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A LEBRE
  EO
 OURIÇO
Um domingo de manhã, em
plena época da colheita, o sol
brilhava com força, a brisa
acariciava as árvores, as
abelhas zumbiam pelo ar e as
pessoas da povoação iam
passear. Toda a gente estava
muito contente, até o ouriço.
Nessa manhã o ouriço, que
resolveu ir à sua horta
apanhar uns nabos para o
pequeno almoço, encontrou a
vizinha lebre que tratava da
sua horta de couves.
O ouriço cumprimentou-a e a
lebre perguntou-lhe:
- Aonde vais tão cedo numa
manhã de domingo?
- Vim dar um passeio -
respondeu o ouriço.
- Um passeio? - disse a lebre
desatando a rir. - Podias
utilizar as tuas patas para
coisas mais úteis!
O ouriço, que não gostava que
falassem das suas patas
pequenas e tortas disse:
- Por acaso pensas que as tuas
são melhores?
- Claro que sim! - exclamou a
lebre. - E se quiseres posso
provar-te agora mesmo!
- Não passas de uma lebre
gabarolas! Vamos fazer uma
corrida e verás que quem
ganha sou eu! - propôs-lhe o
ouriço.
-Tu? Com essas patas tão
curtas? Mas se é isso que
queres, aceito! - disse a lebre.
O ouriço apostou então a sua horta de nabos
em como ganharia, e a lebre a sua horta de
couves.
- Antes de começar a correr - disse o ouriço -,
deixa-me ir num instante a casa, porque estou
em jejum.
- Está bem - respondeu a lebre. - Eu fico aqui
à tua espera!
Quando o ouriço chegou a
casa, disse à sua mulher:
- Veste-te depressa e vem
comigo. Apostei a nossa horta
de nabos com a lebre; vou
fazer uma corrida com ela
para ver qual de nós é que
ganha e preciso que venhas
comigo.
- Mas como é que pudeste
desafiar a lebre! Não vês que
é muito mais rápida do que
tu? - lamentou-se a mulher. -
Perdeste a cabeça?
Mas o ouriço insistiu tanto
que a mulher não teve outro
remédio senão acompanhá-lo.
O ouriço explicou tudo muito
bem à sua mulher:
- Estás a ver o campo
semeado lá fora? A lebre
correrá por um carreirinho e
eu por outro. Tu esperarás no
final do meu, e quando a lebre
chegar ao final do seu,
levantarás a cabeça e
gritarás: «Já estou aqui!»
Dito isto, o ouriço foi ter com a lebre, e cada um foi para o seu
carreirinho.
Então, a lebre gritou: «Partida, Largada, Fugida!» e saiu disparada
como uma bala, enquanto o ouriço permaneceu sentado no chão.
Quando a lebre chegou à
outra extremidade do
terreno, a mulher do ouriço
exclamou:
- Já estou aqui!
A lebre, pensando que a
mulher do ouriço era o próprio
ouriço, pois eram muito
parecidos, não acreditava no
que os seus olhos viam.
Não satisfeita com o
resultado, a lebre pediu a
desforra.
- Comecemos de novo! - disse.
- De certeza que agora ganho
eu!
E saiu novamente disparada
como um raio, enquanto a
mulher do ouriço permaneceu
quieta.
Quando a lebre chegou à
outra ponta, o ouriço recebeu-
-a, dizendo: «Já estou aqui!»
Mas a lebre, que não se
conformava com o que via, pediu
para fazer outra corrida.
- Vá lá! Vá lá! Vamos fazer
outra corrida! - gritou,
irritadíssima, a lebre.
- Claro que sim! - respondeu o
ouriço. - Por mim podemos
fazer todas as corridas que
quiseres!
Desta vez, a lebre correu
tão depressa que as
orelhas se colaram à
cabeça e o ar zumbiu
dentro dos seus ouvidos.
Mas, ao chegar ao outro
extremo, a mulher do
ouriço gritou: «Já estou
aqui!»
E foi assim que a lebre correu
mais setenta e três vezes. O
ouriço não se importava de
fazer mais corridas, e quando
a lebre chegava a um extremo
ou ao outro, tanto o ouriço
como a mulher repetiam: «Já
estou aqui!»
Na corrida número setenta e
quatro, a lebre já não
conseguiu chegar ao fim. Caiu
no meio do campo,
completamente exausta..
Então o ouriço e a sua mulher puseram-se a saltar e a
dançar de alegria. A lebre não tinha conseguido
ganhar uma única corrida.
- Conseguimos! Conseguimos! - gritava a mulher.
- Essa lebre nunca mais vai voltar a rir-se das minhas
patas curtas e tortas! - disse o ouriço, muito
satisfeito.
A família ouriço agora também era proprietária da
horta de couves, e nunca mais lhes ia faltar comida.
FIM

      História adaptada – Cláudia Fernandes

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O ouriço e a lebre som cópia

  • 1. A LEBRE EO OURIÇO
  • 2. Um domingo de manhã, em plena época da colheita, o sol brilhava com força, a brisa acariciava as árvores, as abelhas zumbiam pelo ar e as pessoas da povoação iam passear. Toda a gente estava muito contente, até o ouriço.
  • 3. Nessa manhã o ouriço, que resolveu ir à sua horta apanhar uns nabos para o pequeno almoço, encontrou a vizinha lebre que tratava da sua horta de couves. O ouriço cumprimentou-a e a lebre perguntou-lhe: - Aonde vais tão cedo numa manhã de domingo? - Vim dar um passeio - respondeu o ouriço. - Um passeio? - disse a lebre desatando a rir. - Podias utilizar as tuas patas para coisas mais úteis!
  • 4. O ouriço, que não gostava que falassem das suas patas pequenas e tortas disse: - Por acaso pensas que as tuas são melhores? - Claro que sim! - exclamou a lebre. - E se quiseres posso provar-te agora mesmo! - Não passas de uma lebre gabarolas! Vamos fazer uma corrida e verás que quem ganha sou eu! - propôs-lhe o ouriço. -Tu? Com essas patas tão curtas? Mas se é isso que queres, aceito! - disse a lebre.
  • 5. O ouriço apostou então a sua horta de nabos em como ganharia, e a lebre a sua horta de couves. - Antes de começar a correr - disse o ouriço -, deixa-me ir num instante a casa, porque estou em jejum. - Está bem - respondeu a lebre. - Eu fico aqui à tua espera!
  • 6. Quando o ouriço chegou a casa, disse à sua mulher: - Veste-te depressa e vem comigo. Apostei a nossa horta de nabos com a lebre; vou fazer uma corrida com ela para ver qual de nós é que ganha e preciso que venhas comigo. - Mas como é que pudeste desafiar a lebre! Não vês que é muito mais rápida do que tu? - lamentou-se a mulher. - Perdeste a cabeça? Mas o ouriço insistiu tanto que a mulher não teve outro remédio senão acompanhá-lo.
  • 7. O ouriço explicou tudo muito bem à sua mulher: - Estás a ver o campo semeado lá fora? A lebre correrá por um carreirinho e eu por outro. Tu esperarás no final do meu, e quando a lebre chegar ao final do seu, levantarás a cabeça e gritarás: «Já estou aqui!»
  • 8. Dito isto, o ouriço foi ter com a lebre, e cada um foi para o seu carreirinho. Então, a lebre gritou: «Partida, Largada, Fugida!» e saiu disparada como uma bala, enquanto o ouriço permaneceu sentado no chão.
  • 9. Quando a lebre chegou à outra extremidade do terreno, a mulher do ouriço exclamou: - Já estou aqui! A lebre, pensando que a mulher do ouriço era o próprio ouriço, pois eram muito parecidos, não acreditava no que os seus olhos viam.
  • 10. Não satisfeita com o resultado, a lebre pediu a desforra. - Comecemos de novo! - disse. - De certeza que agora ganho eu! E saiu novamente disparada como um raio, enquanto a mulher do ouriço permaneceu quieta.
  • 11. Quando a lebre chegou à outra ponta, o ouriço recebeu- -a, dizendo: «Já estou aqui!» Mas a lebre, que não se conformava com o que via, pediu para fazer outra corrida. - Vá lá! Vá lá! Vamos fazer outra corrida! - gritou, irritadíssima, a lebre. - Claro que sim! - respondeu o ouriço. - Por mim podemos fazer todas as corridas que quiseres!
  • 12. Desta vez, a lebre correu tão depressa que as orelhas se colaram à cabeça e o ar zumbiu dentro dos seus ouvidos. Mas, ao chegar ao outro extremo, a mulher do ouriço gritou: «Já estou aqui!»
  • 13. E foi assim que a lebre correu mais setenta e três vezes. O ouriço não se importava de fazer mais corridas, e quando a lebre chegava a um extremo ou ao outro, tanto o ouriço como a mulher repetiam: «Já estou aqui!»
  • 14. Na corrida número setenta e quatro, a lebre já não conseguiu chegar ao fim. Caiu no meio do campo, completamente exausta..
  • 15. Então o ouriço e a sua mulher puseram-se a saltar e a dançar de alegria. A lebre não tinha conseguido ganhar uma única corrida. - Conseguimos! Conseguimos! - gritava a mulher. - Essa lebre nunca mais vai voltar a rir-se das minhas patas curtas e tortas! - disse o ouriço, muito satisfeito. A família ouriço agora também era proprietária da horta de couves, e nunca mais lhes ia faltar comida.
  • 16. FIM História adaptada – Cláudia Fernandes