2. 1.Estatuto Epistemológico da História da Educação 1.1 Conceito de "Ocidente" 2. História da Educação como "História Interna" 3. A Educação no Ocidente: Grécia e Roma (Idade Antiga) 3.1 A Grécia 3.2 Roma 4.Educação Europeia na Idade Média: importância do Cristianismo 4.1 A Fundação das Universidades 4.2 A Escolástica 5. Educação na Idade Moderna (introdução)
3. 6. Educação na Idade Moderna 7. Educação na Idade Contemporânea 7.1 Modelos "científicos" de Educação 7.2 A Escola Nova 8. Críticas ao processo educativo (Marxismo, Ivan Illich e a desescolarização) 9. Outros autores e movimentos pedagógicos do Século XX 10. A Infância através da História 11. Internet (referências diversas a questões educativas) Bibliografia
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10. Não é correcto tentar produzir História "imediatamente". O tempo permite ao Historiador obter a chamada "distância focal", que leva à possibilidade de maior rigor. Ao ser autor e actor, a pessoa perde objectividade, pois está envolvida naquilo que descreve. Dessa forma a questão da distância focal revela-se fundamental na tentativa de obtenção de imparcialidade em relação aos factos. A História estuda sociedades, mas apenas sociedades humanas. Recorda J. Amado Mendes John Dewey, para o qual "ser intelectualmente objectivo é descontar e eliminar os factores meramente pessoais nas operações pelas quais se chega a uma conclusão." [1] Por outro lado Stuart Piggott, quando, refere Osbert Lancaster, que, num prefácio, escreveu: "os meus critérios políticos, arquitectónicos e cénicos permanecem firmemente anglo-saxões e os padrões de avaliação são sempre os de um anglicano graduado por Oxford, com gosto pela arquitectura e tornado caricaturista, aproximando-se da idade madura e vivendo em Kensington." [2] Vemos facilmente que não existe História sem historiador. "A função do historiador é imprescindível à história, pois é ele que pesquisa, explora e trata os testemunhos e, inclusive, elabora a história propriamente dita." [3] [1]MENDES, José M. Amado, A História Como Ciência , Coimbra Editora, 1989, p.17. [2]PIGGOTT, Stuart, A Europa Antiga do Início da Agricultura à Antiguidade Clássica , Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1981, p. 10. [3]MENDES, José M. Amado, A História Como Ciência , Coimbra Editora, 1989, p.215.
11. História da Educação como "História Interna” A História, entendida como registo rigoroso do passado é imensa. Tudo pode ser objecto da História. Porém, a História da Matemática, da Música, da Física, ou da Educação são "Histórias Internas", isto é, realizadas por especialistas das diferentes áreas. Depois de escritas, essas Histórias Internas podem considerar-se ramos da História entendida em sentido lato. No entanto, a sua execução cabe aos especialistas de cada ramo do conhecimento. Não existe de resto qualquer conflito entre o Físico que estuda História da Física e o Historiador "generalista"; pelo contrário, julgamos ser este o único caminho possível nos nossos dias, pois não seria minimamente razoável esperar que os Historiadores a que chamámos "generalistas", que têm uma importante missão cultural, tivessem conhecimentos de elevado rigor em qualquer área do conhecimento humano. Consideramos que a História da Educação tem um carácter transdisciplinar pois entendemos que os acontecimentos de carácter económico, político ou até naturais são importantes para o desenvolvimento da Educação e para a sua compreensão. Esta consideração não contradiz o que antes afirmámos, pois pretendemos tão somente analisar a História da Educação com a ajuda de informações de carácter amplo. Pretende-se construir uma História da Educação "não insular", fazendo menção à importância de fenómenos como o terramoto de Lisboa de 1755. Sem que esse acontecimento se verificasse é provável que o Marquês de Pombal nunca viesse a ter a importância política que teve, o que até na Educação se reflectiu. A História Interna existe pela mesma razão que leva à existência de "Epistemologia Interna", realizada por especialistas de diferentes áreas do conhecimento.
12. Descrição sumária relativa ao processo que levou à existência do Discurso Historiográfico. Note-se de novo que se referem as Sociedades Humanas, as que a História estuda. Quanto às disciplinas que se consideram como relacionadas com o trabalho do Historiador podem ser consideradas ainda mais; o Historiador deve procurar ser uma pessoa informada e culta, na medida em que o seu discurso é sempre o resultado de informações transdisciplinares. Procurámos sintetizar, neste diagrama, as informações colhidas ao nível da Epistemologia da História.