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Este documento é a terceira edição de uma coletânea de letras musicais escritas por poetas brasileiros. Apresenta agradecimentos, biografias dos autores e suas letras. Tem como objetivo compilar o maior número possível de letras musicais.
4. Coletânea de Letras Musicais
4
APRESENTAÇÃO
QUEM SABE FAZ A HORA NÃO ESPERA ACONTECER...
Os versos de Geraldo Vandré da canção “Pra não dizer que não falei das flores” retratam muito bem a tarefa a que Branca Tirollo se propôs, já no ano passado, continuando agora a saga: editar um livro que contenha o maior número de letras de música do Planeta Terra, coisa para o GuinessBook.
Ano passado saiu a primeira edição virtual, em impressão real a todos os interessados, e agora, em 2014, ela se propõe a reeditar aquele, com novas letras de música acopladas. Participante do Clube Caiubi de Compositores, conclamou seus associados a participarem do feito, sendo atendida por vários, e alguns deles se achegam para esta segunda edição e terceira edição.
Quando se vê o trabalho pronto, parece que a tarefa engendrada foi muito fácil; quem tem cabelos, sabe quanto cai; quem tinha, também. Parabéns, Branca Tirollo!
Continue nessa pegada, hora dessas estaremos no Guiness Book.
Quero ainda mais fortalecer seu empreendimento, usando da máxima que aprendi como sendo de Regina Brett, jornalista americana, com a qual compus uma canção, SER FELIZ, por entender que tais palavras não serviriam apenas para mim:
O QUE PENSAM DE VOCÊ NÃO É DA SUA CONTA!
Tato Fischer
São Paulo, 23 de Maio de 2014.
6. Coletânea de Letras Musicais
6
AGRADECIMENTOS
Ainda que saibamos o que as mazelas do orgulho podem causar em nós, não hão de obscurecer jamais a gratidão que reside em nossa alma, mesmo que muitos orgulhosos creiam merecer todos os elogios maniqueístas só para si.
Eis aqui o resultado de uma coletividade de somadores de ideias; idealistas irrecuperáveis que debruçam agradecimentos aos deuses de todas as inspirações, às musas de todos os poetas e a todos os seres materializados que, servindo de instrumento mágico e divino, tornam tudo possível.
Somos gratos por mantermos nossa sanidade em meio à loucura que é viver sonhando. Os Caiubistas vivem sonhando, cantando e contando sonhos.
Aos nossos familiares queridos que sempre nos incentivaram e apoiaram ainda que em noites boêmias vão os nossos singelos agradecimentos.
Agradecemos humildemente a Branca Tirollo por todo o esforço, dedicação e empenho que debruçou para tornar esse projeto possível. Projeto este que, de início sendo de um, tornou-se de todos como réplica de milagre divino que multiplica todas as unidades e cria a propagação.
Somos gratos ao Pai Universal por permitir a nós todas as possibilidades de realizações. Sem a liberdade de agir, de se rebelar e manifestar que nos fora concedida, a arte não seria possível, então somos gratos.
7. Letristas em Cena
.....
7
Por fim, não esgotamos aqui todas as possibilidades e muitos outros textos serão criados, frutos de mentes pensantes e de corações pulsantes. Portanto, agradecemos aos nossos parceiros e leitores por permanecer acreditando no trabalho de todos os Letristas que estão em cena e daqueles que ainda estarão.
Priscila Pettine
12. Coletânea de Letras Musicais
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ANANIAS DOMICIANO GOMES
Banho de sol......................................
0013
Cadê meu pandeiro..........................
0014
Campeonato de preservação..........
0016
Coruja.................................................
0017
Demorou ...........................................
0018
Funk dos manos................................
0019
Lele, lelo, lele, lela.............................
0021
13. Letristas em Cena
.....
13
BANHO DE SOL
Hoje é sexta feira
O fim de semana esta inteiro
Planejei tudo certo
Para não dar o inverso
Vou gastar meu dinheiro
Vou pular na areia
Vou jogar futebol
Deixei tudo combinado
Para que nada de errado
Vou tomar banho de sol
Vou pegar um voo
Voar de avião
Voar o Brasil
Onde todos me viram
Vou até o Japão
Sou brasileiro
Di coração
Esse é o meu perfil
Sou mais Brasil
Pais dos campeões
14. Coletânea de Letras Musicais
14
CADÊ MEU PANDEIRO
Cadê meu pandeiro cadê, cadê
Estou querendo achar
Estou querendo achar
Hoje é fim de semana
Fim de semana
Estou querendo sambar
Vou chamar meus amigos
Meus amigos, todo o cidadão
Todo cidadão vai lá
Convocar o mundo inteiro
Pra festa da união
Trabalhei a semana Inteira
Semana inteira
Quase que não deu pra procurar
Eu senti uma dor no peito
Quero achar meu pandeiro
Pra fazer uma festa no jeito
Cadê meu pandeiro cadê, cadê
Estou querendo achar
Estou querendo achar
Hoje e fim de semana
Fim de semana
Estou querendo sambar
Esta tudo bem certinho
Bem certinho
Pra festa começar
Pra começar
15. Letristas em Cena
.....
15
E no meio da bagunça
Perdi meu pandeiro
E não consigo achar
Cadê meu pandeiro cadê, cadê
Não consigo achar
Não consigo achar
Hoje é fim de semana
Fim de semana
Estou querendo sambar
16. Coletânea de Letras Musicais
16
CAMPEONATO DE PRESERVAÇÃO
Levantei pensando
Que poderemos mudar
Para no futuro
Não passarmos sede.
Cultivando nossas matas
Limpando nossas nascentes
Preservando nosso verde
Nossa vida será mais bela
Com o espelho da natureza
Se trabalharmos todos juntos
Venceremos com certeza
Vamos convocar o mundo
Nação por nação
Para um grande campeonato
De preservação
Onde o premio e o verde
E quem preserva é campeão
17. Letristas em Cena
.....
17
CORUJA
Gavião que cume
A coruja que esta
No toco
A bicha e feia que dói
Mexe e corrói
Vai pro toco
Cantou a noite inteira
E o gavião só de olho
O bicho vai pega
É asa que vai voar
Mostrar quem somos
Gavião acostumou
Voltar lá no toco
Coruja malvada
Esta desconfiada
Não quer mais sair do toco
Gavião montou campana
Armou sua barraca
Quando ela sair
O bicho vai subir
Quebrar a estaca
18. Coletânea de Letras Musicais
18
DEMOROU
Demorou, demorou
Inventaram um fuxico
E ela me deixou
Inventaram um fuxico
Que eu tava traindo ela
Que eu ia pro cabaré
Invés de ir pra capela
Demorou, demorou
Inventaram um fuxico
E ela me deixou
Inventaram um fuxico, que
Eu não gostava de trabalhar
Que o meu negocio
Era só beber e cantar
Demorou, demorou
Inventaram um fuxico
E ela me deixou
Inventaram um fuxico
Que eu era meio bandido
Só vivia atrás de mulher
Largada do marido
Demorou, demorou
Inventaram um fuxico
E ela me deixou
19. Letristas em Cena
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19
FUNK DOS MANOS
Ola mulheres malucas que
Andou no meu carrão
Escutando funk ostentação
Com as rodas prateadas
Bancos de couros
E o meu tesouro
Nunca me deixa na mão
Dando volta na cidade
Em media velocidade
Medalhão amarelo no peito
Esse é meu jeito
Fazendo minha vontade
Cansei de andar de buzão
Enfrentando lotação
Então pensei
E pensando planejei
Entrei para funk ostentação
Hoje estou por cima
Só curtindo as meninas
Fazendo o que eu quero
Sem nem um mistério
Curtindo minha vida
Vou dar um conselho
Para os manos
Que só anda nos panos
Agora estou na área
Vou bater
21. Letristas em Cena
.....
21
LE LÊ, LELÔ, LELÊ, LELÁ.
Vamos brincar de esconde, esconde.
Só eu e você.
Sem ninguém, pra nos achar.
Onde só você mim acha
Eu acho você, só naquele escurinho.
Onde ninguém pode ver
Esse esconde, esconde.
Está dando o que fala
O povo já descobriu
Que e só eu e você
Que se encontra para brincar
Lelê, lelô, lelê, lelá.
Vamos brincar de esconde, esconde.
Só eu e você sem ninguém, pra nos achar.
Esse esconde, esconde.
Está ficando complicado
Minha mãe quer ti conhecer
Seu pai quer me achar
Vamos dar um tempo
Se não o bicho vai pegar
Lelê, lelô, lelê, lelá.
Vamos brincar de esconde, esconde.
Só eu e você sem ninguém, pra nos achar.
23. Letristas em Cena
.....
23
AYRTON MUGNAINI JR.
A primeira última vez.........................................
Baianinha japonesa.............................................
Eu acabei de reler a sua carta.............................
O homem da minha vida.....................................
Um tiro no escuro................................................
Valsa para um sol medroso.................................
0024
0025
0026
0027
0029
0031
24. Coletânea de Letras Musicais
24
A PRIMEIRA ÚLTIMA VEZ
Minha memória é como eu
Deveria ser mais seletiva
Cada momento que a gente viveu
Pra mim é uma lembrança sempre viva
Ainda lembro muito bem
De tudo que a gente fez
De cada primeira e de cada última vez
Nosso primeiro beijo ao sol
Primeira noite de luar
Primeiro filme, depois primeiro jantar
Primeira festa, último show
A primeira flor que eu te dei
Primeira chuva, último livro que eu ganhei
Nossa primeira discussão
Primeira vez que eu disse não
Primeira vez que eu levei um bofetão
Lembro muito bem de cada instante
Até mesmo dos que eu não quero lembrar
Eu só aprendi
Após sofrer bastante
Que todo mundo gosta bastante de ti
Mas só mesmo tu pra te aguentar
Tem uma última coisa, meu amor
Que eu queria te dizer
Sem medo de ser brega ou me contradizer
Hoje eu queria te encontrar
Pra festejarmos com prazer
O meu primeiro ano longe de você
25. Letristas em Cena
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25
BAIANINHA JAPONESA
Baianinha japonesa
Minha linda, meu amor
Não vou ver maior beleza
Nem em Tóquio ou Salvador
Morou na Bahia
E ela é sansei
Vem pra minha cidade
É bom demais, meu rei
Que koibito
Baianinha japonesa
Meu tesouro, minha jóia
Não vou ver maior beleza
Nem em Juazeiro ou Nagoya
Ela tem um charme
No olhar puxado
Que ajuda a me puxar
Pra ficar ao seu lado
E eu sempre vou
Não tem canto de alma
Que ela não atinja
Ama como gueixa
E trabalha como ninja
Que shigoto
Baianinha japonesa
Quanto love, sono crazy
Não vou ver maior beleza
Nem na Liberdade ou no Largo 13
26. Coletânea de Letras Musicais
26
EU ACABEI DE RELER A SUA CARTA
Eu acabei de reler a sua carta
Você me diz que me amar é coisa boa
Eu reli letra por letra, até a data
Já faz três anos, mas como o tempo voa
De lá pra cá a gente foi brigar
Uma bobagem tão pequena que cresceu
Mas sei que se eu te perdoar
Nessa hora quem não me perdoa sou eu
A carta inclui uma foto, tu e o Nando
Sorrindo e se abraçando
Nem dá pra imaginar
Que se a máquina pegasse pensamento
Não só o filme, no momento
Até ela ia queimar
A resolução que a câmera não vê
É a pior que eu já vi
Não chega a 10 dpi
Releio a carta e penso em você
Vocês dois sempre brigaram
Quem sabe até se mataram
Ou pior, até se casaram
27. Letristas em Cena
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27
O HOMEM DA MINHA VIDA
Como é bom ser livre pra voar
E conhecer o amor e seus mistérios
Mas você não tinha que casar
Teu único jeito agora é o adultério
Não fui assistir seu casamento
Porque o centro da atenção ia mudar
Não quis estragar esse momento
Não fui pra ninguém me ver chorar
Hoje no meu título de eleitor
Está escrito que eu sou solteiro
Mas isso é mentira, meu amor
Só penso em você o tempo inteiro
A paixão e o desejo me consomem
Você também se sente consumida
Mulher de amigo meu pra mim é homem
Por isso você é o homem da minha vida
Você mudou seu título de eleitora
Ganhou o sobrenome do marido
Porém está me confessando agora
Que tem um segredo escondido
Foi tudo um fracasso, na verdade,
Porque você com ele não se encaixam
Ele exige alta fidelidade
Porém a impedância dele é baixa
Por isso eu fiquei maravilhado
Quando você nessa vida deu um basta
E hoje segue o velho ditado
28. Coletânea de Letras Musicais
28
“Burro amarrado também pasta”
A paixão e o desejo me consomem
Você também se sente consumida
Mulher de amigo meu pra mim é homem
Por isso você é o homem da minha vida
29. Letristas em Cena
.....
29
UM TIRO NO ESCURO
(NO AR MAIS UM CAMPEÃO DE VIOLÊNCIA)
Você está tão diferente
Você mudou tão de repente
Ficou nervosa e totalmente irada
É sorte minha que você não anda armada
O teu olhar duro me inibe
Parece a Lilian Witte Fibe
Já sei o que está acontecendo
São esses filmes que você anda vendo
Eles fazem muito mais mal
Que o Pernalonga e o Pica-Pau
E me dão até cefaléia
Tanta violência afligiu-me
Se você diz que é só um filme
Você pensa que é só platéia
Filme com tanta paulada e tiro
Me deixa aflito
Parece o ar que eu respiro
Sujo e gratuito
O mundo hoje só tem vício
Se puser cerca vira hospício
Se cobrir vira circo e não do bom
Se tirar foto vira anúncio da Benetton
Baixaria e violência
Dão cada vez mais audiência
Não tem problema se tanta gente morrer
Porque sempre sobra mais alguém pra ver
30. Coletânea de Letras Musicais
30
Eu também estou mudado
E pra ninguém ficar chocado
Eu me previno bastante
Hoje só visto roupa rubra
Pois caso eu morra e alguém descubra
O sangue fica menos chocante
Filme com tanta paulada e tiro
Me deixa aflito
Parece o ar que eu respiro
Sujo e gratuito
31. Letristas em Cena
.....
31
VALSA PARA UM SOL MEDROSO
Hoje
O sol tá fraco
Brilhando opaco
Quase mal se vê
A causa
Sei desde cedo
Ele tem medo
De encontrar você
Que hoje
Tá irritada
Grita por nada
Um bicho te mordeu
Tá chata
E rabugenta
Quem é que aguenta?
Ah, eu sei... só eu
Te amo
Também agora
Não só nas horas
Em que estás feliz
E o choro
Nunca foi gafe
Pois desabafe
Até ficar feliz
Grite
Se descabele
Cubra minha pele
Até me soterrar
Mesmo
Soterrado e exangue
32. Coletânea de Letras Musicais
32
Um beijo grande
Inda vou te mandar
Sabemos
Que amanhã cedo
Teu jeito azedo
Já terá passado
Não só
Tua beleza,
Tua fortaleza
Me deixa abismado
Se o Sol
Estiver chocho
Direi “seu frouxo,
Tá pensando o quê?
Esta
Mulher-maravilha
Todo dia brilha
Mais do que você!”
34. Coletânea de Letras Musicais
34
A. SINGULARES
Do teu beijo.............................
Escala.......................................
Sobre o dia e a noite...............
A volta que não acontece.....
0035
0036
0037
0038
35. Letristas em Cena
.....
35
DO TEU BEIJO
Quero tua boca
Tão minha, tão nua
A minha, tua
O instante do beijo encostado
Beijo não calado, pintado, talhado
Beijo gravado
Aquele que fica na boca, segue a gente em cada passo beijo de artista, beijo de palhaço
Beijo sem pecado, beijo na boa
Roubado ou doado
espero um beijo nunca acabado
Como o vento, que - só de fazer um movimento -
logo está ao seu lado
Lábios que acolhem os meus
Quero beijo sem adeus, nem até breve
Beijo que sorri em mim
faz o meu também sorrir (e beijar mais), sem fazer greve
Quero teu beijo, sou sapo
desfaz o meu estado e me faz nobre
Quero teu beijo, sou fraco
Depois me dá um abraço e me traz sorte
Me dê outro beijo e quantos mais quiser
Grudado, lambido, molhado - aceito o beijo que vier
Selo do momento estado, perpetuado
Beijo que salivo, me beije o quanto puder
36. Coletânea de Letras Musicais
36
ESCALA
Dança em mim, chacoalha
Me batalha em sorte e suor
Desperte, nessa toada
o que me colore melhor
Deita no meu azul
vamos sumir em violetas
A sua paz esquenta
Nessa paleta perfeita
Assim como faz o vento
quando te beija e não pede licença
farei o mesmo contigo
noite adentro, cores intensas
Dilui minha tinta no seu gosto
Me desenhe em seu papel
Azul embaixo, sou seu mar
Em cima, um rascunho do céu
Me escala em tua escala
Pinta meus móveis, minha casa
pinta meu corpo, meus sonhos
Deixa seu quadro risonho
decorando minha parede
esquentando nossa amizade
Seu vermelho me acende
nele tem a sua imagem.
37. Letristas em Cena
.....
37
SOBRE O DIA E A NOITE
O dia
se você não sabe
é a noite
vestida de claro
Quando se cansa
tira sua bata
cerúleo
para esconder-se
no escuro
E veste uma camisola
de estrelas
para ser noite
inteira
38. Coletânea de Letras Musicais
38
A VOLTA QUE NÃO ACONTECE
Piano que toca
na noite que encosta
Esperando alguém que partiu
Saudade que encosta,
a lágrima toca
Escorrendo no rosto como um rio
A Lua enquadrada, sozinha, amarela
Estampada na janela aberta
Espelho - me vejo e fecho a cortina
Escureço sozinho em sentinela
Espero de olhos vermelhos, fechados,
a volta que não acontece
É como andar na chuva molhado
perdido, onde não se conhece
É ser assaltado, agredido
Não ter sábado ou domingo
É como não ter feriado, descanso
Sem sua voz me chamando no ouvido
É como não ver as flores de Maio, de Junho e de pano
É noite sem lua, a vida, um engano
É praia sem mar, surfista sem onda,
é ovelha sem rebanho
É ter o copo vazio,
não se sufocar em goles de vinho
Quintal sem criança, é vaso sem planta
é céu sem o azul, é palco sem dança
39. Letristas em Cena
.....
39
É sapo sem lago, Sapato molhado,
é fita amarrada sem laço
É quadro sem cor, dinheiro sem valor
É sentir frio e não ter cobertor
É dedo sem aliança
É gol sem torcida vibrando
É show de Rock sem banda
pandeiro, sem samba, tocando
É letra sem música, só ímpar, sem par
Palavra jogada sem poesia
É quadro sem tinta, é desabafar
os versos com a parede fria
É desaprender a andar
De asas quebradas, não posso voar
Lembranças dos beijos roubados
Estalam na boca, mas não mais molhados
É estar parado, apagado
Viver sem sonho, no mundo jogado,
ao meio-fio estirado
Cachorro sem dono, maltratado
Piano que toca, saudade que encosta
Na noite que encosta, a lágrima toca
Esperando alguém que partiu
41. Letristas em Cena
.....
41
BETO CLEP
Bem melhor do que sonhei...........
Canção de um novo tempo.................
Com você.........................................
Dias de frio......................................
Folhas e flores.................................
Guarde essa canção............................
O final vai ser feliz.........................
Por que não? (tentar ser feliz)......
Sem você.........................................
Seus maiores segredos...................
Sorrisos enfim...................................
Tudo acabou..................................
Tudo que sei...................................
Versos poemas e canções..................
Vivemos?........................................
Vou acreditar..................................
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42. Coletânea de Letras Musicais
42
BEM MELHOR DO QUE SONHEI
Para Rose Farias
Eu tive tenta sorte
Em te conhecer
Pra dar sentido em minha vida
Razão do meu viver
Agora estou tão feliz
Você chegou, eu sei
Pra preencher o vazio
Que só crescia no meu coração
Você é tão especial
Diferente eu sei
Algo tão bom pra mim
Bem melhor do que sonhei
Em poucas palavras
Eu tento dizer
O quanto te amo
O quanto eu gosto de você
Eu tenho tanto medo
De um dia te perder
Se isso acontecesse
Não saberia o que fazer
Pois a minha vida
Só é completa com você
E pra sempre do seu lado
Eu quero viver.
43. Letristas em Cena
.....
43
Eu te amo tanto
Não sei nem como explicar
Então eu fiz essa canção
Pra me declarar
Em poucas palavras
Eu tento dizer
O quanto te amo
O quanto amo você
44. Coletânea de Letras Musicais
44
CANÇÃO DE UM NOVO TEMPO
Não tenha medo da tempestade
Porque ser forte e ter coragem
São suas virtudes indispensáveis
A esperança é tão incerta
Mas pra você palavra certa
Exprime todos seus sentimentos
Sua vontade de viver
Acorde cedo escove os dentes
E agradeça por estar vivo
Respire fundo e solte um grito
Para espantar todos os males
Acreditar que tudo irá mudar
E o sol mais uma vez irá brilhar
Acreditar que tudo irá mudar
E o sol mais uma vez irá brilhar
Não é só você que tem problemas
O mundo está tão cheio deles
Será mais um serão mais dez
Ficam os dedos, mas somem os anéis
Tão importantes te fazem falta
Mais sei que um dia terás tudo de volta
A vida vista como num filme
Em que o final será feliz
Muitos perigos coisas armadas
Mas o mocinho vencendo no final
45. Letristas em Cena
.....
45
Acreditar que tudo irá mudar
E o sol mais uma vez irá brilhar
Acreditar que tudo irá mudar
E o sol mais uma vez irá brilhar
46. Coletânea de Letras Musicais
46
COM VOCÊ
A tristeza que eu sentia antes
Hoje eu não sinto, não
Você trouxe de volta
A paz no meu coração
Não me diga que tudo é mentira
Me diga que tenho razão
Você faz tão bem pra mim
Quero estar sempre assim
Eu tenho muito que viver,
Eu tenho tanto que aprender.
O tempo todo quero estar,
O tempo todo
Eu quero estar com você.
O tempo todo quero estar,
O tempo todo
Eu quero estar com você.
Com você, com você, com você
Com você, com você, com você.
Eu lembro bem, você me disse
A vida tem muitos segredos
Eu não queria fingir,
Então aprendi a sorrir,
Só pra te agradar.
Você faz tão bem pra mim
Quero estar sempre assim
47. Letristas em Cena
.....
47
Eu tenho muito que viver,
Eu tenho tanto que aprender.
O tempo todo quero estar,
O tempo todo
Eu quero estar com você.
O tempo todo quero estar,
O tempo todo
Eu quero estar com você.
Com você, com você, com você
Com você, com você, com você.
48. Coletânea de Letras Musicais
48
DIAS DE FRIO
A chuva que corroem
A ferida que não dói
O tempo que destrói
O resto de sonhos
A vergonha do espelho
A imagem que me inibi
Um barulho na esquina
O medo eu sei que existe
Dias de frio
Noites de inverno
Só o silêncio
Ninguém por perto
Dias de frio
Noites de inverno
Só o silêncio
Ninguém por perto
O medo é permanente
Os dias não têm fim
A segurança inexistente
Minha vida é assim
A solidão me incomoda
E o sol quem me acorda
Tudo que um dia foi perdido
Tem certeza não tem volta
49. Letristas em Cena
.....
49
Dias de frio
Noites de inverno
Só o silêncio
Ninguém por perto
Dias de frio
Noites de inverno
Só o silêncio
Ninguém por perto
50. Coletânea de Letras Musicais
50
FOLHAS E FLORES
Leve pra sempre contigo
A lembrança de um sorriso
Sem se esquecer de um grande amor
Que nunca deixou de existir
Lembre livros folhas e flores
E paredes desenhadas
Juras de amor não entendidas
Lições de vida, não decoradas
Nossa vida nossa casa
Um retrato no portão
A despedida a partida
Não entendi qual a razão
Eu tive medo eu tive insônia
Eu não consegui dormir
A minha vida indo embora
Não consigo mais sorrir
Se um dia perceber
Que eu estou fazendo falta
Pode vir pode voltar
Mas por favor não faça hora
Lembre só das coisas boas
Esqueça as coisas ruins
Tenha certeza de uma coisa
Nosso amor não terá fim.
Nossa vida nossa casa
51. Letristas em Cena
.....
51
Um retrato no portão
A despedida a partida
Não entendi qual a razão
Eu tive medo eu tive insônia
Eu não consegui dormir
A minha vida indo embora
Não consigo mais sorrir
52. Coletânea de Letras Musicais
52
GUARDE ESSA CANÇÃO
As lagrimas encobriram
Sorrisos tão imperfeitos
Não se esqueceras de mim
Mesmo com todos os meus defeitos
E tudo que em mim odiavas
Tenho certeza sentirás tanta falta
Só se percebe quando perde
Um dia você vai perceber
Guarde essa canção
Como pedido de ajuda
Guarde essa canção
Como uma carta de amor
Escrita na ultima hora
Minutos antes de ir embora
Sem coragem de olhar nos seus olhos
E dizer adeus
Palavras foram ditas
Sem nenhuma precaução
Sentimentos destruídos
Sem nenhuma explicação
Feridas ficaram expostas
E como iriam cicatrizar
Não haveria remédio
Para imensa dor curar
Guarde essa canção
53. Letristas em Cena
.....
53
Como pedido de ajuda
Guarde essa canção
Como uma carta de amor
Escrita na ultima hora
Minutos antes de ir embora
Sem coragem de olhar nos seus olhos
E dizer adeus
54. Coletânea de Letras Musicais
54
O FINAL VAI SER FELIZ
Acorde cedo
Para ver o sol raiar
Respire fundo
E não deixe de sonhar
Eu sei que as coisas
Não andam assim tão bem
Mas ficar triste
Nada vai adiantar
A vida é um grande Quebra – cabeça
Cheio de peças para montar
As peças se encontram se encaixam
Mesmo não sendo do mesmo lugar
Quando parece
O final vai ser feliz
Você descobre
A peça estava no lugar errado
Hora de começar tudo de novo
Ou quem sabe, talvez .
Tentar outra vez
Mas só se tem uma certeza
O final vai ser feliz.
Você merece
Você precisa
Você será
Muito feliz
55. Letristas em Cena
.....
55
POR QUE NÃO? (TENTAR SER FELIZ)
Te fiz uma canção
Com palavras doces
Pra te trazer alivio
Amenizar as suas dores
Te fiz uma canção
Com todo sentimento
Pra te fazer sorrir
E eternizar esse momento.
Então, por que não?
Tentar ser feliz
Por que não?
Então, por que não?
Tentar ser feliz
Por que não?
Abra a janela,
Olha lá fora,
O dia está lindo,
Levanta, acorda.
Vamos lá fora
Curtir e viver,
Felicidade existe
Só depende de você.
Então, por que não?
Tentar ser feliz
Por que não?
56. Coletânea de Letras Musicais
56
Então, por que não?
Tentar ser feliz
Por que não?
57. Letristas em Cena
.....
57
SEM VOCÊ
Estrelas Rutilantes
Sentidos sem razão
Vontade de sumir
Mudar de direção
Pular de paraquedas
Da asa de avião.
Não sei por que me sinto assim
Às vezes eu quero fugir
E esquecer o que sofri
E o que ainda vou sofrer
Estou aprendendo a viver
Estou aprendendo a viver sem você
Estou aprendendo a viver
Estou aprendendo a viver sem você
Sem você, sem você, sem você
Sem você, sem você, sem você
Esqueço de viver os dias tristes
Pensando em ir dormir mais cedo
Quando penso em fugir Eu procuro dormir
Quem sabe amanhã tudo irá mudar
Não sei por que me sinto assim
Às vezes eu quero fugir
E esquecer o que sofri
E o que ainda vou sofrer
58. Coletânea de Letras Musicais
58
Estou aprendendo a viver
Estou aprendendo a viver sem você
Estou aprendendo a viver
Estou aprendendo a viver sem você
Sem você, sem você, sem você
Sem você, sem você, sem você.
59. Letristas em Cena
.....
59
SEUS MAIORES SEGREDOS
Não importa o dia ,
Não importa a hora,
Não importa a intensidade
O desejo e a vontade.
Eu quero te dizer
Eu quero estar só com você
Mais do que isso eu preciso
Ter você para sempre comigo.
Eu quero estar com você
O maior tempo possível
Descobrir seus maiores segredos
Ser muito mais que um amigo.
É a mais pura verdade
É a minha realidade
Eu respiro fundo
Me encho de coragem
Só pra te dizer
Eu quero estar só com você
Mais do que isso eu preciso
Ter você para sempre comigo.
Eu quero estar com você
O maior tempo possível
Descobrir seus maiores segredos
Ser muito mais que um amigo.
60. Coletânea de Letras Musicais
60
SORRISOS ENFIM
Tantos dias passaram
Sem que eu consiga imaginar
Como seria a distância
Como seria não poder te amar
Como seria viver
Sem ter você para admirar
Sem ter você
Para comigo caminhar
Na estrada fria e deserta
Dessa vida insensata
Desse mundo inseguro
Dos dias atuais
Em que o dinheiro compra quase tudo
E o amor já não vale mais
Mas com você é diferente
Ainda posso acreditar
Velhas manhãs
A luz sobre nós
Dias azuis
Sorrisos enfim
Quando o silêncio fala mais que tudo
Quando olhar soa tão profundo
E a sua voz se faz tão presente
É o desejo de querer pra sempre
Ser só seu ser tão dependente
61. Letristas em Cena
.....
61
Da palavra do sorriso
De tudo que vier de você
Nem consigo imaginar
A distância como seria
Como seria sua ausência
E como eu sofreria
Melhor nem pensar nisso
Me acostumei com o seu sorriso
E não conseguiria mais
Viver longe de você
Velhas manhãs
A luz sobre nós
Dias azuis
Sorrisos enfim.
62. Coletânea de Letras Musicais
62
TUDO ACABOU
Seus olhos não me dizem mais nada
Apenas caminhos perdidos
Lembranças doces e amargas
Bocas dentes e sorrisos
Todo tempo passado
Não foi um tempo perdido
As lembranças boas
Guardo sempre comigo
O que foi ... Um sorriso
O que foi ... O paraíso
Um sonho...
Eu não queria acordar
Aprender a recomeçar
Não cometer mais os mesmos erros
Saber escutar
Ninguém é perfeito
Como todo sonho bom
Acabou ao amanhecer
Tive grandes momentos
Felizes com você
O que foi ... Um sorriso
O que foi ... O paraíso
Um sonho...
Eu não queria acordar
Apague a luz desliga o rádio
Tudo acabou
63. Letristas em Cena
.....
63
TUDO QUE SEI
Eu Aprendi coisas inúteis
Já me esqueci de coisas fúteis
Se viver já me ensinaram
Aprendi tudo errado
Perdi tanto o meu tempo
Futuro e passado
Melhor viver correndo
Do que ficar parado
Tudo Que sei Não serve pra nada
E nada que sei e muito impreciso
Tudo que sei não serve pra nada
E o nada que sei e puro improviso
Estudei mais de dez anos
E mal sei escrever
Quase tudo que me ensinaram
Não precisava aprender
A vida é um jogo
Perder e ganhar
E esse grande jogo
Estou aprendendo a jogar
Tudo que sei não serve pra nada
E nada que sei e muito impreciso
Tudo que sei não serve pra nada
E o nada que sei e puro improviso
Se o começo foi torto e desastroso
O fim pode ser melhor.
64. Coletânea de Letras Musicais
64
E cada dia o mundo gira,
O mundo gira ao meu redor
E já que estou só
Vou dormir mais meia hora
Tudo Que sei não serve pra nada
E nada que sei e muito impreciso
Tudo que sei não serve pra nada
E o nada que sei e puro improviso
65. Letristas em Cena
.....
65
VERSOS POEMAS E CANÇÕES
Nossa canção
Um velho rock dos anos oitenta
Nossa intenção
Ir embora antes que escureça
Mudaram as estações
Mas nossos continuam os mesmos
Pode se abrir pra mim
Entre nós não existem segredos
A tempestade já passou
Mas ela ainda não me escreveu
Será que se lembra de mim?
Ou será que já me esqueceu
Eu sou mais um passageiro
Na avenida das desilusões
Versos poemas e canções
Procurando encontrar
Num sorriso num olhar
A paz que eu preciso
Pra sonhar
Hoje leio os jornais
Não tenho mais quinze anos
Como mudou minha vida
Como mudaram meus planos
Eu sei
Vida bandida
66. Coletânea de Letras Musicais
66
Por mais que a gente lute
Sempre resta uma ferida
Minha timidez
Era o que me destruía
Eu não sabia a prática
Tão pouco a teoria.
Eu sou mais um passageiro
Na avenida das desilusões
Versos poemas e canções.
Procurando encontrar
Num sorriso num olhar
A paz que eu preciso
Pra sonhar.
67. Letristas em Cena
.....
67
VIVEMOS?
Vivemos no país do futuro
Aonde o futuro nunca chega
Vivemos uma vida turbulenta
Recheada de incertezas
Eu tenho medo do que pode acontecer
O que será de mim ou de você
Viver esta cada vez mais difícil
Como vamos sobreviver
Queremos um país melhor
Sonhamos esperamos
Mas não sabemos até quando
Não sabemos até quando
Só temos deveres
Não temos direitos
Aqui tudo se compra
Aqui tudo tem seu preço
Então continuamos
Vivendo do avesso
Um dia se vive mais
No outro se vive menos
Vivemos enjaulados
Numa quase liberdade
Se hoje estamos livres
Não estamos de verdade
Não existe segurança
68. Coletânea de Letras Musicais
68
Quem me da explicação
Não saio mais de casa
Tenho medo de ladrão
Vivemos num país tão desigual
Qualquer barbaridade já parece normal
Vivemos no país da impunidade
Onde não existe igualdade
Mas perante a lei
Somos todos iguais
Será que isso é verdade?
A verdade existe
Mas nem sempre é real
Queremos fazer o bem
Mas quem manda nos falar
69. Letristas em Cena
.....
69
VOU ACREDITAR . . .
Hoje estou tão triste
Nem eu mesmo sei por quê
Deve ser passageiro
Vou tentar esquecer
Pensei em mudar
Por alguns dias
Mais atitudes impensadas
Não levariam a nada
Estou cheio de problemas
Não adianta fugir
Vou ficar e encarar
Vou acreditar . . .
Essa vida é passageira
Não tenho tempo a perder
Eu não quero ficar mais triste
Eu não quero mais sofrer
Os anos se passaram
Me deixaram bem mais forte
Hoje eu traço meu destino
Eu decido a minha sorte
As marcas do tempo
Não vão me incomodar
Eu serei assim
Eu vou lutar até o fim
Estou cheio de problemas
70. Coletânea de Letras Musicais
70
Não adianta fugir
Vou ficar e encarar de frente
Vou acreditar . . .
Essa vida é passageira
Não tenho tempo a perder
Eu não quero ficar mais triste
Eu não quero mais sofrer
72. Coletânea de Letras Musicais
72
BRANCA TIROLLO
Acasalamento......................................................
0074
Amor à moda da casa..........................................
0076
Amor inocente....................................................
0077
Asas de poeta......................................................
0078
Ataques sem nexo...............................................
0079
Brasil...................................................................
0081
Cadê o meu café.................................................
0082
Calçadas.............................................................
0083
Choro bruto........................................................
0084
Coelhinho da Páscoa..........................................
0085
Coisa..................................................................
0086
Cômodo demais.................................................
0088
Democracia obscura..........................................
0089
Desafiando limites.............................................
0090
Devastação........................................................
0092
Dondoca............................................................
0094
E assim desejo-te...............................................
0096
Fera racional......................................................
0097
O formidável do amor.......................................
0098
Fuga no Mensalão..............................................
0099
Hino: ALB..........................................................
0101
Imposto macabro................................................
0102
Ladrão de galinha...............................................
0104
Malandro............................................................
0106
Memórias de um Caipiracicabano....................
0107
Mensagem das Caras pintadas...........................
0108
Mistério..............................................................
0110
Mudei a formalidade do amor...........................
0113
Mutilação...........................................................
0114
Não sou inventor do meu destino.....................
0116
Noite..................................................................
0118
Olhos de ouro....................................................
0121
73. Letristas em Cena
.....
73
Pássaro da madrugada......................................
0124
Pirado...............................................................
0125
Pirataria............................................................
0127
Policial do futuro.............................................
0129
Prepare o anzol................................................
0131
Que mal que tem.............................................
0132
Refúgio............................................................
0133
Revolução........................................................
0134
Rua Brasil........................................................
0135
O sabor da amizade.........................................
0137
Samba do povo...............................................
0139
Saudade Tua....................................................
0141
Seu amor é ilusão de ótica...............................
0142
Somente por amor............................................
0144
Telhados de vidro.............................................
0145
Vai, vai, Brasil! ...............................................
0146
Vegetação.........................................................
0148
74. Coletânea de Letras Musicais
74
ACASALAMENTO
Ser masculino ou feminino
Não importa...
Atitude compõe-se em versos
Felinos... São exóticos
Macho ou fêmea...
Devoram-se...
Em suas dimensões
O poeta adormece
Sobre a página alinhada
O compositor desperta a canção
Masculino ou feminino
Seres se cruzam no tempo.
Das mais variadas
Paixões
Filosofia de vida
Que marca datas
E contradições
Enquanto a poesia se acalma
Na doce missão
Do toque sagrado
De um violão.
Leva-se a vida
Na serenidade
Da consolação.
Desafios e contrastes
75. Letristas em Cena
.....
75
Nos acordes, nas rimas.
A métrica é eletrização
Escrevo meu verso
Você ao inverso
Compõe a canção
Felinos são exóticos
Macho ou fêmea
Devoram-se em suas dimensões
Seres se cruzam no tempo
Das mais variadas paixões
Filosofia de vida
Que marca datas
E contradições
76. Coletânea de Letras Musicais
76
AMOR À MODA DA CASA
Os tempos mudaram, e os amantes, também.
Uns jogam com a sorte, outros vão e vem.
Há quem viveu um amor de verão
E outros sequer conseguiram amar...
Na trilha do amor, muitos querem aconchego.
Mas nem sempre acontece, a vida é um mistério.
Tudo tem seu preço, nada vai mudar.
Neste vai e vem, também aprendi.
Que não vale a pena sofrer tanta dor
Nas desilusões, que tanto insisti.
Neste vai vem, trocando de amor.
Hoje sou feliz, não sou inseguro.
Meu amor é consciente, e vivo melhor.
O amor, à moda da casa.
É tudo que tenho, e que dou valor.
Não me arrisco mais buscando estilhaços
Pois tenho ao meu lado, a mais bela flor.
Meu prato do dia, meu ar, minha luz.
Minha alegria, meu cantar afinado.
Não percebo se faltar o sal
Tudo ao seu jeito é bem refinado.
77. Letristas em Cena
.....
77
AMOR INOCENTE
Espia a lua mais bela
Sondando teus olhos azuis
Pela fresta da janela
O Arco Iris se vai
Depois da chuva que cai
Sobre teu pé de alecrim.
Joga um beijo da janela
Encena á luz de vela
Que o vento traz
Para mim...
Mande um sorriso de lembrança
Uma ponta do jardim
Umas gotas perfumadas
Com cheiro desse alecrim
Faça um pacote de abraços
Com muitos laços de amor
Escreva um poema intenso
Que me encante, por favor...
Enlaça teus sonhos nos meus
Deixa o amor propor um brinde
Debaixo das asas do vento
Até que a vida se finde
78. Coletânea de Letras Musicais
78
ASAS DE POETA
Poeta é terra é mar
Poesia é flor em botão
Abrindo as asas da vida
No ritmo e na canção
Poesias são as ondas do mar
Avançando as areias tão calmas
Lavando a alma do homem
Que vive a chorar suas magoas
Poetas são as veias dos versos
Jorrando no verso da sorte
O clamor
Lamúrias que fazem qualquer um.
Chorar
Na voz de qualquer cantador
79. Letristas em Cena
.....
79
ATAQUES SEM NEXO
Entrei na dança da onça pra ver
Se ela ainda zombava do meu SER
Notei uma fera insistente, mas nada valente.
Areia movediça.
Enquanto surtava ponto.com
As loucuras da gente
Ela se lembrou:
-São artistas!
Consegui enfim por um fim
Sem deitar-me aos seus pés
Conectei meu arsenal
E consegui ver sorrindo
No jornal
Pra fera,
Pro baixo astral
Para os meus amigos
Dediquei meu arsenal
Que legal!
Vou... Dar uma volta ao Mundo
Num segundo de euforia
Cantar, dançar, sem ataques.
Comemorar a alegria
E poder viver
Pra fera me ver todo dia.
80. Coletânea de Letras Musicais
80
Para os meus amigos
Dediquei meu arsenal
Que legal!
Comemorar a alegria
E poder viver
Que legal!
Comemorar a alegria
E poder viver
81. Letristas em Cena
.....
81
BRASIL
És
Terra
Gigante
Um
País
Falante
O
Brasil
Avante
82. Coletânea de Letras Musicais
82
CADÊ O MEU CAFÉ
( musicada por Luciane Casaretto)
Cadê o meu café? Meu Café Brasileiro
Que sabor é esse? Que palha é essa?
Canta meu Brasil: Isso não me interessa
Cadê o meu café? Meu Café Brasileiro
Tá tirando onda, no capitalismo.
Tá nos bancos das Ilhas fazendo turismo
Tá na boca do lobo. Tá no estrangeiro
Tá dentro da linha da corrupção
Num pulo de gato, guardado em galpão.
Cadê o meu café? Meu Café Brasileiro?
Tá na foto que a Nonna tirou no terreiro
Na roda de samba, no tom do pandeiro.
Devolvam o sabor do café.
Do meu Café Brasileiro
83. Letristas em Cena
.....
83
CALÇADAS
Corta o vento, vento corta.
Povo sofrido, temido.
A procurar sensações
Uns buscam casa, comida.
Outros, festas, foliões.
Há quem procura remédio
Curador e orações
Estes são os mais aflitos
Sem pausa pras refeições.
Pois enquanto vela a reza
Esquecem as obrigações.
Há quem trabalha e cavalga
Dividindo tempo e questões
Trocando em cada esquina
Sábias informações.
Mas há quem, tagarelando.
Não consegue encontrar
O mapa da sua vida
E um lugar para ficar.
Estes servem de tropeço
Pra aqueles que irão chegar
Ainda sem pensamento
Se vão ou não, se juntar.
Com o povo que cavalga
Sempre no mesmo lugar.
84. Coletânea de Letras Musicais
84
CHORO BRUTO
Oh! Quão grande é minha angústia
Que de leve, venta e leva:
Alegrias, pipas, gritos,
Risos tensos, sem iguais.
Das palavras ainda não ditas
O pensamento é quem fica
Sobrepondo pesos mais.
Quão grande é minha angústia.
Que de leve, aumenta os ais.
Oh! Quão grande alegria que se esvai...
85. Letristas em Cena
.....
85
COELHINHO DA PÁSCOA
Coelhinho da Páscoa
Que trouxe pra mim
Uma música bela,
Desafio sem fim
Se há um amigo
Não há pranto e dor
Desafiando os limites do amor
Nesse tempo de crise
Em que tudo não são flores
Preservar os amores
É estar numa marquise
Esperando em paz
Pelas graças dos céus
Recarregando de gás
Enchendo-me de Deus
Se essa passagem existir mesmo
Não há como resistir
Mesmo que eu fique a esmo
O perdão vou LHE pedir
86. Coletânea de Letras Musicais
86
COISA
Jogaram na lama o meu quintal
Minha cozinha está na lua
Enxugaram o Pantanal
Molharam a mão da minha rua
Toma cuidado vão molhar a sua
Queimaram os meus neurônios
E adulteram os livros principais
Trocaram educação moral e cívica
Por duas matérias que dão mais
Sexo e Box, na escola são reais.
Meu filho cursando a quarta B
Está de olho no vídeo game
Que está na vitrine da loja 3D
Ainda me fala sem medo
Papai: eu ganhei um E
Jogaram a merda na TV
Obrigam-me a ouvir mentiras
E ainda falam mal de você
Enquanto você pira
Os ratos ficam na mira
Eu quero fama, quero mina, quero minha grana.
Não preciso mais de tempo pra pensar
Já sou velho na cor dos cabelos
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
E quero você, pra me escutar.
87. Letristas em Cena
.....
87
Você! Você! Você!
Você! Você! Você!
Livra-se desta coisa
Eu quero um país inteiro pra me ouvir
Você! Você! Você!
Leva pro facebook
Tweeds pro mundo
No e-mail da titia
Pra aquela gata
Que te deu mole
Diga para o papai
Que a sua mãe
Já sabe
Fale pro teu filho
Se livrar desta coisa
E não se esqueça de
Avisar os jornais
Que não estamos aqui
Pra brincar.
88. Coletânea de Letras Musicais
88
CÔMODO DEMAIS
Hoje acordei a mil por hora
Tinha tantos afazeres
E acabei por esquecer
Do nosso amor.
Tudo o que eu
Tinha a fazer
Era em torno
De ti?
Oh! Oh! Oh!
Cômodo demais
Eu só quero liberdade e Paz
Oh! Oh! Oh!
Cômodo demais...
89. Letristas em Cena
.....
89
DEMOCRACIA OBSCURA
Democracia. Parada, quebrada, estação
sem luz.
É feita de rombos, boicote, panela,
insanidade total.
Barreira na vida, beco sem saída, dinheiro,
roubada.
Malandragem, picaretas, escola do mau.
Quem mandou virar o jogo fui eu
Eu quero silêncio agora.
Eu quero é ser feliz, acordar e dormir.
Sem barulho, sem buzinas.
Sem bolso que domine a Lei
A lei que se aplica
No que não se tem
Eu quero viajar
E fugir
Quero ver
O amanhecer
Dormir.
Sou Patriota brasileiro
Quero ver a democracia
Democraticamente, fluir.
90. Coletânea de Letras Musicais
90
DESAFIANDO LIMITES
Caminhos incertos, dedos incertos, desertos.
Sombras que desaparecem ao meio dia
Quando o sol divide o céu em partes iguais.
A lua flutua, não é prata nem cinza, nem preta.
Nem branca, vaidade ou mentira, não é ilusão.
É tão somente a lua em sua estação.
Na vida há segredo há coragem e medo.
Cada um do seu jeito sente sua emoção.
Na minha parede não tem calendário
Sou eu quem marca o dia do meu carnaval
O natal que foi ontem comemoro amanhã
Neste manjar de fé provo a minha avelã
Rega meu seco jardim o pranto de outros
Daqueles que nunca choraram por mim
Não existem fronteiras é um desafio sem fim,
Desafio sem fim
Neste moçar peço que as pedras não rolem
Mas devagar murmurando, uma a uma se vão.
E vou passando meia face anjo meia face fera
Desafiando a espada a enfrentar a guerra
Às vezes penso que estou morta e voltei
Terminar meu choro, pra quem.
Ainda não me viu chorar
São incertos os passos, que tento.
Encenar neste compasso
91. Letristas em Cena
.....
91
Sonho por razões desconhecidas, desconhecidas.
Embora eu cante alto, no palco sombrio da vida.
Tudo que exala do meu ser dizem ser vergonha
Eu digo que apesar das barganhas
Tenho sorte e todas as batalhas são vencidas
Tenho sorte e todas as batalhas são vencidas
Moro num lago formado das águas, do meu pranto.
Cada canto é um endereço. Ai, ai, a vida é essa.
Se eu afundar neste chão aqui vai, o meu apreço.
Meu pranto já virou tinta. Não será em absoluto
Desconhecido da sorte, do mal, do bem, da morte.
Serei sempre uma estrela viva, a colorir um luto.
Rega meu seco jardim o pranto de outros
Daqueles que nunca choraram por mim
Não existem fronteiras é um desafio sem fim,
Desafio sem fim
92. Coletânea de Letras Musicais
92
DEVASTAÇÃO
Olho com tristeza, os campos e as matas.
O rio que pingando não faz serenatas
O asfalto que corta além dos sertões
E os animais em extinções
As aves no céu não cantam em festa.
Os homens magoados não fazem canções
Inspirados na lei da floresta
Os filhos de outrora eram educados
Pelas famílias e seus professores
Hoje o governo quer ensiná-los
Aplicando Leis com tais dissabores
Não valorizam os Mestres e a escola
Separam todos por classes sociais
Crianças, os jovens e velhos.
Aplicando sem piedade
Golpes, e mais golpes fatais.
Querem cobrar respeito e ordem
Falam muito em preservação
Mas vivem em plena desordem
Destruindo os povos e a própria nação
Vendem a alma do povo e da terra
Queimam o verde, desbarrancam os morros.
Colocam na mesa do trabalhador
O pão da dor e a morte sem socorro.
Sem terra, sem teto, sem dignidade.
93. Letristas em Cena
.....
93
Sem ambição, o povo se isola.
Caindo na cova que o governo cavou
Pra matar o pobre, preso na gaiola.
Não há outro jeito, o povo precisa.
Lutar com a espada, e vencer o dragão.
Para acalmar a fúria que sente
Partindo pra guerra, defendendo a nação.
94. Coletânea de Letras Musicais
94
DONDOCA
Dondoca...
É isso o que você é
Folgada, maliciosa
Só pensa em raspar o pé
Vive pintando os olhos
E a sobrancelha, tá ué.
Dondoca...
Nada vai te consertar
Você precisa de cafuné
E eu...
De um bom jantar
Não me venha reclamar
Que as unhas estão lascadas
Que o fogão não é pra você
Eu comprei pensando no nosso jantar...
E o que me aguarda
É o seu blasfemar!
Dondoca...
Você é o que é...
Vive pra se embonecar
Mas não serve nem
Pra lavar os meus pés.
Dondoca...
Hoje você vai pagar
O preço da sua vaidade
Vou te botar na calçada
Fechar a porta da entrada
E assistir o seu penar
95. Letristas em Cena
.....
95
Ver você na arte bancada
Roendo as unhas e se lembrar de mim
Vai aprender que a vida não se vive assim.
Dondoca...
É isso o que você é
Vai sentir a barriga vazia
E esquecer, de raspar os pés.
Vai me pedir arrego
E preparar o melhor jantar
Aí quem sabe eu me apego
Na hora do amor te farei cafuné.
Dondoca...
É isso, o que você é!
96. Coletânea de Letras Musicais
96
E ASSIM DESEJO-TE
Não quero que seja meu deus
Nem meu demônio nem ateu.
Nem meu sonho nem meu eu.
Seja apenas, meu.
Seja meu homem, meu prazer.
Mas não seja minha vida
Eu quero desfrutar do que é bom
Eu quero apenas uma ida
À volta não me interessa
Eu quero voltar só, sem pressa.
97. Letristas em Cena
.....
97
FERA RACIONAL
Eis que febril queima, este corpo meu.
Num instante dócil - quando me toca o seu.
Estes teus braços - em laços, em plumas.
Teus encantos - espantos espumam.
Teus olhos domados - em risos, em versos.
Teus pecados meigos - de afagos, e beijos.
Eis que a ti revelo - meus sonhos em gritos.
Num súbito instante - de amores, e dores.
Por teus insultos - deboches, rumores,
Nestes negros olhos - de glória, delírios.
De pegadas duras - desvairadas loucuras,
Deste pranto falso - de torturas, castigos.
Eis que tu tão farto - tão nítido e puro.
No tapete enrola - teu corpo, tua face,
Nestas melodias - sussurros, desgastes.
Destas noites loucas - de pasmo contraste.
Tuas fantasias de sonhos malucos,
Tua frente fria - de tristes desastres.
Eis que tu voltas sereno, calado.
Num olhar carente - de intrigas e abraços:
Destas peles rubras, de apertos, marcadas.
No meu corpo sadio, e esgotado.
Neste alívio fértil - que exala, espalha,
Descansa-te nu, sereno e domado.
98. Coletânea de Letras Musicais
98
O FORMIDÁVEL DO AMOR
Um consolo romântico me adormece
No sonho eu me ponho a rezar
O som da oração segue o vento
Abrindo a janela do teu aposento
A lua sonda-te e pousa
No luar do teu sonhar
O eco da minha prece te chama
A essência do meu amor te perfuma
É o formidável das loucuras de quem ama
Se levantar e tocar na maçaneta
Não te assuste. Acaricie meu sonhar
Que pelas madrugadas vagueia,
Tentando deliciar seus meigos olhos
Para teus doces beijos roubar.
99. Letristas em Cena
.....
99
FUGA NO MENSALÃO
(reservada para Gustavo de Godoy)
Contradição
Omissão e obscuridade.
Cacos estilhados, papéis picados.
Engavetados, mofados
O brasileiro
Cobrou resultado
Vergonha nacional
E segue afora.
Um fora da Lei.
Mais uma vez
Pega o ladrão
Ele quer se safar
Do camburão
Pega o ladrão
Vergonha nacional
E segue afora.
Um fora da Lei
Mais uma vez
Tenha certeza: o jornal sabia
E a sua tia, também.
O seu melhor amigo
Com certeza acoitou
O Brasileiro viveu a fantasia
100. Coletânea de Letras Musicais
100
Que o país poderia mudar
Por um dia
Vergonha nacional.
E segue afora.
Um fora da Lei
Mais uma vez
101. Letristas em Cena
.....
101
HINO DA ACADEMIA DE
LETRAS DO BRASIL
(Musicada por Vuldembergue Farias)
Sobre um brado pensamento glorioso
Na passagem do milênio então surgiu
Agregando valores conquistamos
Academia de Letras do Brasil
Despertai-vos há tempo, vamos seguir.
Escreva seu verso, para o universo servir.
Tua tese, seu cântico, sua escrita, teu encanto.
Pelo bem da humanidade, por um novo porvir.
Avante, sempre vamos escrevendo.
Tentando a humanidade, humanizar.
Na Ordem de Platão, despertando talentos.
Levante a Bandeira, vamos atuar.
Pela paz, pelo amor, pela evolução.
Abrace o livro, a informação.
Desperte os talentos, e os pensamentos.
Através da escrita, eis a revolução.
Diga não a fome e a miséria
Plante arvore frutífera, sementes de feijão.
Projetando o futuro dos filhos da terra
Que breve vem pra colher este quinhão.
102. Coletânea de Letras Musicais
102
IMPOSTO MACABRO
(Reservada para Gustavo Godoy)
Cortei a maioria dos gastos
O orçamento aos pedaços.
Não dá pra infringir a Lei
Preciso pagar os credores
Mas, não sei:
Se eu pago os impostos,
Ou se continuo a comer
Eu gosto muito do meu Ser.
Remédios! Remédios, mais remédios.
Meu coração precisa bater.
Nas minhas contas eu noto
Remédios, remédios, remédios.
Quarenta e oito por cento
De impostos.
Este é o meu dilema
Não foi a TV
Nem a geladeira
Muito menos o carro
Eu moro num beco
E ando a pé
Não dá pra infringir a Lei
Preciso pagar os credores
Mas, não sei:
Se eu pago os impostos,
Ou se continuo a comer
Não há remédio pra se viver
Não há remédio, pra esquecer.
103. Letristas em Cena
.....
103
Não há remédio no SUS, vai ver.
Vai ver e comprove, faça a prova dos nove.
Se eu contar não vão acreditar
Não passa na TV, nos jornais, nem na roda
de samba.
Mas vale a pena relembrar.
Eu era apenas uma criança
Que nem trança sabia fazer
Tudo o que eu fazia era plantar e colher
Na era do café, tudo era mandado.
E quando o ano findava, o governo arrecadava.
Cinquenta por cento de todo mingau
Que eu tinha pra comer.
De grão em grão, mesmo sem razão.
No Palácio do governo pode conferir se quiser
Cada tijolo assentado é parte do meu quinhão.
Só não ouço falar de onde veio
Só não leio nos jornais de onde veio
Ninguém comenta a realidade
Só não ouço falar de onde veio
Só não leio nos jornais de onde veio
Só não ouço falar de onde veio
104. Coletânea de Letras Musicais
104
INFERNO NO INVERNO
Foi-se o verão
Chegou o outono em sua palidez
Ouve um gemido distante, o sol se apagou.
Manhã agonizante, estranhos flutuantes.
Não eram trovões, nem a chuva caia.
Sobre a terra abrasada, houve grande motim.
Crianças gritavam, por todo lugar.
Grávidas morriam em plena agonia.
O medo chegou bem perto de mim
Olhei para os lados, não compreendia.
Liguei a TV, não funcionava.
Não tinha mais água, nem energia.
Não eram bandidos, nem o fim do mundo.
As prisões abriam-se as portas
Os presos temidos voltavam às celas
Num passo ligeiro entre idas e voltas.
Tive sede procurei por água.
Encontrei soldados da Força Armada
Tentei falar com o governo do estado
Mas Brasília já estava calada
As prisões abriram as portas
Para os homens de bem abrigar
Seus filhos e netos ainda pequeninos
Soldados estavam às beiras das fontes
Guardando as águas que haviam roubado.
105. Letristas em Cena
.....
105
Notei que a morte então se alastrava
E sem esperança, com sede eu sofria.
Não mais que dez dias, já sem força alguma.
Velei meu enterro, enquanto eu morria.
106. Coletânea de Letras Musicais
106
LADRÃO DE GALINHA
Você conhece o ladrão de galinha
Que abriu um comércio na rua ao lado
Ele passou quatro anos roubando
De galinha em galinha, ele fez um sobrado.
Adquiriu uma fazendo em Minas
Na praia construiu sua mansão.
Comprou uma gata de estilo invocado.
De repente o povo resolveu acordar
De prontidão a sondar o safado
E todo mundo começou a gritar
Pega o ladrão, mas tomem cuidado.
O cabra tem capanga e cunha forte
Bala de borracha e spray de pimenta
Não é difícil conhecer o pau mandado
Ele usa botina e farda cinzenta.
Não sobrou cidadão sem ser lesado
107. Letristas em Cena
.....
107
MALANDRO
Malandro...
É isso o que você é
Não serve nem pra massagear os meus pés
Cansados...
Por tantos vai e vem na cozinha
Preparando, seu café, seu jantar.
Enquanto você...
Dá em cima da vizinha
Malandro...
Você não serve pra nada
Não trabalha, não estuda.
Só pensa nas coxas das mocinhas
E no jantar, come as coxas da minha galinha.
Malandro...
Vou botar você pra fora
E aí, quero ver quem vai abrir.
A porta da casa pra você dormir
Vou assistir de camarote
De olhar cabisbaixo, sentado em caixote.
Aí... Vai me pedir arrego
Tentar... Me convencer de que mudou...
Mas eu... Não vou cair na armadilha
Pois malandro igual a você
Não passa mais na minha trilha.
Malandro!
108. Coletânea de Letras Musicais
108
MEMÓRIAS DE UM CAIPIRACICABANO
(Declamado)
Este é um pequeno trecho - guardo e prezo -
O verde lar dos bichos, borboletas coloridas.
Beija-flor encantado, beijando a flor do capim.
Bando de andorinhas riscando o céu nublado
Garças tranquilamente, cruzando o véu prateado.
A encantar querubins
Paraíso que Deus criou, cheio de verso e canção.
Descanso de nossos filhos, a nossa roça de pão.
Recanto de enamorados, calçados com os pés no chão.
Não se via aqui miséria, nenhuma reclamação.
O céu estava na terra, e as estrelas sobre as mãos.
Passaram por este trecho, homens de terras distantes.
Não plantaram semente, mas espalharam corantes.
Não criaram versos e rimas - sequer uma melodia
Roubaram nossas canções, sufocando a poesia.
Cantaram nossas canções - grande astúcia -
Destruíram um paraíso pra provocar a angústia
Hoje o Caipira chora, memorizando o passado.
Belezas mui fulgurantes, que nada tinha de errado.
Falo do verde das matas, que deitavam nas cascatas.
Do tom que as pedras e as águas exibiam serenatas
Reclamam por não ouvir, o barulho das correntezas.
Que no velho engenho ecoava com muita delicadeza.
109. Letristas em Cena
.....
109
Quando passam por estas bandas - frias e quebrantadas.
Lagrimas velam o penoso chão – coagida é a boca-
A confessar o que extravasa em cada coração.
Onde os gringos navegaram, entre as colinas e os portos.
Navegam na lama quente, milhares de peixes mortos.
E neste trecho de pedras, caminha o triste Caipira.
Em meio às impurezas, movido pela incerteza.
Abandonado, o Caipira. Vive como alma penada
Passando fome e sede, sentado a beira de um rio.
Memorizando a paisagem. Do antigo Rio Piracicaba.
110. Coletânea de Letras Musicais
110
MENSAGEM DAS CARAS PINTADAS
Gente! Somos gente. Nesta terra de Deus
Brasil! Pátria amada. Terra sagrada.
Somos gente implorando, os nossos quinhões.
Entre os mais de cento, e noventa milhões.
Se livre das drogas! Faça como eu
Ame a si próprio corra atrás do que é seu.
Se livre dos reis, que esta terra é de Deus.
Raça de gente, gente valente.
Cara pintada, cara amarrada.
Cara de fome, cara drogada.
Cara de raiva, cara forjada.
É gente sofrida, buscando na vida.
Pão e guarida, de cara pintada.
Esconde o rosto, por que tem vergonha.
A noite anda e de dia sonha.
Esperando do céu socorro e perdão.
Onde tudo é limpo não existe pão.
E ainda deve pra sociedade.
Uma vida de satisfação.
Se bater na porta do rei ele grita:
- Sai daqui malandro! Trabalhar é bom.
Mas não dão emprego pro tal cidadão.
Gente valente vira cara pintada.
Busca socorro na maior perdição.
Envolve-se nas drogas, e vira ladrão.
Miséria que queima a mente e a alma.
Seca o corpo e traz desespero.
111. Letristas em Cena
.....
111
Vai cegando gente de cara pintada.
Que é obrigado, assumir todo erro.
Saia da roubada, isso é confusão.
Ninguém te entende, o se ta na prisão.
Caia na real, você, você, você é gente.
Não faça cumprir a ordem do rei.
Levanta a cabeça, e de sua mão.
A favor da guerra contra a corrupção
Não ouça o rei, ele é folgado.
Ele não cheira, não injeta, não traga.
Envolve-te no vicio, por uma migalha.
Ele enche o bolso do seu rosto suado.
O seu fica furado, funde sua mente.
O rei vira passado, você o presente.
Você vira culpado, o rei o inocente.
Não tenha medo seja esperto
Cheire uma flor e sinta o perfume.
Erga para o rei, um sinal vermelho.
Levanta tua cara, olhe no espelho.
Fuja da dor, encontre o amor.
Não seja tolo, o rei é seu pavor.
Ele bebe teu sangue, te enterra.
Vive mais que você, muitas primaveras.
Usa gravata, carro importado, terno bom.
E você drogado, ganha sete palmo de chão.
Pra você não tem lei, ninguém tem pena.
Quem te condena não tem coração.
É o próprio rei que te da à cama.
112. Coletânea de Letras Musicais
112
Pra você dormir deitado na lama.
O rei te ilude pra uma vida melhor.
Muda de cara, te prega moral.
E por baixo do pano te joga na pior.
Gente! Livre-se da ilusão.
Devolva o troco pro seu inimigo.
Se livre do castigo dizendo não.
Não se esconda na sombra do medo.
Que a vida passa e você se acaba.
Sem saber por que viveu.
Ninguém se importa se ler no jornal.
Na primeira, página que você morreu.
O próprio rei tomando whisky
Vai ironizar sorrir e dizer:
-Quem é esse? Que bom! Não foi dessa vez.
Este eu não o conheço! Graças a Deus
Agora eu quero ver, você que ta assistindo.
Abrir espaço na primeira página.
Contar para mundo que me viu sorrindo
Anuncie! Põe no seu jornal.
Trate a gente de igual pra igual
Não quero ler que alguém morreu.
Aqui quem fala é um cara pintada
Saindo da roubada.
Graças a Deus
(Peça Teatral ensaiada na periferia. Apoio negado pelos governantes). Um grupo de adolescentes envolvidos
sofreram em questão. (Na época atual é lamentável a situação dos jovens, na maioria)
113. Letristas em Cena
.....
113
MISTÉRIO
Do meu jeito doce acontece
A todo vapor, em busca do amor.
Que traga, escurece, amanhece
E pro lado da cama se mexe
Querendo falar.
Tolices. Dos acordos, loucuras.
Acordes, leituras:
Bilhetes malvados
Da sua insanidade
Sou anjo da noite macabra
Você me protege, no embalo.
Me faz delirar.
Me faz delirar
(Para a peça teatral. Projeto Mendigos e Vagabundos, o palco da vida. Aprovado pelo Ministério da Cultura [Pronac nº 079 515]. A verba não foi liberada pelas empresas por não constar na ficha técnica artistas da grande mídia)
Lei Rouanet - A Lei n° 8.313/91 permite que os projetos aprovados pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) recebam patrocínios e doações de empresas e pessoas, que poderão abater, ainda que parcialmente, os benefícios concedidos do Imposto de Renda devido.
(Esta história precisa ser mudada. Justiça Social.
(Direitos iguais para todos).
114. Coletânea de Letras Musicais
114
MUDEI A FORMALIDADE DO AMOR
(musicada por Vinne Decco)
E o vento levou
Meu único verbo!
Amar! Amar!
Antes era o amor,
Nosso verbo predileto.
Eu amava, ele amava,
Amávamo-nos.
Éramos dois em um.
Um para o outro
Dois sem terceiros.
Depois começamos:
Se der vamos!
Hoje vou pensar,
Se ainda te quero.
Muitos verbos
Aproximaram-se
Invadiram
Dominaram
Hoje está assim:
Eu amei, adorei,
Louvei, me casei.
Vivi ,sofri ,cansei.
Pensei resolver.
Larguei e sumi.
115. Letristas em Cena
.....
115
Voltei!
Acha! Pra que?
Um time de futebol?
Somente um artilheiro
Meu amor! Sem verbo.
116. Coletânea de Letras Musicais
116
MUTILAÇÃO
Noto que o tempo não se importa
Vai passando pela minha porta
Devagar. ..
Eu corro e invento a minha vida
Se para uma estrada sem saída
Eu não sei...
Prefiro ficar. Delirando...
E sonhar...
Não conheço mais a brisa mansa
Nem o sorriso da roseira em flor
Não tenho encontrado a primavera
E o verão já se foi.
Devagar...
Passou a guerra e desconheço
O que chamam de céu e de luar
Não me lembro de mais estrelas
Nem de mar.
Devagar...
Eu sonho ser aquela criança
Balançando firme a sua trança
Na esperança de encontrar.
Seu par.
Devagar...
Abraço a meu brinquedo e choro.
Quase sempre, eu sei não me engano.
A fome é pontual e chega na hora do jantar
117. Letristas em Cena
.....
117
Devagar...
Olho o pão escasso sobre a mesa.
Já não sei se quero mais rezar
Num instante noto que a pobreza
Paira sobre o ar.
Devagar...
Aguardo o momento
Pra ver os aviões de guerra
Retirando nossa água
Da terra
Devagar...
Submundo profundo
Nem seu quinhão conseguiu.
Em troca da moeda forte
Venderam a alma do Brasil.
Devagar...
Eu corro e invento a minha vida
Se para uma estrada sem saída
Eu não sei.
Prefiro ficar delirando.
E sonhar...
Devagar.
Cabeça maluca, a cuca explodiu.
Em troca da moeda forte.
Venderam a alma do Brasil.
Devagar...devagar...devagar...
118. Coletânea de Letras Musicais
118
NÃO SOU INVENTOR DO MEU DESTINO
Alo irmandade. Chegam aí irmãos. Na paz.
Não sou do mal. Sou pau mandado.
Menino desprezado. Que um dia sorriu
Nesta terra de ninguém. Toda galera viu
Ouvir a quem? Fuji da escola eu não tinha mochila,
Lápis de cor. Nas cores do meu mundo
Pintei o sete, manchei.
Não conheço meu pai, minha mãe morreu.
Minha tia me acolheu. E pra sobreviver
Ela me mandava pedir nos bairros nobres
Onde nunca a porta eu vi abrir
Com muita sorte eu conseguia fugir do camburão
Homens armados, atirando em todo lado.
Sem ao menos perguntar:
Quem é você? Cidadão.
Mas eu falava: Sou da paz. Menino fujão.
Segura essa irmão! Você ensina com perfeição.
Como se mira uma arma pra um cidadão
Agora eu cresci, sai nos jornais, na primeira página.
Fiquei famoso. Pinto a cara pra ninguém saber
Quando pego o jornal pra me ver.
Hipocrisia! Eu não nasci assim. Eu levo a vida
Que traçaram pra mim. Chumbo trocado não dói.
Dizem que sou chapadão. Pera aí, meu irmão!
119. Letristas em Cena
.....
119
Não quero matar. Mas, também não quero morrer.
Eu sou da paz, pego pra comer. Vendo pra ganhar,
Uso pra esquecer. Nesta área não falta patrão
Há muito eu quero saber. Alguém pode informar?
Fala ai sociedade! Onde arrumo um emprego legal
E uma faculdade.
Onde posso me curar? Procura-se um medico entendido
Sobre abandono, corpo e alma feridos.
Sobre hipocrisia, caligrafia fácil.
Que um cérebro aguente
Com fome e cansaço
Fala aí doutor! Se há remédio pra esta dor?
Dizem que sou chapadão.
Pera aí, meu irmão!
Não quero matar
Mas também não quero morrer
Eu sou da paz, pego pra comer.
Vendo pra ganhar, uso pra esquecer.
Nesta área não falta patrão
Há muito eu quero saber. Alguém pode informar?
Fala ai sociedade! Onde arrumo emprego
E uma faculdade.
Onde posso me curar
Procura-se um medico entendido
Sobre abandono, corpo e alma feridos.
Sobre hipocrisia, caligrafia fácil.
Que um cérebro aguente
120. Coletânea de Letras Musicais
120
Com fome e cansaço
Fala aí doutor! Há remédio pra esta dor?
(Para a peça teatral. Projeto Mendigos e Vagabundos. Aprovado pelo Ministério da Cultura [Pronac nº 079 515]. A verba não foi liberada pelas empresas por não constar na ficha técnica artistas da grande mídia)
Lei Rouanet - A Lei n° 8.313/91 permite que os projetos aprovados pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) recebam patrocínios e doações de empresas e pessoas, que poderão abater, ainda que parcialmente, os benefícios concedidos do Imposto de Renda devido.
(Esta história precisa ser mudada. Justiça Social.
(Direitos iguais para todos).
121. Letristas em Cena
.....
121
NOITE
Noite! Poema e canção
Rima de cólera e dor
Divina noite de estrelas
Com negros cachos em flor
Amo-te! Tanto, tanto
Amo-te! Tanto, tanto
Amo-te! Tanto, tanto
Cada canto de seus encantos
Em todos os versos que são meus
Amo a paz que bela serena
Nos meus olhos a brilha.... ar
Os brilhantes que são seus
122. Coletânea de Letras Musicais
122
OLHOS DE OURO
(musicada por Vuldembergue Farias)
Ouvi falar um dia, que a sorte não seria.
Um bem pra quem não tem - em si a alegria.
Jurei então deixar, o vento me levar,
Com as folhas do jardim.
Na linha do pensamento
A minha ousadia
Voltou para ficar.
Mudei a cor da LUA, nas luzes do ALECRIM.
As folhas secas soltei
Saudando o verde sem fim
Onde caíram, não sei.
Sobre asas, num sonho bem distante.
Sorrindo me peguei
Voando os horizontes
Procurando alegrias perdidas a fins
Meus olhos eram de ouro
Um vaso feito de touro
Guardando as jóias pra mim.
Não vou chorar, não vou.
Não vou chorar, não vou.
Não vou chorar, não vou.
Não vou chorar, não vou.
O tempo que se foi
A ruína que ficou
O tempo, que se foi.
Não vou chorar. Não vou.
123. Letristas em Cena
.....
123
Não vou chorar, não vou.
Não vou chorar, não vou.
Não vou chorar, não vou.
Não vou chorar, não vou.
O tempo que se foi
A ruína que ficou
Não vou. Chorar, não vou.
Não vou chorar, não vou.
Não vou. Chorar...
Não vou chorar, não vou.
Eu canto a minha liberdade
Eu danço com minha voz
Eu ando com minha coragem
Na veracidade do vento
No vento que corta o algoz
No vento que corta o algoz.
124. Coletânea de Letras Musicais
124
PÁSSARO DA MADRUGADA
Canta, canta, passarinho, o terreiro está molhado.
Molha o bico, bate as asas, voa sobre meu telhado.
Não vá embora, não é hora de partir.
Nunca pense em desistir, nem deixar o seu reinado.
Quando a chuva for embora, vou sair pelas estradas.
Levando minha viola, pra cantar pra minha amada.
Todo dia ela pergunta, para um belo beija-flor.
Onde anda o meu amor, pássaro da madrugada.
Canta, canta passarinho. Vem treinar comigo agora
Ensaiar pra serenata, mais uma canção de amor.
Vamos juntos nesta estrada, desafiar a escuridão.
Cantar para o meu amor, vestida em linho bordado.
Canta, canta passarinho. Testemunha bem pertinho.
Um casal apaixonado. Construindo o seu ninho.
Vem cantar comigo agora, não demore já é hora.
O padre espera na capela, o casamento foi marcado.
Canta, canta passarinho, testemunha deste amor.
Vem viver no meu telhado, ver um casal enamorado.
Amar sem preconceito, e ser feliz sem sentir dor.
125. Letristas em Cena
.....
125
PIRADO
Chega de horário gratuito no Rádio e na TV
Ele quer fama, quer mina, quer grana.
Eu não preciso mais de tempo pra pensar
Já sou velho na cor dos cabelos
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
E quero você, pra me escutar.
Eu sou viajado, pirado, tatuado.
Livre do medo, de pesadelo, e ilusão.
Eu canto pra espantar a morte
E minha sorte é não viajar de avião
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
E quero você, pra me escutar.
Não tampo o sol com a peneira
Nem canto mentira de babão
Eu quero ver os ratos de esgoto
Na classe operária deste chão
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
E quero você, pra me escutar.
Não quero mais ouvir baboseira
Se o prato do dia é capitão
Não brinque com a cafeteira
Ela não faz bola de sabão
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
126. Coletânea de Letras Musicais
126
E quero você, pra me escutar.
Não trance a trilha da sorte
Ratos de encruzilhada
Se eu cruzar teu caminho
Vão ficar sem estrada
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
E quero você, pra me escutar.
Afrouxa o cinto e requebra
Pare de torrar minha grana no ar
Devolva minha primeira idade
Que vou te ensinar a mamar
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
E quero você, pra me escutar.
Ele quer fama, quer mina, quer grana
Não preciso mais de tempo pra pensar
Já sou velho na cor dos cabelos
Eu quero um tempo pra falar
Sou velho no rock, e na minha loucura.
E quero você, pra me escutar.
127. Letristas em Cena
.....
127
PIRATARIA
Rock (reservada para Gustavo Godoy)
É onda, é fato, é rastro, trapaça.
Entregues ao léu, com admiração.
É o bolso que apóia, o corte é real.
Implica na fama, do bem e do mal.
Botam culpa no diabo
Mas fazem tudo igual.
Sem timidez, sem alma e razão.
Virou ponta de estoque
Do norte ao sul, abrindo barreiras.
Na cara do povo fazendo arrastão.
Pirataria real. Franquia sem autorização
Pirataria na boa, na rua, na praça.
Na bilheteria do metro.
Enquanto se ganha na raça
Se paga direitos, que viram fumaça.
Da arte, da voz, de um inventor.
Seu nome na boca do povo
Entregue na boca do lobo
Por qualquer malandro
Trapaceador.
Piratas. Acham que pirataria é legal
Não há justiça, pra ela não faz tanto mal.
A lei é minúscula, e ninguém se assusta.
Os homens da lei são fatais.
Piratas não são desiguais
128. Coletânea de Letras Musicais
128
Pirataria real. Franquia sem autorização
Pirataria na boa, na rua, na praça.
Na bilheteria do metro.
Enquanto se ganha na raça
Se paga direitos, que viram fumaça.
Da arte, da voz, de um cantador.
Seu nome na boca do povo
Entregue na boca do lobo
Por qualquer malandro
Trapaceador.
Piratas. Acham que pirataria é legal
Não há justiça, pra ela não faz tanto mal.
A lei é minúscula, e ninguém se assusta.
Os homens da lei são fatais.
Piratas não são desiguais
129. Letristas em Cena
.....
129
POLICIAL DO FUTURO
Eu estava parado, desiludido.
Peguei os documentos e saí
Cruzei a esquina, policia me parou.
Mão na parede. Abre as pernas safado
Você tem o direito de permanecer calado.
Pegou minha carteira, leu meus documentos.
Carregou a foto da mina e levou meus trocados
E repetiu:
Você tem o direito de permanecer calado
Pegou meu celular, ligou pro chefão e falou:
Peguei um ladrão! Doutor.
O delegado respondeu: contrata ele. Senhor.
Vi-me obrigado seguir seus conselhos
E agora no espelho eu brinco
Não sou mais desempregado
Emprestam-me uma farda
Sou policial do futuro
E me deixam liberado.
Mãos na cabeça! Safado!
(Para a peça teatral. Projeto Mendigos e Vagabundos. Aprovado pelo Ministério da Cultura [Pronac nº 079 515]. A verba não foi liberada pelas empresas por não constar na ficha técnica artistas da grande mídia)
Lei Rouanet - A Lei n° 8.313/91 permite que os projetos aprovados pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura
130. Coletânea de Letras Musicais
130
(CNIC) recebam patrocínios e doações de empresas e pessoas, que poderão abater, ainda que parcialmente, os benefícios concedidos do Imposto de Renda devido.
(Esta história precisa ser mudada. Justiça Social.
(Direitos iguais para todos).
131. Letristas em Cena
.....
131
PREPARE O ANZOL
É hora de samba, chega mais cá.
Escolha seu par, ou sambe sozinho.
Reúna os amigos, pra comemorar.
A dança, e a música, vão começar.
É na avenida, em ruas ou becos.
Pode ser na laje, com chuva ou sol.
Pode ser ao luar, pela madrugada.
É hora de pesca, prepare o anzol.
Refrão:
Somos a força, a luta e o protesto.
Contra todos os ditos inconsequentes.
Ditadores, que atacam sem nexo.
A dignidade, e a honra da gente.
É hora do grito, pela liberdade.
Chegou o momento da revolução
Não deixe ninguém pensar que és tolo
Toda raça e cor, toda classe, senhores!
São filhos da terra, desta Nação
132. Coletânea de Letras Musicais
132
QUE MAL QUE TEM
Menina quando chega pra quebrar
Joga a trança sobre o ombro e
Começa a rebolar
Envolve seus cabelos cacheados
No seu jeito rebolado
Vem me tirar pra dançar
Ai que chamego, falando no seu ouvido.
Abraço meu violão
E ela vem me abraçar
É desse jeito, eu não tenho mais conserto.
Envolvido em tantos cachos
Eu não penso em me casar
Eu sei que é loucura de pião
Que um par de coxas mexe
Com meu pobre coração
Imagine uma menina em cada canto
Jogando os seus encantos
Trançando-me no salão.
Ai, ai, é muito bom.
Ui, ui, que mal que tem?
Enrolado de meninas
E não ser de ninguém.
Que mal que tem?
Ai, ai, é muito bom.
Ui, ui, que mal que tem?
133. Letristas em Cena
.....
133
REFÚGIO
Sou apenas uma pena
Que sobrevoa serena
Que leve pousa sob pena
A encenar a minha própria cena
Sou a situação do dia encenado
Da hora da escrita
Da fonte calculada
Dos minutos contados
Dos segundos perdidos do nada
Sou a voz que grita submissa,
presa às palavras.
No eco dos gritos
A sombra que revela os meios
e compõe os fins
Sou a leve pena que sobrepõe o infinito
A esmagar assim meu Ser
Sem aplausos.
134. Coletânea de Letras Musicais
134
REVOLUÇÃO 2014
Brasil, o país das maravilhas.
Maior extensão de água e tanto mar
Cerrados, rios, riachos e matas.
Berço de beleza natural
Povo, que teme a depredação.
Desta beleza cheia de encantos mil
Entramos nessa luta pra vencer
A hipocrisia que devasta o Brasil
Avante, avante vamos reagir.
A mobilização já começou
Não tente desistir, não vamos renunciar.
A luta segue, até o povo, seu desejo conquistar.
Saúde, educação e moradia.
O direito de ajudar a governar
Com planilhas de custos publicadas
Pra que possa o cidadão fiscalizar.
Fora, fora, governantes que trilharam.
No caminho da maior corrupção
Sem direitos de ao Palácio retornarem
E ditarem o que fazer com a nação
Queremos baixar nossos impostos
Passe livre para o trabalhador
Mesa farta para todo cidadão
Com justiça, liberdade e amor.
Bis
135. Letristas em Cena
.....
135
Avante, avante vamos reagir.
A mobilização já começou
Não tente desistir, não vamos renunciar.
A luta segue, até o povo, seu desejo conquistar.
136. Coletânea de Letras Musicais
136
RUA BRASIL
( musicada por Luciane Casaretto)
Aqui passam bicicletas velhas, carros importados.
Homens descalços, crianças amedrontadas.
Palhaços, gente chorando, cantando.
Gente mentindo. Mulheres sinceras
Mulheres guerreiras, sofridas.
Também as trapaceiras
Passam pipoqueiros, festas juninas, lua cheia.
Lampião. Sol ardente, tempo quente.
Inverno e solidão. Passam mendigos
Papagaios, andorinhas, gaviões.
Passam também as desilusões
Passam nuvens de fumaça, aviões, mares.
Navios estrangeiros, diplomatas, cidades.
E capitais. De tudo passa um pouco
Nocivos, perigosos e loucos.
Passam crianças pedintes, mauricinhos.
Prostitutas, ventania, temporais, lixeiros.
Padeiros, vendedores, bicheiros.
Folias dos carnavais
Passa os anos, a coragem e a dor.
O medo o terror. Passam rios
Balas perdidas, o sono.
Pessoas corrompidas
Passam riquezas, ladrões, drogas.
137. Letristas em Cena
.....
137
Até disco voador e astronautas
Passam vidas passadas
Águas poluídas, magoadas.
Passam governos, juízes, paixões.
Dissabores, almas penadas.
Vagões. Passa o tempo
E os reis desatentos
Deixando que passe
E atravesse o mar
Amazônia
138. Coletânea de Letras Musicais
138
O SABOR DA AMIZADE
Tudo começou da ousadia
Talvez um sonho, nada mais.
Havia pedras no caminho, havia.
Mas a coragem não ficou pra traz.
Quando um amigo escreveu:
A palidez da noite não importa
A lua se esconde e logo volta
A brilhar...
E o vento dança no mesmo lugar
Leva teu escudo e enfrenta
Conhece a ti e isso é o que interessa
Comece a voar...
Voei... Voei... Voei.
As minhas mãos cansadas, ávidas.
Suguei... Suguei... Suguei.
As pedras rolaram, a porta se abriu.
E a bonança logo surgiu
Voei... Voei... Voei.
As minhas mãos cansadas, ávidas.
Suguei... Suguei... Suguei.
As pedras rolaram, a porta se abriu.
E a bonança logo surgiu
Amigos, mais amigos e muitos mais amigos.
De repente uma cidade, um rio.
Uma canção, mais mil canções,
Um novo continente,
Palavras, versos, rimas,
139. Letristas em Cena
.....
139
Das cantigas e fadigas.
Um livro se abriu.
Voei... Voei... Voei.
As minhas mãos cansadas, ávidas.
Suguei... Suguei... Suguei.
Voei... Voei... Voei.
As minhas mãos cansadas, ávidas.
140. Coletânea de Letras Musicais
140
SAMBA DO POVO
O povo sambou, a noite inteira.
Quem não sambou jogou capoeira.
Quem não fez nada, dormiu.
A noite inteira
O dia inteiro
O ano inteiro
O povo sambou, na madrugada.
E durante o dia, saiu na avenida.
Sambou, o povo sambou.
E do samba fez nascer um novo dia
Quem quiser entrar na roda de samba
Não deixe o vizinho te incomodar
Faça reza forte pra ele acalmar
Mas vá ao samba, sambar.
Vá acordar a dona consciência
Que dormiu o dia inteiro
A noite inteira
O ano inteiro
Chama pra sambar, o povo brasileiro.
Bota pra acordar, governante desordeiro.
Chama pra sambar, o povo brasileiro.
Bota pra acordar, governante desordeiro.
141. Letristas em Cena
.....
141
SAUDADE TUA
( musicada por Luciane Casaretto)
Vou sair por ai
Sufocar minha dor, noite adentro.
Arrancar esta dor que consome
Ah! Se Avisar sem demora
Cortando o abismo da minha alma
Que cala por amor, Esta dor tão amarga.
Vou voar com a voz
Alcançar o infinito
Deixar recados, através dos meus gritos.
Sonhar feito anjo
Fazer as promessas que fiz
Colorir nosso leito
Rimar meus versos
Na saudade tua
Vou sair por ai
Sufocar minha dor, noite adentro.
Arrancar esta dor que consome
Ah! Se Avisar sem demora
Cortando o abismo da minha alma
Que cala por amor, esta dor tão amarga.
Vem brincar comigo
Neste sonho de grandes amantes
Transformar meus medos
Em desejos tão louco por ti
Mover o infinito
O eco das vozes, meu corpo.
142. Coletânea de Letras Musicais
142
Acordar um poema
Dos versos em dor
Da saudade tua
Da saudade tua
Da saudade tua
143. Letristas em Cena
.....
143
SEU AMOR É UMA ILUSÃO DE ÓTICA
Quando eu olho para o alto
Disfarçando uma saudade
Vejo a lua bem depressa deslizando
Entre as nuvens que no céu se vão
Uma ilusão, de ótica.
São as nuvens movidas pelo vento
Na imensidão.
Assim, é o seu amor.
Parece tão perfeito, mas é dor.
Enquanto você passa como as nuvens
O vento sopra forte em meu coração.
E a saudade, tem seu fim.
Eu sei que se eu tentar
As nuvens alcançar...
Não vou conseguir
E a tempestade vai continuar
Eu disfarço esta saudade
Por que as nuvens são reais
E olhando para o céu
A lua me consola
Assim como eu, está sempre.
No mesmo lugar
O seu amor
É uma ilusão de ótica.
144. Coletânea de Letras Musicais
144
SOMENTE POR AMOR
Não me olhe simplesmente
Tão somente por prazer
Sou ser humano carente
Posso me envaidecer
Quero mais que a cor dos olhos
Mais que um traje a rigor
Quero alem da amizade
Alem da paixão, quero amor.
Cansei-me das aventuras
Céu e mar estão pequenos
Não abrigam mais palavras
Nem suportam mais venenos
Não exiba os teus olhos
Que o olhar já não importa
Conheci todos os olhares
Nas minhas idas e voltas
Nas minhas idas e voltas
Não sufoque a minha taça
Desse vinho que embriaga
Nem me leve pra uma dança
Nesta alta madrugada
Quando você for embora
Se o acaso acontecer
Volte na segunda feira
Com o amor que eu quero ter.
145. Letristas em Cena
.....
145
TELHADOS DE VIDRO
Menino de rua, sozinho em meio à multidão.
Jogando olhares pidonhos
Sufocam olhares, medonhos.
Fazendo tremer a cidade confusa
Indiscretamente hipócrita!
Trancafiada na sua indiscrição.
Golpes fatais, indignação!
Cidadão!
Ele só quer descansar na rua ao lado
Observar os palácios da cidade
E seus telhados de vidro
Adormecer num papelão
Acordar sorrindo
Com duas simples moedas.
Ser, ser, ser, Cidadão!
Telhados de vidro, assistidos.
Já não confundem menino
Golpes fatais, indignação!
Com duas moedas apenas
Entra um sorriso em cena
Sobre qualquer papelão
Cidadão! Cidadão!
146. Coletânea de Letras Musicais
146
VAI, VAI BRASIL!
(musicada por Vuldembergue Farias)
Nasceu um poeta que se dava o respeito
Era amigo do peito, de um escravo sofredor.
O tempo passou, e o poeta encantou.
Descreveu sua história, pra tirar a dor, do peito.
A Princesa já havia passado
Pra sempre libertado
O escravo sofredor
Mas, de Lei em Lei, eis o pecado.
De senador em senador, nasce.
O escravo remunerado
Entrou na dança, toda raça, toda cor
Criaram pontes, ao criarem tantas Leis.
E para esconder a grande explosão
Inventaram: bolsa família e cesta básica
Cobrando imposto dobrado
Trocaram a fome pela desilusão
Fizeram amigos e abriram fronteiras
Onde passam drogas e armas pesadas
Por onde se faz política intensamente
Fazendo o povo perder a estribeira
A democracia é muito disputada
A lei se confunde em seus mil e um artigos
Vai pra cadeia o bom cidadão
Pode crer os bandidos se passam de amigos.
147. Letristas em Cena
.....
147
Vai, vai, vai
Brasil de mil e uma cores
De ódio e amores
De soberanos infiéis
Vai, vai, vai,...
Levar pra eles o meu recado
Diga que já me cansei
De ser. Escravo remunerado.
148. Coletânea de Letras Musicais
148
VEGETAÇÃO
Hoje acordei com um nó na garganta
Nada está no lugar, tudo virou arrogância.
Eu já não sei se o tempo vai curar
Este domínio de mercado furado
País das maravilhas que virou babado
Todo mundo grita, todo mundo quer.
Não tem pra homem, nem tem pra mulher.
Eu olho a minha cara no espelho
E me pergunto se ainda quero viver
Pagando limousine, carro importado.
Pra quem deveria cuidar do meu Ser
Pra conseguir um emprego melhor
Falam que preciso me especializar
Enquanto vejo sentado no trono
Dando ordens, sorrindo a falar.
Um homem qualquer
De qualquer lugar
Eu quero mudar meu país
Mas não me deixam.
Ratos doentes,
Inconsequentes
Bolinhas de sabão
Que se vão
Baratas espertas
Infectadas
Na minha mesa, não!
149. Letristas em Cena
.....
149
É uma roubada
Partidos quebrados
Ninhos de cobras
Painel de recados
Sem cara na cara
Sanduíche a moda de nada
Eu quero cuidar do que é meu
E não me deixam
Não quero matar os judeus
Disso não se queixam
Não quero lavar meu dinheiro
Nem ao povo dizer: Meu Deus!
Me deixem.
Todo mundo grita, todo mundo quer.
Não tem pra homem, nem tem pra mulher
Eu quero mudar meu país
Mas não me deixam
151. Letristas em Cena
.....
151
CARLOS ALBERTO COLLIER FILHO
(CHARLOT COLLIER)
Busca...................................................................
0152
Céu encarnado.....................................................
0153
Menina Rosa dor.................................................
0154
Meu velho pai......................................................
0156
152. Coletânea de Letras Musicais
152
BUSCA
Vou
Já nem sei onde encontrar
Busco a mim dentro dos outros
Pelas coisas a procurar
Busco
Busco a DEUS não sei por quê
Um amigo particular
Busco terra meu lugar
Busco
Chão vermelho para pisar
Céu azul para sonhar
Ora o que é que há
Teu teclado enferrujou
Soluções não vais me dar mais
Confessor.
153. Letristas em Cena
.....
153
CÉU ENCARNADO
Homenagem a meu filho
Carlos Alberto Collier Neto (Beto).
Quero mais não te ordeno
Calmo e sereno
Sempre a predizer
Que algo a se transformar
Muda de lugar
Com os temporais
Carlinhos criança
Que não dança a dança
Dizendo sonhar
Carlos que renova, retira, renova
Com medo de errar
Carlinhos crescido
No sonho encantado
No certo ou errado
No céu encarnado.
154. Coletânea de Letras Musicais
154
MENINA ROSA DOR
Resolvi não sei por que
Dar um ponto de parada
Pra tentar rememorar
O que eu sempre quis guardar
Procurando pelo sonho
Pela estrada percorrida
Cheguei enfim a infância
Esplendor de minha vida
Aí encontrei três rosas
Cada uma de uma cor
Uma rosa outra vermelha
E por fim rosa da dor
Perguntando a primeira
Onde era o meu caminho
Recebi como resposta
Um não sei fiquei sozinho
Perguntando a vermelha
A mesma decepção
E por fim rosa da dor
Que me disse com emoção
Procurando mais a frente
Pela estrada percorrida
Encontrei uma menina
Que brincava com uma flor
155. Letristas em Cena
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155
De beleza se confunde
Coma flor em suas mãos
Mais de alma desenganos
Aí perdi meu coração
Olhei pétalas tão brancas
De uma alvura infinita
Ri de mim de meu amor
Ri da rosa que era dor
Acordei olhei pra vida
Meu olhar então molhou.
156. Coletânea de Letras Musicais
156
MEU VELHO PAI
Homenagem a meu pai
Carlos Alberto Collier.
Nas cordas do violão
Vou compondo esta canção
Com auxilio do pandeiro
Vou falar para o mundo inteiro
O que vem do coração
Do amor mais profundo
Que eu trago em meu peito
Do amigo e companheiro
Você foi sempre o primeiro
A me dar esta lição
De como viver a vida
Você foi a inspiração
Pelo tempo e pela vida
Fui compondo esta canção
Meu velho pai
Eu te agradeço
Com todo apreço
Quero me lembrar de você.
158. Coletânea de Letras Musicais
158
CHICO PIRES
Acreditar e mudar.............................................
Ai nasceu o amor.............................................
Amando você...................................................
Amanhecer e renascer.....................................
Amigos, alma e fé............................................
Amor em ascensão..........................................
As razões de estar aqui....................................
Assinte..............................................................
Balada pra amar...............................................
Boa ação...........................................................
Boas horas........................................................
Caminho de fé ..................................................
Chance de vida.................................................
Chegando com luz...........................................
Conscientizando...............................................
Contrassensos...................................................
Convivendo com as críticas...........................
Coração alerta..................................................
Desidério..........................................................
Divagando........................................................
Escute o meu som............................................
Filha.................................................................
Forte amizade..................................................
Gente pequena.................................................
Imagens de paz................................................
Inocência..........................................................
Interrogações...................................................
Linda maranhense..........................................
Livre como o pássaro.....................................
Luz vinda da floresta......................................
Mãe..................................................................
Magia do sol....................................................
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0189
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0191
0192
159. Letristas em Cena
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159
A maternidade..................................................
Menina que mudou a vida.............................
Meu canto........................................................
Meu coração insiste.........................................
Minhas dádivas................................................
Moçada alegria.................................................
Momentos mágicos..........................................
Nada além.........................................................
Naturalmente natureza....................................
Natureza............................................................
Nos bares da vida (Sampa bares) .................
Olhar no caminho.............................................
Olhos lindos.....................................................
Olhos pequenos...............................................
O sol chega com você.....................................
Pensando a vida...............................................
Povo de Jesus .................................................
Quando sobra o tempo...................................
Querer é poder.................................................
Reacendeu o amor..........................................
Reencontro.......................................................
Reflexão...........................................................
Saudade............................................................
Sentimento menino..........................................
Serena e marcante...........................................
Sertão esquecido..............................................
Sétimas.............................................................
Simples presença..............................................
Simplesmente saudade....................................
Sol de todo dia..................................................
Sol é vida..........................................................
Sonho, vida, vitória..........................................
Sua Santidade...................................................
Submergir.........................................................
0193
0194
0195
0196
0197
0198
0199
0200
0101
0202
0203
0204
0205
0206
0207
0208
0209
0210
0211
0212
0213
0214
0215
0216
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0218
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