E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
Rev Cn2007 Final
1. Edição
2007
ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES
ACH 0011 CIÊNCIAS DA NATUREZA
Ciências da
Natureza
2. Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas 2.5 Brasil
Você pode:
copiar, distribuir, exibir e executar a obra
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3. VOLUME ESPECIAL DA R EVISTA CIÊNCIAS DA NATUR EZA 2007
Mudanças climáticas
EDITOR R ESPONSÁVEL: PAULO R OGÉR IO MIR AND A CORR EIA
A publicação desta revista é uma atividade do Programa "O Ano Internacional do Planeta Terra na EACH-USP".
Editores: Profs Drs Maria Elena Infante-Malachias (marilen@usp.br), Paulo Rogério Miranda Correia (prmc@usp.br), Rita
Yuri Ynoue (ritaynoue@usp.br), Rosely Aparecida Liguori Imbernon (imbernon@usp.br) e Victor Velázquez Fernandes
(vvf@usp.br)
Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo
Av Arlindo Bettio 1000 • 03828-000 • Ermelino Matarazzo • São Paulo - SP
Comentário: Embora todo esforço seja feito para garantir que nenhum dado, opinião ou afirmativa errada ou enganosa
apareça nessa revista, deixa-se claro que o conteúdo dos textos aqui publicados é de responsabilidade, única e exclusiva,
dos respectivos autores envolvidos.
ii
4. Índice
Perspectivas para os próximos anos
Apresentação 1
Thomaz F. Daddio e Gustavo Katz 25
Editorial 3 Os efeitos de uma realidade
inconsciente: mudanças climáticas
Bruna L. Segatto e Rafael V. Garcia 26
Impacto ambiental: o que a humanidade
D E S T A Q U E S
tem feito para mudar isso
IPCC relata: coca-cola terá que procurar
Márcio da S. Almeida e Daiane de Sousa 28
novo mascote
Panorama mundial sobre mudanças
Camila Vaccari e Mariane M. Gonçalves 4
climáticas com ênfase no Brasil
Mudanças climáticas: ameaça alarmante
Aina F. Dezem e João V. Neto 30
Maíra P. da Cruz e Patrícia F. Innocencio 5
As catástrofes como conseqüência do
Parar custa pouco, não parar custará
seu ato
nossas vidas
Carolina S. de Oliveira e Maria A. O. de França 32
Isis P. Carrasco e Nicolly F. Lima 7
O quanto poderíamos perder por causa
Mudanças climáticas e conseqüências
das mudanças climáticas?
ambientais
Lourdes R. Leal e Felipe S. Rocha 33
Débora L. da S. Camargo e Paula Z. Yunes 8
A Terra em perigo!
Karina Fernandes e Mônica da S. Perez 35
A ação do homem na destruição da Terra
S E Ç Ã O I Denise de A. Carpinteiro e Bruno A. B. de Oliveira 36
Mudanças climáticas e conseqüências Cicatrizes
ambientais Maiary O. Rosa e Lorena S. de Santos 37
Conscientização é a chave para o nosso Previsões catastróficas
planeta Rodolpho P. de Andrade e Ricardo E. Yoshida 38
Nayara R. Cintra e Catarina F. dos Santos 10 O que o futuro nos reserva
Alterações climáticas: conseqüências Carolina A. de Barros e Laís G. do C. Rocha 39
ambientais Efeito estufa: origem da vida ou início do
Larissa C. Fernandes e Renata B. de Sordi 11 caos?
Conseqüências ambientais: natureza Flávia P. Silva e Liandra Weizmann 40
versus economia Responsabilidade
Ana Clara da C. S. Almeida e Raira C. de Souza 12 Beatriz L. Reis e Thais P. Espildora 41
Mudanças climáticas em um mundo A Terra no limite
vulnerável Daiana M. Ribeiro e Tatiana P. da Silva 43
Mariana A. Perez 14 Febre em Gaia
Ação e reação: homem e natureza Rafael C. da Silva e Vinícius A. Stoco 44
Natália M. Schöwe e Ranyélle A. Rodrigues 15 Os impactos do aquecimento global na
Aquecimento global: conseqüências são vida humana
drásticas Guilherme O. Fragnito e Luiz A. A. de Freitas 45
Alexandre L. S. Antonini e Bruno C. Carossi 16 Descaracterização da Terra
Conseqüências ambientais – uma difícil Fabíola M. Navarra e Luciana Siqueiros 47
Suor e calafrios
escolha: egocentrismo ou respeito ao
Amanda M. Ferreira e Luiz F. C. Souza 48
próximo?
Caroline T. Yoshikawa e Nataly C. R. Uzelin 18
O homem mudou o mundo?
Larissa Chaves e Tatiana Y. Mino 20 S E Ç Ã O II
Aquecimento global: o planeta em perigo Histórico das mudanças climáticas
Aline J. Martinho e Rodrigo C. Passos 21 A autonomia geológica perante a ação
Influências do Homem nas mudanças humana
climáticas Edna E. da C. Silveira e Patrícia da S. V. de
Henrique A. Cuboiama e Jefferson L. Cescon 22 Santana 50
O ambiente sufocado Mudanças climáticas: antes naturais,
Andrei G. Pavão e Márcio A. da Rocha 24 agora, agravadas pelo homem!
Fernanda P. A. Soares e Laís A. Morimoto 51
iii
5. Uma história com um final nada Eficiência energética: combate ao
agradável aquecimento global
Anna C. Coutinho 53 Danielle C. Cavalari e Lucas M. S. Lima 81
Respostas da Natureza Soluções para o calor
Felipe de L. Soares e Sabrina T. e Castro 54 Victor K. Lancuba e Thiago Barbosa 83
Evolução através do clima Aquecimento global: entramos numa fria
Patrícia C. Godo e David O. de Assis 56 Gabriela B. de M. Castellano e Artur N. Soares 84
Controvérsia sobre o aquecimento global Soluções para uma barbárie humana
Bruno F. Scalon e Paulo R. F. de Sena Jr 57 Jean F. da S. Santos e Stephanie P. Baudon 86
Aquecimento global e alternativas
Gergor A. de Oliveira e Maria L. de S. Auricchio 88
S E Ç Ã O II I Planeta Terra: será que existe solução?
Mudanças climáticas e o Felipe P. Bueno e Jennifer M. de Assis 89
O planeta Terra ainda pode ser salvo?
desenvolvimento científico-tecnológico
Aline A. Godoy e Maria R. R. de S. Camboim 91
Aquecimento global: o mundo em alerta!
A interferência humana e o meio
Mariana M. Martins e Amanda R. La Porta 59
ambiente
Energia renovável e Protocolo de Kyoto:
Gabriela Cristianini e Mariana A. Siqueira 93
qual a melhor opção?
Como reverter a ação humana sobre o
Marina Parisi e Natália M. Florêncio 60
efeito estufa?
Catástrofes ambientais causadas pelo
Fernando M. Shingaki e Jacqueline H. H. Tanaka 94
abuso do homem
Ainda há tempo?
Amanda Iwasaki e Dayane A. dos Santos 62
Joyce S. Marcon e Lorayne C. do Vale 95
É cedo ou tarde demais? Soluções para a
crise climática
Davi M. de S. P. Fontes e Fernando R. Prata 63
S E Ç Ã O V I
A solução é brasileira!
Gabriel F. M. do Rosário e Daniel S. de Matos 64 Mudanças climáticas e impactos
Energias alternativas: uma solução para econômicos
o aquecimento global Economia adaptada: as mudanças
Fábio L. E. Pagoti e Paulo V. E. Lisboa 65 climáticas influenciando a realidade
Rafaella S. de Oliveira e Tássia M. Chiarelli 97
Mercado de carbono: impactos e disputa
S E Ç Ã O I V Adil Guedes Jr e Gabriela dos S. Fumo 98
Mudanças climáticas e impactos
Mudanças climáticas e ações políticas
econômicos
no mundo globalizado
Vinícius de S. Almeida e Débora A. Riba 100
A integração de países para o controle
Graves prejuízos sócio-ambientais
do aquecimento global Fabrício B. Gomes e Jéssika F. da Rosa 101
Glauce C. F. Soares e Mariana S. Raya 67
Mudanças climáticas: um tema bilateral
A globalização em prol do meio ambiente Daniel Nicolini e André R. L. Balestin 102
Evany B. de Almeida e Karem T. Masuda 68
O modelo de créditos de carbono
Flávio D. L. Dias e Tiago M. Machado 103
Controvérsias do século XXI
S E Ç Ã O V Guilherme Melo e Michel P. Melo 104
Mudanças climáticas e possíveis
soluções
Mudanças climáticas e o perigoso S E Ç Ã O V II
aquecimento global Mudanças climáticas e reflexos na
Álvaro de J. Macedo Jr e Éderson J. Lopes 70 sociedade
Métodos alternativos e criativos para o Adiando o passo para o fim do mundo
aquecimento global Beatriz M. F. Dutra e Zheng Xuee 106
Ana C. C. Leite e Andrea M. Alba 71 Efeito colateral
Soluções para mudanças climáticas: Gisele dos S. Souza e Thaís P. Cursino 107
continuidade da vida ou neutralização da As conseqüências das mudanças
culpa? climáticas na saúde
Graziela R. Silva e Moniky A. Souza 73 Maria dos R. da S. Alves e Natália M. M. Galeazzi 108
Aquecimento global: uma solução é Salvando o planeta: pequenas atitudes,
pouco, duas é pouco, três... Também! grandes resultados
Waldyr L. de Freitas Jr 74 Flávia O. Aramaki e Marília T. A. Morais 110
Tentativas para desacelerar o Vítima de suas próprias criações
aquecimento global Camila de S. Ribeiro e Vitor B. H. Santos 111
Patrícia T. Takahashi e Paula M. Sekiguchi 76 O século do caos
Mudanças climáticas e possíveis Caio R. V. Forcinitti e Marina L. Pedo 112
soluções O futuro... depende de nós
Nayara de A. Vieira e Eduardo M. Ribeiro 78 Andrea E. C. Pontes e Karen E. L. Borges 114
Da degradação à mobilização mundial A situação é de emergência global
Maicon B. Oliveira e Thays P. Dias 80 Gabriel P. Pinheiro e Túlio G. Leamari 115
iv
6. Terra x aquecimento global: um jogo
onde o homem está em xeque
Bruno F. Fermino e Luís F. Takahashi 116
Qual é a melhor herança?
Lucas G. Amâncio e Misael da S. Santos 118
Impacto nas mudanças climáticas
Ana M.S. Antônio e Vânia M. Lima 119
v
7. C N 2007
CN
2007
Apresentação
ACH 0011 Ciências da Natureza
A
disciplina Ciências da Natureza (CN) é oferecida a todos os mil e vinte alunos que ingressam na
Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH). Juntamente com outras cinco disciplinas gerais
e a Resolução de Problemas, CN compõe o núcleo duro do Ciclo Básico, pelo qual os alunos
passam nos dois primeiros semestres acadêmicos. Esse desenho pedagógico impõe um grande
desafio para os docentes envolvidos com as disciplinas gerais: atingir um público heterogêneo a partir de
temáticas relevantes, que alicerçam a formação ampla dos alunos e extrapolam os conhecimentos e técnicas
específicas dos cursos. O desafio aumenta quando consideramos que a composição das classes de sessenta
alunos é planejada para misturar doze alunos de cinco cursos diferentes. Como contemplar interesses tão
diversos? Como, no caso da disciplina CN, dar conta de apresentar as ciências naturais para os alunos
ingressantes, explorando suas relações com a sociedade? As respostas fogem das soluções triviais, que
expõem friamente o conhecimento acumulado pela ciência desde meados do século XVII. Não basta
apresentar teorias, nem enumerar todas as figuras de destaque que contribuíram para essa construção
humana. Em outras palavras, o trajeto de Galileu a Einstein não é garantia de sucesso. É preciso agregar um
olhar humanístico, contextualizando a ciência no seu tempo histórico, mostrando que ela está imersa numa
sociedade onde atuam fatores políticos, econômicos, religiosos e éticos. Desta forma, o exercício docente
passa pela busca por soluções didáticas inovadoras, a fim de responder aos novos desafios apresentados no
contexto das disciplinas gerais.
Ciências da Natureza: uma revista para os alunos ingressantes
U
ma das atividades propostas em 2007 foi a elaboração de uma revista, para consolidar a produção
intelectual dos alunos ingressantes. Para isso, a temática ambiental foi escolhida por ser
abrangente, e por permitir uma abordagem científico-humanista. Além disso, a urgência em
discutir os problemas ambientais impacta toda a sociedade, devendo despertar o interesse de
qualquer cidadão do século XXI. Desta forma, a revista Ciências da Natureza é proposta com a missão de
registrar o pensamento dos alunos ingressantes que cursam a disciplina CN. No seu volume desse ano, a
temática selecionada foi “Mudanças climáticas”.
O corpo editorial do volume 2007 da revista Ciências da Natureza é composto pelos cinco docentes que
ministraram a disciplina CN. Cada docente foi responsável por organizar o trabalho de suas turmas,
compilando os textos produzidos pelos alunos.
Os textos produzidos pelos alunos foram organizados em seções, de acordo com o enfoque da discussão
proposta pelos autores. Sete seções diferentes foram sugeridas para que a diversidade de interesses dos
alunos pudesse ser contemplada da melhor maneira possível.
1
8. C N 2007
Seção 1. Mudanças climáticas e conseqüências ambientais
Seção 2. Histórico das mudanças climáticas
Seção 3. Mudanças climáticas e o desenvolvimento científico-tecnológico
Seção 4. Mudanças climáticas e ações políticas no mundo globalizado
Seção 5. Mudanças climáticas e possíveis soluções
Seção 6. Mudanças climáticas e impactos econômicos
Seção 7. Mudanças climáticas e reflexos na sociedade
Avaliação por pares vivenciada durante a disciplina
O
s procedimentos utilizados na avaliação de trabalhos científicos foi incorporada na avaliação da
disciplina: todos os textos produzidos pelos alunos foram submetidos à avaliação por pares no
sistema duplo cego, recebendo dois pareceres independentes. Nesse processo, os alunos
“autores” passaram a desempenhar o papel de “pareceristas”, elaborando um parecer
circunstanciado sobre o texto produzido por outros alunos. Além de convidá-los a participar mais
diretamente do processo avaliativo, os alunos envolvidos puderam vivenciar uma experiência comum
àqueles que produzem conhecimento científico. Isso expõe de maneira muito intensa um dos mecanismos
de funcionamento da ciência.
O Ano Internacional do Planeta Terra
O Ano Internacional do Planeta Terra (AIPT) foi proclamado pela Organização das Nações Unidas
(ONU) em 2006, com o apoio de 191 países, para ser comemorado no triênio 2007 a 2009. O
AIPT tem por objetivos gerais demonstrar o grande potencial das Ciências da Terra na
construção de uma sociedade mais segura, sadia e sustentada, e encorajar essa mesma sociedade a
aplicar esse potencial mais eficientemente em seu próprio benefício. As ações do AIPT, conforme o
programa originalmente divulgado pela UNESCO, concentram-se em dois focos principais, Ciência e
Divulgação, e as atividades relacionadas devem, além de atingir os principais objetivos propostos, levar a
sociedade à reflexão sobre várias questões envolvendo riscos e recursos naturais, saúde em relação com o
ambiente, além de vários outros aspectos que relacionam as Ciências da Terra e a Sociedade. Na EACH, o
programa “AIPT na EACH” desenvolve e apóia várias atividades em 2008, inclusive a publicação desta
revista.
2
9. C N 2007
Editorial
As mudanças climáticas e a importância da disciplina CN
O
impacto da ação humana sobre os recursos naturais do planeta atingiu uma condição limite. Uma
missão que está reservada aos cidadãos do século XXI é encontrar uma nova maneira de se
relacionar com a natureza. O desenvolvimento sustentável é o conceito que sinaliza a
preocupação com as futuras gerações e, por esse motivo, o desenvolvimento econômico deve
considerar os possíveis desdobramentos ambientais.
O documentário “Uma verdade inconveniente” foi lançado no Brasil durante a disciplina CN. Ele mostra o
esforço de Al Gore, ex-presidente dos EUA, para mostrar a real dimensão das mudanças climáticas
causadas pelo acúmulo de gás carbônico na atmosfera. As informações divulgadas por Al Gore colocaram
em evidência esse grave problema ambiental e, juntamente com o Painel Intergovernamental de Mudanças
Climáticas (IPCC), ele foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz desse ano.
É dever de todos refletir sobre os impactos da ciência e da tecnologia sobre a sociedade e o ambiente. A
revista Ciências da Natureza é o resultado dessa reflexão: os alunos das turmas 33, 34, 43 e 44 produziram
os 82 textos que compõem esse fascículo. O material consolidado nessa publicação deve ser analisado a
partir do ponto de vista didático, apresentando como características principais a valorização da produção
intelectual dos alunos ingressantes, bem como a possibilidade de introduzir a análise por pares como
estratégia de avaliação durante uma disciplina. Julgamentos sobre a qualidade dos textos e da precisão das
informações apresentadas tornam-se menos importantes: cabe lembrar que os autores são recém-chegados
ao ambiente acadêmico que, ao longo de 4 anos, dará conta de formá-los com conhecimentos específicos.
Certamente, os textos produzidos por esses alunos “autores” no final da sua trajetória na graduação serão
de qualidade superior aos aqui apresentados. De qualquer forma, vale a consolidação dos trabalhos dos
alunos e fica o convite para a utilização do presente material como subsídio para as disciplinas que o
acharem pertinente. Há, nesse documento, um registro d as concepções atuais dos alunos ingressantes de
2007 sobre o tema “Mudanças climáticas”.
Boa leitura,
Paulo R. M. Correia
3
10. C N 2007
Destaques
Os melhores textos
IPCC relata: Coca-Cola terá
que procurar novo mascote
Camila Vaccari a e Mariane Marcheti Gonçalves b
a
Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- camila-vaccari@usp.br
b
Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- mari.marcheti@usp.br
Palavras-Chave: mudanças climáticas, impactos ambientais, aquecimento global.
Q uem nunca simpatizou com o urso polar apresentado nas
propagandas da Coca-Cola? A Organização Metereológica Mundial
divulgou em fevereiro, o total desaparecimento do gelo no Ártico já
a partir dos meses de verão em 2040. Já era previsto há 25 anos
sobre essa drástica diminuição, o que não se imaginava é que seria tão
dramática. Devido ao aumento da temperatura global a cobertura gelada do
Ártico perdeu uma área equivalente a dois estados de Alagoas, em 2006. Como
previsto, se houver a continuidade do degelo novas rotas marinhas nos mares
do Norte surgirão, porém ameaçaria a existência dos ursos polares, sendo eles
seres que dependem do gelo para viver.
Nesses últimos tempos tem se alertado sobre os problemas ambientais
causados pelas mudanças climáticas que são decorrentes do excesso de gases
de efeito estufa emitidos na atmosfera. Este excesso impede que a radiação
solar, que já atingiu a superfície da Terra e se transformou em calor, seja
refletida novamente para o espaço havendo um aprisionamento deste calor na
própria atmosfera elevando assim a sua temperatura. Segundo o Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), as mudanças climáticas
podem ser decorrentes de um processo interno natural ou por forças externas,
ou por persistentes interferências antropogênicas na composição da atmosfera
ou uso da terra. Tais interferências como, o aumento progressivo do uso de
combustíveis fósseis, mudanças no uso do solo e outras atividades, geram a
emissão de gases de efeito estufa, contribuindo para o aumento de impactos
ambientais. Muitos cientistas haviam alarmado aos órgãos governamentais que
essas mudanças não eram fenômenos naturais e sim conseqüências de uma
sociedade de consumo perdulário, que exauri os recursos naturais,
representando assim um risco real ao colapso do meio ambiente.
Segundo dados do Greenpeace, um aquecimento fora do normal nas águas do
Atlântico Norte turbinou furacões em 2005 e causou a pior seca em décadas
na Amazônia deixando comunidades sem água e sem comida. Houve um
aumento de 300% nas queimadas no mês de setembro e as chuvas só
retornaram em outubro. Meses depois, a Amazônia foi exposta ao outro
extremo, chuvas muito intensas no começo de 2006 provocaram uma forte
4
11. enchente que invadiu a casa de milhares de ribeirinhos. Se o avanço da
fronteira agrícola e da indústria madeireira for mantido nos níveis atuais, a
cobertura florestal vai diminuir dos atuais 5,3 milhões de quilômetros
quadrados (85% da área original) para 3,2 milhões de quilômetros quadrados
(53% da cobertura vegetal) em 2050. Com o aumento das temperaturas na
região o clima ficará mais seco, provocando a savanização da floresta.
De acordo com o Quarto Relatório de Avaliação do Grupo de Trabalho II do
IPCC, divulgado no dia 6 de abril de 2007, na Ásia projeta-se que o
derretimento das geleiras no Himalaia aumente as inundações. A isso se seguirá
a redução dos fluxos dos rios à medida que as geleiras diminuam. No sul da
Europa, uma região já vulnerável à variabilidade climática, projeta-se que a
mudança do clima piore as condições reduzindo a disponibilidade de água, o
potencial de geração hidrelétrica, turismo no verão e a produtividade agrícola.
Os alertas citados nos chamam a atenção para uma natureza eternamente
insatisfeita com o descaso humano. O assunto é complexo e os desafios são
enormes, mas vale a pena a mobilização para a mudança de hábitos e postura
de todos, desde cidadãos até os órgãos intergovernamentais frente os
problemas apresentados, com o objetivo de proporcionar uma melhor
qualidade de vida para essa e as futuras gerações. Para Carlos Alberto de
Mattos Scaramuzza, superintendente de Conservação de Programas Temáticos
do WWF Brasil: “Vai sair muito mais caro reparar as conseqüências de
tempestades, cheias e secas e os impactos econômicos das mudanças na
agricultura que implementar medidas agora para estabilizar as mudanças
climáticas”.
Numa tentativa de sensibilização o Greenpeace iniciou a exibição de um
anúncio de televisão que mostra como uma ursa e seus filhotes se afogam no
mar, quando o gelo em que se apoiavam quebra e se desfaz.
Será que a solução é procurar um novo mascote ou lutar pela perpetuação da
espécie?
Mudanças climáticas:
ameaça alarmante
Maíra Pereira da Cruz a e Patrícia Furlan Innocencio b
a
Aluna do curso de Gerontologia E- maira_pcruz@hotmail.com
b
Aluna do curso de Gerontologia E- patty_furlan@homail.com
Palavras-Chave: aquecimento global, mudanças climáticas, conseqüências na saúde.
O crescente aumento populacional e o avanço da tecnologia trouxeram ao
homem benefícios que mais tarde seriam vistos como verdadeiros venenos ao
mundo e quase indispensáveis aos nossos novos modos de vida; isto porque
passado algum tempo do uso dessa tecnologia estamos sofrendo e ainda
5
12. sofreremos muito devido às conseqüências ambientais causadas por diversos
motivos decorrentes do grande aumento populacional.
Por exemplo, a enorme quantidade de lixo jogada muitas vezes no meio
ambiente por nós, o enorme consumo de combustíveis e outros poluentes
emitidos na atmosfera pela indústria, tudo isso está fazendo o planeta em que
vivemos se transformar, sendo influenciado por esses diversos fatores de
poluição ambiental.
Um dos assuntos mais discutidos pela sua gravidade é o “aquecimento
global”.
Dentre as diversas conseqüências estão: derretimento de geleiras, aumento
crescente da temperatura no planeta, queimadas, tempestades tropicais, entre
outros fatores que afetam diretamente os seres vivos que se encontram no
planeta Terra.
Dia 06 de abril de 2007 foi advertido pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) que entre as conseqüências do aquecimento global estaria um
aumento da má-nutrição e das doenças infecciosas e respiratórias que afetarão
principalmente crianças. Além disso, a OMS prevê um aumento das mortes,
doenças e feridos por conseqüência de fenômenos meteorológicos extremos,
como inundações, tempestades e ondas de calor. A organização cita como
“primeiro exemplo alarmante” a morte de 35 mil pessoas na Europa em
decorrência da onda de calor de 2003.Também foram previstos doenças
diarréicas e outras relacionadas à alimentação,além de cardiorespitatórias,
decorrentes das crescentes concentrações do ozônio na atmosfera.
Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), além
dos prejuízos causados ao homem, um terço das espécies animais estaria
ameaçado de extinção caso a temperatura média global subir 1,5 graus Celsius
acima dos níveis de 1990.
Os problemas de saúde que o Brasil poderá enfrentar em conseqüência do
aquecimento global não foram discutidos na segunda parte do relatório do
IPCC, que diz não ser fruto de negligência, mas sim da falta de dados para
serem analisados e falta de estudos brasileiros sobre esse tema.
É importante que países do primeiro mundo tenham consciência do problema e
diminuam sua grande emissão de gases poluentes e, além disso, se alerte diante das
necessidades de países como o Brasil, que estão mais sujeitos e menos preparados
para as conseqüências das mudanças climáticas.
6
13. Parar custa pouco, não
parar custará nossas vidas
Isis Pereira Carrasco e Nicolly Ferreira Lima
a
Aluna do curso de Lazer e Turismo E- Isis_chi01@hotmail.com
b
Aluna do curso de Lazer e Turismo E- Nicolly@usp.br
Palavras-Chave: política, crise climática, Protocolo de Kyoto
mundo tem a tecnologia e o dinheiro necessário para frear as
O mudanças climáticas, mas precisa do compromisso político entre os
governos para evitar catástrofe. Esta é uma das principais
mensagens do próximo relatório do Painel Intergovernamental de
mudanças climáticas (IPCC).
Dentre os tipos de mudanças climáticas existem as naturais e as causadas pelo
ser humano. Essas podem acarretar grandes impactos em todo o ecossistema
terrestre e precisam ser amenizadas com urgência.
Para isso é necessário a contribuição de toda a sociedade e governos mundiais,
já que este problema é de todos. Porém o principal fator que impede a
implantação de medidas para mudanças é a política, a mesma que controla
investimentos, quantidade de poluentes emitidos pelas indústrias e decisões
como participar ou não de acordos por melhorias.
Dados comprovam que para implementar uma estratégia que reduziria as
causas das alterações climáticas custaria menos de 2% do PIB mundial nas
próximas duas décadas, ou seja, US$ 892 bilhões. Mas infelizmente os chefes
de estado não estão dispostos a ceder parte de seu Produto Interno Bruto, e os
países mais pobres não teriam condições de fazer isso. Mesmo levando-se em
conta que as mudanças climáticas são um dos maiores problemas mundiais e
que causarão sérios danos em todos os países.
Diminuir a emissão de gases poluentes é essencial para a diminuição dos
efeitos das alterações climáticas. A utilização de recursos renováveis como o
etanol, também é necessária e esta depende das políticas internas que visem
iniciativas e medidas com o objetivo de diminuir a emissão de gases poluentes
e desenvolver novas tecnologias de recursos renováveis.
O primeiro tratado global sobre meio ambiente foi o Protocolo de Kyoto. Este
é um acordo internacional que estabelece metas de redução de gases poluentes
para os países industrializados. Até 2012 esses países terão que diminuir sua
emissão de dióxido de carbono em pelo menos 5%.
O protocolo está em vigor desde 2005 e foi ratificado por 161 países. Mas
infelizmente um dos principais emissores de gases poluentes, Estados Unidos
da América, não aderiu ao acordo, além disso, outros países como Canadá e
Austrália também não aderiram, o que compromete significativamente sua
7
14. eficácia. O EUA (Estados Unidos da América) que está em primeiro lugar nos
índices de poluição global, sendo responsável por cerca de 25% das descargas
de substâncias tóxicas.
Porém todas essas medidas não estão sendo suficientes e o Protocolo de
Kyoto é apenas o primeiro passo para a diminuição da emissão de poluentes,
pois cientistas consideram que a redução dos gases teria que ser de 50% até
2050.
Todos, principalmente os governantes, precisam se conscientizar que este é
um problema muito sério e global, que irá afetar drasticamente todos os países.
Só assim, por meio de políticas de conscientização ou mesmo punindo as
grandes fabricas que ultrapassarem uma quantidade de poluentes pré-
determinada.
É preciso parar de pensar apenas no lucro imediato e começar a pensar nas
conseqüências que isso causará no futuro.
Mudanças climáticas e
conseqüências ambientais
Débora Louise da Silveira Camargo a e Paula Zimbers Yunesb
a
Aluna do curso de Marketing. E- debora_louise@hotmail.com
b
Aluna do curso de Marketing. E- paulayuhuu@hotmail.com
Palavras-Chave: mudanças climáticas, conseqüências ambientais, evolução
tecnológica.
esde os primórdios o homem usufrui da natureza , sempre
D utilizando seus recursos para sua própria sobrevivência , mais essa
exploração não é inócua. Depois da revolução industrial, ocorrida
em meados do século XVIII, a emissão de gases efeito estufa (os
GEE, dióxido de carbono, gás metano, e oxido nitroso) associado ao vapor
d’água intensificou o efeito estufa.
O fenômeno do efeito estufa é responsável por regular a temperatura da Terra.
Sem ele seria inviável o desenvolvimento de organismos complexos em nosso
planeta. O problema é que, ao lançar muitos GEE na atmosfera, a biosfera se
torna cada vez mais quente, podendo levar a extinção da vida terrestre.
O ser humano e seu afã de sempre querer mais e mais, tem a comum atitude
de se colocar acima de qualquer possível dano ao ambiente. Ao ignorar as
necessidades de seu habitat, o homem põe em risco a própria existência.
Atualmente as ameaças estão vindo á tona, como uma manifestação do planeta
em relação á humanidade. O pesquisador britânico James E. Lovelock sustenta
a hipótese de que a terra seja um ser vivo, o qual ele denominou Gaya.
Segundo ele, por ser um organismo, apresenta patologias que devem ser
cuidadosamente tratadas, e enfatiza que é o homem o agente causador da
8
15. maioria de suas doenças. Como exemplo, cabe salientar as seguintes: aumento
da temperatura da terra; derretimento das geleiras e calotas polares; elevação
do nível dos oceanos; perda da biodiversidade; aumento da incidência de
doenças transmitidas por mosquitos e outros vetores; intensificação de
fenômenos extremos (secas, enchentes, furacões...); desertificação; aumento de
fluxos migratórios.
Hoje já podemos notar algumas dessas conseqüências. No ártico a temperatura
elevou-se em 5ºC apenas no ultimo século. Mais recentemente, as geleiras
perderam cerca de 3% de seu volume a cada década. E há previsões que daqui
á 80 anos não mais haja gelo no verão ártico, o que resultara na extinção dos
ursos polares, conforme disseram cientistas Enéas Salati, Ângela A. dos Santos,
Carlos Nobre.
Outro possível desastre ecológico é o desaparecimento de parte da maior
reserva biológica virgem do mundo, a floresta amazônica. Além de as
queimadas da floresta aumentar a liberação dos GEE na atmosfera, ainda
perde-se área de absorção de carbono que é feita pela fotossíntese, e o terreno
queimado fica pobre em nutrientes essenciais, tornando-se um solo infértil,
dando margem assim a desertificação da Amazônia.
No mês de abril, a ministra do meio ambiente, Marina Silva, afirmou que é
preciso uma ação conjunta entre todos os países do mundo para amenizar os
danos causados pelas mudanças climáticas. “Se reduzirmos 100% de nossas
emissões de gás carbônico e os países ricos não reduzirem 80% dos deles,
seremos afetados igualmente e a Amazônia virara savana do mesmo jeito”
disse ela numa palestra na fundação Osvaldo Cruz.
Portanto, depois de tantos anos explorando a natureza de forma incalculável,
nos deparamos com uma situação critica, diante da qual o mínimo a fazer é
frear a emissão dos GEE, tão intensificados após a revolução industrial. Muitas
medidas vêm sendo estudadas por cientistas, como o aumento da participação
do uso de energias renováveis, através de programas de incentivo como o
Proálcool do governo brasileiro; a descarbonalização da matriz energética
mundial; a adesão mundial as medidas propostas pelo protocolo de Kyoto.
O protocolo de Kyoto é o mais ambicioso dos projetos governamentais que
tratam do meio ambiente. Nele há um programa de metas que propõe aos
países desenvolvidos uma redução de 5,2% na emissão de GEE em relação à
emissão em 1990. Medidas que parecem simples, mas são de difícil adesão por
parte desses países desenvolvidos, uma vez que demandam de burocracia e
fortes impactos socioeconômicos.
Com tudo isso, percebemos que será muito mais caro e trabalhoso reparar as
conseqüências das mudanças climáticas do que implementar medidas que a
estabilizem, conforme disse Carlos Alberto M. Sacaramizza. Agora que os danos já
foram causados é preciso que haja uma cooperação entre política, economia e
sociedade de uma maneira global, só assim conquistaremos resultados concretos e
satisfatórios.
9
16. C N 2007
Seção I
Mudanças climáticas e conseqüências
ambientais
Conscientização é a
chave para o nosso
planeta
Nayara Ruiz Cintra a e Catarina Fonseca dos Santos b
a
Aluna do curso de Obstetrícia. E- nayararcintra@usp.br
b
Aluna do curso de Ciências da Atividade Física. E- catarinaf@usp.br
Palavras-Chave: efeito estufa, aquecimento global, meio ambiente.
esde a Revolução Industrial podemos perceber que nosso planeta vem
D passando por grandes mudanças climáticas. Essas mudanças deixaram
de ser apenas conseqüências naturais e agora são cada vez mais
resultado da interferência do homem.
A constante utilização de combustíveis fósseis faz com que o efeito estufa seja
potencializado. O efeito estufa nada mais é do que a forma que a Terra
encontrou de se manter aquecida e propícia à vida. Com a proteção de uma
barreira de gases, como o dióxido de carbono, metano e ozônio. Porém
somada com os gases poluentes (metano e clorofluorcarbonetos) essa
concentração provoca um aquecimento exagerado, o aquecimento global.
A evolução científico-tecnológica mudou o perfil da sociedade. Tivemos um
grande crescimento econômico, demográfico, urbano e também avanços na
agricultura. Exigiu-se assim um consumo elevado das energias não-renováveis,
mas não houve junto com essas transformações a conscientização sobre
possíveis conseqüências no futuro.
Com o efeito estufa impedindo a irradiação da energia, da Terra para o espaço,
ocasionam-se também, drásticas mudanças climáticas que mostram suas
conseqüências no meio ambiente, como as chuvas torrenciais, alteração nas
estações do ano, aquecimento dos oceanos e o comprometimento do
ecossistema marinho, epidemias de doenças tropicais e até mesmo
desaparecimento de países insulares.
Para reduzir este impacto negativo ao meio ambiente, iniciativas devem ser
tomadas a fim de mudar o comportamento do homem para com a natureza,
deixando claro que a situação com o ambiente, de maneira consciente, é
imprescindível para a existência da humanidade.
10
17. Alterações Climáticas:
Conseqüências Ambientais
Larissa Corat Fernandes a e Renata Biscuola de Sordi b
a
Aluna do curso de Ciências da Atividade Física. E- larissacorat@usp.br
b
Aluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- redesordi@usp.br
Palavras-Chave: mudanças climáticas, desequilíbrio ambiental, efeito estufa.
tema Mudanças Climáticas tem sido muito discutido na mídia
O atualmente, pois a população mundial nunca havia sofrido tanto
devido às alterações climáticas. Diversos fatores fizeram com que a
temperatura do planeta sofresse tamanha alteração.
É na atmosfera do planeta que ocorrem as mudanças climáticas que são
influenciadas pelo efeito estufa, sendo essencial para a vida na terra. Pois, é
com o efeito estufa que uma parcela dos raios infravermelhos refletidos pela
superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera.
Como conseqüência disso, a temperatura da Terra fica contida e não é solta no
espaço permanecendo maior do que seria na ausência desses gases. O efeito
estufa dentro de uma determinada faixa é de vital importância, pois, sem ele, a
vida como a conhecemos não poderia existir.
Houve um aumento na poluição do ar, causado pela explosão demográfica
ocorrida nas ultimas décadas, houve também a degradação do meio ambiente,
afetando assim a qualidade de vida da população, o equilíbrio ecológico e a
diversidade biológica.
Essa poluição do ar é causada pela queima de combustíveis para a produção de
energia, e acarreta na liberação de dióxido de carbono na atmosfera, alterando
a composição atmosférica de forma prejudicial. O excesso dessa emissão de
gases poluentes gera diversas alterações climáticas globais e intensifica o efeito
estufa.
A intensificação do efeito estufa causa o aquecimento global que é um dos
maiores responsáveis pelo desgelo das calotas polares, afeta a saúde humana,
aumentando assim os casos de doenças e mortes devido a problemas
respiratórios e as catástrofes causadas pelas mudanças climáticas. Talvez a
população não se de conta das conseqüências desse fato, o desgelo faz com
que ocorra um aumento no nível do oceano que, por sua vez, pode acarretar
numa futura submersão de cidades litorâneas.
A chuva ácida também é uma conseqüência da poluição atmosférica que
possui grande relevância. Com a acidificação do ar pelo efeito estufa, ocorre
uma modificação na composição da chuva, que se torna ácida, diminuindo a
produtividade das florestas, da pesca e do cultivo em geral.
11
18. As mudanças climáticas sempre ocorreram, porém com o aumento do uso de
tecnologias e combustíveis fósseis, essas mudanças têm se intensificado de
maneira assustadora.
Se as alterações climáticas continuarem se intensificando existirá um
desequilíbrio ambiental que afetará seriamente a biodiversidade do planeta, é
possível que a Terra se torne um planeta sem as condições necessárias para a
vida.
Esse tema tem importância fundamental na vida de todos.Por esse motivo
deve ser a cada dia mais abordado seriamente não apenas pela mídia, mas sim
por toda a população. Afinal é a vida do nosso planeta que está em risco.
Conseqüências ambientais:
natureza versus economia
Ana Clara da Conceição Soares Almeida a e Raira Cordeiro
de Souza b
a
Aluna do Curso Bacharelado em Tecnologia Têxtil e da Indumentária.
E- anainvogue@usp.br
b
Aluna do Curso Bacharelado em Tecnologia Têxtil e da Indumentária.
E- raira.souza@usp.br
Palavras-Chave: variação climática, IPCC, conseqüências globais.
O clima da Terra esteve variando entre o aquecimento e resfriamento
no decorrer dos tempos. No entanto esta variação tem se acelerado
e uma possível causa para tais mudanças climáticas ocorrerem é o
aquecimento global seguido de inúmeras conseqüências ambientais.
Segundo Richard B. Alley, professor de Geociências da Universidade do
Estado da Pensilvânia dos Estados Unidos: “É possível que os cientistas
nunca tivessem verificado para valer a capacidade de variação do clima
terrestre senão fosse por algumas amostras de gelo, extraídas no começo da
década de 1990 das calotas glaciais da Groenlândia . Esses cilindros colossais
preservam um conjunto claro de registros climáticos que engloba 110 mil anos.
A composição do gelo, por si só, revela a temperatura em que ele se formou.”
O citado aquecimento global é resultado do excesso de lançamentos de gases
estufas na atmosfera como dióxido de carbono (CO2) e gás metano (CH4)
sendo o efeito estufa dentro de uma determinada faixa de vital importância, já
que ele é um fenômeno natural para manter o planeta aquecido. Todavia o
agravamento do efeito estufa tem tornado a Terra cada vez mais quente.
Este agravamento vem do passado devido às interferências antropogênicas,
principalmente do século XVIII na chamada Revolução Industrial. Já que a
12
19. energia utilizada nas indústrias era adquirida através da queima do carvão e
posteriormente do petróleo, liberando gases estufas para atmosfera.
O primeiro cientista a indicar que gases na atmosfera poderiam contribuir
para o aumento da temperatura superficial terrestre foi o físico matemático
Jean Baptiste Fourier, em ensaio publicado em 1827. Depois no século XX
representantes de quase todos os países do mundo preocupados com as
conseqüências das mudanças climáticas organizaram encontros como, por
exemplo, a ECO-92 no Rio de Janeiro na qual foram elaboradas três
convenções (Biodiversidade, Desertificação e Mudanças Climáticas), uma
declaração de princípios e a Agenda 21 (base para que cada país elabore seu
plano de preservação do meio ambiente) e mais tarde um encontro em Kyoto,
no Japão, formulando o Protocolo de Kyoto, que visa a redução de gases
poluentes.
As conseqüências ambientais causadas pelo aquecimento global anunciadas
pelos relatórios divulgados pelo IPCC ( Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas) - órgão ligado às Nações Unidas- prevêem o
derretimento das calotas polares e da geleiras, conseqüentemente aumentando
o nível dos oceanos, submergindo ilhas e amplas áreas litorâneas densamente
povoadas; a desertificação nas áreas tropicais e subtropicais; proliferação de
insetos nocivos à saúde humana e animal; destruição de habitats naturais
provocando o desaparecimento de espécies vegetais e animais; multiplicam-se
as secas, inundações, furacões, ondas de calor, tempestades tropicais e
nevascas.
Para o Brasil as previsões são que na região Amazônica, por exemplo, as
pessoas podem ser afetadas por temperatura mais altas no verão em algumas
regiões, por aumento na freqüência de secas severas como a de 2005 e pela
transformação da floresta em uma vegetação muita mais aberta parecida com o
cerrado, especialmente na região leste. No Nordeste brasileiro, as temperaturas
vão subir ainda mais, passando de uma região semi-árida para árida e
comprometendo a recarga dos lençóis freáticos. No Sudeste, a precipitação vai
aumentar com o impacto direto na agricultura nas inundações e deslizamentos
de terra.
Cenários projetados há duas décadas pelos relatórios do IPCC alertam para os
riscos do aquecimento global e sugerem que é decisiva a contribuição humana
nas alterações do sistema climático do planeta. Mesmo diante das
conseqüências ambientais já em ocorrência no planeta, países como: os
Estados Unidos, a China e a Rússia que são os maiores poluidores resistem
em aceitar metas definidas de redução nas emissões dos gases que provocam o
efeito estufa, sob a alegação de que prejudicaria suas economias. Para
solucionar o problema das emissões pode ser utilizado medidas simples,ou
seja, não é preciso uma nova tecnologia, basta utilizar as energias alternativas
(solar, eólica, biomassa, entre outras).
13
20. Mudanças climáticas em
um mundo vulnerável
Mariana Almeida Perez
Aluna do curso de Ciências da atividade física. E- almeidaperez@usp.br
Palavras-Chave: planeta terra, conseqüências trágicas, efeito estufa.
s mudanças climáticas, resultantes da ação do homem, são
A
em 2005.
comentadas com grande freqüência na mídia, por conta de suas
drásticas conseqüências, como por exemplo o Ciclone Catarina que
atingiu o litoral gaúcho e catarinense em 2004 e a seca da Amazônia
Antes de qualquer coisa, é preciso demonstrar as causas dessas mudanças
climáticas como, por exemplo, definir o efeito estufa – fenômeno natural que
mantém a Terra aquecida possibilitando a vida terrestre, porém o lançamento
excessivo dos gases causadores do efeito estufa, dentre eles o dióxido de
carbono e o metano, formam uma espessa camada na atmosfera, tornando
assim o planeta cada vez mais quente e não permitindo a saída de radiação
solar. Esses gases são lançados por diversas maneiras, das quais se destacam: a
queima de combustíveis fósseis e o desmatamento.
As conseqüências dessas mudanças climáticas são várias e algumas delas já
podem ser observadas como, por exemplo: furacões, tempestades tropicais,
ondas de calor e de frio, inundações, seca, deslizamento de terra, aumento do
nível do mar por causa do derretimento das calotas polares e o aumento da
temperatura média do planeta.
No Brasil, segundo dados do Greenpeace, 75% das emissões são provenientes
do desmatamento de florestas, tornando assim o país o quarto maior emissor
de gases estufa do planeta. A Amazônia é uma das regiões brasileiras que mais
sofrem com essas mudanças, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), um aumento na temperatura média global de 3º C pode
representar um aumento de 8º C na região amazônica.
Devido ao fato de os gases causadores do efeito estufa permanecerem na
atmosfera por muitas décadas depois que são emitidos, não é possível acabar
com as mudanças climáticas em curto prazo, por isso as medidas a serem
tomadas agora são no sentido de diminuir os impactos dessas mudanças, como
por exemplo, a diminuição do desmatamento, o incentivo do uso de energias
renováveis, reciclagem de materiais e prioridade para o uso de transporte
coletivo.
14
21. Ação e Reação: Homem e
Natureza
Natalia Mendes Schöwe.a e Ranyélle Alves Rodrigues.b
a
Aluna do curso de Gerontologia. E- na_schowe@hotmail.com
b
Aluna do curso de Gerontologia. E- ranyrodrigues@usp.br
Palavras-Chave: efeito estufa, aquecimento global, impactos ambientais.
esde sua formação, a Terra sempre passou por constantes variações
D de temperatura, tanto aquecimento como glaciação, causadas
naturalmente. Porém, com a Revolução Industrial e os avanços
tecnológicos, a situação passou a ser diferente: com o acúmulo de
gases poluentes na atmosfera, as mudanças na temperatura passaram a ocorrer
mais rapidamente. Isso acontece devido à intensificação do efeito estufa.
Tal fenômeno ocorre por causa da presença natural de alguns gases, como o
CO2 (Dióxido de Carbono), CH4 (Metano) e vapor de água (H2O), na
atmosfera que retêm parte do calor do Sol. Devido à larga utilização de
combustíveis fósseis, queimadas, entre outros, a quantidade de calor
aprisionado na atmosfera tem aumentado muito, intensificando o fenômeno.
Essa intensificação é uma das principais causas das mudanças climáticas pela
qual o planeta está passando, que é caracterizado pelo aquecimento global e
suas conseqüências.
Entre essas conseqüências estão os impactos ambientais que serão sentidos
antes do final do século, se nenhuma providência for tomada.
Um desses impactos é o aumento da temperatura dos oceanos e o
derretimento das geleiras polares, que causarão a elevação do nível do mar e
conseqüente invasão da água salina em áreas mais baixas. Com isso, a
sociedade sentirá “mais de perto” as conseqüências da mudança climática, uma
vez que o saneamento e a agricultura serão afetados.
Além disso, o aquecimento global pode influenciar no regime das chuvas, que
poderá ficar ainda mais irregular: as precipitações serão mais abundantes nas
regiões temperadas e frias, enquanto que nas regiões tropicais e subtropicais, a
incidência de chuvas poderá ser reduzida, fazendo com que haja grandes
enchentes em algumas áreas e secas prolongadas em outras.
Essa diferença o Brasil já pôde sentir. Em 2005, a Amazônia passou por uma
seca jamais vista, sem falar no furacão Catarina que atingiu a costa de Santa
Catarina e do Rio Grande do Sul em 2004, um evento natural que em outras
épocas jamais seria cogitado.
Não podemos deixar de citar o estrago na biodiversidade do planeta que o
aquecimento global pode causar. Muitos animais podem ser extintos, entre eles
os anfíbios, que estão entre os vertebrados de melhor adaptação do planeta.
Entretanto, a adaptação, hoje em dia, é mais difícil para esses animais: eles
15
22. estão perdendo o habitat, a água – que é o meio no qual eles se reproduzem –
está poluída e eles estão mais expostos a luz ultravioleta, que provoca
mutações e altera o sistema imunológico das espécies.
Não só os anfíbios, mais qualquer outra espécie, são importantes porque
fazem parte de uma cadeia alimentar que, se for alterada, desregulará o
processo de equilíbrio ecológico.
Esses foram poucos exemplos que mostram o perigo que uma mudança
climática representa. Existem outros pontos que podem ter grandes
conseqüências, e não apenas o meio ambiente. Portanto, é muito importante
que as mudanças climáticas sejam um assunto amplamente divulgado e
refletido, uma vez que a estabilização desse quadro é ainda possível e
necessário para a manutenção e prevenção da vida na Terra. Esse quadro pode
ser revertido através de ações políticas mundiais e com a participação de toda a
sociedade através de mudanças de hábitos e práticas simples, como a economia
de energia e água, preservação de áreas verdes, não poluição de rios e ruas.
Aquecimento Global:
Conseqüências são
Drásticas
Alexandre Luiz Senra Antonini. .a e Bruno Cantelli Carossi.b
a
Aluno do curso de Ciências da Atividade Física
E- alexandreantonini@hotmail.com.
b
Aluno do curso de Ciências da Atividade Física
E- brunocantelli@yahoo.com.br
Palavras-Chave: conseqüências ambientais, aquecimento global, mudanças
climáticas.
onforme relatório produzido pelo Grupo de Estudos e Mudanças
C Climáticas da ONU, afirma que o Aquecimento Global deve durar
centenas de anos e que a mais de 90% de chance de que o aumento
da temperatura do planeta tenha sido causado pelo homem, devido
ao modelo de desenvolvimento baseado na queima progressiva de
combustíveis fósseis, e na conseqüente emissão de gases que agravam o efeito
estufa.
O documento projeta que até o ano de 2100 a temperatura média do planeta
deve aumentar até cinco graus, e que estas mudanças devem causar ondas de
calor, inundações, secas e tempestades tropicais cada vez mais freqüentes e
intensas, o relatório reforça a noção de que o Aquecimento Global é muito
prejudicial ao planeta.
16
23. Evitar este super aquecimento, será provavelmente o desafio científico e
técnico mais formidável que a humanidade já enfrentou. Sendo os principais
males do Aquecimento Global os combustíveis fósseis, além da atividade
agropecuária, que derruba florestas e emite o gás metano e óxido nitroso,
contribuindo para a destruição do planeta como nós o conhecemos, e a criação
de outro, em transformação para pior.
Um dos efeitos desse aquecimento pode ser a extinção do urso polar até o fim
do século, porque o seu habitat, a camada de gelo do Pólo Norte irá
desaparecer nos verões, a Terra estará três graus mais quente em média, mas o
aquecimento pode ser maior de cinco graus dependendo de como a
humanidade tratará o problema. Esse degelo causará em todos os continentes
um aumento do nível do mar que engolirá calçadões da orla, ameaçando casa e
prédios a beira mar.
Se o ar poluído já faz parte da rotina nas cidades chinesas, o inverno com
temperaturas bem acima de zero graus, chama a atenção. O país que em 2009
deve se tornar o maior poluidor do planeta, depende do carvão para gerar 85%
da energia que toca seu crescimento econômico e acelera o degelo do Himalaia
que agravará ainda mais a falta de água na China.
A falta de água pode atingir bilhões de pessoas, o mundo vai conhecer um
novo tipo de refugiados, os refugiados do clima que não conseguem mais viver
em suas terras de origem.
Enquanto isso, na Austrália, águas mais quentes já matam os corais de sua
grande barreira de recifes, fonte de um ecossistema inteiro e de uma renda
preciosa em turismo para o país; É o começo de uma mudança massiva no
clima do planeta e de todas as transformações que isso trás.
Conter o aumento do calor, no entanto, dependerá de programas agressivos de
eficiência energética instituídos pelos governos, além da mudança de
comportamento de cidadãos do mundo todo.
O Aquecimento Global não é apenas um problema ambiental com reflexos na
economia e na qualidade de vida, é também um problema ético se sabemos
quais são as causas da elevação da temperatura no planeta, e se isso diz
respeito às escolhas que fazemos no cotidiano, insistir no erro significa
desprezar a vida e ignorar a chance que ainda temos de corrigir o rumo.
17
24. Conseqüências Ambientais
– Uma Difícil Escolha:
Egocentrismo ou respeito
ao próximo?
Caroline Taeko Yoshikawa a e Nataly Cristina Reis Uzelin b
a
Aluna do curso de Lazer e Turismo. E- carolyoshikawa@usp.br
b
Aluna do curso de Obstetrícia. E- natalyuzelin@usp.br
Palavras-Chave: mudanças climáticas, conseqüências ambientais, efeitos globais.
m assunto muito discutido nos dias de hoje é o aquecimento global e
U as mudanças climáticas por ele geradas. Diante de dados científicos
levantados no decorrer dos últimos anos, é de se esperar não apenas
uma sensibilização, mas também alguma iniciativa e movimentação
por parte de todos, a fim de reverter essa situação que tanto assombra o futuro
do planeta.
Cientistas do mundo inteiro se unem com o propósito de intensificar os
estudos e mobilizar ao máximo as possíveis soluções para esse problema.
Frente a essas circunstâncias, a intenção desse artigo é mostrar os efeitos e
danos causados no ambiente por parte da sociedade e, dessa forma, estimular a
uma reflexão.
O aquecimento global é um fenômeno reconhecido e incontestável, frente às
inúmeras evidências que apontam a essa conclusão. Essas evidências podem
ser identificadas pelas diversas alterações ambientais ocorridas no decorrer dos
anos.
É visível que o aquecimento global tem influenciado as alterações do regime
de chuvas e secas, afetando plantações e florestas. Devido a tais modificações,
tem-se como conseqüência a escassez de alimento, que por sua vez elevam os
índices de mortalidade relacionada à fome.
O índice de mortalidade é acentuado por ocasião de ondas de calor. Segundo
dados levantados por Bueno (2005), o aquecimento global é responsável por
150 mil mortes em cada ano em todo o mundo. Só no ano de 2004, uma onda
de calor que atingiu a Europa no verão, matou pelo menos 20 mil pessoas. Os
paises tropicais e pobres são os mais vulneráveis a tal efeito. A Organização
Mundial de Saúde (OMS) calcula que para o ano de 2030 as alterações
climáticas poderão causar 300 mil mortes por ano.
Atualmente, pesquisas realizadas na Nasa mostram que a temperatura média
do planeta já subiu 0,18ºC desde o início do século. Por ocasião dessa elevação
de temperatura foi possível notar um agravamento no derretimento das
geleiras, ação presente não apenas no Pólo Norte e Sul, sendo também
18
25. verificada em vários continentes, nos Andes, nos Alpes e nos EUA. Este fato
está intrinsecamente ligado ao aumento do nível das águas dos mares e
oceanos, fato já observado e comprovado com a constatação de que as áreas
litorâneas dos continentes estão sofrendo uma inundação gradativa. As
pesquisas realizadas pela IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Chance)
afirmam que ocorrerá um aumento de 10 a 20 cm no nível médio global dos
oceanos no século XX.
É possível ainda associar as mudanças climáticas nas alterações da
biodiversidade, considerando-se que elas são as principais responsáveis pela
extinção de espécies da fauna e da flora. De acordo com os modelos
climáticos, no ano de 2080 não haverá mais gelo durante toda a estação de
verão, o que provocará a extinção dos ursos polares. Ainda sendo prevista uma
significativa diminuição da quantidade de peixes devido ao aumento da
temperatura das águas afetando, dessa forma, o equilíbrio da cadeia alimentar.
Hoje já se pode conferir o declínio de anfíbios por todo o mundo e o
branqueamento dos recifes de corais, indicando a sua morte.
Outro indício de mudanças climáticas pode ser exemplificado com os desastres
naturais decorrentes do aumento da freqüência e/ou da intensidade dos
eventos meteorológicos extremos (rigorosas tempestades, ondas de calor, secas
prolongadas, inundações, enxurradas, vendavais).
O Brasil também sofre a amplitude de tais conseqüências. Dentre elas é
possível citar o resultado de um estudo publicado em Paris, cuja verificação foi
ameaça da transformação de 30% a 60% da floresta Amazônica em savanas.
Diante desse contexto abordado, conclui-se que existe uma questão de justiça
e ética envolvidas na discussão sobre o aquecimento global, pois muita das
pessoas que vão sofrer as conseqüências mais graves das Mudanças Climáticas
e Ambientais são aquelas que menos contribuirão para o problema.
Contudo, se aderirmos a um movimento de conscientização trabalhando com
a restauração ambiental, conservação da biodiversidade, aplicação de uma
educação ambiental, utilização de fontes de energia renováveis, entre outras
ações, poderemos minimizar as dramáticas conseqüências para as gerações
futuras.
19
26. O Homem mudou o
mundo?
Larissa Chaves a e Tatiana Yumi Mino b
a
Aluna do curso de Lazer e Turismo. E- larichaves@usp.br
b
Aluna do curso de Ciência da Atividade Física. E- tatinha_yumi@hotmail.com
Palavras-Chave: gases poluentes, efeito estufa, aquecimento global.
processo de revolução industrial foi o marco do surgimento de
O diversas mudanças na configuração do clima global. Altos índices
de emissão de gases tóxicos e poluentes e o consumo de
combustíveis fósseis marcaram o início de um período em que a
máquina surge para substituir a mão-de-obra humana.
Os combustíveis fósseis, encontrados em abundância e baixo custo, eram tidos
como principal fonte de energia utilizada pelo homem. Estes causaram fortes
transformações sociais, econômicas, tecnológicas e infelizmente ambientais.
Com o aumento gradativo da concentração de poluentes na atmosfera surgem
problemas como o agravamento do efeito estufa, fenômeno no quais os gases
GEE (Gases de Efeito Estufa) absorvem uma parcela de raios infravermelhos
refletidos na superfície da Terra, desencadeando o aumento da temperatura
terrestre conhecido com aquecimento global, que pode trazer várias
conseqüências para o planeta, pondo em risco a sobrevivência de seus
habitantes.
É necessário levar em consideração como fator que agrava o efeito estufa e o
aquecimento global, a derrubada e a queima de florestas, o qual compromete o
regulamento da temperatura, o movimento dos ventos e o nível de chuvas.
Uma das conseqüências ocasionadas pelo aquecimento global é o derretimento
de gelo das calotas polares e o aumento do nível das águas dos oceanos, o que
coloca em risco muitas cidades localizadas ao nível do mar, sujeitas assim, ao
alagamento e seu completo desaparecimento. Cientistas prevêem que vários
ecossistemas poderão ser atingidos e animais poderão ser extintos.
Além disso, outra conseqüência que pode surgir a partir do derretimento das
geleiras é a diminuição de água doce do planeta, uma vez que esta é misturada
com a água salgada dos mares.
As alterações climáticas é outra grave questão, as quais são intensificadas por
outros problemas ambientais, tanto locais como regionais, e o seu combate é
algo extremamente complexo, envolvendo questões políticas e econômicas,
além de os problemas gerados continuarem atuando por muito tempo, mesmo
20
27. depois de eliminados. Com as alterações, os tufões, furacões e maremotos
agem com maior intensidade, podendo prejudicar a produtividade agrícola de
vários países, o que coloca em risco a quantidade de alimentos da população.
Uma saída alternativa para amenizar tantos impactos, apresentada pelos EUA
no Protocolo de Kyoto, foi optar por fontes renováveis de energia. Isto é
condição necessária, ainda que não suficiente, para atenuar este grave
problema e para que o bem-estar das gerações futuras não seja seriamente
comprometido. Pois caso devidas providências não forem tomadas e os
problemas causados pelas mudanças climáticas continuarem progredindo da
mesma forma, o planeta estará sujeito a conseqüências catastróficas, como por
exemplo: a escassez de água doce, o desaparecimento de grandes florestas, o
fluxo migratório intenso e até mesmo a extinção da espécie humana.
Aquecimento Global: o
planeta em perigo
Aline Jardim Martinho a e Rodrigo Conde Passos b
a
Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- alinejmartinho@usp.br
b
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- dico@usp.br
Palavras-Chave: conscientização, respeito à natureza, impactos ambientais.
relação do homem com a natureza foi diretamente afetada com a
A Revolução Industrial, pois foi a partir deste momento que o homem
começou a utilizar materiais fósseis, como o carvão e o petróleo para
a geração de energia, aumentando o índice de Gás Carbônico na
atmosfera, o qual é responsável em parte pelo efeito estufa.
O efeito estufa faz com que ocorra o aumento da temperatura no nosso
planeta, pois o calor fica retido na atmosfera, o que causa impactos ambientais
irreparáveis, como o derretimento das geleiras e conseqüentes elevações do
nível do mar, aparecimento de chuva ácida, furacões mais fortes e secas cada
vez mais intensos.
Um outro colaborador para o aquecimento global seria o desmatamento das
florestas (Amazônica, Mata Atlântica, Florestas Africanas, etc.), elas são
destruídas para obter-se carvão ou papel, por exemplo, causando então um
desequilíbrio em todo o ecossistema daquela determinada região, aumentando
o surgimento de desertos e contribuindo para a erosão do solo.
Todos os exemplos relatados são processos que já estão ocorrendo em nosso
planeta e demonstram como o mesmo está em perigo iminente de vida.
Provavelmente daqui a cinqüenta anos, se continuarmos neste ritmo de
destruição, o nível de Gás Carbônico irá subir drasticamente e ainda maiores
danos poderão ser causados no planeta.
21
28. A deterioração que nós mesmos estamos causando em nosso Planeta, pode ser
alterada ou reduzida desenvolvendo, por exemplo, projetos para a preservação
ambiental, através de ONG´s, escolas, Universidades e da mídia A idéia seria
conscientizar todas as pessoas da importância e dos benefícios que o nosso
planeta nos proporciona e incentivá-las a modificar os seus hábitos, como:
utilizar o transporte público ao invés do carro; controlar o uso da água, não
utilizando-a de forma desnecessária e usar a energia consumida hoje, de uma
forma consciente, especialmente em veículos, prédios, indústrias e utilização
elétrica. A energia utilizada pode ser substituída por matérias menos nocivas,
como as energias eólica, solar, hidrelétrica, biomassa e geotérmica.
As alterações climáticas são reflexos dos impactos ambientais gerados pelo homem.
Agora o planeta está apenas mandando “mensagens” de alerta à humanidade, se
nós não conseguirmos entender tais avisos, as conseqüências poderão ser
catastróficas. Quem sabe poderá até mesmo ocorrer à extinção da espécie humana,
surgindo assim uma nova espécie dominante?
Influências do Homem nas
mudanças climáticas
Henrique Akira Cuboiama a e Jefferson Luiz Cescon a
a
Aluno do curso de Marketing. E- henriqueakira@usp.br
b
Aluno do curso de Marketing. E- jefferson@activesystem.com.br
Palavras-Chave: aquecimento global, IPCC, efeito estufa.
primeiro dia da preocupação ambiental começou com o Earth Day
O em 1970, que foi um movimento que iniciou nos Estados Unidos,
com a mobilização de professores e alunos. Essa preocupação
ambiental teve como primeiros sociólogos Max Weber, Karl Marx e
Emile Durkheim, porém nunca foi abordada ou realçada, devido a tradutores e
intérpretes americanos.
É importante ressaltar que o efeito estufa não é o vilão da história, ele é
necessário para a existência de vida na Terra, pois cria a cobertura da
atmosfera ao redor da Terra que permite que os raios solares penetrem nela
mantendo o calor recebido da radiação do sol. A atmosfera existe devido aos
gases, como vapor de água, dióxido de carbono, ozônio, CFC's, etc.
Só depois de muitos anos, a preocupação com o meio ambiente se tornou
mundial, justamente por tratar da existência da própria humanidade. Uma das
conseqüências do aquecimento global é um protocolo firmando uma redução
da emissão de dióxido de carbono entre os países desenvolvidos, o Protocolo
de Quioto. Este fenômeno climático divide a opinião de cientistas do mundo
inteiro, porém as mudanças climáticas são bem evidentes.
22
29. A utilização do carvão como fonte de energia na Revolução Industrial, e mais
pra frente, o uso dos combustíveis derivados do petróleo, elevou a quantidade
de metano, dióxido de carbono e óxido nitroso na atmosfera. A emissão destes
gases provenientes de chaminés de fábricas, escapamentos de carros e queima
de carvão mineral nas termoelétricas provocaram essa acentuada elevação dos
níveis de gases que colaboram com o aumento do efeito estufa.
Segundo cientistas do IPCC(Intergovernamental Panel on Climate Change, ou
Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), órgão ligado às
Nações Unidas, disseram que o Homem é o responsável pelo aquecimento
global. E seu efeito colateral é a subida irreversível da temperatura média.
Segundo o relatório do IPCC, as populações mais pobres serão os maiores
prejudicados, o aquecimento global provocará escassez de água para 1 bilhão
de pessoas no planeta, a produção de alimentos nas latitudes mais baixas
sofrerá com as variações de temperatura, levando insegurança a centenas de
milhares de pessoas por falta de alimentos, que dependem do cultivo de
subsistência. Existe a possibilidade de savanização do leste da Amazônia, além
de abalos econômicos que o aquecimento global causará na economia mundial,
como a perda de 1% a 5% do produto interno bruto global com o
aquecimento de 4ºC na temperatura.
No documentário, Uma verdade Inconveniente, Al Gore relaciona o
aquecimento mundial com a quantidade de gases do efeito estufa durante os
três séculos que passaram. Através de gráficos e animações ele mostra que
existe realmente relação entre estes fatores. As cenas das geleiras na Antártida
e Groenlândia rachando e fotos de satélites comparando o tamanho de 30
anos atrás com fotos atuais destes mesmos lugares é muito chocante. Outro
fator preocupante mostrado no filme é o aumento do nível dos mares e
oceanos decorrente do derretimento das geleiras, e conseqüentemente, a
inundação das áreas litorâneas.
Após tantos fatos ocorridos, quase todos os países do mundo assinando o
protocolo de Kyoto, as conseqüências terríveis do aquecimento global, o relatório
preocupante do IPCC e as comprovações visuais do documentário, nos
sensibilizam para este acontecimento de preocupação mundial. Estas alterações no
clima podem trazer conseqüências desastrosas para a humanidade, piorando as
condições das populações menos favorecidas, a desaceleração da economia
mundial e o pior são as mudanças na configuração do meio ambiente no planeta.
23
30. O Ambiente Sufocado
Andrei Guimarães Pavão a e Marcio Antunes da Rocha b
a
Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- andreipavao@usp.br
b
Aluno do curso de Gestão Ambiental.
Palavras-Chave: mudanças climáticas, gases estufa, IPCC.
C om as mudanças climáticas e suas respectivas conseqüências
ambientais, das quais o planeta está e estará sofrendo nas próximas
décadas e, de acordo com as previsões do Painel Intergovernamental
sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão da ONU composto pelos
melhores cientistas do mundo, a Terra passará por grandes transformações em
um futuro próximo.
Em um dos relatórios do IPCC, ficou claro que a emissão de gases estufa
aumentaram cerca de 70% desde 1970 e poderão aumentar muito mais até
2030 caso não seja tomada nenhuma providência.
Algumas previsões do relatório são: “mais de 30% das espécies sob risco
crescente de extinção, corais ameaçados ou mesmo uma mortandade
generalizada, aumento da disponibilidade de água em áreas tropicais úmidas e
altas latitudes, diminuição da disponibilidade de água em médias latitudes e nas
regiões semi-áridas de baixas latitudes”, isso tudo em âmbito geral acabará
gerando secas, enchentes, furacões e perda de biodiversidade.
Essas transformações seriam, talvez, o “preço” que pagaríamos pelo avanço
industrial e tecnológico conquistado pela humanidade até o presente
momento, esse progresso emitiu grandes massas de gases do efeito estufa
proveniente da queima de hidrocarbonetos contidos na Terra.
Para aqueles que acham as previsões de mudanças climáticas um tanto
exageradas, Martin Parry co presidente do grupo 2 do IPCC alerta: “não acho
que as previsões sejam aterrorizantes, elas são sérias. Acima de tudo não acho
que estejamos exagerando, pelo contrário, o IPCC tende a reduzir o impacto
das informações, porque elas são revisadas.”
Um fato interessante é o que esta acontecendo na Baía de Bengala, localizada
no delta do sudeste de Bangladesh, a população situada nessa região já sofre o
efeito real do aquecimento global. O aumento no nível do mar contaminou a
água potável do lençol freático a quilômetros adentro do continente, e o sal, já
percebido na água dos poços, prejudica a produção agrícola provocando fome
e êxodo rural na região.
A ironia dessa realidade é que comparando um indivíduo dessa população com
um americano que emite 25 toneladas de CO2 por ano, ele gera irrisória
concentração de CO2 per capita e, portanto, estão sofrendo injustamente os
efeitos do aquecimento global. Bom seria se cada país sofresse as
conseqüências das mudanças climáticas de acordo com o seu grau de
24
31. responsabilidade por tal acontecimento, como por exemplo, a Austrália e os
Estados Unidos que não ratificaram o Protocolo de Kyoto, símbolo da
redução dos gases de efeito estufa, mas como isso é impossível se faz
necessária uma ação séria e conjunta de todos os países do globo para tentar
solucionar esses problemas.
Mas como fazer isso se o avanço tecnológico e industrial mudaram a maneira do
indivíduo relacionar - se com o meio ambiente, cedendo as pressões da
modernidade e não se responsabilizando pelas conseqüências de suas ações. É
preciso uma ação contundente dos respectivos governantes, Estados de cada nação
e também uma mudança individual de hábitos para salvar a vida e a própria Terra.
Perspectiva para os
próximos anos
Thomaz Ferrari Daddio a e Gustavo Katz b
a
Aluno do curso de Marketing. E- daddio@usp.br
b
Aluno do curso de Marketing. E- gutcham2@yahoo.com.br
Palavras-Chave: mudanças climáticas, conseqüências, oceanos.
O futuro com certeza é algo incerto para nós, ninguém realmente
saberá o que acontecerá no futuro próximo ou distante, mas as
previsões e as conseqüências que já ocorrem atualmente não são
nada amigáveis para com nosso planeta e com nós, os seres vivos.
“[...] Eles também me contaram que até onde eles conseguiam lembrar a baía permanecera
congelada por vários meses cada inverno. Durante os últimos anos, no entanto, têm tido
“água-aberta” na Deisko Bay (Groenlândia) durante todo ano. Os pescadores estavam
alarmados pelas mudanças, assim como nós deveríamos.” Boursellier.
Esses fatos ocorridos não apenas no pólo norte e antártica podem acarretar
conseqüências irreversíveis e nos levando a um futuro nefasto às próximas
gerações; provas serão apresentadas sobre o que ocorre atualmente e quais as
possíveis conseqüências.
No século XX o aumento do nível do mar está por volta de 10cm a 20cm,
estima-se que no futuro com o aquecimento dos mares, esse número fique
quatro vezes maior; o pior cenário projetado é de “um completo colapso da
capa de gelo da antártica ocidental que elevaria nível do mar em cinco metros,
entre as vítimas estariam as cidades litorâneas, estima-se que um terço da
população mundial perca sua residência.
Estudo recente realizado por Josefino C. Comiso da NASA determinou a
temperatura da superfície marítima, com base nos dados obtidos inferiu-se
que, nos últimos vinte (20) anos o aquecimento dos oceanos no Ártico foi oito
vezes maior que a média dos últimos séculos. Uma das razões desse
acontecimento, de acordo com a cientista Jacqueline M. Grebmeier é que a
25
32. água, por ser mais escura do que o gelo, absorve mais energia solar, causando
assim, um maior aquecimento do oceano e o maior derretimento do gelo.
Mark Serreze da universidade do Colorado afirma que a capa de gelo do mar
Ártico diminuiu em 9% a cada década nos últimos 30 anos.
“Como nós vivemos nossa vida diária - o que comemos, como vamos ao trabalho, onde
construímos nossas casas - tem um efeito não apenas nos nossos arredores, mas também em
lugares tão longínquos como o pólo norte e a antártica. Passando o dia movimentando-se de
uma casa com ar condicionado à um escritório hermeticamente fechado e vice-versa, via um
estacionamento subterrâneo é muito fácil omitir esse fato – mas isso é o grande porque
deveríamos tomar consciência disso.” Boursellier.
As influências que causamos ao meio ambiente costumam em sua maioria serem
malignas ao mesmo, enquanto existe uma força pequena em busca da salvação do
planeta, as grandes potências do planeta, tentando encobrir esse fato, pois só assim
poderiam a continuar crescendo e poluindo o mundo, o estados unidos, o país com
maior prosperidade econômica do mundo é também o que mais o degrada,
tentando colocar a culpa nos outros pelos próprios erros, lembrando que nem
sequer assinaram o tratado de Kyoto. Dizem que para mudar o mundo, você deve,
primeiro, mudar sua própria cabeça. Muitos desejam mudar o mundo, mas quando
jogam um papel de bala no chão estão se comparando com as pessoas que
confronta.
Os efeitos de uma
realidade inconsciente:
mudanças climáticas
Bruna Leonor Segatto a e Rafael Vizzaccaro Garcia b
a
Aluna do curso de Marketing. E- bruna.segatto@usp.br
b
Aluno do curso de Marketing. E- vizzaccaro@usp.br
Palavras-Chave: meio ambiente, impactos, clima.
preocupação com a questão ecológica faz parte de um debate em
A âmbito internacional. Nos últimos anos, ocorreram mudanças
repentinas, com resultados terríveis para a humanidade e há indícios
de que estes acontecimentos estejam relacionados ao fenômeno do
“efeito estufa”, que ocorre devido à queima de combustíveis fósseis e
desmatamentos, já que estes liberam grande quantidade dos gases poluentes –
dióxido de carbono, entre outros. Além disso tem como uma das principais
conseqüências as mudanças climáticas.
Para conter a emissão de tais gases, houve um encontro internacional
denominado “Conferência de Kyoto”, que tem como meta estabelecer
medidas para conter tal emissão que acarreta no aquecimento da atmosfera
26
33. terrestre. Ao final desse encontro, as cento e sessenta nações estabeleceram
metas quantitativas para a redução da emissão de poluentes até 2012.
O termo efeito estufa está relacionado a uma estufa de jardim, pois há
semelhança quanto ao comportamento de certos gases, afinal ambos permitem
a penetração da luz e não permitem que o calor saia. Portanto, para quem
pensa que o efeito estufa é maléfico para o bem estar mundial, está enganado,
pois ele é o principal agente responsável pela vida no planeta e, sem sua
presença, a temperatura da Terra estaria em torno de -17º. O problema é que o
efeito estufa, atualmente, se encontra muito acentuado, já que a concentração
de dióxido de carbono na atmosfera está altíssima se comparado as décadas
anteriores.
Uma análise interessante foi feita pela revista Época nº 463 de 02/04/2007 e
nela constava que, em 1905, quando a atividade industrial era menor, a
temperatura média no planeta era de 13,78ºC. Atualmente está em torno de
14,5ºC e, até o fim do século, poderá estar entre 16,5ºC e 19ºC. Dessa forma o
clima da Terra poderá entrar em colapso.
De acordo com os dados apresentados anteriormente, as conseqüências das
ações do homem serão inevitáveis, fatos como o crescimento e surgimento de
desertos, o derretimento das calotas polares, ondas de calor, perda da
biodiversidade, o aumento de furacões e maior freqüência dos ciclones
tropicais poderão fazer parte do cotidiano do planeta. E, infelizmente, já é
possível citar acontecimentos que se relacionam com estas conseqüências
como, por exemplo, as ondas de calor que afetaram a Europa, o furacão
Katrina, a ilha de Tayulu que, por causa da elevação do nível do mar, teve de
ser abandonada pelos seus onze mil habitantes, o aumento do nível do mar na
Holanda, que pode prejudicar os diques que fazem parte território da costa do
país, entre tantos outros que são freqüentemente divulgados pela mídia.
Outro impacto possível é o aumento do número de casos de várias doenças,
inclusive no Brasil, como exemplificado pelo site da BBC do Brasil: “um dos
maiores problemas causados pela mudança ambiental (...) será a diarréia. O número de casos
poderá subir (...) em decorrência do aumento da seca e falta de água, principalmente no
Nordeste do país”.
Os dados coletados permitem afirmar que, caso não sejam tomadas atitudes
drásticas por parte dos governos federais, das organizações que defendem o
meio-ambiente e das empresas privadas, os impactos poderão ser muito
graves. De fato, é uma ambição utópica impedir a evolução da tecnologia, mas
são necessárias a elaboração e implementação de mais propostas e alternativas
consideradas menos agressoras ao meio-ambiente, como forma de garantir o
bem estar mundial.
Apesar do que foi citado ser indispensável para que a amenização dos impactos
ocorra, deve haver conscientização por parte da própria sociedade, para que,
conjuntamente, o mundo inicie uma luta por um planeta livre de poluição
exagerada e sofrimento, afinal, as mudanças climáticas poderão alterar radicalmente
o modo de viver da sociedade. E então, após tantas previsões, já não é hora de
todos começarem a agir de modo que sejam tomadas algumas atitudes que visem o
bem estar das futuras gerações?
27
34. Impacto Ambiental: o que a
Humanidade tem feito para
mudar isso
Márcio da Silva Almeida e Daiane de Sousa
Palavras-Chave: mudanças climáticas, aquecimento global, impacto ambiental.
os últimos meses muito tem se ouvido falar, sobre os problemas de
N questão ambiental. Este problema já preocupa a comunidade
cientifica há algum tempo, porém somente agora é que seus efeitos
passam a ser sentidos de uma maneira nunca antes percebida.
As catástrofes naturais se tornaram freqüentes nesses últimos anos, entre
algumas podemos citar o Katrina, o furacão que praticamente dizimou diversas
cidades do sul dos EUA, as ondas de calor na Europa que tem provocado
diversos problemas como o excesso de calor e a modificação do arranjo
biológico, ou ainda as enchentes que assolaram o sudeste asiático atingindo
principalmente a China.
Mas o pôr que isto vem ocorrendo? Esta pergunta é até simples de responder e
qualquer indivíduo pôr mais leigo que seja sabe que estes impactos sobre a
humanidade estão diretamente ligados ao processo de mudanças climáticas .
Este tipo de mudança sempre ocorreu no planeta água. A Terra sempre
alternou entre períodos de maior aquecimento e esfriamento no entanto,
nunca os mesmos foram tão prejudiciais quanto os vislumbrados nas últimas
décadas, o motivo é que tais processos se tornaram mais acentuados devido
ao impacto causado pelo desenvolvimento das sociedades modernas, e isso
vem causando uma grande preocupação em cientistas, governos, grupos
ambientalistas e inclusive a população.
Dados recentes do relatório AR4 fornecido pelo IPCC (Painel
Intergovernamental sobre mudanças climáticas) um órgão pertencente às
Nações Unidas, cuja função é analisar e acompanhar este tema, o principal
motivo para o aquecimento global é o aumento exorbitante de emissão de
gases derivados de hidrocarbonetos entre os quais podemos citar o Dioxido
de Carbono, o Metano, CFC entre outros. Esses e também a pecuária
extensiva são responsáveis por cerca de 90 % do aquecimento que vem
ocorrendo nas últimas décadas.
A conseqüência direta da emissão descontrolada deste tipo de poluente e o
aumento no Efeito Estufa um velho conhecido que só tem provocado estragos
ultimamente.
O efeito estufa é natural os gases que sobem para a terra formam uma camada
como um cobertor evitando que a radiação solar se disperse facilmente, até
certo é positivo para atmosfera pois mantém a temperatura estável, no entanto
devido ao aumento excessivo destes gases essa camada tem aumentado
28
35. excessivamente, e o que era apenas um filtro hoje funciona como uma barreira
impedindo que a radiação emitida pelo Sol se dissipe, aumentando assim o
aquecimento da terra.
Tal efeito vem promovendo alguns eventos que não são nada interessantes
entre esses temos:
O aumento do nível dos oceanos. Alguns estudos e dados indicam que no
século passado o XX, o nível subiu 17 cm e neste século, o aumento do nível
poderá chegar a 60 cm, com isso diversas importantes cidades não só no
Brasil, mas como em todo o mundo teriam parte de sua área litorânea
encoberta pela água.
O nível aumenta devido ao derretimento das calotas polares tanto no Ártico
quanto na Antártida. A água dos oceanos aquece e faz com que camadas de
gele descomunais virem água, com isso os ecossistemas passam a ser alterados
como por exemplo é o caso dos ursos polares do Ártico tem que caminhar
por diversas quilômetros para se manterem vivos devido a quebra das placas
de gelo, no entanto os problemas não se restringem apenas ao Ártico. O
aumento no processo de vaporização provoca chuvas intensas em regiões
provocando grandes estragos para população e para governos locais, além
disso, o aumento no número de furacões, e alterações na fauna e flora
provocando a quebra de ecossistemas e assim modificando o habitat de
diversas espécies vem se tornando cada vez mais freqüentes com isso temos a
redução do número de espécies já que muitas delas entram em extinção.
A tendência é que se nada for feito os impactos no ambiente irão se
intensificar e acabar se tornando cada vez mais prejudiciais para humanidade.
Em função disso o Mundo começou a se preocupar com essas causas e tem
feito uma série de iniciativas para amenizar e tentar reverter estas
conseqüências.
O Protocolo de Kyoto, que foi organizado por um grande número de países
membros da ONU, estabeleceu metas para a redução Mundial da emissão dos
gases derivados de hidrocarbonetos como o CO2 (Dioxido de Carbono),
entretanto algumas das maiores nações industriais e maiores emissora s de
gases a base de carbono como é o caso do EUA, China, e Austrália não
assinaram o acordo pois não querem diminuir o seu nível de crescimento
industrial.
Com isso novas maneiras para compensar este tipo de falta vem sendo criadas,
entre elas temos:
- a compra de cotas de carbono de países menos poluentes como forma de
compensar a emissão dos países mais desenvolvidos,
- a redução da dependência do petróleo e o aumento de consumo de fontes de
energia renováveis como é o caso do uso de biomassa, Energia Eólica solar,
Hidroelétrica, etc., e
- o aumento na reciclagem que evita o desperdício de energia assim como o
aumento no número de áreas verdes são alternativas viáveis e baratas.
29
36. Para concluir o mundo acordou e percebeu que o crescimento sem
sustentabilidade é passageiro e que somente quando o ser humano entender que ele
faz parte também da natureza e que como ela tem que saber se renovar e que talvez
possamos construir um Mundo para as futuras gerações.
Panorama mundial sobre
mudanças climáticas com
ênfase no Brasil.
Aina Fiori Dezem a e João Valentini Netos b
a
Aluna do curso de Gerontologia. E- aspp-nina@hotmail.com
b
Aluno do curso de Gerontologia. E- joao_neto89@hotmail.com
Palavras-Chave: encontros globais, mudanças climáticas, conseqüências ambientais.
população da Terra deverá passar dos poucos mais de 6 bilhões de
A habitantes para mais de 8,5 bilhões de habitantes em dois mil e
cinqüenta e com isso aumentará alguns dos GEE (gases do efeito
estufa), que a aumentarão por ações humanas, que são: vapor d’água,
ozônio, dióxido de carbono, hexafluorcarbonos, perfluorcarbonos,
hexafluoreto de enxofre.
O efeito estufa e algo natural que proporciona a vida na Terra- limitando as
variações de temperatura no planeta -mas que em excesso é uma das causas
das mudanças climáticas, um processo interno natural ou por persistentes
interferências antropogênicas na composição da Terra.
As mudanças climáticas são um problema para o meio ambiente, pensando
nisso em julho de mil novecentos e setenta e dois, deu-se, na Suécia a
Conferencia de Estolcomo que veio acrescentar as questões prioritárias
discutidas na ONU (Organização das Nações Unidas) o tema segurança
ecológica. Nesta conferencia, deu-se origem ao documento Agenda 21 (um
dos principais resultados da conferencia Eco-92, ocorrida no Rio de Janeiro,
Brasil, em 1992. É um documento que estabeleceu a importância de cada país
se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual
governos, empresas, organizações não-governamentais e todos os setores da
sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para problemas sócio-
ambientais) aprovado e assinado por cento e setenta e cinco nações.
Ao mesmo tempo, e paralelamente, ocorreu promovido por entidade da
sociedade civil, o Fórum Global 92, do qual participaram cerca de 10 mil
organizações não-governamentais, que por sua vez deu origem a Carta da
Terra (consiste em um conjunto de princípios e valores fundamentais, que
nortearão pessoais e Estados no que se refere ao desenvolvimento
sustentável).
30
37. Houve alguns encontros em prol do meio ambiente, como: Rio92, no Brasil; o
Rio +5; o Rio +10, em Joanesburgo.
O protocolo de Kyoto (tratado internacional com compromissos os mais
rígidos para a redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa,
considerados, de acordo com a maioria das investigações cientificas, como
causa do aquecimento global.) tem o propósito de que as partes listadas no
Anexo um deveriam adotar políticas e medidas capazes de reduzir os níveis de
emissão antrópica de GEES aos níveis novecentos e noventa, no máximo ate
dois mil, porem ele só entrou em rigor em fevereiro de dois mil e cinco.
Segundo os cientistas do IPCC (painel intergovernamental sobre mudanças
climáticas), houve o crescimento de 0,6 graus nos últimos anos, o maior dos
últimos mil anos. Os cientistas prevêem que a temperatura continuara
crescendo nos próximos cem anos. No cenário mais otimista, estima-seque
esse aumento seja de 1,5 graus superiores dão aumento da temperatura media
da Terra desde a ultima Era Glacial ate os dias de hoje.
Com isso há de modo crescente, conseqüências no meio ambiente como:
elevação dos níveis dos oceanos; derretimento das geleiras, glaciais e de calotas
polares; mudança nos regimes de chuvas e ventos; intensificação do processo
de desertificação e perda de áreas agricultáveis, e torna mais intensos
fenômenos como: furacões, tufões, ciclones, tempestades tropicais,
inundações, e poderá haver também: extinção em massa, colapso dos
ecossistemas, falta de alimento, escassez de água e grandes prejuízos
econômicos.
O furacão Catarina, que atingiu o litoral gaúcho e catarinense em 2004, e a seca
na Amazônia, que surpreendeu o mundo em 2005, já mostraram que o Brasil e
muito vulnerável e ainda não esta preparado para enfrentar o Aquecimento
Global e as suas conseqüências.
As mudanças climáticas serão sentidas por todos e como outros países o Brasil já
esta sentindo; deve se pensar sobre o que fazer futuramente e o que estamos
fazendo para tentar diminuir ao máximo as conseqüências das Mudanças
Climáticas.
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