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Identidades Masculinas e Femininas: compreendendo os espaços
ocupados pela dança na escola
Alexandra de Castilhos Moojen (UERGS)
Orientadora Profª Dra. Cristina Rolim Wolffenbüttel (UERGS)
INTRODUÇÃO
Esta pesquisa encontra-se em fase inicial, contando com bolsa do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação
Docência (PIBID/CAPES/UERGS) e faz parte das investigações empreendidas pelo Grupo de Pesquisa “Arte:
Criação, Interdisciplinaridade e Educação”, da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, na Unidade de
Montenegro (CNPq/UERGS).Identificando a escola como espaço de formação cidadã dos/as alunos/as, é que
se deseja compreender de que forma a escola contribui para a formação da identidade feminina e masculina
destes sujeitos, além de identificar qual o lugar da dança dentro da escola e qual a sua contribuição para o
desenvolvimento não só artístico, mas também social e humano dos/as estudantes. Assim, estão sendo
observadas turmas da 7ª e 8ª séries nas aulas de artes e educação física, sendo analisados os
comportamentos dos meninos e meninas individual e coletivamente, bem como as formas como estes se
relacionam e realizam as atividades escolares.
REFERENCIAL TEÓRICO
Faria (2000), Chacham e Maia (2004), Castro e Abramovay (2004) reconhecem que o gênero é um produto
socialmente construído, e não consequência do sexo anatômico de homens e mulheres. A partir desta
construção existe na sociedade uma profunda desigualdade no acesso a direitos e recursos materiais, sendo
as mulheres visivelmente desfavorecidas. Por tanto, compreende-se aqui, que esta desigualdade estende-se
às escolas, identificando-as como integrantes e reprodutoras da realidade vivida fora de seus muros. Marques
(2010) trata do papel da dança no desenvolvimento integral dos estudantes, embasando o ensino na dança no
tripé arte-ensino-sociedade. Ressaltando as tessituras múltiplas e abertas aos saberes específicos
relacionados aos saberes e vivências dos atores sociais da escola.
Grupo de Pesquisa “Arte: criação, interdisciplinaridade e
educação” (CNPq/UERGS
OBJETIVOS
•Analisar as relações estabelecidas entre meninos e
meninas dentro da escola, a partir da dança.
•Identificar as formas como a escola contribui para a
formação da identidade masculina e feminina.
•Identificar os padrões sexistas reproduzidos no
ambiente escolar.
•Sistematizar as relações estabelecidas entre
meninos e meninas com o próprio corpo e o corpo
do outro.
METODOLOGIA
Abordagem qualitativa, método a observação
participativa. A técnica para a coleta dos dados é a
organização de um caderno de campo, no qual
estão sendo anotadas informações do cotidiano
escolar e, a partir das quais serão elaboradas as
posteriores análises. O lócus é uma escola pública
estadual, cujo nome é Colégio Estadual A. J.
Renner.
RESULTADOS PRELIMINARES/CONCLUSÕES
A partir da análise das primeiras observações, à luz
da literatura de gênero, já foi possível identificar que,
em diversas atividades, a escola reproduz a divisão
sexual do trabalho existente na sociedade. Percebe-
se que o despertar da sexualidade das meninas é
tratado diferentemente do despertar da sexualidade
dos meninos. Para as meninas ainda se exige um
comportamento passivo e recatado. Aos meninos é
aceita e incentivada uma postura ativa sexualmente,
sem julgamento quanto às roupas usadas e as suas
consequências perante os demais estudantes.
REFERÊNCIAS
CASTRO, Mary Garcia; ABRAMOVAY, Miriam. Marcas de
gênero na Escola: sexualidade, violência e discriminação –
representação de alunos e professores. In GODINHO, Tatau;
SILVEIRA, Maria Lúcia da. Educar para a igualdade: Gênero e
Educação Escolar. São Paulo: Coordenadoria Especial da
Mulher. Secretaria Municipal da Mulher, 2004.
CHACHAM, Alessandra S.; MAIA, Mônica B. Corpo e
Sexualidade da Mulher Brasileira. In: VENTURI Gustavo;
RECAMAN, Marisol; OLIVEIRA, Suely de. (Orgs.). A mulher
brasileira nos espaços públicos e privados. São Paulo. Ed.
Fundação Perseu Abramo, 2004.
FARIA (2000), Nalu. Gênero e Políticas Públicas: Uma breve
abordagem das relações de gênero. In.: Feminismo e Luta das
Mulheres: análise e debates. SOF: São Paulo, 2005.
MARQUES, Isabel A. Linguagem da dança: arte e ensino. São
Paulo: Digitexto, 2010.

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Identidades masculinas e femininas, compreendeno os espaços ocupados pela dança na escola

  • 1. Identidades Masculinas e Femininas: compreendendo os espaços ocupados pela dança na escola Alexandra de Castilhos Moojen (UERGS) Orientadora Profª Dra. Cristina Rolim Wolffenbüttel (UERGS) INTRODUÇÃO Esta pesquisa encontra-se em fase inicial, contando com bolsa do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Docência (PIBID/CAPES/UERGS) e faz parte das investigações empreendidas pelo Grupo de Pesquisa “Arte: Criação, Interdisciplinaridade e Educação”, da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, na Unidade de Montenegro (CNPq/UERGS).Identificando a escola como espaço de formação cidadã dos/as alunos/as, é que se deseja compreender de que forma a escola contribui para a formação da identidade feminina e masculina destes sujeitos, além de identificar qual o lugar da dança dentro da escola e qual a sua contribuição para o desenvolvimento não só artístico, mas também social e humano dos/as estudantes. Assim, estão sendo observadas turmas da 7ª e 8ª séries nas aulas de artes e educação física, sendo analisados os comportamentos dos meninos e meninas individual e coletivamente, bem como as formas como estes se relacionam e realizam as atividades escolares. REFERENCIAL TEÓRICO Faria (2000), Chacham e Maia (2004), Castro e Abramovay (2004) reconhecem que o gênero é um produto socialmente construído, e não consequência do sexo anatômico de homens e mulheres. A partir desta construção existe na sociedade uma profunda desigualdade no acesso a direitos e recursos materiais, sendo as mulheres visivelmente desfavorecidas. Por tanto, compreende-se aqui, que esta desigualdade estende-se às escolas, identificando-as como integrantes e reprodutoras da realidade vivida fora de seus muros. Marques (2010) trata do papel da dança no desenvolvimento integral dos estudantes, embasando o ensino na dança no tripé arte-ensino-sociedade. Ressaltando as tessituras múltiplas e abertas aos saberes específicos relacionados aos saberes e vivências dos atores sociais da escola. Grupo de Pesquisa “Arte: criação, interdisciplinaridade e educação” (CNPq/UERGS OBJETIVOS •Analisar as relações estabelecidas entre meninos e meninas dentro da escola, a partir da dança. •Identificar as formas como a escola contribui para a formação da identidade masculina e feminina. •Identificar os padrões sexistas reproduzidos no ambiente escolar. •Sistematizar as relações estabelecidas entre meninos e meninas com o próprio corpo e o corpo do outro. METODOLOGIA Abordagem qualitativa, método a observação participativa. A técnica para a coleta dos dados é a organização de um caderno de campo, no qual estão sendo anotadas informações do cotidiano escolar e, a partir das quais serão elaboradas as posteriores análises. O lócus é uma escola pública estadual, cujo nome é Colégio Estadual A. J. Renner. RESULTADOS PRELIMINARES/CONCLUSÕES A partir da análise das primeiras observações, à luz da literatura de gênero, já foi possível identificar que, em diversas atividades, a escola reproduz a divisão sexual do trabalho existente na sociedade. Percebe- se que o despertar da sexualidade das meninas é tratado diferentemente do despertar da sexualidade dos meninos. Para as meninas ainda se exige um comportamento passivo e recatado. Aos meninos é aceita e incentivada uma postura ativa sexualmente, sem julgamento quanto às roupas usadas e as suas consequências perante os demais estudantes. REFERÊNCIAS CASTRO, Mary Garcia; ABRAMOVAY, Miriam. Marcas de gênero na Escola: sexualidade, violência e discriminação – representação de alunos e professores. In GODINHO, Tatau; SILVEIRA, Maria Lúcia da. Educar para a igualdade: Gênero e Educação Escolar. São Paulo: Coordenadoria Especial da Mulher. Secretaria Municipal da Mulher, 2004. CHACHAM, Alessandra S.; MAIA, Mônica B. Corpo e Sexualidade da Mulher Brasileira. In: VENTURI Gustavo; RECAMAN, Marisol; OLIVEIRA, Suely de. (Orgs.). A mulher brasileira nos espaços públicos e privados. São Paulo. Ed. Fundação Perseu Abramo, 2004. FARIA (2000), Nalu. Gênero e Políticas Públicas: Uma breve abordagem das relações de gênero. In.: Feminismo e Luta das Mulheres: análise e debates. SOF: São Paulo, 2005. MARQUES, Isabel A. Linguagem da dança: arte e ensino. São Paulo: Digitexto, 2010.