
da população empregada do país.
2
A produtividade do gráfico acima representa um índice e foi calculada pela fórmula,
8
i
i i=1
8
i
i
i=1
Emprego
VAB
× ×100
Emprego
VAB
. Portanto considerando para a estatística nacional um valor de
100% significa que foi a Região de Lisboa que apresentou a produtividade mais elevada com 30
pontos percentuais acima do nível nacional. A Região Centro estava em ante-penúltimo lugar
com 84,9% (15,1 pontos percentuais abaixo da produtividade portuguesa) e acima, apenas, das
Regiões Norte e dos Açores.
2. Os Recursos Humanos
2.1. A População Activa: Região Centro e Portugal
A avaliação da capacidade empresarial de um espaço económico contempla a observação
de algumas características dos recursos humanos, como a idade e a qualificação.
Para o ano de 2004, a população economicamente activa indivíduos com pelo menos 15
anos e disponíveis para a produção de bens e serviços na Região Centro caracterizou-se pelo
maior peso do grupo dos 45 e mais anos (gráfico 2) com 44,6% e ultrapassando Portugal em 7,2
pontos percentuais.
9,2
10,6
23
26,8
23,1
25,1
44,6
37,4
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
15-24 25-34 35-44 45 e mais anos
Gráfico 2. Região Centro e Portugal - População Activa, em Percentagem, Segundo o Grupo Etário, 2004
Região Centro
Portugal
Ao invés, nas faixas etárias mais jovens a contribuição percentual dos activos é menor que
no país, com valores comparativos de 9,2% na Região Centro contra 10,6% a nível nacional
7
Em síntese, foi a pequena dimensão da estrutura empresarial que gerou mais emprego, na
Zona de Abrangência, superando a própria capacidade do tecido produtivo do país.
3. A Actividade Empresarial
3.1. As Empresas Sediadas: Zona de Abrangência e Portugal
Do gráfico 9, conclui-se que, em 2004, a percentagem de empresas (em nome individual e
sociedades) sediadas por sectores de actividade em Portugal e na Zona de Abrangência
figuravam, maioritariamente, no sector terciário, 66,6% e 63%, respectivamente. No sector
secundário estavam sediadas em Portugal 27,2% de empresas contra 30% na Zona de
Abrangência. No sector primário, e seguindo a tendência nacional (6,2% do tecido empresarial
português), apresentavam sede na Zona de Abrangência 7% do total de empresas.
7 6,2
30
27,2
63
66,6
0
10
20
30
40
50
60
70
Sector Primário Sector Secundário Sector Terciário
Gráfico 9. Zona de Abrangência e Portugal - Empresas Sediadas por Sectores de Actividade, em Percentagem, 2004
Zona de Abrangência
Portugal
Desagregando o sector terciário por ramos de actividade (gráfico 10), tanto para Portugal
como para a Zona de Abrangência, segundo a CAE-Rev. 2.1, em 2004, e comparando os dois
espaços económicos, constatou-se que as classes G, H, I e J da Zona de Abrangência
ultrapassaram os valores nacionais, perdendo apenas para as classes K e M-O. Destacaram-se
positivamente o Comércio por Grosso e a Retalho que ultrapassou Portugal mais de 5 pontos
percentuais e, negativamente, as Actividades Imobiliárias, Alugueres e Serviços prestados às
Empresas que ficaram aquém do país em 6,6 pontos percentuais.

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Uma Síntese Sócio-Económica Comparativa (2002-2004): Zona de Abrangência, Região Centro e Portugal

  • 1. SUPERAVIT: REVISTA DE GESTÃO & IDEIAS, N.º 1 UMA SÍNTESE SÓCIO-ECONÓMICA COMPARATIVA (2002-2004): ZONA DE ABRANGÊNCIA, REGIÃO CENTRO E PORTUGAL1 MARIA DO ROSÁRIO BAETA NEVES2 LUÍS CARLOS MARTINS CARDOSO3 JANEIRO/2007 1 Este trabalho resultou da informação extraída nos “Anuários Estatísticos da Região Centro 2002-2004” do Instituto Nacional de Estatística. 2 Professora Coordenadora, Área de Economia, Departamento de Gestão de Comércio e Serviços. 3 Equiparado a Assistente do 2.º Triénio, Área de Economia, Departamento de Gestão de Comércio e Serviços.
  • 2. 1 1. Alguns Indicadores Económicos: NUTS II e Portugal No ano de 2003, as 7 Nomenclaturas de Unidades Territoriais para Fins Estatísticos II — a que se acrescentou o espaço extra-regional — apresentaram distribuições díspares para quatro indicadores económicos (valor acrescentado bruto, remunerações, emprego e produtividade) observados, no gráfico abaixo, numa comparação inter-regional. 0 20 40 60 80 100 120 140 Gráfico 1. NUTS II e Portugal - VAB, Remunerações, Emprego e Produtividade, em Percentagem, 2003 VAB Remunerações Emprego Produtividade VAB 0,22 2,8 1,89 4,09 6,5 38 18,49 28,01 Remunerações 0,35 2,39 2,03 3,39 5,9 38,07 18,46 29,42 Emprego 0,2 2,4 2,32 3,77 6,65 29,24 21,78 33,64 Produtividade 110 116,4 81,4 108,4 97,7 130 84,9 83,3 Extra- Regio Região da Madeira Região dos Açores Região do Algarve Região do Alentejo Região de Lisboa Região Centro Região Norte A Região Centro contribuiu com 18,49% para o VAB nacional, ocupando o 3.º lugar do ranking das regiões que mais influenciaram a riqueza produzida no espaço económico nacional mas superada pelas Regiões Norte (2.º lugar, com 28,01%) e de Lisboa (1.º lugar, com 38% do VAB do país). O registo do peso das remunerações por região no total nacional seguiu os valores dos VAB’s regionais e, por conseguinte, a Região Centro (18,46%) manteve-se na 3.ª posição relativamente àquelas que mais rendimentos do trabalho geraram — Regiões Norte com 29,42% e de Lisboa com 38,07%. Quanto ao emprego, a região com a estatística mais alta foi a do Norte com 33,64% (a Região de Lisboa empregou 29,24%) ficando a Região Centro em 3.º lugar, absorvendo 21,78% da população empregada do país.
  • 3. 2 A produtividade do gráfico acima representa um índice e foi calculada pela fórmula, 8 i i i=1 8 i i i=1 Emprego VAB × ×100 Emprego VAB . Portanto considerando para a estatística nacional um valor de 100% significa que foi a Região de Lisboa que apresentou a produtividade mais elevada com 30 pontos percentuais acima do nível nacional. A Região Centro estava em ante-penúltimo lugar com 84,9% (15,1 pontos percentuais abaixo da produtividade portuguesa) e acima, apenas, das Regiões Norte e dos Açores. 2. Os Recursos Humanos 2.1. A População Activa: Região Centro e Portugal A avaliação da capacidade empresarial de um espaço económico contempla a observação de algumas características dos recursos humanos, como a idade e a qualificação. Para o ano de 2004, a população economicamente activa indivíduos com pelo menos 15 anos e disponíveis para a produção de bens e serviços na Região Centro caracterizou-se pelo maior peso do grupo dos 45 e mais anos (gráfico 2) com 44,6% e ultrapassando Portugal em 7,2 pontos percentuais. 9,2 10,6 23 26,8 23,1 25,1 44,6 37,4 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 15-24 25-34 35-44 45 e mais anos Gráfico 2. Região Centro e Portugal - População Activa, em Percentagem, Segundo o Grupo Etário, 2004 Região Centro Portugal Ao invés, nas faixas etárias mais jovens a contribuição percentual dos activos é menor que no país, com valores comparativos de 9,2% na Região Centro contra 10,6% a nível nacional
  • 4. 7 Em síntese, foi a pequena dimensão da estrutura empresarial que gerou mais emprego, na Zona de Abrangência, superando a própria capacidade do tecido produtivo do país. 3. A Actividade Empresarial 3.1. As Empresas Sediadas: Zona de Abrangência e Portugal Do gráfico 9, conclui-se que, em 2004, a percentagem de empresas (em nome individual e sociedades) sediadas por sectores de actividade em Portugal e na Zona de Abrangência figuravam, maioritariamente, no sector terciário, 66,6% e 63%, respectivamente. No sector secundário estavam sediadas em Portugal 27,2% de empresas contra 30% na Zona de Abrangência. No sector primário, e seguindo a tendência nacional (6,2% do tecido empresarial português), apresentavam sede na Zona de Abrangência 7% do total de empresas. 7 6,2 30 27,2 63 66,6 0 10 20 30 40 50 60 70 Sector Primário Sector Secundário Sector Terciário Gráfico 9. Zona de Abrangência e Portugal - Empresas Sediadas por Sectores de Actividade, em Percentagem, 2004 Zona de Abrangência Portugal Desagregando o sector terciário por ramos de actividade (gráfico 10), tanto para Portugal como para a Zona de Abrangência, segundo a CAE-Rev. 2.1, em 2004, e comparando os dois espaços económicos, constatou-se que as classes G, H, I e J da Zona de Abrangência ultrapassaram os valores nacionais, perdendo apenas para as classes K e M-O. Destacaram-se positivamente o Comércio por Grosso e a Retalho que ultrapassou Portugal mais de 5 pontos percentuais e, negativamente, as Actividades Imobiliárias, Alugueres e Serviços prestados às Empresas que ficaram aquém do país em 6,6 pontos percentuais.