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Aluno
Produção
Textual
Caderno de Atividades
Pedagógicas de
Aprendizagem
Autorregulada - 02
99ºº AAnnoo || 22°° BBiimmeessttrree
Disciplina Curso Bimestre Ano
Produção Textual Ensino Fundamental 2° 9º
Habilidades Associadas
1. Estabelecer o foco narrativo (narrador), espaço, tempo, personagens e conflito.
2. Contemplar os elementos do enredo: apresentação, complicação, clímax e desfecho.
3. Utilizar discurso direto e indireto.
2
A Secretaria de Estado de Educação elaborou o presente material com o intuito de estimular o
envolvimento do estudante com situações concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem
colaborativa e construções coletivas entre os próprios estudantes e respectivos tutores – docentes
preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado.
A proposta de desenvolver atividades pedagógicas de aprendizagem autorregulada é mais uma
estratégia pedagógica para se contribuir para a formação de cidadãos do século XXI, capazes de explorar
suas competências cognitivas e não cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma
autônoma, por meio dos diversos recursos bibliográficos e tecnológicos, de modo a encontrar soluções
para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional.
Estas atividades pedagógicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das
habilidades e competências nucleares previstas no currículo mínimo, por meio de atividades
roteirizadas. Nesse contexto, o tutor será visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem é
efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem.
Destarte, as atividades pedagógicas pautadas no princípio da autorregulação objetivam,
também, equipar os alunos, ajudá-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-o
a tomar consciência dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em prática.
Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observação e autoanálise, ele passa ater maior
domínio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno já domina, será possível contribuir para
o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as
ferramentas da autorregulação.
Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princípio da autorregulação, contribui-se
para o desenvolvimento de habilidades e competências fundamentais para o aprender-a-aprender, o
aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser.
A elaboração destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulação Curricular, da
Superintendência Pedagógica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede
estadual. Este documento encontra-se disponível em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br, a fim
de que os professores de nossa rede também possam utilizá-lo como contribuição e complementação às
suas aulas.
Estamos à disposição através do e-mail curriculominimo@educacao.rj.gov.br para quaisquer
esclarecimentos necessários e críticas construtivas que contribuam com a elaboração deste material.
Secretaria de Estado de Educação
Apresentação
3
Caro aluno,
Neste caderno, você encontrará atividades diretamente relacionadas a algumas
habilidades e competências do 2° Bimestre do Currículo Mínimo de Produção Textual da
9º Ano do Ensino Fundamental. Estas atividades correspondem aos estudos durante o
período de um mês.
A nossa proposta é que você, Aluno, desenvolva estas Atividades de forma
autônoma, com o suporte pedagógico eventual de um professor, que mediará as trocas
de conhecimentos, reflexões, dúvidas e questionamentos que venham a surgir no
percurso. Esta é uma ótima oportunidade para você desenvolver a disciplina e
independência indispensáveis ao sucesso na vida pessoal e profissional no mundo do
conhecimento do século XXI.
Neste Caderno de Atividades vamos conhecer contos e crônicas. Aprenderemos
a reconhecer o narrador, personagens, conflitos, o espaço e tempo em que os textos se
passam. Vamos aprender também a produzir esses tipos de texto.
Este documento apresenta 03 (três) aulas. As aulas podem ser compostas por
uma explicação base, para que você seja capaz de compreender as principais ideias
relacionadas às habilidades e competências principais do bimestre em questão, e
atividades respectivas. Leia o texto e, em seguida, resolva as Atividades propostas. As
Atividades são referentes a dois tempos de aulas. Para reforçar a aprendizagem,
propõe-se, ainda, uma avaliação sobre o assunto.
Um abraço e bom trabalho!
Equipe de Elaboração
4
Introdução ............................................................................................... 03
Aula 01: Fazendo crônica..........................................................................
Aula 02: Quem conta um conto................................................................
Aula 03: Contando e refletindo................................................................
Avaliação: ............................................................................................
Referências ..............................................................................................
05
12
17
22
27
Sumário
5
A crônica, em geral, é uma pequena narrativa publicada em jornais e revistas e
na qual o cronista demonstra a visão que tem de seu tempo. A própria palavra crônica
é formada pelo radical grego cronos que significa tempo.
O cronista geralmente parte de fatos cotidianos para fazer uma reflexão e,
dependendo do tema escolhido e da intenção do escritor, a crônica pode ter
características variadas. Vejamos alguns tipos de crônica:
Crônica reflexiva – se baseia num fato especifico para fazer uma reflexão mais
aprofundada:
O PLEBISCITO
09 de julho de 2013 | 2h 07
Pai, o que é plebiscito? - assim perguntava o menino, no conto de Artur
Azevedo, em 1890. O mesmo aconteceu comigo.
Estava na sala e de repente meu filho levanta a cabeça e pergunta:
- Pai, o que é plebiscito?
Eu fechei os olhos imediatamente para fingir que dormia. O menino insiste:
- Papai? O que é?
Não tenho remédio senão abrir os olhos.
-Ora essa, rapaz, tens treze anos e não sabes ainda o que é plebiscito?
- Se soubesse, não perguntava.
- Plebiscito, meu filho, é quando o governo pergunta ao povo o que ele acha
de determinado assunto importante para o país. Voltou à tona depois que houve as
manifestações de rua, com mais de um milhão de pessoas protestando contra o caos
brasileiro.
- Que pergunta é importante para o Brasil?
- São muitas perguntas meu filho...
(...)
ARNALDO JABOR - O Estado de S. Paulo
Fonte:http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-plebiscito-,1051557,0.htm
Aula 1: Fazendo crônica
6
Cônica humorística - expressa uma visão cômica ou irônica dos fatos:
MINHAS FÉRIAS
Eu, minha mãe, meu pai, minha irmã (Su) e meu cachorro (Dogman) fomos
fazer camping. Meu pai decidiu fazer camping este ano porque disse que estava na
hora de a gente conhecer a natureza de perto, já que eu, a minha irmã (Su) e o meu
cachorro (Dogman) nascemos em apartamento, e, até cinco anos de idade, sempre
que via um passarinho numa árvore, eu gritava “aquele fugiu!” e corria para avisar um
guarda; mas eu acho que meu pai decidiu fazer camping depois que viu os preços dos
hotéis, apesar da minha mãe avisar que, na primeira vez que aparecesse uma cobra,
ela voltaria para casa correndo, e minha irmã (Su) insistir em levar o toca-disco e toda
a coleção de discos dela, mesmo o meu pai dizendo que aonde nós íamos não teria
corrente elétrica, o que deixou minha irmã (Su) muito irritada, porque, se não tinha
corrente elétrica, como ela ia usar o secador de cabelo? Mas eu e o meu cachorro
(Dogman) gostamos porque o meu pai disse que nós íamos pescar, e cozinhar nós
mesmos o peixe pescado no fogo, e comer o peixe com as mãos, e se há uma coisa
que eu gosto é confusão. Foi muito engraçado o dia em que minha mãe abriu a porta
do carro bem devagar, espiando embaixo do banco com cuidado e perguntando “será
que não tem cobra?”, e o meu pai perdeu a paciência e disse “entra no carro e vamos
embora”, porque nós ainda nem tínhamos saído da garagem do edifício. (...)
LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO
Fonte: Veríssimo, Luis Fernando. O Santinho. Rio de Janeiro. Objetiva
7
Crônica lírica - expressa as emoções do cronista, seu estado de espírito:
EXISTÊNCIA ÚNICA
Afague tua doce solidão. Não tenhas medo deste eco quando gritas no escuro.
Se está só, então, não está só. Tua companhia é a melhor companhia. Pegue o
próximo trem que te levará para lugares onde nunca esteve. Solte o ar que te mantém
aprisionada. Levite ao dançar. Convide o mar. Livre-se destes paradigmas, desta
mania de sempre acreditar no tolo e ingênuo coração. Aprenda amar teu brilho, tua
existência única. Vá além. Um passo a mais. Vá tão longe a ponto de perguntar se será
capaz de encontrar o caminho de volta pra casa. Aprenda a dizer não. Aprenda a sorrir
além. Aprenda a confiar em mim.
JULIANO MARTINZ
Fonte: http://corrosiva.com.br/textos-pequenos/existencia-unica/
Ao ler as crônicas, podemos notar que, mesmo fazendo abordagens diferentes
sobre os temas, elas possuem características em comum. A crônica, geralmente,
estabelece um diálogo com o leitor, usa linguagem informal, baseia-se em fatos
cotidianos, aproxima-se do jornalismo ou da literatura e contém crítica, humor, ironia,
lirismo ou reflexão. Uma diferença que podemos ver entre os trechos de crônicas
acima é que, na crônica reflexiva, predomina a argumentação, na humorística
predomina a narração e na lírica, a presença de linguagem figurada.
O narrador (quem conta a história) pode ser:
Observador - que conta a história, geralmente, em 3ª pessoa, como alguém que
observa de fora, sem participar dos acontecimentos;
Personagem – Que participa da história como personagem e, por isso, narra em 1ª
pessoa;
Onisciente – conhece tudo sobre os pensamentos e sentimentos dos personagens.
8
1. Olhando para os três trechos de crônicas apresentados na explicação, responda:
a. Quais crônicas foram narradas em 1ª pessoa?
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b. Retire um trecho da crônica O Plebiscito que comprove que o narrador é do
tipo narrador personagem.
_________________________________________________________________
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2. Como vimos, as crônicas sempre partem de um fato cotidiano. A notícia, a seguir,
serviu de base para a criação de uma divertida crônica de Moacyr Scliar. Veja:
Consumidora encontra lesma em lanche
A leitora Alessandra Alves Castro diz que, no dia 26 de novembro, foi ao
McDonald's do Shopping Ibirapuera e pediu o lanche McChicken. Ao comê-lo, viu uma
lesma de três centímetros na alface. "Fiquei horrorizada, com muito nojo", afirma.
Segundo ela, o gerente chegou a dizer que não era uma lesma, e sim um vestígio de
óleo queimado. "Pedi que olhasse direito, pois estava evidente que aquilo era um
bicho. Depois disse que era apenas uma lesma de alface", reclama.
RESPOSTA - O McDonald's se desculpou pelos transtornos e informou que se
trata de um caso isolado. A assessoria disse que reforçou os procedimentos com o
fornecedor.
Segundo o restaurante, as alfaces utilizadas são cultivadas e processadas dentro
dos mais rigorosos padrões.
(Folha de S.Paulo, em 01 de janeiro de 2001)
Atividade 1
9
Agora, veja a crônica criada por Moacyr Scliar a partir dessa curiosa notícia.
Sonho de lesma
Ela nasceu lesma, vivia no meio de lesmas, mas não estava satisfeita com sua
condição. Não passamos de criaturas desprezadas, queixava-se. Só somos conhecidas
por nossa lentidão. O rastro que deixaremos na História será tão desprezível quanto a
gosma que marca nossa passagem pelos pavimentos.
A esta frustração correspondia um sonho: a lesma queria ser como aquele
parente distante, o escargot. O simples nome já a deixava fascinada: um termo
francês, elegante, sofisticado, um termo que as pessoas pronunciavam com respeito e
até com admiração. Mas, lembravam as outras lesmas, os escargots são comidos,
enquanto nós pelo menos temos chance de sobreviver. Este argumento não
convencia a insatisfeita lesma, ao contrário: preferiria exatamente terminar sua vida
desta maneira, numa mesa de toalha adamascada, entre talheres de prata e cálices de
cristal. Assim como o mar é o único túmulo digno de um almirante batavo, respondia,
a travessa de porcelana é a única lápide digna dos meus sonhos.
Assim pensando, resolveu sacrificar a vida por seu ideal. Para isso, traçou um
plano: tinha de dar um jeito de acabar em uma cozinha refinada. O que não seria tão
difícil. Perto dali havia uma horta onde eram cultivadas alfaces: belas e selecionadas
alfaces, de folhas muito crespas. Alfaces destinadas a gourmets, sem dúvida. Uma
dessas alfaces, raciocinou a lesma, me levará ao destino que almejo. Foi até a horta, à
doida velocidade de meio quilômetro por hora, e ocultou-se no vegetal. Que, de fato,
foi colhido naquele mesmo dia e levado para ser consumido.
Infelizmente, porém, a alface não fazia parte de um prato francês, mas sim de
um popular e globalizado lanche. Quando a consumidora foi comê-lo constatou,
horrorizada, a presença da lesma. Chamado, o gerente a princípio negou a evidência:
disse que aquilo era um vestígio de óleo queimado. O que deixou a lesma indignada:
eu não sou óleo queimado, bradava, eu sou uma criatura, e uma criatura com um
sonho, respeitem meu sonho ou será que, para vocês, nada mais é sagrado, só o
direito do consumidor?
10
Ninguém a ouviu, claro. Foi ignominiosamente jogada no lixo, junto com suas
ilusões de grandeza. E assim descobriu que, quem nasceu para lesma nunca chega a
escargot, mesmo viajando de carona em certas alfaces, principalmente viajando de
carona em certas alfaces.
(Scliar, Moacyr. Sonho de lesma. In: Cotidiano, Folha de S. Paulo, 08 de janeiro de 2001).
a. Que fato do cotidiano inspirou a construção da crônica?
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b. Na crônica, foi adotada a perspectiva da lesma, ou seja, a história é contada a partir
do ponto de vista dela. Isso é feito com o narrador em 1ª ou 3ª pessoa? Comprove sua
resposta com um fragmento do texto.
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c. Em que espaço e tempo ocorre a narrativa da crônica?
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d. Dentre os tipos de crônica que vimos na aula de hoje, em qual se enquadra a crônica
“Sonho de lesma”?
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3. Agora, é a sua vez! A partir da mesma notícia que inspirou a crônica “Sonho de
lesma”, crie você a sua própria crônica. Dessa vez, porém, não explore o humor, mas
produza um texto mais lírico. Para isso, busque destacar os sentimentos dos
personagens, insira assuntos como saudade, emoção etc. Não se esqueça do título.
Mãos à obra!
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Caro aluno, já ouviu o ditado que diz que quem conta um conto aumenta um
ponto? Esse ditado vem do tempo em que os contos eram transmitidos oralmente
como os contos de fadas e que ao longo do tempo foram sendo modificados, pois cada
pessoa que o recontava mudava um pouco a história.
O conto é um tipo de narrativa curta, no qual a ação é o mais importante e por
isso a caracterização das personagens, do espaço e do tempo é restrita. A intenção do
conto é emocionar, levar você a refletir sobre o comportamento humano. O conto
pode ser publicado em jornais, revistas, sites, blogs e livros. Existem variados tipos de
contos: de fadas, de terror, fantásticos, etc.
Vejamos:
CARACTERÍSTICAS DOS CONTOS
Narração em 1ª ou 3ª pessoa;
Predomínio do tempo cronológico;
Linguagem concisa (objetiva ou poética);
Poucos personagens;
Construção pouco detalhada dos personagens;
Um conflito apenas;
Tempo e espaço reduzidos;
Presença ou não de diálogos.
Existem duas formas temporais de se narrar um conto. O conto pode seguir um
tempo cronológico (ordem linear dos fatos) ou um tempo psicológico (não linear,
ordenado segundo o pensamento do narrador).
O enredo na maioria das vezes possui quatro elementos que são:
1. Apresentação inicial – situação de equilíbrio em que são apresentados o
espaço e tempo em que a história vai ocorrer e os personagens.
Aula 2: Quem conta um conto...
13
2. Complicação – parte onde se inicia a ação de conflito com o surgimento de
um problema. É quando algum personagem age para mudar a situação anterior.
3. Clímax- ponto crítico da história, mais emocionante ou de maior suspense.
4. Desfecho- é o final da história.
Conseguimos identificar mais facilmente os elementos do enredo aplicando-os
ao exemplo do conto O Pequeno Polegar, de Charles Perrault.
ELEMENTOS
DO ENREDO
CONTO O PEQUENO POLEGAR
Apresentação
Um pobre lenhador tinha sete filhos e o caçula era tão pequenino
que o chamavam Pequeno Polegar. Mas, apesar do tamanho, era um
menino muito esperto. Como a Europa passava por um período de
muita fome, o pai decidiu abandonar os filhos na floresta. Depois de
muito andar, as crianças avistaram um lindo castelo e para lá se
dirigiram em busca de abrigo e alimento.
Complicação
Um ogro malvado, que ali residia, resolveu que iria devorá-los. Mas
Polegar, percebendo a intenção do malvado, durante a noite, trocou
o seu chapéu e os chapéus dos irmãos pelas coroas das filhas do
ogro, que as devorou pensando que fossem os rapazes.
Clímax
Eles tiveram, então, que fugir do castelo. O Pequeno Polegar calçou
as botas encantadas do ogro enquanto ele dormia e, assim, ajudou
os irmãos a voltarem para casa, com o auxílio das botas de sete-
léguas.
Desfecho
Polegar trabalhou para um rei, conseguiu muito dinheiro e pode
finalmente voltar para sua casa e nunca mais passaram fome.
Fonte:http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=O_Pequeno_Polegar&oldid=34825305
É muito comum conhecermos contos como o do Pequeno Polegar, Cinderela ou
o da Branca de Neve, pois temos contato com essas narrativas desde a infância. Há,
14
porém, outros tipos de contos mais modernos, voltados para o público jovem e adulto.
Vamos ver os temas principais dos contos:
Conto Fantástico
ou de fadas
Apresenta acontecimentos mágicos ou sobrenaturais que causam
estranhamento ao leitor. Há presença do real e do fantástico ou
de elementos mágicos, mas o leitor nunca perde a noção do real.
Conto de Terror
Apresenta uma narrativa próxima da realidade (verossímil) e se
passa numa atmosfera de terror, tensão, medo e suspense. O final
pode ser surpreendente, atemorizador ou inesperado.
Conto de humor
Apresenta situações imprevisíveis e inusitadas, personagens
engraçados. É comum o uso de piadas, ironias e trocadilhos e
pretende provocar o riso no leitor.
1. Leia com atenção o conto e responda:
As flores da morte
Conta-se que uma moça estava muito doente e teve que ser internada em um
hospital. Desenganada pelos médicos, a família não queria que a moça soubesse que
iria morrer. Todos seus amigos já sabiam. Menos ela. Para todo mundo que ela
perguntava se ia morrer, a informação era negada.
Depois de muito receber visitas, ela pediu durante uma oração que lhe
enviassem flores. Queria rosas brancas se fosse voltar para casa, rosas amarelas se
fosse ficar mais um tempo no hospital e estivesse em estado grave, e rosas vermelhas
se estivesse próxima sua morte.
Certa hora, bate à porta de seu quarto uma mulher e entrega à mãe da moça
um maço de rosas vermelhas murchas e sem vida. A mulher se identifica como "mãe
Atividade 2
15
da Berenice". Nesse meio tempo, a moça que estava dormindo acordou, e a mãe
avisou pra ela que a mulher havia deixado o buquê de rosas, sem saber do pedido que
a filha havia feito em oração.
Ela ficou com uma cara de espanto quando foi informada pela mãe que quem
havia trazido as rosas era a mãe da Berenice. A única coisa que a moça conseguiu
responder era que a mãe da Berenice estava morta há 10 anos.
A moça morreu naquela mesma noite. No hospital ninguém viu a tal mulher
entrando ou saindo.
Fonte:http://www.sobrenatural.org/conto/detalhar/11732/10_contos_de_terror/
a. Quem são os personagens do conto?
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b. Qual o conflito presente?
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c. Em que parágrafo vemos o clímax da história?
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d. Esse conto é de que tipo? De humor, de fadas ou de terror? Justifique!
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e. O desfecho foi o que você esperava? Por quê?
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f. Quais suas impressões sobre a história?
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g. No 2º parágrafo do conto, aparece justamente a complicação da história. Explique
com suas palavras o que se complica na história e se o desfecho foi positivo ou
negativo.
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Caro aluno, agora que já conhecemos os gêneros textuais crônicas e contos,
surge uma dúvida: quais as diferenças entre esses gêneros tão parecidos?
O conto é ficcional e pode trazer elementos mágicos e sobrenaturais. Ele não é
como a crônica, que narra fatos do cotidiano, como episódios políticos, atualidades ou
costumes. A crônica ainda é resultante de uma visão particular do cronista sobre um
fato e escrito em linguagem coloquial para se aproximar do leitor.
O conto, por sua vez, é uma narrativa imaginada por seu autor e tem um só
conflito, sendo uma história fechada. Nele, as ações podem se desenrolar num tempo
maior como dias, meses e anos, enquanto, na crônica, é apresentado um breve
momento do cotidiano. No conto, as personagens são amplamente caracterizadas,
fisica e psicologicamente. Já na crônica, não há espaço para tanto detalhamento.
O desfecho do conto é geralmente a resolução de um conflito e, na crônica,
muitas vezes, o desfecho fica para a imaginação do leitor, para que ele mesmo tire
suas conclusões sobre os fatos.
Observe as diferenças entre os contos da aula 2 e a crônica de Luis Fernando
Veríssimo, que fala sobre como o casamento mudou com o passar do tempo:
CASAMENTO, POR LUIS FERNANDO VERÍSSIMO
(...) No momento em que Deus perguntou se alguém no Paraíso sabia de
alguma razão para que aquele casamento não se realizasse, ninguém se manifestou,
mesmo porque não havia mais ninguém. A cerimônia foi simples e rápida apesar de
alguns problemas — Adão não tinha onde carregar as alianças, por exemplo — e Adão
e Eva ficaram casados por 930 anos. E isso, porque, na época, ainda não existiam os
antibióticos.
Mais tarde, instituiu-se o dote. Ou seja, as mulheres, como caixas de cereais,
passaram a vir com brindes. O pai da noiva oferecia, digamos, dez cântaros de azeite e
dois camelos ao noivo e ainda dizia:
Aula 3: Contando e refletindo
18
— Pode examinar os dentes.
— Deixa ver...
— Da noiva não, dos camelos!
Houve uma época em que os pais se encarregavam de casar os filhos sem que
eles soubessem.
(...)
Mais tarde, veio a era do Bom Partido. As moças não eram mais negociadas,
grosseiramente, com maridos que podiam garantir seu futuro. Eram condicionadas a
escolher o Bom Partido. Podiam namorar quem quisessem, mas na hora de casar...
— Vou me casar com o Cascão.
— O quê?!
— Nós nos amamos desde pequenos.
— O que que o Cascão faz?
— Jornalismo.
— Argk!
A era do Bom Partido acabou quando a mulher ganhou sua independência.
Paradoxalmente, foi só quando abandonou a velha ideia romântica do ser frágil e
sonhador que a mulher pôde realizar o ideal romântico do casamento por amor,
inclusive com o Cascão. Só havendo o risco de o Cascão preferir casar com o Rogério.
Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2013/06/13/casamento-por-luis-fernando-verissimo-
499889.asp
Como já foi dito, quem conta um conto aumenta um ponto! Chegou a sua vez de
contar seu conto. Responda primeiro ao nosso plano de produção e observe que, para
ajudá-lo, a pergunta (b.) já foi respondida. Partindo dos personagens e do
planejamento abaixo, escreva sua história. Vamos lá. Dê asas a sua imaginação!
Atividade 3
19
Fonte: acervo pessoal de uma das elaboradoras do material.
a. O narrador será observador ou personagem?
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b. Quais serão os personagens?
Essa resposta é fácil: bruxa má, Wolverine e Bob Esponja.
c. Que características possuem os personagens?
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d. Em que local e tempo se passará a história?
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e. Haverá diálogos entre os personagens?
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f. Qual será o conflito?
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g. Qual será o desfecho?
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h. De que tipo será o seu conto? De terror, de fadas ou outro? Especifique.
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i. Produção do Conto
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22
Aprendemos sobre contos e crônicas, suas características e os elementos de que são
compostas. Leia, a seguir, a crônica de Luís Fernando Veríssimo sobre um tema muito
atual e amplamente divulgado nos meios de comunicação: a espionagem americana no
Brasil.
O QUE SIGNIFICA ORÉGANO
LUIS FERNANDO VERÍSSIMO
Você eu não sei, mas eu estou preocupadíssimo com a revelação de que os
americanos têm monitorado tudo que é dito e escrito no Brasil nos últimos anos.
Ouvem nossos telefonemas, leem nossos e-mails e, provavelmente, examinem o nosso
lixo, atrás de indícios da nossa periculosidade. O que me preocupa é que essa
informação, depois de coletada e classificada, é analisada talvez pelas mesmas pessoas
que nunca duvidaram que o Saddam Hussein tivesse armas de destruição em massa e
nunca estranharam que os sequestradores daqueles aviões que derrubaram as torres,
no onze do nove, não se interessassem pelas aulas de aterrissagem nos seus cursos de
aviação. Quer dizer, que garantia nós temos que não se enganarão de novo, e verão
ameaças à segurança americana nas nossas comunicações mais inocentes? Um simples
telefonema entre namorados (“desliga você”, “não, desliga você”) pode ser
interpretado como parte de um plano para sabotar centrais elétricas. Um pedido para
troca de bujão de gás, uma evidente referência cifrada à explosão da Casa Branca. O
fato é que tenho tentado recapitular todos os meus telefonemas e e-mails nos últimos
anos, com medo de que um deles, mal interpretado, acabe provocando minha
aniquilação por um drone.
Ou então me vejo chegando aos Estados Unidos, sendo barrado por um agente
da imigração e levado para uma sala sem janelas, onde sou cercado por outros
agentes, provavelmente da CIA, que me pedem explicações sobre um telefonema,
obviamente em código, que fiz antes de viajar. Reconheço minha voz na gravação.
Avaliação
23
- O que quer dizer “à calabresa”, Mr. Verissimo? – pergunta um dos agentes.
Estou confuso. Não consigo pensar. Calabresa, calabresa…
- Alguma referência à máfia? Uma ligação da organização terrorista à qual o
senhor evidentemente pertence, como a camorra, visando a um atentado aqui nos
Estados Unidos? O senhor veio se encontrar com a máfia americana para acertar os
detalhes do complô. É isso, Mr. Verissimo?
- Não, não. Eu…
- Notamos que, mais de uma vez na gravação, o senhor diz “sem orégano, sem
orégano”. Deduzimos que há uma divergência dentro do complô entre vocês e a máfia,
uns a favor de se usar “orégano” no atentado, outros contra. O que, exatamente,
significa “orégano”?
Finalmente, me dou conta.
- Orégano significa orégano. Eu estava pedindo uma…
- Por favor, não faça pouco da nossa inteligência, Mr.Verissimo. Não gastamos
milhões de dólares para ouvir que orégano significa orégano.
Fonte: http://contobrasileiro.com.br/?p=1540#more-1540
1. Sobre a crônica o que significa orégano, marque verdadeiro ou falso:
( ) A crônica é narrada por um agente americano.
( ) É uma crônica lírica.
( ) O narrador é personagem.
( ) O espaço em que se desenvolve a história é no Brasil.
( ) A crônica se passa há muitos anos atrás .
( ) O trecho ‘Por favor, não faça pouco da nossa inteligência, Mr.Verissimo’ faz parte
do desfecho da crônica.
( ) Há presença de diálogos.
( ) O narrador é observador.
( ) A crônica é narrada em 1ª pessoa.
( ) O trecho “- Orégano significa orégano. Eu estava pedindo uma…” indica que o
narrador estava tendo ligação com a máfia.
( ) Verissimo não fazia parte de um complô.
24
( ) No trecho ‘Você eu não sei, mas eu estou preocupadíssimo’ o narrador estabelece
proximidade com o leitor.
( ) A intenção do cronista foi levar o leitor à uma reflexão sobre um tema importante
através do humor.
2. A partir do conto abaixo, responda o que se pede:
O primeiro encontro (fragmento)
Sua mão era quente e gordinha. Imóvel na minha mão. Nós dois olhando pra
tela, lendo os diálogos traduzidos do inglês, e enquanto isso havia era um mundo
enorme de ideias passando pela minha cabeça: beijo ou não beijo? Assim de repente?
E se ela brigar? Olho pra ela? Olho pro filme? Abraço ela? Abraço e agarro ela e beijo e
que se lasque se ela não gostar?
– Está gostando do filme? – Marta me perguntou, aproximando o rosto. O seu
hálito veio quente, leve sabor de chiclete.
– É legal, né?
O branco do olho dela tão perto do meu rosto. Puxei seu rosto para perto de
mim, pra ficar apoiado no meu peito. Agora, estávamos abraçados. Sua mão brincou
com um botão na minha camisa. Apertei mais os seus ombros. O filme, que se lascasse
o filme. A gente estava muito mais interessado nessa nossa história. Meu corpo todo
tremia e aquelas ideias cortavam pela minha cabeça, como se fossem gaviões me
perseguindo.
– Ciro... você me diz uma coisa? – de novo, o hálito fresco perto do meu rosto.
– Fala...
– Por que você me convidou para sair? – os dedos dela mexendo na minha
camisa.
Por quê? Ah, eu podia dizer que por nada. Porque ela conversava legal. Porque
eu tinha poucos amigos. Porque nunca tinha saído com uma garota. Porque precisava,
desejava e ansiava por uma namorada. Ou por nada disso: que foi só um convite. Ela
era apenas uma colega de escola, e só isso. (...) Na hora eu pensei todo esse milhão de
25
coisas, mas só pensei. Porque na minha boca estava era outra resposta, e essa sim,
veio sem pensar:
– Porque eu gosto de você.
E o beijo veio fácil, limpo, gostoso.
(In: KUPSTAS, Marcia. Eu te gosto, você me gosta. São Paulo: Scipione, 1993)
a. Quais os personagens dessa narrativa?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
b. Quem está contando essa história? Como esse tipo de narrador é classificado?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
c. Identifique o espaço em que se passa a história?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
d. Quantas vezes os dois personagens estiveram nesse local juntos?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
2. Agora, é a sua vez! Imagine como seria o segundo encontro desse jovem casal e
escreva um pequeno conto a respeito. Pense onde eles se encontrariam, se novos
personagens surgiriam, o que poderia acontecer etc. Use sua criatividade e mãos à
obra!
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
26
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
27
[1] CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Texto e interação: uma
proposta de produção textual a partir de gêneros e projetos. São Paulo: Atual, p. 192-
195, 2000.
[2] KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e escrever: estratégias de
produção textual. São Paulo: Contexto, p. 102-125, 2009.
[3] MARCUSCHI, Luiz Antonio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão.
Parábola Ed., 2009.
Referências
28
COORDENADORES DO PROJETO
Diretoria de Articulação Curricular
Adriana Tavares Maurício Lessa
Coordenação de Áreas do Conhecimento
Bianca Neuberger Leda
Raquel Costa da Silva Nascimento
Fabiano Farias de Souza
Peterson Soares da Silva
Ivete Silva de Oliveira
Marília Silva
PROFESSORES ELABORADORES
Heloisa Macedo Coelho
Ivone da Silva Rebello
Rosa Maria Ferreira Correa
Equipe de Elaboração

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Crônica e Conto

  • 1. Aluno Produção Textual Caderno de Atividades Pedagógicas de Aprendizagem Autorregulada - 02 99ºº AAnnoo || 22°° BBiimmeessttrree Disciplina Curso Bimestre Ano Produção Textual Ensino Fundamental 2° 9º Habilidades Associadas 1. Estabelecer o foco narrativo (narrador), espaço, tempo, personagens e conflito. 2. Contemplar os elementos do enredo: apresentação, complicação, clímax e desfecho. 3. Utilizar discurso direto e indireto.
  • 2. 2 A Secretaria de Estado de Educação elaborou o presente material com o intuito de estimular o envolvimento do estudante com situações concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem colaborativa e construções coletivas entre os próprios estudantes e respectivos tutores – docentes preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado. A proposta de desenvolver atividades pedagógicas de aprendizagem autorregulada é mais uma estratégia pedagógica para se contribuir para a formação de cidadãos do século XXI, capazes de explorar suas competências cognitivas e não cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma autônoma, por meio dos diversos recursos bibliográficos e tecnológicos, de modo a encontrar soluções para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional. Estas atividades pedagógicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das habilidades e competências nucleares previstas no currículo mínimo, por meio de atividades roteirizadas. Nesse contexto, o tutor será visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem é efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem. Destarte, as atividades pedagógicas pautadas no princípio da autorregulação objetivam, também, equipar os alunos, ajudá-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-o a tomar consciência dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em prática. Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observação e autoanálise, ele passa ater maior domínio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno já domina, será possível contribuir para o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as ferramentas da autorregulação. Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princípio da autorregulação, contribui-se para o desenvolvimento de habilidades e competências fundamentais para o aprender-a-aprender, o aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser. A elaboração destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulação Curricular, da Superintendência Pedagógica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede estadual. Este documento encontra-se disponível em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br, a fim de que os professores de nossa rede também possam utilizá-lo como contribuição e complementação às suas aulas. Estamos à disposição através do e-mail curriculominimo@educacao.rj.gov.br para quaisquer esclarecimentos necessários e críticas construtivas que contribuam com a elaboração deste material. Secretaria de Estado de Educação Apresentação
  • 3. 3 Caro aluno, Neste caderno, você encontrará atividades diretamente relacionadas a algumas habilidades e competências do 2° Bimestre do Currículo Mínimo de Produção Textual da 9º Ano do Ensino Fundamental. Estas atividades correspondem aos estudos durante o período de um mês. A nossa proposta é que você, Aluno, desenvolva estas Atividades de forma autônoma, com o suporte pedagógico eventual de um professor, que mediará as trocas de conhecimentos, reflexões, dúvidas e questionamentos que venham a surgir no percurso. Esta é uma ótima oportunidade para você desenvolver a disciplina e independência indispensáveis ao sucesso na vida pessoal e profissional no mundo do conhecimento do século XXI. Neste Caderno de Atividades vamos conhecer contos e crônicas. Aprenderemos a reconhecer o narrador, personagens, conflitos, o espaço e tempo em que os textos se passam. Vamos aprender também a produzir esses tipos de texto. Este documento apresenta 03 (três) aulas. As aulas podem ser compostas por uma explicação base, para que você seja capaz de compreender as principais ideias relacionadas às habilidades e competências principais do bimestre em questão, e atividades respectivas. Leia o texto e, em seguida, resolva as Atividades propostas. As Atividades são referentes a dois tempos de aulas. Para reforçar a aprendizagem, propõe-se, ainda, uma avaliação sobre o assunto. Um abraço e bom trabalho! Equipe de Elaboração
  • 4. 4 Introdução ............................................................................................... 03 Aula 01: Fazendo crônica.......................................................................... Aula 02: Quem conta um conto................................................................ Aula 03: Contando e refletindo................................................................ Avaliação: ............................................................................................ Referências .............................................................................................. 05 12 17 22 27 Sumário
  • 5. 5 A crônica, em geral, é uma pequena narrativa publicada em jornais e revistas e na qual o cronista demonstra a visão que tem de seu tempo. A própria palavra crônica é formada pelo radical grego cronos que significa tempo. O cronista geralmente parte de fatos cotidianos para fazer uma reflexão e, dependendo do tema escolhido e da intenção do escritor, a crônica pode ter características variadas. Vejamos alguns tipos de crônica: Crônica reflexiva – se baseia num fato especifico para fazer uma reflexão mais aprofundada: O PLEBISCITO 09 de julho de 2013 | 2h 07 Pai, o que é plebiscito? - assim perguntava o menino, no conto de Artur Azevedo, em 1890. O mesmo aconteceu comigo. Estava na sala e de repente meu filho levanta a cabeça e pergunta: - Pai, o que é plebiscito? Eu fechei os olhos imediatamente para fingir que dormia. O menino insiste: - Papai? O que é? Não tenho remédio senão abrir os olhos. -Ora essa, rapaz, tens treze anos e não sabes ainda o que é plebiscito? - Se soubesse, não perguntava. - Plebiscito, meu filho, é quando o governo pergunta ao povo o que ele acha de determinado assunto importante para o país. Voltou à tona depois que houve as manifestações de rua, com mais de um milhão de pessoas protestando contra o caos brasileiro. - Que pergunta é importante para o Brasil? - São muitas perguntas meu filho... (...) ARNALDO JABOR - O Estado de S. Paulo Fonte:http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-plebiscito-,1051557,0.htm Aula 1: Fazendo crônica
  • 6. 6 Cônica humorística - expressa uma visão cômica ou irônica dos fatos: MINHAS FÉRIAS Eu, minha mãe, meu pai, minha irmã (Su) e meu cachorro (Dogman) fomos fazer camping. Meu pai decidiu fazer camping este ano porque disse que estava na hora de a gente conhecer a natureza de perto, já que eu, a minha irmã (Su) e o meu cachorro (Dogman) nascemos em apartamento, e, até cinco anos de idade, sempre que via um passarinho numa árvore, eu gritava “aquele fugiu!” e corria para avisar um guarda; mas eu acho que meu pai decidiu fazer camping depois que viu os preços dos hotéis, apesar da minha mãe avisar que, na primeira vez que aparecesse uma cobra, ela voltaria para casa correndo, e minha irmã (Su) insistir em levar o toca-disco e toda a coleção de discos dela, mesmo o meu pai dizendo que aonde nós íamos não teria corrente elétrica, o que deixou minha irmã (Su) muito irritada, porque, se não tinha corrente elétrica, como ela ia usar o secador de cabelo? Mas eu e o meu cachorro (Dogman) gostamos porque o meu pai disse que nós íamos pescar, e cozinhar nós mesmos o peixe pescado no fogo, e comer o peixe com as mãos, e se há uma coisa que eu gosto é confusão. Foi muito engraçado o dia em que minha mãe abriu a porta do carro bem devagar, espiando embaixo do banco com cuidado e perguntando “será que não tem cobra?”, e o meu pai perdeu a paciência e disse “entra no carro e vamos embora”, porque nós ainda nem tínhamos saído da garagem do edifício. (...) LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO Fonte: Veríssimo, Luis Fernando. O Santinho. Rio de Janeiro. Objetiva
  • 7. 7 Crônica lírica - expressa as emoções do cronista, seu estado de espírito: EXISTÊNCIA ÚNICA Afague tua doce solidão. Não tenhas medo deste eco quando gritas no escuro. Se está só, então, não está só. Tua companhia é a melhor companhia. Pegue o próximo trem que te levará para lugares onde nunca esteve. Solte o ar que te mantém aprisionada. Levite ao dançar. Convide o mar. Livre-se destes paradigmas, desta mania de sempre acreditar no tolo e ingênuo coração. Aprenda amar teu brilho, tua existência única. Vá além. Um passo a mais. Vá tão longe a ponto de perguntar se será capaz de encontrar o caminho de volta pra casa. Aprenda a dizer não. Aprenda a sorrir além. Aprenda a confiar em mim. JULIANO MARTINZ Fonte: http://corrosiva.com.br/textos-pequenos/existencia-unica/ Ao ler as crônicas, podemos notar que, mesmo fazendo abordagens diferentes sobre os temas, elas possuem características em comum. A crônica, geralmente, estabelece um diálogo com o leitor, usa linguagem informal, baseia-se em fatos cotidianos, aproxima-se do jornalismo ou da literatura e contém crítica, humor, ironia, lirismo ou reflexão. Uma diferença que podemos ver entre os trechos de crônicas acima é que, na crônica reflexiva, predomina a argumentação, na humorística predomina a narração e na lírica, a presença de linguagem figurada. O narrador (quem conta a história) pode ser: Observador - que conta a história, geralmente, em 3ª pessoa, como alguém que observa de fora, sem participar dos acontecimentos; Personagem – Que participa da história como personagem e, por isso, narra em 1ª pessoa; Onisciente – conhece tudo sobre os pensamentos e sentimentos dos personagens.
  • 8. 8 1. Olhando para os três trechos de crônicas apresentados na explicação, responda: a. Quais crônicas foram narradas em 1ª pessoa? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ b. Retire um trecho da crônica O Plebiscito que comprove que o narrador é do tipo narrador personagem. _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 2. Como vimos, as crônicas sempre partem de um fato cotidiano. A notícia, a seguir, serviu de base para a criação de uma divertida crônica de Moacyr Scliar. Veja: Consumidora encontra lesma em lanche A leitora Alessandra Alves Castro diz que, no dia 26 de novembro, foi ao McDonald's do Shopping Ibirapuera e pediu o lanche McChicken. Ao comê-lo, viu uma lesma de três centímetros na alface. "Fiquei horrorizada, com muito nojo", afirma. Segundo ela, o gerente chegou a dizer que não era uma lesma, e sim um vestígio de óleo queimado. "Pedi que olhasse direito, pois estava evidente que aquilo era um bicho. Depois disse que era apenas uma lesma de alface", reclama. RESPOSTA - O McDonald's se desculpou pelos transtornos e informou que se trata de um caso isolado. A assessoria disse que reforçou os procedimentos com o fornecedor. Segundo o restaurante, as alfaces utilizadas são cultivadas e processadas dentro dos mais rigorosos padrões. (Folha de S.Paulo, em 01 de janeiro de 2001) Atividade 1
  • 9. 9 Agora, veja a crônica criada por Moacyr Scliar a partir dessa curiosa notícia. Sonho de lesma Ela nasceu lesma, vivia no meio de lesmas, mas não estava satisfeita com sua condição. Não passamos de criaturas desprezadas, queixava-se. Só somos conhecidas por nossa lentidão. O rastro que deixaremos na História será tão desprezível quanto a gosma que marca nossa passagem pelos pavimentos. A esta frustração correspondia um sonho: a lesma queria ser como aquele parente distante, o escargot. O simples nome já a deixava fascinada: um termo francês, elegante, sofisticado, um termo que as pessoas pronunciavam com respeito e até com admiração. Mas, lembravam as outras lesmas, os escargots são comidos, enquanto nós pelo menos temos chance de sobreviver. Este argumento não convencia a insatisfeita lesma, ao contrário: preferiria exatamente terminar sua vida desta maneira, numa mesa de toalha adamascada, entre talheres de prata e cálices de cristal. Assim como o mar é o único túmulo digno de um almirante batavo, respondia, a travessa de porcelana é a única lápide digna dos meus sonhos. Assim pensando, resolveu sacrificar a vida por seu ideal. Para isso, traçou um plano: tinha de dar um jeito de acabar em uma cozinha refinada. O que não seria tão difícil. Perto dali havia uma horta onde eram cultivadas alfaces: belas e selecionadas alfaces, de folhas muito crespas. Alfaces destinadas a gourmets, sem dúvida. Uma dessas alfaces, raciocinou a lesma, me levará ao destino que almejo. Foi até a horta, à doida velocidade de meio quilômetro por hora, e ocultou-se no vegetal. Que, de fato, foi colhido naquele mesmo dia e levado para ser consumido. Infelizmente, porém, a alface não fazia parte de um prato francês, mas sim de um popular e globalizado lanche. Quando a consumidora foi comê-lo constatou, horrorizada, a presença da lesma. Chamado, o gerente a princípio negou a evidência: disse que aquilo era um vestígio de óleo queimado. O que deixou a lesma indignada: eu não sou óleo queimado, bradava, eu sou uma criatura, e uma criatura com um sonho, respeitem meu sonho ou será que, para vocês, nada mais é sagrado, só o direito do consumidor?
  • 10. 10 Ninguém a ouviu, claro. Foi ignominiosamente jogada no lixo, junto com suas ilusões de grandeza. E assim descobriu que, quem nasceu para lesma nunca chega a escargot, mesmo viajando de carona em certas alfaces, principalmente viajando de carona em certas alfaces. (Scliar, Moacyr. Sonho de lesma. In: Cotidiano, Folha de S. Paulo, 08 de janeiro de 2001). a. Que fato do cotidiano inspirou a construção da crônica? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ b. Na crônica, foi adotada a perspectiva da lesma, ou seja, a história é contada a partir do ponto de vista dela. Isso é feito com o narrador em 1ª ou 3ª pessoa? Comprove sua resposta com um fragmento do texto. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ c. Em que espaço e tempo ocorre a narrativa da crônica? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ d. Dentre os tipos de crônica que vimos na aula de hoje, em qual se enquadra a crônica “Sonho de lesma”? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 3. Agora, é a sua vez! A partir da mesma notícia que inspirou a crônica “Sonho de lesma”, crie você a sua própria crônica. Dessa vez, porém, não explore o humor, mas produza um texto mais lírico. Para isso, busque destacar os sentimentos dos personagens, insira assuntos como saudade, emoção etc. Não se esqueça do título. Mãos à obra!
  • 11. 11 _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________
  • 12. 12 Caro aluno, já ouviu o ditado que diz que quem conta um conto aumenta um ponto? Esse ditado vem do tempo em que os contos eram transmitidos oralmente como os contos de fadas e que ao longo do tempo foram sendo modificados, pois cada pessoa que o recontava mudava um pouco a história. O conto é um tipo de narrativa curta, no qual a ação é o mais importante e por isso a caracterização das personagens, do espaço e do tempo é restrita. A intenção do conto é emocionar, levar você a refletir sobre o comportamento humano. O conto pode ser publicado em jornais, revistas, sites, blogs e livros. Existem variados tipos de contos: de fadas, de terror, fantásticos, etc. Vejamos: CARACTERÍSTICAS DOS CONTOS Narração em 1ª ou 3ª pessoa; Predomínio do tempo cronológico; Linguagem concisa (objetiva ou poética); Poucos personagens; Construção pouco detalhada dos personagens; Um conflito apenas; Tempo e espaço reduzidos; Presença ou não de diálogos. Existem duas formas temporais de se narrar um conto. O conto pode seguir um tempo cronológico (ordem linear dos fatos) ou um tempo psicológico (não linear, ordenado segundo o pensamento do narrador). O enredo na maioria das vezes possui quatro elementos que são: 1. Apresentação inicial – situação de equilíbrio em que são apresentados o espaço e tempo em que a história vai ocorrer e os personagens. Aula 2: Quem conta um conto...
  • 13. 13 2. Complicação – parte onde se inicia a ação de conflito com o surgimento de um problema. É quando algum personagem age para mudar a situação anterior. 3. Clímax- ponto crítico da história, mais emocionante ou de maior suspense. 4. Desfecho- é o final da história. Conseguimos identificar mais facilmente os elementos do enredo aplicando-os ao exemplo do conto O Pequeno Polegar, de Charles Perrault. ELEMENTOS DO ENREDO CONTO O PEQUENO POLEGAR Apresentação Um pobre lenhador tinha sete filhos e o caçula era tão pequenino que o chamavam Pequeno Polegar. Mas, apesar do tamanho, era um menino muito esperto. Como a Europa passava por um período de muita fome, o pai decidiu abandonar os filhos na floresta. Depois de muito andar, as crianças avistaram um lindo castelo e para lá se dirigiram em busca de abrigo e alimento. Complicação Um ogro malvado, que ali residia, resolveu que iria devorá-los. Mas Polegar, percebendo a intenção do malvado, durante a noite, trocou o seu chapéu e os chapéus dos irmãos pelas coroas das filhas do ogro, que as devorou pensando que fossem os rapazes. Clímax Eles tiveram, então, que fugir do castelo. O Pequeno Polegar calçou as botas encantadas do ogro enquanto ele dormia e, assim, ajudou os irmãos a voltarem para casa, com o auxílio das botas de sete- léguas. Desfecho Polegar trabalhou para um rei, conseguiu muito dinheiro e pode finalmente voltar para sua casa e nunca mais passaram fome. Fonte:http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=O_Pequeno_Polegar&oldid=34825305 É muito comum conhecermos contos como o do Pequeno Polegar, Cinderela ou o da Branca de Neve, pois temos contato com essas narrativas desde a infância. Há,
  • 14. 14 porém, outros tipos de contos mais modernos, voltados para o público jovem e adulto. Vamos ver os temas principais dos contos: Conto Fantástico ou de fadas Apresenta acontecimentos mágicos ou sobrenaturais que causam estranhamento ao leitor. Há presença do real e do fantástico ou de elementos mágicos, mas o leitor nunca perde a noção do real. Conto de Terror Apresenta uma narrativa próxima da realidade (verossímil) e se passa numa atmosfera de terror, tensão, medo e suspense. O final pode ser surpreendente, atemorizador ou inesperado. Conto de humor Apresenta situações imprevisíveis e inusitadas, personagens engraçados. É comum o uso de piadas, ironias e trocadilhos e pretende provocar o riso no leitor. 1. Leia com atenção o conto e responda: As flores da morte Conta-se que uma moça estava muito doente e teve que ser internada em um hospital. Desenganada pelos médicos, a família não queria que a moça soubesse que iria morrer. Todos seus amigos já sabiam. Menos ela. Para todo mundo que ela perguntava se ia morrer, a informação era negada. Depois de muito receber visitas, ela pediu durante uma oração que lhe enviassem flores. Queria rosas brancas se fosse voltar para casa, rosas amarelas se fosse ficar mais um tempo no hospital e estivesse em estado grave, e rosas vermelhas se estivesse próxima sua morte. Certa hora, bate à porta de seu quarto uma mulher e entrega à mãe da moça um maço de rosas vermelhas murchas e sem vida. A mulher se identifica como "mãe Atividade 2
  • 15. 15 da Berenice". Nesse meio tempo, a moça que estava dormindo acordou, e a mãe avisou pra ela que a mulher havia deixado o buquê de rosas, sem saber do pedido que a filha havia feito em oração. Ela ficou com uma cara de espanto quando foi informada pela mãe que quem havia trazido as rosas era a mãe da Berenice. A única coisa que a moça conseguiu responder era que a mãe da Berenice estava morta há 10 anos. A moça morreu naquela mesma noite. No hospital ninguém viu a tal mulher entrando ou saindo. Fonte:http://www.sobrenatural.org/conto/detalhar/11732/10_contos_de_terror/ a. Quem são os personagens do conto? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ b. Qual o conflito presente? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ c. Em que parágrafo vemos o clímax da história? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ d. Esse conto é de que tipo? De humor, de fadas ou de terror? Justifique! _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ e. O desfecho foi o que você esperava? Por quê? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________
  • 16. 16 f. Quais suas impressões sobre a história? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ g. No 2º parágrafo do conto, aparece justamente a complicação da história. Explique com suas palavras o que se complica na história e se o desfecho foi positivo ou negativo. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________
  • 17. 17 Caro aluno, agora que já conhecemos os gêneros textuais crônicas e contos, surge uma dúvida: quais as diferenças entre esses gêneros tão parecidos? O conto é ficcional e pode trazer elementos mágicos e sobrenaturais. Ele não é como a crônica, que narra fatos do cotidiano, como episódios políticos, atualidades ou costumes. A crônica ainda é resultante de uma visão particular do cronista sobre um fato e escrito em linguagem coloquial para se aproximar do leitor. O conto, por sua vez, é uma narrativa imaginada por seu autor e tem um só conflito, sendo uma história fechada. Nele, as ações podem se desenrolar num tempo maior como dias, meses e anos, enquanto, na crônica, é apresentado um breve momento do cotidiano. No conto, as personagens são amplamente caracterizadas, fisica e psicologicamente. Já na crônica, não há espaço para tanto detalhamento. O desfecho do conto é geralmente a resolução de um conflito e, na crônica, muitas vezes, o desfecho fica para a imaginação do leitor, para que ele mesmo tire suas conclusões sobre os fatos. Observe as diferenças entre os contos da aula 2 e a crônica de Luis Fernando Veríssimo, que fala sobre como o casamento mudou com o passar do tempo: CASAMENTO, POR LUIS FERNANDO VERÍSSIMO (...) No momento em que Deus perguntou se alguém no Paraíso sabia de alguma razão para que aquele casamento não se realizasse, ninguém se manifestou, mesmo porque não havia mais ninguém. A cerimônia foi simples e rápida apesar de alguns problemas — Adão não tinha onde carregar as alianças, por exemplo — e Adão e Eva ficaram casados por 930 anos. E isso, porque, na época, ainda não existiam os antibióticos. Mais tarde, instituiu-se o dote. Ou seja, as mulheres, como caixas de cereais, passaram a vir com brindes. O pai da noiva oferecia, digamos, dez cântaros de azeite e dois camelos ao noivo e ainda dizia: Aula 3: Contando e refletindo
  • 18. 18 — Pode examinar os dentes. — Deixa ver... — Da noiva não, dos camelos! Houve uma época em que os pais se encarregavam de casar os filhos sem que eles soubessem. (...) Mais tarde, veio a era do Bom Partido. As moças não eram mais negociadas, grosseiramente, com maridos que podiam garantir seu futuro. Eram condicionadas a escolher o Bom Partido. Podiam namorar quem quisessem, mas na hora de casar... — Vou me casar com o Cascão. — O quê?! — Nós nos amamos desde pequenos. — O que que o Cascão faz? — Jornalismo. — Argk! A era do Bom Partido acabou quando a mulher ganhou sua independência. Paradoxalmente, foi só quando abandonou a velha ideia romântica do ser frágil e sonhador que a mulher pôde realizar o ideal romântico do casamento por amor, inclusive com o Cascão. Só havendo o risco de o Cascão preferir casar com o Rogério. Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2013/06/13/casamento-por-luis-fernando-verissimo- 499889.asp Como já foi dito, quem conta um conto aumenta um ponto! Chegou a sua vez de contar seu conto. Responda primeiro ao nosso plano de produção e observe que, para ajudá-lo, a pergunta (b.) já foi respondida. Partindo dos personagens e do planejamento abaixo, escreva sua história. Vamos lá. Dê asas a sua imaginação! Atividade 3
  • 19. 19 Fonte: acervo pessoal de uma das elaboradoras do material. a. O narrador será observador ou personagem? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ b. Quais serão os personagens? Essa resposta é fácil: bruxa má, Wolverine e Bob Esponja. c. Que características possuem os personagens? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ d. Em que local e tempo se passará a história? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ e. Haverá diálogos entre os personagens? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________
  • 20. 20 f. Qual será o conflito? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ g. Qual será o desfecho? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ h. De que tipo será o seu conto? De terror, de fadas ou outro? Especifique. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ i. Produção do Conto _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________
  • 22. 22 Aprendemos sobre contos e crônicas, suas características e os elementos de que são compostas. Leia, a seguir, a crônica de Luís Fernando Veríssimo sobre um tema muito atual e amplamente divulgado nos meios de comunicação: a espionagem americana no Brasil. O QUE SIGNIFICA ORÉGANO LUIS FERNANDO VERÍSSIMO Você eu não sei, mas eu estou preocupadíssimo com a revelação de que os americanos têm monitorado tudo que é dito e escrito no Brasil nos últimos anos. Ouvem nossos telefonemas, leem nossos e-mails e, provavelmente, examinem o nosso lixo, atrás de indícios da nossa periculosidade. O que me preocupa é que essa informação, depois de coletada e classificada, é analisada talvez pelas mesmas pessoas que nunca duvidaram que o Saddam Hussein tivesse armas de destruição em massa e nunca estranharam que os sequestradores daqueles aviões que derrubaram as torres, no onze do nove, não se interessassem pelas aulas de aterrissagem nos seus cursos de aviação. Quer dizer, que garantia nós temos que não se enganarão de novo, e verão ameaças à segurança americana nas nossas comunicações mais inocentes? Um simples telefonema entre namorados (“desliga você”, “não, desliga você”) pode ser interpretado como parte de um plano para sabotar centrais elétricas. Um pedido para troca de bujão de gás, uma evidente referência cifrada à explosão da Casa Branca. O fato é que tenho tentado recapitular todos os meus telefonemas e e-mails nos últimos anos, com medo de que um deles, mal interpretado, acabe provocando minha aniquilação por um drone. Ou então me vejo chegando aos Estados Unidos, sendo barrado por um agente da imigração e levado para uma sala sem janelas, onde sou cercado por outros agentes, provavelmente da CIA, que me pedem explicações sobre um telefonema, obviamente em código, que fiz antes de viajar. Reconheço minha voz na gravação. Avaliação
  • 23. 23 - O que quer dizer “à calabresa”, Mr. Verissimo? – pergunta um dos agentes. Estou confuso. Não consigo pensar. Calabresa, calabresa… - Alguma referência à máfia? Uma ligação da organização terrorista à qual o senhor evidentemente pertence, como a camorra, visando a um atentado aqui nos Estados Unidos? O senhor veio se encontrar com a máfia americana para acertar os detalhes do complô. É isso, Mr. Verissimo? - Não, não. Eu… - Notamos que, mais de uma vez na gravação, o senhor diz “sem orégano, sem orégano”. Deduzimos que há uma divergência dentro do complô entre vocês e a máfia, uns a favor de se usar “orégano” no atentado, outros contra. O que, exatamente, significa “orégano”? Finalmente, me dou conta. - Orégano significa orégano. Eu estava pedindo uma… - Por favor, não faça pouco da nossa inteligência, Mr.Verissimo. Não gastamos milhões de dólares para ouvir que orégano significa orégano. Fonte: http://contobrasileiro.com.br/?p=1540#more-1540 1. Sobre a crônica o que significa orégano, marque verdadeiro ou falso: ( ) A crônica é narrada por um agente americano. ( ) É uma crônica lírica. ( ) O narrador é personagem. ( ) O espaço em que se desenvolve a história é no Brasil. ( ) A crônica se passa há muitos anos atrás . ( ) O trecho ‘Por favor, não faça pouco da nossa inteligência, Mr.Verissimo’ faz parte do desfecho da crônica. ( ) Há presença de diálogos. ( ) O narrador é observador. ( ) A crônica é narrada em 1ª pessoa. ( ) O trecho “- Orégano significa orégano. Eu estava pedindo uma…” indica que o narrador estava tendo ligação com a máfia. ( ) Verissimo não fazia parte de um complô.
  • 24. 24 ( ) No trecho ‘Você eu não sei, mas eu estou preocupadíssimo’ o narrador estabelece proximidade com o leitor. ( ) A intenção do cronista foi levar o leitor à uma reflexão sobre um tema importante através do humor. 2. A partir do conto abaixo, responda o que se pede: O primeiro encontro (fragmento) Sua mão era quente e gordinha. Imóvel na minha mão. Nós dois olhando pra tela, lendo os diálogos traduzidos do inglês, e enquanto isso havia era um mundo enorme de ideias passando pela minha cabeça: beijo ou não beijo? Assim de repente? E se ela brigar? Olho pra ela? Olho pro filme? Abraço ela? Abraço e agarro ela e beijo e que se lasque se ela não gostar? – Está gostando do filme? – Marta me perguntou, aproximando o rosto. O seu hálito veio quente, leve sabor de chiclete. – É legal, né? O branco do olho dela tão perto do meu rosto. Puxei seu rosto para perto de mim, pra ficar apoiado no meu peito. Agora, estávamos abraçados. Sua mão brincou com um botão na minha camisa. Apertei mais os seus ombros. O filme, que se lascasse o filme. A gente estava muito mais interessado nessa nossa história. Meu corpo todo tremia e aquelas ideias cortavam pela minha cabeça, como se fossem gaviões me perseguindo. – Ciro... você me diz uma coisa? – de novo, o hálito fresco perto do meu rosto. – Fala... – Por que você me convidou para sair? – os dedos dela mexendo na minha camisa. Por quê? Ah, eu podia dizer que por nada. Porque ela conversava legal. Porque eu tinha poucos amigos. Porque nunca tinha saído com uma garota. Porque precisava, desejava e ansiava por uma namorada. Ou por nada disso: que foi só um convite. Ela era apenas uma colega de escola, e só isso. (...) Na hora eu pensei todo esse milhão de
  • 25. 25 coisas, mas só pensei. Porque na minha boca estava era outra resposta, e essa sim, veio sem pensar: – Porque eu gosto de você. E o beijo veio fácil, limpo, gostoso. (In: KUPSTAS, Marcia. Eu te gosto, você me gosta. São Paulo: Scipione, 1993) a. Quais os personagens dessa narrativa? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ b. Quem está contando essa história? Como esse tipo de narrador é classificado? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ c. Identifique o espaço em que se passa a história? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ d. Quantas vezes os dois personagens estiveram nesse local juntos? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 2. Agora, é a sua vez! Imagine como seria o segundo encontro desse jovem casal e escreva um pequeno conto a respeito. Pense onde eles se encontrariam, se novos personagens surgiriam, o que poderia acontecer etc. Use sua criatividade e mãos à obra! _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________
  • 27. 27 [1] CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Texto e interação: uma proposta de produção textual a partir de gêneros e projetos. São Paulo: Atual, p. 192- 195, 2000. [2] KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, p. 102-125, 2009. [3] MARCUSCHI, Luiz Antonio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. Parábola Ed., 2009. Referências
  • 28. 28 COORDENADORES DO PROJETO Diretoria de Articulação Curricular Adriana Tavares Maurício Lessa Coordenação de Áreas do Conhecimento Bianca Neuberger Leda Raquel Costa da Silva Nascimento Fabiano Farias de Souza Peterson Soares da Silva Ivete Silva de Oliveira Marília Silva PROFESSORES ELABORADORES Heloisa Macedo Coelho Ivone da Silva Rebello Rosa Maria Ferreira Correa Equipe de Elaboração