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FACULDADE PHÊNIX DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DO
                              BRASIL
   INSTITUTO ARAGUAIA DE PÓS-GRADUAÇÃO PESQUISA
                       E EXTENSÃO - IAPPE




                        Miriã Silva Brito




Saúde, educação e meio ambiente através da merenda escolar na Escola
   Agrícola em Barra do Garças no Estado de Mato Grosso – Brasil




                         Nova Xavantina - MT
                             Julho, 2009.
                                                                       1
FACULDADE PHÊNIX DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DO
                       BRASIL
   INSTITUTO ARAGUAIA DE PÓS-GRADUAÇÃO PESQUISA
                 E EXTENSÃO - IAPPE




SAÚDE, EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE ATRAVÉS DA MERENDA
 ESCOLAR NA ESCOLA AGRÍCOLA EM BARRA DO GARÇAS NO
           ESTADO DE MATO GROSSO – BRASIL




                    Miriã Silva Brito



                  Monografia apresentada à Faculdade Phênix de Ciências
                  Humanas e Sociais do Brasil em parceria com o Instituto
                  Araguaia de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão –
                  IAPPE. Para a obtenção do Título de Especialista em
                  Educação Ambiental, orientada pelo MSc. Perillo José
                  Sabino Nunes.




                   Nova Xavantina - MT
                       Julho, 2009.
                                                                       2
FICHA CATALOGRÁFICA


BRITO, M. S.
Saúde, Educação e Meio Ambiente Através da Merenda Escolar na
Escola Agrícola em Barra Do Garças No Estado De Mato Grosso –
Brasil. Miriã Silva Brito. Nova Xavantina, MT. [s.ed.], 48 p. 2009.

Orientadora: Profª. MSc. Perillo José Sabino Nunes.

Trabalho de Conclusão de Curso de Pós-Graduação em Educação
Ambiental. Instituto Araguaia de Pós-Graduação Pesquisa e Extensão -
IAPPE em parceria com Faculdade Phenix de Ciências Humanas e
Sociais do Brasil.

1. Alimentação saudável. 2. Nutrientes. 3. Educação Ambiental.

I. MANFRINATO, M. H.V.II. Faculdade Phenix de Ciências Humanas
e Sociais do Brasil em parceria com Instituto Araguaia de Pós-
Graduação Pesquisa e Extensão - IAPPE. III. Saúde, Educação e Meio
Ambiente Através da Merenda Escolar na Escola Agrícola em Barra
Do Garças No Estado De Mato Grosso – Brasil. Barra do Garças/MT.

                                                                      3
TERMO DE APROVAÇÃO


FACULDADE PHÊNIX DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DO BRASIL
      INSTITUTO ARAGUAIA DE PÓS – GRADUAÇÃO PESQUISA E
                                EXTENSÃO - IAPPE




                                   Miriã Silva Brito



 SAÚDE, EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE ATRAVÉS DA MERENDA
  ESCOLAR NA ESCOLA AGRÍCOLA EM BARRA DO GARÇAS NO
            ESTADO DE MATO GROSSO – BRASIL




            Monografia apresentada para obtenção do título de Especialista no curso de
Educação Ambiental á Faculdade Phênix de Ciências Humanas e Sociais do Brasil e ao
Instituto Araguaia de Pós-Graduação Pesquisa e Extensão – IAPPE.




                                                 Aprovado em: ____/ ____/ _____



    _____________________________                               __________
   Orientador: Perillo José Sabino Nunes                            Nota



                                 Nova Xavantina - MT
                                       Julho, 2009.
                                                                                    4
Agradecimento

                 Primeiramente a Deus, por mais essa
          conquista em minha vida. E por nunca ter me
          desamparado.
          A minha família, que sempre me deu apoio a
          continuar. E ao Luiz Gustavo, por estar do meu
          lado, sempre.
                 Ao professor Perillo, pela paciência, por
          ter me ajudado com seus conhecimentos,
          contribuindo para o meu crescimento
          profissional e intelectual. E por te me ajudado,
          na hora que eu precisei.
SUMÁRIO
                                                        5
LISTA DE FIGURAS.………………………………………………………………….. v
LISTA DE TABELAS..………………………………………………………………… vi
RESUMO……………………………………………………………………………….. vii
ABSTRACT……………………………………………………………………………. viii

1.0 INTRODUÇÃO.…………………………………………………………………                                                                                            1

2.0 OBJETIVOS                                                                                                                       5
    2.1 – Geral..................................................................................................................   5
    2.2 – Específicos.....…………………………........…………………………............                                                                  5

3.0 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS                                                                                              6
    3.1 – Localização da área de estudo........................................................................... 6
    3.2 – Contextualização da área de estudo................................................................... 7
    3.3 – Metodologia....................................................................................................... 9
    3.4 – Área de estudo................................................................................................... 11

4.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES                                                                                                         12
    4.1 – Da merenda oferecida pela escola.....................................................................                     12
    4.2 – Dos hábitos alimentares dos alunos...................................................................                     17
    4.3 – Da merenda servida na escola, dos hábitos alimentares e da preferência dos
alunos e uma alimentação saudável..................................................................................                 22
    4.4 – Dos resíduos produzidos e seu destino..............................................................                       23

5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 28

6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................                                   30

7.0 ANEXOS                                                                                                                          33
ANEXO I – Declaração....................................................................................................            34
ANEXO II – Modelo do questionário direcionado aos alunos da escola.........................                                         35
ANEXO III – Modelo do questionário direcionado aos pais dos alunos da escola..........                                              37
ANEXO IV – Modelo do questionário direcionado a direção da escola..........................                                         38




LISTA DE FIGURAS
                                                                                                                                         6
Figura 1.0 -    Localização geográfica do Município de Barra do Garças, no Estado de
                Mato Grosso – Brasil..................................................................................               7
Figura 2.0 -    Escola Agropecuária de Ensino Fundamental e Médio Profissionalizante
                Laudelino Sousa Santos “Escola Agrícola” no Município de Barra do                                                    8
                Garças – MT................................................................................................
Figura 3.0 -    Refeitório da Escola Agropecuária de Ensino Fundamental e Médio
                Profissionalizante Laudelino Sousa Santos “Escola Agrícola” no                                                       11
                Município de Barra do Garças – MT...........................................................
Figura 4.0 -    Lanche da manhã servido na escola, no período de
                observação...................................................................................................        13
Figura 5.0 -    Cardápio (galinhada, miúdos de frango e feijão) servido no dia 18/05/09
                na escola Agrícola de Barra do Garças - MT, no período de                                                            14
                observação...................................................................................................
Figura 6.0 -    Lanche da tarde, na escola Agrícola de Barra do Garças - MT, no período
                de observação .............................................................................................          14
Figura 7.0 -    Cardápio (macarrão com salsicha, feijão, arroz com carne e salada)
                servido no dia 19/05/09 na escola Agrícola de Barra do Garças - MT, no                                               15
                período de observação.................................................................................
Figura 8.0 -    Alguns dos ingredientes utilizados para fazer a refeição dos aluno na
                escola Agrícola de Barra do Garças – MT..................................................                            15
Figura 9.0 -    Produção de alimentos (incluindo frutas, verduras, legumes, carne, leite)
                que é consumido pela própria Escola Agrícola de Barra do Garças – MT.                                                16
Figura 10.0 -   Gráfico do perfil dos alunos d o 6ª e 9 ª ano do ensino fundamental
                Escola Agrícola de Barra do Garças – MT, segundo o gênero e faixa                                                    17
                etária............................................................................................................
Figura 11.0 -   Gráfico da resposta à pergunta “Para você, o que significa alimentação?”,
                direcionada a alunos do 6ª e 9 ª ano do ensino fundamental Escola                                                    18
                Agrícola de Barra do Garças – MT.............................................................
Figura 12.0 -   Gráfico da resposta à pergunta “Em sua opinião, o que é uma
                alimentação saudável?”, direcionada a alunos do 6ª e 9 ª ano do ensino                                               19
                fundamental Escola Agrícola de Barra do Garças – MT.............................
Figura 13.0 -   Gráfico da resposta à pergunta “relacionado a qualidade da merenda da
                servida, direcionada                a alunos do 6ª e 9 ª ano do ensino fundamental                                   19
                Escola Agrícola de Barra do Garças – MT.................................................
Figura 14.0 -   Gráfico da resposta à pergunta de sugestões dos alunos para o cardápio
                da escola, direcionada a alunos do 6ª e 9 ª ano do ensino fundamental                                                20
                Escola Agrícola de Barra do Garças – MT..................................................
Figura 15.0 -   Gráfico da resposta à pergunta de sugestões dos alunos para o cardápio
                da escola, direcionada a alunos do 6ª e 9 ª ano do ensino fundamental                                                21
                Escola Agrícola de Barra do Garças – MT..................................................
Figura 16.0 -   Gráfico da resposta à pergunta com opiniões relacionadas a preservação
                do meio ambiente, por parte da escola, direcionada a alunos do 6ª e 9 ª                                              21
                ano do ensino fundamental Escola Agrícola de Barra do Garças – MT......
Figura 17.0 -   Pirâmide alimentar adaptada contendo os alimentos que devem ser
                consumidos visando obter os nutrientes necessários para uma vida                                                     22
                saudável.......................................................................................................
Figura 18.0 -   Seleção de Lixo, distribuídos no interior da Escola Agropecuária de
                                                                                                                                      7
Ensino Fundamental e Médio Profissionalizante Laudelino Sousa Santos                                        23
                “Escola Agrícola”........................................................................................
Figura 19.0 -   Resto de comida produzido diariamente na Escola Agropecuária de
                Ensino Fundamental e Médio Profissionalizante Laudelino Sousa Santos                                        24
                “Escola Agrícola”........................................................................................
Figura 20.0 -   Método de servi a merenda para evitar o desperdício na Escola Agrícola
                de Barra do Garças – MT............................................................................         25
Figura 21.0 -   Resto de comida produzido pelos alunos da Escola Agrícola.....................                              26
Figura 22.0 -   Lixo inorgânico produzido pela Escola Agrícola, para serem levados
                pelo caminhão de lixo da Prefeitura Municipal de Barra do Garças – MT.                                      27
Figura 23.0 -   Viveiro da Escola Agropecuária de Ensino Fundamental e Médio
                Profissionalizante Laudelino Sousa Santos “Escola Agrícola”...................                              27




LISTA DE TABELAS


Tabela 1.0 -    Grupo de alimentos......................................................................................    12




RESUMO
                                                                                                                             8
A nutrição torna-se um fator importante na vida dos alunos, garantindo um maior
aproveitamento no campo dos estudos, afinal, uma alimentação saudável é base fundamental
para a manutenção e melhora da qualidade de vida do indivíduo. A escola garante maior
rendimento em sala de aula, tendo maior participação dos alunos nas atividades. Na Escola
Agropecuária de Ensino Fundamental e Médio Profissionalizante Laudelino Sousa Santos
“Escola Agrícola” no Município de Barra do Garças – MT, que funciona em período integral,
a alimentação saudável desses alunos, torna-se mais séria. E a merenda escolar é um direito
previsto na Constituição Federal, conquistada pelos educandos brasileiros que freqüentam as
escolas publicas em todo o país. Nesse sentido, o estudo objetivou de verificar como Escola
Agrícola de Barra do Garças - MT manipula a merenda escolar nas suas diversas etapas. Bem
como, o tipo de merenda oferecida pelos alunos, a importância dela na vida dos escolares e se
é realizado a Educação Ambiental na escola. Bem como, perceber se a merenda oferecida pela
escola proporciona uma alimentação saudável, verificar, entre os hábitos alimentares dos
alunos, a preferência por determinados alimentos no lanche da escola, averiguar se tais
preferências correspondem a uma alimentação saudável, e analisar o tipo de resíduo gerado
pelos alimentos e seu destino na escola, e se a mesma costuma praticar atos de preservação da
natureza. A metodologia utilizada partiu inicialmente de uma pesquisa bibliográfica seguida
de uma pesquisa de campo, nesta verificou-se durante os dias 18 de maio a 12 de junho de
2009 se o cardápio oferecido pela escola possuía todos os nutrientes necessários para o
desenvolvimento dos alunos, além disso, verificaram-se junto a 20 alunos questionados, quais
eram seus hábitos e preferências alimentares bem como, se os mesmos sabem o que significa
meio ambiente e se a escola faz alguma coisa para preservar a natureza. Os resultados
mostraram uma apreciação dos alunos pela merenda oferecida na escola, também observado
pela pouca quantidade de restos que sobram nos pratos. Mostrando que a escola propicia uma
refeição com vários nutriente capazes de manter uma vida saudável aos alunos. A educação
ambiental foi evidenciada em vários pontos da escola. Principalmente quando observado a
atitude dos alunos. Um comportamento difícil de ser visto, pois eles sabem o valor de cuidar
da natureza, entendem a importância de conservar o meio ambiente e valorizar a merenda
escolar que lhes é oferecida.



Palavras-chave: Alimentação saudável; Nutrientes; Educação Ambiental.




ABSTRACT
                                                                                           9
En el humano, la alimentación es la primera condición para alcanzar una vida saludable y
referente a nutrimento de la escuela es una derecha prevista en la Constitución Federal,
conquistada para los educandos brasileños que frequentam la Educación Infantil y el Ensino
Básico. En esta dirección, el estudio que objectified proporcionar a las pupilas y demasiado
los miembros del enseñan Getúlio Vargas en Cocalinho-TM, una reflexión en la relación sus
hábitos alimenticios, en la calidad alimenticia de alimentos y de las implicaciones cuánto al
tipo de residuos producidos para la conservación del ambiente. La metodología usada dejada
inicialmente de una investigación bibliográfica seguida de una investigación de campo, en
esto verificada durante días 09 los 13 de febrero de 2009 si el cardápio ofrecido de la escuela
possuía todos los alimentos necesarios para el desarrollo de las pupilas, por otra parte, habían
verificado al lado de 32 aprendentes que era sus hábitos y preferencias alimenticios tan bien
como los tipos de dejections producidos para ambos. Los resultados habían demostrado que el
planeamiento del referente cardápio de la escuela, los costumbres y las prioridades
alimenticias de las pupilas necesitan ser repasados, una época que iguales que no lo hacen
unas comtemplaban todas las necesidades de los nutricionais de los aprendentes, alambique,
eran posibles observar la gran cantidad de residuos producidos con la rutina de los dos. El
estudio evidenció que la educación ambiente es un instrumento básico para estimular la
formación de hábitos alimenticios y ambiente saludables, y la escuela es el lugar apropiado
trabajar éste temático.


Palabra-llave: Alimentación saludable; Alimentos; Educación ambiente.




                                                                                             10
1.0 INTRODUÇÃO


     As pessoas estão cada vez mais preocupadas com o que ingerem e qual o seu valor
nutricional, especialmente sua influência sobre o estado de saúde das pessoas. Para que a
alimentação cumpra o seu papel e consiga promover a saúde, é necessário ingerir uma dieta
adequada, equilibrada nutricionalmente, que apresente alimentos variados, possibilitando o
fornecimento de nutrientes e energia para o bom funcionamento do organismo (WALKER;
LEINDHERG citada por RIEKES, 2004).
     Daí acredita–se, que o comportamento alimentar do homem, distingue-se da dos animais
não apenas pela cozinha, mas também pela comensalidade e pela função social das refeições
(FLARDRIN; MONTANARI citada por GIGLIO, 2003).
     Assim, as práticas alimentares e hábitos saudáveis são estabelecidos na infância, a partir
de relações sociais entre membros da família e da comunidade nos diferentes espaços de
convivência, destacando-se a escola como local privilegiado para a realização de ações
educativas relacionadas à qualidade de vida, saúde e nutrição (DANELON, 2007).
     Para isso, devem-se levar em consideração as necessidades alimentares da criança,
cuidando para que ela receba uma refeição rica e equilibrada e que complementem suas
refeições domésticas. Cabendo aos nutricionistas e aos técnicos de alimentação o
planejamento esperado do controle de todo o processo que envolve, desde a compra, o
armazenamento e a distribuição dos alimentos aos comensais, que no caso, são os alunos de
escola públicas (MEZAMO citado por GAIÃO, 2003).
     Bem como, o planejamento, organização, direção, supervisão e avaliação de serviços de
alimentação e nutrição, assistência e educação nutricional e coletividades ou indivíduos,
sadios ou enfermos, em instituições públicas e privadas e em consultório de nutrição e
dietética (LEI n. 8234 de 17 de Setembro de 1991);
     No entanto, a escola pública brasileira vem experimentando nas últimas décadas um
momento de perda de identidade cultural e pedagógica. Tem-se observado um esvaziamento
das responsabilidades da escola expresso, entre outros fatores, pelas instalações precárias de
seu ambiente físico, pela redução da jornada e multiplicação dos turnos, pela desorientação
didádico-pedagogica, bem como, pela baixa qualidade da formação dos professores.
(CAVALIERI citado por GERMANI, 2006).



                                                                                            11
Contudo, o ambiente escolar constitui um espaço ideal para a concretização da educação
alimentar, destacando-se a importância que os serviços de alimentação disponível na unidades
de ensino (DANELON, 2007).
     Em relação à situação da alimentação dos escolares no Brasil, o Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep), com base nos dados do Censo Escolar de 2004, apuraram dados de
infra-estrutura das escolas para servir as refeições (BADUE, 2007).
     O Programa Nacional de Alimentação Escolar destaca-se por ser o mais antigo
programa governamental do país (vigora há mais de cinqüenta anos), presente na totalidade
das unidades públicas de ensino infantil e fundamental. O PNAE tem sua base legal no artigo
205, incisos IV e VII do artigo 208 da Constituição de 1988, assumindo como princípios a
universalidade do atendimento e a equidade à alimentação escolar gratuita (DANELON;
DANELON; SILVA, 2006).
     O que a escola pública faz normalmente é fornecer a merenda escolar: uma refeição
diária, para as crianças que ali permanecem por um período de duas a quatro horas, que
constituem a imensa maioria dos alunos. Para que a criança tenha um desenvolvimento
satisfatório, pressupõe-se que tal refeição seja complementada em casa. Mas nem sempre isso
acontece: muitas crianças são obrigadas a limitar sua alimentação diária à merenda escolar
(SANTOS, citado por ABREU, 1995).
     Entretanto, apesar das melhorias ocorridas com a descentralização dos recursos (WEIS;
CHAIM; BELIK, 2005). Algumas dificuldades vêm sendo enfrentadas pelos gestores das
diferentes entidades executoras (estado, municípios e eventualmente as próprias escolas),
especialmente no que se refere à escassez de recursos para atividade como manutenção da
estrutura física das cozinhas e depósitos de gêneros, aquisição e conservação de equipamentos
e utensílios e contratação de pessoal; além de processos licitatórios morosos, frequentemente
em descompasso com o calendário escolar e ainda, que priorizam o preço dos gêneros em
detrimento da qualidade dos produtos (STOLARSKI; STURION citado por DANELON,
2007).
     Por essa razão, sua alimentação continua deficiente, e seu rendimento escolar permanece
abaixo do esperado. A esse fator somam-se outros: a criança mal alimentada geralmente vive
na pobreza; portanto, os estímulos que recebe são pobres, sua casa é pobre, seu vestuário é
pobre, seus recursos são pobres. Assim, apesar da merenda escolar, o rendimento continua


                                                                                          12
baixo, as reprovações continuam numerosas, bem como a evasão ou a exclusão da escola
(SANTOS, in: ABREU, 1995).
          Não existem dúvidas sobre a necessidade de imprimir expressivas mudanças no
Programa de Alimentação Escolar com vistas ao atendimento nutricional imposto pela adoção
da ampliação da jornada de aulas. Tais alterações estiveram essencialmente envolvidas nas
etapas de planejamento, preparo e distribuição das refeições para os alunos.
     Por meio da distribuição de refeições durante o intervalo das atividades escolares, o
programa tem como principais objetivos o atendimento das necessidades nutricionais dos
alunos durante sua permanência em sala de aula, contribuindo para o crescimento, o
desenvolvimento, a aprendizagem e o rendimento escolar dos estudantes, bem como para
formação de bons hábitos alimentares (DANGELO, 2006).
     Há reconhecimento pelos pesquisadores da área que a alimentação escolar é,
prioritariamente, uma refeição para manter o aluno alimentado durante a jornada de aula,
sendo um direito da criança e, portanto, não deveria ser considerada, entre seus objetivos
primordiais, a erradicação de problemas crônicos e complexos, como a desnutrição calórico-
protéica e a evasão escolar. Esses desvios relacionados aos objetivos essenciais do programa
são argumentos frequentemente utilizados pelos gestores nos países em desenvolvimento
(MOYSÉS; COLLARES, 2005; STURION in: STEFANINI, 1997).
     A distribuição de refeições pelo PNAE assume expressiva importância, especialmente
no tocante à qualidade nutricional das preparações, devendo contribuir para o adequado
atendimento das necessidades dos beneficiados e na consolidação de bons hábitos
alimentares.
     Regulamentado pela Resolução N. 89 de 09 de dezembro de 2005, o projeto tem como
objetivo principal a promoção da permanência do aluno na unidade de ensino, assistindo-o
integralmente em suas necessidades básicas e educacionais. Nestas escolas, as atividades
iniciam-se às 7:00 horas e terminam às 16:00 horas (jornada de nove horas diárias),
compreendendo, no período da manhã, as disciplinas tradicionais do currículo e à tarde ações
direcionadas às atividades artísticos-culturais, esportivas, técnicas agropecuárias, de
orientação aos alunos, de integração social e de enriquecimento curricular. O projeto didático-
pedagógico é desenvolvido pela unidade de ensino.
     Para atender às necessidades dos alunos com a maior jornada diária de alunos são
estipuladas, pelo programa, a distribuição de três refeições diárias (lanche da manhã, almoço e
lanche da tarde). Tal situação provavelmente deve ter demandado uma reavaliação da
                                                                                            13
alimentação oferecida nas escolas, com vista a suprir as necessidades dos alunos durante o
maior período em que estes se encontram nas unidades de ensino, tendo consequentemente
alterações no planejamento e execução das refeições para as escolas integrantes do programa.
     Mesmo assim, os refeitórios se tornam férteis para o cultivo do desperdício. Os recursos
naturais, financeiros e até alimentos são literalmente atirados na lata do lixo, sem
possibilidade de retorno. O desperdício está incorporado à cultura brasileira, portanto, difícil
de ser modificado, resultando em sintomas perniciosos para toda a sociedade (BORGES
citado por AUGUSTINI; KISHIMOTO; TESCARO; ALMEIDA, 2008)
     O desperdício de alimentos na cadeia alimentar tem causas econômicas, políticas,
culturais e tecnológicas, que abrangem as principais etapas da cadeia de movimentação:
produção, transporte, comercialização, sistema de embalagem e armazenamento (CASTRO
in: RICARTE; FÉ; SANTOS; LOPES, 2008).
     Num refeitório o desperdício pode ser a sobra de alimentos, que pode ser influenciado
por uma série de fatores: planejamento inadequado do número de refeições a serem
produzidas, freqüência diária dos usuários, preferências alimentares, treinamento dos
funcionários na produção. (HIRSCHBRUCH, 1998).
       A Educação Ambiental surge como uma prática social e política, através da qual os
indivíduos podem interferir na realidade de modo a transformá-la. Portanto, os sujeitos são
autores – planejam - e ainda, atores – executam (LEME, 2006).
     No entanto, em meio a esta realidade, as recentes políticas públicas que buscam garantir
a permanência das crianças nas escolas pelo menos até o final do período da obrigatoriedade
relevam a percepção, por parte da sociedade, de que existe a necessidade de construção de
uma identidade para a escola fundamental que integre efetivamente as crianças e adolescentes
à vida escolar.




                                                                                             14
2.0 OBJETIVOS


       2.1 – Geral
       Verificar como Escola Agrícola de Barra do Garças - MT manipula a merenda escolar
nas suas diversas etapas. Bem como, o tipo de merenda oferecida pelos alunos, a importância
dela na vida dos escolares e se é realizado a Educação Ambiental na escola.


       2.2 – Específicos
      Perceber se a merenda oferecida pela escola proporciona uma alimentação saudável;
      Verificar, entre os hábitos alimentares dos alunos, a preferência por determinados
       alimentos no lanche da escola;
      Averiguar se tais preferências correspondem a uma alimentação saudável;
      Analisar o tipo de resíduo gerado pelos alimentos na escola e seu destino;
      Verificar a importância da Educação ambiental para a escola e os alunos.




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3.0 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS


       3.1 – Localização da área de estudo


       Barra do Garças é um município brasileiro do estado de Mato Grosso. Localiza-se a
uma latitude 15º53'24" sul e a uma longitude 52º15'24" oeste, estando a uma altitude de 318
metros. Barra localiza-se no centro geodésico do Brasil e também é conhecida como Portal da
Amazônia (Figura 1.0). Sua população estimada em 2008 era de 54.882 habitantes, (IBGE,
2008). Possuindo uma área de 9.142,008 km². E esta distante da Capital (Cuiabá): 509 Km.
       O Nome da cidade se deve ao fato de sua colonização ter se iniciado nas margens dos
rios Garças, confluência com o rio Araguaia: Barra (confluência de dois rios) do (rio) Garças.
       Sua população foi formada por pessoas vindas de vários estados brasileiros,
incentivados pelo desdobramento do Oeste em busca do ouro e do diamante, formando um
quadro humano bastante interessante e diversificado nos aspectos social e cultura. Região
desbravada pelo Marechal Rondon, na metade do século passado e efetivado pelos sertanistas
irmãos Villas Boas, que abrindo picadas (com a Fundação Brasil Central), fez nascerem no
seu rastro várias cidades.
       O tempo passou, as pessoas foram chegando, e fizeram nascer a cidade de Barra do
Garças, à margem esquerda do Rio Araguaia, que delimita as fronteiras de Mato Grosso e
Goiás. A região urbana conhecida como grande Barra é formada além de Barra do Garças, por
Pontal do Araguaia (MT) e Aragarças (GO).
       Barra do Garças, em pouco tempo, tornou-se o maior pólo econômico do leste mato-
grossense, suplantando em tamanho e importância, todas as cidades, vilas e corrutelas dessa
região. O município de Barra do Garças foi criado pela Lei Estadual nº 121, de 15 de
Setembro de 1948.
       Hoje Barra desponta como um pólo de Saúde, Educacional, Comercial, Político
agropecuário e Turístico de Mato Grosso: Serras com dezenas de Cachoeiras, Praias, Rios,
Águas Termais, além de uma série de atividades e ainda é cercado por fazendas de gado,
plantações e cerrado.
       A economia predominante do município é a pecuária de corte, a agricultura se destaca
em plantações de soja e milho. Varias indústrias se destacam no município.
       Várias indústrias se destacam no município. A renda média é de um salário mínimo.


                                                                                            16
Fonte: http://www.jlocal.com.br/barra.php
Figura 1.0 – Localização geográfica do Município de Barra do Garças, no Estado de Mato Grosso – Brasil.




3.2 – Contextualização da área de estudo


        A Escola Agropecuária de Ensino Fundamental e Médio Profissionalizante Laudelino
Sousa Santos “Escola Agrícola” localizada na Avenida Radial José Maurício Zampa, S/N no
Setor Industrial no Município de Barra do Garças, funcionando em tempo integral,
compreendendo o período matutino e vespertino. Funcionando de segunda à sexta – feira de
7h da manhã à 16:35 horas da tarde.
        Segundo o diretor da escola, Pedro Ferreira Filho, atualmente a escola atende em
período integral 217 alunos nas séries de 6ª a 8ª do ensino fundamental e ensino médio
técnico em agropecuária. Desse total, nenhum aluno, atualmente, utiliza o espaço em regime
de internato.
        A Escola dispõe de uma área de 46 há, no total, sendo que, grande parte do terreno é
formado por construções, que se dividem em salas de aula, refeitório, parte administrativa da
escola, abatedouro, aviários, pocilga, barracão para maquinário agrícola, estábulo,
panificação, curral, dormitórios, anfiteatro, alem de horta, viveiro, plantações, pastos para os
animais da escola e pátio para os alunos. O estabelecimento de ensino ainda usufrui de


                                                                                                          17
equipamentos para agroindústria e matérias para serem utilizados em técnicas agropecuária
da escola.
        A escola conta, atualmente, com uma equipe de profissionais de 25 funcionários
públicos do município de Barra do Garças. As funções estão distribuídas entre professores,
jardineiros, merendeiras, técnicos e direção da escola.




Figura 2.0 – Escola Agropecuária de Ensino Fundamental e Médio Profissionalizante Laudelino Sousa Santos
             “Escola Agrícola” no Município de Barra do Garças – MT.


        Porem, a Escola Técnica Agrícola não terá novos alunos para o Ensino Médio que
pretendam receber formação profissionalizante em agropecuária já a partir desse ano de 2009.
A decisão veio da secretaria de Educação de Barra do Garças (MT) que alegou contenção de
despesas. O Ensino Médio ficará suspenso na Escola Agrícola por um período em que serão
avaliados recursos e parcerias para manter o curso em funcionamento.
        O município não dispõe de recursos destinados para a educação profissionalizante
rural e por isso não está obrigado a mantê-lo. Somente as duas turmas já iniciadas devem
concluir o Ensino Médio, que é feito em três anos, respectivamente em 2009 e 2010. Na
Escola Agrícola permanece o Ensino Fundamental que além das matérias do núcleo comum
(Português, Matemática, História, Geografia, Educação Artística e Física, Ciências e

                                                                                                     18
programas de saúde), tem as disciplinas de agricultura, zootecnia, agroindústria, práticas
comerciais e tributárias.
       Assim, dez escolas municipais agrícolas de Mato Grosso serão contempladas com
recursos do programa Educação Profissional no Campo (Eprocampo) do Ministério da
Educação, desenvolvido pelo Governo do Estado, sob a coordenação do Centro Estadual de
Educação Profissional e Tecnológica (Ceprotec) e a Escola agrícola de Barra do Garças será
uma dessas.
       A partir desse ano, o Centro Estadual de Educação Profissional e Tecnológica
(Ceprotec), também utilizará a escola agrícola para a realização de cursos de formação inicial
e continuada de trabalhadores. A equipe pedagógica está visitando todas as escolas agrícolas
envolvidas no Eprocampo para a definição de um calendário para oferta de novos cursos,
conforme foi dito pelo presidente do Ceprotec, Luiz Fernando Caldart e pela secretária de
Estado de Ciência e Tecnologia (Secitec), Ilma Grisoste em agosto de 2006, durante uma
visita realizada na escola.
       Entretanto, a escola continuará funcionando somente com os alunos que ali já estão
matriculados e funcionará o ensino fundamental e médio até que todas as séries sejam
concluídas. Agora quem quiser fazer a formação para trabalhar em fazendas deverá procurar
cursos em outras cidades.
       .
3.3 – Metodologia


       O presente estudo fez-se, inicialmente, com pesquisas bibliográficas, uma vez que é o
primeiro passo na construção efetiva de uma investigação. Em seguida, utilizou-se a pesquisa
de campo, como forma de me aproximar do objeto estudado (GIL, 2002).
       Em uma visita informal, onde tive a oportunidade de conversar com o diretor da
Escola Agropecuária de Ensino Fundamental e Médio Profissionalizante Laudelino Sousa
Santos “Escola Agrícola” no Município de Barra do Garças – MT, senhor Pedro Ferreira
Filho, no dia 14 de maio do decorrente ano, foi pedido a permissão para que pudesse, naquele
estabelecimento, ser realizado toda a pesquisa de campo.
       Com a sua permissão, foi encaminhada uma declaração, para que fossem esclarecidos
formalmente, todos os procedimentos que seriam realizados na escola, contando com os
horários, as datas e o intuito da pesquisa, conforme anexo I.


                                                                                           19
Para a pesquisa no campo de estudo, foi utilizado cerca de 4 (quatro) semanas, no
total (entre os dias 18 de maio ao dia 12 de junho de 2009). Essas quatro semanas foram
subdivididas em partes, que fizeram com que, toda a pesquisa de trabalho fosse realizada com
êxito.
           N primeira semana teve-se o contato direto com os funcionários da escola e os alunos
da escola, que foram muito prestativos, contribuindo com informações e ajudando no que foi
preciso. Teve-se o contato com a área de trabalho dentro da escola, que no caso é o refeitório,
que esta localizada na entrada da escola e com a merenda oferecida pela mesma e, que é
servida três vezes ao dia, compreendendo a parte da manhã e da tarde.
         Este contato direto foi estabelecido por durante duas semanas, onde se teve a
oportunidade de verificar como é feito a merenda, como é o cardápio da escola, como é feita a
distribuição aos alunos, e o desperdício de comida que é gerado, bem como o que é feito com
o resto e com as sobras.
         Também, foram observados os resíduos produzidos em função do tipo de preferência
dos alunos por lanches, merenda oferecida pela escola e o destino dado aos dejetos produzidos
por ambos.
         Posteriormente, através de questionários realizados com 20 (vinte) alunos, divididos
entre uma turma de 6ª e 9ª ano do ensino fundamental. Nesta, buscou-se conhecer as
preferências em relação aos lanches diários para identificar alguns dos produtos consumidos
pelos estudantes, qual a importância da merenda na vida desses alunos e o que o Meio
Ambiente é na vida deles (Anexo II).
         Foi realizado também um questionário direcionado aos pais desses alunos e a direção
da escola, onde foram abordados dados como: as faixas etárias dos alunos, os horários de
intervalos utilizados para alimentação, os cardápios oferecidos durante a semana e suas
possíveis alterações, bem como aos pais, foi perguntado à importância da merenda na vida de
seus filhos, e questionado sempre a questão do Meio Ambiente (Anexo III e IV). Foram
usados a terceira e a quarta semana.
         Para avaliar a qualidade nutricional das merendas, foi utilizado como referência a
pirâmide alimentar, que é um guia de orientação para se adquirir e manter uma alimentação
saudável.
         Essa avaliação consistiu em verificar a presença e freqüência dos grupos alimentares
(carboidratos, vitaminas e minerais, proteínas, e lipídios) nas refeições oferecidas pelas
escolas.
                                                                                            20
3.4 – Área de Trabalho


        O refeitório da escola, conta com uma equipe de 04 (quatro) merendeiras que se
dividem em diversas tarefas, que vai desde administração da merenda à limpeza do local.
        O refeitório é uma área grande, capaz de conforta de forma organizada, todos os
alunos (Figura 3.0). É dividido por uma região onde se tem as mesas com bancos para comer,
uma região onde é servida a comida, formada por balcão, onde são colocados todos os
utensílios utilizados na merenda e por uma região onde é dividida por uma parede, que é a
cozinha do refeitório.
        A cozinha é um ambiente bem arejado, com vários utensílios favoráveis na produção
da merenda. Pode ser observado um fogão industrial grande, ventiladores de parede,
prateleiras, geladeira, pias, moedores, aparelhos domésticos, alem de outros, que são de
grande valia no refeitório.




Figura 3.0 – Refeitório da Escola Agropecuária de Ensino Fundamental e Médio Profissionalizante Laudelino
            Sousa Santos “Escola Agrícola” no Município de Barra do Garças – MT.




                                                                                                      21
4.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES


       4.1 – Da merenda oferecida pela escola


       A alimentação saudável e adequada, principalmente em idade de crescimento e
maturação biológica, constitui fator funcional para o desenvolvimento humano.
       Diante deste fato, torna-se necessária a preocupação com a alimentação escolar, já que
esta substitui uma refeição e para algumas crianças ela é a principal refeição diária.
       A alimentação escolar deve propiciar a base prática para uma alimentação adequada,
contribuindo para o trabalho pedagógico, possibilitando melhor concentração e outras
condições físicas que influenciam na aprendizagem assim como para a qualidade de vida dos
alunos. (SILVEIRA in: ALMEIDA; SOUZA, 2006)
        A desnutrição é apontada por diversos autores como causa básica do fracasso escolar.
Visando minimizar este problema, as escolas oferecem a merenda como suplementação
alimentar, durante o período de aulas. Segundo Stefanini (1997), a distribuição da merenda é
regulamentada por lei federal (Decreto Federal 72.034/73), devendo suprir no mínimo 15%
das necessidades calóricas diárias da criança. Nesse sentido, os alimentos devem ser variados
dentro de cada grupo (construtores, reguladores e energéticos), como se pode observar na
tabela 1.0.

Tabela 1.0 – Grupo de alimentos
emGrupo alimentar     Função                    Nutriente               Exemplos
Construtores          Fornecer material         Proteínas               Leites e derivados,
                      para a construção e                               carnes, ovos, aves,
                      reparo dos tecidos                                peixes, castanhas
                      do organismo                                      etc.
Energéticos*          Fornecer energia          - Carboidratos          Cereais, pão
                      (Kcal) ao organismo       - Lipídeos              feculentos, óleos,
                      para realização de                                batatas, massas,
                      atividades                                        mandioca, açúcares
                                                                        etc.
Reguladores              Regular todas as       - Vitaminas             Leite e derivados,
                         funções do             - Minerais              vegetais, legumes,
                         organismo              - Água                  frutas etc.
                                                - Fibras
Fonte: ZITA, M.P.G., 2009.
* Não devem ser oferecidos em excesso




                                                                                              22
Uma alimentação correta e equilibrada busca suprir as necessidades de nutrientes que
o organismo precisa para ter uma boa condição de saúde. Nutrientes são substâncias químicas
encontradas em todos os alimentos - variando apenas na quantidade presente em cada um.
Possuem funções específicas e funcionam associadamente. São: Proteínas, Carboidratos,
Lipídios, Água, Vitaminas (A, B, C, D, E, K, etc.), Elementos Minerais (ferro, cálcio,
potássio, selênio, etc.) e Fibras (ZITA; 2009).
       Uma recomendação, FNDE (2001), estabelece como principal meta do PNAE a
garantia de que o aluno receba por refeição, em média, 350 kcal e 9 gramas de proteína,
levando em consideração a ampla faixa etária de atendimento do programa (crianças pré-
escolar até adolescentes) (FLÁVIO E. F., BARCELO M.F.P., LIMA A. L.; 2004).
       Nesse sentido, buscou-se conhecer se o cardápio oferecido na escola Agrícola de Barra
do Garças atende as essas exigências. No caso, eles fornecem 03 (três) refeições diárias,
distribuída entre: o café da manhã, que é servido em dois períodos, sendo que as primeiras
turma lancham às 7:15h e descem para a aula de campo, e logo em seguida as outras turmas,
que entram para a sala de aula. Às 11 horas da manhã começa a ser servido o almoço, indo até
as 12:15 horas e voltam para a sala de aula. E quando saem da aula, somente na segunda –
feira, pois saem mais tarde, eles retornam ao refeitório para tomar lanche da tarde e são
dispensados.
       No dia 18 de Maio de 2009, foi servido aos alunos, no café da manhã, pão frances e
chá mate (figura 4.0).




Figura 4.0 – Lanche da manhã servido na escola, no período de observação.

                                                                                         23
No mesmo dia, no almoço foi servido galinhada, miúdos de frango e feijão, conforme
mostra a figura 5.0, com a merenda já pronta.




  Figura 5.0 – Cardápio (galinhada, miúdos de frango e feijão) servido no dia 18/05/09 na escola Agrícola de
               Barra do Garças-MT, no período de observação.


        No lanche da tarde do mesmo dia, foi servido bolacha de água e sal e chá mate (Figura
6.0).




Figura 6.0 – Lanche da tarde, na escola Agrícola de Barra do Garças - MT, no período de observação.


                                                                                                           24

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Parte 1 Monografia

  • 1. FACULDADE PHÊNIX DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DO BRASIL INSTITUTO ARAGUAIA DE PÓS-GRADUAÇÃO PESQUISA E EXTENSÃO - IAPPE Miriã Silva Brito Saúde, educação e meio ambiente através da merenda escolar na Escola Agrícola em Barra do Garças no Estado de Mato Grosso – Brasil Nova Xavantina - MT Julho, 2009. 1
  • 2. FACULDADE PHÊNIX DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DO BRASIL INSTITUTO ARAGUAIA DE PÓS-GRADUAÇÃO PESQUISA E EXTENSÃO - IAPPE SAÚDE, EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE ATRAVÉS DA MERENDA ESCOLAR NA ESCOLA AGRÍCOLA EM BARRA DO GARÇAS NO ESTADO DE MATO GROSSO – BRASIL Miriã Silva Brito Monografia apresentada à Faculdade Phênix de Ciências Humanas e Sociais do Brasil em parceria com o Instituto Araguaia de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão – IAPPE. Para a obtenção do Título de Especialista em Educação Ambiental, orientada pelo MSc. Perillo José Sabino Nunes. Nova Xavantina - MT Julho, 2009. 2
  • 3. FICHA CATALOGRÁFICA BRITO, M. S. Saúde, Educação e Meio Ambiente Através da Merenda Escolar na Escola Agrícola em Barra Do Garças No Estado De Mato Grosso – Brasil. Miriã Silva Brito. Nova Xavantina, MT. [s.ed.], 48 p. 2009. Orientadora: Profª. MSc. Perillo José Sabino Nunes. Trabalho de Conclusão de Curso de Pós-Graduação em Educação Ambiental. Instituto Araguaia de Pós-Graduação Pesquisa e Extensão - IAPPE em parceria com Faculdade Phenix de Ciências Humanas e Sociais do Brasil. 1. Alimentação saudável. 2. Nutrientes. 3. Educação Ambiental. I. MANFRINATO, M. H.V.II. Faculdade Phenix de Ciências Humanas e Sociais do Brasil em parceria com Instituto Araguaia de Pós- Graduação Pesquisa e Extensão - IAPPE. III. Saúde, Educação e Meio Ambiente Através da Merenda Escolar na Escola Agrícola em Barra Do Garças No Estado De Mato Grosso – Brasil. Barra do Garças/MT. 3
  • 4. TERMO DE APROVAÇÃO FACULDADE PHÊNIX DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DO BRASIL INSTITUTO ARAGUAIA DE PÓS – GRADUAÇÃO PESQUISA E EXTENSÃO - IAPPE Miriã Silva Brito SAÚDE, EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE ATRAVÉS DA MERENDA ESCOLAR NA ESCOLA AGRÍCOLA EM BARRA DO GARÇAS NO ESTADO DE MATO GROSSO – BRASIL Monografia apresentada para obtenção do título de Especialista no curso de Educação Ambiental á Faculdade Phênix de Ciências Humanas e Sociais do Brasil e ao Instituto Araguaia de Pós-Graduação Pesquisa e Extensão – IAPPE. Aprovado em: ____/ ____/ _____ _____________________________ __________ Orientador: Perillo José Sabino Nunes Nota Nova Xavantina - MT Julho, 2009. 4
  • 5. Agradecimento Primeiramente a Deus, por mais essa conquista em minha vida. E por nunca ter me desamparado. A minha família, que sempre me deu apoio a continuar. E ao Luiz Gustavo, por estar do meu lado, sempre. Ao professor Perillo, pela paciência, por ter me ajudado com seus conhecimentos, contribuindo para o meu crescimento profissional e intelectual. E por te me ajudado, na hora que eu precisei. SUMÁRIO 5
  • 6. LISTA DE FIGURAS.………………………………………………………………….. v LISTA DE TABELAS..………………………………………………………………… vi RESUMO……………………………………………………………………………….. vii ABSTRACT……………………………………………………………………………. viii 1.0 INTRODUÇÃO.………………………………………………………………… 1 2.0 OBJETIVOS 5 2.1 – Geral.................................................................................................................. 5 2.2 – Específicos.....…………………………........…………………………............ 5 3.0 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 6 3.1 – Localização da área de estudo........................................................................... 6 3.2 – Contextualização da área de estudo................................................................... 7 3.3 – Metodologia....................................................................................................... 9 3.4 – Área de estudo................................................................................................... 11 4.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES 12 4.1 – Da merenda oferecida pela escola..................................................................... 12 4.2 – Dos hábitos alimentares dos alunos................................................................... 17 4.3 – Da merenda servida na escola, dos hábitos alimentares e da preferência dos alunos e uma alimentação saudável.................................................................................. 22 4.4 – Dos resíduos produzidos e seu destino.............................................................. 23 5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 28 6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................... 30 7.0 ANEXOS 33 ANEXO I – Declaração.................................................................................................... 34 ANEXO II – Modelo do questionário direcionado aos alunos da escola......................... 35 ANEXO III – Modelo do questionário direcionado aos pais dos alunos da escola.......... 37 ANEXO IV – Modelo do questionário direcionado a direção da escola.......................... 38 LISTA DE FIGURAS 6
  • 7. Figura 1.0 - Localização geográfica do Município de Barra do Garças, no Estado de Mato Grosso – Brasil.................................................................................. 7 Figura 2.0 - Escola Agropecuária de Ensino Fundamental e Médio Profissionalizante Laudelino Sousa Santos “Escola Agrícola” no Município de Barra do 8 Garças – MT................................................................................................ Figura 3.0 - Refeitório da Escola Agropecuária de Ensino Fundamental e Médio Profissionalizante Laudelino Sousa Santos “Escola Agrícola” no 11 Município de Barra do Garças – MT........................................................... Figura 4.0 - Lanche da manhã servido na escola, no período de observação................................................................................................... 13 Figura 5.0 - Cardápio (galinhada, miúdos de frango e feijão) servido no dia 18/05/09 na escola Agrícola de Barra do Garças - MT, no período de 14 observação................................................................................................... Figura 6.0 - Lanche da tarde, na escola Agrícola de Barra do Garças - MT, no período de observação ............................................................................................. 14 Figura 7.0 - Cardápio (macarrão com salsicha, feijão, arroz com carne e salada) servido no dia 19/05/09 na escola Agrícola de Barra do Garças - MT, no 15 período de observação................................................................................. Figura 8.0 - Alguns dos ingredientes utilizados para fazer a refeição dos aluno na escola Agrícola de Barra do Garças – MT.................................................. 15 Figura 9.0 - Produção de alimentos (incluindo frutas, verduras, legumes, carne, leite) que é consumido pela própria Escola Agrícola de Barra do Garças – MT. 16 Figura 10.0 - Gráfico do perfil dos alunos d o 6ª e 9 ª ano do ensino fundamental Escola Agrícola de Barra do Garças – MT, segundo o gênero e faixa 17 etária............................................................................................................ Figura 11.0 - Gráfico da resposta à pergunta “Para você, o que significa alimentação?”, direcionada a alunos do 6ª e 9 ª ano do ensino fundamental Escola 18 Agrícola de Barra do Garças – MT............................................................. Figura 12.0 - Gráfico da resposta à pergunta “Em sua opinião, o que é uma alimentação saudável?”, direcionada a alunos do 6ª e 9 ª ano do ensino 19 fundamental Escola Agrícola de Barra do Garças – MT............................. Figura 13.0 - Gráfico da resposta à pergunta “relacionado a qualidade da merenda da servida, direcionada a alunos do 6ª e 9 ª ano do ensino fundamental 19 Escola Agrícola de Barra do Garças – MT................................................. Figura 14.0 - Gráfico da resposta à pergunta de sugestões dos alunos para o cardápio da escola, direcionada a alunos do 6ª e 9 ª ano do ensino fundamental 20 Escola Agrícola de Barra do Garças – MT.................................................. Figura 15.0 - Gráfico da resposta à pergunta de sugestões dos alunos para o cardápio da escola, direcionada a alunos do 6ª e 9 ª ano do ensino fundamental 21 Escola Agrícola de Barra do Garças – MT.................................................. Figura 16.0 - Gráfico da resposta à pergunta com opiniões relacionadas a preservação do meio ambiente, por parte da escola, direcionada a alunos do 6ª e 9 ª 21 ano do ensino fundamental Escola Agrícola de Barra do Garças – MT...... Figura 17.0 - Pirâmide alimentar adaptada contendo os alimentos que devem ser consumidos visando obter os nutrientes necessários para uma vida 22 saudável....................................................................................................... Figura 18.0 - Seleção de Lixo, distribuídos no interior da Escola Agropecuária de 7
  • 8. Ensino Fundamental e Médio Profissionalizante Laudelino Sousa Santos 23 “Escola Agrícola”........................................................................................ Figura 19.0 - Resto de comida produzido diariamente na Escola Agropecuária de Ensino Fundamental e Médio Profissionalizante Laudelino Sousa Santos 24 “Escola Agrícola”........................................................................................ Figura 20.0 - Método de servi a merenda para evitar o desperdício na Escola Agrícola de Barra do Garças – MT............................................................................ 25 Figura 21.0 - Resto de comida produzido pelos alunos da Escola Agrícola..................... 26 Figura 22.0 - Lixo inorgânico produzido pela Escola Agrícola, para serem levados pelo caminhão de lixo da Prefeitura Municipal de Barra do Garças – MT. 27 Figura 23.0 - Viveiro da Escola Agropecuária de Ensino Fundamental e Médio Profissionalizante Laudelino Sousa Santos “Escola Agrícola”................... 27 LISTA DE TABELAS Tabela 1.0 - Grupo de alimentos...................................................................................... 12 RESUMO 8
  • 9. A nutrição torna-se um fator importante na vida dos alunos, garantindo um maior aproveitamento no campo dos estudos, afinal, uma alimentação saudável é base fundamental para a manutenção e melhora da qualidade de vida do indivíduo. A escola garante maior rendimento em sala de aula, tendo maior participação dos alunos nas atividades. Na Escola Agropecuária de Ensino Fundamental e Médio Profissionalizante Laudelino Sousa Santos “Escola Agrícola” no Município de Barra do Garças – MT, que funciona em período integral, a alimentação saudável desses alunos, torna-se mais séria. E a merenda escolar é um direito previsto na Constituição Federal, conquistada pelos educandos brasileiros que freqüentam as escolas publicas em todo o país. Nesse sentido, o estudo objetivou de verificar como Escola Agrícola de Barra do Garças - MT manipula a merenda escolar nas suas diversas etapas. Bem como, o tipo de merenda oferecida pelos alunos, a importância dela na vida dos escolares e se é realizado a Educação Ambiental na escola. Bem como, perceber se a merenda oferecida pela escola proporciona uma alimentação saudável, verificar, entre os hábitos alimentares dos alunos, a preferência por determinados alimentos no lanche da escola, averiguar se tais preferências correspondem a uma alimentação saudável, e analisar o tipo de resíduo gerado pelos alimentos e seu destino na escola, e se a mesma costuma praticar atos de preservação da natureza. A metodologia utilizada partiu inicialmente de uma pesquisa bibliográfica seguida de uma pesquisa de campo, nesta verificou-se durante os dias 18 de maio a 12 de junho de 2009 se o cardápio oferecido pela escola possuía todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento dos alunos, além disso, verificaram-se junto a 20 alunos questionados, quais eram seus hábitos e preferências alimentares bem como, se os mesmos sabem o que significa meio ambiente e se a escola faz alguma coisa para preservar a natureza. Os resultados mostraram uma apreciação dos alunos pela merenda oferecida na escola, também observado pela pouca quantidade de restos que sobram nos pratos. Mostrando que a escola propicia uma refeição com vários nutriente capazes de manter uma vida saudável aos alunos. A educação ambiental foi evidenciada em vários pontos da escola. Principalmente quando observado a atitude dos alunos. Um comportamento difícil de ser visto, pois eles sabem o valor de cuidar da natureza, entendem a importância de conservar o meio ambiente e valorizar a merenda escolar que lhes é oferecida. Palavras-chave: Alimentação saudável; Nutrientes; Educação Ambiental. ABSTRACT 9
  • 10. En el humano, la alimentación es la primera condición para alcanzar una vida saludable y referente a nutrimento de la escuela es una derecha prevista en la Constitución Federal, conquistada para los educandos brasileños que frequentam la Educación Infantil y el Ensino Básico. En esta dirección, el estudio que objectified proporcionar a las pupilas y demasiado los miembros del enseñan Getúlio Vargas en Cocalinho-TM, una reflexión en la relación sus hábitos alimenticios, en la calidad alimenticia de alimentos y de las implicaciones cuánto al tipo de residuos producidos para la conservación del ambiente. La metodología usada dejada inicialmente de una investigación bibliográfica seguida de una investigación de campo, en esto verificada durante días 09 los 13 de febrero de 2009 si el cardápio ofrecido de la escuela possuía todos los alimentos necesarios para el desarrollo de las pupilas, por otra parte, habían verificado al lado de 32 aprendentes que era sus hábitos y preferencias alimenticios tan bien como los tipos de dejections producidos para ambos. Los resultados habían demostrado que el planeamiento del referente cardápio de la escuela, los costumbres y las prioridades alimenticias de las pupilas necesitan ser repasados, una época que iguales que no lo hacen unas comtemplaban todas las necesidades de los nutricionais de los aprendentes, alambique, eran posibles observar la gran cantidad de residuos producidos con la rutina de los dos. El estudio evidenció que la educación ambiente es un instrumento básico para estimular la formación de hábitos alimenticios y ambiente saludables, y la escuela es el lugar apropiado trabajar éste temático. Palabra-llave: Alimentación saludable; Alimentos; Educación ambiente. 10
  • 11. 1.0 INTRODUÇÃO As pessoas estão cada vez mais preocupadas com o que ingerem e qual o seu valor nutricional, especialmente sua influência sobre o estado de saúde das pessoas. Para que a alimentação cumpra o seu papel e consiga promover a saúde, é necessário ingerir uma dieta adequada, equilibrada nutricionalmente, que apresente alimentos variados, possibilitando o fornecimento de nutrientes e energia para o bom funcionamento do organismo (WALKER; LEINDHERG citada por RIEKES, 2004). Daí acredita–se, que o comportamento alimentar do homem, distingue-se da dos animais não apenas pela cozinha, mas também pela comensalidade e pela função social das refeições (FLARDRIN; MONTANARI citada por GIGLIO, 2003). Assim, as práticas alimentares e hábitos saudáveis são estabelecidos na infância, a partir de relações sociais entre membros da família e da comunidade nos diferentes espaços de convivência, destacando-se a escola como local privilegiado para a realização de ações educativas relacionadas à qualidade de vida, saúde e nutrição (DANELON, 2007). Para isso, devem-se levar em consideração as necessidades alimentares da criança, cuidando para que ela receba uma refeição rica e equilibrada e que complementem suas refeições domésticas. Cabendo aos nutricionistas e aos técnicos de alimentação o planejamento esperado do controle de todo o processo que envolve, desde a compra, o armazenamento e a distribuição dos alimentos aos comensais, que no caso, são os alunos de escola públicas (MEZAMO citado por GAIÃO, 2003). Bem como, o planejamento, organização, direção, supervisão e avaliação de serviços de alimentação e nutrição, assistência e educação nutricional e coletividades ou indivíduos, sadios ou enfermos, em instituições públicas e privadas e em consultório de nutrição e dietética (LEI n. 8234 de 17 de Setembro de 1991); No entanto, a escola pública brasileira vem experimentando nas últimas décadas um momento de perda de identidade cultural e pedagógica. Tem-se observado um esvaziamento das responsabilidades da escola expresso, entre outros fatores, pelas instalações precárias de seu ambiente físico, pela redução da jornada e multiplicação dos turnos, pela desorientação didádico-pedagogica, bem como, pela baixa qualidade da formação dos professores. (CAVALIERI citado por GERMANI, 2006). 11
  • 12. Contudo, o ambiente escolar constitui um espaço ideal para a concretização da educação alimentar, destacando-se a importância que os serviços de alimentação disponível na unidades de ensino (DANELON, 2007). Em relação à situação da alimentação dos escolares no Brasil, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), com base nos dados do Censo Escolar de 2004, apuraram dados de infra-estrutura das escolas para servir as refeições (BADUE, 2007). O Programa Nacional de Alimentação Escolar destaca-se por ser o mais antigo programa governamental do país (vigora há mais de cinqüenta anos), presente na totalidade das unidades públicas de ensino infantil e fundamental. O PNAE tem sua base legal no artigo 205, incisos IV e VII do artigo 208 da Constituição de 1988, assumindo como princípios a universalidade do atendimento e a equidade à alimentação escolar gratuita (DANELON; DANELON; SILVA, 2006). O que a escola pública faz normalmente é fornecer a merenda escolar: uma refeição diária, para as crianças que ali permanecem por um período de duas a quatro horas, que constituem a imensa maioria dos alunos. Para que a criança tenha um desenvolvimento satisfatório, pressupõe-se que tal refeição seja complementada em casa. Mas nem sempre isso acontece: muitas crianças são obrigadas a limitar sua alimentação diária à merenda escolar (SANTOS, citado por ABREU, 1995). Entretanto, apesar das melhorias ocorridas com a descentralização dos recursos (WEIS; CHAIM; BELIK, 2005). Algumas dificuldades vêm sendo enfrentadas pelos gestores das diferentes entidades executoras (estado, municípios e eventualmente as próprias escolas), especialmente no que se refere à escassez de recursos para atividade como manutenção da estrutura física das cozinhas e depósitos de gêneros, aquisição e conservação de equipamentos e utensílios e contratação de pessoal; além de processos licitatórios morosos, frequentemente em descompasso com o calendário escolar e ainda, que priorizam o preço dos gêneros em detrimento da qualidade dos produtos (STOLARSKI; STURION citado por DANELON, 2007). Por essa razão, sua alimentação continua deficiente, e seu rendimento escolar permanece abaixo do esperado. A esse fator somam-se outros: a criança mal alimentada geralmente vive na pobreza; portanto, os estímulos que recebe são pobres, sua casa é pobre, seu vestuário é pobre, seus recursos são pobres. Assim, apesar da merenda escolar, o rendimento continua 12
  • 13. baixo, as reprovações continuam numerosas, bem como a evasão ou a exclusão da escola (SANTOS, in: ABREU, 1995). Não existem dúvidas sobre a necessidade de imprimir expressivas mudanças no Programa de Alimentação Escolar com vistas ao atendimento nutricional imposto pela adoção da ampliação da jornada de aulas. Tais alterações estiveram essencialmente envolvidas nas etapas de planejamento, preparo e distribuição das refeições para os alunos. Por meio da distribuição de refeições durante o intervalo das atividades escolares, o programa tem como principais objetivos o atendimento das necessidades nutricionais dos alunos durante sua permanência em sala de aula, contribuindo para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem e o rendimento escolar dos estudantes, bem como para formação de bons hábitos alimentares (DANGELO, 2006). Há reconhecimento pelos pesquisadores da área que a alimentação escolar é, prioritariamente, uma refeição para manter o aluno alimentado durante a jornada de aula, sendo um direito da criança e, portanto, não deveria ser considerada, entre seus objetivos primordiais, a erradicação de problemas crônicos e complexos, como a desnutrição calórico- protéica e a evasão escolar. Esses desvios relacionados aos objetivos essenciais do programa são argumentos frequentemente utilizados pelos gestores nos países em desenvolvimento (MOYSÉS; COLLARES, 2005; STURION in: STEFANINI, 1997). A distribuição de refeições pelo PNAE assume expressiva importância, especialmente no tocante à qualidade nutricional das preparações, devendo contribuir para o adequado atendimento das necessidades dos beneficiados e na consolidação de bons hábitos alimentares. Regulamentado pela Resolução N. 89 de 09 de dezembro de 2005, o projeto tem como objetivo principal a promoção da permanência do aluno na unidade de ensino, assistindo-o integralmente em suas necessidades básicas e educacionais. Nestas escolas, as atividades iniciam-se às 7:00 horas e terminam às 16:00 horas (jornada de nove horas diárias), compreendendo, no período da manhã, as disciplinas tradicionais do currículo e à tarde ações direcionadas às atividades artísticos-culturais, esportivas, técnicas agropecuárias, de orientação aos alunos, de integração social e de enriquecimento curricular. O projeto didático- pedagógico é desenvolvido pela unidade de ensino. Para atender às necessidades dos alunos com a maior jornada diária de alunos são estipuladas, pelo programa, a distribuição de três refeições diárias (lanche da manhã, almoço e lanche da tarde). Tal situação provavelmente deve ter demandado uma reavaliação da 13
  • 14. alimentação oferecida nas escolas, com vista a suprir as necessidades dos alunos durante o maior período em que estes se encontram nas unidades de ensino, tendo consequentemente alterações no planejamento e execução das refeições para as escolas integrantes do programa. Mesmo assim, os refeitórios se tornam férteis para o cultivo do desperdício. Os recursos naturais, financeiros e até alimentos são literalmente atirados na lata do lixo, sem possibilidade de retorno. O desperdício está incorporado à cultura brasileira, portanto, difícil de ser modificado, resultando em sintomas perniciosos para toda a sociedade (BORGES citado por AUGUSTINI; KISHIMOTO; TESCARO; ALMEIDA, 2008) O desperdício de alimentos na cadeia alimentar tem causas econômicas, políticas, culturais e tecnológicas, que abrangem as principais etapas da cadeia de movimentação: produção, transporte, comercialização, sistema de embalagem e armazenamento (CASTRO in: RICARTE; FÉ; SANTOS; LOPES, 2008). Num refeitório o desperdício pode ser a sobra de alimentos, que pode ser influenciado por uma série de fatores: planejamento inadequado do número de refeições a serem produzidas, freqüência diária dos usuários, preferências alimentares, treinamento dos funcionários na produção. (HIRSCHBRUCH, 1998). A Educação Ambiental surge como uma prática social e política, através da qual os indivíduos podem interferir na realidade de modo a transformá-la. Portanto, os sujeitos são autores – planejam - e ainda, atores – executam (LEME, 2006). No entanto, em meio a esta realidade, as recentes políticas públicas que buscam garantir a permanência das crianças nas escolas pelo menos até o final do período da obrigatoriedade relevam a percepção, por parte da sociedade, de que existe a necessidade de construção de uma identidade para a escola fundamental que integre efetivamente as crianças e adolescentes à vida escolar. 14
  • 15. 2.0 OBJETIVOS 2.1 – Geral Verificar como Escola Agrícola de Barra do Garças - MT manipula a merenda escolar nas suas diversas etapas. Bem como, o tipo de merenda oferecida pelos alunos, a importância dela na vida dos escolares e se é realizado a Educação Ambiental na escola. 2.2 – Específicos  Perceber se a merenda oferecida pela escola proporciona uma alimentação saudável;  Verificar, entre os hábitos alimentares dos alunos, a preferência por determinados alimentos no lanche da escola;  Averiguar se tais preferências correspondem a uma alimentação saudável;  Analisar o tipo de resíduo gerado pelos alimentos na escola e seu destino;  Verificar a importância da Educação ambiental para a escola e os alunos. 15
  • 16. 3.0 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.1 – Localização da área de estudo Barra do Garças é um município brasileiro do estado de Mato Grosso. Localiza-se a uma latitude 15º53'24" sul e a uma longitude 52º15'24" oeste, estando a uma altitude de 318 metros. Barra localiza-se no centro geodésico do Brasil e também é conhecida como Portal da Amazônia (Figura 1.0). Sua população estimada em 2008 era de 54.882 habitantes, (IBGE, 2008). Possuindo uma área de 9.142,008 km². E esta distante da Capital (Cuiabá): 509 Km. O Nome da cidade se deve ao fato de sua colonização ter se iniciado nas margens dos rios Garças, confluência com o rio Araguaia: Barra (confluência de dois rios) do (rio) Garças. Sua população foi formada por pessoas vindas de vários estados brasileiros, incentivados pelo desdobramento do Oeste em busca do ouro e do diamante, formando um quadro humano bastante interessante e diversificado nos aspectos social e cultura. Região desbravada pelo Marechal Rondon, na metade do século passado e efetivado pelos sertanistas irmãos Villas Boas, que abrindo picadas (com a Fundação Brasil Central), fez nascerem no seu rastro várias cidades. O tempo passou, as pessoas foram chegando, e fizeram nascer a cidade de Barra do Garças, à margem esquerda do Rio Araguaia, que delimita as fronteiras de Mato Grosso e Goiás. A região urbana conhecida como grande Barra é formada além de Barra do Garças, por Pontal do Araguaia (MT) e Aragarças (GO). Barra do Garças, em pouco tempo, tornou-se o maior pólo econômico do leste mato- grossense, suplantando em tamanho e importância, todas as cidades, vilas e corrutelas dessa região. O município de Barra do Garças foi criado pela Lei Estadual nº 121, de 15 de Setembro de 1948. Hoje Barra desponta como um pólo de Saúde, Educacional, Comercial, Político agropecuário e Turístico de Mato Grosso: Serras com dezenas de Cachoeiras, Praias, Rios, Águas Termais, além de uma série de atividades e ainda é cercado por fazendas de gado, plantações e cerrado. A economia predominante do município é a pecuária de corte, a agricultura se destaca em plantações de soja e milho. Varias indústrias se destacam no município. Várias indústrias se destacam no município. A renda média é de um salário mínimo. 16
  • 17. Fonte: http://www.jlocal.com.br/barra.php Figura 1.0 – Localização geográfica do Município de Barra do Garças, no Estado de Mato Grosso – Brasil. 3.2 – Contextualização da área de estudo A Escola Agropecuária de Ensino Fundamental e Médio Profissionalizante Laudelino Sousa Santos “Escola Agrícola” localizada na Avenida Radial José Maurício Zampa, S/N no Setor Industrial no Município de Barra do Garças, funcionando em tempo integral, compreendendo o período matutino e vespertino. Funcionando de segunda à sexta – feira de 7h da manhã à 16:35 horas da tarde. Segundo o diretor da escola, Pedro Ferreira Filho, atualmente a escola atende em período integral 217 alunos nas séries de 6ª a 8ª do ensino fundamental e ensino médio técnico em agropecuária. Desse total, nenhum aluno, atualmente, utiliza o espaço em regime de internato. A Escola dispõe de uma área de 46 há, no total, sendo que, grande parte do terreno é formado por construções, que se dividem em salas de aula, refeitório, parte administrativa da escola, abatedouro, aviários, pocilga, barracão para maquinário agrícola, estábulo, panificação, curral, dormitórios, anfiteatro, alem de horta, viveiro, plantações, pastos para os animais da escola e pátio para os alunos. O estabelecimento de ensino ainda usufrui de 17
  • 18. equipamentos para agroindústria e matérias para serem utilizados em técnicas agropecuária da escola. A escola conta, atualmente, com uma equipe de profissionais de 25 funcionários públicos do município de Barra do Garças. As funções estão distribuídas entre professores, jardineiros, merendeiras, técnicos e direção da escola. Figura 2.0 – Escola Agropecuária de Ensino Fundamental e Médio Profissionalizante Laudelino Sousa Santos “Escola Agrícola” no Município de Barra do Garças – MT. Porem, a Escola Técnica Agrícola não terá novos alunos para o Ensino Médio que pretendam receber formação profissionalizante em agropecuária já a partir desse ano de 2009. A decisão veio da secretaria de Educação de Barra do Garças (MT) que alegou contenção de despesas. O Ensino Médio ficará suspenso na Escola Agrícola por um período em que serão avaliados recursos e parcerias para manter o curso em funcionamento. O município não dispõe de recursos destinados para a educação profissionalizante rural e por isso não está obrigado a mantê-lo. Somente as duas turmas já iniciadas devem concluir o Ensino Médio, que é feito em três anos, respectivamente em 2009 e 2010. Na Escola Agrícola permanece o Ensino Fundamental que além das matérias do núcleo comum (Português, Matemática, História, Geografia, Educação Artística e Física, Ciências e 18
  • 19. programas de saúde), tem as disciplinas de agricultura, zootecnia, agroindústria, práticas comerciais e tributárias. Assim, dez escolas municipais agrícolas de Mato Grosso serão contempladas com recursos do programa Educação Profissional no Campo (Eprocampo) do Ministério da Educação, desenvolvido pelo Governo do Estado, sob a coordenação do Centro Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ceprotec) e a Escola agrícola de Barra do Garças será uma dessas. A partir desse ano, o Centro Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ceprotec), também utilizará a escola agrícola para a realização de cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores. A equipe pedagógica está visitando todas as escolas agrícolas envolvidas no Eprocampo para a definição de um calendário para oferta de novos cursos, conforme foi dito pelo presidente do Ceprotec, Luiz Fernando Caldart e pela secretária de Estado de Ciência e Tecnologia (Secitec), Ilma Grisoste em agosto de 2006, durante uma visita realizada na escola. Entretanto, a escola continuará funcionando somente com os alunos que ali já estão matriculados e funcionará o ensino fundamental e médio até que todas as séries sejam concluídas. Agora quem quiser fazer a formação para trabalhar em fazendas deverá procurar cursos em outras cidades. . 3.3 – Metodologia O presente estudo fez-se, inicialmente, com pesquisas bibliográficas, uma vez que é o primeiro passo na construção efetiva de uma investigação. Em seguida, utilizou-se a pesquisa de campo, como forma de me aproximar do objeto estudado (GIL, 2002). Em uma visita informal, onde tive a oportunidade de conversar com o diretor da Escola Agropecuária de Ensino Fundamental e Médio Profissionalizante Laudelino Sousa Santos “Escola Agrícola” no Município de Barra do Garças – MT, senhor Pedro Ferreira Filho, no dia 14 de maio do decorrente ano, foi pedido a permissão para que pudesse, naquele estabelecimento, ser realizado toda a pesquisa de campo. Com a sua permissão, foi encaminhada uma declaração, para que fossem esclarecidos formalmente, todos os procedimentos que seriam realizados na escola, contando com os horários, as datas e o intuito da pesquisa, conforme anexo I. 19
  • 20. Para a pesquisa no campo de estudo, foi utilizado cerca de 4 (quatro) semanas, no total (entre os dias 18 de maio ao dia 12 de junho de 2009). Essas quatro semanas foram subdivididas em partes, que fizeram com que, toda a pesquisa de trabalho fosse realizada com êxito. N primeira semana teve-se o contato direto com os funcionários da escola e os alunos da escola, que foram muito prestativos, contribuindo com informações e ajudando no que foi preciso. Teve-se o contato com a área de trabalho dentro da escola, que no caso é o refeitório, que esta localizada na entrada da escola e com a merenda oferecida pela mesma e, que é servida três vezes ao dia, compreendendo a parte da manhã e da tarde. Este contato direto foi estabelecido por durante duas semanas, onde se teve a oportunidade de verificar como é feito a merenda, como é o cardápio da escola, como é feita a distribuição aos alunos, e o desperdício de comida que é gerado, bem como o que é feito com o resto e com as sobras. Também, foram observados os resíduos produzidos em função do tipo de preferência dos alunos por lanches, merenda oferecida pela escola e o destino dado aos dejetos produzidos por ambos. Posteriormente, através de questionários realizados com 20 (vinte) alunos, divididos entre uma turma de 6ª e 9ª ano do ensino fundamental. Nesta, buscou-se conhecer as preferências em relação aos lanches diários para identificar alguns dos produtos consumidos pelos estudantes, qual a importância da merenda na vida desses alunos e o que o Meio Ambiente é na vida deles (Anexo II). Foi realizado também um questionário direcionado aos pais desses alunos e a direção da escola, onde foram abordados dados como: as faixas etárias dos alunos, os horários de intervalos utilizados para alimentação, os cardápios oferecidos durante a semana e suas possíveis alterações, bem como aos pais, foi perguntado à importância da merenda na vida de seus filhos, e questionado sempre a questão do Meio Ambiente (Anexo III e IV). Foram usados a terceira e a quarta semana. Para avaliar a qualidade nutricional das merendas, foi utilizado como referência a pirâmide alimentar, que é um guia de orientação para se adquirir e manter uma alimentação saudável. Essa avaliação consistiu em verificar a presença e freqüência dos grupos alimentares (carboidratos, vitaminas e minerais, proteínas, e lipídios) nas refeições oferecidas pelas escolas. 20
  • 21. 3.4 – Área de Trabalho O refeitório da escola, conta com uma equipe de 04 (quatro) merendeiras que se dividem em diversas tarefas, que vai desde administração da merenda à limpeza do local. O refeitório é uma área grande, capaz de conforta de forma organizada, todos os alunos (Figura 3.0). É dividido por uma região onde se tem as mesas com bancos para comer, uma região onde é servida a comida, formada por balcão, onde são colocados todos os utensílios utilizados na merenda e por uma região onde é dividida por uma parede, que é a cozinha do refeitório. A cozinha é um ambiente bem arejado, com vários utensílios favoráveis na produção da merenda. Pode ser observado um fogão industrial grande, ventiladores de parede, prateleiras, geladeira, pias, moedores, aparelhos domésticos, alem de outros, que são de grande valia no refeitório. Figura 3.0 – Refeitório da Escola Agropecuária de Ensino Fundamental e Médio Profissionalizante Laudelino Sousa Santos “Escola Agrícola” no Município de Barra do Garças – MT. 21
  • 22. 4.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1 – Da merenda oferecida pela escola A alimentação saudável e adequada, principalmente em idade de crescimento e maturação biológica, constitui fator funcional para o desenvolvimento humano. Diante deste fato, torna-se necessária a preocupação com a alimentação escolar, já que esta substitui uma refeição e para algumas crianças ela é a principal refeição diária. A alimentação escolar deve propiciar a base prática para uma alimentação adequada, contribuindo para o trabalho pedagógico, possibilitando melhor concentração e outras condições físicas que influenciam na aprendizagem assim como para a qualidade de vida dos alunos. (SILVEIRA in: ALMEIDA; SOUZA, 2006) A desnutrição é apontada por diversos autores como causa básica do fracasso escolar. Visando minimizar este problema, as escolas oferecem a merenda como suplementação alimentar, durante o período de aulas. Segundo Stefanini (1997), a distribuição da merenda é regulamentada por lei federal (Decreto Federal 72.034/73), devendo suprir no mínimo 15% das necessidades calóricas diárias da criança. Nesse sentido, os alimentos devem ser variados dentro de cada grupo (construtores, reguladores e energéticos), como se pode observar na tabela 1.0. Tabela 1.0 – Grupo de alimentos emGrupo alimentar Função Nutriente Exemplos Construtores Fornecer material Proteínas Leites e derivados, para a construção e carnes, ovos, aves, reparo dos tecidos peixes, castanhas do organismo etc. Energéticos* Fornecer energia - Carboidratos Cereais, pão (Kcal) ao organismo - Lipídeos feculentos, óleos, para realização de batatas, massas, atividades mandioca, açúcares etc. Reguladores Regular todas as - Vitaminas Leite e derivados, funções do - Minerais vegetais, legumes, organismo - Água frutas etc. - Fibras Fonte: ZITA, M.P.G., 2009. * Não devem ser oferecidos em excesso 22
  • 23. Uma alimentação correta e equilibrada busca suprir as necessidades de nutrientes que o organismo precisa para ter uma boa condição de saúde. Nutrientes são substâncias químicas encontradas em todos os alimentos - variando apenas na quantidade presente em cada um. Possuem funções específicas e funcionam associadamente. São: Proteínas, Carboidratos, Lipídios, Água, Vitaminas (A, B, C, D, E, K, etc.), Elementos Minerais (ferro, cálcio, potássio, selênio, etc.) e Fibras (ZITA; 2009). Uma recomendação, FNDE (2001), estabelece como principal meta do PNAE a garantia de que o aluno receba por refeição, em média, 350 kcal e 9 gramas de proteína, levando em consideração a ampla faixa etária de atendimento do programa (crianças pré- escolar até adolescentes) (FLÁVIO E. F., BARCELO M.F.P., LIMA A. L.; 2004). Nesse sentido, buscou-se conhecer se o cardápio oferecido na escola Agrícola de Barra do Garças atende as essas exigências. No caso, eles fornecem 03 (três) refeições diárias, distribuída entre: o café da manhã, que é servido em dois períodos, sendo que as primeiras turma lancham às 7:15h e descem para a aula de campo, e logo em seguida as outras turmas, que entram para a sala de aula. Às 11 horas da manhã começa a ser servido o almoço, indo até as 12:15 horas e voltam para a sala de aula. E quando saem da aula, somente na segunda – feira, pois saem mais tarde, eles retornam ao refeitório para tomar lanche da tarde e são dispensados. No dia 18 de Maio de 2009, foi servido aos alunos, no café da manhã, pão frances e chá mate (figura 4.0). Figura 4.0 – Lanche da manhã servido na escola, no período de observação. 23
  • 24. No mesmo dia, no almoço foi servido galinhada, miúdos de frango e feijão, conforme mostra a figura 5.0, com a merenda já pronta. Figura 5.0 – Cardápio (galinhada, miúdos de frango e feijão) servido no dia 18/05/09 na escola Agrícola de Barra do Garças-MT, no período de observação. No lanche da tarde do mesmo dia, foi servido bolacha de água e sal e chá mate (Figura 6.0). Figura 6.0 – Lanche da tarde, na escola Agrícola de Barra do Garças - MT, no período de observação. 24