2. Esses três tipos de texto são
frequentemente confundidos
devido às grandes semelhanças
que possuem, mas podemos
diferenciá-los também através
de algumas características.
3. Fábula
Texto literário muito comum na literatura infantil.
Deriva do lat. Fari (falar) e do gr. Phaó (dizer, contar
algo).
A linguagem utilizada é simples, porém sem agredir a
variante padrão.
Durante a fábula é feita uma analogia entre a realidade
humana e a situação vivida pelas personagens, com o
objetivo de ensinar algo ou provar alguma verdade
estabelecida (moralidade).
4. Utiliza, como personagens, principalmente animais
com características, personalidade e comportamento
semelhantes aos dos seres humanos.
O fato narrado é algo fantástico, não corriqueiro.
A temática é variada e contempla tópicos como a
vitória da fraqueza sobre a força, da bondade sobre a
astúcia e a derrota de preguiçosos.
5. Moral da história
Esse modelo de narrativa como
objeto de leitura para crianças é
recomendado, principalmente,
pela natureza alegórica de seu
discurso e pela possibilidade de
discussão sobre a moral, levando
o leitor a questioná-la e
relacioná-la com o mundo real.
6. São exemplo as Fábulas de Esopo (620-560), um escravo e contador
de histórias que viveu na Grécia antiga: A raposa e as uvas; A
tartaruga e a lebre; O vento norte e o vento sul; O menino que criava
lobo; O lobo e o cordeiro.
No Brasil quem recriou as fábulas foi Monteiro Lobato.
7. A CIGARRA E AS FORMIGAS
O LOBO E O CORDEIRO
A TARTARUGA E A LEBRE
A RAPOSA E AS UVAS
8. A lebre vivia a se gabar de que era o mais veloz de todos os
animais. Até o dia em que encontrou a tartaruga.
– Eu tenho certeza de que, se apostarmos uma corrida, serei a
vencedora – desafiou a tartaruga.
A lebre e a A lebre caiu na gargalhada.
– Uma corrida? Eu e você? Essa é boa!
tartaruga – Por acaso você está com medo de perder? – perguntou a
tartaruga.
– É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para
você – respondeu a lebre.
No dia seguinte a raposa foi escolhida para ser a juíza da prova.
Bastou dar o sinal da largada para a lebre disparar na frente a toda
velocidade. A tartaruga não se abalou e continuou na disputa. A lebre
estava tão certa da vitória que resolveu tirar uma soneca.
"Se aquela molenga passar na minha frente, é só correr um pouco
que eu a ultrapasso" – pensou.
A lebre dormiu tanto que não percebeu quando a tartaruga, em sua
marcha vagarosa e constante, passou. Quando acordou, continuou a
correr com ares de vencedora. Mas, para sua surpresa, a tartaruga, que
não descansara um só minuto, cruzou a linha de chegada em primeiro
lugar.
Desse dia em diante, a lebre tornou-se o alvo das chacotas da
floresta.
Quando dizia que era o animal mais veloz, todos lembravam-na de
uma certa tartaruga...
Moral: Quem segue devagar e com constância sempre chega na frente.
Do livro: Fábulas de Esopo - Editora Scipione
9. Deriva do grego parabole (narrativa curta).
É uma narração figurada que se utiliza de situações e pessoas
para comparar a ficção com a realidade e através dessa
comparação transmitir uma lição de sabedoria.
Sua característica é ser protagonizada por seres humanos e
possuir sempre uma razão moral que pode ser tanto implícita
como explícita.
Ao longo dos tempos vem sendo utilizada para ilustrar lições de
ética por vias simbólicas ou indiretas.
Gênero muito comum na Bíblia: As parábolas de Jesus.
10. Um pastor tem 100 ovelhas e perde uma
delas. O que ele faz? Ele deixa as 99 e vai
A ovelha perdida procurar a ovelha perdida até encontrá-la.
E achando-a, fica muito contente, coloca-
a nos ombros e a leva para casa. E
chegando reúne amigos e vizinhos e diz:
"Alegrem-se comigo, pois achei a minha
ovelha perdida".
Assim também haverá alegria no céu por
um pecador que se arrepende do que 99
justos que não precisam se arrepender.
O Pai que está no Céu não quer que nenhum de Seus
pequeninos se perca.
Lucas 15- 4 a 7
11. Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e,
quando passavam por uma ponte, viram um escorpião
sendo arrastado pelas águas.
O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água
O monge mordido e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora do rio
o escorpião o picou. Devido à dor, o monje deixou-o cair
novamente no rio.
Foi então à margem, pegou um ramo de árvore, voltou
outra vez a correr pela margem, entrou no rio, resgatou o
escorpião e o salvou. Em seguida, juntou-se aos seus
discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o
receberam perplexos e penalizados.
— Mestre, o Senhor deve estar muito doente! Por que foi
salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria
um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda: picou a
mão que o salvava! Não merecia sua compaixão!
O monge ouviu tranqüilamente os comentários e
respondeu:
— Ele agiu conforme sua natureza e eu de acordo com a
minha.
12. Gênero que ilustra um ensinamento de vida através de
situações semelhantes às reais, envolvendo pessoas,
objetos, plantas, seres animados ou inanimados.
Bem parecido com a fábula em sua estrutura, o apólogo é um tipo de
narrativa que personifica, principalmente, os seres inanimados,
transformando-os em personagens da história.
Os apólogos têm o objetivo de atingir os conceitos humanos de forma
que os modifique e os reforme, levando as pessoas a agir de maneira
diferente.
13. Características dos Apólogos
Geralmente são escritos em prosa.
Narram feitos similares aos da vida real.
O enredo tem grande força imaginativa.
Buscam a perfeição interior, elevados princípios e um
ideal nobre, através da reflexão.
Encerram conteúdo moralizante ou didático.
14. DIFERENCIA-SE DA FÁBULA por se concentrar mais em
situações reais, enquanto a fábula dá preferência a situações
fantásticas, e também pelo fato de a fábula se utilizar,
principalmente, de animais como personagens.
DIFERENCIA-SE DA PARÁBOLA pois esta trata de
questões religiosas e lições éticas, enquanto o apólogo fala
de qualquer tipo de lição de vida, mesmo que esta não seja a
que é adotada pela maioria como a maneira correta de agir.
15. Um homem foi à floresta e pediu às árvores, para
que estas lhe doassem um cabo para o seu machado
novo. O conselho das árvores então concorda com o
seu pedido, e lhe ofertam uma jovem árvore para este
As Árvores e o Machado fim.
E logo que o homem coloca o novo cabo no
machado, começa furiosamente a usá-lo, e em pouco
tempo, já havia derrubado com seus potentes golpes, as
maiores e mais nobres árvores daquele bosque.
Um velho Carvalho, observando a destruição à sua
volta, comenta desolado com um Cedro seu vizinho:
- O primeiro passo significou a perdição de todas
nós. Se tivéssemos respeitado os direitos daquela jovem
árvore, também teríamos preservado os nossos, e
poderíamos ficar de pé, ainda por muitos anos.
Autor: Esopo
Moral da História:
Quem menospreza seu semelhante, não deve se surpreender
se um dia, outros fizerem o mesmo consigo.
16. Alguns livros diferenciam fábulas, parábolas e apólogos
argumentando que aquelas têm como personagens,
animais; Essas, seres humanos; e estas personificam
objetos e seres inanimados.
A teoria falha quando encontramos uma história que
tenha no enredo um homem, um gato e uma cadeira como
amigos, que dialogam e se entendem.
17. Os provérbios, assim como as fábulas,
sobretudo as que retratam os animais,
fazem-nos refletir seriamente sobre o
comportamento humano e nos levam a um
posicionamento crítico sobre suas condutas.
http://www.metaforas.com.br/infantis/default.asp