O documento discute as razões espirituais por trás de mortes coletivas, como desastres naturais e acidentes. Explica que tais eventos permitem que espíritos paguem dívidas do passado juntos e acelerem seu progresso espiritual através do sofrimento compartilhado. Também destaca que a misericórdia divina assegura o socorro adequado a todos os afetados de acordo com seu nível evolutivo.
2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
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• Ao longo da história do homem já ocorreram incontáveis
situações de desencarne coletivos.
• Ações da natureza: terremotos, tsunamis, erupções vulcânicas.
• Causas humanas: Naufrágios, acidentes aéreos, acidentes
automobilísticos, incêndios,
desabamentos.
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• Como explicar todos esses e muitíssimos outros factos
dramáticos sob a ótica da Justiça Divina?
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• Como conciliar a afirmativa de Jesus de que “a cada um será
dado segundo as suas obras”, com as desencarnações
coletivas?
• Através da reencarnação, a
Doutrina Espírita mostra que
há lógica nas tragédias que
chocam a todos nós.
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• “Encarando a vida sem a compreensão das leis da
consciência e do processo da reencarnação não poderemos
explicar a Justiça de Deus – principalmente nos casos brutais
de mortes coletivas.” - As leis da Justiça Divina estão escritas
na consciência humana.
“Chico Xavier pede licença” – Item 19
7. RESPONSABILIDADE DO HOMEM
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• Para melhor entendermos a questão das expiações coletivas, é
preciso ver o homem sob três aspectos:
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• Sob cada um desses aspectos ele pode ser criminoso ou
virtuoso.
• Em razão disso, existem as faltas do indivíduo, as da família e
as do cidadão.
• Cada uma dessas faltas, qualquer que seja o aspecto, pode ser
reparada pela aplicação da mesma lei.
CAUSA
EFEITO
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• A reparação dos erros praticados por uma família ou por um
certo número de pessoas é também solidária, isto é, os
mesmos espíritos que erraram juntos reúnem-se para reparar
suas faltas.
• A lei que age sobre o indivíduo é a mesma que age sobre a
família, a nação, as raças, enfim, o conjunto de habitantes do
mundo, que formam individualidades coletivas.
CAUSA
EFEITO
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• Tal reparação dá-se porque a
alma, quando retorna ao Mundo
Espiritual, conscientizada da
responsabilidade própria, faz o
levantamento dos seus débitos
passados e, por isso mesmo,
roga os meios precisos a fim
de resgatá-los devidamente.
11. CASTIGO?
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• Não existem, entre nós, espíritos isentos de faltas no passado,
de erros a serem reparados. A possibilidade de retornar a vida
corpórea, e resgatar esses erros, não é um castigo, mas uma
prova do amor de Deus, que nos oferece infinitas
possibilidades de redenção.
12. MECANISMO
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• “Na provação coletiva, verifica-se a convocação dos Espíritos
encarnados, participantes do mesmo débito, com referência
ao passado delituoso e obscuro. O mecanismo da justiça, na
lei das compensações, funciona então espontaneamente,
convocando os comparsas na dívida do pretérito para os
resgates em comum, razão por que, muitas vezes, intitulais
“doloroso acaso” às circunstâncias que reúnem as criaturas
mais díspares no mesmo acidente, que lhes ocasiona a morte
do corpo físico, ou as mais variadas mutilações, no quadro
de seus compromissos individuais.”
O CONSOLADOR
13. DELITOS PASSADOS
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• Pode-se citar como exemplos de delitos as Cruzadas, os
cristãos queimados e atirados às feras durante o Império
Romano, a Inquisição, as Guerras, os atentados terroristas e
outros similares, isto é, uma gama de violências, em que todos
os participantes só se livram das dívidas quitando-as.
14. QUANDO?
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• Mas por que só agora?
• Somos Espíritos em aprendizado e, por
este motivo, vamos adiando por várias
encarnações a expiação necessária, até
que haja o entendimento necessário a
respeito da importância desse tipo de
resgate.
• Assim, quando há compreensão, muitas
vezes o próprio Espírito errante pede
permissão para cumprir o que é necessário
para seu adiantamento.
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• “Às vezes empreendemos determinados movimentos
destrutivos, em desfavor da comunidade ou do indivíduo. Às
vezes operamos em grupo, às vezes, em vastíssimos grupos
e, no tempo devido, os princípios cármicos amadurecem, e
nós resgatamos as nossas dívidas, reunindo-nos uns com os
outros, quando estamos acumpliciados nas mesmas culpas,
porque a Lei de Deus é formada de justiça e de misericórdia.”
Chico Xavier
16. • “É assim que, muitas vezes, renascemos no Planeta em grupos
compromissados para a redenção múltipla... Criamos a culpa e
nós mesmos engenhamos os processos destinados a
extinguir-lhe as consequências...”
“Chico Xavier pede licença” – Item 19
CULPA
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17. LEIS DA CONSCIÊNCIA
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• A resposta de Emmanuel acentua o
aspecto terreno da autopunição dos
encarnados, em virtude de um fator
psicológico: o das leis da consciência.
• Obedecendo a essas leis, as vítimas
de mortes coletivas aparecem como
as mais severas julgadoras de si
mesmas.
“Chico Xavier pede licença” – Item 19
18. • São almas que se autopunem em virtude de haverem crescido
em amor e trazerem consigo a justiça imanente.
• Se no passado erraram, agora surgem como heroínas do amor
no sacrifício reparador.
“Chico Xavier pede licença” – Item 1918
19. • Para a boa compreensão desse problema precisamos de uma
visão clara do processo evolutivo do homem:
• Como selvagem, ele ainda se sujeita mais aos instintos do
que à consciência.
• Por isso não é inteiramente responsável pelos seus atos.
“Chico Xavier pede licença” – Item 19
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20. • Como civilizado ele se investe do livre arbítrio que o torna
responsável.
• Mas o amor ainda não o ilumina com a devida intensidade.
“Chico Xavier pede licença” – Item 19
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• As civilizações antigas (como o demonstra a própria Bíblia)
são cenários de apavorantes crimes coletivos, porque o
homem amava mais a si mesmo do que aos semelhantes e à
Deus.
• Nas civilizações modernas,
tocadas pela luz do Cristianismo,
os processos de autopunição
se intensificam.
“Chico Xavier pede licença” – Item 19
22. EQUIPAS DE
SOCORRO
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• Por estar relacionado a experiências evolutivas, o desencarne
coletivo é previsto por entidades Benfeitoras Espirituais, que
acolhem os desencarnantes imediatamente, muitas vezes
em postos de socorro por eles montados através da
vontade/pensamento, na própria região da catástrofe ou
desastre.
• Porém, mesmo que o desencarne coletivo ocorra identicamente
para todos, individualmente, a situação dos traumas e do
despertar no outro plano dependerá da evolução de cada um.
23. MESMO DESASTRE, MORTES DIFERENTES
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• Deste modo, a Providência Divina ampara tanto àqueles que
assumiram tais resgates aflitivos e estarão prontos para a vida
no reino dos Céus, quanto aqueles que ainda caminharão por
estradas sinuosas ao longo da caminhada evolutiva.
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• “O socorro é distribuído indistintamente, contudo, não podemos
esquecer que se o desastre é o mesmo para todos os que
tombaram, a morte é diferente para cada um. No momento
serão retirados da carne tão-somente aqueles cuja vida
interior lhes outorga a imediata liberação. Quanto aos
outros, cuja situação presente não lhes favorece o afastamento
rápido da armadura física, permanecerão ligados, por mais
tempo, aos despojos que lhes dizem respeito.”
Francisco Cândido Xavier – Ação e Reação – pelo Espírito André Luiz
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• “Assim é que “morte física” não é o mesmo que “emancipação
espiritual”.
• Há ainda aqueles que escapam minutos antes dos acidentes
coletivos, por não precisarem passar por essa situação.
• É por isso que muitos perdem o avião, o comboio,
o autocarro que se acidentaria dali a pouco,
enquanto outros viajam nesses meios de
locomoção inesperadamente.
26. SOFRIMENTO DE ENTES QUERIDOS
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• “As entidades que necessitam de tais lutas expiatórias são
encaminhadas aos corações que se acumpliciaram com elas em
delitos lamentáveis, no pretérito distante ou recente ou, ainda, aos
pais que faliram junto dos filhos, em outras épocas, a fim de que
aprendam na saudade cruel e na angústia inominável o respeito e
o devotamento, a honorabilidade e o carinho que todos devemos
na Terra ao instituto da família. A dor coletiva é o remédio que
nos corrige as falhas mútuas.”
Francisco Cândido Xavier – Ação e Reação – pelo Espírito André Luiz
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• O importante para os mais diretamente
envolvidos, para que tenham o progresso
devido, é “não falir pela murmuração”,
pois “as grandes provas são quase
sempre um indício do fim de um
sofrimento e do aperfeiçoamento do
Espírito, desde que sejam aceites por
amor a Deus”.
28. OBJETIVO DAS CALAMIDADES DESTRUIDORAS
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• Questão 737 de “O Livro dos Espíritos”, colocada por Kardec:
“Com que objetivo Deus castiga a Humanidade com
calamidades destruidoras? Para que ela avance mais rápido.
A destruição é necessária para a regeneração moral dos
Espíritos. Esses transtornos são
frequentemente necessários para
fazer com que as coisas cheguem
mais prontamente a uma ordem
melhor, realizando-se em alguns
anos o que necessitaria de muitos
séculos”.
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• A resposta está na Lei do Progresso, que determina ao
homem o progresso incessante, sendo que “se um povo não
avança bastante rápido, Deus lhe provoca, de tempos em
tempos, um abalo físico ou moral que o transforma” O Livro dos
Espíritos, Q783
• O objetivo é levar-nos a cumprir a escala evolutiva, saindo de
nossa condição de Espíritos moralmente imperfeitos para a de
espíritos regenerados, até atingirmos a condição de Espíritos
puros.
30. MISERICÓRDIA DIVINA
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• Q.738 LE - Deus não poderia empregar, para melhorar a
Humanidade, outros meios que não os flagelos
destruidores?
Sim, e diariamente os emprega, pois deu a cada um os meios
de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. É o homem que
não os aproveita.
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• “Não desconhecemos que nós, consciências endividadas,
podemos melhorar nossos créditos, todos os dias. Quantos
romeiros terrenos, em cujos mapas de viagem constam
surpresas terríveis, são amparados devidamente para que a
morte forçada não lhes assalte o corpo, em razão dos atos
louváveis a que se afeiçoam!... Assim é que, gerando novas
causas com o bem, praticado hoje, podemos interferir nas
causas do mal, praticado ontem, neutralizando-as e
reconquistando, com isso, o nosso equilíbrio.”
Francisco Cândido Xavier – Ação e Reação – pelo Espírito André Luiz
32. CASA EM REFORMA
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• Calamidades, flagelos, conflitos,
lutas, provas!... Apesar disto,
os quadros do mundo moderno
não expressam retorno ao
primitivismo ou exaltação da
animalidade.
• Achamo-nos em plena via de
burilamento e progresso.
• Tudo ou quase tudo aparentemente desajustado para a
justa rearmonização.
“Chico Xavier pede licença” – Item 28
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• Evidentemente não temos a
moradia planetária sob sentença
de extermínio.
• Continuamos todos resguardados
pelo equilíbrio das leis universais.
• O que existe presentemente na Terra é o chamamento cada
vez mais vivo ao testemunho individual de compreensão e
aperfeiçoamento, com multiplicadas oportunidades de
trabalho em louvor de nossa própria renovação.
“Chico Xavier pede licença” – Item 28
34. HOMENS EM REFORMA
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• Na altura atual dos conhecimentos humanos não será
recomendável uma revisão de valores por parte homem,
considerando-se na sua condição de espírito imperecível?
“Chico Xavier pede licença” – Item 28
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• Como forma de acelerar esse processo de modificação
da disposição moral, a presente fase é marcada pela
multiplicidade das causas de destruição, até como forma
de estimular em nós o desenvolvimento de nossas
potencialidades no bem, pois “o mal de hoje há de ser
o bem de amanhã”.
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• Os flagelos são provas que proporcionam ao homem a ocasião
de exercitar sua inteligência, mostrar sua paciência e sua
resignação à vontade da Providência, e até mesmo multiplicam
neles os sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor
ao próximo, se não for dominado pelo egoísmo.
37. CONCLUSÃO
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• Assim, tocados pelas dores gerais, ajudemo-nos e oremos,
formando a corrente da fraternidade e estaremos construindo a
coletividade harmónica, sempre lembrando a advertência do
Espírito Hammed: “a função da dor é ampliar horizontes para
realmente vislumbrarmos os concretos caminhos amorosos
do equilíbrio”.
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• Desse modo, estaremos utilizando nossos problemas como
ferramenta evolutiva, não nos perdendo em murmurações,
mas utilizando nosso livre-arbítrio como património.
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• E mais: Graças ao Espiritismo, compreende-se hoje a justiça
das provações desde que as consideremos uma amortização
de débitos do passado.
• As faltas coletivas devem ser expiadas coletivamente pelos que
juntos as praticaram, e os mentores estão sempre trabalhando,
ajudando a todos nós, reunindo-nos em grupos de forma a
favorecer a correção de rumo, amparando-nos e nos
fortalecendo para darmos conta daquilo a que nos propomos,
além de nos equilibrarem para podermos auxiliar o outro com
nossos pensamentos positivos.
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• Lamentemos sem desespero, quantos se fizerem vítimas de
desastres que nos confrangem a alma. A dor de todos eles é
a nossa dor. Os problemas com que se defrontaram são
igualmente nossos.
• Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem
a presença da Misericórdia Divina junto às ocorrências
da Divina Justiça. Apesar de tudo o que já fizemos de errado...
• o sofrimento é invariavelmente reduzido ao mínimo
para cada um de nós;
• tudo se renova para o bem de todos;
• Deus nos concede sempre o melhor.
“Chico Xavier pede licença”